sábado, 5 de março de 2011
Romario viaja amanhã para a Chechênia, onde será, junto com Cafu, Dunga e outros ex-jogadores da seleção, uma das atrações do amistoso de terça-feira com os masters chechenos, que terão o reforço do holandês Ruud Gullit e do alemão Lottar Matthaus.
Diego Tardelli está saindo do Atletico Mineiro para o Anzhi, time de Roberto Carlos e Jucilei, ex-corintianos.
Isabela Guedes comemora hoje os três anos do Blog do Rádio Carioca.
Levir Culpi, o técnico, disputa hoje pela primeira vez o clássico da segunda cidade mais importante do Japão dirigindo o Cerezo Osaka no jogo com o Gamba Osaka.
Paulo Angoni tem sondagem para voltar a trabalhar no futebol carioca como gerente de um grande clube.
José Reis, supervisor do Boavista, vice-campeão da Taça Rio, muito elogiado pela direção do clube pelo trabalho eficiente.
OS CARIOCAS NA COPA DO BRASIL
Vasco e Flamengo foram os times do Rio que evitaram o jogo de volta e se classificaram com folga para a segunda fase. O Botafogo e o Bangu foram obrigados a disputar o segundo jogo, mas também conseguiram a classificação.
O Bangu será o primeiro a entrar em campo na segunda fase, após ter eliminado a Portuguesa, com vitória (3 a 1) em casa e derrota (1 a 0) em São Paulo. O próximo adversário é o Nautico (Pernambuco), que eliminou o Trem (Amapá). O primeiro jogo será dia 16, em Volta Redonda, e o segundo, se houver, em Recife, dia 31. Se o Nautico vencer por dois gols não haverá segundo jogo.
O Vasco disputará a segunda fase com o ABC (Rio Grande do Norte), que eliminou o Barras (Piauí). O primeiro jogo será dia 30, em Natal – porque o estádio do Barras não tem capacidade mínima exigida – e se o Vasco vencer por dois gols eliminará o jogo de volta marcado para 6 de abril, em São Januário. Deste confronto sairá o adversário de Bangu ou Nautico.
O Flamengo jogará na segunda fase com o Fortaleza, que eliminou o Fast Clube (Amazonas). O primeiro jogo será dia 30, em Fortaleza. Se o Flamengo vencer por dois gols, não haverá o segundo jogo, dia 6 de abril, em Macaé. O vencedor de Flamengo x Fortaleza jogará nas oitavas de final com o ganhador de Guarani (Campinas,São Paulo) x Horizonte (Ceará).
O Botafogo disputará a segunda fase com o Paraná Clube, que eliminou o Gurupi (Tocantins). O primeiro jogo será no Estádio Couto Pereira, em Curitiba, e se o Botafogo vencer por dois gols não haverá o jogo de volta, dia 6 de abril, no Engenhão. O vencedor de Botafogo x Paraná disputará as oitavas de final com o vencedor de Avaí (Santa Catarina) x Ipatinga (Minas Gerais).
Bom lembrar que só o campeão da Copa do Brasil de 2011 terá vaga na Copa Libertadores da America de 2012.
A FORÇA DA UNIÃO DO GRUPO PARA SER BI
BLOG DO DENI MENEZES - O repórter de oito Copas do Mundo.Embora o time ainda se ressinta de não ter disputado as finais da Taça Guanabara e de não ter começado bem a Copa do Brasil, Joel Santana aposta na união do grupo para o Botafogo ser bicampeão carioca: “Conheço bem os jogadores que dirijo e sei que eles querem muito o bicampeonato. Precisamos fazer uma boa estreia na Taça Rio para a confiança voltar de vez” – disse o técnico.
Joel Santana considera o segundo turno bem mais difícil: “É um turno em que até seis clássicos poderão ser disputados pelo time campeão. Desde logo, faremos dois, com o Vasco na quarta rodada e com o Flamengo na sétima rodada. E há dois jogos com os chamados pequenos que considero complicados: com o Nova Iguaçu, em Volta Redonda, e com o Americano, mesmo no Engenhão”.
O Botafogo estreia hoje, às 16 horas, no Engenhão, com o Volta Redonda. O jogo será apitado por Felipe Gomes da Silva. Ainda sem Loco Abreu, em tratamento de dores no nervo ciático e sem previsão de retorno, o time também continuará sem Marcelo Matos e Arévalo, em recuperação no departamento médico.
Escalação - Jeferson, Lucas, Antonio Carlos, Marcio Rosario e Marcio Azevedo; Rodrigo Mancha, Bruno, Everton e Renato Cajá; Caio e Herrera.
Jeferson, o goleiro que se tem destacado pela regularidade desde o ano passado, disse ontem que a convocação para a seleção é um prêmio que tem conotação especial: “Não é só pelo que se faz em campo. A vida que se leva também conta muito”.
INVESTIMENTO PUBLICITÁRIO EM LULA
Sai barato.
Ana Paula Grabois e Adriana Mattos, do Valor Econômico.Saiu barato para o grupo coreano LG os R$ 200 mil pagos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a sua primeira palestra após deixar o cargo. Fabricante de televisões, celulares, computadores e eletrodomésticos, o grupo contratou Lula para falar na quarta-feira sobre a economia brasileira a clientes do setor de varejo em um centro de convenções de São Paulo.
Lula e a LG foram notícia e apareceram em jornais, sites, TVs e rádios de todo o país. Somente para se ter uma ideia da economia em publicidade, a exposição por 30 segundos no intervalo do “Jornal Nacional”, da TV Globo, foi de R$ 570 mil por 3 inserções semanais em 2010, de acordo com um anunciante ouvido pelo Valor.
A LG disputa mercado com a Samsung, um dos principais anunciantes do Big Brother Brasil (BBB) 11. No contrato de merchandising, a Samsung paga de R$ 1,2 milhão a R$ 1,4 milhão por três a quatro inserções semanais.
No meio publicitário, a estratégia foi considerada uma boa sacada. “Quem dera ter pensado nisso antes”, comentou o presidente de uma agência paulista. “Eles conseguiram atrair uma simpatia generalizada em relação à marca e por um valor irrisório. Conseguiram o destaque e ainda geraram um “buzz” altíssimo”, afirmou Eduardo Tomiya, sócio diretor da BrandAnalytics. Na linguagem dos executivos de marketing, buzz é o barulho criado em torno de uma ação na mídia.
"Quem faz isso (expor a marca ao lado de uma figura pública), o faz intencionalmente, dentro de um planejamento claro. E não precisa se preocupar em manter, nos meses seguintes, esse barulho gerado com a ação. É tão barato que já foi obtido retorno imediato."O grupo LG é um dos líderes no mercado nacional das televisões de LCD, produto símbolo da nova classe média ascendente da era Lula. Somente em 2010, o faturamento do grupo aumentou 30% no país. Para este ano, o plano é expandir as vendas em 40% com faturamento previsto de R$ 7 bilhões.
O investimento de 2011 deve alcançar US$ 315 milhões em três novas fábricas. Duas serão na Zona Franca de Manaus, de painéis para TVS e de aparelhos de ar-condicionado. Em Paulínia (SP), a LG vai construir uma fábrica de eletrodomésticos de linha branca, como geladeiras e máquinas de lavar. Desde 1995 no Brasil, a companhia possui uma planta em Manaus e outras duas em Taubaté (SP)”.
Lula e a LG foram notícia e apareceram em jornais, sites, TVs e rádios de todo o país. Somente para se ter uma ideia da economia em publicidade, a exposição por 30 segundos no intervalo do “Jornal Nacional”, da TV Globo, foi de R$ 570 mil por 3 inserções semanais em 2010, de acordo com um anunciante ouvido pelo Valor.
A LG disputa mercado com a Samsung, um dos principais anunciantes do Big Brother Brasil (BBB) 11. No contrato de merchandising, a Samsung paga de R$ 1,2 milhão a R$ 1,4 milhão por três a quatro inserções semanais.
No meio publicitário, a estratégia foi considerada uma boa sacada. “Quem dera ter pensado nisso antes”, comentou o presidente de uma agência paulista. “Eles conseguiram atrair uma simpatia generalizada em relação à marca e por um valor irrisório. Conseguiram o destaque e ainda geraram um “buzz” altíssimo”, afirmou Eduardo Tomiya, sócio diretor da BrandAnalytics. Na linguagem dos executivos de marketing, buzz é o barulho criado em torno de uma ação na mídia.
"Quem faz isso (expor a marca ao lado de uma figura pública), o faz intencionalmente, dentro de um planejamento claro. E não precisa se preocupar em manter, nos meses seguintes, esse barulho gerado com a ação. É tão barato que já foi obtido retorno imediato."O grupo LG é um dos líderes no mercado nacional das televisões de LCD, produto símbolo da nova classe média ascendente da era Lula. Somente em 2010, o faturamento do grupo aumentou 30% no país. Para este ano, o plano é expandir as vendas em 40% com faturamento previsto de R$ 7 bilhões.
O investimento de 2011 deve alcançar US$ 315 milhões em três novas fábricas. Duas serão na Zona Franca de Manaus, de painéis para TVS e de aparelhos de ar-condicionado. Em Paulínia (SP), a LG vai construir uma fábrica de eletrodomésticos de linha branca, como geladeiras e máquinas de lavar. Desde 1995 no Brasil, a companhia possui uma planta em Manaus e outras duas em Taubaté (SP)”.
CADA UMA, QUE PARECE DUAS
Os 200 mil trotes nos 90 anos da ‘Folha’
Por Dacio Malta.
A Polícia Militar de Sergipe prendeu na noite de anteontem um homem suspeito de passar mais de 200 mil trotes para serviços de emergência de Aracaju.
Segundo a PM, José Uilson Santos, 20, relatava crimes inexistentes desde 2009, usando um celular. A polícia não conseguia localizar de onde eram feitas as chamadas.
Santos foi preso quando passava mais um trote, desta vez de um telefone público. A atendente percebeu que se tratava de Santos e o segurou na linha até a polícia localizá-lo.
O suspeito foi liberado. Ele pode responder por comunicação falsa de crime ou de contravenção, que prevê de um a seis meses de prisão ou multa.É incrível como um jornal importante como é a ‘Folha’, publique uma notícia fantasiosa como essa.
Ou o redator quis encher de glórias o responsável pela prisão do sujeito, ou seu intento foi o de desmoralizar a polícia sergipana - vítima dessa imensidão de trotes.
Segundo a nota, os trotes começaram em 2009.
Supondo que eles tenham se iniciado no dia 1º de janeiro daquele ano, ele fez pouco caso da polícia sergipana durante 790 dias.
Duzentos mil trotes, nesse período, dividido pelo número de dias em que ele agiu, dá um total inimaginável de mais de 250 trotes diários.
Se cada duração durasse em média 1 minuto, o pobre coitado dedicava mais de quatro horas do dia para brincar com a polícia.
A notícia da ‘Folha’ é a maior prova de que o papel aceita tudo.
Se um sujeito conseguisse passar 200 mil trotes durante 90 anos - a idade que a ‘Folha’ está comemorando - ainda assim ele teria que enganar mais de sete pessoas diariamente.
Segundo a PM, José Uilson Santos, 20, relatava crimes inexistentes desde 2009, usando um celular. A polícia não conseguia localizar de onde eram feitas as chamadas.
Santos foi preso quando passava mais um trote, desta vez de um telefone público. A atendente percebeu que se tratava de Santos e o segurou na linha até a polícia localizá-lo.
O suspeito foi liberado. Ele pode responder por comunicação falsa de crime ou de contravenção, que prevê de um a seis meses de prisão ou multa.É incrível como um jornal importante como é a ‘Folha’, publique uma notícia fantasiosa como essa.
Ou o redator quis encher de glórias o responsável pela prisão do sujeito, ou seu intento foi o de desmoralizar a polícia sergipana - vítima dessa imensidão de trotes.
Segundo a nota, os trotes começaram em 2009.
Supondo que eles tenham se iniciado no dia 1º de janeiro daquele ano, ele fez pouco caso da polícia sergipana durante 790 dias.
Duzentos mil trotes, nesse período, dividido pelo número de dias em que ele agiu, dá um total inimaginável de mais de 250 trotes diários.
Se cada duração durasse em média 1 minuto, o pobre coitado dedicava mais de quatro horas do dia para brincar com a polícia.
A notícia da ‘Folha’ é a maior prova de que o papel aceita tudo.
Se um sujeito conseguisse passar 200 mil trotes durante 90 anos - a idade que a ‘Folha’ está comemorando - ainda assim ele teria que enganar mais de sete pessoas diariamente.
NÃO TEM MAIS ESPERANÇA ! ! !
Nesse ponto, o professor tem razão, não nutro qualquer esperança de que a "nossa velha imprensa " venha a se reciclar, fazendo uma auto-crítica profunda dos dogmas neoliberaiss por ela defendidos e que, dado ao quase absoluto monopólio que esta mídia corporativa deteve nos momentos críticos de avanço das políticas neoliberais, se converteram no tal "pensamento único" que passou a corromper uma grande quantidade de espíritos mundo acadêmico e político adentro e afora.
Repare-se que, logo após a crise do neoliberalismo, deflagrada em 2007, uma avalanche de análises que pensavam que o bom senso, a constatação das evidências escancaradas, seriam fatores inelutáveis de convencimento destas elites egoístas, contaminadas pelas crenças neoliberais, levárim-as, por si sós, a rever suas posições e a reconhecer, pelo menos em parte, os méritos das crítiicas que se lhes lançaram.
E então, o que foi que começamos a presenciar? Uma nova onda de programas neoliberais passou imediatamente a ser servido nas instituições políticas e econômicas internacionais. Isto, a meu entender, se explica porque o neoliberalismo é a "fase superior da fase superior do imperialismo".
O capitalismo, as elites financeiras que controlam a maior parte do poder mundial, não têm como voltar atrás, pondo outra coisa no lugar, sem abrir mão de seus interessess historicamente constituídos. Algo similar ocorreu na Revolução Francesa com a aristocracia face a pressão da burguesia por mudanças no sistema e no modelo econômico. Desse modo, essas elites e a sua imprensa terão que ser, de uma forma ou de outra, escurraçada do poder pelos povos, cujo sangue e suor as alimentam.
O MUNDO E NÓS
Por Emir Sader, da Carta Maior.
As editorias internacionais da imprensa brasileira estão, em geral, entre as piores de todas as publicações. É praticamente impossível seguir um tema mais além de momentos específicos, seja porque o espaço reservado é muito pequeno, seja porque a própria equipe de internacional costuma ser reduzida.
Me lembro de ter perguntado a editor de um jornal paulista sobre o porquê disso e ele me respondeu que era porque não havia interesse dos leitores. Claro círculo vicioso: se produz uma internacional desinteressante e não se recebe demanda por maior empenho nos temas internacionais. Eu disse a ele que naquela semana o jornal que ele dirigia por herança familiar tinha publicado uma matéria muito interessante sobre a confissão de militares norteamericanos de que inflacionavam os sucessos durante os combates de uma guerra, para dar a impressão que estavam no bom caminho e assim obter mais recursos do governo e do Parlamento. Ele simplesmente não tinha lido.
Mas, ao dar pouca importância e espaço para a cobertura internacional, as publicações podem se valer dessa falta de informações para enganar os leitores, usando de forma equivocada exemplos de outros países. Basta dizer que aqui mesmo na América Latina a imprensa usou vários países em diferentes momentos, como “modelos” de neoliberalismo de sucesso.
Em um certo momento o exemplo a seguir seria o México, até que a crise de 1994 – que os leitores não puderam entender, porque não lhes foi fornecida informações e analises concretos sobre a economia mexicana – terminou com essas ilusões. O primeiro país a assinar um Tratado de Livre Comércio com os EUA, ao invés de beneficiar-se desse suposto privilégio, era vítima dessa relação exclusiva.
Em seguida a Argentina ocupou esse lugar. Contava-se maravilhas sobre a política de paridade entre o dólar e o peso, até que a economia argentina implodiu de maneira espetacular em 2001/2002, provocando o maior retrocesso que o país viveu, revelando como a paridade era uma bomba de tempo, que finalmente terminou explodindo.
Um outro país que era muito citado como suposto modelo de neoliberalismo bem sucedido era a Coréia do Sul. Ao mesmo tempo não se davam as informações para que aquela referência pudesse ser controlada. A Coréia do Sul é um exemplo antineoliberal, em que o Estado teve sempre um papel muito importante, a ponto que a indústria automobilística é toda coreana e a metade dela é estatal. Bastaria isso para desmentir o uso que a imprensa fazia do caso coreano.
Ao mesmo tempo, as crises que detonavam os países antes considerados modelos eram sempre atribuídas a fatores conjunturais – Menem, Fujimori, PRI, Carlos Andrés Perez -, nunca ao esgotamento do modelo. Fôssemos depender da velha imprensa, não nos daríamos conta que foram surgindo governos de reação ao fracasso dos modelos neoliberais, que terminaram marcando toda a década recém terminada.
As editorias econômicas e principalmente os editoriais da velha mídia ainda não incorporaram o esgotamento do modelo neoliberal e o vigor dos modelos que os sucederam em tantos países da América Latina. A realidade avançou muito mais do que a capacidade das velhas cabeças dogmáticas pôde captá-la. Foi a imprensa alternativa, uma parte impressa, mas principalmente via internet, é que apontou para essas novas realidades e nos permite acompanhar esses processos inovadores.
Me lembro de ter perguntado a editor de um jornal paulista sobre o porquê disso e ele me respondeu que era porque não havia interesse dos leitores. Claro círculo vicioso: se produz uma internacional desinteressante e não se recebe demanda por maior empenho nos temas internacionais. Eu disse a ele que naquela semana o jornal que ele dirigia por herança familiar tinha publicado uma matéria muito interessante sobre a confissão de militares norteamericanos de que inflacionavam os sucessos durante os combates de uma guerra, para dar a impressão que estavam no bom caminho e assim obter mais recursos do governo e do Parlamento. Ele simplesmente não tinha lido.
Mas, ao dar pouca importância e espaço para a cobertura internacional, as publicações podem se valer dessa falta de informações para enganar os leitores, usando de forma equivocada exemplos de outros países. Basta dizer que aqui mesmo na América Latina a imprensa usou vários países em diferentes momentos, como “modelos” de neoliberalismo de sucesso.
Em um certo momento o exemplo a seguir seria o México, até que a crise de 1994 – que os leitores não puderam entender, porque não lhes foi fornecida informações e analises concretos sobre a economia mexicana – terminou com essas ilusões. O primeiro país a assinar um Tratado de Livre Comércio com os EUA, ao invés de beneficiar-se desse suposto privilégio, era vítima dessa relação exclusiva.
Em seguida a Argentina ocupou esse lugar. Contava-se maravilhas sobre a política de paridade entre o dólar e o peso, até que a economia argentina implodiu de maneira espetacular em 2001/2002, provocando o maior retrocesso que o país viveu, revelando como a paridade era uma bomba de tempo, que finalmente terminou explodindo.
Um outro país que era muito citado como suposto modelo de neoliberalismo bem sucedido era a Coréia do Sul. Ao mesmo tempo não se davam as informações para que aquela referência pudesse ser controlada. A Coréia do Sul é um exemplo antineoliberal, em que o Estado teve sempre um papel muito importante, a ponto que a indústria automobilística é toda coreana e a metade dela é estatal. Bastaria isso para desmentir o uso que a imprensa fazia do caso coreano.
Ao mesmo tempo, as crises que detonavam os países antes considerados modelos eram sempre atribuídas a fatores conjunturais – Menem, Fujimori, PRI, Carlos Andrés Perez -, nunca ao esgotamento do modelo. Fôssemos depender da velha imprensa, não nos daríamos conta que foram surgindo governos de reação ao fracasso dos modelos neoliberais, que terminaram marcando toda a década recém terminada.
As editorias econômicas e principalmente os editoriais da velha mídia ainda não incorporaram o esgotamento do modelo neoliberal e o vigor dos modelos que os sucederam em tantos países da América Latina. A realidade avançou muito mais do que a capacidade das velhas cabeças dogmáticas pôde captá-la. Foi a imprensa alternativa, uma parte impressa, mas principalmente via internet, é que apontou para essas novas realidades e nos permite acompanhar esses processos inovadores.
A CAPTURA DA ALEGRIA
"...O desfile das escolas de samba é uma criação popular, festa do povo. Durante muitos anos, o sambista é que chamava a atenção: Cartola, Paulo da Portela, Antenor Gargalhada. Hoje, o carnavalesco é que é o importante. A coisa é bonita, criativa, maravilhosa, mas perdeu a graça. O sambista sumiu... As escolas cresceram muito e o tempo de desfile não acompanhou. A multidão tem que andar depressa para não atrasar e perder pontos. Os compositores, o mestre de bateria, tiveram que acelerar o andamento. E o samba virou marcha... A dança, uma coisa tão linda, acabou. E o samba-enredo? Quem canta?' (Sergio Cabral;Valor) - (Carta Maior; Carnaval, 2011)
NOTÍCIAS DO DIA
Veja as manchetes dos principais jornais deste sábado.
* Jornais nacionais
Folha de S.Paulo
SP multa um motorista a cada cinco segundos
SP multa um motorista a cada cinco segundos
O Estado de S.Paulo
Em vídeo, pivô de escândalo dá dinheiro a filha de Roriz
Em vídeo, pivô de escândalo dá dinheiro a filha de Roriz
O Globo
"O Pibão foi bom, mas..."
"O Pibão foi bom, mas..."
Correio Braziliense
Vídeo ameaça mandato da filha de Roriz
Vídeo ameaça mandato da filha de Roriz
Estado de Minas
A conta chegou, a poupança sumiu
A conta chegou, a poupança sumiu
Diário do Nordeste
Festa começa no Ceará; destaque para Camocim
Festa começa no Ceará; destaque para Camocim
Zero Hora
Alegria no Porto Seco
Alegria no Porto Seco
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Clérigo radical continua enviando mensagens pelo YouTube
Clérigo radical continua enviando mensagens pelo YouTube
The Guardian (Reino Unido)
Principe Andrew recepcionou genro de ex-ditador tunisiano em palácio
Principe Andrew recepcionou genro de ex-ditador tunisiano em palácio
Le Monde (França)
Líbia chora e o Ocidente hesita
Líbia chora e o Ocidente hesita
China Daily (China)
Plano quinquenal revelado em sessão do congresso
Plano quinquenal revelado em sessão do congresso
El País (Espanha)
Zapatero aplica ao menos até julho a redução da velocidade para 110 km/h
Zapatero aplica ao menos até julho a redução da velocidade para 110 km/h
Clarín (Argentina)
Aerolíneas: sindicato rejeita intenção de privatização parcial
Aerolíneas: sindicato rejeita intenção de privatização parcial
OS 50 ANOS DO GOL DE PLACA
Hoje faz 50 anos que Pelé inspirou a criação da expressão gol de placa. Foi no sábado 5 de março de 1961, em jogo do Santos com o Fluminense, no Maracanã, pelo torneio Rio-São Paulo, que o Rei do futebol marcou o gol de placa.
Foi aos 40 minutos do primeiro tempo. O Santos já vencia (1 a 0), gol de Pepe, quando Pelé recebeu a bola do goleiro Laercio na entrada de sua própria área. Aí arrancou num pique sensacional. Os pontas Dorval e Pepe abriram espaço como se fossem receber a bola.
Pelé prosseguiu na arrancada. Coutinho, o grande parceiro das tabelinhas, também se deslocou e o espaço ficou ainda mais claro para o Rei, que driblou em linha reta Edmilson, Clóvis, Altair, Jair Marinho e Pinheiro. Na saída do goleiro Castilho, ele tocou a bola no canto esquerdo.
Foi no gol à direita da Tribuna de Honra. Pelé ainda só faria 20 anos em outubro, mas ganhou o presente com oito meses de antecedência: os torcedores do Fluminense se levantaram para homenageá-lo. Aplaudiram-no de pé, durante dois minutos! E todos os companheiros de time o abraçaram.
A Adeg – Administração dos Estádios da Guanabara -, hoje Suderj, mandou fazer uma placa de prata para colocar no Maracanã. Aí então nasceu a expressão gol de placa, graças ao gênio de Pelé, que, com muita propriedade, Waldir Amaral chamou de “o Deus de todos os estádios”.
Olten Ayres de Abreu, da Federação Paulista, foi o árbitro do jogo. Times:
Fluminense – Castilho, Jair Marinho, Pinheiro, Clóvis (Paulo) e Altair; Edmilson e Paulinho; Telê (Augusto), Valdo, Jaburu e Escurinho. Santos - Laercio, Fiotti, Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Mengálvio (Nei); Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe.
Pelé marcou dois gols e Pepe fez o terceiro. O gol do Fluminense foi de Jaburu, atacante que era do Olaria e depois foi negociado pelo empresário José da Gama com o FC Porto, então tetracampeão de Portugal.
Altair, o lateral-esquerdo do Fluminense, resumiu: “O negão era foda”.
sexta-feira, 4 de março de 2011
BLOG DO DENI MENEZES - O repóter de oito Copas do Mundo.
Bruno Meneghel, ex-Flamengo e Resende, marcou dois na goleada (6 a 0) de ontem à noite sobre o Trem (Amapá) e o Nautico será o adversário do Bangu na próxima fase da Copa do Brasdil.
Ronaldinho desfila no bloco Samba, Amor e Paixão, segunda-feira, saindo às 15 horas do Posto 5 na Barra da Tijuca. Antes, será o rei do Vermelho e Preto, o baile do Flamengo no Monte Líbano.
André Lima e Borges fizeram os gols da vitória (2 a 0) do Grêmio sobre o León Huánaco (Peru), ontem à noite, diante de 30 mil torcedores, no Estádio Olímpico pela Copa Libertadores.
Fernando Furlan, presidente do Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – não vai intervir nas negociações entre TVs e clubes pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro:
“Todos os acordos estão sendo bem cumpridos”.
Giovanni Luigi, presidente do Internacional de Porto Alegre, resumiu com sinceridade: “Não temos condições para fazer as obras do estádio com recursos próprios e não queremos comprometer as finanças do clube”. O valor inicial calculado de R$ 130 milhões já passou para mais de R$ 200 milhões.
JEFERSON, ÚNICO DO RIO, DE VOLTA
BLOG DO DENI MENEZES - O repórter de oito Copas do Mundo.
Jeferson não figurou na última convocação porque Mano Menezes só chamou para o amistoso com a França os jogadores que atuam na Europa. Na convocação de ontem, o goleiro do Botafogo voltou a ser o único jogador do Rio para o amistoso do dia 27, em Londres, com a Escócia.
“É mais uma prova de confiança e de reconhecimento do treinador, que aumenta minha motivação para continuar trabalhando ainda mais no clube” – disse ele, feliz, por estar na lista, junto com Julio Cesar, que deverá ser o titular, e Victor, do Grêmio.
Loco Abreu continuará fora do time na estreia da Taça Rio, amanhã, às 16 horas, com o Volta Redonda, no Engenhão. O atacante uruguaio está com inflamação no nervo ciático e o médico Luis Fernando Medeiros disse que não há motivo para apressar o retorno dele aos campos.
Joel Santana, um pouco mais aliviado depois da classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, em que o Botafogo jogará com o Paraná Clube, espera que os ânimos dos torcedores fiquem mais calmos. O técnico mostrou-se sensibilizado com a manifestação dos jogadores que correram para abraçá-lo na beira do campo, após a vitória nos pênaltis sobre o River Plate.
TAÇA RIO . . .
BLOG DO DENI MENEZES - O repórter de oito Copas do Mundo.
Catorze gols nos quatro jogos de ontem da abertura do segundo turno do Campeonato Carioca em que o vencedor conquista a Taça Rio e o direito de disputar a decisão do título de 2011 com o Flamengo, que ganhou o primeiro turno e ficou pela 19ª vez com a Taça Guanabara.
O Duque de Caxias foi o único que não aproveitou o mando de campo para vencer e esteve sempre atrás do placar no jogo com o Americano de Campos, no Estádio Los Larios, em Xerém. O Americano fez 1 a 0, gol de Eberson aos 14 e Somália empatou aos 41. No segundo tempo, Flávio Medina, aos 15, marcou o segundo do Americano, e Edson Dias, aos 42 minutos, estabeleceu o empate final. O jogo foi bem movimentado e a atuação do árbitro Rodrigo Castanheira foi boa.
O Boavista, vice-campeão da Taça Guanabara, iniciou com atuação segura a Taça Rio e teve em Tôni – autor de seus três gols – o destaque da vitória (3 a 1) sobre o Bangu, no Estádio Eucyr Resende, em Bacaxá, distrito de Saquarema. Tôni marcou aos 20 e aos 38 do primeiro tempo e aos 15 do segundo tempo. Só a três minutos do final, Pipico fez o gol do Bangu, amplamente dominado no jogo, bem apitado por Leonardo Cavaleiro.
O Madureira exerceu amplo domínio e mereceu a vitória (3 a 1) sobre o Nova Iguaçu, no Estádio Aniceto Moscoso, na Rua Conselheiro Galvão. Marcelo Ramos, de falta, aos 31, e Rodrigo aos 37 no primeiro tempo, e Michel fez 3 a 0 logo aos 4 do segundo tempo. O gol do Nova Iguaçu, que não repetiu as boas atuações do primeiro turno, foi de Maycon, de cabeça, aos 15 minutos. O jogo foi de bom nível técnico e teve atuação segura do árbitro Pathrice Maia.
O America, pior time do primeiro turno, começou bem a Taça Rio, depois de investir em quinze contratações com o objetivo de evitar novo rebaixamento. O jogo com a Cabofriense, segundo pior time da Taça Guanabara, foi definido no primeiro tempo com os gols de Ives aos 9 e Diguinho, de cabeça, aos 38 minutos. America 2 x 0 Cabofriense, bem apitado por André Rocha
TUNÍSIA, TUNISIANOS E TUNISINOS
PASQUALE CIPRO NETO
Para fazer referência a lugares que pouco frequentam o nosso dia a dia, é melhor não arriscar...
E NÃO É QUE algumas das muitas eternas ditaduras do mundo árabe começam a... Eu adoraria dizer "começam a cair", mas não é bem esse o caso. Por ora a coisa parece estar mais para a troca de seis por meia dúzia, mas, bem ou mal, já é um começo. É sempre muito difícil (ou impossível) mudar sistemas, mentes e, sobretudo, almas petrificadas.
Os espetaculares movimentos no mundo árabe levaram a imprensa para lá -nossos jornalistas também estão no "front". Os de rádio e TV muitas vezes precisam entrar ao vivo e aí... E aí de vez em quando o bicho pega. Não é fácil, por exemplo, ter de dizer, de bate-pronto, o gentílico da Tunísia ou do Iêmen. Dia desses, um querido e experiente jornalista empregou a forma "tunísios" (ou terá sido "tuníseos"?) para se referir aos habitantes da Tunísia.
Ninguém registra "tunísio". "Tuníseo" aparece no "Houaiss" como "relativo a Tunes (atual Túnis)".
Em tempos de grande ignorância geográfica (mundial, diga-se -a imprensa europeia, por exemplo, insiste em achar que o México fica na América Central ou que "carioca" é sinônimo de "brasileiro"; a brasileira acha que "portenho" é qualquer argentino), nomes como Túnis ou Tunísia, Suíça ou Suécia para muita gente soam como equivalentes.
Convém dizer logo que: a) Túnis é a capital da Tunísia; b) o gentílico de Tunísia é "tunisiano"; c) o de Túnis é "tunisino" (ou "tunesino").
Diz o "Houaiss" que no passado "Tunes" (depois "Túnis") se referia à cidade e ao país; a distinção entre o nome nacional e o nome urbano se deu no século 20. Como se vê, a raiz da confusão no emprego desses gentílicos vem de longe...
O fato é que usamos com alguma firmeza apenas os gentílicos mais conhecidos ou mais comuns. Para fazer referência a lugares que pouco frequentam o nosso dia a dia, é melhor não arriscar... Para isso existem as velhas e boas locuções adjetivas. Que tal, pois, dizer "o povo/os habitantes da Tunísia", por exemplo?
Quando usados com segurança, os gentílicos "exóticos" podem ser interessantes. Quer um bom exemplo? Lá vai: "ludovicense", um dos gentílicos da bela São Luís (o outro é "são-luisense", forma que, garantem os ludovicenses que conheço, é pouco usada na capital do Maranhão). O adjetivo "ludovicense" vem de "Ludovico", que, por sua vez, vem do alemão e se transformou em "Louis" (francês), Luís (português) etc. Aliás, como é mesmo o prenome do grande Beethoven?
Situação análoga à de "ludovicense" se dá com os gentílicos de Salvador ("salvadorense" e "soteropolitano"). O erudito (usado por muitos em Salvador) é "soteropolitano", derivado de "Soterópolis", que o "Aurélio" define como "helenização do nome da cidade de Salvador" ("helenização" é o "ato de helenizar", ou seja, "dar caráter grego").
Se você estranhou o sentido de "helenizar", lembro-lhe a letra de "Mulheres de Atenas", de Augusto Boal (sim, de Boal -a melodia é de Chico Buarque): "Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas / Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas / Quando eles se entopem de vinho / Costumam buscar o carinho / De outras falenas / Mas no fim da noite, aos pedaços / Quase sempre voltam pros braços / De suas pequenas / Helenas".
Por trás de muitos gentílicos "estranhos", quase sempre há uma volta ao latim ou ao grego. No Rio de Janeiro, há um famoso e frequentadíssimo bar cujo nome é "Bracarense". O que significa "bracarense"? Trata-se do gentílico de Braga, pequena e bela cidade do norte de Portugal (em latim, Braga é "Bracara"). Quem não gosta de "bracarense" pode usar "brácaro" ou (ufa!) "braguês" (ou "de Braga" mesmo). É isso.
Para fazer referência a lugares que pouco frequentam o nosso dia a dia, é melhor não arriscar...
E NÃO É QUE algumas das muitas eternas ditaduras do mundo árabe começam a... Eu adoraria dizer "começam a cair", mas não é bem esse o caso. Por ora a coisa parece estar mais para a troca de seis por meia dúzia, mas, bem ou mal, já é um começo. É sempre muito difícil (ou impossível) mudar sistemas, mentes e, sobretudo, almas petrificadas.
Os espetaculares movimentos no mundo árabe levaram a imprensa para lá -nossos jornalistas também estão no "front". Os de rádio e TV muitas vezes precisam entrar ao vivo e aí... E aí de vez em quando o bicho pega. Não é fácil, por exemplo, ter de dizer, de bate-pronto, o gentílico da Tunísia ou do Iêmen. Dia desses, um querido e experiente jornalista empregou a forma "tunísios" (ou terá sido "tuníseos"?) para se referir aos habitantes da Tunísia.
Ninguém registra "tunísio". "Tuníseo" aparece no "Houaiss" como "relativo a Tunes (atual Túnis)".
Em tempos de grande ignorância geográfica (mundial, diga-se -a imprensa europeia, por exemplo, insiste em achar que o México fica na América Central ou que "carioca" é sinônimo de "brasileiro"; a brasileira acha que "portenho" é qualquer argentino), nomes como Túnis ou Tunísia, Suíça ou Suécia para muita gente soam como equivalentes.
Convém dizer logo que: a) Túnis é a capital da Tunísia; b) o gentílico de Tunísia é "tunisiano"; c) o de Túnis é "tunisino" (ou "tunesino").
Diz o "Houaiss" que no passado "Tunes" (depois "Túnis") se referia à cidade e ao país; a distinção entre o nome nacional e o nome urbano se deu no século 20. Como se vê, a raiz da confusão no emprego desses gentílicos vem de longe...
O fato é que usamos com alguma firmeza apenas os gentílicos mais conhecidos ou mais comuns. Para fazer referência a lugares que pouco frequentam o nosso dia a dia, é melhor não arriscar... Para isso existem as velhas e boas locuções adjetivas. Que tal, pois, dizer "o povo/os habitantes da Tunísia", por exemplo?
Quando usados com segurança, os gentílicos "exóticos" podem ser interessantes. Quer um bom exemplo? Lá vai: "ludovicense", um dos gentílicos da bela São Luís (o outro é "são-luisense", forma que, garantem os ludovicenses que conheço, é pouco usada na capital do Maranhão). O adjetivo "ludovicense" vem de "Ludovico", que, por sua vez, vem do alemão e se transformou em "Louis" (francês), Luís (português) etc. Aliás, como é mesmo o prenome do grande Beethoven?
Situação análoga à de "ludovicense" se dá com os gentílicos de Salvador ("salvadorense" e "soteropolitano"). O erudito (usado por muitos em Salvador) é "soteropolitano", derivado de "Soterópolis", que o "Aurélio" define como "helenização do nome da cidade de Salvador" ("helenização" é o "ato de helenizar", ou seja, "dar caráter grego").
Se você estranhou o sentido de "helenizar", lembro-lhe a letra de "Mulheres de Atenas", de Augusto Boal (sim, de Boal -a melodia é de Chico Buarque): "Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas / Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas / Quando eles se entopem de vinho / Costumam buscar o carinho / De outras falenas / Mas no fim da noite, aos pedaços / Quase sempre voltam pros braços / De suas pequenas / Helenas".
Por trás de muitos gentílicos "estranhos", quase sempre há uma volta ao latim ou ao grego. No Rio de Janeiro, há um famoso e frequentadíssimo bar cujo nome é "Bracarense". O que significa "bracarense"? Trata-se do gentílico de Braga, pequena e bela cidade do norte de Portugal (em latim, Braga é "Bracara"). Quem não gosta de "bracarense" pode usar "brácaro" ou (ufa!) "braguês" (ou "de Braga" mesmo). É isso.
PARA NÃO ESTRAGAR A FESTA
ELIANE CANTANHÊDE
Com a posse do 11º ministro, Luiz Fux, num ato protocolar de 15 minutos, o Supremo Tribunal Federal voltou ontem a ter, digamos, lotação completa. Tem mais chances, assim, de se livrar de sucessivos e constrangedores empates em temas da maior relevância -e, às vezes, até de menor.
Mas, na posse, o constrangimento era outro, bem dissimulado: o fato de um réu do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ter sido eleito na véspera presidente justamente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a estratégica CCJ, "mãe das comissões".
A questão não é João Paulo em si. Ele pode ser ético, honesto, um cara boa praça e até vir a ser declarado inocente na maior lambança do governo Lula. A questão é que um réu num processo nada mais nada menos que no Supremo Tribunal Federal não pode nem deve presidir a CCJ. Não importa se João, José, Pedro ou Manuel.
O resultado é que o Supremo vai ter que conversar (o verbo "negociar" poderia gerar más interpretações) com um réu sobre temas complexos: o pacto republicano entre os três Poderes, que envolve a reforma do Judiciário, mais as reformas dos processos do Código Civil e do Código Penal. Sem falar em algo particularmente delicado: os vencimentos da magistratura e dos funcionários do Judiciário.
No sentido oposto, o Congresso também tem questões de seu interesse correndo no Supremo: a Lei da Ficha Limpa, a definição do salário mínimo por decreto ou não; se quem assume são os suplentes dos partidos ou os das coligações.
Um réu na CCJ é dessas coisas que ministros, demais autoridades dos três Poderes e ilustres da iniciativa privada não discutem abertamente entre uma taça de vinho e outra, um salgadinho e outro, até para não estragar a festa. Mas que paira sobre as relações entre Poderes e azeda ainda mais a imagem do Congresso, ninguém ali tinha a menor dúvida disso.
Com a posse do 11º ministro, Luiz Fux, num ato protocolar de 15 minutos, o Supremo Tribunal Federal voltou ontem a ter, digamos, lotação completa. Tem mais chances, assim, de se livrar de sucessivos e constrangedores empates em temas da maior relevância -e, às vezes, até de menor.
Mas, na posse, o constrangimento era outro, bem dissimulado: o fato de um réu do mensalão, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ter sido eleito na véspera presidente justamente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a estratégica CCJ, "mãe das comissões".
A questão não é João Paulo em si. Ele pode ser ético, honesto, um cara boa praça e até vir a ser declarado inocente na maior lambança do governo Lula. A questão é que um réu num processo nada mais nada menos que no Supremo Tribunal Federal não pode nem deve presidir a CCJ. Não importa se João, José, Pedro ou Manuel.
O resultado é que o Supremo vai ter que conversar (o verbo "negociar" poderia gerar más interpretações) com um réu sobre temas complexos: o pacto republicano entre os três Poderes, que envolve a reforma do Judiciário, mais as reformas dos processos do Código Civil e do Código Penal. Sem falar em algo particularmente delicado: os vencimentos da magistratura e dos funcionários do Judiciário.
No sentido oposto, o Congresso também tem questões de seu interesse correndo no Supremo: a Lei da Ficha Limpa, a definição do salário mínimo por decreto ou não; se quem assume são os suplentes dos partidos ou os das coligações.
Um réu na CCJ é dessas coisas que ministros, demais autoridades dos três Poderes e ilustres da iniciativa privada não discutem abertamente entre uma taça de vinho e outra, um salgadinho e outro, até para não estragar a festa. Mas que paira sobre as relações entre Poderes e azeda ainda mais a imagem do Congresso, ninguém ali tinha a menor dúvida disso.
BATICUM
XICO SÁ
Festa perdeu a beleza da gostosa normal.
É CARNAVAL, mas a festa da carne, de onde vem o sacroprofano nome, virou a orgia dos corpos artificiais. Deram um truque na lição de anatomia clássica.
Não se trata de uma queixa moralista, como fizemos, de modo conservador, quando surgiram as primeiras criaturas siliconadas da nova era.
Cada um esculpe a massa corporal à modinha do seu espelho narcisista, não é mesmo? Assim ficamos democraticamente combinados.
O que pega é outro ponto. Como faz falta, durante a farra erótica, aquela imagem das carnes femininas balançando diante das câmeras! A carne das gostosas normais.
Os novos corpos, por mais que as cabrochas sejam exímias dançarinas, não seguem o ritmo do samba. É tudo muito duro, como nos travestis.
Seja o recurso naturalíssimo do músculo trabalhado obsessivamente nas academias de ginástica ou a manjada beleza industrial do silicone, o Carnaval fica nos devendo a fartura da carne mais feminina e, se possível, trêmula.
Roberto Carlos, homenageado neste ano com o samba enredo da escola Beija-Flor, também faz coro a esta nossa queixa. Fã de uma moça renascentista, ele defende, com outras palavras, a nossa causa.
"Gosto de me encostar/ Nesse seu decote quando te abraço/ De ter onde pegar/ Nessa maciez enquanto te amasso", canta o Rei no tributo às moças que fogem ao padrão em voga.
Outro mestre na arte de observar as mulheres, o ilustrador José Luiz Benício, autor dos melhores cartazes da pornochanchada brasileira, entra também nesse coro.
"O que acontece é que hoje em dia as mulheres estão masculinizadas. Elas estão ficando fortes, perdendo aquelas curvas", disse Benício em entrevista ao portal UOL. "Um processo que, a meu ver, está ligado à competição com os homens em todas as áreas."
Mais gostosura dentro da suposta normalidade e menos alta definição plástica. Que ressurja a mulher de carne macia, a mulher-comfort. Enfim, pelo "destravecamento" da fêmea. Assim no Carnaval como no expediente normal da vida.
É CARNAVAL, mas a festa da carne, de onde vem o sacroprofano nome, virou a orgia dos corpos artificiais. Deram um truque na lição de anatomia clássica.
Não se trata de uma queixa moralista, como fizemos, de modo conservador, quando surgiram as primeiras criaturas siliconadas da nova era.
Cada um esculpe a massa corporal à modinha do seu espelho narcisista, não é mesmo? Assim ficamos democraticamente combinados.
O que pega é outro ponto. Como faz falta, durante a farra erótica, aquela imagem das carnes femininas balançando diante das câmeras! A carne das gostosas normais.
Os novos corpos, por mais que as cabrochas sejam exímias dançarinas, não seguem o ritmo do samba. É tudo muito duro, como nos travestis.
Seja o recurso naturalíssimo do músculo trabalhado obsessivamente nas academias de ginástica ou a manjada beleza industrial do silicone, o Carnaval fica nos devendo a fartura da carne mais feminina e, se possível, trêmula.
Roberto Carlos, homenageado neste ano com o samba enredo da escola Beija-Flor, também faz coro a esta nossa queixa. Fã de uma moça renascentista, ele defende, com outras palavras, a nossa causa.
"Gosto de me encostar/ Nesse seu decote quando te abraço/ De ter onde pegar/ Nessa maciez enquanto te amasso", canta o Rei no tributo às moças que fogem ao padrão em voga.
Outro mestre na arte de observar as mulheres, o ilustrador José Luiz Benício, autor dos melhores cartazes da pornochanchada brasileira, entra também nesse coro.
"O que acontece é que hoje em dia as mulheres estão masculinizadas. Elas estão ficando fortes, perdendo aquelas curvas", disse Benício em entrevista ao portal UOL. "Um processo que, a meu ver, está ligado à competição com os homens em todas as áreas."
Mais gostosura dentro da suposta normalidade e menos alta definição plástica. Que ressurja a mulher de carne macia, a mulher-comfort. Enfim, pelo "destravecamento" da fêmea. Assim no Carnaval como no expediente normal da vida.
CORTE E COSTURA, REMENDOS
A imprensa insiste em colocar na cabeça daquele que espera construir sua casa, que os cortes atingiram minha casa, minha vida. Dilma Rousseff deixou bem claro que a única coisa que houve para este setor que vai ser depositado no Ministério da Cidades verba, no final de março, devido a burocracia.
A presidenta Dilma Rousseff já afirmou por várias vezes que para este setor da construção de casas não haverá cortes.
A SETIMA ECONOMIA DO MUNDO
PIB cresce 7,5% e Brasil vira 7ª economia.
Alta é a maior desde 1985, após queda em 2009; cenário é de desaceleração, com estimativas abaixo de 4% em 2011.
Analistas apostam em crédito mais caro com prazos mais curtos; mercado de trabalho continua aquecido.
PEDRO SOARES.
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 7,5% em 2010, maior taxa desde 1985, o que alçou a economia do país à posição de sétima maior do mundo.
Entre as grandes nações ricas e emergentes, a expansão brasileira só perdeu para as registradas por China e Índia no ano passado.
Mas essa é uma fotografia do passado: desde o segundo semestre, o cenário é de desaceleração e algumas projeções já indicam uma expansão abaixo de 4% em 2011.
Parte do crescimento de 2010 se deveu ainda à fraca base de comparação de 2009, quando o PIB, deprimido pela crise, caiu 0,6%. Difícil será expandir a economia neste ano sobre o elevado crescimento do ano passado e num cenário de aperto das políticas monetária e fiscal para conter a inflação crescente.
Diante disso, analistas revisam projeções. A LCA estima uma expansão de 3,6%, e a Tendências, 3,9%. As expectativas mais correntes no mercado indicavam 4,5%.
Se confirmadas as projeções, o resultado de 2011 poderá ficar pouco abaixo do crescimento médio do PIB nos oito anos de governo Lula: 4%. No período FHC, a taxa média ficou em 2,3%.
Nos dados do último trimestre de 2010, a freada ficou clara na indústria, que caiu 0,3% ante o terceiro trimestre. O PIB, nessa comparação, cresceu 0,7%, puxado pelo consumo das famílias e seu reflexo nos serviços.
A desaceleração se manterá no primeiro trimestre, prevê Thaíz Marzola Zara, economista da Rosenberg & Associados. E tende a se intensificar na indústria por conta do câmbio favorável às importações -que contam negativamente no PIB.
"Boa parte do consumo será suprida por importados."
Para a economista, as medidas do Banco Central de restrição do crédito (com prazo menores e de juros mais altos) já começaram "a esfriar a economia".
"O mercado de trabalho continua aquecido, mas o crédito vai encarecer e os prazos de financiamento já estão mais curtos", diz Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria.
Para Roberto Olinto, coordenador de Contas Nacionais do IBGE, o crescimento de 2010 foi ditado justamente pela expansão do crédito (que o BC quer frear agora), da renda e do emprego, embora ele reconheça a ajuda da fraca base de 2009.
Juntos, diz, impulsionaram consumo e investimento. Até abril de 2010, segundo ele, os incentivos fiscais para a compra de veículos e eletrodomésticos com IPI reduzido também ajudaram.
Esses fatores, afirma, explicam o bom desempenho, em 2010, de setores como construção civil (11,4%), intermediação financeira (11,4%) e comércio (7,5%). A indústria cresceu 10,1% graças, principalmente, à base de comparação mais fraca de 2009, ao crédito e às medidas de estímulo do início do ano.
"O ano passado teve crescimento muito bom, mas incompatível com o potencial de expansão atual da economia brasileira", diz Zara.
Alta é a maior desde 1985, após queda em 2009; cenário é de desaceleração, com estimativas abaixo de 4% em 2011.
Analistas apostam em crédito mais caro com prazos mais curtos; mercado de trabalho continua aquecido.
PEDRO SOARES.
O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil cresceu 7,5% em 2010, maior taxa desde 1985, o que alçou a economia do país à posição de sétima maior do mundo.
Entre as grandes nações ricas e emergentes, a expansão brasileira só perdeu para as registradas por China e Índia no ano passado.
Mas essa é uma fotografia do passado: desde o segundo semestre, o cenário é de desaceleração e algumas projeções já indicam uma expansão abaixo de 4% em 2011.
Parte do crescimento de 2010 se deveu ainda à fraca base de comparação de 2009, quando o PIB, deprimido pela crise, caiu 0,6%. Difícil será expandir a economia neste ano sobre o elevado crescimento do ano passado e num cenário de aperto das políticas monetária e fiscal para conter a inflação crescente.
Diante disso, analistas revisam projeções. A LCA estima uma expansão de 3,6%, e a Tendências, 3,9%. As expectativas mais correntes no mercado indicavam 4,5%.
Se confirmadas as projeções, o resultado de 2011 poderá ficar pouco abaixo do crescimento médio do PIB nos oito anos de governo Lula: 4%. No período FHC, a taxa média ficou em 2,3%.
Nos dados do último trimestre de 2010, a freada ficou clara na indústria, que caiu 0,3% ante o terceiro trimestre. O PIB, nessa comparação, cresceu 0,7%, puxado pelo consumo das famílias e seu reflexo nos serviços.
A desaceleração se manterá no primeiro trimestre, prevê Thaíz Marzola Zara, economista da Rosenberg & Associados. E tende a se intensificar na indústria por conta do câmbio favorável às importações -que contam negativamente no PIB.
"Boa parte do consumo será suprida por importados."
Para a economista, as medidas do Banco Central de restrição do crédito (com prazo menores e de juros mais altos) já começaram "a esfriar a economia".
"O mercado de trabalho continua aquecido, mas o crédito vai encarecer e os prazos de financiamento já estão mais curtos", diz Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria.
Para Roberto Olinto, coordenador de Contas Nacionais do IBGE, o crescimento de 2010 foi ditado justamente pela expansão do crédito (que o BC quer frear agora), da renda e do emprego, embora ele reconheça a ajuda da fraca base de 2009.
Juntos, diz, impulsionaram consumo e investimento. Até abril de 2010, segundo ele, os incentivos fiscais para a compra de veículos e eletrodomésticos com IPI reduzido também ajudaram.
Esses fatores, afirma, explicam o bom desempenho, em 2010, de setores como construção civil (11,4%), intermediação financeira (11,4%) e comércio (7,5%). A indústria cresceu 10,1% graças, principalmente, à base de comparação mais fraca de 2009, ao crédito e às medidas de estímulo do início do ano.
"O ano passado teve crescimento muito bom, mas incompatível com o potencial de expansão atual da economia brasileira", diz Zara.
BRASIL JÁ TEM 7º PIB DO MUNDO
O Produto Interno Bruto (soma das riquezas nacionais) do Brasil cresceu 7,5% em 2010, a maior taxa desde 1985. O resultado tornou o país a sétima economia do mundo, superando a Itália. Desde o segundo semestre, porém, o país pisou no freio; projeções apontam índice abaixo de 4% em 2011. Para evitar a alta da inflação, os juros vêm subindo e o governo anuncia intenção de gastar menos, medidas que reduzem o crescimento.
NOTÍCIAS DO DIA
Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira
* Jornais nacionais.
Folha de S.Paulo
Brasil já tem o 7º PIB do mundo
Brasil já tem o 7º PIB do mundo
Agora S.Paulo
Casa própria de até R$ 170 mil já tem juros mais baixos
Casa própria de até R$ 170 mil já tem juros mais baixos
O Estado de S.Paulo
Consumo faz PIB recorde desde 86
Consumo faz PIB recorde desde 86
O Globo
O PIB de 7,5% em 2010
O PIB de 7,5% em 2010
Valor Econômico
Ibama tem 1.675 processos na gaveta
Ibama tem 1.675 processos na gaveta
Correio Braziliense
Após recorde no PIB, Dilma segura consumo
Após recorde no PIB, Dilma segura consumo
Estado de Minas
Este Pibão dá samba
Este Pibão dá samba
Diário do Nordeste
Quadrilha fecha cidade e rouba banco no Interior
Quadrilha fecha cidade e rouba banco no Interior
Zero Hora
Órgãos de trânsito anunciam mais rigor no uso do bafômetro
Órgãos de trânsito anunciam mais rigor no uso do bafômetro
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Terror silencia capital líbia enquanto rebeldes lutam no leste
Terror silencia capital líbia enquanto rebeldes lutam no leste
The Guardian (Reino Unido)
Diretor da LSE se demite após escândalo de ligação com Gaddafi
Diretor da LSE se demite após escândalo de ligação com Gaddafi
Le Monde (França)
Gaddafi contra-ataca no campo e na imprensa
Gaddafi contra-ataca no campo e na imprensa
China Daily (China)
Aumento do diálogo com a população
Aumento do diálogo com a população
El País (Espanha)
Ameaça de inflação complica crise na Espanha
Ameaça de inflação complica crise na Espanha
Clarín (Argentina)
EUA falam em grande aumento do consumo de cocaína no país.
EUA falam em grande aumento do consumo de cocaína no país.
O QUE O IBGE MOSTRA E A ORTODOXIA DESPREZA
Menos de 24 horas depois de o BC elevar a taxa de juro para 11,75% -- medida profilática para desaquecer a economia e conter ‘pressões inflacionárias' decorrentes do descompasso entre oferta e demanda ,explicam os consultores dos mercados financeiros-- o IBGE divulgou dados do PIB de 2010. O confronto entre os sinais emitidos pela economia real e a decisão do BC deveria inspirar, no mínimo, alguma reflexão em círculos saltitantes, dentro e fora do governo, unidos pela ciranda-cirandinha do ‘corta-corta'. Vejamos:
a) o PIB brasileiro cresceu 7,5% no ano passado em relação a 2009; b) a retomada em 2010, todavia, não se mostrou apenas vigorosa na recuperação do tempo perdido: ela foi sobretudo notável na sua consistência; c) o crescimento do PIB foi puxado, com folgada dianteira, pela formação bruta de capital que registrou um crescimento histórico de 21,8% ; d) mas foi principalmente a produção de máquinas e equipamentos que impulsionou esse salto na agregação de capacidade produtiva: o avanço nesse segmento atingiu 30,5% em 2010 (havia caído 13,1% no ano anterior); e) sim, a expansão do consumo também foi robusta. Puxada por ganhos reais de salário e maior disponibilidade de crédito, subiu 7% no ano. As grandezas, porém, são eloquentes: o investimento em estruturas e máquinas para promover a ampliação da oferta está crescendo a uma velocidade três vezes superior à da demanda corrente. Diante desse desenho, o que faz o jogral ortodoxo? Esquece-o para destacar os 'desequilíbrios' observados no último trimestre de 2010, quando, de fato, o consumo cresceu quatro vezes mais que a média da economia e a taxa de investimento retrocedeu. Nenhuma chance à possibilidade de ser um hiato em que o entusiasmo natalino do consumidor se descolou do freio empresarial, compreensível este, à véspera de um novo governo. Não. Vaticina-se o caos, somente mitigável à base de longa e virulenta dieta de 'pão e água', leia-se, menos investimentos públicos, mais juros. Assim se torna uma profecia auto-realizável. (Carta Maior; 6º feira-, 04/03/2011)
a) o PIB brasileiro cresceu 7,5% no ano passado em relação a 2009; b) a retomada em 2010, todavia, não se mostrou apenas vigorosa na recuperação do tempo perdido: ela foi sobretudo notável na sua consistência; c) o crescimento do PIB foi puxado, com folgada dianteira, pela formação bruta de capital que registrou um crescimento histórico de 21,8% ; d) mas foi principalmente a produção de máquinas e equipamentos que impulsionou esse salto na agregação de capacidade produtiva: o avanço nesse segmento atingiu 30,5% em 2010 (havia caído 13,1% no ano anterior); e) sim, a expansão do consumo também foi robusta. Puxada por ganhos reais de salário e maior disponibilidade de crédito, subiu 7% no ano. As grandezas, porém, são eloquentes: o investimento em estruturas e máquinas para promover a ampliação da oferta está crescendo a uma velocidade três vezes superior à da demanda corrente. Diante desse desenho, o que faz o jogral ortodoxo? Esquece-o para destacar os 'desequilíbrios' observados no último trimestre de 2010, quando, de fato, o consumo cresceu quatro vezes mais que a média da economia e a taxa de investimento retrocedeu. Nenhuma chance à possibilidade de ser um hiato em que o entusiasmo natalino do consumidor se descolou do freio empresarial, compreensível este, à véspera de um novo governo. Não. Vaticina-se o caos, somente mitigável à base de longa e virulenta dieta de 'pão e água', leia-se, menos investimentos públicos, mais juros. Assim se torna uma profecia auto-realizável. (Carta Maior; 6º feira-, 04/03/2011)
quinta-feira, 3 de março de 2011
UM LEXOTAN DE R$ 7,5 BILHÕES AOS MERCADOS
Reunião do Copom desta 4º feira serviu um 'lexotan' de R$ 7,5 bilhões aos mercado financeiros, com mais uma alta de 0,5 ponto na taxa básica de juro do país. O valor equivale a quase quatro vezes o gasto previsto com o reajuste do Bolsa Família, anunciado no dia anterior, que deixou os 'mercados nervosos' embora beneficie 50 milhões de brasileiros mais pobres. Desde 19 de janeiro, o BC já elevou em 1 ponto a taxa de juros, agora fixada em 11,75% a mais alta do mundo. Significa que em apenas 41 dias, houve uma transferência de R$ 15 bilhões em recursos fiscais dos cofres públicos aos rentistas detentores da dívida interna. Em 2010, foram pagos, no total, R$ 190 bilhões em juros. O que diz a mídia sobre essa 'gastança' desenfreada? (Carta Maior; 5º feira-, 03/03/2011)
NOTÍCIAS DO DIA
O governo Gaddafi intensificou o contra-ataque para se manter no poder na Líbia. Caças bombardearam Brega, cidade tomada pelos rebeldes no leste do país, num quadro de virtual guerra civil. A oposição resiste. O ditador disse na TV que a Líbia terá uma guerra sangrenta. "Milhares e milhares irão morrer se EUA ou Otan interferirem." Ele afirmou que vai "enfiar os dedos nos olhos" de quem duvida da soberania do país.
NOTÍCIAS DO DIA
Veja as manchetes dos principais jornais desta quinta-feira.
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Pilotos se negam a atacar e Kadafi sofre nova derrota
Pilotos se negam a atacar e Kadafi sofre nova derrota
O Globo
BC aumenta os juros pela 2ª vez no governo Dilma
BC aumenta os juros pela 2ª vez no governo Dilma
Valor Econômico
Dilma adota estratégia de exportação para o pré-sal
Dilma adota estratégia de exportação para o pré-sal
Correio Braziliense
Governos apelam para comissionados
Governos apelam para comissionados
Estado de Minas
Prostituição, drogas e morte na Afonso Pena
Prostituição, drogas e morte na Afonso Pena
Diário do Nordeste
Folia com mais segurança
Folia com mais segurança
Zero Hora
Na mira da Justiça
Na mira da Justiça
Brasil Econômico
Gás na bacia de santos encosta no volume importado da Bolívia
Gás na bacia de santos encosta no volume importado da Bolívia
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Extremistas suspeitos de assassinar ministro paquistanês
Extremistas suspeitos de assassinar ministro paquistanês
The Guardian (Reino Unido)
Será este o início de uma guerra civil?
Será este o início de uma guerra civil?
Le Monde (França)
Imigração: diante da esperança árabe, o medo europeu
Imigração: diante da esperança árabe, o medo europeu
El País (Espanha)
Governo alega que "ETA é motor e parte atuante do Sortu"
Governo alega que "ETA é motor e parte atuante do Sortu"
Clarín (Argentina)
Corte ordena ao Estado que não exagere na publicidade oficial.
Corte ordena ao Estado que não exagere na publicidade oficial.
quarta-feira, 2 de março de 2011
ABL: Merval x Antonio Torres
2 de março de 2011 por Dacio Malta Deu na ‘Folha’:
“O jornalista Merval Pereira, 61, e o escritor Antônio Torres, 70, vão disputar a vaga do escritor gaúcho Moacyr Scliar na Academia Brasileira de Letras. As candidaturas foram apresentadas ontem, após sessão em homenagem a Scliar, morto no domingo.
Nos próximos 60 dias, a ABL receberá inscrições para a vaga. O nome mais cotado era o do poeta Ferreira Gullar, colunista da Folha, mas ele desistiu ontem pela manhã, alegando razões pessoais.
Pereira é colunista de “O Globo” e autor de “O Lulismo no Poder” (Editora Record). Torres é romancista, autor de “Balada da Infância Perdida” (Nova Fronteira)”.
“O jornalista Merval Pereira, 61, e o escritor Antônio Torres, 70, vão disputar a vaga do escritor gaúcho Moacyr Scliar na Academia Brasileira de Letras. As candidaturas foram apresentadas ontem, após sessão em homenagem a Scliar, morto no domingo.
Nos próximos 60 dias, a ABL receberá inscrições para a vaga. O nome mais cotado era o do poeta Ferreira Gullar, colunista da Folha, mas ele desistiu ontem pela manhã, alegando razões pessoais.
Pereira é colunista de “O Globo” e autor de “O Lulismo no Poder” (Editora Record). Torres é romancista, autor de “Balada da Infância Perdida” (Nova Fronteira)”.
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http://youpode.com.br/blog/alguemmedisse/2011/03/02/de-ruibarbosaedu-para-dilmagov/
2 de março de 2011 por Dacio Malta Élio Gaspari*
Estimada Presidenta, o que a senhora quer fazer com a Casa de Rui, nome dado hoje ao que foi a Vila Maria Augusta, onde vivi de 1895 a 1923, é um caso de filhotismo republicano. Daqui, sei de tudo. O professor Emir Sader pleiteava o Ministério da Cultura. Perdido para d. Ana de Hollanda, acomodaram-no na ubre desse animal multimâmio que ora se chama governo. Coube-lhe a direção da casa que leva meu nome e cuida tanto de uma humilde memória, como do nosso idioma. Essa não foi a primeira escolha da ministra, nem escolha dela foi.
Eu nada poderia dizer de Sader, pois, assim como pouco deve saber a meu respeito, pouco sei dele. Numa entrevista, o professor anunciou o propósito de transformar a Casa de Rui num centro de debates. Consiga um exemplar do livro “Rui Barbosa em Perspectiva”, de Rejane de Almeida Magalhães e Marta de Senna, e a senhora verá como sacudi este Brasil fazendo conferências. Aceitei convite até do Abrigo dos Filhos do Povo, na Bahia.
Debates fazem bem ao país e está aqui o Raymundo Faoro dizendo-me que nossa última restauração democrática deveu mais ao Café-Teatro Casa Grande, no Leblon, do que à Casa de Rui.
Creio que ele tem razão. Cada coisa no seu lugar. Não é próprio querer transformar um café-teatro num centro de pesquisas, nem um centro de pesquisas em café-teatro.
A Casa de Rui conserva minhas roseiras, meus 35 mil livros e outros 100 mil que foram acrescentados à biblioteca. Guarda acervos preciosos, como o do Plinio Doyle e o de Afonso Arinos, que ainda não foi catalogado. Chamemo-la torre de marfim. Que o seja. Essa instituição custou R$ 28 milhões no ano passado e tem 184 servidores (87 dos quais terceirizados).
Ela prepara a edição das crônicas de Carlos Drummond de Andrade, cuida da minha obra e atualiza o vocabulário de português medieval, trabalho internacionalmente reconhecido. Ademais, estimula a pesquisa literária e, neste ano, ampara 18 monografias. No dia 15, discutiremos um livro que trata das palavras usadas para designar as moradas das gentes, coisas como bairro, condomínio, apartamento, comunidade ou periferia.
É esse patrimônio que corre risco numa reciclagem para café-teatro. Debates, fazem-se em espaços públicos. Pesquisas, em centros de estudo. Aviso-lhe que um terço do quadro de pesquisadores da casa poderá se aposentar. Balance o arbusto e lá se irão as flores.
Em 2007, a casa organizou um seminário sobre o filósofo francês Jean-Paul Sartre e convidou o professor Fernando Henrique Cardoso que, ainda jovem, o acompanhou na visita que fez a Araraquara. O ex-presidente não pôde comparecer, mas enviou o texto de sua palestra. Houve um protesto contra o convite. De quem? Do professor Sader.
Ele diz que pretende levar para a casa a discussão do “Brasil para todos”. Meu receio é que esse Brasil seja o dele ou, quem sabe, o vosso. A instituição que funciona no que foi a vila de minha amada Maria Augusta pode ser de valia para estudarmos a obra de Clarice Lispector ou a correspondência de João Cabral de Melo Neto.
Sua utilidade para “pensar os limites, as contradições e os potenciais” do aparelho teórico do poder de hoje é apenas física, imobiliária. Na magnífica construção do deputado Romário, peço-lhe: “Inclua-me fora dessa”.
Do seu patrício,
Rui
*Elio Gaspari é jornalista.
Estimada Presidenta, o que a senhora quer fazer com a Casa de Rui, nome dado hoje ao que foi a Vila Maria Augusta, onde vivi de 1895 a 1923, é um caso de filhotismo republicano. Daqui, sei de tudo. O professor Emir Sader pleiteava o Ministério da Cultura. Perdido para d. Ana de Hollanda, acomodaram-no na ubre desse animal multimâmio que ora se chama governo. Coube-lhe a direção da casa que leva meu nome e cuida tanto de uma humilde memória, como do nosso idioma. Essa não foi a primeira escolha da ministra, nem escolha dela foi.
Eu nada poderia dizer de Sader, pois, assim como pouco deve saber a meu respeito, pouco sei dele. Numa entrevista, o professor anunciou o propósito de transformar a Casa de Rui num centro de debates. Consiga um exemplar do livro “Rui Barbosa em Perspectiva”, de Rejane de Almeida Magalhães e Marta de Senna, e a senhora verá como sacudi este Brasil fazendo conferências. Aceitei convite até do Abrigo dos Filhos do Povo, na Bahia.
Debates fazem bem ao país e está aqui o Raymundo Faoro dizendo-me que nossa última restauração democrática deveu mais ao Café-Teatro Casa Grande, no Leblon, do que à Casa de Rui.
Creio que ele tem razão. Cada coisa no seu lugar. Não é próprio querer transformar um café-teatro num centro de pesquisas, nem um centro de pesquisas em café-teatro.
A Casa de Rui conserva minhas roseiras, meus 35 mil livros e outros 100 mil que foram acrescentados à biblioteca. Guarda acervos preciosos, como o do Plinio Doyle e o de Afonso Arinos, que ainda não foi catalogado. Chamemo-la torre de marfim. Que o seja. Essa instituição custou R$ 28 milhões no ano passado e tem 184 servidores (87 dos quais terceirizados).
Ela prepara a edição das crônicas de Carlos Drummond de Andrade, cuida da minha obra e atualiza o vocabulário de português medieval, trabalho internacionalmente reconhecido. Ademais, estimula a pesquisa literária e, neste ano, ampara 18 monografias. No dia 15, discutiremos um livro que trata das palavras usadas para designar as moradas das gentes, coisas como bairro, condomínio, apartamento, comunidade ou periferia.
É esse patrimônio que corre risco numa reciclagem para café-teatro. Debates, fazem-se em espaços públicos. Pesquisas, em centros de estudo. Aviso-lhe que um terço do quadro de pesquisadores da casa poderá se aposentar. Balance o arbusto e lá se irão as flores.
Em 2007, a casa organizou um seminário sobre o filósofo francês Jean-Paul Sartre e convidou o professor Fernando Henrique Cardoso que, ainda jovem, o acompanhou na visita que fez a Araraquara. O ex-presidente não pôde comparecer, mas enviou o texto de sua palestra. Houve um protesto contra o convite. De quem? Do professor Sader.
Ele diz que pretende levar para a casa a discussão do “Brasil para todos”. Meu receio é que esse Brasil seja o dele ou, quem sabe, o vosso. A instituição que funciona no que foi a vila de minha amada Maria Augusta pode ser de valia para estudarmos a obra de Clarice Lispector ou a correspondência de João Cabral de Melo Neto.
Sua utilidade para “pensar os limites, as contradições e os potenciais” do aparelho teórico do poder de hoje é apenas física, imobiliária. Na magnífica construção do deputado Romário, peço-lhe: “Inclua-me fora dessa”.
Do seu patrício,
Rui
*Elio Gaspari é jornalista.
Zico foi homenageado ontem na festa dos 446 anos do Rio pela Sociedade dos Amigos da Rua da Carioca.
Francisco Alves, juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, notificou a CBF determinando a revogação da portaria sobre o título de 87 em que reconhece Flamengo e Sport campeões brasileiros.
Jorginho, ex-auxiliar de Dunga na seleção, será apresentado amanhã em Florianópolis como novo técnico do Figueirense.
Dodô, 36 anos, ex-Botafogo e Vasco, dispensado por indisciplina pela Portuguesa. Ele ofendeu o técnico e desrespeitou os companheiros ao ser substituído no jogo com o Bragantino.
Paulo Cesar Oliveira, árbitro paulista, teve grande atuação ontem à noite em Godoy Cruz 1 x 3 Peñarol pela Copa Libertadores.
Mozer, zagueiro do Flamengo, campeão mundial em 81, não consegue tirar o Naval da lanterna do Campeonato Português. O time que ele dirige não saiu do 0 a 0, em casa, com o Sporting de Braga, em jogo horroroso.
Messi, melhor do mundo, artilheiro do Barcelona, líder na Espanha, também deu uma de modelo e apresentou ontem a nova camisa que a seleção argentina estreará na Copa America, de 3 a 24 de julho.
Francisco Alves, juiz da 2ª Vara da Justiça Federal, notificou a CBF determinando a revogação da portaria sobre o título de 87 em que reconhece Flamengo e Sport campeões brasileiros.
Jorginho, ex-auxiliar de Dunga na seleção, será apresentado amanhã em Florianópolis como novo técnico do Figueirense.
Dodô, 36 anos, ex-Botafogo e Vasco, dispensado por indisciplina pela Portuguesa. Ele ofendeu o técnico e desrespeitou os companheiros ao ser substituído no jogo com o Bragantino.
Paulo Cesar Oliveira, árbitro paulista, teve grande atuação ontem à noite em Godoy Cruz 1 x 3 Peñarol pela Copa Libertadores.
Mozer, zagueiro do Flamengo, campeão mundial em 81, não consegue tirar o Naval da lanterna do Campeonato Português. O time que ele dirige não saiu do 0 a 0, em casa, com o Sporting de Braga, em jogo horroroso.
Messi, melhor do mundo, artilheiro do Barcelona, líder na Espanha, também deu uma de modelo e apresentou ontem a nova camisa que a seleção argentina estreará na Copa America, de 3 a 24 de julho.
SERÁ PRECISO SUPERAR A TENSÃO
Joel Santana desabafou ontem diante de tanta pressão pela vitória por dois gols que o Botafogo precisa no jogo de hoje com o River Plate para continuar na Copa do Brasil: “Será preciso superar a tensão. Se jogar com tranquilidade, ganha e tira esse peso das nossas costas”. O técnico fez declarações mais fortes com relação ao momento em que se encontra:
“Estou preocupado com a classificação para a próxima fase porque a Copa do Brasil é um dos nossos objetivos no ano”.
“Não estou preocupado com a minha situação. Estou no Botafogo porque sou bem tratado por todos e tenho idealismo”.
“No dia que tiver que sair, saio e deixo a porta encostada e depois volto. São 71 jogos e só 11 derrotas, oito vezes campeão carioca, duas no Botafogo. Não preciso provar mais nada a ninguém”.
O Botafogo não terá hoje o atacante Loco Abreu, que completou ontem cinco dias seguidos sem treinar com bola, em virtude de dores lombares. Caio será o substituto. O time também não contará ainda com a volta do meio-campo Marcelo Matos, em tratamento de problema no dorso do pé. O River Plate manterá a escalação do jogo que ganhou (1 a 0) em Aracaju.
Botafogo - Jeferson, Alessandro, Antonio Carlos, Marcio Rosário e Marcio Azevedo; Rodrigo Mancha, Bruno, Everton e Renato Cajá; Caio e Herrera.River Plate - Max, Glauber, Valdson, Wallace, Bebeto e Pedrinho; Bruno Ramos, Fernando Pilar e Eder; Bebeto Oliveira e Bibi. Árbitro - Emerson de Almeida Ferreira, da Federação Mineira.
O Botafogo precisa ganhar por dois gols para se classificar. O River Plate se classifica com empate. Se o Botafogo vencer por 1 a 0 a decisão será nos pênaltis. O vencedor de Botafogo x River Plate jogará na próxima fase da Copa do Brasil com o Paraná Clube, que eliminou o Gurupi (Tocantins) por 1 a 0 e 3 a 1.
Mais três cariocas - Flamengo eliminou o Muricy (Alagoas) e jogará com o Fortaleza, que eliminou o Fast (Amazonas). O Vasco eliminou o Comercial (Mato Grosso do Sul) e jogará com o vencedor de hoje em Natal: ABC x Barras (Piauí). No primeiro jogo, 1 a 1. E o Bangu, que eliminou a Portuguesa (São Paulo) jogará com o vencedor de amanhã em Recife: Nautico x Trem (Amapá), que ganhou (2 a 1) o primeiro jogo em Macapá.
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