sábado, 3 de dezembro de 2011

Retrato da incompetência
Enquanto o ministro da Aviação Civil discursava anunciando a abertura do terminal para o dia 20 deste mês, o mesmo terminal de Cumbica a que ele se referia e em construção, desabou. Para a edificação em caráter de emergência, foram despendidos 86 milhões, 15 a mais, sem o regime de emergência.
A Dilma ameaçou a Construtora Delta, responsável pela obra, de que se não aprontasse até o mês de dezembro, a empresa seria considerada inidônea, a ameaça foi proferida em julho deste ano.
Só para se ter uma idéia da irresponsabilidade, o TCU detectou várias irregularidades nessa obra e só não apontou ou glosou as irregularidades para não atrasar a construção. Tudo, confirmando o mal governo a que estamos submetidos.
Preponderando a incompetência.
Procurador federal ensina índios a extorquir
"Numa série de seis vídeos gravados em aldeias da etnia Xikrin, da Terra Indígena Trincheira Bacajá, no Pará, o procurador da República Felício Pontes orienta os índios a exigir mais dinheiro da Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina de Belo Monte, informa reportagem de Agnaldo Brito publicada na Folha deste sábado." A que ponto chegou a falta de caráter dos homens públicos desse País. Um procurador da República ensina aos índios como extorquir uma empresa que presta serviços ao Brasil. Isso é o cúmulo da falta de vergonha e desonestidade. Será que ainda existe alguma entidade séria dentro desse Governo nefasto? Existirá alguma autoridade com bastante vergonha na cara para exercer seu papel corretamente? Está cada vez mais difícil isto acontecer.
PSB: Eduardo Campos de novo na presidência
O 12º Congresso do Partido Socialista Brasileiro, deverá reconduzir o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos à presidência do partido. Com um governo cheio de méritos em seu Estado natal, Eduardo Campos já sonha com a Presidência da República em 2014. Se se candidatar comprará uma briga feia com seus atuais aliados da quadrilha de Lula. Segundo declarou, sua aliança com o PT é apenas político e não eleitoral. "Nossa aliança não é eleitoral. É política, baseada num projeto que deu certo. Se esse projeto não tivesse sido executado, hoje o Brasil estaria enfrentando a crise econômica de uma forma traumática." Vamos ver isso depois das próximas eleições para prefeito.

DRUMMONDIANDO NO BRASILEIRÃO . . .

OH !!! SENHOR . . .

Que raio de Justiça é essa?
STF manda soltar advogado que molestou sua filha de 18 anos, seu filho e outros parentes; Justiça carioca manda soltar viúva que mandou matar marido para ficar com o prêmio da mega-sena; todos os bêbados que atropelaram e mataram adultos e crianças estão no olho da rua. Será que nenhum criminoso fica preso nessa cloaca miserável chamada Brasil? Gilmar Mendes se sensibilizou com a prisão do meliante que molestou sua filha, seu filho e outros parentes e mandou que ele fosse detido em estado-maior, ou seja, numa sala (não cela) especial por ser um advogado e pertencer a um sindicato de Bauru, além de pertencer a uma família de classe média alta daquela cidade. Pelo visto, logo estaremos fazendo "justiça" com as próprias mãos porque, se for esperar por essa imundície...
Estado de saúde do ex-jogador Sócrates é grave
Internado às pressas no Hospital Einstein, em São Paulo, por causa de uma infecção intestinal após refeição no restaurante de um hotel de São Paulo. Sócrates, sua esposa e um amigo passaram mal logo após a refeição. O estado de Sócrates agravou-se durante a madrugada devido ao seu estado de saúde delicado por causa da cirrose hepática que o acometeu há alguns anos. Ele permanece na UTI do Albert Einstein e seu estado é bastante grave, segundo o último boletim daquele hospital. Melhoras para o grande corintiano às véspera de mais uma decisão de seu time do coração.

UMA NOVELA DE HORROR

Por Carlos Chagas.
Carlos Lupi foi beneficiado por uma suposta precipitação da Comissão de Ética, pois a presidente Dilma tomou conhecimento pela imprensa da recomendação para exonerá-lo. Por isso  a chefe do governo   não o demitiu na quinta-feira, porque  lhe será impossível  provar a inexistência de dupla contratação pela Câmara dos Deputados e pela Câmara de Vereadores do Rio. O acúmulo praticado no passado constitui crime.
É provável que segunda-feira Lupi deixará de ser ministro, mas garantir, ninguém garante. Essa novela de horror arrasta-se há um mês,  com capítulos dignos de ser assinados pelo Conde Drácula.
O PDT, como irá recuperar-se da evidência de haver participado de ONGs fajutas para receber dinheiro por serviços não prestados? De que maneira o partido se livrará da acusação de haver, no ministério do Trabalho, favorecido a Força Sindical e desprezado a CUT?  Nem se fala das manifestações de sua Executiva, solidarizando-se com  um ministro comprovadamente flagrado em irregularidades.
O que dizer da Comissão de Ética, que terá apressado seu parecer pela demissão de Lupi a pedido de um ministro com gabinete no palácio do Planalto? Seus integrantes surpreenderam a presidente Dilma conscientemente? Como reagiram quando surpreendidos por ela, que pediu para demonstrarem porque recomendaram a exoneração do ministro? Vão entregar os cargos, sentindo-se ofendidos? Por que empurraram a crise com a barriga, anunciando que se reunirão apenas em janeiro para cumprir a determinação presidencial?
Quanto à própria Dilma, será apenas para não aparecer como pautada pela mídia que protela a decisão final de despachar Lupi? Não se sustenta o argumento de que iria aguardar a reforma de janeiro  para  poder tirar o PDT do Trabalho. Tem prerrogativas para substituir ministros e ministérios o ano inteiro, sempre que quiser. Age assim para não desagradar o ex–presidente Lula, defensor da permanência do ministro? Ou ainda acredita que o seu ministro do Trabalho ainda poderá dar respostas satisfatórias   a tantas acusações?  Nenhum desses argumentos convence. Mais cedo ou  mais tarde ela precisará explicar, e não vai ser fácil.  Mesmo não tendo chegado ao povão, o desgaste  do governo e de sua chefe é evidente.
Sobre Carlos Lupi, pior fica a situação. Flagrado em malfeitos variados, faltou-lhe pudor para demitir-se.  Passou da arrogância à humildade e agora cultiva o silêncio, mas como deixar de perceber que perdeu todas as condições para continuar ministro?
Em suma, sai todo mundo mal. Sem esquecer quantos se aproveitam da situação para agressões descabidas contra a presidente, tentando tirar proveito político ou simplesmente expondo egos abomináveis. Fica o exemplo para quando alguém for montar um ministério:  não deve  aceitar nenhuma indicação do antecessor...
PREVISÕES.
É conhecida mas merece ser repetida a história da visita que o então governador Magalhães Pinto fez à vidente  dona Maria do Correio, em Araxá.  Estava acompanhado de José Aparecido de Oliveira, José Sarney,  Otto Lara Resende e Fernando Sabino. Famosa por suas previsões, dona Maria às vezes exprimia-se por gestos. Aparecido, como bom secretário do governador, então candidatíssimo à presidência da República, perguntou à velha senhora  quem, dentre eles, chegaria ao palácio do Planalto.  Sem titubear, ela apontou o dedo indicador para José Sarney, então jovem deputado quase desconhecido. Certo de que a vidente não estava enxergando bem, Aparecido repetiu a pergunta e a indicação foi a  mesma.  Mais uma vez, outra, o Zé de Todos os Amigos chegou a empurrar o dedo de dona Maria na direção de Magalhães mas ele voltava sempre para Sarney.  Foram embora, constrangidos. O futuro presidente mais do que todos, já que era incansável partidário da candidatura do governador.
Por que se conta o episódio? Porque dona Maria do Correio  já foi para o céu,  mas um dia desses, no Senado, uma  cigana aproximou-se de um grupinho onde estavam Roberto Requião, Pedro Simon, Jarbas Vasconcelos, Aécio Neves, Francisco Dornelles e  Demóstenes Torres.   Alguém perguntou  se entre eles estava um futuro presidente da República e ela, sem titubear, segurfou a mão de Demóstenes.

COMO ASSIM ??


A IMPORTÂNCIA DO DIPLOMA

Por Carlos Chagas
O diploma de médico limita a liberdade de tratamento da saúde do cidadão? Pelo contrário, dirão todos. O diploma para o exercício da medicina defende a sociedade da ação de curandeiros. Por que o diploma de jornalista limitaria a liberdade de manifestação de pensamento e de opinião?
Felizmente, apenas sete senadores acharam assim, já que 65 votaram em primeiro turno a emenda constitucional que exige o diploma para o exercício do jornalismo. Decisão que em momento algum esbarra na liberdade de expressão. Até porque, qualquer pessoa pode manifestar-se através dos meios de comunicação. Apenas, para exercer o jornalismo, voltará a exigência do diploma, inesperadamente extinta por infeliz decisão do Supremo Tribunal Federal, em 2009.
Se o dom de escrever pode nascer com o indivíduo, ou ser por ele aprimorado, nada impedirá que se desenvolva o escritor, com todas as prerrogativas de valer-se da mídia para sua exposição. Será colaborador. Ser jornalista não é nem melhor nem pior do que ser escritor. É apenas diferente, na medida em que, para exercer sua profissão, o jornalista deve capacitar-se de mil outras atividades: editar, diagramar, selecionar, apresentar, tanto na mídia impressa quanto na eletrônica, além de dispor de conhecimentos ordenados de História, Política, Economia, Geografia, Filosofia, Ética, Legislação e quantas outras parcelas do saber? Será nas faculdades de jornalismo que o candidato irá adquirir esses conhecimentos, tornando-se natural que, selecionado e preparado, faça jus ao diploma.
Adianta pouco raciocinar como raros senadores que criticaram o ensino do jornalismo, excedendo-se até ao afirmar que as faculdades formam analfabetos. Não é assim, bastaria que tivessem freqüentado a universidade, mas ainda que fosse, seria o caso de tirar o sofá da sala para evitar o adultério, como na velha piada? Se os cursos vão mal, e alguns certamente vão, que se os aprimore. Que se acabe com os diplomas PP – isto é, pagou, passou, tão freqüentes na área do Direito. Mas que não se torne o ensino superior de jornalismo desnecessário e supérfluo, porque esse argumento parte essencialmente dos maus patrões, aqueles que pretendem fazer da notícia um trampolim para a concretização de seus interesses. Para eles, melhor ter nas redações jornalistas contratados por seus dons de sabujismo do que jovens que na universidade aprenderam dever toda notícia ser precisa, honesta e verdadeira. Mais ainda, que o diploma lhes dá dignidade para exigir melhores condições de trabalho, melhores salários e, acima de tudo, dignidade.
A batalha será longa, pelo restabelecimento do diploma, ainda que o Senado tenha dado excepcional demonstração de coragem e discernimento. Não faltarão, é claro, vozes poderosas a protestar do alto das ilusões de controlar a opinião pública. Não controlam.
NÃO DÁ MAIS
Aguardava-se para ontem a sugestão de Dilma Rousseff para que Carlos Lupi entregasse o ministério do Trabalho. A viagem da presidente à Venezuela poderá ter protelado o inevitável, ainda que nas próximas horas, mesmo sem recomendações, o ministro possa ter caído em si e precipitado a exoneração “a pedido”. O fato é que não dá mais para Lupi continuar, menos por viagens em jatinhos de donos de ONGs fajutas ou cargos acumulados ilegalmente, mais por falsos contratos celebrados com correligionários do PDT. A Comissão de Ética Pública da presidência da República não deixou alternativa quando propôs a Dilma a demissão do ministro. Mantê-lo tornou-se inaceitável.
GREVE INADMISSÍVEL
Juízes do Trabalho e juízes federais fizeram greve de 24 horas, em sinal de protesto por seus ditos baixos vencimentos. Começa que não é bem assim, pois o piso inicial de suas carreiras é de 21 mil reais por mês. Depois, porque rejeitaram a expressão “greve”, trocando-a por paralisação. Em 18 estados os funcionários do Judiciário estão paralisados.
Convenhamos, é demais. Certas carreiras, entre elas as chamadas “de estado” deveriam ser proibidas de fazer greve. Desde 1988 que o Congresso empurra com a barriga a regulamentação das greves no serviço público, certamente para não desagradar categorias especiais. Por conta disso as polícias civis estaduais vivem em greve. A moda vem pegando entre os magistrados e se não houver uma decisão do Legislativo, estarão as instituições em frangalhos. Só falta mesmo deputados e senadores declararem-se em greve. Ou será que já não estão?
UNS E OUTROS
Houve tempo em que os vice-presidentes da República eram também presidentes do Senado e do Congresso, mesmo sem mandato parlamentar. Foi durante a vigência da Constituição de 1946. Tinham gabinete no velho palácio Monroe, enquanto o Rio foi capital. A partir de 1964 José Maria Alckmin, feito filho enjeitado, não ocupou uma vez sequer a presidência exercida por Castello Branco. Muito menos presidiu o Senado, ficando até sem gabinete ou carro oficial. Com a Constituição de 1967 e depois de uma tertúlia entre o vice Pedro Aleixo e o senador Auro de Moura Andrade, ficou clara a separação entre os poderes. Os vices passaram a ter gabinete no palácio do Planalto, mas os militares evitavam despachar nas instalações presidenciais, quando das suas viagens. Aureliano Chaves foi a exceção, tendo em vista duas longas temporadas de ausência de João Figueiredo,por doença. Com Sarney, que já era vice de Tancredo, Paes de Andrade exerceu por treze vezes a presidência, preferindo a pompa do terceiro andar da sede do governo. Já Itamar Franco ficou em seu gabinete, nas vezes em que substituiu Fernando Collor, só assumindo o gabinete presidencial quando o sucedeu. De lá para cá, também Marco Maciel, José Alencar e agora Michel Temer optaram pela humildade: não sentaram na cadeira que foi de Fernando Henrique, do Lula e agora de Dilma.
Pois não é que Marco Maia, presidente da Câmara, terceiro na linha sucessória, substitui hoje e amanhã a presidente Dilma, e vai ocupar o gabinete dela?
Governo diminui distância entre aviões para evitar caos de fim de ano
A Secretaria de Aviação Civil da Presidência divulgou na sexta (2) as medidas que serão tomadas para frear o caos aéreo do final de ano. Uma delas será a diminuição do espaço entre as aeronaves no espaço aéreo. Desta forma, a expectativa é aumentar 47% da capacidade nas principais regiões do país (Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e região Sul). Em março, a medida será adotada também nos destinos da Amazônia e do Nordeste. "O aeroporto Kennedy, [em Nova York, nos EUA], já opera com esse padrão de três milhas, e outros aeroportos do mundo operam com 2,5 milhas, com absoluta segurança”, explicou o presidente da Infraero, Gustavo do Valle.
Governo examina fusão de nove ministérios
Na reforma ministerial prevista para o início do ano, as maiores apostas em Brasília são a fusão do Ministério da Agricultura com a Secretaria de Aqüicultura e Pesca, o da Previdência com o do Trabalho e se espera também que os ministérios da Educação e da Cultura voltem a ser um só, como no velho MEC. A maioria desses ministério perdeu relevância, por isso a idéia é otimizar a gestão e cortar despesa.
Três em um; Direitos Humanos, de Políticas para Mulheres e de Igualdade Racial podem ser fundidos em um só ou incorporados ao Ministério da Justiça.
Sem trabalho

Achaques à parte, o ministério do Trabalho foi reduzido à divulgação dos estudos mensais de empregabilidade, a cargos do IBGE.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

EURO - 2.012 . . .

Espanha e Itália caem no mesmo grupo da Euro-2012; Portugal pega pedreiras.
Espanha e Itália caíram no mesmo grupo da Euro-2012, que será disputada na Polônia e Ucrânia. No sorteio realizado nesta sexta-feira, a atual campeã mundial e e a vencedora da Copa de 2006, respectivamente, ainda enfrentarão Irlanda e Croácia pelo Grupo C.
Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress

No Grupo D, outros dois campeões mundiais vão se enfrentar: França e Inglaterra, que ainda terão Ucrânia e Suécia.
O Grupo A acabou sendo o mais fraco com Polônia, Grécia, Rússia e República Tcheca.
Já o Grupo B promete ser o mais disputado com Holanda, Dinamarca, Alemanha e Portugal.
A Euro vai começar no dia 8 de junho de 2012 com o jogo da Polônia contra a Grécia, em Varsóvia. A decisão será 1 de julho, em Kiev.
Os dois primeiros países de cada chave avançam para as quartas de final.
Kai Pfaffenbach/Reuters
Detalhe da bola "Tango 12" que será usada na Eurocopa da Polônia e Ucrânia
Detalhe da bola "Tango 12" que será usada na Eurocopa da Polônia e Ucrânia.

Essa é a última vez que a Eurocopa será disputada com 16 seleções. A partir de 2016, serão 24 times.
TANGO
A bola oficial da Eurocopa do ano que vem será chamada de "Tango 12".
Kai Pfaffenbach/Reuters
Zinedine Zidane (dir.) gesticula ao lado do ex-jogador holandês Marco Van Basten (esq.)
Zinedine Zidane (dir.) gesticula ao lado do ex-jogador holandês Marco Van Basten (esq.)

"Ela foi fabricada levando em conta as exigências do nosso tempo e os desejos dos jogadores. É um marco revolucionário", disse o presidente da Adidas, empresa responsável pela criação do produto, Herbert Hainer.
O nome "Tango" remete ao modelo utilizado pela primeira vez em 1978, na Copa do Mundo da Argentina, foi utilizada também no Mundial da Espanha (1982), além das Eurocopas da Itália (1980), França (1984) e Alemanha (1988).
PS.: Dinheiro pra isso tem né? Como sempre só o 'povão' é quem se ferra!

LESA-PÁTRIA

A idéia do Governo de disponibilizar dinheiro do País para o FMI, notadamente para ajudar no suporte a Europa, seria um crime de Lesa-Pátria.
As carências no Brasil são gritantes, quando no final do Governo Lula só víamos reportagens dando conta do caos no Hospital de Base de Brasília, bem as portas do Palácio do Planalto.
Em outra reportagem vimos amontoados de casas de palifitas, com esgoto a céu aberto e ratos, em localidade proxima a Santos-SP.
Hoje os ditos esquerdistas estão no Governo. São os mesmos que no passado atacavam os que eles chamam de direitistas e neo-liberais.
Nunca esses dois últimos segmentos agiram com tanta irresponsabilidade, como os de hoje no Poder.
Vai sobrar
Senhores querem ver o que vai acontecer com a Comissão de Ética sugeriu a demissão do Lupilantra, vai sobrar para a relatora sra. Marilia Maricy, é o velho chavão que acorda só arrebenta no lado do mais fraco.
Entre sujos e mal-lavados
Vejam como é triste a situação de um chapa-branca quando tem de escolher entre a gula, a arrogância e a prepotência dos senadores sujos da facção PT e a roubalheira, a corrupção e a safadeza dos senadores mal-lavados da facção PMDB. E como sempre anda na contra-mão da ética, da moral e dos bons costumes, ainda cita, como bom exemplo, o senador peemedebista mais sujo do que pau de galinheiro, Romero “Frangonorte” Jucá, operoso em esquemas fraudulentos, vigilante dos cofres públicos, leal aos desonestos e competente na arte da safadeza.
"Quando leio no jornal que "cabe recurso", no Brasil há lei para tudo, até lei para fazer com que a lei não funcione".
Tem meu apoio.
Sem comparação
Em uma facção criminosa estamos sempre lendo em jornais ou televisão que se o subordinado não seguir o líder do bando vai para a vala. Nesta facção que comanda o pais a quadrilheira chefe ordena e todos cagam na cabeça da dita cuja.
Deputado Romário
Não vai comentar nada a respeito do Ronaldo se juntar com a quadrilha da CBF?
Brasil é condenado na OEA por crime de racismo...
Inédito!
O Brasil sofreu uma sanção pelo crime de racismo, onde aqui a vítima teve descaso e o marasmo desse lixo de justiça, como cidadão sinto-me feliz pela tão valiosa sentença, e ao mesmo tempo envergonhado em saber que as pessoas tem que buscar lá fora os seus direitos, é prova que o nosso STF, STJ não passa de um amontoado de lixo!
República dos Irmãos Gomes
O Cara aprendeu direitinho com o irmão mais velho, que vergonha para o povo que elege um crápula deste para governar um estado.
O atirador Carlos Lupi
Se preparem quando Carlos Lupi deixar o governo. Ele não vai atirar com o dedo indicador direito. Vai atirar com a boca e vai sair muita sujeira. Como ele leu o manual sobre o Grupo dos Onze e é especialista nessa área, não ficará calado e o escândalo será bem maior em relação de tudo o que fez de errado na Ministério do Trabalho.
Aquela peça teatral apresentado na televisão, SAI DE BAIXO, estará de volta.
PMDB sairá do governo se Jucá perder liderança
O PMDB decidiu reagir, numa tentativa barrar nova investida de parlamentares do Partido dos Trabalhadores para tirar do senador Romero Jucá (RR) o cargo de Líder do Governo, espaço considerado precioso pelo partido. O senador Renan Calheiros (AL), líder do PMDB no Senado, foi taxativo a esta coluna: “Se o PT conseguir tirar o senador Romero Jucá da liderança, o partido estará fora do governo”.
Escreveu, não leu...

A briga PT x PMDB pela liderança do governo Dilma pode explicar a decisão do senador José Sarney de pôr a Emenda 29 para votar.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

De pleno acordo, Morvam.


"Quem sai ao seus não degenera ou regenera" E a rede globo sempre terá a cara do famigerado Roberto Marinho.

"Que Deus o tenha nos quintos do inferno".

Todos os seus filhos e asseclas, sempre tiveram sintonia afiada com o seu caratér, e será sempre assim.

As mudanças se fazem necessária em função da perda de receita atual e muito mais pelo que eles estão vislumbrando num futuro não muito distante.

UM BOM EMPREGO NA SIBÉRIA

Por Rodrigo Vianna, em O Escrevinhador.
A Globo confirma a saída de Fátima Bernardes do “JN”.
No lugar dela deve entrar Patrícia Poeta – atual apresentadora do “Fantástico”.
Fiz hoje pela manhã – no twitter e no facebook – algumas observações sobre a troca; observações que agora procurarei consolidar nesse post. Vejo que há leitores absolutamente céticos: “ah, essa troca não quer dizer nada”. Até um colunista de TV do UOL, aparentemente mal infomado, disse o mesmo. Discordo.
Primeiro ponto: a Patrícia Poeta é mulher de Amauri Soares. Nem todo mundo sabe, mas Amauri foi diretor da Globo/São Paulo nos anos 90. Em parceria com Evandro Carlos de Andrade (então diretor geral de jornalismo), comandou a tentativa de renovação do jornalismo global.
Acompanhei isso de perto, trabalhei sob comando de Amauri. A Globo precisava se livrar do estigma (merecido) de manipulação – que vinha da ditadura, da tentativa de derrubar Brizola em 82, da cobertura lamentável das Diretas-Já em 84 (comício em São Paulo foi noticiado no “JN” como “festa pelo aniversário da cidade”), da manipulação do debate Collor-Lula em 89.
Amauri fez um trabalho muito bom. Havia liberdade pra trabalhar. Sou testemunha disso. Com a morte de Evandro, um rapaz que viera do jornal “O Globo”, chamado Ali Kamel, ganhou poder na TV. Em pouco tempo, derrubou Amauri da praça São Paulo.
Patrícia Poeta no “JN” significa que Kamel está (um pouco) mais fraco.
E que Amauri recupera espaço. Se Amauri voltar a mandar pra valer na Globo, Kamel talvez consiga um bom emprego no escritório da Globo na Sibéria, ou pode escrever sobre racismo, instalado em Veneza ao lado do amigo (dele) Diogo Mainardi.
Conheço detalhes de uma conversa entre Amauri e Kamel, ocorrida em 2002, e que revelo agora em primeira mão. Amauri ligou a Kamel (chefe no Rio), pra reclamar que matérias de denúncias contra o governo, produzidas em São Paulo, não entravam no “JN”. Kamel respondeu: “a Globo está fragilizada economicamente, Amauri; não é hora de comprar briga com ninguém”. Amauri respondeu: “mas eu tenho um cartaz, com uma frase do Evandro aqui na minha sala, que diz – Não temos amigos pra proteger, nem inimigos para perseguir”. Sabem qual foi a resposta de Kamel? “Amaury, o Evandro está morto”.
Era a senha. Algumas semanas depois, Amauri foi derrubado.
Kamel foi o ideólogo da “retomada consevadora” na Globo durante os anos Lula. Amauri foi “exilado” num cargo em Nova Yorque. Patrícia Poeta partiu com ele. Os dois aproveitaram a fase de “baixa” pra fazer “do limão uma limonada”. Sobre isso, o Marco Aurélio escreveu, no “Doladodelá”.
Alguns anos depois, Amauri voltou ao Brasil para coordenar projetos especiais; Patrícia Poeta foi encaixada no “Fantástico”. Só que Amauri e Kamel não se falavam. Tenho informação segura de que, ainda hoje, quando se cruzam nos corredores do Jardim Botânico, os dois se ignoram. Quando são obrigados a sentar na mesma mesa, em almoços da direção, não dirigem a palavra um ao outro. Amauri sabe como Kamel tramou para derrubá-lo.
Pois bem. Já há alguns meses, logo depois da eleição de 2010, recebemos a informação de que Ali Kamel estava perdendo poder. Claro, manteria o cargo e o status de diretor, até porque prestou serviços à família Marinho – que pode ser acusada de muita coisa, mas não de ingratidão.
Otavio Florisbal, diretor geral da Globo, deu uma entrevista ao UOL no primeiro semestre de 2011 dizendo que a Globo não falava direito para a classe C (o Brasil do lulismo). Por isso, trocou apresentadores tidos como “elitistas” (Renato Machado saiu pra dar lugar ao ótimo Chico Pinheiro – aliás, também amigo de Amauri).
A Globo do Kamel não serve mais.
Lembremos que, desde o começo do governo Lula, a Globo de Kamel implicava com o “Bolsa-Família”. Kamel é um ideólogo conservador. Por isso, nós o chamávamos de “Ratzinger” na Globo. É contra quotas nas universidades, acha que racismo não existe no Brasil. Botou a Globo na oposição raivosa, promoveu a manipulação de 2006 na reeleição de Lula (por não concordar com isso, eu e mais três ou quatro colegas fomos expurgados da Globo em 2006/2007). E promoveu a inesquecível cobertura da “bolinha de papel” em 2010 – botando o perito Molina no “JN”. Nas reuniões internas do “comitê” global, ao lado de Merval Pereira, tentava convencer os irmãos Marinho dos “perigos” do lulismo.
Lula sabe o que Kamel aprontou. Tanto que no debate do segundo turno, em 2006, nem cumprimentou Kamel quando o viu no estúdio da Globo. Isso me contou uma amiga que estava lá.
Os irmãos Marinho parecem ter percebido que Kamel os enganou. O lulismo, em vez de perigo, mudou o Brasil pra melhor. Mais que isso: a Globo agora precisa de Dilma para enfrentar as teles, que chegam com muito dinheiro e apetite para disputar o mercado de comunicação. Kamel já não serve para os novos tempos. Assim como os “pitbulls” Diogo Mainardi e Mario Sabino não servem para a “Veja”.
Dilma buscou os donos da mídia, passada a eleição, e propôs a “normalização” de relações. O governo seguiu apanhando, na área “ética” – é verdade. O que não atrapalha a imagem de Dilma. Há quem veja na tal “faxina” um jogo combinado entre a presidenta e os donos da mídia. Será? Dilma tiraria as “denúncias” de letra (o custo ficaria para Lula e os aliados). Do outro lado, os “pitbulls” perderiam terreno na mídia. É a tal “normalização”. Considero um erro estratégico de Dilma. Mas quem sou eu pra achar alguma coisa. O fato é que a estratégia hoje é essa!
Patricia Poeta no “JN” parece indicar que a “normalização” passa por Ali Kamel longe do dia-a-dia na Globo (ele ainda tenta manobrar aqui e ali, mas já sem a mesma desenvoltura). Isso pode ser bom para o Brasil.
A clareza e a exatidão da professora Conceição Tavares são sempre impressionantes. Importantíssima a observação feita com relação à descentralização da saúde e da educação, que tem levado ambos os setores a um estado temerário (Não bastasse a conhecida ineficiência, ouve-se falar de tanta roubalheira nas prefeituras, principalmente as do interior... Revoltante demais).
Educação e saúde precisam de planejamento, sistematização e fiscalização.
Quanto a esse último aspecto, pergunta-se: quem é que dá conta de fiscalizar mais de 5.000 prefeituras?
O país está perdendo tempo preciosíssimo com o atual andamento das coisas no âmbito da educação básica e secundária.
Pré-Sal deve financiar fundo de educação, defende economista.
Em entrevista exclusiva à Carta Maior, a economista Maria da Conceição Tavares defende que o dinheiro do petróleo das reservas do pré-sal seja investido num fundo destinado à Educação e Saúde, mas desde que o governo federal seja o gestor dessas políticas. Ela propõe ainda uma revisão do generoso municipalismo instituído pela Constituição de 1988. "Veja o que os municípios que ganharam royalties fizeram com o dinheiro. Nada", afirma Conceição que participou de um seminário promovido pelas fundações de PT, PCdoB, PSB e PDT.
José Luís Fiori
A miséria do 'novo desenvolvimentismo'Na América Latina e na Ásia, governos desenvolvimentistas sempre utilizaram políticas ortodoxas, segundo as circunstâncias, e o inverso também se pode dizer de muitos governos europeus ou norte-americanos ultra-liberais ou conservadores que utilizaram políticas econômicas de corte keynesiano ou heterodoxo.
** 33 presidentes definem em Caracas, nesta 6ª feira, as atribuições da CELAC, a nova Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos
** iniciativa de Lula e Chávez,sem a participação dos EUA, a CELAC nasce para ser um contraponto de soberania à velha OEA, mero instrumento de política imperial norte-americana
** Em 48 hs, Brasil corta juros, anuncia isenções ao consumo e incentivo ao investimento produtivo
** governo Dilma avalia como muito grave a crise mundial e  reage com redução de imposto para atrair  investimento externo de longo prazo, via debêntures e ações
** Fazenda também diminui drasticamente IPI sobre consumo de bens da  'linha branca **BC  faz o 3º corte seguido na Selic

MARIA DA CONCEIÇÃO

 'JURO NO BRASIL SÓ SERVE AO RENTISTA. PODE BAIXAR O TANTO QUE QUISER' - "Pode baixar os juros o tanto que você quiser. O juro não é para a poupança, mas para a especulação e para o rentismo. A poupança é para os pobres. Não é possível manter uma taxa de juros tão disparatada quanto a nossa.Assim é impraticável. Uma maneira de combater o déficit público é baixar os juros. Praticamente todo o déficit do Brasil é com juros. Nós temos superávit primário. O déficit nominal é todo resultante de juros. Tem que baixar" (Maria da Conceição Tavares; em entrevista a Maria Inês Nassif; nesta pág) (Carta Maior; 5ª feira; 01/12/ 2011)
 

CADÊ O BARQUIM

ELITES AINDA MANDAM

Me parece que essas duas só queriam auto-promoção e o tiro saiu pela culatra.
Mas se alguem querer criar uma alternativa de ESQUERDA DE FATO, vai fracassar, visto que no Brasil as ELITES DOMINANTES ainda mandam, NÃO FOSSE ASSIM, a redução da taxa SELIC ontem teia sido de pelo menos 1.%a.a., e a mistura de alcool na gasolina já estaria em no máxmo 15% e até meados de 2012 teriamos uma gasolina PURA.
Mas infelismente as ELITES AINDA MANDAM.
O discurso histérico de Heloisa Helena e o discurso empolado de Marina não agradam o povo brasileiro.  Quem ouve Marina falar só entende se tiver ínstrução superior. Ela não fala a linguagem do povo.
O discurso é articulado é bem verdade.
Mas não é acessível.
Heloisa Helena só sabe berrar!
Mais uma vez, uma análise muito clara de duas figuras que se deram mal por causa do individualismo e do oportunismo.
Danem-se!

Os fracassos de Heloísa Helena e de Marina.



Duas candidaturas que poderiam levar à construção de forças alternativas no campo da esquerda fracassaram. Não pela votação que tiveram, mas justamente pela forma como a obtiveram, não puderam acumular forças para poder construir uma força própria. Erros similares levaram a desfechos semelhantes.
Lançaram-se como se fossem representantes de projetos alternativos, diante do que caracterizavam como abandono desse caminho por parte do PT e do governo Lula ou, no caso, especificamente da Marina, de não contemplar as questões ecológicas. Ambas tiveram em comum, seja no primeiro turno, seja no segundo, a definição de uma equidistância entre Lula e Alckmin, no caso de HH, entre Dilma e Serra, no caso da Marina.
Foi um elemento fundamental para que conquistassem as graças da direita – da velha mídia, em particular – e liquidassem qualquer possibilidade de construir uma alternativa no campo da esquerda. Era uma postura oportunista, no caso de HH, alegando que Lula era uma continuação direta de FHC; no caso da Marina, de que já não valeriam os termos de direita e esquerda.
O fracasso não esteve na votação – expressiva , nos dois casos – mas na incapacidade de dar continuidade à campanha com construção de forças minimamente coerentes. Para isso contribuiu o estilo individualista de ambas, mas o obstáculo politico fundamental foi outro – embora os dois tenham vinculações entre si: foi o oportunismo de não distinguir a direita como inimigo fundamental.
Imaginem o erro que significou acreditar que Lula e Alckmin eram iguais! Que havia que votar em branco, nulo ou abster-se! Imaginem o Brasil, na crise de 2008, dirigido por Alckmin e seu neoliberalismo!
Imaginem o erro de acreditar que eram iguais Dilma e Serra! E, ao contrário de se diferenciar e denunciar Serra pelas posições obscurantistas sobre o aborto, ficar calada e ainda receber todo o caudal de votos advindos daí, que permitiu a Marina subir de 10 a 20 milhões de votos?
Não decifraram o enigma Lula e foram engolidas por ele. O sucesso efêmero das aparições privilegiadas na Globo as condenaram a inviabilizar-se como líderes de esquerda. Muito rapidamente desapareceram da mídia, conforme deixaram de ser funcionais para chegar ao segundo turno, juntando votos contra os candidatos do PT. E, pior, o caudal de votos que tinham arrecadado, em condições especiais, evaporou. Plinio de Arruda Sampaio, a melhor figura do PSOL, teve 1% de votos. Ninguem ousa imaginar que Marina hoje teria uma mínima fração dos votos que teve.
Ambas desapareceram do cenário politico. Ambas brigaram com os partidos pelos quais tinham sido candidatas. Nenhuma delas se transformou em líder política nacional. Nenhuma força alternativa no campo da esquerda foi construída pelas suas candidaturas.
Haveria um campo na esquerda para uma força mais radical do que o PT, mas isso suporia definir-se como uma força no campo da esquerda, aliando-se com o governo quando ha coincidência de posições e criticando-o, quando ha divergências.
O projeto politico do PSOL fracassou, assim como o projeto de construção de uma plataforma ecológica transversal – que nem no papel foi construída por Marina -, reduzindo-as a fenômenos eleitorais efêmeros. O campo político está constituído, é uma realidade incontornável, em que a direita e a esquerda ocupam seus eixos fundamentais. Quem quiser intervir nele tem de tomar esses elementos como constitutivos da luta política hoje.
Pode situar-se no campo da esquerda ou, se buscar subterfúgios, pode terminar somando-se ao campo da direita, ou ficar reduzido à intranscendência
.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

 O poeta Ferreira Gullar, de 81 anos, foi o grande vencedor do Prêmio Jabuti 2011 na categoria ficção com o livro Em Alguma Parte Alguma, lançado pela editora José Olympio, do grupo Record, em 2010. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira, 30, na Sala São Paulo. Laurentino Gomes, autor de 1922, faturou o prêmio de não-ficção por 1922. Ambos vão levar para casa R$ 30 mil.

A CANDIDATURA DO LULA

Por Carlos Chagas.
A entrevista do ex-.presidente Lula à revista New Yorker foi concedida antes de descoberto o câncer que ele tem na garganta. É fácil concluir que seu estado de espírito era um, depois ficou outro. Mesmo assim, quando indagado se disputaria outra vez a presidência da República, ele ficou em cima do muro, claro que com óbvia tendência de pular para o lado da candidatura: “não tenho coragem de dizer que vou concorrer, como não tenho coragem de dizer que não vou concorrer.”
Até o diagnóstico incômodo o Lula colocava nas mãos de Dilma Rousseff a decisão, quer dizer, deixava a presidente de saia justa, sabendo que quando chegasse a hora ela devolveria o raciocínio: “se você quiser voltar em 2014 eu não disputarei a reeleição”. Seria a resposta natural e leal da criatura que chegou ao palácio do Planalto exclusivamente por ato de vontade do criador.
Agora, tudo depende do tratamento a que o primeiro-companheiro se vê submetido, bem como de sua recuperação. Talvez não repita mais o conceito exposto aos jornalistas americanos, de considerar-se um ser eminentemente político. Pode estar concluindo que antes de político, é um ser humano. Toda doença faz o doente repensar sua vida, mesmo depois de recuperado.
O Lula já não será tão candidato quanto era. A disposição de voltar ao poder talvez não o sensibilize como antes. Seus valores serão outros.
Como a vida é sempre mais estranha e fascinante do que a ficção, vale ressaltar que a presidente Dilma passou pela mesma situação do antecessor. O câncer também a acometeu, não constituindo obstáculo para sua eleição. Supõe-se que tenha, da mesma forma, meditado sobre a própria existência. Mais quatro anos seria sacrifício necessário à sua biografia?
Em suma, acima e além de ambições, de arroubos e de estoicismo, abre-se uma pausa na prospecção do futuro.
UNIDOS OUTRA VEZ.
Rússia e China só estiveram unidos por pouco tempo, depois da vitória da revolução do presidente Mao.
Rapidamente desfez-se a aliança socialista, chegando as duas nações a preparar-se para uma guerra que por sorte não se deflagrou. Mas permaneceram, desde os tempos de Kruchev, numa pax armada plena de diatribes e insultos.
Pois agora a situação é outra, gerada desde o fim da União Soviética e da transformação da China em potencia mais ou menos capitalista. As diferenças são enormes, ainda que lentamente se aproximem no plano político.
China e Rússia acabam de condenar a agressão da Otan ao Paquistão, como antes haviam condenado a interferência na Líbia. Leia-se terem os governos de Moscou e Pequim enviado um alerta a Washington, pois a Otan nada mais é do que uma fachada dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, se não apóiam o regime dos aiatolás, no Irã, também não formam no grupo que prega a invasão daquele país. Muito pelo contrário.
Acrescente-se a concentração de forças russas na Síria, sinal evidente de que o mundo ocidental pensará duas vezes antes de promover o bombardeio de Damasco.
Arma-se um novo quadro na política mundial. É bom prestar atenção.
O TERTIUS USA BIGODE.
Renan Calheiros não esconde o desejo de voltar à presidência do Senado e já trabalha para isso, ainda que falte muito para o biênio 2013-2014. Eis que surge outro candidato, também do PMDB: o senador Garibaldi Alves, hoje ministro da Previdência Social mas preparado para a reforma ministerial de janeiro. Da mesma forma que Renan, ele já presidiu a casa.
Prenuncia-se uma briga de foice em quarto escuro no âmbito do partido, unido apenas na disposição de não ceder a presidência ao PT, num suposto rodízio no qual ninguém mais acredita.
Para evitar o racha, procura-se um tertius na bancada. Aliás, ele já existe e usa bigode.
José Sarney pode candidatar-se a mais dois anos, conforme o regimento interno. Vai recusar?
APESAR DAS NEGATIVAS, PODE SER ELE.
Nem são necessárias pesquisas. Está no ar que a gente respira a conclusão de que José Aníbal, Andréa Matarazzo, Bruno Covas, Ricardo Trípoli e João Dória Júnior perdem a eleição para prefeito de São Paulo, qualquer deles que venha a ser candidato. Encontra-se o PSDB numa arapuca, da qual apenas se livrará com um nome: ele mesmo, José Serra. Apesar de suas negativas, cresce entre os tucanos a evidência de que só o ex-governador terá chances de bater os concorrentes.

PRESENTE DE NATAL . . .

RENOVAÇÃO, CONCEITO QUE RESSURGE

Por Carlos Chagas.
As coisas ficaram velhas, do início  da Nova.
República, com José Sarney, até os dois mandatos do Lula. Renovação tornou-se palavra impronunciável, não obstante o fracassado interregno de Fernando Collor. Com raras exceções, são os mesmos que andam por aí, egressos do período ditatorial, uns contra, outros a favor, mas sem abrir maiores espaços para as camadas mais novas. 
Algo diferente pode estar acontecendo, se tomarmos como exemplo as eleições municipais do ano que vem. É grande o número de gente jovem na disputa pelas prefeituras, seja das capitais, seja de cidades do interior. Como das câmaras de vereador. Caso confirmada essa tendência, que nada mais é do que o anseio da sociedade, quem sabe surpresas aconteçam nas eleições gerais de 2014. Até para presidente da República.
É claro que as velhas estruturas não se entregarão  facilmente, muito menos se deve atrelar o fator idade como marca principal da renovação. Idosos existem capazes de representá-la, como montes de jovens integram os contingentes ultrapassados.
Parece  cedo para maiores  projeções, ainda que se note óbvia  rejeição nacional contra os vícios e defeitos caracterizados pelo  regime construído sobre as ruínas do sistema militar e projetado até o sonho sindical que a realidade desfez. Renovação talvez sintetize o que vem por aí. Se melhor ou pior, o futuro dirá.
BOMBEIROS EM AÇÃO.
No palácio do Planalto, no Congresso e na cúpula do Judiciário faziam-se ontem grandes  esforços para  evitar o choque com data  marcada para amanhã entre o Senado e o Supremo Tribunal Federal.  Porque ambas as casas marcaram para esse último dia de novembro duas decisões cruciais. Os senadores, para aprovar a indicação da décima-primeira ministra do Supremo, e os ministros da mais alta corte nacional de Justiça,  para determinar a aplicação da lei Ficha Limpa nas eleições do ano que vem.
O problema é que estabeleceu-se um impasse. Os senadores só votam pela nova ministra caso o Supremo vote pela Ficha Limpa em 2014, mas com a ressalva de empossar Jader Barbalho, eleito  mas impedido de tomar  posse  por conta de sua ficha suja, que aliás não deveria valer para as eleições de 2010, como não valeu para os  eleitos pela Paraíba e o Espírito Santo, recentemente empossados apesar das obstruções anteriores.  Deve o Pará ficar de fora? 
No reverso da medalha, o Supremo só vota a vigência da  Ficha Limpa caso o Senado, antes, aprove a indicação de sua nova ministra, cuja presença naquela corte  será fundamental para decidir um possível empate de cinco a cinco entre seus pares. Um ministro pediu vistas do processo e ameaça  devolvê-lo apenas  depois da votação no Senado.
Parece brincadeira de criança, mas com graves consequências para a harmonia entre os
poderes e o bom desempenho das instituições.
A DÚVIDA FUNDAMENTAL.
Só a presidente Dilma poderá resolver a questão que toma conta de Brasília: na reforma ministerial prevista para janeiro certos ministérios continuarão como
feudos de partidos da base parlamentar do governo, podendo os ministros ser substituídos, mas continuando as estruturas em mãos de seus atuais donatários?
Adiantará trocar Carlos Lupi  e  Mário Negromonte,  permanecendo o  Trabalho com o PDT e as Cidades com o PP? 
Nem se fala dos  ministérios hoje entregues ao PT e ao PMDB, além dos penduricalhos.
Ou a presidente dá o grito de independência, embaralhando as cartas e selecionando os melhores para sua equipe, mesmo sem vínculos partidários, ou continuará o risco de uso político e até criminoso de diversas pastas.
ATUALIZAÇÃO NECESSÁRIA.
Começa a germinar, nas banda séria das lideranças que apóiam o governo, a proposta de se preparar um emendão constitucional capaz de corrigir  uma série de princípios necessitados de revisão, em nossa Lei Fundamental. Em vez da votação em pílulas de emendas constitucionais variadas, porque o Congresso não poderia preparar sugestões uniformes  para discussão e aprovação no ano que vem?  Nada de convocar uma Constituinte Exclusiva, mas, apenas, de o Legislativo assumir sua condição de Poder Constituinte Derivado e fazer de uma só vez a necessária adaptação do texto de 1988 à realidade atual e às contingências do novo século?
Seria a oportunidade de  passar a  Constituição a  limpo, sem despojá-la de suas  maiores conquistas, até mesmo de o país livrar-se daquele expediente meio estranho adotado pelos constituintes de 1988, de deixar para a lei ordinária todos os pontos de estrangulamento que suas maiorias não conseguiram superar. Enfrentar os impasses prolongados há 25 anos, como o das greves no serviço público e a busca de mecanismos capazes de defender a pessoa a e família dos excessos da programação do rádio e da televisão. E quantos mais, que a malícia do dr. Ulisses empurrou com a barriga, sob pena de os trabalhos constituintes se eternizarem?  
Competência e capacidade sempre serão encontráveis nos partidos, bem como a humildade de se compor uma comissão de juristas eméritos para um trabalho preliminar.
Código Florestal: governo e oposição tentam aprovar acordo nesta quarta
Senadores do governo e da oposição vão tentar aprovar nesta quarta (30) no plenário, um acordo para suprimir prazos e viabilizar a leitura e a aprovação do requerimento de urgência para votar, ainda hoje, o projeto do Código Florestal. O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), acredita que o procedimento tem amparo regimental. Já o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) entende que, pelo regimento, a votação do código ficaria para a semana que vem, com a leitura do requerimento hoje e a sua aprovação amanhã. O relator do projeto na Comissão de Meio Ambiente (CMA), senador Jorge Viana (PT-AC), acredita que os líderes adotarão a melhor posição. "Tudo depende dos líderes, o regimento dá a eles o poder de quebrar esse interstício", disse.

EMENDA 29

Dilma está preocupada com DRU.
Em conversa com o governador de Sergipe, Marcelo Déda, nesta quarta (30), a presidenta Dilma Rousseff manifestou preocupação com a vinculação do debate sobre a prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) à votação da Emenda 29, que destina recursos à saúde. As duas proposições estão em análise no Senado. “Ela acha que é uma discussão estratégica e que é muito complicado misturar a discussão da DRU com a discussão da Emenda 29 e de aumentar o comprometimento de recursos com a educação permitido pela DRU. São temas relevantes, têm que ser debatidos, mas condicionar a aprovação a essas situações pode acabar prejudicando a votação da DRU”, disse Déda, logo após a reunião com a presidenta. Segundo o governador, Dilma reiterou a importância dos recursos da DRU no momento em que a economia mundial enfrenta uma crise.
PEC dos jornalistas é aprovada em 1º turno no Senado
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que inclui a exigência do diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, para o exercício da profissão de jornalista foi aprovada pelos senadores nesta quarta (30). A proposição, que recebeu 65 votos a favor e sete contrários, terá ainda de ser votada em segundo turno pelo plenário da Casa. Se aprovada vai para a Câmara, onde também terá de passar por dois turnos de votação. Se for modificada na Câmara, volta para nova apreciação do Senado. Durante a votação, o senador Fernando Collor (PTB-AL) disse que a emenda é o "embrião para o controle 'social' dos meios de comunicação". O relator da matéria, senador Inácio Arruda (PC do B-CE), defendeu a exigência do diploma. A PEC foi apresentada pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e tinha parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Casa (CCJ).
"Foi com base nesta notícia falsa que o PSDB pediu na terça-feira a convocação do ministro ministro Gilberto Carvalho para falar à Câmara dos Deputados sobre denúncias da imprensa"
Ô tucanóides, vão plantar batatas pra vê se nasce mandioca.
Esses pulhas esquecem de olhar o próprio rabo na infamia crença de que todos os brasileiros são uns otários, uns debiloides, uns alienados.
É bom eles saberem que se alguns se portam como tais, outros estão lutando para mostrar a eles quem são vocês: lobos travestidos de "santinhos", mentirosos e covardes que pagam rios de dinheiro para uma mídia fajuta, pra não dizer um palavrão, plantar factóides atrás de factóides.
ACORDA Dilma Rousseff, mande o hibernado tirar o traseiro da cadeira e agir.
Ou vocês vão continuar levando pauladas na cabeça e só continuar defendendo via "notinhas"?
No Brasil o povo não liga mais para a questão de político ser corrupto. Basta ver o monte de ladrão no governo e a popularidade do mesmo.
Até quando o governo vai suportar esses babacas falando o que bem entendem e difamando as reputações de seus membros???? Que acontece com os governo progressistas??? Tolerância tem limite. Parece que estão de rabo-preso com esses canalhas. Tem que ir prá cima dessa escumalha, processar, não dar entrevistas, cortar anúncio, concessão... 'Tá demais!!! BASTA!!!
"O BRASIL PARA TODOS não passa na glObo - O que passa na glOBo é um braZil para TOLOS"
Venício Lima
Regulação da mídia: de volta ao passado.
Para muitos de nós que participamos dos movimentos civis a favor da democratização das comunicações antes mesmo do processo Constituinte, retornar aos temas anteriores à Constituição de 1988 tem um desconfortável sentimento de déjà vu.
BC volta a cortar juro em 0,5 ponto e é criticado por falta de ousadia
Comitê de Política Monetária baixa juro a 11% e prossegue em estratégia do governo Dilma contra crise econômica global. Tamanho da queda era esperado pelo 'mercado' mas, para industriais e sindicalistas, Banco Central repete conservadorismo com corte 'tímido'. Redução anula ciclo de alta com Dilma e devolve taxa a patamar deixado por Lula. Juro real vai a 5,5%.
José Roberto Torero
Diga-me com quem "não" andas e te direi quem és.
Do mesmo jeito que nossos amigos nos definem, nossos inimigos também explicam quem somos. Não existiria Tom sem Jerry, Coyote sem Bip-Bip, Coringa sem Batman, Lex Luthor sem Super-Homem, MDB sem Arena. E, nesta reta final do Brasileiro, definem até se seremos ou não campeões, se seremos ou não rebaixados.
*Emergência bancária na Europa: maiores BCs do mundo, FED entre eles, unem-se para dar liquidez aos mercados** ação quer restringir contágio da crise bancária do euro, agravada pela seca de dólares ** carteira de títulos públicos dos bancos europeus assusta fundos americanos que debandam da UE** todas as opções ortodoxas para estabilizar o euro fracassaram** crise exige recursos e decisões que a ortodoxia não previu e rejeita: sobretudo, soberania estatal à moeda única, com um BCE que domine a manada especulativa, colocando dívidas públicas sob sua fiança** greve paralisa setor público inglês contra arrocho: desemprego castiga a Europa e Cameron, o 'pró-cíclico', quer demitir mais 700 mil
Nesta 4ª feira, o governo Dilma  fez o terceiro corte seguido na taxa de juro brasileira desde o agravamento da crise européia. A nova redução de 0,5 ponto ocorre na mesma semana em queo tucano  José Serra classificou como 'o erro mais espetacular da história econômica brasileira' o fato de o BC não ter reduzido os juros na crise de 2008. A observação correta na boca da impostura política amesquinha-se à categoria dos 'faits divers', curiosidade de Almanaque Biotônico Fontoura, desprovida de consequência histórica. É esse enquadramento que faz de Serra uma figura cronicamente inviável em seus próprios termos; um janismo com caspa --falsa-- da Unicamp, na medida em que o discurso 'industrialista' do qual se apropria, contrasta com a aliança midiático-conservadora que sempre o apoiou.A mesma que, invariavelmente, se opõe à redução da Selic. (LEIA MAIS  AQUI)
(Carta Maior; 4ª feira; 30/11/ 2011)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

FANTASMA

Beth do Brasil e de tudo que há de melhor na política.
Cieps de Darcy e Brizola… o socialismo de Chavez e Fidel … Beth canta e encanta… juntos sempre!
Parabéns para a sambista e socialista Beth Carvalho!
Ley de Medios já!
Não há palavras para expressar o que senti ao ler a entrevista da Beth. Quanta lucidez, coerência e coragem, desta brava guerreira.
Encanta-me a fibra dessa mulher. Além de cantar muito é politizada e não faz média.
Hoje eu percebo a falacia que foi a pergunta “Voce elogia Cuba, mas não que morar lá” A falacia está em que essa pergunta é feita para nós de classe média para cima.
A pergunta correta deveria ser feita ao pobre “Voce quer ser mendigo aqui com “liberdade” ou preferia uma país que não tem analfabetos, que tem assistencia médica etc.”
Claro que o mendigo é “livre” no capitalismo, então como poder escolher, ir para Cuba?
Quem pagaria a passagem para ir para lá?Beth para presidenta.

NOSSO SAMBA TÁ NA RUA !!!

Beth Carvalho e a Ley de Medios: tevê aberta é concessão pública.
Quem disse que aqui tem liberdade de expressão ?
Por Paulo Henrique Amorim
Este ansioso blogueiro foi assistir ao show (magnífico) da Beth Carvalho, “Nosso samba está na rua”.
Es-pe-ta-cu-lar !
O que temos de melhor !
E, por uma dessas estrepolias da imaginação, pensou muito, com desvelo e comiseração, naquele repórter da Globo, o Herraldo Pereira, que processa este ansioso blogueiro por (!) racismo !
Foi ao ouvir a música “Negro Sim Sinhô”, que o ansioso blogueiro recomenda enfaticamente ao supra-citado repórter.
O importante, porém, é a Beth, uma das últimas legítimas brizolistas.
Leia a seguir, trechos da entrevista que ela deu ao iG:
Beth Carvalho: “CIA quer acabar com a cultura brasileira”
Em entrevista ao jornalista Valmir Moratelli, do iG por ocasião do lançamento do CD de músicas inéditas “Nosso samba tá na rua” – dedicado a dona Ivone Lara, com canções sobre a negritude, o amor e o feminismo – a cantora Beth Carvalho é mordaz : “a CIA quer acabar com o samba. É uma luta contra a cultura brasileira. Os Estados Unidos querem dominar o mundo através da cultura”, diz a cantora, presidente de honra do PDT.
George Magaraia “Só acredito no modelo socialista, é o único que pode salvar a humanidade”
iG: Em seu novo CD, a letra “Chega” é visivelmente feminista. Por que é raro o samba dar voz a mulheres?
Beth Carvalho: O mundo, não só o samba, é machista. Melhorou bastante devido à luta das mulheres, mas a cada cinco minutos uma mulher apanha no Brasil. É um absurdo. Parece que está tudo bem, mas não é bem assim. Sempre fui ligada a movimentos libertários.
iG: De que forma o samba é machista?
Beth Carvalho: A maioria dos sambistas é homem. Depois de mim, Clara Nunes e Alcione, as coisas melhoraram. O samba é machista, mas o papel da mulher é forte. O samba é matriarcal, na medida que dona Vicentina, dona Neuma, dona Zica comandam os bastidores da história. Eu, por exemplo, sou madrinha de muitos homens (risos).
iG: A senhora é vizinha da favela da Rocinha. Como vê o processo de pacificação?
Beth Carvalho: Faltou, por muitos anos, a força do estado nestas comunidades. Agora estão fazendo isso de maneira brutal e, de certa forma, necessária. Mas se não tiver o lado social junto, dando a posse de terreno para quem mora lá há tanto tempo, as pessoas vão continuar inseguras. E os morros virarão uma especulação imobiliária.
iG: Alguns culpam o governo Leonel Brizola (1983-1987/1991-1994) pelo fortalecimento do tráfico nos morros. A senhora, que era amiga do ex-governador, concorda?
Beth Carvalho: Isso é muito injusto. É absurdo (diz em tom áspero). Se tivessem respeitado os Cieps, a atual geração não seria de viciados em crack, mas de pessoas bem informadas. Brizola discutia por que não metem o pé na porta nos condomínios da Avenida Viera Souto (em Ipanema) como metem nos barracos. Ele não podia fazer milagre.
iG: Aqui na sua casa há várias imagens de Che Guevara e de Fidel Castro. Acredita no modelo socialista?
Beth Carvalho: Eu só acredito no modelo socialista, é o único que pode salvar a humanidade. Não tem outro (fala de forma enfática). Cuba diz ‘me deixem em paz’. Os Estados Unidos, com o bloqueio econômico, fazem sacanagem com um país pobre que só tem cana de açúcar e tabaco.
iG: Mas e a falta de liberdade de expressão em Cuba?
Beth Carvalho: Eu não me sinto com liberdade de expressão no Brasil.
iG: Por quê?
Beth Carvalho: Porque existe uma ditadura civil no Brasil. Você não pode falar mal de muita coisa.
iG: Como quais?
Beth Carvalho: Não falo. Tem uma mídia aí que acaba com você. Existe uma censura. Não tem quase nenhum programa de TV ao vivo que nos permita ir lá falar o que pensamos. São todos gravados. Você não sabe que vai sair o que você falou, tudo tem edição. A censura está no ar.
iG: Mas em países como Cuba a censura é institucionalizada, não?
Beth Carvalho: Não existe isso que você está falando, para começo de conversa. Cuba não precisa ter mais que um partido. É um partido contra todo o imperialismo dos Estados Unidos. Aqui a gente está acostumada a ter vários partidos e acha que isso é democracia.
iG: Este não seria um pensamento ultrapassado?
Beth Carvalho: Meu Deus do céu! Estados Unidos têm ódio mortal da derrota para oito homens, incluindo Fidel e Che, que expulsaram os americanos usando apenas o idealismo cubano. Os americanos dormem e acordam pensando o dia inteiro em como acabar com Cuba. É muito difícil ter outro Fidel, outro Brizola, outro Lula. A cada cem anos você tem um Pixinguinha, um Cartola, um Vinicius de Moraes… A mesma coisa na liderança política. Não é questão de ditadura, é dificuldade de encontrar outro melhor para ocupar o cargo. É difícil encontrar outro Hugo Chávez.
iG: Chávez é acusado por muitos de ter acabado com a democracia na Venezuela.
Beth Carvalho: Acabou com o quê? Com o quê? (indaga com voz alta)
iG: Com a democracia…
Beth Carvalho: Chávez é um grande líder, é uma maravilha aquele homem. Ele acabou com a exploração dos Estados Unidos. Onde tem petróleo estão os Estados Unidos. Chávez acabou com o analfabetismo na Venezuela, que é o foco dos Estados Unidos porque surgiu um líder eleito pelo povo. Houve uma tentativa de golpe dos americanos apoiada por uma rede de TV.
iG: A emissora que fazia oposição ao governo e que foi tirada do ar por Chávez…
Beth Carvalho: Não tirou do ar (fala em tom áspero). Não deu mais a concessão. É diferente. Aqui no Brasil o governo pode fazer a mesma coisa, televisão aberta é concessão pública. Por que vou dar concessão a quem deu um golpe sujo em mim? Tem todo direito de não dar.
iG: A senhora defende que o governo brasileiro deveria cassar TV que faz oposição?
Beth Carvalho: Acho que se estiver devendo, deve cassar sim. Tem que ser o bonzinho eternamente? Isso não é liberdade de expressão, é falta de respeito com o presidente da República. Quem cassava direitos era a ditadura militar, é de direito não dar concessão. Isso eu apoio.
iG: O samba vai resistir a esta “guerra” que a senhora diz existir?
Beth Carvalho: Samba é resistência. Meu disco é uma resistência, não deixa de ser uma passeata: “Nosso samba tá na rua”.