quarta-feira, 14 de setembro de 2011

GOVERNANÇA MUNDIAL PATINA

**Cameron demite 111 mil.
**sindicatos ingleses marcam greve.
**conflitos violentos nas ruas da Itália em protestos contra arrocho fiscal de Berlusconi.
** desacelera a criação de empregos no Brasil.
**54% dos americanos desaprovam condução de Obama na economia.
MAS E NA BASE? EXEMPLO: COMO VAI A ESCOLA DE QUADROS DO PT? - Os bancos franceses tiveram sua avaliação de risco piorada hoje. Motivo: o sistema financeiro gaulês tem mais de 59 bi de euros empenhados na Grécia, cuja dívida soma 300 bi de euros. O FMI  reúne-se para discutir o colapso da Grécia. Merkel, Sarkozy e Papandreu fazem teleconferência para evitar o 'default' grego. O secretário norte-americano Timothy Garthner vai à Polônia nesta 6ª feira para a reunião de ministros da economia do euro. Assunto: eurobonus e Grécia. A profusão de reuniões e declarações que não levam a nada reflete ao mesmo tempo um sentimento de prontidão e um vácuo de lideranças e instrumentos à altura da crise mundial. Se nem mesmo  um calote de 300 bi de euros encontra solução nesse corre-corre sem rumo, que esperança pode haver para desafios sistêmicos, a exemplo de uma reforma que devolva o dentifrício das finanças desreguladas de volta ao tubo? Por que as peças do quebra-cabeças não se juntam, ao contrário, se dissolvem, em contraposição ao que ocorreu em 1929? É singelo apontar o dedo para a medíocre expressão dos personagens que atravessam a tela em direção ao rodapé da história: Merkel, Sarkozy, Barroso, Cameron, Lagarde, Obama. Melhor do que o escarnecer os tripulantes do naufrágio seria arguir a estrutura à pique. Falta à crise um interlocutor social organizado, partidos e sindicatos consequentes, uma mídia progressista de qualidade e disseminada, enfim, idéias e forças que desloquem e ampliem o patamar das respostas sistêmicas requeridas. Foi num aluvião de mobilização social que surgiu  um Roosevelt; um Getúlio Vargas; uma Frente Popular na França e a proeminência de forças que ensejaram o New Deal e uma espiral de planejamento público, direitos sociais  e coerção saudável das finanças pelo Estado. Juntos, subordinariam os mercados às demandas da sociedade -em maior ou menor graduação, a depender da relação de forças local. Não se pode exigir dos personagens transitórios que cruzam a tela nesse momento mais do que mitigação. Cores e contornos acima de sua palidez terão que ser buscados na palheta progressista, ou nada deterá o rumo funesto dos acontecimentos. Singelo exemplo: em recente entrevista ao jornal Valor, o presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC, Sergio  Nobre, lamentou que o PT tenha abandonado a organização de células de base -numa das quais ele despertou para a militancia discutindo política, projetos e lutas. Por quê? Ou ainda: que fim levou o projeto de escola de quadros do PT? Com a palavra, a direção do partido.
(Carta Maior; 4ª feira, 14/09/ 2011)
Cortez, lateral do Botafogo, porá em quadro, que colocará na sala de casa, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, a camisa da seleção brasileira de sua primeira convocação, que usará amanhã, em Córdoba, no jogo com a Argentina.
Luis Alvaro, presidente do Santos, garante a permanência de Neymar, apesar de todo o assédio do Real Madrid e do Barcelona: “O Neymar já me disse várias vezes que não quer sair do Brasil. Os jornalistas da Espanha me ligam várias vezes por dia e repito isso pra eles”.
Pato volta ao time do Milan, formando o ataque com o sueco Ibrahimovic, hoje, no jogo com o Barcelona, atual campeão, na primeira rodada da Liga dos Campeões da Europa.
Marcelo Lomba, ex-Flamengo, recuperado de contusão no ombro, volta ao time do Bahia, domingo, com o Fluminense.
Tite, técnico do Corinthians, continua merecendo toda a confiança. Quem garante é o diretor de futebol Roberto Andrade.
Leandro Damião, do Internacional, artilheiro do Brasil em 2011 com 40 gols, confessa que torce pelo Corinthians.
Izrael Gimpel, correspondente da Rádio Jovem Pan, de São Paulo, morreu ontem no Rio aos 78 anos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

MEDALHA E CARNAVAL EM CAXIAS

Loco Abreu não escondeu a emoção ao receber ontem a Medalha de Honra de Duque de Caxias, no plenário da Câmara Municipal, por proposta do vereador Joaquim José Santos Alexandre, o Quinzé, do Partido Trabalhista Cristão.
O atacante recebeu também um convite da Escola de Samba Grande Rio para desfilar no Carnaval de 2012, mas não deu resposta imediata. Ele pediu tempo para conversar com a família, mas desde logo se mostrou alegre com o convite.
O vice-presidente André Silva, que acompanhou Loco Abreu na solenidade, antecipou que o atacante renovará contrato por mais dois anos: “O anúncio oficial será feito nos próximos dias pelo presidente Maurício Assumpção”.
 Loco Abreu disse que gosta muito do Botafogo, mas pretende encerrar a carreira no Nacional com festa no Estádio Centenário, onde o Uruguai ganhou a primeira Copa do Mundo (1930) e admitiu que seria  interessante duas despedidas: uma no Rio, outra em Montevidéu.
Elkeson não jogará domingo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, que recebeu domingo em Curitiba.        
Maicosuel voltará no jogo com o Flamengo. Ele não jogou com o Coritiba porque estava gripado e com febre.
Caio Júnior terá hoje a primeira conversa com os jogadores para reanimá-los após a pior derrota do time.
Cortez, lateral do Botafogo, porá em quadro, que colocará na sala de casa, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, a camisa da seleção brasileira de sua primeira convocação, que usará amanhã, em Córdoba, no jogo com a Argentina.
Luis Alvaro, presidente do Santos, garante a permanência de Neymar, apesar de todo o assédio do Real Madrid e do Barcelona: “O Neymar já me disse várias vezes que não quer sair do Brasil. Os jornalistas da Espanha me ligam várias vezes por dia e repito isso pra eles”.
Pato volta ao time do Milan, formando o ataque com o sueco Ibrahimovic, hoje, no jogo com o Barcelona, atual campeão, na primeira rodada da Liga dos Campeões da Europa.
Marcelo Lomba, ex-Flamengo, recuperado de contusão no ombro, volta ao time do Bahia, domingo, com o Fluminense.
Tite, técnico do Corinthians, continua merecendo toda a confiança. Quem garante é o diretor de futebol Roberto Andrade.
Leandro Damião, do Internacional, artilheiro do Brasil em 2011 com 40 gols, confessa que torce pelo Corinthians.
O jogo de amanhã da seleção na Argentina livra alguns times do desgaste da rodada intermediária, mas nem por isso deixa de atrapalhar em parte a preparação para a rodada do final de semana, mesmo que a convocação tenha sido limitada a três jogadores. Do futebol carioca, quando menos se esperava, foram convocados oito, com Renato, 33 anos, como única surpresa.
Entre os do Rio, o menos prejudicado será o Fluminense, que só teve Fred convocado. Assim mesmo, é pouco provável que jogue amanhã e até mesmo que se recupere para o jogo com o Bahia. O Flamengo terá que se preparar sem Ronaldinho, Tiago Neves e Renato e o Botafogo sem Jeferson e Cortez para o clássico de domingo. O Vasco, que joga sábado, praticamente ficará sem Dedé e Rômulo nos treinos da semana.
Difícil entender o critério de Mano Menezes, que depois de um ano ainda não conseguiu mostrar qual é o critério do trabalho. Depois de não ter conseguido ganhar de nenhuma seleção de ponta nos amistosos e da campanha ruim na Copa America, o técnico parece mais interessado em se manter no cargo do que cumprir o princípio de sua contratação: a renovação para a Copa de 2014.
As convocações dos três jogadores do Flamengo atestam com clareza que o técnico vive o momento, não a renovação. Por mais argumentos que possa ter, ele não conseguirá convencer ninguém de que os veteranos Ronaldinho e Renato estarão na Copa de 2014. Muito menos que a convocação de Tiago Neves, que causou surpresa no próprio jogador, em fase ruim, teve algum critério.
O técnico não antecipou a escalação, limitando-se a dizer que só o trio ofensivo – Neymar, Leandro Damião e Ronaldinho – está definido. A presença de Leandro Damião, artilheiro do Brasil na temporada com 40 gols e terceiro artilheiro do Campeonato Brasileiro com 13, é plenamente justificável. Ronaldinho está em baixa, talvez como reflexo da queda do Flamengo, e Neymar ainda precisa decolar.

AGAPÉ - AMOR DIVINO

Padre Marcelo vende 6 milhões de livros.

Do repórter Morris Kachani, da Folha
Embalado por “Sunday Bloody Sunday”, do U2, padre Marcelo corria a 9 km/hora na esteira de sua casa em 29 de abril do ano passado quando deu um passo em falso e se acidentou. Foi uma lesão séria no tornozelo.
Chorei uma semana inteira. Até pensei que foi por inveja”, diz. Três dias antes ele havia sido convidado para uma palestra particular com o papa Bento 16 no Vaticano.
Quando o papa passou pelo Brasil, os dois mal se conheceram - muito por conta da má-fé dos organizadores, segundo o padre Marcelo.
Entre fazer uma cirurgia -e não ir a Roma- ou tentar a recuperação com medicação pesada, o padre optou pelo segundo caminho. Inchou 12 quilos, desafiou o estômago, mas visitou o papa.
A vida na cadeira de rodas lhe trouxe uma nova perspectiva. “Fiquei com princípio de depressão. Primeiro eu tentei jogar Playstation ‘pra’ passar o tempo, mas desisti. Busquei escrever, o que jamais faria porque sou muito agitado.
Assim nasceu o livro “Ágape”, espécie de diário escrito em dois meses, e que em 13 vendeu 6 milhões de cópias a R$ 19,90 segundo Mauro Palermo, diretor da editora Globo, responsável pelo título.
Editores de best-sellers ouvidos pela Folha acreditam que nenhum livro lançado no país atingiu esse número em um período tão curto.
O livro traz uma linguagem de fácil compreensão, situações do cotidiano e sugestões de orações. É quase um manual de instruções assinado por uma figura carismática”, diz Palermo.
O padre usa o livro na missa dominical transmitida ao vivo pela TV Globo e no programa matinal diário que mantém na rádio Globo AM.
A turnê por 42 cidades do país também ajudou. Padre Marcelo contabiliza 400 mil dedicatórias nesses eventos.
Considera que metade de seu público é da emergente classe C. O valor dos royalties ele não divulga -diz que ganhou “milhões e milhões”. Mas é consenso no mercado de que menos do que 10% a 15% do valor de capa -ou seja, de R$ 12 milhões a R$ 18 milhões- certamente não foi.
Todo esse dinheiro de acordo com o padre é revertido para a construção de um santuário com capacidade para 100 mil pessoas, que está sendo erguido em Interlagos. “São milhões que poderiam ficar comigo, mas é o sonho de minha vida”, afirma.
O livro foi fundamental nesse sentido. Imagine o Itaquerão, veja o preço que é a obra. Somente nosso terreno valeu R$ 6 milhões, hoje vale R$ 40 milhões”. E afirma: “Nossa atividade não pode mesmo ser tributada. Só nos custos de manutenção você teria um elefante branco”.
O santuário ocupa 6.000 m² de área construída e 25 mil de externa. Será o maior templo da Igreja Católica no Brasil, superando Aparecida. Só de vagas de estacionamento, haverá 5.000. O projeto prevê uma cripta embaixo do altar, onde o padre pretende ser sepultado (com seus companheiros de diocese).
A inauguração está prevista para dezembro, quando cerca de 60% da obra estiver concluída. Até lá, padre Marcelo trabalha duro na divulgação do novo CD, que acaba de ser lançado com 430 mil cópias pela gravadora Sony.
O CD consiste em uma extensão do livro e por isso leva o mesmo título. “É um CD contemplativo. Você o coloca para tocar e ele leva você ao ágape, que em grego antigo significa amor divino”, diz.
Mais de 30 músicas foram testadas no “fantástico laboratório humano” (sic) de sua missa semanal para 60 mil pessoas. “Pretendo atingir os ‘católicos à toa’”, diz.
Sobre a pirataria, o padre é direto: “Piratear é crime. E crime é pecado. É por isso que as gravadoras investem no gospel, porque ninguém vai comprar pirata”.
Recentemente, padre Marcelo acidentou-se novamente na esteira. Quase teve que operar o menisco. No momento usa bengala. Não se sabe se Deus lhe concederá a graça de escrever “Ágape 2″.

O PT E O SISTEMA ELEITORAL

Marcos Coimbra
Na Resolução aprovada em seu 4º Congresso, realizado no começo do mês, o PT dedica uma seção inteira ao tema da reforma política. Natural, pois era de esperar que o partido se pronunciasse sobre algo que está no centro das discussões políticas desde o início do ano.
Primeiro, tivemos uma comissão especial no Senado, criada para elaborar uma proposta que contivesse os pontos fundamentais e menos polêmicos, assim permitindo que as mudanças na legislação pudessem ser rapidamente adotadas.
Seu trabalho parece, no entanto, não ter servido de muito, pois está sendo ignorado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa, onde a matéria hoje tramita. Ela desdiz, praticamente, tudo que a comissão especial havia dito.
Em sua resolução, o PT não apresenta propostas para mudar de forma ampla nosso sistema político. É menos ambicioso.
O documento afirma que são dois os “objetivos programáticos estratégicos do PT” na reforma política: a adoção do financiamento público exclusivo das campanhas e do voto em lista nas eleições de deputados (federais, estaduais e distritais), assim como de vereadores.
Além dessas, outras três mudanças são sugeridas. Duas são bem específicas: a proibição das coligações nas eleições proporcionais e a “garantia da presença de sexos diferentes na lista”. A terceira, ao contrário, é difusa: a “ampliação da participação direta na política através da remoção de obstáculos que hoje a dificultam”.
Salvo a última, as ideias formam um todo coerente. São questões que o sistema político discute há tempo e que possuem larga sustentação em nosso pensamento e tradições democráticas. Não é o que se poderia dizer dessa da “participação direta”, que, se não for claramente delimitada, conflita com os fundamentos
da democracia representativa.
É difícil entender de onde os autores do documento tiraram a noção de que “a campanha pelas leis cidadãs é a melhor resposta que podemos dar à crise internacional”. Como se leis de iniciativa popular fossem superiores e mais eficazes do que as originadas no parlamento! Elas e os plebiscitos e referendos, igualmente defendidos no texto, são instrumentos que se devem usar de forma muito parcimoniosa e que estão longe de ser panaceias para os problemas da democracia.
O curioso é que as quatro propostas básicas do PT são quase idênticas às que a comissão especial do Senado aprovara. Lá, os notáveis dos principais partidos haviam chegado às mesmas recomendações dos petistas.
Financiamento público exclusivo, voto em lista, fim das coligações nas proporcionais e fixação de uma cota de 50% das listas para candidatas mulheres, todas constavam do relatório da comissão especial. É a CCJ que as está suprimindo (com exceção da proibição das coligações nas eleições proporcionais, que ninguém defende). Se depender do parecer do relator, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), delas não restará nada.
Essas propostas, especialmente as que o PT chama “objetivos estratégicos”, são inovações em nossa legislação destinadas a fortalecer os partidos políticos. Adotadas em conjunto, mudariam as condições institucionais de seu funcionamento e organização.
Na opinião unânime dos estudiosos, o voto proporcional favorece os partidos, sendo o voto majoritário seu adversário potencial. O sistema em que ganha o mais votado, independente de sua filiação partidária, faz com que os candidatos se bastem e prescindam da votação de seus companheiros de legenda.
Os eleitos se tornam os únicos senhores dos votos que receberam e, portanto, dos mandatos.
O multipartidarismo não é impossível, mas fica difícil quando se adota o voto majoritário nas eleições legislativas. Os países onde prevalece o voto distrital são, quase sempre, bipartidários, pois a eleição do representante local tende a se tornar polarizada entre apenas duas correntes (como ocorre nas eleições para prefeito, que, na maioria dos municípios brasileiros, particularmente os menores, costumam ser resolvidas entre os dois “lados” da vida política local).
A lista partidária preordenada, em que o eleitor vota no partido e os candidatos são eleitos de acordo com sua posição na lista, conflita com nossa experiência eleitoral. Segundo as pesquisas de opinião, a vasta
maioria da população a rejeita. Muitas vezes, com a ilusão de que, no modelo atual, é mais livre para escolher.
Não há, no entanto, como negar coerência ao PT nas propostas que faz de reforma política. Nada mais lógico que o maior partido que já tivemos em nossa história seja favorável ao fortalecimento dos partidos.

POBREZA RECORDE NOS EUA

** atinge 15% da população: 46 milhões de pessoas
**53% dos americanos desaprovam Obama; 60% criticam sua gestão econômica
**Tesouro italiano  paga 5,6% de juro nesta 3ª feira, a maior taxa desde 1999
** faltam ainda a Berlusconi 80 bi de euros para fechar 2011 
**mico: bancos franceses tem 59 bi de euros em títulos gregos
BELLUZZO: MONOPÓLIO DA MÍDIA DIFICULTA SAÍDA PARA A CRISE. O DEBATE VIROU UMA FARSA  "O consenso em torno de certas ideias de dominância financeira  -idéias que estão na origem da atual crise-- não seria possível sem a sua vocalização pela mídia. Não se trata de  uma teoria conspiratória, estou dizendo que isso se deu através de um processo social em que as camadas dominantes impõem as idéias dominantes. A gente nunca pode perder essa dimensão da luta social; como ela se desenvolve e como  maneja os símbolos, os significados, as palavras. Tome o exemplo da queda da taxa de juros brasileira. Isso produziu em certas pessoas (da mídia) uma estupefação; em algumas mais estupefação, em outras  alguma indignação. As que ficaram mais estupefactas sempre ouviram o contrário, que era um perigo, era a ruína . As ideias , como dizia um autor do século XIX,  tem uma força  material enorme  -- a força material das idéias dominantes. Norberto Elias, o sociólogo, dizia que é muito difícil você desconstruir um consenso como este. Daí o papel crucial da luta social e política. Ou você  acha que a crise vai se resolver mecanicamente, por ela mesma? Não vai. É necessário formular alternativas. A solução dita ‘normal' é previsível, diz o economista americano Doug Henwood, que tem uma newsletter de nome muito interessante, 'Left Business Observer'. Henwood  foi encarregado de escrever sobre Wall Street, antes e depois da crise. É muito fácil, asseverou. Antes da crise, Wall Street era o locus mais poderoso de interesses políticos, econômicos e sociais dos EUA. Depois da crise, Wall Street continua sendo o locus mais poderoso de interesses políticos, econômicos e sociais dos EUA. Um repórter que te entrevista sobre política monetária e ouve algo  contrário a esses interesses, daqui e de lá, hesita em publicar; se publica o faz cheio de ressalvas. Esse jornalista foi emprenhado pelo ouvido, durante anos, para perguntar e ouvir sempre a mesma coisa. O problema da mídia  no mundo inteiro é esse monopólio de algumas empresas que veiculam a visão dominante. Elas são a classe dominante. Nos anos 50 e 60 na Europa, por exemplo, você tinha uma mídia diversificada que expressava as posições políticas distintas. As pessoas liam o 'Avanti!', o 'La Unità'... Havia debate político. Hoje você não tem debate. O que você tem é uma farsa".(Luiz Gonzaga Belluzzo, no debate ‘Neoliberalismo, um colapso inconcluso'. Leia reportagem nesta pág.) (Carta Maior; 3ª feira,13/09/ 2011)
Troquem os “Cinco Cubanos” pelo “contratista dos EUA”, propõe o USA Today.
O “contratista” norte-americano Alan Gross “poderia estar em casa em poucos dias” se os EUA o permutassem pelos cinco cubanos “encarcerados há 13 anos” neste país, propõe o comentarista De Wayne Wickham, em artigo publicado no USA Today. “Quando o FBI prendeu 10 espiões russos no ano passado”, recorda Wickham, foram “rapidamente trocados por quatro homens em mãos da Rússia acusados de ser agentes de espionagem dos EUA e Grã Bretanha”.
Exército como porteiro de favela
Exército como porteiro de favela do Rio não dá certo.
As tropas do exército estão substituindo a PM do Rio de Janeiro para que os integrantes da PMRJ continuem fazendo seus bicos.
Acorde, ó exército brasileiro!
Hoje tem festa
Com a revoada de prefeitos em Brasíla a partir de hoje dizem que para: “pedir aos parlamentares que aprovem diversas matérias”.
Só mesmo parodiando a música da Ivete Sangalo, Festa no congresso/Pode vir, pode chegar/Misturando o país inteiro Vamo vê no que é que dá.../Tem gente de todos partido/Tem partidos de toda fé/Guitarras de rock'n roll/ Batuque de candomblé/ Vai lá, prá ver.../ Os partidos se balançar/ E o chão da capital federal tremer/ Mãe Dilma de lá mandou chamar/ Avisou! Avisou! Avisou! Avisou!... Que os prefeitos vão entregar as reivindicações aos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Lenga-lenga.
Está na hora desses ministros do STF e STE voltarem a trabalhar, as ferias de julho (recesso) já acabaram a muito tempo e não se nem um julgamento de peso desses caras, parece que são piores do que os senhores congressistas, depois querem ganhar rios de dinheiro, é muito salario pra pouca produção, pena que a podutividade inventada pelo PSDB não atingiram esses caras se não estavam ferrados. Tem politico que já era para está no olho da rua e outros a entrarem, inclusive governadores, deveria serem mais celeres, um ano de legislatura já está acabando, será que Jader Barbalho, Capiberibe e Cassio Cunha Lima não vão assumir esse ano e o governador de Roraima que depende deles para sair.

DIFÍCIL DILMA SUBIR EM PALANQUES

Por Carlos Chagas
A pouco menos de um ano das eleições municipais, articulam-se os partidos para as disputas mais importantes, no caso, as prefeituras das capitais dos estados. Já existem candidatos em quase todas e mais irão aparecer, daqui até o prazo para os registros.
A  pergunta que se faz refere-se aos grandes  eleitores, não apenas no âmbito dos estados, como os governadores, mas no plano nacional. Por exemplo: o Lula será fatalmente o maior de todos. Já começou a movimentar-se, lançando o  ministro Fernando Haddad para São  Paulo.
E ela, com o poder da presidência da República e a caneta do Diário Oficial, vai subir em palanques, como  o antecessor anuncia? Trata-se, no mínimo, de uma dúvida. No máximo, de uma impressão de que ficará de longe. Parece difícil que Dilma Rousseff se disponha a subir em palanques, como  o Lula subiu e mais subirá.
A presidente terá suas simpatias e preferências, mas será um risco  imaginá-la percorrendo o país  pedindo  votos para os candidatos de seu partido, o PT. Seria hostilizar as demais legendas  da base oficial, que por certo apresentarão seus indicados. Nem ao menos poderá revelar em quem votará, porque não votará em ninguém. Seu título eleitoral é de Brasília, onde não se realizarão eleições para prefeito, função que não existe. Aqui, vota-se apenas para governador, ou seja,  só em 2014.
A crônica recente mostra ampla variaded de comportamento por parte dos ex-presidentes. Os militares, como Médici, Geisel e Figueiredo, até exageraram, ainda que no tempo deles os prefeitos de capital fossem nomeados. Mas exigiam do eleitorado que sufragasse  vereadores e prefeitos das principais cidades apresentados pela Arena e, depois, pelo PSD.
José Sarney atuou dentro de suas características, usando mais o poder do que a palavra. Fernando Collor tentou ficar alheio aos partidos e por isso acabou perdendo a presidência. Itamar Franco  não teve tempo e Fernando Henrique conseguiu superar a presunção comparecendo a muitas capitais e manifestando suas preferências. Já o Lula frequentou todos os palanques possíveis.
Mesmo sem bola de cristal, a impressão é de que Dilma  não será vista pedindo votos para este ou aquele candidato. A confirmar, porém.
O PRETEXTO DA DESINCOMPATIBILIZAÇÃO.
Confirmada, mesmo, está a reforma do ministério, conforme a ministra Ideli Salvatti, para janeiro ou fevereiro. O argumento  é de a presidente Dilma liberar  ministros que sejam candidatos às eleições do ano que vem. Melhor contar outra, porque nessa  não dá para acreditar.  Apenas Fernando Haddad, da Educação, e Fernando Pimentel, do Desenvolvimento Industrial, parecem dispostos a candidatar-se, no caso, a prefeitos de São Paulo e de Belo Horizonte.   Que outro ministro entraria na lista?  Pedro Novais, em São Luiz? Negromonte, em Salvador? Carlos Lupi ou Moreira Franco,  no Rio? Garibaldi Alves Filho, em Natal? Nenhum deles, nem os outros.
Entre os presidentes da República, inclusive Dilma, desenvolve-se uma regra não escrita que deve vir de Deodoro da Fonseca. No mais absoluto sigilo, sequer repartindo seu raciocínio com o travesseiro, quando escolhem um ministro eles já pensam no substituto. Mil fatores poderão levar a mudanças, e ninguém pretende ser surpreendido. Essa estratégia é fundamental para evitar impasses e perplexidades.
Tome-se a atualidade. Alguém duvida de que Dilma, antes mesmo de assumir, já tinha na cabeça o nome de Celso Amorim, para a hipotese de perder Nelson Jobim? Ou que, para o lugar de Wagner Rossi,  deixaria a decisão para o vice-presidente Michel Temer? Diante de uma suposta exoneração de Alfredo Nascimento, não estaria Paulo Passos  definido desde o começo? Para o lugar de Antônio Palocci, na eventualidade de sua saída, desde quando a presidente tinha o nome de Gleise Hoffmann no bolso?
Resta esperar o final do ano para saber quantos e quais ministros deixarão de ser ministros.  Dúvidas inexistem, porém, quanto àqueles considerados impostos à chefe do governo, tanto faz se pelo partidos ou se pelo ex-presidente Lula.
CUIDADO COM O “ISSO NÃO ESTÁ BOM”.
Na entrevista concedida ao “Fantástico”,  Dilma acabou revelando a expressão que utiliza quando insatisfeita com algum  auxiliar: “isso não está bom”. Jamais  uma sentença de morte, mas,  inequivocamente,  um alerta.
Pergunta-se qual o  ministro que ainda não terá ouvido esse comentário da chefe do governo. Pode existir algum, ou mais de um, mas a maioria já recebeu essa observação. O importante é saber quantas vezes, porque no caso de mais de uma, será  hora de tomar cuidado.
Ainda com relação à entrevista, deve-se dar o desconto à afirmação de Dilma de que não costuma   levantar a voz para seus assessores. Costuma, sim, e desde os tempos em que foi ministra das Minas e Energia e, depois, chefe da Casa Civil.  Questão de estilo.
RESPONSÁVEIS PELO ENGÔDO.
Outra afirmação da presidente que dá o que pensar: para ela, a CPMF foi um engôdo, na medida em que o dinheiro destinado a atender necessidades  da saúde pública foi utilizado para outras finalidades.  Trata-se de uma aberração. De um desvio inexplicável, mas que aconteceu e precisa ser melhor apurado. Quem, no governo Fernando Henrique, cometeu esse pecado capital? E no governo Lula? Os dois ex-presidentes passarão incólumes por tamanho erro? Ou a culpa irá para Pedro Malan, no período do sociólogo? Ou para Antônio Palocci e Guido Mantega, durante os dois mandatos de Luiz Inácio da Silva? Fica difícil deixar o assunto morrer, pelo menos em homenagem ao dr. Adib Jatene, inspirador do imposto sobre o cheque, frustrado com a utilização daqueles recursos para o pagamento de juros destinados a enriquecer especuladores.
Plebiscito: propagandas sobre divisão do Pará já estão nas ruas
As propagandas do plebiscito sobre a divisão do Pará podem ser feitas a partir desta terça (13). As fretes, contra e a favor, poderão realizar distribuição de material, comícios e, até mesmo, usar alto-falantes em locais públicos do estado e na internet. Já as divulgações em rádios e TV locais só estão autorizadas a começar em outubro. Brindes, showmícios e outdoors são proibidos. As frentes pró-Carajás e pró-Tapajós, assim como as separatistas, já planejaram comício para hoje em Redenção e amanhã em Marabá. As frentes do “não” optaram por iniciar o comício amanhã em Castanhal, onde a população parece ser contra a divisão do estado. Os eleitores responderão se acatam a proposta da criação do Estado de Carajás (sul e sudeste do Pará) e se são a favor da criação de Tapajós (oeste). A votação ainda tem de ser aprovada pelo Congresso Nacional.
As obras devem continuar.
Até posso estar errado, mas, na minha opinião, toda obra pública deveria ser contínua, a não ser que representasse perigo para o homem ou meio ambiente. Quando houver problema de superfaturamento ou de licitação, que fossem tomadas as devidas providências no sentido de sua regularização.
Chega de "esqueletos" de construções e obras inacabadas por esse Brasil afora. Quantas estradas, ferrovias, escolas e até mesmo, hospitais, ficaram com suas obras prejudicadas, por terem sido suspensas por motivos diversos, e que, no final, sai mais caro para o País.
De caçador de escravos fujões a porteiro de favela?
Não se poderá ter forças armadas profissionais e eficientes, quando as utilizam foram de sua formação profissional, cuja missão maior é a defesa da pátria. O que estão fazendo com o honorável Exército brasileiro é de deixar de queixo caído qualquer cidadão brasileiro e honesto que se sinta estupefato a que ponto chegou a instituição militar.
Nada contra se fornecer segurança às comunidades cariocas que vivem à margem da segurança pública. Mas empregar o Exército Brasileiro como porteiro de favelas cariocas parece-me igualar-lhe a sua atribuição de caçador de escravos fujões, nos estertores do império de Pedro II. O que diferencia é que naquela época, existiam militares de brio e honra, como Caxias, Osório, Benjamim Constant, Sena Madureira. Os de hoje, nem tanto. O que temos hoje de militar com brilho e honra? Onde se encontram as autoridades militares que se deixam levar por um canto de sereia?
O carreirismo ou pequeno agrado, como as mordomias dadas aos generais?
É uma pena.
Tristes tempos.
A luta, dos ratos, pelos lucros do petróleo.
O que os 513 picaretas da Câmara e 80 e tantos decrépitos do Senado estão fazendo com os brasileiros a respeito da votação do veto, sobre a partilha dos lucros advindos do petróleo, mostra bem a gentalha que habita a pocilga, que os incautos chamam de congresso (minúsculas mesmo). A emenda Ibsen apenas distribui os recursos que pertencem aos brasileiros de todos os rincões. Porque somente Rio, SP e ES tem direitos sobre estes recursos?
Na realidade os metralas querem continuar controlando, com suas mãos rápidas e havidas este dinheiro fácil, simples assim. Enquanto estes pulhas se engalfinham pela partilha do butim, que certamente lhes caberá,  os brasileiros, aqueles que mantém este paisinho de merda produzindo, continuam morrendo nas filas dos hospitais e nas maravilhosas estrada, inclusive pedagiadas.
Está na hora do povo dar um recado duro para os quadrilheiros instalados em Brasília.
De 2003 a 2010, o ministro do Turismo, Pedro Novais (PMDB), pagou sua governanta com dinheiro da Câmara, revelam Andreza Matais e Dimmi Amora.
Doralice Bento de Sousa recebia como secretária parlamentar, apesar de cozinhar e organizar o apartamento do então deputado. Doralice Bento de Sousa recebia como secretária parlamentar.

AS MANCHETES DO DIA . . .

Veja as manchetes dos principais jornais desta terça-feira.
* Jornais nacionais.
O Estado de S.Paulo
Crise faz dólar fechar acima de R$ 1,70 pela 1ª vez no ano
O Globo
Dilma desiste de 'nova CPMF' para financiar Saúde em 2012
Valor Econômico
Brics articulam ação de socorro a países europeus
Correio Braziliense
Insuportável
Estado de Minas
Pouca verba para muitas estradas...
Zero Hora
Estado propõe abono para pacificar PMS
Brasil Econômico
Governo reduz impostos e teles investirão R$ 70 bi
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Líder alemã enfrenta escolhas decisivas para salvar o euro
The Washington Post (EUA)
Obama busca aumento de impostos para financiar geração de empregos
El País (Espanha)
Mercados dão por certo calote grego

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

CRISE MUNDIAL

** Grécia no olho do furacão.
** Atenas só tem recursos para pagar mais um mês de aposentadorias e salários do setor público.
** Bolsas européias desabam ao menor nível em 2 anos.
**Alemanha monta plano de socorro aos seus bancos em caso de calote grego.
** 81% da dívida grega está em mãos de bancos europeus que, no total, tem 3 trilhões de euros em títulos de governos, um dominó indissociável.  
RUMO À TERCEIRA TORRE ?  PARTICIPE AGORA DO DEBATE  SOBRE O COLAPSO DO NEOLIBERALISMO. - Mais uma 2ª feira de pânico nos mercados mundiais. A bola da vez é a ameaça de um calote da Grécia, que poderá ter efeito equivalente à  explosão de uma terceira torre do World Trade Center no combalido sistema bancário europeu e mundial. Rumores crescentes de que o país está à beira de uma ruptura com os credores obrigaram o  primeiro ministro Yorgos Papandreu a fazer uma declaração de emergencia  neste sábado. Na tentativa de transmitir confiança aos mercados, o social-democrata grego garantiu: ‘Iremos até o fim'.   "Nem vendendo a Acrópole", declarou recentemente o economista Luiz Gonzaga Belluzzo sobre a viabilidade de se equilibrar o déficit fiscal grego, e o de outros países , sem expansão econômica, valendo-se apenas do arrocho preconizado pelo receituário neoliberal. O recuo da esquerda  mundial  explica que se tente superar a crise dobrando a aposta na lógica que a originou. Para debater esse longo crepúsculo, Carta Maior realiza o seminário:
'NEOLIBERALISMO, UM COLAPSO INCONCLUSO'.
NO AR: TRANSMISSÃO DIRETA CLIQUE NO BANNER NO ALTO DA PÁGINA.
Serão quatro mesas temáticas:
 - I) A singularidade da crise financeira mundial -   com Luiz Gonzaga Belluzzo e Maryse Farhi;
-II) Panorama geopolítico: novos atores e novas agendas', com  Ignacy Sachs e Ladislau Dowbor;
-III) "O Brasil e os canais de transmissão da crise', com Márcio Pochmann e Paulo Kliass;
-IV) ‘Desafios e trunfos da América Latina', com Samuel Pinheiro Guimarães e Emir Sader.
Participe enviando perguntas para: seminario@cartamaior.com.br

AS MANCHETES DO DIA . . .