sábado, 24 de setembro de 2011

CADA UM PAGA O SEU

Nas diversas refeições feitas em restaurantes de luxo  pela presidente Dilma e sua  comitiva,  em  Nova York, fora da agenda oficial, sobressaiu um detalhe: na hora  de pagar a conta não havia qualquer  funcionário da presidência da  República, segurança, diplomata ou bicão pronto para responsabilizar-se pelas despesas.  Se eram sete os comensais, Dilma pedia ao garçom que dividisse a nota por sete e cada um abria o bolso ou a bolsa. Como sempre acompanhada pela filha, a presidente arcava com duas parcelas, mas tudo nas verdinhas, sem cartões corporativos ou sucedâneos. Afinal, todos na comitiva haviam recebido ajuda de custo, inclusive ela. Não deixa de ser singular esse comportamento, quando a gente olha para  o passado.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


 Rock in Rio
O pessoal das aviadoras deveria pagar royalties ao Roberto Medina, responsável por lotar o Rio de amantes do rock. 
Um freguês da Ponte Aérea, pagou, acredite, R$ 1.408,66 por uma passagem, só uma perna, de São Paulo para o Rio, hoje, às 7h na TAM.
Veja, como eu ia dizendo, o quanto de dinheiro os grandes eventos derramam na economia. Uma pousadinha bem simples (e sem nome), perto do Riocentro, alugou seus quartos pela bagatela de... R$ 750. A diária. 
Fora do bafafá, o preço da diária é de R$ 80.
A Polysom, única fábrica de vinil da América Latina, abriu, junto com a gravadora Musickeria, uma loja de discos no Rock in Rio. 
Ficará em frente ao Palco Mundo, o principal, e vai vender álbuns e compactos, dos Secos e Molhados, entre outros.


Câmara de Gestão discute melhoria na Saúde, Justiça e Esporte.


A Câmara de Política de Gestão e Competitividade se reuniu na manhã desta desta sexta-feira (23/9) no Palácio do Planalto para discutir processos referentes à melhoria da gestão nos Ministério da Saúde, Justiça e Esporte. Após o encontro em que participaram os membros do grupo consultivo e representantes do governo federal, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente da Câmara, concedeu entrevista coletiva.

“Demos uma repassada na questão da gestão no Ministério da Saúde; processos que estavam em andamento já tiveram evoluções importantes em termos de economia, em termos de centralização e acompanhamento de gestão da parte de compras. Depois tivemos um segundo trabalho feito em relação ao Ministério da Justiça, que também está dando um aprimoramento nos macroprocessos na parte de estrutura”, informou.

Outros temas que mereceram destaque foram os relativos à preparação para a Copa do Mundo de 2014 que, segundo Jorge Gerdau, obtiveram avanços. Ele destacou três pontos discutidos na reunião: a execução das obras dos estádios, a concessão de aeroportos e a segurança no Mundial; este último, ainda em aprofundamento.

Sobre os estádios, o empresário afirmou que, de modo geral, o andamento das obras é satisfatório e que “não existe uma preocupação, praticamente, de que haverá problemas”. Da parte dos aeroportos – informou Gerdau – verifica-se que, com as definições que foram estabelecidas pelo governo, o sistema de concessões está em fase final das análises jurídicas necessárias.

“Eu diria que os trabalhos estão indo bem. Da parte da Copa, nós estamos ampliando e aprimorando nossos processos de informações (…). Na reunião anterior que nós tivemos sobre a Copa, nós tínhamos uma série de gargalos que não estavam resolvidos, mas houve um avanço bom. Hoje, a fotografia geral nesse sentido está bem melhor.”

EDUCAÇÃO


Educação e os Professores.

Não mudamos porque estamos omissos. Se um professor comete alguma agressão provavelmente ele será demitido. Se um aluno agride um professor a ele nada acontecerá. Restará a intimidação e quem sabe um aprovação com louvor. Está errado, quando punimos somente um lado quando este erra. Se o outro lado erra deve ser punido, independente de idade. 
Temos que evoluir. 
O ECA tem que ser revisto urgentemente. Os professores tem que ser valorizados, respeitados. Somente através da EDUCAÇÃO reduziremos as desigualdades. O resto e promessa de político em véspera de eleição.

RESPEITO AO SER HUMANO

Há alguns anos atrás bastava o professor ou professora olhar para a gente e ficávamos quietinhos, parávamos a conversa e voltávamos a prestar atenção na aula. Era o respeito! Hoje em dia o professor, coitado, é dominado pela turma e leva até porrada, quando não é assassinado. Há tempos atrás tínhamos briga entre alunos na saída da escola, na mão dura. Hoje em dia as brigas de alunos tem mortes à bala ou faca. 
Onde vamos parar? A hipocrisia da sociedade tem sua parte de culpa nisso por tanto proteger menores infratores e não recuperá-los. Os pais tem grande porcentagem de culpa por não saber criar e orientar seus filhos. As drogas, enfim, estão acabando com a nossa juventude e o respeito ao ser humano não existe mais.

JUSTIÇA . . .

É dando que se recebe.

O presidente do Senado, José Sarney, apoiou  as reivindicações do Ministério Público e do Judiciário. Eles pedem mais segurança e uma cobertura adequada de previdência, além de reajuste salarial. Não é atoa que o STJ demorou apenas seis dias para estudar o processo e elaborar um voto de 54 páginas em que julgou serem ilegais as provas obtidas pela PF. (Operação Boi Barrica), na (Castelo de Areia) foram 2 anos, a Satiagraha tramitou durante um ano e oito meses. O judiciário envergonha aos cidadãos de bem, quando se ajoelha e lambem as botas do Sarney.

ACREDITE SE QUIZER

Uma votação aloprada.

A comissão de Constituição e Justiça, CCJ, da Câmara dos Deputados "aprovou" ontem de uma penada só 118 projetos sem que existisse número regimental suficiente sequer para se discutir o sexo dos anjos, quanto mais para fazer o que dois palhaços fizeram. O dep. Luiz Couto, PTPB, só podia ser, foi chamado às pressas para que houvesse pelo o menos um dos inúteis no plenário. Quem "presidiu" os "trabalhos" foi o dep. Cesar Colnago (PSDB-ES), terceiro vice-presidente. "Havendo número regimental, declaro aberta a reunião." É necessário que estejam presentes pelo menos 36 deputados para que exista a sessão. Só tinha 1 (um). " Os deputados que forem pela aprovação, a favor da votação, permaneçam como se encontram." A múmia sentada na fila da frente nem se mexia. Foi assim até o último dos 118 projetos. 
Acredite se quiser.

ROCK RIO III

ROCK RIO II

Hotéis estão quase 100% ocupados.

O festival de música Rock in Rio proporcionou aos hotéis do Rio de Janeiro uma lotação de aproximadamente 98,09%. Segundo a Secretaria Municipal de Turismo (RioTur), a ocupação quase atingiu sua capacidade máxima. No centro da cidade, por exemplo, não há mais vagas. Nos hotéis da orla da zona sul (Leme e Copacabana), os quartos estão 99,8% ocupados. Na Barra da Tijuca e São Conrado a lotação é 98,3%. O RioTur espera que o Rock in Rio traga cerca de 700 mil, sendo 315 mil turistas. De acordo com dados divulgados pela secretaria, o festival deverá render US$ 419 milhões para a cidade. 

ROCK RIO

A PALESTINA LIVRE

O orgulho e a emoção brotavam dos milhares de palestinos reunidos em Ramallah. “Este é o dia mais feliz da minha vida”, dizia um membro da Autoridade Palestina. Há muitos anos que não se via palestinos tão felizes e cheios de orgulho, fazendo corpo com seu presidente. Não temos ilusões. “Sabemos que isso é só um começo, um passo curto em uma história muito longa, mas não é um passo vazio, não é um passo violento, é um passo que nos legitima, que nos faz visíveis aos olhos do mundo"
Às vezes a história atravessa as entranhas, é música, cor, bandeiras, cantos e o poema de Mahmud Darwich que o locutor da praça Al-Manara vai recitando enquanto a multidão palestina que veio escutar Mahmud Abbas apresentar, perante a ONU, o pedido de reconhecimento do Estado Palestino, celebra essas palavras feitas de amor e alento: “eu nasci aqui e meu sonho é morrer aqui”. Os cantos e a alegria se fizeram mais potentes quando os homens do palanque foram dizendo, um após outro, os nomes dos países que apoiam o Estado Palestino.
Antes, os organizadores da concentração organizada na praça central de Ramallah tinham destacado as frases mais significativas pronunciadas pelos líderes mundiais nas Nações Unidas. A da presidenta argentina dizia: “com a Palestina como Estado 194 da ONU o mundo será mais seguro e mais justo”. A Autoridade Palestina quis evitar os distúrbios, mas os jovens foram mesmo assim para as imediações do check-point de Kalandia jogar pedras nos soldados , que respondiam do lado de dentro do muro. Cenas repetidas, desproporcionais, na história destes dois povos: jovens com bodoques e pedras, soldados treinados e com armas modernas.
A sexta-feira começou com proibições. Pela rua central de Jerusalém, Jaffa Street, um grupo de israelenses manifestava-se livremente de bicicletas contra a circulação de automóveis. 600 metros abaixo, os árabes tinham restringida a passagem ao núcleo mais denso da Cidade Velha, a Esplanada das Mesquitas. Israel deslocou cerca de 22 mil homens para garantir a segurança. Entre a porta de Herodes e a de Damasco, do mesmo modo que nos outros acessos à Cidade Velha, os palestinos homens menores de 50 anos tinham a entrada proibida. “Eles controlam meu destino e minha liberdade quando tem vontade”, dizia com raiva Hamad, um habitante de Jerusalém Oriental. “Mas não importa”, acrescentou, “ninguém nos tirará o orgulho de viver esse dia”.
O orgulho e a emoção brotavam dos milhares de palestinos reunidos em Ramallah. “Este é o dia mais feliz da minha vida”, dizia um membro da Autoridade Palestina. Há muitos anos que não se via palestinos tão felizes e cheios de orgulho, fazendo corpo com seu presidente. Não temos ilusões. “Sabemos que isso é só um começo, um passo curto em uma história muito longa, mas não é um passo vazio, não é um passo violento, é um passo que nos legitima, que nos faz visíveis aos olhos do mundo, um passo que veio desde cima para dar dignidade a nós, os de baixo”, dizia Nabil, outro palestino da Praça Al Manara. Olhos cheios de lágrimas, negros, profundos, olhos que esqueceram em um instante as humilhações sofridas. Tinha vindo com as chaves da casa na qual viviam seus avós, expulsos de suas terras pela ocupação israelense. Só lhe tinha sobrado isso, mas saltava como uma criança com as chaves na mão.
O governo de Benjamin Netanyahu fez previsões dramáticas. Antecipou mortos, brigas populares, piquetes, levantes e distúrbios que, em grande medida, não ocorreram. “Este é o dia da verdade e não o dia da violência”, repetiam os dirigentes da Autoridade Palestina. O Executivo israelense insistiu nesse discurso: os palestinos sempre foram, são e serão uma ameaça para a segurança de Israel. Não ocorreu o esperado. A Autoridade Palestina também se meteu no jogo e agiu para aplacar os excessos. Era um dia de dignidade e não para a morte. Mas houve uma: Issam Kamal Odeh, um palestino de 35 anos que protestava com um grupo de 400 pessoas na localidade de Qusra, ao norte dos territórios, em Naplusa. Os colonos da zona provocaram o enfrentamento. Montaram uma contra-manifestação para defender a propriedade desse território. Palestinos e colonos se enfrentaram a pedradas. O exército israelense abriu fogo e Issam Kamal Odeh caiu nessa refrega.
O oficialismo evidente dos festejos de Al Manata, praça rebatizada Praça Arafat, não mascarou a autenticidade das expressões de alegria. O chamado “dia da verdade” foi paradoxal. As pessoas terminaram gritando o nome de seu presidente, Mahmud Abbas, mas este dirigente seco, sem encantos nem muito carisma, também arrasta um déficit de legitimidade democrática substancial. Ontem subiu ao céu do reconhecimento. Os palestinos gritaram seu nome, junto ao nome de Arafat. Façanha de um instante que ainda não garante o caminho da paz, nem tampouco o duro trabalho da reconciliação palestina entre as lideranças da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, controlada pelos fundamentalistas do Hamas. O Hamas se opõe a tudo, começando pelo pedido de reconhecimento do Estado Palestino na ONU e terminando pela própria existência de Israel.
O Hamas quase não existe na Cisjordânia. A polícia secreta palestina segue-os de perto, não os deixa falar nem existir. Mahmud Abbas e o primeiro ministro de Gaza, Ismail Haniyé, estão separados por um abismo, que não é só político, mas também territorial: Gaza fica do lado oposto ao da Cisjordânia. Há duas palestinas que precisam ser unidas.
Mas a ilusão de uma terra reconhecida, o espaço que o tema palestino ocupou rapidamente na comunidade internacional, a maioria esmagadora de países que apoia o Estado Palestino, tudo isso deixou uma sensação de novo amanhecer, de perspectiva tangível. Orgulho e alegria sem enganos, alegria lúcida, como as palavras de Mahmud Anhel, um comerciante palestino de 50 anos que saltava e cantava com sua mulher e seus filhos na Praça Arafat: “o que mais podemos fazer, tínhamos o futuro bloqueado e agora surgiu isso, quase nossa única solução. É emocionante e importante. Admito e admitimos que talvez o fracasso nos aguarde, mas isso é novo como a água fresca, novo e diferente”.
Qais Abu, outro palestino da praça, mais jovem e combativo, dizia, com uma bandeira palestina na mão e um retrato de Mahmud Abbas na outra: “sabe que o mundo se deu conta de coisa com essa história da ONU. Todos falam e falam de Nova York da liberdade, liberdade daqui, liberdade de lá, mas o único povo que não a tem é o nosso porque vivemos sob ocupação. Se isso ficar claro teremos ganho um século de reconhecimento sem disparar um só tiro”. 
Já é tarde, Agora, Jerusalém oriental também festeja, atravessando a meia noite. Carros com frondosas bandeiras palestinas circulam pela cidade, na artéria que circunda a Cidade Velha. O mesmo grito se repete a cada automóvel, como um eco ressoando no coração da noite de Jerusalém Oriental: “Palestina Livre”. Um sonho. Uma esperança. Uma condição para, enfim, viver em paz.

PAZ ! ?

Presidente da ANP, Mahmoud Abbas, na ONU: "TEMOS UM OBJETIVO: SER.  E SEREMOS!"  - "Depois de 63 anos de sofrimento chegou a hora decidir: já basta, já basta e basta! Chegou o tempo da primavera palestina: a hora da independência. Temos um objetivo: ser. E seremos!" (Presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em discurso na ONU) (Carta Maior; 6ª feira,23/09/ 2011)

SATÉLITE

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

FANTÁSTICA, SIMPLESMENTE ÚNICA

O discurso foi melhor do que eu imaginava. Tenho orgulho de ter uma presidenta tão mente aberta e consciente dos problemas presentes. Além de ter um bom olhar no futuro...

BELLUZZO E A CRISE MUNDIAL

" WHO'S IN CHARGE? QUEM É O ENCARREGADO?" - Nesta 5ª feira, de forma mais desabrida, os mercados mundiais passaram a cotar o preço de uma vaga no precipício da recessão. Pode ter sido apenas um ensaio rigoroso com figurinos à caráter e maquiagem carregada nas expressões de desespero e pânico. Mas o enredo está na ponta da língua dos protagonistas. Os mercados financeiros jogaram a toalha. A ausência de coordenação política para enfrentar o colapso da ordem (sic) neoliberal, associada à eminência de um calote encadeado na zona do euro, a partir da espoleta grega, deflagrou o efeito manada. O estouro precifica de forma selvagem as perdas e danos embutidos em 30 anos de finanças desreguladas. O principal deles, a insubordinação dos mercados à democracia, é resumido assim pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, em entrevista a Carta Maior: ‘‘Who's in charge? Quem é o encarregado?". Não havendo encarregado -"como não há" adverte, o Brasil deve tomar suas precauções: "Getúlio Vargas numa situação similar de fuga global de capitais não teve dúvida: centralizou o câmbio e fez o que tinha que ser feito", sinaliza o economista. (LEIA MAIS ) - (Carta Maior; 5ª feira,22/09/ 2011)