sábado, 30 de abril de 2011

COPA DO BRASIL . . .

Santos, já que passou pelo Soberano, vai papar seu 19º paulistinha.
Fácil fácil ! ! !
Palmeiras tem 20 paulistinhas.
Soberano tem 22 Paulistinhas, agora, o curinguinha tem só 17 !!!
Eles dizem que aqueles 8 dos tempos de amadores, quando jogavam contra o vendo e .... e o de 77 que é da Ponte .... são deles !!!???
Usurpadores das coisas dos outros isso sim é que o curinguinha é.
Tentam usurpar o estádio que TALVEZ a Odebrecht construa.... até tú nóis nos trinques.
Parabéns ao Santos, que tem um belo time.
Será uma grande final: Palmeiras Vs. Santos.
Curintia = time que vive de esmola, falcatruas e que tais. Um povo evoluído e civilizado vive do fruto do seu trabalho. Um povo que vive de esmolas e vantagens é um povo fadado à miséria. Precisamos melhorar o país, para nossos filhos e netos. O dinheiro público não pode ser destinado à vantagem de um clube, e sim para a construção de postos de saúde, escolas, segurança.
Florestinhas do meu Brasil Varonil, aqui vai todo os meus respeitos a mais uma desclassificação computada em seus currículos, amanhã o Timão entra em campo para detonar mais um paulistinha, Avai desde criancinha.
O Santos foi superior, mereceu.
Os clubes muitas vezes pecam nas contratações mesmo sabendo que certos jogadores criam fama mas são de pouca produtividade, como o Fernandão do São Paulo, Carlos Alberto (Vasco e Gremio) e Adriano (Flamengo e Corinthians). O mesmo esta acontecendo com o Ronaldinho Gaúcho, que segundo os comentaritas tem atuado só discretamente.
Quando o craque não apresenta o futebol em campo ele é discreto, nunca que joga mal, mas "discretamente". Independente disso, o São Paulo tem que repensar as experiências estrambóticas do professor pardal.
Não gera nenhuma constância de esquema tático.
De qualquer forma, Parabéns Santos!
Vai ser lindo o jogo da final contra o Palmeiras.
Com Ganso inspirado, Santos bate o São Paulo e vai à final.
Com um gol e uma assistência de Paulo Henrique Ganso, o Santos derrotou o São Paulo neste sábado, por 2 a 0, no estádio do Morumbi, pela semifinal do Campeonato Paulista, e garantiu uma vaga na decisão do Estadual pelo terceiro ano consecutivo.
Almeida Rocha/Folhapress.
O meia Paulo Henrique Ganso (dir.) comemora o seu gol na vitória do Santos sobre o São Paulo
O meia Paulo Henrique Ganso (dir.) comemora o seu gol na vitória do Santos sobre o São Paulo.

Agora, o time da Baixada Santista aguarda o vencedor do duelo entre Palmeiras e Corinthians, que se enfrentam neste domingo, no estádio do Pacaembu.
Os dois técnicos não pouparam os seus titulares. Paulo César Carpegiani só não pôde contar com o meia-atacante Lucas e o zagueiro Rhodolfo, contundidos. O São Paulo esteve melhor no primeiro tempo, criou boas chances para marcar, mas pecou nas finalizações.
Depois do intervalo, Muricy Ramalho fez uma alteração que mudou o jogo: sacou o atacante Zé Love e colocou o zagueiro Bruno Aguiar. Com mais opções no campo ofensivo, o Santos melhorou e Ganso brilhou.
O meia deu a assistência para Elano abrir o placar de cabeça. Depois, Ganso aproveitou um passe de Neymar para chutar de primeira e fechar o placar.
Agora, o São Paulo volta suas atenções para a Copa do Brasil. Na quarta-feira, o time tricolor encara o Avaí, no Morumbi, pela partida de ida das quartas de final. Já o Santos joga na terça-feira contra o América, do México, fora de casa, pelo segundo jogo das oitavas de final da Taça Libertadores.
O JOGO.
A partida começou num ritmo frenético. As duas equipes fizeram jus ao estilo rápido de jogo. Neymar precisou de dois minutos para aproveitar uma falha do zagueiro Alex Silva, invadir a área e chutar na trave direita de Rogério.
O São Paulo respondeu com Marlos, que contra-atacou quatro minutos depois, mas seu chute saiu travado por um zagueiro adversário. O time tricolor buscou um estilo de jogo com toque de bola rápido para envolver a defesa santista.
A equipe visitante, apostou nos contra-ataques. E encontrou espaços para isso. Aos 18min, Léo apareceu livre pela esquerda, mas Rogério salvou o São Paulo com mais uma defesa. O time de Carpegiani, contudo, tinha mais posse de bola e variava as jogadas pelos lados.
Desgastado, o Santos afrouxou na marcação e cedeu espaços para o adversário. Em três minutos, a equipe da casa criou quatro chances para marcar. Dagoberto tentou duas vezes, mas parou em Rafael. Ilsinho aproveitou um rebote após chute do atacante, mas também não passou pelo goleiro santista.
Depois, após um ótimo passe de Marlos, Jean saiu livre na cara do gol, mas chutou por cima. O Santos sentiu o cansaço no primeiro tempo. Ganso pouco fez. Neymar teve apenas uma chance. O São Paulo só não marcou porque falhou nas finalizações.
Robson Ventura/Folhapress.
O atacante Neymar (esq.) disputa bola com o zagueiro Alex Silva durante o clássico no Morumbi
O atacante Neymar (esq.) disputa bola com o zagueiro Alex Silva durante o clássico no Morumbi

No intervalo, Muricy sacou Zé Love e colocou Bruno Aguiar. Assim, o treinador deu mais liberdade para os laterais e para Elano e Ganso, apagados na primeira etapa. A mudança deu resultado. Com Jonathan e Léo no campo ofensivo, o Santos ganhou mais opções para atacar e equilibrou as ações.
Assim, não demorou muito para as estrelas da equipe brilharem. Aos 18min, Ganso recebeu passe de Neymar e cruzou na cabeça de Elano, que, sem marcação, tocou para o fundo das redes. Carpegiani tentou mudar o panorama da partida ao colocar Fernandão no lugar de Marlos. Mas não surtiu o efeito.
Aos 28min, o Santos matou o jogo em um contra-ataque rápido. Neymar arrancou pela direita e tocou rasteiro para o meio para a chegada de Ganso, que bateu de primeira para o gol. Festa da pequena torcida santista no Morumbi.
Aos 42min, Neymar teve a chance de deixar sua marca ao ficar cara a cara com Rogério, mas chutou por cima do gol. O São Paulo tentou uma reação, Fernandão quase fez de cabeça, mas já não havia tempo para nada. O Santos está mais uma vez na final do Campeonato Paulista.

IBGE REVELA

FHC CHOVEU NO MOLHADO; PSDB ESQUECEU O "POVÃO" FAZ TEMPO - A maior taxa de mortalidade infantil do país, conforme os dados do Censo de 2010, divulgado pelo IBGE nesta 6º feira, ocorre no Estado mais rico da federação. Há 17 anos conduzido pelo 'modo tucano de governar' - os últimos três sob a batuta do 'gestor' José Serra, São Paulo registrou 6.111 óbitos de crianças com menos de 1 ano em 2010, um recorde funesto na radiografia do IBGE.  A Bahia ocupa a 2ª colocação: 3.083 mortes. A maior taxa de mortalidade infantil do país, conforme os dados do Censo de 2010, divulgado pelo IBGE nesta 6º feira, ocorre no Estado mais rico da federação.
Regionalmente, o Sudeste também se sobressai no ranking sombrio: 11.984 crianças menores de um ano morreram na região entre agosto de 2009 e julho de 2010, a maior taxa do Censo. O Nordeste paupérrimo aparece logo atrás: 11.349 mortes. O Sudeste tem a maior fatia da população brasileira (42%), o que mecanicamente o absolveria.
Ocorre que a região também abocanha a maior proporção do PIB (56,5%), um contraste chocante que se repete no caso do Estado paulista: com 21,5% da população brasileira, SP é a unidade da feredação que detém a maior parcela do PIB (33,9%). Por que tanta riqueza e 'eficiência' não se traduz em maior saúde neonatal? Com a palavra a mídia e o colunismo isentos.  (Carta Maior; Sábado, 30/04/2011)

ABERRAÇÕES . . .

REFORMA POLÍTICA

Belissima e realista análise como poucas tenho visto até agora, vou mais longe acho que se deveria primeiro ser aprovado o financiamento público de campanha. Depois se pensa em reforma. Assim, penso, se evitaria um pouco os vendilhões da patria. Se esses mercenários mexerem no sistema político atual, será para facilitar o acesso aos interesses particulares deles.
O povo não é contemplado, se o objetivo não é pagar a conta das safadezas deles.
A verdade é, que aqueles que querem muito a reforma política, ainda não se deram conta do estagio em que se encontra a nossa população com refererência a política praticamente no mesmo estágio do século passado. A juventude então está em pior situação. Não viveu, não vive politica no seu dia a dia, e ai prolifera uma juventude completamente alienada, a mercê da midia, horrorosa.
E o Pt, o meu querido PT.
Acho que já era, a midia deveria fazer uma campanha nacional incentivando a discussão pública.
Quem conhece os atuais legisladores brasileiros devem estar bem preocupados.

A QUE PREÇO ?!?

Reforma Política, mas não a qualquer custo.
É imprescindível desmistificar a concepção que considera a falta de representatividade política que o atual sistema detém como uma má formação ahistórica, algo mecânico, que poderia ser corrigido por meros reparos legais. O problema é muito mais complexo.
A Reforma Política é uma oportunidade importante de aperfeiçoamento das instituições políticas brasileiras. Entretanto, considero que ela, se não ocorrer, não causará um desastre nacional. E se for para produzir um resultado que diminua a representação popular, aí é melhor que não ocorra.
Consequentemente, o que deveremos procurar construir é um novo sistema eleitoral que melhore a participação popular, que reduza o peso do poder econômico (reduzindo o custo das campanhas) e que melhore a eficiência do sistema representativo.
Mas antes de discutir como poderia ser uma reforma política aperfeiçoadora, considero imprescindível desmistificar a concepção que considera a falta de representatividade política que o atual sistema detém como uma má formação ahistórica, algo mecânico, que poderia ser corrigido por meros reparos legais.
O problema é muito mais complexo. A despolitização reinante em amplos segmentos sociais, desde a base até a muitos subsetores médios, tem raízes sociológicas, ideológicas e políticas profundas. O período autoritário não foi apenas - e já seria muito! - de supressão de liberdades, mas também, e principalmente, de quebra do fio histórico de muitas lutas sociais e políticas, construtoras da identidade nacional.
Após a redemocratização o processo de alienação da consciência nacional prosseguiu avante através de métodos mais sutis, porém mais eficientes de despolitização das massas.
Dou alguns exemplos.
O fim do sistema seriado de ensino nas universidades e sua substituição pelo sistema de créditos, onde os alunos "pagam" cadeiras ao invés de apreender seus conhecimentos, fragmentou as universidades e estabeleceu forte golpe na dinâmica sócio-política dos movimentos estudantis, berçário istórico de tantas lideranças políticas de nosso país forjadas em lutas durante o período do pós guerra até a primavera de 68. O fato ocorreu em 1972, com Médici no poder e Jarbas Passarinho no Ministério da Educação.
Outro exemplo: o esmagamento da MPB que, na redemocratização se colocava com majoritária presença na preferência popular foi sendo cubstituída pela música americana ou nacional de quinta categoria, impostas por fortíssimos esquemas de divulgação, portanto de massificação através de uma mídia subordinada aos jabás e outras formas de controle econômico. Reduziu-se a voz de nossos artistas de raiz, sempre prontos a cantar as lutas do povo, por sons mecânicos, línguas incompreensíveis ou produções nada artísticas, aquilo que Alceu Valença chama com propriedade de "fuleragem". Esta virada ocorreu nos anos 90 e a desvalorização de nossa música continua até hoje pelas forças de um mercado nada independente, moldado pelas gravadoras e emissoras. Cultiva-se assim a alienação política e o preconceito.
Por fim, há de se considerar o sistema partidário em si e sua história. O fim dos partidos políticos promovidos pelo golpe de 64 e as sucessivas medidas de cerceamento do parlamento, inclusive o seu fechamento quando do AI5 e as muitas reformas políticas autoritárias criadoras de instrumentos como a sublegenda, destruíram o liame histórico, a continuidade político-partidária e praticamente empurraram a esquerda à luta armada, mais grito agônico de revolta que processo de construção de novos desenhos partidários de massa e democráticos.
A derrota destes agrupamentos consolidou o vazio político que não foi preenchido jamais pelo MDB, mesmo este tendo se transformado em tribuna na qual alguns bradavam por liberdade. O vácuo partidário, do ponto de vista da capacidade de gestarmos processos amplos e orgânicos de transformação estava implantado.
A anistia e a redemocratização vieram como processo dúbio de um lado respondendo a anseios de amplos setores médios da sociedade, ávidos por liberdade, mas também fruto de estratégia cuidadosamente urdida no laboratório do senhor Golbery, significando, por sua sinuosa forma lenta gradual e segura, o abandono voluntário do autoritarismo e sua substituição pela institucionalização democrática formal, capaz de tocar para frente o processo político e econômico sem riscos das rupturas tão temidas pelas elites e pelo Departamento de Estado norte americano.
Quem pensa que o povo nas ruas, a clamar por Diretas Já, da mesma forma que fariam os caras pintadas a exigir a cassação de Collor, quem pensa que estes movimentos de massa substituíram o esfacelamento do fio da historia promovido pela ditadura está muito enganado. Foram belos movimentos sim, democratizantes sim, mas incapazes de recompor a fratura causada pela censura, pelo desmantelamento armado não só das organizações foquistas, mas também do PCB que entendeu a época que havia de se perseguir o ligar-se a base social operária, camponesa e média do país, sem luta armada e que, não obstante e talvez por isso mesmo, teve sua direção nacional dizimada a bala.
Agora, que discutimos a tal reforma política e quando os meios de comunicação não cansam de bradar sobre a falência do nosso modelo de representação popular, não podemos nos esquecer que todas as fragilidades de nosso sistema foram criadas por este processo de rompimento da ordem democrática materializado pela deposição de Jango em 64 e de redemocratização capenga, promovida 20 e, poucos anos, depois sob o comando dos coveiros da democracia.
É verdade que, com a redemocratização, a sociedade brasileira produziu novas alternativas partidárias. De Brizola surrupiaram o PTB que tentou refundar e acabou em mãos, à época, que não se comprometiam com a tradição trabalhista de Getúlio. Funda-se o PDT que tenta restabelecer aquela tradição sem, no entanto, lográ-lo. É que os tempos eram outros, houvera o milagre econômico dos anos 70 e surgira uma afluente classe média ancorada no novo modelo de consumo concentrado, nascera uma nova classe operária no ABC paulista, tributária deste mesmo modelo, pois fabricante do maior ícone do novo padrão de consumo concentrador - o automóvel.
Nasce aí o PT que agrega outras forças políticas de esquerda, remanescentes da luta contra a ditadura. De todos os partidos é o que melhor se coloca no novo momento, pois não tenta restabelecer o passado rompido, mas construir o futuro. Mas é segmentado e, no início, pouco representativo do complexo social nacional.
Como o PDT, o PSB que fora no passado partido de uma elite intelectual de esquerda, abriga Arraes, o que lhe da dimensão política, mas não consegue lhe conferir, como Brizola ao PDT, caráter de partido de massas. Como disse, os tempos eram outros.
Logo adiante surge o PSDB que intenta ser partido social-democrata para logo se tornar partido de centro-direita, pelo caráter elitista de seus quadros e pela natureza conservadora de sua aliança estratégica com os herdeiros da Arena.
Não pretendo aqui fazer a análise dos partidos no Brasil a partir da Nova República, mas apenas afirmar que o quadro partidário atual traz consigo a marca indelével da destruição autoritária do antigo sistema e das limitações de uma redemocratização tutelada. Pensar que os males do nosso sistema representativo são defeitos da norma legal que podem ser corrigidos por uma reforma nas leis é, no mínimo, ilusão. O que só a luta política pode conferir a lei, por si só não consegue criar. Afinal a lei, para ter alma, deve emanar da vontade popular.
Não se trata de aprovar a Reforma de qualquer maneira, portanto. Só vale a pena aprová-la se a alma não for pequena e, se desta reforma, pudermos retirar avanços sociais e políticos para o país que detenham a legitimidade que só a vontade social pode outorgar.

DIGA LÁ . . .

CASAMAENTOS

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais neste sábado.
* Jornais nacionais.
O Estado de S.Paulo
Norte e Centro-Oeste lideram crescimento demográfico
Jornal do Brasil
Dilma prioriza garantia do poder de compra e combate à inflação
O Globo
Vidas reais - O Brasil avança, mas lentamente
Correio Braziliense
Servidores dão golpe de R$ 30 milhões na Receita
Estado de Minas
Lá, as bodas de sonho
Jornal do Commercio
Náutico sem prova material de suborno
Diário do Nordeste
Censo 2010: Ceará tem 212 mil mulheres a mais do que homens
Extra
Falsa psicóloga explorava babás que cuidavam de crianças autistas
Zero Hora
RS envelhece a padrão europeu, aponta Censo
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
EUA se movem cautelosamente contra líderes da Síria
The Times (Reino Unido)
Recém-casados: casal real com um toque popular
The Guardian (Reino Unido)
Após transcorrer sem problemas, casamento de William e Kate é selado com um beijo
China Daily (China)
China registra quase 600 mil estrangeiros
Le Monde (França)
Para Claude Gueant, "não há evidência" de que a França visava Marrakesh
El País (Espanha)
Desempregados chegam a cinco milhões.

NOTÍCIAS DO DIA

sexta-feira, 29 de abril de 2011

TA CHEGANDO A HORA

PRESIDÊNCIA DO PT

A RENOVAÇÃO NA PRESIDÊNCIA DO PT.

O deputado Rui Falcão assume a presidência do PT, que comandará nos anos decisivos do governo Dilma, até 2013, véspera da nova sucessão presidencial. Falcão, 67 anos, advogado e jornalista, ascende ao cargo máximo do maior partido brasileiro, um dos maiores e mais bem sucedidos projetos de esquerda democrática do mundo, num momento paradoxal.
Nascido do impulso transformador soprado pelas grandes greves operárias do ABC paulista nos anos 70/80, marcado pela crise do comunismo estalinista, simbolizada na queda do Muro de Berlim, em 1989, o PT carrega em seu metabolismo as grandes esperanças e graves deficiências desse ciclo de transição da esquerda mundial.
Soube equilibrar-se nessa ambigüidade histórica, valendo-se dela para escapar de esquematismos escravizantes e construir dois mandatos presidenciais bem-sucedidos que mudaram a régua da desigualdade social brasileira. Simultaneamente, consolidou a figura de Luiz Inácio Lula da Silva como uma das maiores lideranças progressistas do mundo.
A chegada ao poder trouxe o inevitável rebaixamento da vida partidária com o deslocamento dos melhores quadros e da quase totalidade de sua energia para as funções de Estado. Não apenas isso, o magnetismo do poder rebaixou a densidade política e ideológica da agenda petista, tragada pelos desafios de sustentação do governo. Abre-se agora um novo momento.
O conservadorismo brasileiro vive sua maior crise desde o golpe militar de 1964. Crise ideológica profunda decorrente do colapso histórico do modelo neoliberal que lhe deu sustentação, poder e legitimidade nos anos 90. Esfarelam-se suas lideranças de papel --literalmente de papel de imprensa. À pasmaceira interna soma-se a rachadura nos pilares da ordem capitalista mundial, em longa e onerosa convalescença de uma crise de acumulação que suga energias e recursos planetários numa espiral especulativa social e ambientalmente insuportável.
É nessa dobra da história que Rui Falcão ascende à direção máxima do mais importante partido de esquerda democrática da cena política contemporânea. Sua responsabilidade é superlativa. Nem de longe se restringe aos escaninhos burocráticos de renegociação de cargos e espaços dentro do Governo Dilma, como querem alguns. A mais urgente e decisiva agenda que desafia Rui Falcão é espanar o bolor do pensamento burocrático dentro da própria vida partidária. Oxigenar o metabolismo petista com a volta dos intelectuais e do debate estratégico dentro do partido. Não como exercício retórico. Mas como combustível indispensável para que o PT possa se renovar, estreitar sua aderência às forças, agendas e possibilidades liberadas pela crise mundial do capitalismo e da direita nativa.
É esse discernimento que se espera da nova presidência. Ele é indispensável para que o Brasil, o governo Dilma e os interesses populares do país e da América LAtina possam ampliar as fronteiras de uma democracia participativa que preencha o vazio de projeto e de sentido desvelado pela crise capitalista; renove a lógica do desenvolvimento e da vida social no século 21. (
Carta Maior; 6º feira, 29/04/2011).
Desde a primeira eleição direta pra presidente fiz campanha para o Lula. Ele não me decepcionou nos seus mandatos e fez valer cada panfletinho entregue pelas ruas pedindo voto pra ele. A elite teve que engolir o sapo barbudo e teve que repartir melhor o “bolo” do crescimento. Esse nunca dantes é porreta, é brasileiro e não tira sapato em aeroporto de gringo.
¨Nunca dantes¨: toda vez que esta frase aparece, vem uma critica bem fundamentada de Lula, que mata FHC de RAIVA E INVEJA.
Lula devolveu ao povo brasileiro a auto-estima, que FHC tirou. Tenho orgulho e saudades do nunca dantes, que nunca falou ao povo, com desdenho ou despreso, pelo contrário, sempre teve uma palavra carinhosa e meiga para o povo.

VALEU LULA ! !

Lula é um gigante! ! Sou fã desse cara.
Precisou de um simples homem do povo mostrar o caminho real do desenvolvimento, progresso e crescimento, apenas contou com sua trajetória de vida e experiência de conhecimento de uma nação e seu povo, saiu do governo com uma popularidade invejável, enquanto isso as margens do Tietê alguém chora lágrimas de crocodilo, por falar bobagens e besteiras.
Se o Lula continuar nesse embalo com seu trabalho intinerante de querer levar desenvolvimento econômico para as aréas mais pobres do mundo como o continente africano já já !!! Acaba ganhado o Nobel da Paz, ai o FHC e o PiG corta os pulsos de vez de tanta inveja!!
É isso aí Lula !
Você é o cara.
Deus o abençoe sempre.
Como ser humano foi o melhor líder do Brasil e como cidadão mostra a humildade e a grandeza que lhe é peculiar.
Para Lula, mídia inventa crise, exagerando sobre inflação.
Na abertura do 8º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM-CUT), na quarta-feira, o presidente Lula foi recebido com o grito “olê, olê, olá, Lula, Lula”… e mostrou-se afiado no discurso e nas declarações:
Imprensa de “namorico” com Dilma para semear divergências.
Um setor da imprensa está de ‘namorico’ com o governo Dilma para causar divergência entre eu e ela… Não existe divergências, porque o dia que eu e ela discordarmos, ela está certa”.
Contra noticiário terrorista, firmeza em Dilma e Mantega no controle da inflação
Estão inventando inflação. Eu ontem vi um pronunciamento da Dilma e do Guido Mantega (ministro da Fazenda), e sinto toda a firmeza. Nós não vamos permitir que a inflação volte. Nós, não só eles; como consumidores somos responsáveis para que não volte”, insistiu.
Fusão demo-tucana é que nem carrapicho.
Peguntado, Lula evitou aprofundar sobre a possível fusão do DEMos com o PSDB, preferindo responder em tom de brincadeira, que ser de oposição é mais fácil de crescer, sem ter que gerar resultados no governo: – “Já fui oposição… é que nem carrapicho, cresce sem ninguém precisar plantar.”
Ex-presidente tem que deixar o sucessor trabalhar… viu FHC?
Bem humorado, Lula brincou: “Ainda não ‘desencarnei’ (da Presidência) totalmente, como vocês podem ver. Não é uma tarefa fácil a ‘desencarnação… Assumi compromisso com a Dilma de que é preciso manter o processo de ‘desencarnação’ para não comprometê-la”.
Apesar disso, Lula declarou que seu gradual afastamento da presidência deveria servir de exemplo: “Queria ensinar a alguns ex-presidentes para que se mantenham como eu e deixem a Dilma exercer o mandato dela”, provocou. A referência velada teve como alvo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Nunca antes na história desse país…
Ele foi além nas críticas à oposição e foi ovacionado por isso. “O ‘nunca antes na história deste país’ era para provocar a oposição, porque eu sei o tanto que já falaram de mim, com discursos cheios de preconceito. (Eu) me determinei a provar que eu seria mais competente que eles para governar o país”, orgulhou-se.
Valorização dos trabalhadores.
O ex-presidente ressaltou ainda, em diversos momentos de seu discurso, a proximidade do governo com o movimento sindical. “Duvido que, na história da humanidade, tenha (havido) um governo que executou a democracia como o Brasil. Nunca houve tantas conferências sindicais. Em outros países, sindicalista é visto como inimigo do governo.”
Governo para todos.
Ele também celebrou o que considera ser uma ação de inclusão social implantada em seus dois mandatos e mantida na gestão de Dilma. “No Palácio do Planalto, que antes só recebia príncipes e banqueiros, agora continua recebendo príncipes e banqueiros, mas também os moradores de rua e deficientes físicos. É pra mostrar que eles podem entrar em uma igreja, num metrô ou num shopping center”, disse.
Postura firme dos trabalhadores nas negociações com empresários
Dirigindo-se aos sindicalistas que participavam do evento, o ex-presidente cobrou postura firme dos representantes dos trabalhadores em negociações com empresários. “A conquista do respeito é a condição básica para ter respeito”, disse. “Se você entrar numa mesa de negociação de cabeça baixa, sem se respeitar, nenhum empresário vai ter dó de vocês”, recomendou.
Dedicação à África.
Em relação a futuros compromissos, o ex-presidente revelou que, apesar de sentir vontade de “sair em caravana e reuniões com a CUT (Central Única dos Trabalhadores)”, precisa ter autocontrole para não ter comprometimento político. “Vou me dedicar à África. A experiência brasileira pode ajudar o continente africano e este será o meu trabalho daqui pra frente”, disse.
Medida provisória autoriza os Correios a montar uma empresa de telefonia celular, comprar frota de aviões para transporte de carga e investir no trem-bala. A estatal também poderá criar seu próprio banco e se associar a outras empresas financeiras. O texto, assinado pela presidente Dilma, reforma estatuto de 1979 e amplia os poderes da estatal no momento em que passa a ser comandada pelo PT.

ESCULHAMBAÇÃO ORGANIZADA

Pela forma como se desrespeitam as leis, as autoridades constituidas, os programas de governos, a sociedade, e tudo o que de certo deveria ser feito no país, o Brasil está mesmo virando uma esculhambação organizada, que numa projeção estimada poderá nos levar a um caos de desmandos.
Aí sim, uma herança maldita porque "papo de palanque" nunca resolveu nada, além de votos pessoais, como estamos comprovando.
Que o grande arquiteto ilumine a Presidenta Dilma Rousseff em suas decisões e lhe afaste os cálices venenosos.

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira.
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Senador que preside Conselho de Ética assinou atos secretos
O Globo
Após mudança, Vale ajudará governo a salvar Belo Monte
Valor Econômico
Governo enfrentará a indexação
Correio Braziliense
Enquanto a plebeia encanta o reino
Estado de Minas
Xeque-mate nos 'borrachudos'
Diário do Nordeste
Vagas de emprego para 41 mil cearenses em 2011
Zero Hora
Falta de qualificação deixa 32 mil vagas em aberto no Estado
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Crescimento americano diminui para 1,8% no bimestre
The Guardian (Reino Unido)
Duas pessoas irão se casar hoje com 2 bilhões de pessoas olhando
El País (Espanha)
Terrorismo ataca em Marrakesh
Clarín (Argentina)
Alfonsín é o candidato do radicalismo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

SHEIK - MADE IN PARAGUAY

TIM-TIM

DO FUNDO DA MEMÓRIA II

Por Carlos Chagas.
A legalidade das elites.
Hoje, dois terços da população falam por ouvir falar. Quando falam. Os que tinham idade suficiente para entender e até para viver aqueles idos de 1964 continuam divididos.
Para uns, tratou-se de um golpe cruel vibrado nas instituições democráticas, ao qual seguiram-se 21 anos de ditadura, tortura, censura à imprensa, supressão dos direitos humanos e prevalência do poder econômico sobre os anseios das massas.
Para outros, foi um basta à subversão e à corrupção, uma interrupção no processo de anarquia e de desagregação da sociedade ameaçada pelo perigo comunista expresso pelo próprio governo.
Contradiz-se também a farta literatura produzida de lá para cá a respeito do movimento dito militar. Tanto tempo depois, será preciso atentar para a importância de não dividir o Brasil de quarenta anos atrás entre mocinhos e bandidos, tanto faz a posição de onde se observam aqueles acontecimentos.
Nem as Forças Armadas foram as únicas responsáveis pela truculência verificada nas duas décadas seguintes, nem poderão apenas ser tidas como as mãos do gato, utilizadas pelas elites para retirar as castanhas do fogo. Tiveram sua responsabilidade explícita, exposta através dos governos de cinco generais-presidentes e de duas juntas militares, mas, no reverso da medalha, evitaram o quanto foi possível a transformação do Estado brasileiro em apêndice desimportante dos interesses políticos, econômico-financeiros e até culturais do conglomerado internacional que hoje nos domina, e ao planeta também.
Indaga-se como foi possível cair feito fruta madura um governo democrático, forjado na luta e na resistência de três anos antes em favor do cumprimento da Constituição e da posse do vice-presidente, após o histriônico episódio da renúncia do presidente Jânio Quadros.
João Goulart terá sido derrubado mais pelas suas virtudes do que por seus defeitos, mas estes foram imensos. Ingenuidade, em primeiro lugar, se imaginou que reformas sociais profundas poderiam ser conquistadas no grito, de uma só vez, com as elites conformando-se em abrir mão de seus privilégios sem organizar-se nem resistir. Depois, ilusão de que as massas dispunham-se a respaldá-lo acima e além dos comícios e da retórica fácil. Acrescente-se a frágil concepção de que, por estar exercendo legitimamente o poder, contaria com a anuência das estruturas que buscava modificar e reformar. A favor delas, deixando as coisas como estavam, obteria sucesso, o que seria uma incongruência para quem pretendia passar à História como um reformador igual ao seu mestre, Getúlio Vargas.
Demonstrou-se, nos eventos de 31 de março e de 1o de abril, a precariedade do poder formal. O "esquema militar monolítico" que defenderia a legalidade só existia na cabeça dos áulicos palacianos. Quando precisou das Forças Armadas para garantir-lhe o direito de continuar governando, João Goulart percebeu have-las perdido por inteiro. Parte foi porque admitiu "reformá-las", prestigiando tentativas de quebra de hierarquia. Parte por conta da formidável movimentação das elites econômico-financeiras infensas a perder privilégios. Nesse aspecto, a mídia exerceu papel fundamental, inoculando na opinião civil e militar o germe da insegurança.
Organizada, com fartura de dólares e de pensadores, a direita dispunha de um objetivo claro: impedir quaisquer reformas capazes de arranhar-lhe os benefícios, mesmo que para isso se tornasse necessário desestabilizar, primeiro, e depor, em última instância, um governo constituído.
Já as esquerdas... As esquerdas dividiam-se entre a euforia inconsequente da suposição de que já tinham conquistado o poder e alterado estruturas ainda imutáveis, de um lado, e, de outro, as eternas desavenças entre seus diversos grupos inconciliáveis. No meio delas, mesmo percebendo que a reação se avolumava, achava-se um presidente cuja única saída acabou sendo a fuga para a frente. O diabo é que diante dele não se descortinava a avenida das reformas sociais, mas o precipício do retrocesso e do cáos institucional.
É claro que as teorias cedem sempre, quando surgem os fatos. A dúvida dominava os dois lados. Os conspiradores ignoravam a facilidade com que o governo se dissolveria. Estavam preparados para a guerra civil, capaz de levar meses. Por isso, não se animavam ao primeiro gesto ostensivo. Precisou um general meio doido botar precipitamente suas tropas na rua, em Juiz de Fora, mesmo sem saber se seria esmagado em poucas horas. Do Rio, os principais chefes da conspiração tentaram demovê-lo, exigindo que voltasse com os poucos tanques e canhões postos na estrada União e Indústria. Mourão Filho reagiu, não faltando em sua negativa as quixotescas afirmações que ali estava para "vencer ou morrer". Não morreu, senão anos depois, de doença e de desânimo, porque quem venceu foram os outros. Numa questão de horas mudaram de lado as tropas ditas legalistas que subiram a Serra de Petrópolis para barrar a progressão dos revoltosos mineiros. Em São Paulo, no Nordeste, no resto do país, a mesma coisa.
João Goulart estava no Rio, negou-se a autorizar que uns poucos aviões da FAB ainda sob as ordens de seu ministro da Aeronáutica bombardeassem as tropas do general Mourão com napaln. "Vai matar muita gente, isso eu não permito!"
Para não ser preso, voou até Brasília, mas, na capital, sua segurança revelou-se ainda mais precária. Buscou resistir no Rio Grande do Sul, imaginando a repetição dos episódios de 1961. Esqueceu-se de que a História só se repete como farsa. Lá, o governador não era mais Brizola, porém Ildo Meneghetti, golpista. O general que ainda lhe era fiel, Ladário Pereira Telles, garantiu-lhe apenas por uma hora condições para conduzi-lo ao aeroporto e tomar o rumo do Uruguai. Aceitou. Ladário indagou de Leonel Brizola, também presente, se viajaria junto. Resposta: "Eu não me chamo João Goulart! Vou resistir! "
O que é floresta
O problema maior do "novo" Código Florestal é conceituar o que seja floresta e determinar o âmbito de aplicação da lei. Atualmente há um emaranhado de leis sobre meio ambiente onde uma colide com outra e cada um usa a que mais lhe convier. É preciso rever toda a legislação ambiental federal e estabelecer limites para estados e municipios legislarem sobre o tema. Agora é moda a criação de Parques Naturais Municipais , unicamente com propósitos politicos sem atentarem para indenização dos proprietarios.

MESSI

MESSI AMPLIA RECORDE



O argentino Lionel Messi, duas vezes eleito o melhor do mundo, ampliou ontem o recorde de maior artilheiro da Liga dos Campeões da Europa, que já havia estabelecido ao superar o húngaro Ferenc Puskas (49 gols em 59-60), com os dois gols que fez ontem na vitória (2 a 0) sobre o Real Madrid, que praticamente classificou o Barcelona para a decisão com o Manchester United (Inglaterra).
Messi marcou os dois gols no segundo tempo, diante de 82 mil espectadores, lotação máxima do Estádio Santiago Bernabeu, em Madrid. No primeiro, antecipando-se ao zagueiro Sergio Ramos, na pequena área, e tirando o goleiro Iker Casillas com um toque suave na bola. No segundo – um golaço! -, depois de passar por quatro e concluir de pé direito na saída do goleiro. O 10º que Messi fez no Real Madrid.

Messi chegou aos 11 gols em 11 jogos na Liga 2010-2011 e ao seu 52º gol na temporada em que é também o artilheiro do Campeonato Espanhol. O Barcelona ficou mais de 70% do jogo com a posse de bola e o Real Madrid não teve como reagir, principalmente com menos um, devido à expulsão do alagoano Pepe, bem expulso pelo alemão Wolfgang Stark, depois de falta desleal no alagoano Daniel Alves.
O clássico foi marcado também por algumas reclamações de marcações do árbitro alemão Stark, que determinou a saída do português José Mourinho, treinador do Real Madrid, da área técnica na beira do campo. O goleiro reserva do Barcelona também foi expulso no intervalo. O Real Madrid não terá o zagueiro Sergio Ramos no jogo de volta, advertido com o terceiro cartão amarelo.
Iniesta, do Barcelona, voltará ao time no jogo de terça-feira, no Camp Nou. O Barcelona poderá perder por um gol, que irá à final da Liga com o Manchester United, praticamente classificado com os 2 a 0 sobre o Schalke-04 (Alemanha). Dois anos depois, Manchester United e Barcelona – que tenta o quarto título – voltarão a decidir a Liga dos Campeões da Europa. O jogo único será dia 28 de maio, no estádio de Wembley, em Londres

MUROS PICHADOS E EXIGÊNCIA DE TÍTULOS

Os muros da sede do Botafogo amanheceram pichados ontem: “Fora Assumpção”, “Quremos título”. Para uns, ação de vândalos. Para outros, parte do movimento político que já se esboça no clube com vista às próximas eleições. Uma coisa ou outra, o certo é que há insatisfação com a baixa produção desde que o time ficou fora das finais do Campeonato Carioca e foi eliminado da Copa do Brasil.
Outros observadores até voltam no tempo para lembrar que na reta final do Campeonato Brasileiro do ano passado o Botafogo deixou escapar a vaga para a Copa Libertadores faltando seis rodadas para o final. Para uns, por falta de time. Para outros, por uma filosofia de jogo em que o Botafogo primeiro pensava em não perder para depois tentar ganhar.
Agora, no início da nova temporada, depois de duas eliminações, um clima de incerteza com relação à Copa Sul-Americana e o Campeonato Brasileiro. Faz uma semana que o Botafogo apenas treina. Sem reforços e amistosos, o time apenas treina e a comissão técnica espera por novas peças, com a certeza de que o grupo atual está longe de ser o ideal para um campeonato tão longo.
Marcelo Matos repetiu ontem que quer continuar, mas considera difícil que o Botafogo consiga prorrogar o empréstimo com o Panatinaikos (Grécia). O apoiador está mais aliviado com a recuperação da mulher e da filha, sob ameaça de dengue.
Loco Abreu revelou em entrevista a um site uruguaio que deseja renovar contrato porque se sente bem e tratado com muito carinho por todos no Botafogo, em especial pelos torcedores, que “são muito atenciosos e carinhosos comigo”.

IDENTIDADE PERDIDA

"Nós não éramos assim. Nós nunca fomos assim. Lula acabou com o que tínhamos de mais nosso, que era a pirâmide social. Uma coisa antiga, sólida, estruturada"  (Luís Fernando Veríssimo; Zero Hora) - (Carta Maior; 6º feira, 29/04/2011)

NO AÇOUGUE

Três coisas são necessárias para a salvação de um homem: saber em que deve acreditar, saber o que deve desejar e saber o que deve fazer. - Saint Thomas Aquinas

ARMA ILEGAL

Perto do hotel, em Foz do Iguaçu (PR), motoqueiro entrega a arma comprada no Paraguai.

Na fronteira considerada a mais vigiada do Brasil, a reportagem da Folha comprou ilegalmente um revólver em Ciudad del Este (Paraguai) e recebeu a mercadoria por motoboy em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O calibre 38 foi adquirido por R$ 700 nos fundos de uma loja de armas da cidade.
Pela lei do país, a venda é restrita a paraguaios e a estrangeiros residentes.
Joel Silva/Folhapress.

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais desta quinta-feira.
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Facções rivais palestinas anunciam reconciliação
O Globo
Empresas já se preparam para disputar aeroportos
Valor Econômico
Mínimo de 2012 eleva em R$ 10 bi o déficit do INSS
Correio Braziliense
De doida, promotora não tem nada, diz IML
Estado de Minas
Nós precisamos de soluções. E não podemos mais esperar...
Diário do Nordeste
70 mil alunos sob ameaça de ficar sem a carteira
Zero Hora
Argentina e China tiram força do setor de máquinas do RS
Brasil Econômico
Petrobras importará mais 1 milhão de barris de gasolina
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Fatah e Hamas anunciam esboço de acordo
The Guardian (Reino Unido)
Financiamento sírio causa embaraço em universidades britânicas
Le Monde (França)
Mario Draghi bem posicionado para suceder M. Trichet
El País (Espanha)
Catalunha desafia governo com seu fraco plano para cortar deficit
Clarín (Argentina)
Carne para todos cobre apenas 0,15% do consumo.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

GRRR

UM PASSO, A FRENTE

PALCO DA COPA

RACIONAMENTO DE COMBUSTÍVEIS

Racionamento de combustíveis em 8 Estados.

É inacreditável, mas é verdade.
Devido à incompetência absurda dos donatários do Brasil estamos com racionamento de combustíveis em oito estados da federação.
Não entendo, o ex-presidente vivia afirmando que somos autossuficientes em petróleo, que a Petrobras vive em situação de superávit, que foram descobertos tantos poços de petróleo, incluindo o pré-sal, etc, etc.
E agora? Era tudo mentira?!? Ou foi apenas um jogo de marketing para cooptar votos para sua sucessora e ela agora encontra-se nessa fria.
Acreditar, nisso? É uma desgraça e a maioria do povo brasileiro, otário, caiu nessa conversa fiada. Agora os resultados estão aparecendo e tende a piorar. A inflação está aí a olhos vistos, os preços das mercadorias só subindo, os dos combustíveis nas alturas.
Caímos no conto?!?!
Não, não existe crise de petróleo em lugar algum no mundo.
O que existe é um conflito regionalizado e explorado por especuladores nas bolsas do hemisfério norte. Mas, por aqui, campeia a malandragem na terra dos otários que ainda crêem em contos da carochinha e colocaram no poder máximo quem nunca deveria.
Em consequência: o Brasil está em regime de racionamento de combustíveis.

ADESITA TRAPALHÃO

O prefeito de São Paulo "Jilberto" Kassab que está tentando recriar o seu PSD de raque, ex-DEM e PP, esqueceu do óbvio: Administrar o municipio de São Paulo, o mais populoso do Brasil, e o quarto do planeta Terra.
Segundo noticiario da imprensa, dos blogs etc, de 10 promessas dele apresentado ao eleitor paulistano em 2008, nenhuma promessa, depois de 2 anos e 4 meses de mandato saiu do papel.
Está parecendo aquele promograma humoristico de Jô Soares: O prefeito de São Paulo e sua equipe está se enrolando e enrolando o povo paulistano.
Mas 2012 e 2014 está próximo e a maioria do eleitorado paulistano como deu a Maluf que nunca mais ganhou uma eleição para prefeito e governador do Estado de São Paulo.

REVOADA

A oposição simplesmente sumiu do cenário político, alguns cabra de peia se acovardou diante da popularidade do Lula e se omitiram!
É sem o cacique ACM, se o DEM fosse uma empresa já estaria falido há tempos!
E agora é só acompanhar a debandada, os ratos interesseiros buscarão o que pra eles for melhor, que se dane o eleitor do partido, que se partiu!
Enquanto ao PSDB, o Aécio logo será recrutado para o PMDB e vencerá contra Zé (trólóló) Serra que não deixa o osso, e Lula: Se o FHC não tiver claro!

DO FUNDO DA MEMÓRIA

Por Carlos Chagas
A Conspiração das Elites
De vez em quando é bom  mergulhar no passado, quando nada para  não  repetir erros, porque se não nos  diz o que fazer, o passado sempre nos dirá o que evitar.
Há mais de  quarenta anos vivia o Brasil uma situação de crise iminente. Depois da entusiástica reação  nacional ao golpe, em 1961,  liderada por Leonel Brizola, entramos em 1964 sob a égide da conflagração.  O então presidente João Goulart tivera assegurada sua posse e governava,   por força da resistência do cunhado,  governador do Rio Grande do Sul e  logo depois  o deputado federal mais votado da história do país, eleito pela Guanabara.     O problema estava na permanência ativa  das  forças que tentaram rasgar a Constituição e permaneciam no mesmo objetivo.  Uns pela  humilhação da derrota, outros  por interesse,  estes ingênuos, aqueles infensos a quaisquer reformas sociais – todos se vinham fortalecendo sob a perigosa tolerância de Goulart.  Conspirações germinavam em variados setores sob a batuta de um organismo central, o IPES, singelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais,  mas, na verdade, um  milionário centro de desestabilização do governo trabalhista,  erigido em cima de milhões de dólares.  Sua chefia era exercida pelo general Golbery do Couto e Silva, na reserva, arregimentando políticos, governadores, prefeitos, militares das três armas,  fazendeiros, empresários aos montes, classe média  e até operários e estudantes. O polvo tinha diversos tentáculos, como o CCC (Comando de Caça aos Comunistas), MAC (Movimento Anticomunista), CAMDE (Campanha da Mulher pelas Democracia), IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e outros, muito bem subsidiados,  que se encarregavam de agir nas ruas.
Claro que a maioria da imprensa dava ampla cobertura a essas  diversas  atividades, sempre escondidas sob a fantasia da defesa da democracia “ameaçada pelas reformas de base pretendidas pelo governo comunista de João Goulart”. Publicidade e dinheiro vivo era o que não faltava, além, é claro, das inclinações pessoais dos barões da mídia.
Do outro lado, organizavam-se as forças que imaginavam estar  o Brasil marchando  para o socialismo. O CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), a Frente Nacionalista, o Grupo dos Onze, as Ligas Camponesas  e outros.
Depois da ridícula experiência parlamentarista o presidente retomara, através de um plebiscito, a plenitude de seus poderes. Diante da  resistência do Congresso em votar  as reformas, Jango decidiu promovê-las “na marra”. Abria perigosamente o leque, ao invés de realizá-las de per si, uma por uma. Ao mesmo tempo, pregava a reforma agrária, pela desapropriação de terras por títulos da dívida pública;  a reforma bancária, com a estatização do sistema financeiro;  a reforma educacional, com o fim do ensino privado;  a reforma urbana, através da proibição de os proprietários manterem casas e apartamentos fechados, sem alugar;  a reforma na saúde, pela criação de um laboratório estatal capaz de produzir remédios a preços baratos; a reforma da remessa de lucros, limitando o fluxo de dólares que as multinacionais enviavam às suas matrizes; a reforma das empresas, impondo a participação dos empregados no lucro  dos patrões e a co-gestão;  a reforma eleitoral, concedendo o direito de voto aos analfabetos, aos soldados  e cabos.  Entre outras.
Contava-se, como piada, haver um túnel secreto ligando as instalações do IPES à embaixada dos Estados Unidos, no Rio. Verdade ou mentira,  os americanos estavam enfiados até o pescoço  na conspiração,  por meio do embaixador Lincoln Gordon e do adido militar, coronel Wernon Walters, antigo oficial de ligação do Exército americano com  a Força Expedicionária Brasileira, na Itália.  Linguista exímio, sabendo falar até mesmo o português do Brasil e o de Portugal, em separado, tornara-se amigo dos majores e coronéis que lutaram na Itália,  agora  generais importantes. E em grande parte,  conspiradores.
A estratégia inicial  era   impedir as reformas de base  e deixar o governo Goulart exaurir-se, desmoralizado, até o final do mandato.   Tudo  mudou quando o presidente se deixou envolver por outra reforma, a militar. Partindo de um inexplicável  artigo da Constituição que limitava a possibilidade de os sargentos se candidatarem a postos eletivos, bem como das dificuldades antepostas pela Marinha para a organização sindical dos subalternos, tudo transbordou. Pregava-se a quebra da hierarquia entre os militares.  Acusada de estar criando um soviete,  a Associação dos Marinheiros e Fuzileiros rebelou-se, instalando-se na sede do sindicato dos Metalúrgicos. Mais de mil marinheiros e fuzileiros recusaram-se a voltar aos seus navios e quartéis, tendo o governo preferido a conciliação em vez da punição. A ironia estava em que o chefe da revolta, o cabo Anselmo, o  mais inflamado dos insurrectos, era um agente provocador a serviço do golpe. Quanto mais gasolina no fogo,  melhor.
Juntava-se a isso a decisão de Goulart de realizar monumentais comícios populares, onde assinaria, por decreto, as reformas negadas pelos  deputados e senadores.  Só fez um, a 13 de março, sexta-feira, no Rio, quando desapropriou terras ao longo das rodovias e ferrovias federais,  encampando também  as refinarias particulares de petróleo. Naquela noite, na Central do Brasil, e ironicamente diante do prédio do ministério da Guerra, discursaram revolucionáriamente os principais líderes  de esquerda: José Serra, presidente da União Nacional dos Estudantes, Dante Pelacani, dirigente  do CGT, Miguel Arraes, governador de Pernambuco, Leonel Brizola, deputado federal, e outros. Cada orador sentia  a necessidade de ir além do que pregara o antecessor. Quando chegou a vez do presidente Goulart, não lhe restou alternativa senão superar os companheiros.   Fez um discurso que os historiadores precisam resgatar. Uma espécie de grito de revolta diante das elites, a pregação da independência para os   humildes e os explorados. O desfecho estava próximo, demonstrando que,  do lado de cá do planeta,  enquanto a esquerda faz barulho, a direita age.  

TARIFA MAIS CARA

BRASIL DO AVESSO

Brasil é mesmo um país único.
Podem dizer o que quiser, mas é só aqui que temos:
- Renan Calheiros no Conselho de Ética;
-
Bolsonaro na Comissão de Direitos Humanos;
-
Tiririca na “Comição de Educassão”;
-
João Paulo Cunha presidindo a CCJ;
-
Maluf, mensaleiros e o deputado da cueca cuidando da reforma política.
E a coisa é tão ampla que vai muito além da política, afinal…- a Sandy virou devassa;
-
o Faustão ficou magro;
-
e o Silvio Santos ficou pobre.
Quero que alguém me diga que país no mundo tem algo parecido com isso… Se dizem que o mundo vai acabar em 2012, estamos muito mais preparados do que os outros países para encarar o juízo final.

UFA, SEM FAVORITO

Por Daniel Piza - O Estado de S.Paulo
É cada vez mais comum ver no mundo do futebol a confusão entre estatística e profecia. Estatísticas retratam tendências do passado, não resultados do futuro. Quando se diz que um time tem 8% de chance de classificação, o que se está dizendo é que a repetição do comportamento médio até ali (vitórias no campeonato, fora ou dentro de casa, contra determinado adversário, etc) pode provocar a derrota. Ou seja, como qualquer torcedor no boteco, o matemático está dizendo: "Vai ser difícil para o Fluminense na Libertadores". Aí o Fluminense, como quando escapou do rebaixamento do Brasileiro em 2009, vai lá, vence e se classifica - e as mesmas pessoas resmungam contra os números.
Na realidade, essa é uma parte de um problema bem maior: falar sobre futebol virou ficar adivinhando placares. Claro, a expectativa que um grande jogo causa é impressionante, como poucas coisas na sociedade, mas será que não podemos falar um pouco mais de futebol propriamente dito? É até divertido passar por colegas nos corredores e perguntar "E então, ganhamos ou não? Tá com esperança?", sem sequer precisar explicar o assunto em pauta. Ou ligar para um amigo e combinar secar um rival... Mas fazer pose e afirmar achismo como se fosse sinal de sabedoria tira justamente essa graça do futebol. Um exemplo recente foi a tabela das quartas de final do Paulista, em que tanta saliva se gastou sobre qual dos clubes grandes ia ter mais dificuldades. Os quatro foram lá e, jogando para o gasto, estão nas semifinais.
Já os jogos do fim de semana são bem menos previsíveis. Pode dar tanto São Paulo como Santos; Palmeiras como Corinthians. Há diferenças entre eles, mas nada tão grande que aponte favoritismo, nem mesmo o mais ligeiro, ainda mais sendo apenas uma partida. O São Paulo não terá Lucas, que é um talento e tanto, mas o esquema com Ilsinho e Marlos na articulação e Dagoberto na frente - Dagoberto que é um dos melhores jogadores do campeonato - tem tudo para dar trabalho à defesa do Santos, embora mais bem posicionada depois da chegada de Muricy. Do outro lado, além de Arouca, Elano e Ganso, o Santos tem Neymar, que continua brilhando, cumprindo a promessa de novo fora de série lançado pelos gramados brasileiros. Marcá-lo com atenção contínua e sem faltas demais é, isso sim, uma probabilidade difícil... Meio metro e meio segundo bastam.
Já o Palmeiras, como era líder até a penúltima rodada, vinha sendo decantado como time "sólido", "equilibrado", que toma poucos gols, etc. Mas os últimos jogos mostraram que não é bem assim. É preciso alguém do meio para a frente que faça a diferença - eis a história do futebol em uma frase, eis tudo que há a dizer sobre tática e técnica. E o Palmeiras tem, sim, esse alguém: Valdívia. Ele protege a bola como ninguém, e o marcador nunca sabe para que lado vai girar; tem malícia e visão; seu mais recente gol foi um belo chute com efeito. Se a fim e em forma, pode deixar um Leandro Castán em grandes apuros. Do outro lado, não há ninguém assim, apenas a presença de área de Liedson e alguns arroubos de William, que nem sempre tem tido a chance que merece.
Mas esses são jogos do domingo e hoje as atenções do mundo se voltam para mais um confronto de Barcelona e Real Madrid. O Barça já meteu cinco no Madrid e é virtual campeão espanhol. O Madrid ganhou a Copa do Rei, com Cristiano Ronaldo decisivo, mas não é consolo. Já bater o rival numa Champions é outra história, ou melhor, História. O Barça é um time extraordinário, mas não infalível. Villa e Pedro não estão na melhor fase e a ausência de Puyol foi sentida. O Madrid tem ainda Di Maria e Özil, afora Kaká começando a reencontrar os bons tempos. Ninguém, porém, faz o que Messi faz. Qual é a estatística? 50%. Por isso mesmo, a expectativa é 100%. Vamos aprender a ver em vez de prever.

A CRISE DOS PARTIDOS DE OPOSIÇÃO

Marcos Coimbra, no Correio Braziliense.
Os partidos de oposição vivem um momento complicado. Tanto o PSDB quanto as legendas menores atravessam dificuldades internas. Nas suas relações com a opinião pública, nenhum alívio. Tampouco nesse front as coisas vão bem.
Essa dura realidade contrasta com o discurso de suas principais lideranças após a eleição do ano passado e mesmo no início deste. Quem não se lembra de como saudaram os “43 milhões de votos” de Serra na disputa presidencial? Ou a conquista de 10 governos estaduais, contados os do PSDB e os do DEM?
Parecia que a derrota de Serra era uma vitória. Quem olhava os mapas coloridos que os grandes jornais publicaram, em que os estados azuis, onde ele venceu, pareciam sobrepujar os vermelhos, onde Dilma se saiu melhor, ficava com a impressão de que o resultado era outro.
Os analistas e comentaristas ligados à oposição ajudaram a difundir a ficção de que os resultados da eleição “até que não foram tão ruins”. Achavam que ela tinha revelado que o “Brasil oposicionista” era grande, muito maior que se imaginava. Grande e dinâmico, pois Serra tinha vencido na maior parte do Brasil moderno e educado. E, em muitos dos principais estados, governadores tucanos ou do DEM haviam derrotado candidaturas do PT e de outros partidos governistas.
Se o Brasil fosse mesmo assim, seria de esperar que Dilma enfrentasse grandes dificuldades em seu relacionamento com a sociedade. Com quase um eleitor oposicionista para um simpático ao governo, ela viveria uma realidade muito diferente daquela que Lula experimentou. Os altos índices de popularidade a que nos acostumamos não se repetiriam.
Passaram-se os meses e nada disso aconteceu. O exército formidável de eleitores oposicionistas se dissipou. Nada sugere que sobreviva. Nas pesquisas de opinião divulgadas de março para cá, Dilma não só mostrou estar com altas taxas de aprovação, como superou os números que o próprio Lula alcançava na mesma altura de seus dois mandatos. Para tristeza de quem apostava que ela seria uma decepção, o que estamos vendo crescer é a parcela que se surpreende favoravelmente com ela.
Em retrospecto, parece claro que o tamanho do “Brasil oposicionista” estava superestimado. Consequentemente, que o sentimento pró-governo (e pró-Lula) era maior que a votação obtida por Dilma. Por razões que têm a ver com nossa cultura política e seu culto às personalidades, Serra teve mais votos que o oposicionismo real que existe no país. Ele inchou porque as pessoas relutaram em conferir o voto a alguém que conheciam havia pouco, por mais que respeitassem e estivessem satisfeitas com quem a indicava.
Na raiz dos problemas atuais da oposição está a constatação de que suas bases diminuíram. Como diria Fernando Henrique, ela não consegue falar com “o povão” e tem que ir à cata das “novas classes médias”, sabe-se lá o que sejam.
O mais grave é que não são só esses seus dilemas. A eles somam-se crescentes dificuldades internas. As mais óbvias são do DEM. O que dizer de um partido (cuja origem remota é a velha Arena, que já foi saudada como o “maior partido do Ocidente”) que não consegue resistir ao ataque de um político do calibre de Gilberto Kassab? Que desmilingue ao ouvir o canto de sereia do PSD?
E o PPS? Talvez seja o preço a pagar pelo personalismo de sua direção e pela falta de coerência de um ex-partido comunista que virou destino para políticos de qualquer convicção. Mas sua crise ameaça ser igual à do ex-PFL, seu companheiro atual de militância.
Quanto ao PSDB, o problema é o de sempre, a relutância em escolher o caminho que pretende seguir. O serrismo continua a puxar o partido para trás, insistindo em uma sobrevida sem perspectivas. É um afogado que se debate e ameaça levar os outros para o fundo.
FHC está certo quando diz que as oposições precisam se reinventar. O problema é como fazê-lo com o que lhes resta.