sábado, 3 de julho de 2010

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LARISSA RIQUELME NUA

Larissa Riquelme posará nua para alegria dos "marmanjos" que torceram pelo Paraguai.

Foto: AFP
Escolhida como "musa da Copa" pelo jornal espanhol Marca - Video, a modelo paraguaia Larissa Riquelme prometeu que posará nua mesmo com a seleção de seu país eliminada. Antes, Larissa havia prometido tirar a roupa apenas se o Paraguai passasse pela Espanha, nas quartas de final do Mundial.
Em entrevista à publicação espanhola Stilo, a modelo disse que seu ensaio nu será "um presente a todos os jogadores e ao povo paraguaio pelo esforço". Além disso, Larissa espera que os paraguaios "desfrutem" das fotografias.
A eliminação da seleção paraguaia aconteceu neste sábado, após derrota por 1 a 0 para a Espanha, com gol de David Villa. No segundo tempo, quando a partida ainda estava empatada por 0 a 0, Oscar Cardozo desperdiçou um pênalti e perdeu a chance de dar a vantagem ao Paraguai.

PESADELO GUARANY

Vejamos… Foram quatro partidas nas quartas-de-final, Paraguai x Espanha, não deu para morrer de pena de ninguém, o Brasil caiu do alto de sua arrogância positiva, como definiu o técnico holandês; Gana caiu do alto de sua incompetência, pois não se perde um pênalti aos 15 do segundo tempo da prorrogação; a Argentina caiu diante de um time que vem deixando caídos vários queixos.
Mas o Paraguai… Foi valente, brigador, destemido diante da poderosa e badalada Espanha, era o menor dos times destas quartas, o menos cotado, a derrota mais anunciada.
E como vendeu caro, essa derrota, mais uma vez, um roteiro cinematográfico com os dois pênaltis perdidos e o gol chorado, da bola que teimava em não entrar, como se não quisesse fazer parte daquela injustiça histórica.
A Espanha tem um time hábil, talentoso, cheio de estrelas, o Paraguai entrou com sua alma, não foi o bastante para ganhar, a doce Larissa deve ter chorado bastante, como lamenta muito, a esta altura, toda a América do Sul.
Havia a chance de uma semifinal exclusiva de sul-americanos, no fim virou uma míni Eurocopa com as eliminações de Brasil, Argentina e Paraguai.
Mas ficou a imagem da valentia paraguaia, e o choro descontrolado de Cardozo, o que perdeu o pênalti que feriu de morte um pequeno mas, agora, orgulhoso país.

VOLTANDO

Temos que da o braço a torcer o time Argentina apesar de sofrer uma derrota humilhante para Alemanha foi uma equipe aguerrida que fez uma copa de muita qualidade tecnica, que só perdeu por não ter uma defesa tão boa quanto do meio para frente, diferente dos nossos jogadores que jogaram futebol feio e burrocratico(o tal futebol de resultado) Brasil não foi BRASIL.
Torço para uma final entre HOLANDA X ESPANHA,  uma semifinal com duas das camisas mais lindas da Copa do Mundo: Alemanha (preta) Vs Espanha (azul), esta empresa de material esportivo está de parabéns,  para a ADIDAS por fabricar os uniformes mais lindos da Copa do Mundo: Argentina, Alemanha, Espanha, França

NINGÚEM GOZA DE NINGUEM

PESADELO ARGENTINO

Foi um verdadeiro massacre. A Argentina se entregou. Tomar um gol besta com dois minutos de jogo, e da Alemanha, arrebenta qualquer um. Não há o que contestar na vitória alemânica, o time enfiou quatro três vezes na Copa, na Austrália, na Inglaterra e na Argentina, o caminho da Alemanha rumo ao tetra tem sido duríssimo, mas eles fazem ficar fácil, porque jogam bola, sabem como é?
E a Argentina se despede com a tristeza e a melancolia das palavras de Maradona, o grande astro do Mundial até sua queda, dura, contundente, para os argentinos, não basta uma derrota, tem de ser trágica, como foi, um vareio de uma molecada branquela de olhos azuis que não faz faltas, não reclama com o juiz, tem organização, método, objetivo.
É triste ver um time como o da Argentina de joelhos, como ficou hoje na Cidade do Cabo, mas quando do outro lado tem uma turma tão limpa e confiante, e que joga um futebol tão, tão… tão futebol, não é o caso de lamentar.
E desconfio que Maradona, apesar da derrota, sai dessa Copa com uma imagem melhor do que a que tinha antes, ele sofreu de verdade por seu país, não curto muito essa mistura de esporte com patriotismo, mas é preciso reconhecer quando um sentimento é autêntico, legítimo.
Maradona, com seus charutos, suas beijocas nos jogadores, seu carinho pelo time, deu várias lições neste Mundial. A maior delas, talvez, de amor pelo futebol que ele aprendeu a amar nos campinhos de terra batida de sua Argentina querida.

JORNAL PARAGUAIO

CONVERSA AFIADA
Jornal paraguaio repudia cobertura preconceituosa da Globo. A Globo arruma encrenca além de nossas fronteiras.
A Laranja Mecânica acabou com a soberba da Globo.
O Jornal La Nacion do Paraguai criticou a TV Globo que denigre a imagem do Paraguai no evento esportivo e ironiza a cultura e os costumes do povo paraguaio.
A Globo fica arrumando encrenca com os nossos vizinhos em nome do Brasil.
A Globo é contra o Mercosul.
Assim como a Globo provoca intrigas e conflitos em suas PODRES novelas, quer fazer o mesmo nas relações com o Brasil.
" La “Naranja Mecánica” se encargó hoy de acallar a la soberbia brasileña con un aleccionador 2-1. El seleccionado verdeamarello que llegó como favorito a cuartos de final de la Copa del Mundo vuelve a casa con el rótulo de “fracaso rotundo”. El resultado es un golpe bajo para todos aquellos aficionados, periodistas deportivos y medios de comunicación del vecino país que ya se sentían campeones del mundo antes de jugar los partidos y que -en algunos casos- se burlaron incluso de Paraguay al que parodiaron en un criticado video de Sport TV de Globo."
La Nación Online - aki o link La “Naranja Mecánica” acalla la soberbia del seleccionado del “Maior do Mundo”
PAULO HENRIQUE AMORIM

INSATISFACTION

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
Felipe Melo, Jagger e Dunga são campeões no Twitter e no Face
Felipe Melo, que fez o primeiro tempo no game Fifa 2010 e o segundo no Mortal Kombat, estourou no Twitter, com o complemento "FDP" -também usado para o líder dos Stones. "Tira o Mick Jagger!", pediram no Facebook, quando ficou feio.
Já Dunga virou DUNGA BURRO no miniblog. Apareceu abatido na coletiva. Vai no analista de Bagé, tchê!
Rouquíssimo, Galvão Bueno, nosso inenarrável narrador, tentou até culpar as vuvuzelas pela falha de Júlio César. Elas não deixariam os jogadores ouvir direito dentro de campo! #calaboca.
Já no Sportv, Rizek, que subestimara a Holanda na véspera, estava chocho.
Juca Kfouri falou tudo ao dizer na CBN que não lamentaria Copa perdida por time que não joga futebol brasileiro. Como pediu a publicidade, foram guerreiros, que esqueceram de ser craques. :((
Fica para o Maraca. #arg

MENOS NÉ

Todo dono de revista deveria dar a cara a tapa, Mino foi o primeiro a declarar seu voto, como todo mundo deveria fazer, os Civita, os Frias e os Marinhos deveriam fazer o mesmo. Não fazem porque são uma corja oportunista e covarde, na Carta Capital nada é camuflado. O governo Lula não é perfeito, até porque, para manter a estabilidade, fez alianças com forças conservadoras. Mas aí está o país dando sinais claros de grandeza em todos segmentos. Os anti-Lula (alguns da direita esperta, outros da direita-ingênua), estão tentando vincular a derrota de ontem ao presidente. Menos, né? A Holanda também sabe jogar bola, e muito…

PARABÉNS MINO

Cabelos brancos, sinal de sabedoria, olhar fixo no horizonte e com um sorriso de esperança, a sua confissão, humilde, sincera e clara por uma candidata que se joga nos braços do seu Povo mostra-nos seu reconhecimento pela luta de todos esses anos em busca da liberdade do Povo da grande Nação Continental, com mais justiça e inclusão social dos menos favorecidos, e até que o conseguiu, dai a minha admiração, a nossa admiração, pela brilhante escolha sem mentiras e subterfugius que poderiam macular nosso pensamento. Já os traíras e vende pátria então apelando a tudo até pela inexperiente juventude de um Índio inocente a tudo o que acontece a sua volta.
Perdemos a Copa mas sabemos que o Brasil vai muito bem com Lula, um grande vitorioso que sabe governar, o que nos enche de alegria.
Duro foi ganhar uma Copa no governo FHC, todavia os país estava mal governado, o povo ficou alegre por uns instantes, mas tristes em ver a situação que caminhava o Brasil.
Por outro lado, acho que o grande jornalista Mino está correto. Como ele, temos que escolher a verdade, o melhor, o que está dando certo, o que garante um futuro promissor para todos os brasileiros e tudo isto está com Dilma.
Serra é a mentira, a falsidade e afins. Escolher Zé (trololó) Serra é não querer um bom futuro para todos, é escolher a mentira. Parabéns Mino somente dessa forma a Nave ganha mais força para navegar em esse mar de trevas de bandidos de colarinho branco e vende pátria. A verdade tem lado e está com Dilma. Dilma neles.

POR QUE APOIAMOS DILMA?

MINO CARTA
Resposta simples: porque escolhemos a candidatura melhor.
Guerrilheira, há quem diga, para definir Dilma Rousseff. Negativamente, está claro. A verdade factual é outra, talvez a jovem Dilma tenha pensado em pegar em armas, mas nunca chegou a tanto. A questão também é outra: CartaCapital respeita, louva e admira quem se opôs à ditadura e, portanto, enfrentou riscos vertiginosos, desde a censura e a prisão sem mandado, quando não o sequestro por janízaros à paisana, até a tortura e a morte.
O cidadão e a cidadã que se precipitam naquela definição da candidata de Lula ou não perdem a oportunidade de exibir sua ignorância da história do País, ou têm saudades da ditadura. Quem sabe estivessem na Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade há 46 anos, ou apreciem organizar manifestação similar nos dias de hoje.
De todo modo, não é apenas por causa deste destemido passado de Dilma Rousseff que CartaCapital declara aqui e agora apoio à sua candidatura. Vale acentuar que neste mesmo espaço previmos a escolha do presidente da República ainda antes da sua reeleição, quando José Dirceu saiu da chefia da Casa Civil e a então ministra de Minas e Energia o substituiu.
E aqui, em ocasiões diversas, esclareceuse o porquê da previsão: a competência, a seriedade, a personalidade e a lealdade a Lula daquela que viria a ser candidata. Essas inegáveis qualidades foram ainda mais evidentes na Casa Civil, onde os alcances do titular naturalmente se expandem.
E pesam sobre a decisão de CartaCapital. Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valerse das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.
Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria. Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.
Escolha certa, precisa, calculada, a de Lula ao ungir Dilma e ao propor o confronto com o governo tucano que o precedeu e do qual José Serra se torna, queira ou não, o herdeiro. Carregar o PSDB é arrastar uma bola de ferro amarrada ao tornozelo, coisa de presidiário. Aí estão os tucanos, novos intérpretes do pensamento udenista. Seria ofender a inteligência e as evidências sustentar que o ex-governador paulista partilha daquelas ideias. Não se livra, porém, da condição de tucano e como tal teria de atuar. Enredado na trama espessa da herança, e da imposição do plebiscito, vive um momento de confusão, instável entre formas díspares e até conflitantes ao conduzir a campanha, de sorte a cometer erros grosseiros e a comprometer sua fama de “preparado”, como insiste em afirmar seu candidato a vice, Índio da Costa. E não é que sonhavam com Aécio...
Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária. Nunca deixamos, dentro da nossa visão, de apontar as falhas do governo Lula. Na política ambiental. Na política econômica, no que diz respeito, entre outros aspectos, aos juros manobrados pelo Banco Central. Na política social, que poderia ter sido bem mais ousada.
E fomos muito críticos quando se fez passivamente a vontade do ministro Nelson Jobim e do então presidente do STF Gilmar Mendes, ao exonerar o diretor da Abin, Paulo Lacerda, demitido por ter ousado apoiar a Operação Satiagraha, ao que tudo indica já enterrada, a esta altura, a favor do banqueiro Daniel Dantas. E quando o mesmo Jobim se arvorou a portavoz dos derradeiros saudosistas da ditadura e ganhou o beneplácito para confirmar a validade de uma Lei da Anistia que desrespeita os Direitos Humanos. E quando o então ministro da Justiça Tarso Genro aceitou a peroração de um grupelho de fanáticos do Apocalipse carentes de conhecimento histórico e deu início a um affair internacional desnecessário e amalucado, como o caso Battisti. Hoje apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff com a mesma disposição com que o fizemos em 2002 e em 2006 a favor de Lula. Apesar das críticas ao governo que não hesitamos em formular desde então, não nos arrependemos por essas escolhas. Temos certeza de que não nos arrependeremos agora.

FALTOU O BRASIL

PAULO VINICIUS COELHO - PRANCHETA DO PVC
A IMAGEM de Dunga irritado à beira do campo de Durban, no empate contra Portugal, bem poderia ser revista na derrota de Port Elizabeth. O Brasil não conseguiu fazer o que mais marcou seu estilo em quase cem anos de seleção: toque de bola.
Quando o jogo começou, forte, o Brasil respondeu. Dividiu, estremeceu, contra-atacou. E, num passe lindo de Felipe Melo, fez 1 a 0. Jogada de posse de bola.
O Brasil esteve 53% do tempo com a bola no pé no primeiro tempo. Mas do jeito errado, com passes trocados na defesa que rodavam de Lúcio para Juan, de Juan para Michel Bastos, para Felipe Melo. Quando a bola chegava a Kaká, Robinho, Daniel Alves e Luis Fabiano, o time apressava o ritmo. Queria velocidade.
O jogo não queria. Quando a Holanda articulou mais passes no campo ofensivo, era preciso trocar passes no ataque. Parar a bola, tirar a velocidade do jogo. Lembra do Ganso contra o Santo André? O Brasil não conseguiu fazer isso.
O Brasil do contra-ataque precisava do toque, da cadência, do drible. Não tinha.
A Holanda, sim. Sneijder, dono do jogo e do Mundial até agora, desapareceu no primeiro tempo, marcado por Gilberto Silva. Reapareceu buscando o jogo pelos lados, na segunda etapa.
Foi ele quem recebeu de Robben e fez o cruzamento que o ponta não conseguia fazer. O melhor goleiro do mundo e o melhor exemplo do que Bert van Marwijk, técnico holandês, chamou de "arrogância positiva" falhou. Ele e Felipe Melo.
O jogo exigia toque de bola. Dunga olhou para o banco e descobriu o óbvio: que os reservas não ofereciam a ele essa opção. Faltou mexer a cabeça negativamente, como fez contra Portugal. Após a eliminação, não adianta fazer isso olhando para o campo. Talvez olhando para o espelho.
A DOSE CERTA
O time de Dunga não era só contra-ataque. Gostava de jogar com a bola na maioria dos jogos. Ontem, não conseguiu. Como dito na convocação, faltou alguém no banco que mudasse o ritmo do jogo.
RIVAL DE MESSI
É a melhor Holanda da história -ao menos, a primeira a ir às semifinais só com vitórias. Sneijder é o melhor jogador da Copa e vai lutar com Messi pelo prêmio da Fifa.

BRASIL ELIMINADO

TOSTÃO
Desta vez não havia Zidane, mas Sneijder e Robben. Não é só o Brasil que tem craques.
O BRASIL fez o melhor primeiro tempo e o pior segundo tempo da Copa. No primeiro, poderia ter feito mais de um gol. No segundo, quando perdia por 2 a 1, foi todo para a frente, e a Holanda teve mais chances de fazer o terceiro que o Brasil de empatar.
O Brasil, que, durante os quatro anos sob o comando de Dunga, fez um grande número de gols em jogadas aéreas, levou dois gols nesse tipo de lance.
O Brasil, que, durante quatro anos, procurou um lateral esquerdo, levou dois gols em jogadas que se iniciaram por esse setor.
O Brasil, que sempre teve um armador pela direita para ajudar Maicon (Elano ou Daniel Alves), nunca teve um armador pela esquerda para ajudar Michel Bastos. Desse lado, começaram as duas jogadas dos gols holandeses.
O Brasil, que tinha uma grande preocupação com as faltas violentas e com as expulsões de Felipe Melo, teve o jogador expulso quando o time perdia e precisava reagir. O atleta de Cristo Felipe Melo, que deu um excelente passe para o gol do Brasil, escreveu em seu Twitter, na véspera da partida: "O melhor de Deus ainda esta por vir. Creiam". Deus não gosta de jogador violento.
Foi uma repetição da Copa do Mundo de 2006, quando o Brasil foi eliminado nas quartas de final pela França. Lembro que, na época, assisti à partida ao lado de Clóvis Rossi, perplexo com a atuação de Zidane. Desta vez não havia Zidane, mas havia Sneijder e Robben. Não é só o Brasil que tem craques.
Dunga disse, após o jogo, que trocou Luis Fabiano por Nilmar para aproveitar sua velocidade. No momento em que o Brasil perdia e tinha de pressionar e usar as jogadas aéreas, seria muito melhor um ótimo cabeceador do que um velocista.
As virtudes do Brasil, bastante conhecidas antes da partida, como o excelente contra-ataque, as jogadas aéreas e a qualidade de seu goleiro (que falhou no gol) e de seus defensores, não acabaram por causa de uma derrota. As deficiências do Brasil, como a falta de mais talento na lateral esquerda e no meio-campo e o despreparo emocional de Felipe Melo para disputar uma Copa, ficaram ainda mais evidentes.
Como em 2006, o Brasil foi eliminado por um time de mesmo nível técnico. Não houve surpresa. Temos de valorizar o adversário. Precisamos terminar com a nossa prepotência de achar que o Brasil é sempre melhor.

UM BI PARA O RIO

Banco Mundial empresta US$ 1 bilhão para o RJ.
O Banco Mundial anunciou hoje empréstimo de US$ 1,045 bilhão para o Rio de Janeiro (RJ). O investimento faz parte do programa de consolidação fiscal municipal, que visa estimular o crescimento econômico e melhorar a qualidade e cobertura dos serviços sociais, especialmente nas áreas de baixa renda. Este é o primeiro empréstimo do Banco Mundial para a cidade do Rio de Janeiro e é o maior empréstimo até a data prevista pela instituição diretamente para um município em todo o mundo. "O Rio vem buscando o crescimento sustentável, que responde aos seus exclusivos desafios urbanos e sociais, e tendo em conta a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016", disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
O empréstimo destina-se a reforçar o crescimento econômico através do apoio à política fiscal da cidade, liberando espaço para investimentos, melhorando a qualidade da saúde e educação, simplificando o processo de novos negócios, além da modernização da gestão pública municipal.

ERA DUNGA, FOI SNEIJDER

JUCA KFOURI
Perder faz parte, mas para quem sabe ganhar. Quem não sabe acha que perder é igual a morrer.
O BRASIL ESTÁ fora da Copa do Mundo. Volta para casa mais cedo do que se previa e era razoável imaginar. E num 2 a 1 injusto, pelo primeiro tempo, com pênalti não dado em Kaká e bela atuação.
Derrotado por uma boa seleção, diga-se com todas as letras, embora menos que outras laranjas.
Que fique claro que não há desonra alguma em ser eliminado como foi a seleção de Dunga. E que os brasileiros não têm a obrigação de ganhar todas as Copas que disputam. Se ganharem uma a cada três, estará de bom tamanho. E a próxima, a 20ª, no Brasil, tem a cara do hexacampeonato, o que permitirá quase atingir tal média.
E que fique claro, também, que Dunga deixa registrada sua passagem pela seleção com um saldo muito mais positivo do que negativo, coisa com a qual ele mesmo não concordará, porque falhou ao faltarem apenas três passos para a consagração.
E diante da primeira equipe, digamos, se não do tamanho da brasileira, em vias de chegar lá.
Ruim, para quem gosta de futebol bem jogado, é perder jogando como jogou a seleção nesta Copa africana, com pouca coisa a ver com o estilo brasileiro de jogar.
E aí, para quem só vê resultados, é inescapável: Dunga fracassou, apesar de todos os ótimos resultados que obteve exatamente até ontem, quando, para ser coerente com ele mesmo, que não vê nem passado nem futuro no futebol, o presente morreu. Acabou.
O pior, ou o melhor, é que o futebol agradece a derrota de um estilo que não é o nosso. E que ninguém venha com história de saudosismo. O que me fez gostar de futebol tem muito mais a ver com a Holanda de Robben e Sneijder do que com este Brasil. Mas, quando eu era criança, também gostava mais de chocolate do que gosto hoje, embora continue a gostar e constate, sem pesar, que o chocolate de hoje é melhor do que o da infância.
Já este futebol brasileiro não é. E eu quero aquele. Um romântico talvez nos desse. O pragmático não deu. Que Dunga seja feliz, do alto de sua aprovação popular, provavelmente na Europa, como Sebastião Lazaroni, talvez mais delicado em italiano, principalmente se tiver a humildade de fazer uma terapia para finalmente cicatrizar a injusta ferida da era Dunga.
Porque foi Robben. E Sneijder.

NOTEBOOKS COLORIDO

LAMBIDO DO PORTA TERRA
Nova linha de notebooks traz cores vibrantes
A nova linha de notebooks Vaio série E da Sony chega ao mercado este mês com cinco cores, movida a processadores da mais recente geração da Intel.
Os modelos (VPC-EA23FB), com telas de 14 polegadas, serão vendidos em branco, preto, azul, rosa e verde, com acabamento texturizado e cobertura de acrílico colorida na parte exterior. Sua configuração inclui o processador Intel Core i3, gravador de CD/DVD, 500 GB de disco rígido, 4 GB de RAM e rodam Windows 7 Home Premium 64 bits.
A máquina com acabamento em preto vem com um diferencial: um leitor de discos Blu-ray e placa de vídeo ATI dedicada. Os novos Vaio contam ainda com botões de acesso rápido à internet (em uma partição adicional no disco, com uma variante de Linux que permite boot mais veloz), a uma central de soluções e atualizações e à galeria de mídia do computador.
O preço sugerido dos novos Vaio série E é de R$ 3.499 para os modelos mais básicos e R$ 3.999 para o modelo com Blu-ray (EA25FB).

NOME FORTE

EDUARDO ARRUDA
Após a queda da seleção na Copa africana, o nome do corintiano Mano Menezes surgiu no topo da lista de cartolas para substituir Dunga. Na visão de quem aposta no corintiano, pesa a favor dele o fato de ser disciplinador, ter tido bons resultados nos últimos anos e saber lidar com a imprensa.
Padrinho forte
Outro fator que poderia facilitar a escolha de Mano é a boa relação entre o presidente corintiano, Andres Sanchez, chefe da delegação brasileira na Copa, e Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
Cabeça inchada
Com os olhos cheios de lágrimas, Andres não quis falar em sucessão. "Agora o Ricardo terá tempo para decidir com calma", disse. "Você não sabe como dói perder assim", prosseguiu o cartola, lembrando a eliminação de seu clube, ante o Flamengo, na Libertadores deste ano.
Fim da igreja
Além de Dunga, o auxiliar Jorginho está fora da comissão técnica da seleção brasileira. O ex-lateral direito tinha esperança de continuar, mesmo com a saída do chefe. A CBF, porém, não quer. Taffarel também pode deixar seu posto de observador e preparador de goleiros.
Palavra
Após a derrota de ontem para os holandeses, Teixeira foi ao vestiário para conversar com os jogadores. O presidente da confederação brasileira agradeceu o empenho dos jogadores na Copa-2010.

ATÉ O FIM

O governador Alberto Goldman (PSDB-SP) insistirá com Ricardo Teixeira, da CBF, e a Fifa para que o Morumbi abrigue partidas da Copa de 2014 no Brasil. "Se o estádio não é adequado para a abertura, é pelo menos para os demais jogos", afirma. Ele diz confiar nas declarações do prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) de que não está articulando para que o Piritubão seja o plano B do Mundial. "O que ele me diz é que Pirituba não é para a Copa e sim centro de convenções com arena multiuso." Kassab diz ainda que o complexo "não estará pronto em 2014".
NA CABEÇA DE KASSAB
Informado de que o secretário municipal Marcos Cintra (Trabalho), um dos responsáveis pela licitação do Piritubão, afirma que a arena será construída de acordo com as especificações da Fifa, visando à Copa, Goldman diz: "Ele é secretário do quê? Vai ver sabe mais do que eu. Não sou obrigado a saber tudo o que se passa na prefeitura, nem na cabeça do prefeito, muito menos na do Marcos Cintra".
QUEM TEM BOCA
O Palmeiras vai dar uma medalha comemorativa do jogo contra o Boca Juniors, no dia 9, na despedida do Parque Antarctica, que será reformado, para os torcedores do setor "premium" do estádio. O ingresso custará R$ 600. Haverá também a exibição de um time de masters do clube.
O estádio será decorado com bandeiras do Verdão e da Itália.

FIFA

Martinho Neves Miranda, Jornal do Brasil
Até 11 de julho, todos os olhares se voltam para a África. De quatro em quatro anos é assim: só se fala em Copa do Mundo. Até aqueles que não se interessam por futebol passam a folhear os cadernos de esportes dos jornais e assistem aos programas de TV especializados no assunto.
Mas esta é também uma oportunidade para termos uma visão política, social e jurídica das estruturas que governam o esporte e que terão muita influência no nosso país nesta década em que realizaremos os mais importantes megaeventos internacionais. Como por ora só se fala em Copa, vejamos, por exemplo, a dona dessa competição, a todo-poderosa Fifa.
Enganam-se aqueles que pensam que a Fifa é uma mera organizadora de eventos internacionais de futebol, pois a Copa é apenas um cartão de visitas daquela que é uma das organizações não governamentais mais pujantes da nossa era.
Em termos de representatividade mundial, pode-se dizer que a Fifa já superou a ONU, já que a matriz do futebol conta com mais federações nacionais filiadas do que o número de países vinculados à Organização das Nações Unidas.
Ocorre que, ao contrário da ONU, a Fifa conseguiu fazer com que suas normas se tornassem universais, sendo religiosamente observadas pela unanimidade de confederações, federações, clubes e demais profissionais do futebol.
Sob esse aspecto, só podemos equiparar essa força normativa da Fifa, que é centenária, com uma instituição milenar, que é a Igreja Católica, que também possui o seu polo de irradiação normativo emanado soberanamente de uma única fonte, que é o Vaticano e que se impõe perante todo o universo eclesiástico do planeta.
Assim, a exemplo do que ocorre na Igreja, que possui práticas idênticas em todo o mundo, vemos que o futebol também tem a sua própria liturgia, sendo comum dizer-se que no mundo do futebol “todos falam a mesma língua”.
E a unificadora dessa linguagem foi precisamente a Fifa. O problema é que ultimamente sua codificação não vem se restringindo apenas aos assuntos meramente desportivos.
Basta lembrarmos que ela impõe regras a serem observadas por Estados soberanos, expede regulamentação sobre contratos, dita normas trabalhistas, além de proibir os seus filiados de recorrerem ao Judiciário para contestar suas decisões, o que vem sendo surpreendentemente respeitado por todos, ante o temor de ficarem de fora desse universo, já que a Fifa exerce um verdadeiro monopólio na organização da indústria de entretenimento mais importante do globo, que é o futebol.
É bom refletirmos, portanto, que a Fifa construiu silenciosamente um mundo à parte, alheio à ingerência dos Estados, demonstrando que, sob o véu da Copa e do esporte mais popular do planeta, se esconde uma instituição que é detentora de um poderoso e gigantesco império que movimenta cifras consideráveis: o império da bola.

AZEDOU

CUSTOS DA COPA 2.014

Mudança na LDO afrouxa controle de obras da Copa.
Mecanismo essencial para fiscalização do TCU não será mais necessário.
Oposição ameaça não votar lei; para técnicos, alteração do relator dificulta a apuração de eventuais problemas
DANIELA LIMA - LAMBIDO DA FOLHA DE SÃO PAULO
Uma mudança feita no texto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) retira os mecanismos habituais de controle do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre obras da Copa, da Olimpíada e da Petrobras que receberem investimentos do governo federal, o que dificulta a identificação de superfaturamentos e sobrepreços.
Texto apresentado pelo senador Tião Viana (PT-AC), relator da LDO no Congresso, deu nova redação a um artigo que, segundo especialistas e parlamentares da oposição, compromete a fiscalização dos empreendimentos.
O trecho modificado diz que apenas as licitações regidas pela Lei 8.666- que estabelece normas para contratação de obras e serviços na administração pública - devem obedecer tabelas de preços que funcionam como principal instrumento da corte para identificação de superfaturamentos e sobrepreços.
Os empreendimentos da Copa e da Olimpíada, segundo medida provisória baixada pelo governo em maio deste ano, obedecerão a um conjunto específico de regras para licitações. Ficarão, portanto, desobrigados de cumprirem as exigências da lei 8.666, à qual foi vinculada a fiscalização na LDO.
O mesmo acontece com a Petrobras. Segundo informou a assessoria da estatal, desde 1998 a "Petrobras ficou desobrigada de cumprir a lei 8.666, que disciplina as contratações no setor público, e passou a realizar suas contratações de acordo com as regras do Procedimento Licitatório Simplificado".
O TCU discorda do entendimento da estatal, e há anos a corte e a empresa travam batalhas no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a submissão ou não da Petrobras à lei 8.666. Não há decisão definitiva sobre o caso.
Para se ter uma ideia do volume de recursos envolvidos no polêmico artigo, a previsão de investimentos da Petrobras para 2010 é de US$ 35 bilhões, e a estimativa de investimentos do governo federal para a Copa do Mundo é de cerca de R$ 22,3 bilhões.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, ao inserir os termos "para os fins exclusivos da Lei n.º 8.666, de 1993" no início do artigo 127 da LDO, o relator excluiu do controle obras com contratações feitas por outros modelos de licitação.
A mesma avaliação é feita por consultores de Orçamento do Congresso.
Diante da polêmica, a oposição afirmou que não votará a LDO se a redação atual for mantida. "Ela tira do TCU o poder de acompanhar essas obras, que somam um volume imenso de recursos", afirmou o deputado Rogério Marinho, líder do PSDB na Comissão Mista de Orçamento do Congresso.
O artigo questionado trata das tabelas de preços que devem ser tomadas como base em obras contratadas pela administração pública. Elas estabelecem os valores máximos que podem ser desembolsados por cada produto.
Essas tabelas estão disponíveis em dois sistemas: o Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) e o Sicro (Sistema de Custos de Obras Rodoviárias). O primeiro, é mantido pela Caixa. O outro, pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).
Ambos são fundamentais para as auditorias do TCU.
A votação do relatório de Tião Viana está marcada para a próxima semana. A Folha apurou que, além da oposição, técnicos do Tribunal de Contas trabalham para modificar o termo inserido pelo relator na LDO.

MILAGRE ECONÔMICO

LAMBIDO de Renée Pereira, do O Estado de S. Paulo.
Construção vive novo milagre econômico.
Entre 2003 e 2008, valor total das obras do setor teve crescimento real de 60%.
Uma nova onda de investimentos públicos e privados renovou os ânimos da construção civil, que tem batido recordes de produção e emprego mês a mês. Depois de atingirem o fundo do poço na depressão financeira dos anos 80 e 90, agora as construtoras comemoram um novo “milagre econômico”, a exemplo do que ocorreu na década 70.
Entre 2003 e 2008, o valor total das obras do setor teve crescimento real (descontada a inflação) de 60% – bem acima dos 26,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no período. O forte movimento foi impulsionado especialmente pela retomada das construções para o setor público, cujo avanço foi de 69,5%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os projetos da iniciativa privada, que respondem pela maior parte do volume total de obras (56%), cresceram 54,6%.
Toda cadeia da construção civil representa 9% do PIB total do País (só a construção civil, 5%). Embora na década de 70 essa participação tenha atingido 15%, hoje o volume total de obras é muito maior, afirma o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Simão. “Estamos num momento muito especial. Com o avanço de novos projetos, esperamos um crescimento de 9% no PIB do setor este ano.”
O executivo comenta que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma espécie de grife do atual governo que anda mais devagar que o necessário, ajudou a fortalecer o ressurgimento da construção civil, sufocado durante os anos 80 e 90. “Apesar das críticas, o programa foi um indutor do crescimento”, afirma a consultora da FGV Projetos, Ana Maria Castelo.
Um exemplo da retomada do setor é a construtora Mendes Júnior, que comandou o milagre econômico na década de 70 e se afundou nas chamadas décadas perdidas. Segundo o vice-presidente de mercados da empresa, Sérgio Cunha Mendes, nos últimos dois anos, o faturamento da companhia quase dobrou.
O mesmo ocorreu com a Galvão. Só em 2009, as receitas da companhia avançaram 106%, de R$ 1 bilhão para algo em torno de R$ 2 bilhões. “O resultado foi influenciado especialmente pelo setor de óleo e gás, que cresceu 130% na empresa”, afirma o diretor da Galvão, Guilherme Eustaquio Barbosa.
Entre as líderes do setor – Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez -, o movimento não poderia ser diferente. Entre 2008 e 2009, o faturamento das empresas apresentou um crescimento nominal acima de 60%, segundo ranking da revista O Empreiteiro. “Quase tudo que é investido no País é processado pela construção civil. Então, se a economia cresce, os investimentos ocorrem e o setor se desenvolve”, afirma o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan.
Se o desempenho foi bom até agora, o que vem pela frente é ainda mais animador, avaliam os executivos das construtoras. Só os eventos esportivos (Copa do Mundo, de 2014, e Jogos Olímpicos, de 2016) e o Pré-Sal vão exigir investimentos de US$ 339 bilhões, além dos R$ 33 bilhões do trem-bala, entre Rio e São Paulo.
Com base nesses dados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fez uma projeção (conservadora para os números do setor) de crescimento médio anual de 7% entre 2010 e 2013. O segmento de moradias e construções industriais vai crescer 9% ao ano e a construção pesada, 6%.
As empresas, porém, preveem avançar bem mais. “Nossa previsão é manter um crescimento de 25% ao ano nos próximos 10 anos”, afirma Barbosa, da Galvão. No caso da Mendes, o avanço será um pouco menor: entre 10% e 15%. Segundo eles, um dos principais desafios para manter esse ritmo da atividade está na mão de obra especializada, que hoje já é um problema.
Além disso, tradicionalmente o setor é envolvido em irregularidades em processos licitatórios, que paralisam obras. Conforme relatório do Tribunal de Contas da União, em 2009 foram fiscalizadas 211 obras públicas, que podem evitar perdas de R$ 1,3 bilhão para os cofres do Estado. Em 2008, 153 obras foram fiscalizadas, com perdas potenciais de mais de R$ 2 bilhões.
Gostou dessa?
Pegaram o Dunga cantando dentro do vestiário depois do jogo que o Brasil foi eliminado.
Sabe que música é? Eu vou, eu vou, prá casa agora eu vou, eu vou, eu vou.... Gostou dessa?
Brasil x Portugal foi um jogo de xadrez: Cristiano Ronaldo foi a dama (ou rainha); Kaká (áí um erro, pois ele não atuou), o bispo; Julio Baptista, a torre; Felipe Melo e Pepe foram os cavalos.

VAI UM SUCO DE LARANJA ?!?!?!

O time de camisa amarela (como dizia João Saldanha), sucumbiu diante da Holanda que tão somente jogou futebol e não guerrabol.
Dunga é inteligente, competente, flexível. Os jogadores selecionados, ricos, famosos e felizes. A Copa do Mundo, palco de interesses econômicos, políticos. Restam o pão e o circo. Infelizmente, com a técnica da retranca de copas anteriores, o Brasil não saiu invicto. O futebol hoje é planetário. Foi-se o tempo que o jogador japonês era apenas um japonês!
O que o Dunga fez em toda sua mediocre carreira? Dava carrinhos aos mil para tentar destruir os encantos do futebol. O que o Dunga fez como treinador da seleção? Fez o que ele sabia fazer, tentar destruir os encantos do futebol.
Os Deuses do futebol, amantes dos encantos, das magias e do espetáculo o castigaram e a nós.
Vamos torcer pela Argentina??? Que escolheu um dos melhores artistas do futebol para ser o treinador e como ele montou a seleção??? Com criadores de encantos, com artistas da bola, é o que ele sempre fez e é o que ele sabe fazer e sua seleção é sua imagem.

ARGENTINA X ALEMANHA

MANCHETE NO BRASIL - MUNDO

03/07/2010 - 06h47
Veja as manchetes dos principais jornais nesta sábado
Jornais nacionais.
Folha de S.Paulo
Derrota encerra 2ª era Dunga
Agora S.Paulo
Seleção de Dunga perde a cabeça
O Estado de S.Paulo
Brasil de Dunga é eliminado
Jornal do Brasil
Agente laranja acaba com o sonho do hexa
O Globo
O fim (definitivo) da era Dunga
Correio Braziliense
Chega
Estado de Minas
O triste fim de uma era
Diário do Nordeste
Chora, Brasil: hexa, só em 2014
A Tarde
Decepção
Extra
Já era, Dunga
Correio do Povo
Agora, é esperar por 2014
Zero Hora
Pane na África
Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Relatório aponta que crescimento de ofertas de emprego no setor privado estagnou
The Washington Post (EUA)
FBI passou quase uma décade perseguindo suspeitos de espionagem
The Times (Reino Unido)
Reformas correm o perigo de ruir
The Guardian (Reino Unido)
Andy Murray ffalha na semifinal de Wimbledon - novamente
Le Figaro (França)
As empresas chinesas estão preocupadas com o protecionismo
Le Monde (França)
Como o fisco francês conseguiu gerar grandes fortunas
China Daily (China)
Os holandeses mandam o Brasil para a casa
El País (Espanha)
Zapatero abre a porta do Conselho Judiciário eliminando o Estatuto
Clarín (Argentina)
A Seleção contra a Alemanha para ir as semifinais ou de volta para a casa

sexta-feira, 2 de julho de 2010

OS MELHORES DO MUNDO


Claro que temos todo o direito de criticar. Para-se um país inteiro; faz-se festas de todo tamanho para ver sua seleção jogar. Como somos “os melhores do mundo”, temos obrigação de ganhar – quase sempre, vai -, ou você não concorda?
Dunga levantou uma taça graças às belas atuações de Romário (este sim, carregou aquele timinho nas costas).
Presta atenção numa coisa: a Argentina tem futebol tão bom quanto o nosso; se duvida, veja quantas vezes foram campeões da Libertadores da América? Claro, se temos cinco vezes mais habitantes, é de se supor que teremos um número bem maior de craques.
Vamos acabar com esta frescura de “melhores do mundo”, pois, no momento, por exemplo, tem vários times melhores que o nosso. Analisem direitinho a atuação nesta copa: 2×1 (no grande “time” da Coréia); 0×0 Portugal, que não é nenhuma maravilha; 3×1 Costa do Marfim, iniciando com um gol escandalosamente irregular do “fabuloso” , sobre este jogador, tem vários atacantes bem melhores na copa, e no entanto não são chamados de fabulosos; essa criação é do “Gavião Bueno” que induz boa parte dos telespectadores a achar que o certo é o que ele fala, nada mais ridiculo do que as estatísticas do Galvão (magda) Bueno, tipo: Dunga comandou o time cerca de 60 vezes e só perdeu 3 partidas; que hoje ele perdeu uma das poucas que jamais tinha o direito de perder; sim, pois somos os “melhores do mundo”. Tô fugindo um pouco do assunto, só para mostrar que o povo (com algumas exceções) é uma caixa de rossonância (segundo Parreira). Vejam mais uma do Galvão (magda) Bueno; ele quer a todo custo provar que Rubens (pé-de-chinelo) Barrichello é piloto de primeira linha – demais, não? Assim como faz com o Rubens (pé-de-chinelo) Barrichello, ele quer que acreditemos serem estrelas de grandeza jogadores tais como: Ruan, Robinho, Luíz Fabiano (fabuloso), Josué, Michel Bastos, Júnior Batista, Gilberto Silva (ele jogou hoje, nem se sabe; isto sempre acontece),etc.
Agora veja que ele deixou de fora: Ganso, Diego Souza, Ernanes e Ronaldinho Gaúcho (absurdo não ter levado nenhum desse jogadores)

O PAÍS DA BUNDA

Depois de ver os campeonatos estaduais e Brasileirão, o tecnico opta por levar uma maioria de reservas ou machucados europeus… Ser campeão seria um milagre, não é esse futebol pragmático que encanta, haja vista que a Holanda ganhou com lances de pura tentativa e erro.
Acabou Dunga, agora já era.
A seleção de dunguinhas virou suco na mão do genial baixinho Sneijder, melhor jogador da Champions 2010 e melhor jogador da Copa 2010 também.
Engula toda sua arrogancia e prepotência “professor” Dunga (afinal, deu aula aonde esse cara?) e volte para sua mediocridade de quebrador de pernas alheias, única coisa que sempre soube fazer na carreira de boleiro e por favor leve junto seus Julios Batistas, Josués e Felipes Melos.

O PESADELO NEGRO

O roteiro deve ter matado alguns velhinhos do coração na minha querida Montevidéu. Eu queria ver o Uruguai de algum satélite neste exato momento, deve estar pulsando em azul.
Roteiro inacreditável desse esporte tão belo quanto cruel, decisão por pênaltis é uma crueldade sempre, é como mandar 22 pessoas ao paredão e colocar diante delas um soldado com um fuzil, um sabe que morrerá, é aquele que perde o pênalti, o erro imperdoável que ninguém no futebol admite que o é, porque sabe que um dia pode perder, também.
Mas pior do que perder o pênalti na série de desempate é perder no último minuto do segundo tempo da prorrogação, como aconteceu com o rapaz de Gana, aquilo sim é uma tragédia.
E da tragédia africana nasce a esperança celeste, nossa pequena aldeia gaulesa ao sul está nas semifinais depois de 40 anos.
Pois o mundo do futebol, depois da chocha desclassificação do Brasil, só comenta dois lances do grande jogo da semifinal: a defesa do Suárez e a jogada genial de um atleta alvinegro na última cobrança, e vão pesquisar agora as outras vezes que o Loco optou por bater a la Zidane, e vão chegar à final do Campeonato Carioca
A última vez que um jogador botafoguense ganhou tamanha projeção foi em 1970, com Jairzinho, o Furacão da Copa. E, claro, com Garrincha e Nilton Santos, em 1958 e 1962. Todos vencedores, todos campeões mundiais.
Mais uma vez, obrigado, Loco, por elevar o nome do Botafogo ao lugar merecido.
Jogou feio e perdeu. Nem jogando bonito se ganha sempre, nem jogando feio se ganha sempre. Pelo menos poderíamos ter-nos mantido fiéis a identidade do nosso futebol, alegre, meio moleque, as vezes, chegando próximo à irresponsabilidade, mas tantas vezes campeão do mundo dando um show de bola.
Dunga preferiu copiar o estilo europeu, as vezes, também eficiente, mas nem sempre. Não foram poucas as vezes que o belo futebol brasileiro de Pelé, Garrincha e Ronaldo, da Argentina, de Maradona, botaram abaixo o futebol pragmático de Itália e Alemanha, saímos da Copa sem ao menos ter tido o prazer de ver o Brasil jogar futebol.
Causou espanto alguns jogadores após o jogo reclamarem que os gols foram frutos de bolas paradas, ora, não foi assim, através de bolas paradas e contra-ataques, que o Brasil de Dunga se acostumou a vencer? Com a tática mais utilizada pelos times pequenos, que fazem isso devido à ausência de talentos no seu elenco? Mas fazer isso com a seleção brasileira…
Para terminar, não seria mesmo possível que o Brasil eliminasse a Holanda com um gol fruto de um passe primoroso de Felipe Melo, o símbolo da malfadada e pré-histórica segunda era Dunga, os Deuses do futebol fizeram uma providencial intervenção no segundo tempo, Felipe Melo voltou a ser a abóbora que sempre foi e conto de fadas terminou sem final feliz, como era de se esperar.

PESADELO AMARELO

FLAVIO GOMES - BLOG DA COPA
Sem querer tripudiar sobre o cadáver de ninguém, haverá quem o faça, na verdade há fila, é só pegar a senha, Dunga é uma figura quase épica para o futebol brasileiro. Teve duas eras batizadas com seu nome. Símbolo do mau futebol da Copa de 90, é, agora como técnico, o símbolo da intransigência, da intolerância, da teimosia e… do mau futebol.
Que no fundo é o que importa, personalidade do treinador à parte, a ela voltaremos daqui a pouco. Mau futebol porque seu conceito do jogo de bola é um pouco diferente daquele que leva a um bom futebol. Ele montou um time eficiente, sem dúvida, com números impressionantes, títulos, mas… mau futebol.
Mau futebol porque ele insistiu em formar um batalhão de soldados em vez de um time de futebol. O futebol, no Brasil, não encantava ninguém fazia muito tempo até aparecerem os meninos do Santos no começo deste ano, e eis que a luz se fez, e eis que as trevas seguiram no batalhão comandado pelo sargento.
É uma questão de gosto. Eu gostaria de ver o futebol dos meninos do Santos na África do Sul, esse é o futebol que, afinal, está sendo jogado no meu país.
Mas Dunga tem outras ideias, e tem todo o direito de tê-las. E não levou ninguém. Levou seus cabos e soldados, que lhe foram leais por anos a fio. Ocorre que futebol não é uma guerra e não carece de rechear um time de cabos e soldados armados com espingardas e trabucos. É preferível usar jogadores de futebol, bons, se possível.
O discurso da coerência, da lealdade, do patriotismo, do orgulho de vestir a camisa amarela, tudo isso pode ser muito bonito para consumo externo, e funciona, basta ver os índices de aprovação do técnico até ontem, 69% — amanhã caem a zero. Porque discurso não ganha jogo. É preciso bola. O time do Brasil jogou bola na Copa, de verdade, contra o Chile, uma seleção fraca, e no primeiro tempo contra a Holanda. No segundo tempo, foi engolida por um time melhor. De jogadores bons.
Dunga é um cara sem grande imaginação. Honesto nos princípios, aparentemente, mas limitado na criatividade e no trato com as pessoas. E um time de futebol é, via de regra, um reflexo daquilo que seu técnico pensa e de como age. Quando vi, no segundo tempo, o Dunga esmurrando o banco de reservas, pensei cá com meus botões o que estaria passando pela cabeça dos jogadores, que olham para o técnico atrás de respostas e só percebem cacetadas e descontrole.
Aí o time perdeu a cabeça, o Felipe Melo foi expulso e, claro, será o Roberto Carlos desta Copa. O cara que não abaixou para arrumar as meias, mas rasgou a do adversário. É fácil eleger vilões, no futebol.
Não há, porém. Futebol é um jogo, um jogo de bola encantador, que resume em 90 minutos tudo que uma vida inteira nos oferece, com seus erros e acertos, alegrias e tristezas, esperanças e frustrações.
Um time de jogadores não muito bons, com algumas exceções, dirigido por um técnico sem imaginação e em permanente estado de tensão e belicismo até poderia ir bem longe, porque o futebol brasileiro é forte e o time tinha lá suas qualidades defensivas e sua eficiência no ataque. E numa Copa, às vezes, isso é o suficiente, são apenas sete partidas.
Mas ainda bem que não foi. Seria a vitória da mediocridade. Do sem-graça, do que não nos cativa, do que não nos encanta.
É o fim da segunda era Dunga. Um sujeito que, sinceramente, não me é alvo de admiração. Não admiro quem levanta uma taça de campeão e xinga o mundo à sua volta. Não admiro quem adota como norma de comportamento a afronta, a agressão verbal, a militarização de um esporte. E tampouco admiro as pessoas que nos últimos anos se apossaram do futebol brasileiro através de sua entidade oficial, um balcão de negócios milionários que nada têm a ver comigo, com o futebolzinho que vejo todas as semanas nas arquibancadas duras do meu Canindé sem vuvuzelas, mas com bolinhos de bacalhau e tremoços.

FUI FELIZ

O futebol tem o poder de aprisionar o tempo. Só um jogo de futebol, e somente ele, nos dá a noção quase imediata do que é passado, presente e futuro. Porque o passado a gente costuma esquecer, o presente nunca parece o suficiente, o futuro é algo tão distante e incerto que quando ele chega, a gente não percebe.
No futebol, não. Quando começa um jogo, aqueles minutos em que você ficou na arquibancada esperando começar passam imediatamente a fazer parte do passado, e você sabe disso. A bola na trave é passado, e você sabe disso no chute seguinte, aquele que o goleiro pegou. Esse é o presente, o goleiro pegou. E será passado de novo no próximo gol perdido, no impedimento mal marcado, na falta que não foi.
O jogo está zero a zero, e você sabe que dali a uma hora, 30 minutos, 15, o futuro terá chegado, e não será zero a zero, talvez até seja, mas você saberá que ele, o futuro, chegou, e não é um futuro distante, longínquo e imprevisível, não haverá incerteza alguma quando o juiz apitar, num jogo de futebol o futuro tem hora para chegar, e você pode, então, abraçar todas as dimensões do tempo que são incompreensíveis fora de um estádio.
Futebol não tem outra importância que não seja essa, a chance de viver uma alegria instantânea que dali a alguns minutos pode ser a maior das tristezas, esse jogo de passado-presente-futuro que se resolve em 90 minutos, com um intervalo para respirar.
Ontem fui o mais feliz dos seres humanos a cada gol do meu time, a cada gol do outro, e o pior dos miseráveis quando tudo acabou, quando o futuro chegou. É só um campeonato, uma bola e um gramado, já passou, é passado, mas na hora em que vi esse menino chorando no jornal, a dor voltou para o presente, porque a graça está aí: sorrir, chorar, sorrir, sofrer, e depois esquecer.
Porque a gente sempre esquece, daqui a pouco começa outro campeonato, o sorriso volta, as lágrimas ficam para trás, não há nada, mesmo, mais parecido com a vida do que um jogo de futebol. O menino da foto, os meus meninos que estavam do lado dele debaixo de chuva, todos os meninos do mundo aprendem a viver assim.

MAIS JÁ ARRANJEI UM VICE

Malu Delgado, do ‘Estadão’:
Aécio prevê derrota de Serra.
“Em conversas reservadas com políticos mineiros há algumas semanas, o ex-governador Aécio Neves fez projeções do cenário eleitoral e revelou que considera a eleição de Antonio Anastasia (PSDB) ao governo de Minas Gerais, seu afilhado político, fundamental para que ele se credencie como a principal figura de oposição do PSDB em caso de vitória de Dilma Rousseff à Presidência.
Nos cálculos políticos do ex-governador, somente sua eventual eleição ao Senado, isolada, poderia apequenar sua força política, já que o PSDB considera provável a vitória de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo.
Nessas confidências mineiras, Aécio calcula que só com as duas vitórias, ao governo de Minas e ao Senado, aumentaria seu cacife político no PSDB e no cenário nacional, superando, assim, a força que Alckmin poderá agregar entre os tucanos paulistas e dirigentes da sigla.
Quando, discretamente, cogita uma derrota do correligionário José Serra na disputa à Presidência da República, Aécio antecipa que pretende inaugurar uma nova era oposicionista no trato com o PT. O tucano cita a necessidade de criar uma “oposição contemporânea” no Brasil, capaz de discutir com o governo projetos relevantes. O ex-governador acha que a oposição, seja PT ou PSDB, precisa rever e modernizar seu papel.
Aécio não tem o perfil de oposicionista raivoso. Não por acaso foi em Minas Gerais que a dobradinha PSDB e PT teve algum eco. Foi também a partir da preferência do eleitorado de Aécio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que surgiu a dobradinha “Lulécio”.
Em parceria com Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, Aécio Neves ajudou a eleger Márcio Lacerda (PSB) à prefeitura da capital. O tucano mantém, ainda, um excelente relacionamento com Lula nos bastidores.
As previsões do ex-governador, segundo políticos mineiros experientes, são reveladoras sobre o caminho que pretende trilhar para viabilizar seu nome à disputa presidencial de 2014 ou 2018″.

MUDANDO DE ASSUNTO

O lucro acima de tudo e a qualquer custo, que unem Dunga ao seu semelhante atual na área política (Serra) já mostrou que só pode levar ao fracasso. A crise recente, onde os grandes capitalistas, irresponsáveis e inescrupulosos como sempre, quase quebraram tudo e se salvaram às custas de dinheiro público, é prova disso. O governo PSDB rifou o Brasil e destruiu a educação no Estado de São Paulo. Por falar em educação, Lula, o ex-operário, triplicou o orçamento do Ministério da Educação, multiplicou por 6 o orçamento da Capes (que cuida da pós-graduação), aumentou o número e o valor de todas as bolsas de pesquisa, abriu 15 universidades federais, e mais do que dobrou o salário dos professores dessas universidades. FHC, o intelectual, havia deixado tudo isso do jeito que encontrou: na lona. Quem escolhe o técnico da seleção é a CBF, mas quem escolhe o presidente da república é o POVO. E vocês, reacionários de plantão, grandes e pequenos, não podem nada contra isso, chorem e esperneiem, pois DILMA VEM AÍ.

LÁ VÊM OS BÔERES

PASQUALE CIPRO NETO.
Os bôeres devem ser maioria no estádio, mas na maioria dos lares sul-africanos é Brasil na cabeça.
SABE QUEM são os bôeres, caro leitor? Antes que vejamos quem são esses seres, permita-me perguntar-lhe: como você leu "bôeres"? Ignorou o circunflexo e pôs tonicidade no primeiro "e", ou seja, leu a palavra como paroxítona? Se fez isso, errou.
Vamos começar de novo: bô-e-res, com força no "o" (a palavra é proparoxítona; trata-se do plural de "bôer"). E o que vem a ser essa palavra? Esse termo se refere aos colonizadores holandeses (e seus descendentes) da atual República da África do Sul.
Pois os bôeres são maioria aqui em Port Elizabeth. Não me refiro só ao público que estará no estádio hoje; refiro-me também à população da litorânea cidade em que se dará a peleja.
A presença deles é visível. Perto do local em que estamos hospedados, há uma escola bôer, em cuja fachada se lê algo escrito em africânder (ou africâner), uma das 11 línguas oficiais, cuja origem é o holandês do século 17, com traços do francês e do inglês coloniais e até do malaio-português.
A história dos bôeres por aqui começa em 1647. Depois de algum período de convivência pacífica com os povos locais, os bôeres resolveram mostrar a que vieram, e aí... Aí é que eles não são amados pelos zulus e pelas demais etnias sul-africanas. Muito sangue zulu jorrou nesta terra, por obra e graça do radicalismo racista dos bôeres.
Moral da história: os bôeres (e/ou africânderes/africâneres) devem ser maioria no estádio, mas na maior parte dos lares sul-africanos, sobretudo nos das etnias locais, é Brasil na cabeça e no coração, e por duas razões: simpatia pela seleção brasileira e ódio aos holandeses.
Posto isso, quero lembrar que Brasil e Holanda esperaram até 1963 para o primeiro jogo, realizado "lá", numa fracassada excursão (Holanda 1 a 0).
O jogo seguinte só aconteceu 11 anos depois, na Copa de 74. Zagallo disse que não tinha visto a Holanda jogar, nem era preciso fazê-lo. No primeiro tempo, a Laranja Mecânica respeitou o Brasil, e o jogo foi parelho (a seleção perdeu dois gols feitos).
No segundo... Alguns milagres de Emerson Leão, e a inevitável vitória holandesa: 2 a 0. Em seu livro, Cruyff explica: a Holanda tremeu. "A simples lembrança de que enfrentaríamos o Brasil nos fazia tremer." Quando caíram na real e viram que podiam encarar a fera, o 2 a 0 ficou barato.
Pois é, caro leitor. A camisa da seleção (azul hoje, como em 74) ainda pesa? Certamente pesa-mas não basta para ganhar o jogo. É isso.

O PIG ESTREBUCHA

Desesperado, estrebucha o PIG-Partido da Imprensa Golpista, não adiante espernear, com baixarias e chulos factóides eleitoral, o fato é que o Zé (ladeira baixo) Serra, ao esbaforir suas demagogias, todo-dia o dia-todo dá tiro no próprio pé, a naufraga e pífia oposição anti-Brasil, sem ética, sem projecto alternativo de governo e sem discurso para apresentar-se aos trabalhadores eleitores, eles não enganam mais ninguém na pátria amada Brasil. A tese da limitação da transferência de votos já é bem conhecida o erro está na análise da mídia, pois usaram como parâmetro governos medíocres em que a capacidade de transferência dos votos ficou prejudicada, existe outro fenômeno chamado tendência. Os gráficos das pesquisas do Data Folha nunca batem com a tendência, seja de queda ou de alta, enquanto os outros institutos me parecem mais confiáveis. Resumindo, é evidente que a Folha torce pro Serra e distorce a vontade popular...Para liquidá-los de vez, é Dilma neles!

O MODELO É A INTER

PAULO VINICIUS COELHO - PRANCHETA DO PVC
NÃO TRATE o Brasil como um time defensivo só porque adora fazer gols de contra-ataque. Nem pense na Holanda como candidata a fazer uma retranca norte-coreana só porque sua torcida reclama do pragmatismo de seu técnico.
Mais certa é a definição de Juan: "Eles têm um time que gosta da bola, assim como o nosso".
A Holanda teve mais de 50% da posse de bola em três dos quatro jogos. É de imaginar que o Brasil tenha espaço para contra-atacar, como contra o Chile.
Quando estiver sem a bola, há dois jogadores fundamentais para marcar. O primeiro, Sneijder, é companheiro de Maicon, Júlio César e Lúcio na Inter de Milão, campeã da Europa sobre o Bayern, de Robben, o outro craque a ser anulado.
Na final de Madri, em 22 de maio, Robben pouco tocou na bola. A marcação da Inter era feita pelo lateral romeno Chivu, com cobertura do volante argentino Cambiasso.
Robben tinha a ajuda do lateral Lahm, marcado pelo atacante Pandev, que fazia função similar à de Robinho no Brasil. Voltava do ataque para completar o meio-campo pelo lado esquerdo.
Na Holanda, Van der Wiel, o lateral, apoia menos do que Lahm, o que pode exigir menos dedicação de Robinho à marcação.
Com Robben, o trabalho tem de ser igual ao da Inter. Michel Bastos dá o primeiro combate, lembrando de que o ponto forte do astro holandês é o drible para dentro, para preparar o chute de pé esquerdo.
Se tiver espaço para levar a bola até a linha de fundo, para cruzar de direita, Robben ameaça menos. Mas Felipe Melo tem de fazer a cobertura.
A diferença da final da Copa dos Campeões? O Bayern de Robben foi vencido com marcação perfeita. Mas com passe para gol oferecido por Sneijder, o outro perigo holandês.
NÃO É SÓ ELE
Maicon já disse que o problema da Holanda não é só Sneijder - dois gols e uma assistência na Copa. Marcá-lo é importante, mas fundamental é o Brasil impor seu estilo.
OUTRO LADO
Robinho jogará na faixa do lateral direito Van der Wiel, que não tem ido bem. Kaká incomodará os pesados Van Bommel e De Jong. Maicon será marcado por Kuyt e pode atacar Van Bronckhorst, 35.