sábado, 12 de fevereiro de 2011

O ARREPENDIDO

O lateral esquerdo Roberto Carlos esteve proximo da gloria. Jogar num dos maiores times que o glorioso Santos FC ja formou. Ressalte-se seu time de coração e sua familia. Optou pelo Corinthians por algumas moeadas a mais. Moral da historia. Mais vale um gosto do que um milhão no bolso. Portanto, "Se arrependimento matasse, Roberto Carlos estaria morto".

PROJETO DILMA

Lula descarta 2014 e diz que a hora é do 'projeto Dilma'.

Na festa de aniversário do PT- Foto: / André Coelho
Gerson Camarotti e Cristiane Jungblut, O Globo
Para esvaziar o clima de intriga no núcleo do PT com as constantes comparações de governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi enfático ao lançar a candidatura a reeleição da presidente Dilma Rousseff num jantar em comemoração aos 31 anos do PT.
Segundo relatos, Lula disse que não era candidato em 2014 e que todos deviam apostar no "projeto Dilma". O jantar realizado na residência do ex-deputado Sigmaringa Seixas (PT-DF) - e que contou com a presença de Dilma, ministros, governadores e lideranças petistas - só terminou na madrugada de (ontem).
- Se o Serra tivesse vencido, podia ter alguma razão eu disputar em 2014. Mas agora, não tem nenhuma razão. O projeto é Dilma - enfatizou Lula, numa mesa cercado de petistas, no terceiro encontro com Dilma em uma semana.
Na mesma noite, o ex-presidente voltou a usar o argumento de seu discurso feito pouco antes de que "se fosse para ficar o mesmo governo, teria trabalhado por um terceiro mandato".
Ele acrescentou que Dilma "está no governo para superá-lo". Lula ainda reforçou para os presentes a admiração por Dilma e fez questão de registrar o sentimento de lealdade dela por ele.
Chamou a atenção dos presentes, o tratamento cerimonioso utilizado por Dilma, ao chamar com frequencia Lula de "senhor". 

INTERNADO: DE NOVO ! !

O ex-vice presidente José Alencar recebeu na tarde de sexta (11), o presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, no Hospital Sírio Libanês. Durante a visita, Alencar fez a seguinte afirmação; “Estou bem, não estou fazendo quimioterapia e todo medicamento que tomo é paliativo”. Segundo Rabelo, Alencar relembrou sua última aparição pública, no dia 25 de janeiro  e se surpreendeu com a rapidez com que o tempo passou desde então. Após Rabelo deixar o hospital, José Alencar recebeu ainda a visita do Rabino Henry Sobel e do Padre Marcelo Rossi.

IDEIA DE JERICO

Alto Paraíso é conhecida nacionalmente como capital do Jerico. Mas saiu do noticiário esportivo para o da gozação: cinco, dos nove vereadores da cidade de Alto Paraíso, aprovaram um projeto inédito no Brasil há 15 dias. Durante o fim de semana em que é realizada a Corrida Internacional de Jerico, o comércio só poderá vender cerveja Skin e refrigerantes da Dydyo, uma fabrica local.

E O EX-GENRO, QUANDO SAI ?

Mubarak, depois de 30 anos, já disse adeus. E Ricardo Teixeira, que guarda similitude com o ditador egipcio, vai permanecer até quando como dono da CBF?

JUVENTUDE LIDERA REVOLUÇÃO

MUBARAK CAIU 18 dias de protestos põem fim a 30 anos de ditadura.

(Carta Maior, Sábado 12/02/2011)
"Todos somos Khaled Said"
O setor da população egípcia composto por uma pujante juventude é o que está liderando a revolução. O Movimento Juvenil 6 de abril formou-se no ano passado em apoio aos trabalhadores têxteis em greve na cidade egípcia de Mahalla. Uma das fundadoras do movimento, Asmaa Mahfouz, que acaba de completar 26 anos, publicou um vídeo no Facebook no dia 18 de janeiro, dias depois de a revolução tunisiana ter derrubado o ditador do país. Asmaa disse: “Estou fazendo este vídeo para lhes dar uma simples mensagem. Queremos ir à Praça Tahrir dia 25 de janeiro. Iremos ali para exigir nossos direitos humanos fundamentais.

EU SOU A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO

Mubarak se foi. Congratulaltion ao povo egipcio, que tomaram os rumas de sua nação com as proprias mãos. Fica o recado, a época dos faraós e os falsos profetas salvadores da pátria já se foi há muito tempo, espero que Deus seja misericordioso conosco e faça cheqar até aqui esse vento do deserto.

FEDERAL PASSA O CEROL

Petrobras contrata 7 sondas junto ao EAS por US$ 4,63 bi.

Por Marcelo Teixeira.
A Petrobras aprovou a contratação do estaleiro EAS, controlado por Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e a sul-coreana Samsung Heavy Industries, para a construção no Brasil de um lote de sete sondas de perfuração por US$ 4,637 bilhões, informou a companhia nesta sexta-feira.
Esse é o primeiro lote de sete sondas de um total de 28 unidades que a Petrobras vai contratar para seu programa de perfuração de longo prazo, que tem foco nas áreas do pré-sal.
No pacote fechado com o EAS (Estaleiro Atlântico Sul), cada sonda terá custo de US$ 662 milhões e a construção será realizada em Pernambuco.
O modelo deste contrato estipula que a Petrobras vai alugar (afretar) as sondas por intermédio de outra instituição, a Sete BR, que assumirá o contrato de construção das unidades com o EAS e as repassará para a petroleira.
A Sete BR é uma empresa constituída pelo Fundo de Investimentos em Participações (FIP Sondas), gerido pela Caixa Econômica Federal. O fundo detém 90 por cento da empresa e terá como quotistas investidores de mercado, incluindo fundos de pensão e bancos de investimentos brasileiros, disse o comunicado.
A Petrobras deterá 10% das ações da Sete BR.
O custo de locação de cada sonda ficará, segundo a estatal, entre US$ 430 mil e US$ 475 mil por dia. A Petrobras diz que a taxa está "em linha com as mais competitivas do mercado internacional".
A Petrobras também informou no comunicado que decidiu cancelar outra licitação para contratação de até duas sondas de perfuração, porque os preços apresentados "não se mostraram adequados para a companhia".
A empresa disse que um terceiro processo licitatório, destinado à contratação do afretamento de lotes de até quatro sondas de perfuração, ainda está em análise e deve ser concluído em aproximadamente um mês.

A FACA E A LAMINA

Se a Operação Guilhotina, desencadeada na sexta pela PF do Rio para prender PMs e policiais civis ligados ao tráfico, for fundo na lâmina, cabeças “reais” poderão ser degoladas. Mas como estamos no Brasil.

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais neste sábado.
* Jornais nacionais.
O Estado de S.Paulo
Protestos derrubam ditador do Egito e militares assumem poder
Jornal do Brasil
Abram alas
O Globo
A Praça derruba o ditador
Correio Braziliense
O Egito é do povo
Estado de Minas
Cai o último faraó. E agora?
Jornal do Commercio
Fim da Era Mubarak
Diário do Nordeste
Mais um jovem morto por assaltantes em coletivo
Extra
Os infiltrados
Zero Hora
A revolta egípcia venceu
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Egito explode em júbilo com queda de Mubarak
The Times (Reino Unido)
Explosão de alegria quando Mubarak finalmente cai
Le Monde (França)
Depois de uma noite de júbilo, Egito se move para um novo começo
China Daily (China)
Protestos acabam com reinado de Mubarak; militares assumem
El País (Espanha)
Egito se livra de Mubarak
Clarín (Argentina)
Mubarak renuncia e milhares de egípcios celebram nas ruas do Cairo.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

MEGA-SENA

UMA HORA SAI . . .

DESPLUGADO

Coligações partidárias são sempre importantes, e muitas vezes essenciais, todavia apesar de essenciais, muitas vezes se tornam um grande perigo para a linha política da presidenta Dilma Rousseff.  No caso em questão, em que o ministro é da cota do vice, e que não pode ser “removido”, a presidência tem que negociar as indicações do ministro. E caso o vice, ou o indicado do vice, ou o indicado do ministro, cometa qualquer irresponsabilidade, faz-se como pedrinhas de dominó, exige-se do vice que demita o ministro, que demita o indicado do ministro, afinal quem é que manda nessa birosca???????????????????

HÁ ISSO É . . .

A presidenta Dilma Rousseff é muito mais inteligente e muito mais capaz do que a grande maioria das pessoas imaginam.
Ela já deu provas disto.
Um erro que quase todos estão comentendo é subestimá-la.
Ela já tem quase tudo planejado, quais as etapas que terá que implantar, quais obstáculos que terá que superar. Ela sabe quais são seus pontos fracos e aprende muito rápido a fortalecê-los. Não tem medo da crítica, não fica feroz ao ser criticada, pelo contrário, ela usa para aprender e se aperfeiçoar. Estávamos acostumados com a genialidade de Lula e ainda não começamos a perceber a de Dilma Rousseffe, mas as evidências estão aí. Não é uma questão de estilo, como muito se diz, mas sim um outro tipo de genialidade que ainda não estamos acostumados, nunca tivemos um presidente assim. Temos uma super-gerente como presidenta. Qual seria o ponto fraco dela? A habilidade política. Mas ela aprende num ritmo mais rápido do que a maioria está conseguindo notar, por que ela tem a humildade de reconhecer e corre atrás para aprender e se superar, aí está a raiz de sua genialidade, não só, isto se soma a capacidade incrível de aprendizado que Dilma tem. Ela está se construindo, permenentemente, a cada dia melhora, uma evolução constante e acelerada.
Em relação ao novo lema e nova marca do Governo Federal.
O logo é bonito, mas a frase que o acompanha e a explicação do porque utilizaram o verde e amarelo, substituindo o mosaico de cores do logo da Era Lula, deixou-me preocupado. Quanto ao slogan “País rico é país sem pobreza”, apesar de progressista ele ainda é de uma concepção quase economicista se comparado ao slogan anterior “Um país de todos”. Pois no slogan atual o que é enfatizado é a inclusão econômica, como se esta fosse a que representasse todas as formas de injustiça por que passam os subalternizados. Em “Um país de todos” pode-se remeter a uma visão bem mais ampla das tarefas de um governo de esquerda, pois nele cabe o combate a todo tipo de “exclusão”, marginalização ou discriminação. Remete a pensar no combate ao racismo, machismo, privilégios de classe, homofobia. Quanto ao uso apenas do verde e amarelo os marqueteiros falaram que é para “enfatizar a identidade nacional”. Essa visão vai de encontro, ou seja, se choca com a concepção do logo anterior, que era multicolorido exatamente para enfatizar que para ser brasileiro não precisamos fazer parte de um suposto padrão, mesmo o representado nas cores da bandeira. Isto por que somos uma gama de culturas, origens nacionais, étnico-raciais etc, que aquele monte de cores do logo anterior representava muito bem.
Mas fazer o que né….
Vamos continuar torcendo e trabalhando para o sucesso do governo da presidenta Dilma Rousseff, e do PT mesmo assim.
O primeiro pronunciamento da presidenta Dilma em rede nacional de rádio e tevê contrastou na forma, mas não no conteúdo em relação aos pronunciamentos de seu antecessor. E por “forma” entenda-se imagem. É forte o contraste entre a figura embrutecida pela vida que era Lula em seus pronunciamentos e a imagem suave e até bela da mulher que governa o país.
Dilma está bonita. O poder lhe fez bem. E seu gestual demonstra ter sido estudado e construído milimetricamente. Cada sorriso, cada franzir de cenho, cada arquear de sombrancelhas se coadunam com vestimenta,  luz e cenário.
O resumo de sua fala, acima do anúncio de programas que ainda dar-se-ão a conhecer, materializa-se em promessa com que o novo lema do governo federal acena ao constatar um dos sinônimos de um país rico, que é o de não ter pobreza.
Poder-se-ia, contudo, dizer muito mais sobre o que é ser um país rico, ainda que mais do que rico o que se quer, para o Brasil, é que seja justo. O critério da riqueza, porém, atende a um sentimento que vai tomando os brasileiros, aos quais foi vendido, irremediavelmente, que a riqueza traz felicidade.
Todavia, se quisermos dar um sentido melhor ao termo “rico”, como sinônimo de valores sem cifrão, por exemplo, poderíamos dizer que:
País rico é país justo
País rico é país educado
País rico é país solidário
País rico é país sem violência
País rico é país com habitações dignas
País rico é país com sistema de saúde eficiente
País rico é país democrático
País rico é país governado para todos
A lista é infindável. Mas o bordão “país rico é país sem pobreza” também é bom, pois faz uma promessa de que, em verdade, país rico é país justo, com igualdade de oportunidades, com Justiça equânime para todos, com garantias individuais e coletivas idênticas para todos os estratos sociais, para todas as etnias, para todos os credos e regiões.
É cedo para pedir mais. Dilma governa há cerca de quarenta dias. Entretanto, estava no poder antes disso e, assim – e até por ter recebido um país organizado social, econômica e politicamente –, tem que fazer as coisas acontecerem em ritmo mais acelerado.
Resta oferecer uma reflexão à presidenta. De boas intenções o inferno está cheio. É difícil cumprir uma promessa de justiça social sem contrariar ninguém, ou melhor, contrariando apenas àqueles que, por esta ou aquela razão, for previsível que reagirão de forma contida diante da contrariedade.
Se o problema está no pleno emprego de setores por que observamos atrasos e mais atrasos nas obras de infra estrutura do país???
Encareceram o crédito ao empresário e ao industrial para investimento pois a SELIC atua como efeito cascata no juros por ser a primeira camada a encarecer a moeda.
No campo as coisas não estão muito diferentes. Se o dolar está baixo porque não desonerar os impostos internos para garantir a diminuição dos preços ao consumidor brasileiro??? Vários impostos atuariam diretamente nessa equação.
A tecnologia ja permite a muito tempo usar o mercado global para vender parte da produção para o exterior e ainda forçar baixa oferta no intuito de encarecer preços no mercado interno. Há gente mestre nisso.
Se o Brasil não tem dinamismo e crescimento significativo em sua oferta de produtos é por que o estado não demonstra confiança nos prazos de obras estruturais e muito menos ainda aciona pressão sobre o mercado que joga com os preços.

CRESCER COM JUIZO E SEM INFLAÇÃO

Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
Há mais ou menos uns trinta anos, descobri que precisava me entender com o economês – e, depois, com economia – para poder nadar neste mar ultra capitalista em que havia se convertido o Brasil de minha juventude, ainda que, até hoje, alguns caras-de-pau digam que falta capitalismo ao Brasil. Não falta capitalismo a este país; sobra.
Na segunda metade do século passado, fomos atirados em um capitalismo selvagem, desumano, em que só o lucro interessava e no qual o homem se tornou peça de sustentação do sistema, arcando com todo o peso de um modelo econômico voltado a concentrar renda explorando o filão de­ mão-de-obra barata e submissa, incapaz de pensar mudanças profundas para que o cidadão comum voltasse a ser o objetivo do Estado.
Política e economia revelaram-se a mim quando mal me havia casado e já tinha a primeira filha a caminho. Tais questões me explicavam por que, naquele 1982, não conseguira trabalho melhor do que o de estoquista de uma indústria de autopeças, apesar de já ser um sujeito letrado, informado, dinâmico e, acima de tudo, jovem.
Desde 1982, portanto, decidi ler tudo o que pudesse sobre economia, dia após dia, sem falhar um só, enquanto assistia a tudo acontecer neste país em termos de evolução do processo econômico, tendo aprendido a ter o cuidado de comparar o que diziam e haviam previsto os versados em economês, de um lado, com os efeitos dessa retórica, do lado oposto.
Devo ser honesto: julgo que não entendo nem mais nem menos de economia do que os analistas especializados das mídias que oferecem sempre a mesma versão tenebrosa do futuro se isto ou aquilo não for feito, simplesmente porque não se discute economia, no Brasil, sem injunções políticas, estando amplamente misturado o que deveria permanecer separado em benefício da coletividade.
Vejam a questão dos juros e da temperatura da economia, equação que determinará o apoio político do novo governo necessário a quem tem que enfrentar uma direita midiática convencida de que com esse grupo político que vai iniciando o terceiro mandato na governança do país perderá negócios da China que poderia fazer se o país voltasse a ser governado só para os dez por cento mais ricos.
O nível da taxa básica de juros da economia, a Selic, virou peça de discurso político, pois a mídia tenta – e consegue – fazer os formadores de opinião se convencerem de que pagam mais juros com taxa maior, mesmo que o que determine os juros de mercado não seja a taxa interbancária e, sim, o fantástico spread que os bancos cobram no Brasil.
Spread, a taxa de risco que os bancos cobram. Risco de você, leitor, não pagar o empréstimo usurário que recebeu daquela instituição financeira, nem que seja por uma semana. A taxa de risco é que determina os juros de mercado, e não a taxa Selic. E a taxa de risco pode cair quando a taxa básica aumenta. Isto é fato. Inquestionável.
O efeito da Selic sobre os juros de mercado se dá no encarecimento de uma taxa que os bancos cobram uns dos outros ao fim dos trabalhos das câmaras de compensação das movimentações do dia, quando uns terminam aquele dia com ou sem liquidez total para saldar contas devedoras ou para emprestar àquela instituição que esteja temporariamente descoberta.
Entretanto, a despeito de alguns pontos a mais na Selic, o sistema financeiro nacional já provou que pode ignorá-la por conta de uma taxa de risco imposta ao resto da economia que chega a ultrapassar em muitas vezes a taxa básica. Para entender isso, basta pensar sobre onde alguém conseguiria dinheiro a 10% ao ano, no Brasil, e comparar com o custo de mercado mínimo do dinheiro em um ano, neste país, que não baixa muito de 50%.
Essa diferença se deve ao spread e mostra por que os bancos brasileiros nem piscaram diante da crise econômica internacional, o que não deixa de ser uma prova de que até os lucros exagerados de poucos, obtidos nas costas de muitos, podem, eventualmente, ter um papel positivo, por mais absurda que pareça a idéia.
Então é bobagem dizer que a Selic terá o condão, sozinha, de modular definitivamente o nível de crescimento, impedindo ou incentivando decisivamente que o país cresça ou não. Ora, o governo Lula, durante o ano passado, desencadeou um processo de alta gradual da Selic em pleno processo eleitoral e, além de ter elegido a sucessora, o país ainda bateu recorde de crescimento.
Onde, então, está o problema provável da economia, se é que existe? A presidente Dilma disse qual é nem faz muito tempo: na inflação. Afirmou que sob hipótese alguma permitirá que retorne. Porque essa, sim, anularia o crescimento e os ganhos de renda que os Brasileiros vêm experimentando há anos com Selic alta e tudo.
A inflação está subindo, no Brasil, assim como está subindo em países que visitei não faz muito tempo, como Argentina ou Venezuela, imersos em processos inflacionários perversos mesmo crescendo, como o primeiro país, ou em situação de estagnação, como no caso do segundo.
No caso do Brasil, a alta internacional do preço das commodities (produtos básicos como arroz, feijão, petróleo, carne, minérios etc.) é compensada pela queda dos preços dos produtos industrializados que vai se dando mundo afora. O que, então, está produzindo inflação de tudo, no Brasil? Sobem, atualmente, de carne a aluguel e produtos industrializados ou serviços.
O que está causando inflação no Brasil, portanto, é a lei da oferta e da procura, que ninguém jamais conseguiu revogar. Ou seja: há muita gente com dinheiro no bolso pra comprar de tudo e o mercado vai tendo que conseguir rapidamente o que entregar em troca dessa dinheirama, o que evidentemente permite que se cobre mais.
Aumentar a Selic pura e simplesmente, então, não resolve, ainda que não se possa abrir mão da política monetária. O crédito ainda é farto, apesar das medidas do governo para diminuir a oferta, tomadas no fim do ano passado, e, enquanto for farto, o brasileiro, esse otimista incorrigível, continuará realizando sonhos de consumo sem pensar no futuro.
É óbvio para qualquer um que tenha a menor noção de economia que o Brasil não tem condições de crescer a 8% ao ano, ao menos já. O que sustenta uma economia com demanda crescente por tudo que o dinheiro pode comprar é o investimento, tanto o público quanto o privado, e o nosso nível de investimento ainda é baixo.
Segundo os “especialistas”, o país precisa de uma taxa de investimento ao redor de 24 ou 25 por cento para sustentar a demanda, pois sem um parque industrial e agroindustrial adequado ao tamanho dessa demanda a lei da oferta e da procura continuará se fazendo notar. Hoje, a taxa de investimento, no Brasil, está em 18 ou 19 por cento.
Dilma promete que até 2014 chegaremos a esse patamar de investimentos públicos e privados. A conferir.
A conclusão inevitável, enfim, é a de que o Brasil, se quiser se manter na rota dos últimos oito anos, terá que continuar adotando o mesmo modelo econômico. Não há como manter o consumo nos patamares atuais, então. Os efeitos da gastança já se refletem nos preços relativos da economia de forma cada vez mais pronunciada.
No início de 2010, havia mesmo que deixar a roda da economia girar mais à vontade porque vínhamos de uma crise que, por menor que tenha sido no Brasil, fez o PIB estagnar, ainda que o mercado de trabalho tenha se comportado bem, com poucas e episódicas demissões, mas com significativa redução do crescimento.
No ano passado, o Brasil recuperou o que perdeu na crise. Estamos com o país em um processo tão dourado de atividade econômica que já chegamos ao pleno emprego em montes de setores da economia e profissões. Podemos muito bem, pois, agüentar um crescimento menor neste momento, para que a inflação não corroa os ganhos que tivemos.
Dessa maneira, na opinião deste blog, o problema mais imediato do Brasil é como reduzir o nível de crescimento sem medidas draconianas como restrição muito forte ao crédito e aumento muito grande da taxa básica de juros. Por conta disso é que o governo hesita em deixar o salário mínimo subir muito agora depois de ter subido expressivamente nos últimos anos.
O poder de gerar consumo do salário mínimo ainda é muito grande. Dar um aumento expressivo ao piso salarial do país, agora, seria um tiro no pé. Após anos de recomposição salarial de todos os setores da economia, o Brasil pode muito bem esperar alguns meses a fim de arrumar a casa antes de dar outro salto no crescimento.
E ninguém está falando em não crescer. Um crescimento ao redor de 5% neste ano, que é o que deve acontecer se o governo conseguir reduzir um ímpeto de crescimento tão forte quanto está se vendo, seria mais do que adequado.
Os investimentos estão aumentando, tanto o público quanto o privado. A capacidade da economia de crescer, assim, irá aumentar progressivamente e é progressivamente que temos que pensar o crescimento. O Brasil precisa crescer com juízo para crescer sem inflação e sem solavancos políticos inerentes ao recrudescimento inflacionário.
Se percebe que o orçamento (da União principalmente), que contempla a arrecadação prevista e os gastos propostos, formulado pelo poder executivo ano a ano, deveria refletir a iniciativa de ações que busquem a melhoria das condições de vida da população.
Ele reflete, contudo, antes de mais nada, uma meta de superávit primário !! No processo democrático, a aprovação do orçamento pelo Congresso Nacional deve refletir as preferências da sociedade quanto à parcela da renda que o governo deve arrecadar em impostos e o volume e distribuição dos gastos públicos.
O que se observa, entretanto, é que todas as ações propostas no orçamento submetido ao Congresso são primeiramente condicionadas pela consecução de determinada meta de resultado primário e, mais grave, durante a execução do orçamento, qualquer desvio em relação às receitas previstas, autoriza o executivo a interferir na execução das despesas aprovadas pelo Congresso.
Enquanto que no Brasil os gastos com juros da dívida alcançaram quase 16% dos gastos da União em 2004, na Inglaterra este item foi responsável por apenas 5% das despesas do governo.
Diante disso, os recursos que sobram do outro do lado do Atlântico para pagamento das despesas sociais alcançaram mais da metade do orçamento (58,8%), sem incluir aí despesas com benefícios previdenciários.
No Brasil, os ditos gastos sociais representaram apenas 14,5%.
Mesmo incluindo os gastos com o pagamento dos benefícios da previdência, benefícios estes de caráter contributivo, que alcançaram 38,2% das despesas em 2004, ainda assim não alcançaríamos o patamar de gastos sociais da Inglaterra, que é um país considerado como o berço do liberalismo econômico.
A política fiscal no Brasil pós-1998 tem tido como objetivo único a redução da relação Dívida Pública/PIB. Os responsáveis pela política econômica defendem que com isso o país alcançará a estabilidade macroeconômica, atingindo o grau de investimento, conceito dado pelas agências internacionais de rating que avaliam a qualidade do crédito de um emissor de dívida, o que possibilitaria ao país atrair mais investimentos estrangeiros.
Como ferramenta para atingir este objetivo o Tesouro Nacional utiliza o superávit primário, que nada mais é do que a arrecadação de tributos menos as despesas do governo que não aquelas com os juros da dívida pública. A discussão recente tem evoluído para que mais do que apenas consiga superávit primário, o governo chegue ao déficit nominal zero, isto é quando se incluírem os gastos com juros, a arrecadação de tributos seja suficiente para pagar todas as despesas do governo.
O que não pode passar desapercebido é que houve um brutal aumento das tarifas de transporte ordenado pelas prefeituras de oposição como forma de inflar os dados do custo de vida em janeiro, com objetivo único de desestabilizar o governo de Dilma Rousseff. Como bem disse o ministro Mantega, passado este ímpeto, os números vão voltar ao seu patamar e o Brasil prosseguirá célere em seu ritmo de crescimento. Apesar do PiG, a tucanalhada não conseguirá fazer com que o povo brasileiro desacredite dos princípios da presidenta Dilma Rousseff.

COFRE TRANCADO!! POR QUE???

Acredito que não é hora de pisar no freio, alias só os neo-liberais é que gostam desta idéia.
Veja o exemplo da China.
Sabe qual é o problema? é você convencer uma pessoa que ganha salário mínimo que ele tem que esperar alguns meses para poder comprar mais 2 litros de leite para matar a fome de seus filhos. Parece aquela história de esperar o bolo crescer para depois dividir. Outra coisa porque a conta sempre tem que ser paga pelos mais pobres e pela classe media, pois sabes que corte nos gastos significa piores serviços para a população, a Elite só precisa do Estado para manter o ordenamento jurídico em função dos contratos.
Cadê o imposto sobre grandes fortunas previsto na constituição e nunca regulamentado? Como moro no interior do Brasil fica mais fácil entender a dinâmica da maquina pública, sempre os servidores e a população mais pobre são penalizados pelos tais ajustes fiscais, a elite da minha cidade tem estoque de terrenos para especulação e as administrações municipais nunca cogitaram implantar, por exemplo, um imposto progressivo.
Talvez esteja eu esteja me precipitando, é que nos meus 4.0 anos de idade, já estou de “sac… cheio” de sempre os ajustes caírem em cima da população, a Elite sempre fica “numa boa”.

QUANTA FALSIDADE !

Em um debate com o Zé (pedagio) Serra, um dos últimos da campanha do segundo turno, a candidata Dilma Rousseff encheu o peito e falou que o governo tinha enfrentado a crise de 2008, com postura firme. Disse ela, que os governos anteriores, diante de anúncio de crise, logo cortavam investimentos e achatavam salários, e que esse era o único recurso que eles conheciam. E arrematou:
"O nosso governo, em vez de cortar salários, cortar investimentos, fez o contrário dos anteriores, pois continuamos investindo, não achatamos salários do trabalhador, e assim mantivemos o Brasil longe da crise".
Logicamente, dando a falsa impressão que o país estava cheio de grana, e que continuaria a soltar dinheiro a rodo. Agora, com menos de dois meses à frente do governo, a primeira medida de impacto que ela tomou foi cortar 50 bi do orçamento. O Delfim disse que aquilo que o candidato diz no palanque, nunca dá para sustentar no gabinete. Político é falsário por natureza.

PT - 31 ANOS II

Governo vincula compra dos caças a exportações do Brasil.
O governo brasileiro tenta vincular a compra de aviões de combate para a FAB ao acesso de produtos do País a mercados internacionais. O governo Barack Obama recebeu a sinalização de que o Brasil pode até optar pelos caças F-18 Super Hornet, produzidos pela Boeing, mas em troca da eliminação de barreiras para produtos como o etanol, no mercado americano. Sem abdicar, claro, da cessão de tecnologia.
Abrindo caminho.
O primeiro americano a perceber as chances de fechar negócio com o Brasil foi o senador John McCain, que veio fazer lobby pelos F-18.
Sinal claro.
Há dias, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, recebeu de Dilma sinais do seu interesse em se aproximar do governo Obama.
Xa comigo.
Para adotar nova estratégia na questão dos caças, antes Dilma teve de demover Lula, que assumiu compromissos com os Rafale franceses.
Um sobe, outro cai.
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) tem voz ativa na nova estratégia para a compra dos caças; Nelson Jobim (Defesa), não.

FUI . . .

Google negocia aquisição da produtora de vídeo.
DA REUTERS, EM NOVA YORK.
O YouTube, do Google, está negociando a aquisição da produtora de vídeo Next New Networks, em um esforço para melhorar a qualidade dos vídeos disponíveis no site e elevar sua receita publicitária, de acordo com uma pessoa que conhece as negociações.
A Next New Networks é uma empresa de capital fechado mais conhecida como a produtora de comédias online tais como "Barely Political", cujo vídeo "I've Got a Crush on Obama" foi grande sucesso em 2008, ganhando cobertura em programas de TV aberta famosos como "Saturday Night Live".
Mas ao que se sabe o interesse do YouTube é pelo serviço de desenvolvimento de vídeo e parceria da Next New dirigido a produtoras menores, com o objetivo de ajudar a melhorar a qualidade do conteúdo no YouTube, o site de vídeo dominante na Web. A empresa poderia considerar a possibilidade de fechar o estúdio da Next New e investir mais no desenvolvimento de vídeos de parceiros para exibição no YouTube, disse a fonte.
As duas empresas se recusaram a comentar.
Desde que foi fundada, em 2007, a Next New levantou cerca de US$ 27 milhões em capital, junto a investidores como Spark Capital, Goldman Sachs, Saban Capital Group e Fuse Capital. Em dezembro, ela levantou 1,2 milhão de dólares por meio de títulos de dívida.
O objetivo para o YouTube seria atrair mais espectadores aos seus vídeos, que, na disputa sempre mutável do conteúdo na Web, agora precisam oferecer valores de produção superiores a fim de concorrer com as ofertas profissionais de sites como Hulu e Netflix, bem como com os sites oficiais de empresas de mídia como a CBS e ABC, da Disney.
O gigante das buscas deve pagar "dezenas de milhões de dólares" pela empresa e o acordo pode ser anunciado na semana que vem, reportou o "Wall Street Journal" na quinta-feira.
O Google enfrenta crescente pressão dos investidores, preocupados por o YouTube não estar contribuindo para os resultados financeiros da empresa apesar do domínio que exerce sobre o setor de vídeo on-line.

GOOGLE HOMENAGEA THOMAS EDISON

Logo do Google homenageia Thomas Edison. 

Reprodução
Logo do Google homenageia Thomas Edison
Entre outros, Edison foi o inventor da lâmpada elétrica e do fonógrafo
O Doodle, como é conhecido o logo do Google, amanheceu esta manhã homenageando o inventor e empresário americano Thomas Edison. Caso estivesse vivo, ele completaria 164 anos.
O logo alterado mostra diversas engenhocas funcionando em raio-X e em  tom sépia.
Nascido no dia 11 de fevereiro de 1847, Edison desenvolveu diversos dispositivos que contribuíram para o desenvolvimento doméstico do homem. Entre as suas criações, estão o fonógrafo, o cinetógrafo (primeira câmera fotográfica bem-sucedida), além da lâmpada elétrica, sua criação mais conhecida. Suas invenções contribuíram para levar o homem da era do vapor para a era da eletricidade.
No total, Edison registrou mais de 100 patentes, o que o coloca entre os maiores inventores de todos os tempos. Ele morreu no dia 18 de outubro de 1931, aos 84 anos, na cidade de West Orange, em Nova Jersey.

TATARANETA . . .

NETAS DE TIRADENTES

José Sarney, da Folhapress.
Fiquei com pena de Tiradentes. De repente está passando à história como sugador da nação. Tinha tantos privilégios que até hoje transmite a quatro trinetos pensões de dois salários mínimos. Não temos realmente o gosto de fazer justiça. O maior de todos os heróis brasileiros não pode ser alvo de notícias que podem levar a conclusões erradas.
Um menino francês, numa enquete sobre a identidade nacional, disse que ser francês era cantar a Marselhesa, belicosa, a convidar os cidadãos às armas. Aqui, tenho medo de perguntar a um estudante quem é Tiradentes e ele me responder que é aquele que tem quatro trinetos recebendo pensão do governo.
O Brasil, formado, ao contrário dos países da América espanhola, num processo de construção civil, tem relativamente poucos heróis nacionais na verdadeira acepção do termo. Sem dúvida, o maior, pelo martírio e pela dedicação à causa da Independência brasileira, é o alferes Joaquim José da Silva Xavier.
O governo português o condenou à morte na forca, ordenando que, “depois de morto, seja-lhe cortada a cabeça e levada a Vila Rica, onde no lugar mais público dela, será pregada em um poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em quatro quartos, pregados em postes, pelo caminho de Minas, no sítio da Varginha e das Cebolas, onde o réu teve as suas infames práticas, e os mais nos sítios das maiores povoações, até que o tempo também os consuma, declaram o réu infame, e seus filhos e netos tendo-os, (à) e a casa em que vivia em Vila Rica será arrasada e salgada”.
Nos autos da devassa, registra-se que prepararam uma cilada para que ficasse provado que Tiradentes conspirava contra o rei. Um espião lhe diz: “Eu aqui estou para trabalhar para ti”. Tiradentes responde: “E eu, a trabalhar para todos”.
Nossa dívida com Tiradentes deve continuar para sempre.
Na Câmara dos Deputados, o projeto 7.377/ 2010, encaminhado pelo ex-presidente Lula, apoia os jogadores das seleções campeãs do mundo de 1958, 1962 e 1970. O projeto assegura aos jogadores e seus sucessores um prêmio de R$ 100 mil e uma pensão de cerca de R$ 3.500. Alguns vivem em estado de penúria.
Sou a favor deles. É justo que assim procedam com os que deram nome e glória ao país e ao nosso povo.
Espero que o país cultive seus heróis, os que lhe deram glória e os que honraram a pátria. Nossos heróis devem ser lembrados. Seus descendentes devem ser ajudados pela nação. É nossa obrigação com o passado.
Quem trabalhou por todos merece o reconhecimento de sua pátria.

PT - 31 ANOS

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira.
* Jornais nacionais
Folha de S.Paulo
"Fico" de ditador egípcio causa revolta e impasse
Agora S.Paulo
INSS vai pagar em maio atrasados acima de R$ 27.900.
O Estado de S.Paulo
Ditador vai à TV, não renuncia e enfurece multidão no Egito
Jornal do Brasil
Reboque S.A
O Globo
Impasse no Egito
Valor Econômico
Corte só atenua tendência de alta dos gastos federais
Correio Braziliense
Corte deixa 28 mil vagas congeladas
Estado de Minas
Minas vai importar do Rio tática usada em blitz da Lei Seca
Diário do Nordeste
Risco de fuga: Alemão irá para outro estado
Zero Hora
Mubarak diz que fica e enfurece egípcios
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Mubarak se recusa a renunciar, gerando a fúria dos manifestantes
The Guardian (Reino Unido)
Esperança egípcia vira fúria após Mubarak se manter no poder
Le Figaro (França)
Sarkozy: reforma para proteger
El País (Espanha)
Mubarak se mantém no poder
Clarín (Argentina)
Inesperada detenção de um sindicalista próximo de Duhalde.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Nao iludir-se com editoriais de apoio a Dilma Rousseff,  por parte do jornalão.
Isso ai e apenas tático, circunstancial.
Nem insinuar que a fala de Lula na africa era’ dispensavel’, senhores mesquiteiros”
Lula fala na hora certa e com autoridade. Autoridade moral indiscutivel. E neste caso com a autoridade de quem respeitou sempre acordos e contratos até da privataria, porque nao poderia bater o pe sobre aoordos
livremente pactuados com os trabalhadores?
O estilo Dilma no caso do mínimo
A decisão da presidente Dilma Rousseff de declarar encerradas as negociações com as centrais sindicais e os partidos da base sobre o reajuste do salário mínimo de 2011 – fincando pé no valor fixado de R$ 545 – é uma demonstração de autoridade e coerência política. Não é pouca coisa para quem tem léguas a percorrer na construção de um estilo de liderança pessoal que resgate a sua imagem da sombra do seu padrinho e grande eleitor Luiz Inácio Lula da Silva. De mais a mais, ela está certa em se manter fiel à regra acertada com os sindicalistas em 2007, pela qual o mínimo deve ser reajustado por uma fórmula que leva em conta a taxa de inflação do ano anterior e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Primeiro, porque os pactos existem para ser cumpridos e também disso depende a reputação de um governo. Segundo, porque um aumento maior do que o resultante daquele cálculo desmoralizaria na primeira curva do caminho os reiterados compromissos da presidente com o “valor absoluto” da estabilidade econômica e com o rigor fiscal por ela prometido já no seu pronunciamento da vitória, em 31 de outubro. Afinal, os benefícios da Previdência são reajustados pelo salário mínimo.
A majoração do piso de R$ 510 para R$ 545 não proporciona ganho real para os assalariados, pela simples razão de que o PIB não cresceu no recessivo ano de 2009 (a rigor, retrocedeu 0,2%). Para fazer bonito diante da arquibancada, a presidente poderia, como pleiteavam os sindicatos, sacar a descoberto, antecipando uma parte do robusto aumento que virá em 2012, graças ao desempenho da economia no ano que passou, concedendo um mínimo de R$ 580. Mas Dilma, em mais de uma frente de atuação, parece menos preocupada em fazer bonito do que em fazer a coisa certa. Nem sempre conseguirá, às vezes nem tentará, mas ela decerto está ciente do que poderia significar um recuo já na primeira batalha do seu mandato. Para não deixar dúvidas sobre o que esperar dela, quando está convencida de que a sua posição é a correta, a presidente não só mandou avisar que não há mais o que discutir sobre o mínimo, como ainda tratou de apressar a votação da matéria – o que deverá ocorrer já no começo da semana que vem – e avisou os líderes parlamentares governistas de que emendas ao projeto não serão toleradas. A direção do PT, por sua vez, estuda fechar questão em torno da proposta para enquadrar os companheiros recalcitrantes.
Se, apesar de tudo e contra todas as expectativas, o Congresso aprovar um mínimo superior a R$ 545, o Planalto advertiu que a diferença será compensada por um golpe de tesoura maior do que o previsto no Orçamento, alcançando em primeiro lugar as preciosas emendas parlamentares. Dilma bateu o martelo um dia depois de Lula, na sua primeira manifestação sobre uma questão do governo de sua sucessora, considerar “oportunismo” a insistência dos sindicalistas em alterar as regras do jogo. O ex-presidente foi instado a falar pelos jornalistas que o acompanharam a Dacar, no Senegal, para a abertura do 11.º Fórum Social Mundial. Mas a decisão de Dilma estava tomada de antemão – e não dependia do beneplácito do padrinho. A crítica de Lula caiu mal entre os dirigentes sindicais. Na semana passada, alguns invocaram o seu nome para constranger a presidente que, segundo eles, estaria se desviando da rota do seu mentor. O mais vociferante tem sido o deputado Paulo Pereira da Silva, do PDT paulista, que controla a Força Sindical. “O Lula está com problema de memória”, atacou, invocando as promessas do então presidente às lideranças sindicais, em meados de outubro, de que haveria aumento real do mínimo em 2011. À época, o tucano José Serra insistia em que, se eleito, o piso iria para R$ 600.
Além de exprimir seu desapontamento com Lula, os sindicalistas passaram a fazer ameaças rombudas a Dilma. “Derrotar aliados é uma coisa ruim. Fica um rescaldo para o futuro”, disse Pereira da Silva. Mas as consequências, além de virem sempre depois, como diria o Conselheiro Acácio, podem ser tanto menores quanto maior a coragem exibida no embate pela autoridade que as sofreria.

VAMOS TIRAR BELO MONTE DO FUNDO DO LAGO

Por Luís Moreira, do Blog Olho do Sertão.
Império de BeAlo Monte: diligências policiais foram expulsas da região do rio Vaza-Barris pelos seguidores do Conselheiro

                       vinoblok

James Cameron de fato está preocupado com a perda da sociodiversidade e da biodiversidade na Amazônia? 
Como canadenses e norte-americano o que ele faz para evitar a destruição das florestas da América do Norte? Qual o seu interesse? 
Penso que o grande ofício dos pensadores do Brasil neste momento não é apenas replicar a falácia de uma certa mídia que, contaminada pela disputa política entre dois campos opostos, perdeu a razão  para fazer a boa crítica em relação aos projetos e programas do governo "Brasil um país de todos".  
Agora existe um corrente pelas redes diversas na internet contra construção da hidrelétrica de Belo Monte. Penso que é puramente pensar sobre a vasta área de mata, igarapés e comunidades ribeirinhas, devemos pensar também no lago de Sobradinho. Por quê?
Porque lá está no fundo do lago o que restou da Belo Monte de Antonio Conselheiros, dos sertanejos, ex-escravos, índios. 
Lá esta gente humilde conseguiu trazer o céu para a terra e expulsar os "demônios" da miséria, da exploração e da escravidão. 
Enquanto os Padres pregavam o Céu para depois da morte, esta gente humilde  liderada  por Antonio Conselheiro  optaram por trazer o Céu para a terra, ou seja para Belo Monte. 
E por que a luta contra a construção da hidrelétrica  de Belo Monte na grande Amazônia? O que movem as pessoas? O movimento ambientalista e ecológico? Mas que movimento ecológico é este? Liderado por quem? Quais os interesses maiores? 
Se é para lutar por uma questão que una interesses ambientais com interesses sócio-culturais vamos esvaziar Sobradinho para que os restos de Belo Monte possa brotar.
"Mais do que Energia precisamos conservar e recuperar o que as obras das grandes hidrelétricas ajudaram a afogar, como a que restou a comunidade de Belo Monte, mas também as tantas comunidades que Sobradinho inundou, principalmente a identidade cultural dos povos daquela região. 
Porque mais do que mata, cidades, povoados, casas, o que fica enterrado debaixo de água é a história de um povo, é a identidade de um povo. 
E que movimento é este por Belo Monte que se esquece das grandes áreas inundadas pelas hidrelétricas, lagos e açudes por estes país? 
E como pensar a questão ambiental neste país? Vamos pensar sobre processos de consumo (buscando consumo sustentável) e redução (as pessoas falam em reciclar quando na verdade o foco deveria ser na redução (preciclar) para se começar a pensar e viver o desenvolvimento sustentável. 
No entanto, vejo que isso ainda terá um grande tempo a maturar na cabeça das pessoas quando vão comprar alguma coisa ou consumi-la, seja um bem ou um serviço. 
E penso que a grande pergunta é: como buscar alternativas de energia a curto prazo para uma economia crescente?. Segundo alguns economistas para sustentar uma economia como a nossa, que já desponta para ser a quinta desta  segunda década é preciso construir um Bela Monte todo ano. 
Talvez haja exagero nisso e não tenho parâmetros para dizer da capacidade instalada de energia e da necessidade para os próximos anos, a despeito do crescimento econômico de nosso pais.  
Deixo aqui para os leitores o dever de pesquisas dados sobre a esta situação e a matriz energética de nosso país e depois compartilhar neste espaço de construção. 
E onde tirar Energia para sustentar o consumo das famílias brasileiras e do processo produtivo? 
Estamos falando de questões urgentes para manter a economia crescendo (não quero enfatizar desenvolvimento econômico - esta é outra discussão) a uma taxa de média de 5% ao ano para os próximos DEZ ANOS. 
Urgente significa agora, prazo máximo de quatro anos ou seis anos no máximo para evitar um apagão geral. Os blecautes que estão acontecendo no país são avisos do que poderá vir acontecer a curto prazo,  se o país não produzir mais energia, um apagão de magnitude maior do que acontecer no início da década passada. 
E penso que energias alternativas como Eólica e Solar demandam um grande tempo  e é uma política de longo prazo, que infelizmente o governo Lula não priorizou com a devida atenção. 
Mesmo aqui no Ceará, principalmente no litoral leste, a implantação dos parques eólico estão tendo um custo social e ambiental muito algo para as comunidades tradicionais. 
Estamos perdendo as nossas belezas naturais, as nossas praias para grupos privados de energia Eólica. E neste sentido, a ENERGIA EÓLICA produzida nesta parte do país é uma energia muita suja por transformar a paisagem, por aterrar lagoas de águas cristalinas, por acabar com o livre-acesso às praias, por danificar seriamente a qualidade de vida das comunidades. 
E neste sentido, o país precisa caminhar em todas as direções, quando se pensa em geração de energia, mesmo porque o Brasil tem todas as possibilidades possíveis para  diversificar a sua matriz energética. 
No momento há um investimento alto em Energia movidas a carvão que são as Termoelétricas (funcionam como completo com as hidrelétricas)
No entanto, agora é preciso pensar no presente, dada às taxas de crescimento industrial, por exemplo. 
Agora eu deixo a seguinte pergunta: se não aproveitarmos parte do território da Amazônia para produzir energia, de onde buscaremos Energia Hidráulica? 
Vamos acabar com as belas praias do Ceará e do Rio Grande do Norte e a liberdade de livre-acesso a estas praias lotadas de "fazendas de vento"?
Os sistemas CHESF e Itaipu e outras hidrelétricas já estão no limite de sua produtividade? Creio que sim. 
Sim, digamos que Belo Monte não saia, aí entra o plano das Usinas Nucleares com previsão de serem instaladas três no Nordeste, uma aqui no  Ceará. (isto já é realidade dentro do planejamento estratégico do governo em relação à geração de energia - não tenho dúvida que nosso estado ainda terá um Usina Nuclear em um futuro próximo).
A Energia Nuclear é a energia mais limpa de um lado, mas de outro uma grande possibilidade de contaminação, como aconteceu em Kiev na Ucrânia? 
As tecnologias de Usinas Nucleares evoluíram em sentido de mais segurança contra uma contaminação geral por   "urânios enriquecidos a três por centro? 
O que vocês acham? 
Agora uma outra pergunta: por que EUA, ONG internacionais não querem a instalação de Belo Monte? 
Não há um interesse de fora, com o discurso neobobo e hipócrita da "sustentabilidade", quando o Brasil é reconhecido no mundo e no movimento ambientalista como um protagonista na combinação de crescimento com proteção ambiental? 
Nos últimos 10 anos, quem foi o país que mais fez para  avanços em propostas e ações nas Conferências das Partes sobre mudanças climáticas? 
Uma coisa eu afirmo companheiro, o pensamento ambientalista dos países desenvolvidos não nos interessa porque o nosso está carregado de problemas sociais ao longo de nossa existência. 
Neste país não se resolverão os problemas sociais sem geração de emprego, de melhor educação e outras políticas que possam reduzir a miséria. 
Neste sentido, em Estocolmo - Suécia, no período de 5 a 16 de junho de 1972 ecoou o grito da Primeira Ministra indiana Indira Ghand dizendo: que o grande problema do mundo é miséria. Não resolveremos os problemas do meio ambiente sem antes resolver os problemas da miséria do povo. 
Em nosso país resolveremos o problema do meio ambiente não apenas com proteção ambiental, mas principalmente com distribuição de renda e políticas de inclusão social. 
Uma questão importante a colocar é: novamente os EUA aproveitam situações como o quadro de Mudanças Climáticas para tirarem vantagens de outros países, principalmente na disputa por queima de carbono. 
Quem deve poluir mais o planeta, parece ser esta a maior discussão nos encontros internacionais, quando ninguém pensa concretamente em reudução, com metas a cumprir, de acordo com o tratado de Kioto, no entanto outras questões devemos fazer:
A quem interessa o Brasil não forte, com capacidade produtiva instalada a pleno vapor? 
A quem interessa o Brasil não aproveitar de forma sábia os seus recursos naturais? 
A quem interessa o Brasil não se desenvolver , inclusive com a Tecnologia Nuclear? 
O que é importante colocar que todo empreendimento para gerar energia tem impactos ambientais grandes (não são pequenos), inclusive com instalação de parque Eólico aqui no Ceará em que praticamente matando as comunidades e ambientes costeiros. 
Aqui no Ceará a comunidade do Cumbe  - Praia do Cumbe no Aracati com suas lagoas cristalinas foi exterminada pela Empresa de Energia Eólica Bons Ventos. 
A praia do Cumbe seria uma espécie de Lençóis Maranhenses. 
Agora, os caras que ficam reproduzindo o pensamento de "elite bastarda que não tem compromisso com este país", faz campanha contra o governo Dilma da mesma forma como fazia no governo deveriam responder de onde podemos tirar energia para fazer a "economia deste país girar em torno de 5% ao ano durante esta década. 
Não tem como fazer omelete sem quebrar os ovos. 
Não há como negar que Belo Monte fará desaparecer parte da exuberante Floresta Amazônica, comunidades ribeirinhas, igarapés, sistemas ecológicos e tudo mais, mas existe outra forma, assim como Sobradinho deixou debaixo d'água o que restou da comunidade Belo Monte (Canudos). 
Quais os sentimentos de pessoas como eu não poderem visitar o local que um dia alguns sertanejos, liderados por um "louco" messiânico" tiveram a audácia de trazer  o Céu prometido para a terra?´
Belo Monte dos Sertões têm um significado muito importante porque foi a utopia dos sertanejos. Estes lutaram até o último homem. 
Lá mais do água corre o sangue derramado de homens e mulheres que resolveram lutar pelo Céu na Terra. Portanto, vamos lutar para esvaziar Sobradinho e fazer com a história de Canudos possa ser vivenciada. 
E sobre a Belo Monte da Amazônia? O que podemos fazer? 
Parar de crescer? De consumir? Em reduzir? E como incluir pessoas se a economia não cresce? Não temos famílias com demandas reprimidas por duas décadas sem crescimento e falta de  geração de renda? 
Vejam  que situação requer um debate mais complexo do que apenas dizer não à usina de Belo Monte. Veja que a mídia não tem compromisso em fazer um debate mais aprofundado da questão de geração de energia e da matriz energética deste país que ainda  é  considerada a mais limpa do planeta, apesar do avanço das Termelétricas. 
E como energia limpa leia-se energia hidráulica. Os mesmos que elogiam a energia limpa deste país são os mesmos que são contra Belo Monte, pode uma contradição desta? 
Mas o que é energia limpa? Aqui no Aracati - Ceará, especificamente na Comunidade do Cumbe, a energia elógica é muito suja porque destruiu a praia e praticamente a comunidade do Cumbe. 
E somos contra Belo Monte deveríamos ser contra Sobradinho (Sobradinho cobriu Canudos), Itaipu que acabou com as "Setes Quedas".
Se somos contra Belo Monte deveremos ser contra todas as Hidrelétricas, principalmente as que cobriram  e podem ainda cobrir de água excelentes terras para a produção agrícola de nosso querido Semi-árido, além de afundarem em água a identidade cultural destes povos. 
Portanto, muito cuidado com este discurso da "hipocrisia verde da sustentabilidade" porque os nossos problemas ambientais são únicos no mundo e o  pensamento de fora não nos serve para nada. 
O nosso movimento ambiental é de cunho social, precisamos antes lutar contra as desigualdades e pela melhor distribuição da riqueza neste país. 
Luís Moreira