sábado, 21 de maio de 2011

21 de maio de 1968 - O dia em que a França parou
Por Lucyanne Mano, do Jornal do Brasil.
Trezentas fábricas ocupadas e centenas interditadas, inclusive as grandes indústrias siderúrgicas, metalúrgicas, químicas e as automobilísticas. Paralisação total do sistema de transportes, à exceção dos táxis. Nenhum trem, ônibus ou avião em circulação para a locomoção municipal, interprovincial ou para o exterior. No setor das comunicações, em funcionamento apenas o sistema telefônico direto e o serviço de telegramas. Fora do ar todo o sistema de rádio e televisão. Contingentes da Polícia no entorno dos prédios públicos. Esgotados os estoques de alimentos, falta de combustíveis e acúmulo de lixo nas ruas. Pichados os muros e monumentos de Paris, historicamente zelados pela importância cultural. Escolas fechadas. A França isola-se. Paris transforma-se na capital da crise do mundo moderno.
Continuando o efeito dominó, o movimento grevista, que já abalava a França desde o início do mês com os protestos dos estudantes e o apoio pleno da classe operária, alcançou seu ponto máximo estimando-se 10 milhões de integrantes, em virtude da adesão de novos setores em todo o país. Pararam os portos marítimos e fluviais, as instituições financeiras e os serviços públicos, que colocaram em xeque-mate o fornecimento de energia elétrica, gás e água.
Na maior greve de sua história, a França teve sua infra-estrutura largamente paralisada ou rendida ao controle operário.
O alvo das reivindicações era o Governo De Gaulle: reclamava-se a derrubada do governo, a tomada do poder e por mudanças políticas radicais. Acuado o presidente Charles de Gaulle anunciou que o governo levaria a cabo as reformas educacionais pedidas pelos estudantes e garantiria melhores condições à classe trabalhadora.
Os ecos do maio francês de 1968.
Paradoxalmente, a greve geral que isolou a França atraiu para o país as atenções de todo o mundo. Após as tensas semanas da primavera, a paralisação chegou ao fim. Com os dias contados estava também o governo do General De Gaulle, que renunciaria ao mandato em abril de 1969, após uma derrota no referendo para transformar o Senado francês num corpo consultivo.
A dimensão daquele maio de 68 ficou evidente na repercussão dada à greve geral além das fronteiras da França. Propagando ideais de igualdade e liberdade, o movimento revolucionário inspirou levantes sociais no mundo inteiro.

O MUNDO DIZ BASTA EM MADRI

DEPOIS DOS ÁRABES, EUROPEUS VÃO ÀS RUAS - O longo recuo da esquerda européia culminou nesta crise  com a adoção de um plataforma indistinguível do ferramental ortodoxo feito de privatizações,arrocho fiscal,  expropriação de direitos e redução de salários. A tal ponto se dissolveram as fronteiras que não por acaso o candidato do socialismo francês para enfrentar Sarkozy em 2012 seria o próprio diretor-geral do FMI, Strauss-Khan, não fosse pelo tropeço do 'socialista' em um quarto de hotel nos EUA. A direita dá as cartas e se mostra mais competente  quando o assunto é impor sacrifícios e eleger inimigos da 'Nação' --à falta de comunistas,  os imigrantes, por exemplo.   Indignada  com trajetória semelhante  percorrida pelo governo Zapatero, a juventude da Espanha --45% de desemprego na faixa de 18 a 25 anos-- cansou de esperar pela renovação dos partidos e foi buscar outras fontes de inspiração, adotanto  estratégia equivalente a dos jovens do mundo  árabe ao ocupar praças e ruas de vários pontos do país em protestos que antecedem as eleições regionais e municipais deste fim de semana. O movimento  recusa a tese da 'solução única' abraçada pela esquerda,  para  superar uma crise cuja origem remete justamente aos paradigmas do pensamento único neoliberal.  Governos  progressistas com plataformas conservadoras tem sido a norma urbi et orbi. Diz-se na França que a diferença entre um governo socialista e um neoliberal é que os socialistas  fazem a mesma coisa com dor no coração. A Espanha parece sugerir que o matrimônio da hipocrisia com o arrocho  já não conta mais com a cumplicidade da  tolerancia e da omissão. Madri hoje é a capital de uma Europa asfixiada pelas finanças e desiludida com a  seus  partidos, mas que resolveu dizer basta. (Leia reportagens e coluna de Paulo Kliass nesta pág). (Carta Maior; Sábado, 21/05/ 2011)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

AINDA TEM . . .

Ainda tem jornalista e especialista clamando pelos céus pelo fim do livro que vai deseducar milhões de analfabetos que falam errado!
Inda tem e não isso não vai acabar, ontem ainda ouvi na RÁDIA, dois jornalistas discutindo com a mesma iNgnorância a respeito juntando Alexandre Garcia e Míriam Leitão temos 2 especialistas com respostas para tudo, menos para a ignorância cultural deles.  
Onde mesmo tava escrito para os senhores políticos que estes devem desviar recursos da educação e que eles seguem bem "direitinho?"

É MEDO MESMO

Não existe coragem nas atitudes de Obama. É medo mesmo.
Antes era só na Africa. Aí chegou no Oriente Médio. Foi se espalhando até a Síria. Aí aconteceu o que ninguém imaginava, começou a chegar em Israel (de fora pra dentro, é verdade, mas chegou), chegou na Espanha (e como chegou), já está indo para Portugal, não demora, chega nas terras da rainha e já está embrionário no Wisconsin.
Como disse aquele assessor do Clinton: “É a economia, estúpido”. A onda de rebeliões populares se alastra sem controle pelo mundo e começa a bafejar a América. Ou Obama começa a mostrar serviço pra valer ou vai ver o pessoal acampar no Lincoln Memorial e invadir o Capitólio.
Aí, sai de baixo….
Deixa eu ver se eu entendi: O país dominado pelos judeus dando ultimato ao país judeu?
A única parte que eu entendi, sem dúvida, foi a de “desmilitarizar” a Palestina. Tipo a campanha do desarmamento no Brasil que só tira a arma do cidadão… Bandido mandando bandido se comportar. 2012, vem logo, que esse mundo tem que acabar!!!

AH! ! !

Por essa e por outras, digo: Lula é o cara, Obama, um cara.
Quando o nunca dantes reconheceu a o estado Palestino com as fronteiras de 1967, o PiG e a secretaria Hilary achou um absurdo.
E agora o que dizem eles?
Levante a mão quem acredita se isso vai acontecer?!?! O Lula disse e ficou com a pecha de falastrão e que estava querendo aparecer, pois bem agora Obama falou a mesma coisa parece que pediu o escript ao metalúrgico que não fala ingrêssssss, o Pigaiato esta todo serelepe dizendo em suas chamadas, olha como o presidente do USA falou grosso com Israel?!?!
AH! ME poupe dessa conversinha pra boi dormir!

ISSO AINDA VAI RENDER . . .

PALACCIOTÓPOLIS . . .

NOVA TENTATIVA PARA MELHORAR


Enquanto o gerente de futebol Anderson Barros pediu desculpa por não ter conseguido os reforços prometidos para o começo da campanha, o técnico Caio Júnior decidiu fazer ontem nova tentativa para melhorar o rendimento ofensivo do Botafogo na estreia do Campeonato Brasileiro, domingo, com o Palmeiras, na cidade de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo.
A nova dupla de atacantes será Caio e Maicosuel. Alex sai do time, que será escalado no 3-5-2. Caio Júnior decidiu colocar Lucas Zen como terceiro zagueiro ao lado de Antonio Carlos e Fabio Ferreira. Os cinco do meio de campo serão Lucas, Marcelo Matos, Arévalo, Galhardo e Cortês. Caio Maicosuel terão no ataque o apoio de Galhardo e dos alas Lucas e Cortês.
O Botafogo não conseguiu na reunião de ontem do Superior Tribunal de Justiça Desportiva o efeito suspensivo que pretendia para Loco Abreu e Herrera, suspensos por cinco e quatro jogos, por participarem de agressões no final do jogo com o Avaí, em Florianópolis, na eliminação do time da Copa do Brasil.
Caio Júnior também não poderá ficar na área técnica do estádio Teixeirão, em virtude de ter sido suspenso por um jogo. O Botafogo terá que escolher o substituto do técnico para dirigir o time da beira do campo após assinar a súmula.
Jeferson, convocado ontem pela quinta vez por Mano Menezes, disse que divide com os companheiros a nova oportunidade na seleção: “Faço parte de uma equipe e sem o apoio dos colegas não seria possível. Terei que me empenhar muito para estar na Copa America porque agora são quatro goleiros disputando duas vagas”.
O Botafogo conclui amanhã os quatro dias de treinamento em Porto Feliz, no interior paulista, viajando em seguida para São José do Rio Preto. O segundo jogo do time no Campeonato Brasileiro será no sábado 28 com o Santos, no Engenhão, onde o campeão paulista colocará em campo os reservas porque a prioridade é a semifinal da Copa Libertadores.

SANTOS DECIDE COM O CERRO PORTEÑO


O Santos decidirá a vaga para a final da Copa Libertadores da America com o Cerro Porteño (Paraguai), que ontem à noite, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, ganhou (1 a 0) do Jaguares (México). O gol foi de Benitez, de cabeça, aos 25 minutos do segundo tempo. No primeiro jogo, em Chiapas, no México, 1 a 1.
O resultado era o que o Santos queria para não ter que passar pelo desgaste de nova viagem ao México, mais distante e com outro problema: o fuso horário. Com a eliminação do time mexicano, o Santos fará viagem bem mais curta a Assunção, distante pouco mais de duas horas e irá em voo fretado à capital paraguaia.
Muricy Ramalho poupará os titulares da estreia no Campeonato Brasileiro, amanhã, às 21 horas, com o Internacional, na Vila Belmiro, a fim de que possam se recuperar dos dois últimos jogos, sobretudo o da decisão do Campeonato Paulista domingo passado com o Corinthians. O técnico vê o jogo com o Cerro como “muito equilibrado porque o time paraguaio é bom.

NA ESPREITA

NADADEIRA

TUDO PODE ACONTECER, INCLUSIVE NADA . . .

Apontar favoritos no campeonato brasileiro é bem arriscado.
Acho que isso dá um tempero especial ao brasileirão, pois ninguém entra campeão, ninguém entra ré-baixado, mas todos, sem exceção, entram cheios de esperanças. Em um campeonato longo, onde muitos times disputam campeonatos paralelos, (Copa do Brasil, Sul Americana, Libertadores e talvez Mundial) os times “economizam” seus titulares e isso “fortalace” as equipes que tem apenas o foco no Brasileirão, pois essas podem contar com seus elencos principais na disputa.
Em setembro, e só lá, se tem um cenário mais claro.  
E quando entrar setembro . . .
Imaginamos quais são os melhores times (11 jogadores), melhores elencos, melhores treinadores etc.. porém em um campeonato de quase 7 meses e 38 rodadas, tudo pode acontecer.
Mas agora o legal é dizer que o Cruzeiro tem o melhor elenco... 
O Cruzeiro com o melhor elenco? Virou moda falar isso? O Cruzeiro possui 4 grandes jogadores: Fábio, Gilberto, Montillo e Roger. Faz um bom tempo que o Henrique não joga bem. Mas e os outros jogadores? Quem são? Tenho certeza que todo o restante da mídia esportiva nem fazem idéia de quem são.
É só mais um vírus da internet.
Com a hegemonia fora do eixo Rio - São Paulo as equipes dos outros estados estão se fortalecendo, não com nomes carimbados no futebol mundial, mas com bons atletas e assim vemos surgir boas e fortes equipes.
O coração já está pronto para emoções até dezembro.
Na Internet é moda mesmo ser raivoso com quem pensa diferente da gente.
Boa jornada, e um ótimo brasileirão a todos.
Eu não querendo apontar um nome, mas aposto que esse ano o Brasileirão terá um campeão fora do eixo Rio – São Paulo.

A DIFÍCIL MISSÃO DE APONTAR FAVARITOS

Por Milton Leite
Neste sábado começa o Campeonato Brasileiro com a sua maratona de 38 rodadas e quase sete meses de competição acirrada. E todo torcedor que tem a chance de conversar com algum jornalista esportivo, quer sempre saber quais são os favoritos, que tem o melhor elenco, quem vai brilhar… Missão quase impossível responder. Há tantos acontecimentos ao longo do torneio que o favorito de hoje, pode não ser mais daqui a um mês.
Poucas horas antes da primeira rodada, quem tem o melhor time? Em minha opinião, o Santos, porque tem os dois melhores jogadores do futebol nacional, Neymar e Paulo Henrique Ganso. O melhor elenco? O Cruzeiro. O Inter corre um pouco atrás dos dois, tendo um ótimo elenco, mas parece faltar um pouco mais ambição, de gana aos gaúchos. E já na primeira rodada é possível observar como é difícil a vida de analista de futebol no Brasileirão: pelo envolvimento na Libertadores, o Santos vai jogar com time reserva contra o Internacional. E provavelmente repetirá a dosa nas duas próximas rodadas – e se for à final o time titular vai estender essa ausência dos principais jogadores por mais algumas rodadas. O mesmo deve acontecer com Vasco, Ceará, Avaí e Coritiba, disputando as semifinais da Copa do Brasil.
Pior, o Santos que muita gente aponta como favorito, provavelmente perderá três jogadores fundamentais por longo período: a Copa América que vem aí e levará Elano, Neymar e Ganso por dez, 12 rodadas. E se ganhar a Libertadores, vai se dedicar ao Brasileiro ou pensar no Mundial? Claro que a seleção vai desfalcar outras equipes, o que dificulta avaliar o que poderão conseguir em um terço do campeonato.
Jogadores que estão chegando do exterior, como Alex (Corinthians) e Martinuccio (Palmeiras), por exemplo, só poderão jogar em agosto. A situação pode se modificar se a CBF permitir que estes atletas joguem antes da abertura da janela de negócios com o futebol europeu. Mesma janela que poderá levar outros jogadores durante o andamento da competição, o que pode mais uma vez modificar mais uma vez o panorama. E o que vai acontecer quando começar a Copa Sul Americana? Os times vão atuar com todos os titulares lá ou cá?
Além disso, na maioria das vezes as análises pensam exclusivamente no time, deixando de levar em consideração o grupo todo. Neste campeonato, quem tem 11 bons jogadores não consegue sucesso. É preciso ter reservas de qualidade porque a exigência física é grande, sem falar em suspensões, contusões e negociações inesperadas.
Apontar favoritos agora é mera futurologia.

GREVE GERAL

HAJA CORAÇÃO . . .

BOTAFOGO TEM NOVO PATROCIONADOR

E não é o Eike.

Por Mariana Durão.
O botafoguense Eike Batista já apostou até no vôlei, mas não deu nem bola pro clube alvinegro. Tudo bem, a João Fortes Engenharia é o novo patrocinador do Botafogo. A incorporadora terá sua marca estampada nas camisas oficiais de jogos e treinos e também em propriedades publicitárias no Engenhão durante a disputa do Campeonato Brasileiro e da Copa Sulamericana. Essa é a primeira vez que a empresa investe em esportes. O valor não é revelado, mas será o maior patrocínio de camisa em toda história do clube. A marca da incorporadora já estará estampada na camisa alvinegra na estréia do time no Campeonato Brasileiro, no próximo domingo (22/5), contra o Palmeiras, em São Paulo.

JUVENTUDE ESPANHOLA DIZ BASTA

E OCUPA PRAÇAS, COMO OS ÁRABES - O longo recuo da esquerda européia culminou nesta crise  com a adoção de um plataforma indistinguível do ferramental ortodoxo feito de privatizações, arrocho fiscal,  expropriação de direitos e redução de salários. A tal ponto se dissolveram as fronteias que não por acaso o candidato do socialismo francês para enfrentar Sarkozy em 2012 seria o próprio diretor-geral do FMI, Strauss-Khan, não fosse pelo tropeço do 'socialista' em um quarto de hotel nos EUA. A direita dá as cartas e se mostra mais competente  quando o assunto é impor sacrifícios e eleger inimigos da 'Nação' --à falta de comunistas,  os imigrantes, por exemplo.  Indignada com trajetória semelhante  percorrida pelo governo Zapatero, a juventude da Espanha cansou de esperar pela renovação dos partidos e foi buscar outras fontes de inspiração, adotanto  estratégia equivalente a dos jovens do mundo  árabe  para ocupar praças e ruas de vários pontos do país nestes dias de eleições regionais. O movimento recusa a tese da 'solução única' abraçada pela esquerda,  para superar uma crise cuja origem remete justamente aos paradigmas do pensamento único neoliberal.  Governos progressistas com plataformas conservadoras tem sido a norma urbi et orbi. Diz-se na França que a diferença entre um governo socialista e um neoliberal é que os socialista fazem a mesma coisa com dor no coração. A Espanha parece sugerir que o matrimônio da hipocrisia com o arrocho  já não conta mais com a cumplicidade e a paciência de muitos. (Carta Maior; 6º feira, 20/05/ 2011)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

TÁI ISSO EU QUERO VÊ

Obama muda tom e diz que Estado palestino deve ter fronteiras de 1967.

FotoPRESIDENTE DOS EUA, BARACK OBAMA
Mudando o tom em relação a pronunciamentos anteriores, o presidente americano, Barack Obama, disse nesta quinta (19) que um futuro Estado palestino deve ser baseado nas fronteiras existentes antes do conflito de 1967 – reivindicação feita pelos palestinos e rejeitada por Israel. “Os Estados Unidos acreditam que as negociações devem resultar em dois Estados, com fronteiras palestinas permanentes com Israel, Jordânia e Egito e fronteiras israelenses permanentes com a Palestina”, afirmou. “As fronteiras entre Israel e Palestina devem ser baseadas no traçado de 1967, com trocas acordadas mutuamente, para que fronteiras seguras e reconhecidas sejam estabelecidas para ambos os lados”, disse. Segundo analistas, as declarações marcam uma mudança na política dos Estados Unidos, que até então costumavam afirmar apenas que “os palestinos desejam” um Estado com as fronteiras de 1967, e agora parecem manifestar apoio a essa reivindicação.

CANDIDATOS INSSOSOS, AMORFOS E INODOROS

Por Carlos Chagas.
Faz tempo que começou, mas de algumas semanas para cá tornou-se ostensiva a briga de foice em quarto escuro pela prefeitura de São Paulo. A um ano e quatro meses da eleição, operam partidos e candidatos para manter-se à tona e, afinal, conquistarem as indicações.
No PT,  partido obstinado na tentativa de retomar o controle da capital, surgem Fernando Haddad, apoiado pelo ex-presidente Lula, Rui Falcão, presidente nacional do partido, Marta Suplicy, ex-prefeita derrotada em recente tentativa e Aloísio Mercadante, outro colecionador de fracassos eleitorais. Nenhum deles é para valer, ao menos por enquanto, ainda que todos sonhem com a consolidação futura. Se os companheiros querem desde já  ter certeza da vitória, só um nome existe para tanto: o próprio Lula, na hipótese de apoiar um segundo mandato para a presidente Dilma Rousseff.  A candidatura do ex-presidente a prefeito configura hipótese impossível, hoje, mas capaz de constituir-se em  solução desesperada para 2012. E para quem julgar uma diminuição tornar-se prefeito quem já foi e pretende ser de novo presidente da República, é bom lembrar o episódio Jânio Quadros.
O Alto Tucanato vive buscando uma fórmula para sair da confusão em que se meteram seus principais líderes, até  antes da derrota de José Serra para Dilma Rousseff, ano passado. A solução para a unidade e a tentativa de conquistar a presidência da República em 2014 passa, para o PSDB,  pela candidatura de Serra à prefeitura, devendo Geraldo Alckmin concorrer à reeleição no governo do estado,  abrindo-se ampla avenida para Aécio Neves disputar a cadeira que o avô  conquistou. Mesmo visando o palácio do Planalto, Serra poderia meditar no adágio popular de que mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Se eleito alcaide paulistano, tudo o mais que acontecesse seria lucro, por conta do imponderável.
Gilberto Kassab não pode reeleger-se, está criando o PSD  para poder concorrer ao palácio dos Bandeirantes em 2014, mas precisará, para tanto, eleger o sucessor na prefeitura.  Entre diversos pretendentes, destaca-se Guilherme Afif.
O PMDB conseguiu seduzir Gabriel Chalita  pelas artimanhas de Michel Temer, parecendo óbvio que será lançado candidato a prefeito, ano que vem.
À exceção de uma quase impossível candidatura do Lula, os demais pretendentes à prefeitura enfrentam um fator que, com todo o respeito, só faz nivelá-los por baixo: nenhum consegue sensibilizar o eleitorado sob a égide da renovação,  da liderança popular ou do inusitado. Talvez por isso todos tremam ao ouvir falar no deputado Tiririca...

O ENCANTADOR

AINDA VAI RENDER . . .

Por Carlos Chagas.
Apesar de a presidente Dilma considerar superado o episódio que revelou haver o ministro Antônio Palocci aumentado em vinte vezes o seu patrimônio, no espaço de quatro anos,  acima e além de a Comissão de Ética  da presidência da República ter decidido não investigar a denúncia – mesmo assim há fogo sob as cinzas. Escorregou o ministro Gilberto Carvalho ao declarar que sobre o passado de cada um de seus colegas de ministério  não cabe ao governo qualquer tipo de investigação.  Cabe sim, dependendo do que possa ser revelado. Até porque, presume-se, antes de nomeados todos os ministros passaram pelo crivo formal ou informal de investigações. A Abin foi acionada, antes do primeiro dia de janeiro. Estaria imobilizada?

POR 20

NA CASA CIVIL . . .

Quem tem essa experiência tem um diferencial sobre os demais profissionais do mercado, o que tem de imoral ou ilegal nisso? É o capitalismo estúpido.
Virar ministro da economia é como um jogador convocado para seleção, valor do passe triplica, todos querem contratar.

A NECESSIDADE DA TRANSPARÊNCIA

Por Carlos Chagas.
Prestar consultoria não é crime. Pelo contrário, trata-se de  um dos pilares do capitalismo. Empresas interessadas em ampliar seus negócios recorrem rotineiramente a consultores especializados nos meandros das novas  atividades a que pretendem dedicar-se. Ou na sedimentação das velhas.
Depois de deixar o ministério da Fazenda e mesmo antes  de reeleger-se deputado, Antônio Palocci dedicou-se a prestar consultoria a quem procurasse  sua recém-criada firma.   José Dirceu fez a mesma coisa, até viajando ao exterior para atender clientes.
Ganharam muito dinheiro, os dois.  Só eles? Nem pensar. O que há de consultores faturando pelo país inteiro daria para lotar um estádio de futebol em dia  de clássico.
Torna-se necessário, porém, para os consultores e seus contratantes, praticar a transparência. Se é um negócio lícito como qualquer  outro, convém não misturar passado e presente, para não turvar o futuro.
Nos tempos do regime militar, era comum empresas grandes e pequenas contratarem um general, almirante ou brigadeiro  recém-transferidos para a reserva para ajudá-los em suas relações com o poder. Criaram-se as figuras dos “abridores de porta”, que por suas relações anteriores com os governantes obtinham rapidez e  facilidades para os  pleitos de seus empregadores. Coisa feia que gerou até a cassação de um senador, pelo general Ernesto Geisel, só porque o indigitado representante de Pernambuco aconselhou um amigo a “contratar também o seu general”.
No universo dos negócios a moda envolveu antigos ministros e altos funcionários do governo que, passado seu tempo na administração pública, logo fundavam bancos e financeiras, muitos  para faturar relacionamentos  anteriores e informações privilegiadas que traziam, como aconteceu nos anos do sociólogo.
No governo Lula, as coisas ficaram mais objetivas, como demonstram os casos de Palocci e Dirceu. Desligados de antigas funções na Fazenda e na Casa Civil, a lei não  os impediu de prestar serviços a empresas e empresários.  Enriqueceram. O problema é saber a quem serviram, num caso, e ainda servem, no outro.  E como. A que tipo de consultoria dedicaram-se ou se dedicam? Abrir portas ou colocar sua experiência e capacidade à disposição de quem delas necessite? Não se trata de terem agido  assim enquanto ministros. A ninguém será dado supor comportamento tão distorcido. Só que tendo em vista a proximidade entre as duas atividades, de conduzir a administração, antes, e de orientar iniciativas junto a atuais administradores, depois, o natural é que os dois consultores e a infinidade de outros espalhados pelo país abram seus contratos. Demonstrem haver trabalhado com ética nas novas funções, sem entrelaçar relacionamentos e conhecimento  privilegiado de que dispunham para embasar negócios atuais de que vão dispor  seus clientes. Feito isso, tudo bem. Caso  contrário, melhor tomar cuidado...

DEMARCAÇÕES NA AMAZÔNIA

MEA CULPA

Por Carlos Chagas.
Um dos postulados fundamentais do jornalismo é reconhecer o erro, quando erramos, tornando público o reconhecimento,  através de  retificação.
Escrevemos, outro dia, a  respeito da pálida performance dos atuais dirigentes  dos maiores partidos,  que o senador Waldir Raupp, de Rondônia,  presidente nacional do PMDB, não havia reunido uma só vez a executiva nacional, desde que assumiu em janeiro deste ano.
Não é verdade. Seis reuniões já  aconteceram desde então para tratar de assuntos de interesse do partido, uma com relação  às eleições municipais de 2012, quando ficou estabelecido que só terão candidaturas liberadas os candidatos que freqüentarem o Curso de Formação Política ministrado pela Fundação Ulisses Guimarães. Esse curso, abrangendo também o tema da gestão pública, é  ministrado nos diversos estados, sendo que o senador Raupp já visitou os diretórios regionais do Rio Grande do  Norte,   Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do  Sul e Minas Gerais. Estará em Curitiba no fim de semana, para participar da abertura dos trabalhos e discutir  novas filiações.
Entre os projetos apresentados pelo senador está o que procura fazer cessar o desmatamento na Amazônia Legal, prevendo a concessão de incentivos na gestão sustentável das florestas. Suas atividades envolvem 513 pronunciamentos da  tribuna do Senado e 133 projetos de lei.
Fica aqui o registro, paralelamente ao reconhecimento do erro e as devidas  desculpas.

QUEM LHES DEU O DIREITO?

Por Carlos Chagas.
De vez em quando é bom olhar para fora. À margem da lambança executada para matar Bin Laden,  cruel e inexplicável parece o bombardeio da Líbia, prestes a completar um mês, por forças ditas de uma  coalizão internacional onde pontificam, mesmo, os Estados Unidos. Quem deu a eles o direito de matar a população instalada em Trípoli e arredores, quando o pretexto seria ajudar as forças rebeldes lá do outro lado do país,  em Bengazi? Não escondem a intenção de implodir  Muahmar Kadaffi e seus palácios, apesar  de atingirem mesmo a sua família? Já sacrificaram um filho e netos do ditador e continuam tentando desconstruir um governo que até pouco cortejavam e dele auferiam lucros.  Os grupos que se insurgem contra Kadaffi são os que, por coincidência, assentam-se nas regiões  mais ricas de petróleo, cuja produção não foi interrompida, abastecendo precisamente países da coalizão, com  a Itália  puxando a fila. Se é  para depor regimes ditatoriais, em nome da democracia, faz tempo que deveriam estar jogando bombas e mísseis na Arábia Saudita e em quantos outros países do planeta? Parece que em Bonga-Bonga e Songa-Monga também há ditaduras.  Inatacáveis, mesmo,  são os  aliados que  fornecem petróleo. Da mesma forma que a defunta Liga das Nações, no seu tempo, as Nações Unidas mostram-se impotentes para conter as agressões. Antes foi com Mussolini, agora é com Obama, com todo o respeito à sua ascensão ao poder, diversa do Duce. Mas o efeito da ação da comunidade internacional  é o mesmo, ou seja, zero. Não demora muito a destruição da Líbia, e a gente pergunta o que virá depois. MEA CULPA Um dos postulados fundamentais do jornalismo é reconhecer o erro, quando erramos, tornando público o reconhecimento,  através de  retificação.        

O CÓDIGO DE ALDO REBELO E A EXPECTATIVA DA IMPUNIDADE

 A expectativa da impunidade embutida no projeto do novo Código Florestal, de autoria do relator, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP),  está por trás dos 1.848 km2 de floresta derrubados na Amazônia entre agosto de 2010 e abril deste ano. O  aumento de 27%  foi concentrado no Mato Grosso e em áreas privadas, sugere uma ofensiva movida pela expectativa de impunidade para desmatadores, embutida nas promessas da nova lei florestal. Foram destruídos 733 km2 nos últimos nove meses no Mato Grosso, um acréscimo de 47% em relação ao total anterior.
Só nos meses de março e abril, quando se intensificou o debate sobre o Código Florestal, os satélites detectaram 593 km2 de novos desmatamentos no estado: 475% a mais que nos mesmos meses de 2010. O projeto do relator Aldo Rebelo legitima todas as áreas cultivadas até julho de 2008, perdoa multas a quem regularizar a área e permite a soma de áreas de preservação (APP) com a reserva legal (RL).
A compensação para desmatamentos poderá se dar em áreas fora do Estado da derrubada original, desde que no mesmo bioma. O relator também desobriga a recomposição de RLs em propriedade de até quatro módulos fiscais (de 20 a 400 hectares, segundo o município), além de regularizar, temerariamente, o cultivo em encostas, topos de morro, áreas "salgadas", defendendo a redução de áreas de proteção intocáveis  nas margens de cursos d'água. 
(Carta Maior; 5º feira, 19/05/ 2011)

MAS TU ENTENDEU

Á CLASSE MÉDIA ARROGANTE E ILETRADA

Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
Se você é da classe média arrogante, iletrada, que gosta de entremear suas frases com expressões em inglês como o ridículo feedback e outros estrangeirismos idiotas e ficou se achando muito inteligente por conseguir compreender que infringe a norma culta dizer “os livro”, agora chegou a hora de você descobrir o mico que pagou ao criticar o livro “Por uma vida melhor”, da professora Heloisa Ramos, adotado pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Abaixo, sob dica do blogueiro Miguel do Rosário, reproduzo vídeo do programa Entre Aspas, da insuspeita Globo News, no qual a apresentadora Monica Waldvogel tomou uma surra lingüística de gente que tem credenciais para julgar esse caso. Descubra agora o mico que você pagou. E não esqueça de que foi avisado por pessoas como eu, o Miguel e outros que aprenderam a se relacionar com o idioma de forma não-arrogante, porque é assim que vemos o povo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

EM BELÉM - PA

TAÍ O QUE VOCÊ QUERIA? ?

ENERGÚMENO

FÓRMULAS ENFRAQUECIDAS

Por Carlos Chagas.
A lambança encenada pela performance sexual do  diretor-gerente do FMI, Strauss-Kahn, acaba de gerar um refrigério para os trabalhadores de Portugal, Grécia, Irlanda, Espanha outras nações envoltas pela  crise econômica.  Ficam enfraquecidas as fórmulas que o fauno das finanças internacionais vinha sustentando, como desemprego em  massa, redução de gastos com políticas públicas, aumento de impostos e sucedâneos. Kahn era o maior arauto dessas  maldades, esteve até no Brasil para defendê-las, ainda que estejamos fora do arco de crises.  Nem ele mesmo, na prisão em Nova York, estará pensando muito em como aplicar a receita  impopular.

A CAMAREIRA E A TRAGÉDIA DO SOCIALISMO EUROPEU

O obscuro episódio protagonizado pelo diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Khan, ilustra não apenas uma possível derrocada pessoal mas a do socialismo francês --e, de certa forma, de boa parte da esquerda mundial diante da crise econômica.  Strauss-Khan exerce (ia) o comando da inspetoria financeira do capitalismo. O Fundo Monetário apesar das boas intenções de Keynes em Bretton Woods --e as do próprio Khan, segundo algun economistas--  é o  órgão encarregado, em última instância, de preservar os interesses dos credores ricos contra Estados e nações pobres. Notabilizou-se pela imposição de ajustes de austeridade devastadora, como ocorre agora no caso das condicionalidades exigidias para liberação de ajuda à Grécia e Portugal. Cálculos do economista Pierre Salama sugerem que na crise da dívida externa, nos anos 80, o FMI impôs aos países pobres e em desenvolvimento um programa de arrocho econômico que resultaria em transferências de recursos, para pagamento de juros, de gravidade e volume superior às compensações de guerra impostas à Alemanha pelo Tratado de Versalhes, após a derrotada germânica no primeiro conflito mundial e que levariam ao surgimento do nazismo nos anos 30/40. O trágico não é que o dirigente desse instrumento típico da espoliação exercida pelas finanças no tecido social seja um suposto sedutor de camareiras em hotéis de US$ 3 mil a diária. Mas, sim, que Strauss Khan represente o máximo que o socialismo francês tem a propor para enfrentar o direitista Sarkozy, no escrutínio de 2012. Em outras palavras, a esquerda não tem nada de novo  a dizer aos trabalhadores e à classe média. Hoje na Europa apenas a extrema direita tem um programa a oferecer à sociedade para acudir a sua angústia diante da crise. E esse programa é mais completo que o do FMI de Strauss-Khan. Ao arrocho sobre as políticas públicas ele acrescenta o ódio contra os estrangeiros, uma xenofobia higienista que, no limite, como já ocorre na Itália, sanciona a restauração de campos de concentração para impedir imigrantes miseráveis de disputar os minguados direitos e empregos que o torniquete da austeridade ortodoxa subtrai aos próprios europeus. Entre eles, quem sabe, vagas para camareiras em hoteis de luxo, como o que emoldurou o suposto assédio de Khan nos EUA. 
(Carta Maior; 4º feira, 18/05/ 2011)

CLARO QUE TENHO! !

terça-feira, 17 de maio de 2011

CAVIAR, NUM SEI, NUNCA VI

O que separa o pobre do resto é a lingua.
A lingua é como uma mordaça que impede o pobre de se expressar.
A arrogância "intelectual", espera que os livros didáticos resolvem problemas da gramática, da linguística, da filosofia, da história, da física, etc que nem a gramática, a linguística, filosofia, a história e a física, na condição de ciências acadêmicas, conseguem resolver.
Os que conseguem tem algo especial pois vencem as barreiras da insegurança, do medo, da vergonha.
O medo das elites é que sujam novos Lulas, sem medo de ser feliz.

CONTENCIOSO

O LIVRO MALDITO

Por Miguel do Rosario, do Blog Oleo do Diabo.
“Não tenho sabença pois nunca estudei, apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho, vivia sem cobre e o fio do pobre não pode estudá”

(Patativa do Asaré)
Li o capítulo do livro amaldiçoado pela mídia e por todos que tropeçaram na pegadinha.
Merval Pereira afirma hoje em sua coluna que o livro irá prejudicar a produtividade da economia brasileira!
Esse escândalo, obviamente, tem o objetivo de horrorizar setores da classe média, que até hoje se recuperam do trauma de ter um presidente da república que não falava segundo a "norma culta" da língua.
É interessante como há segmentos da sociedade vulneráveis ao discurso da mídia. A procuradora federal Janice Ascari, provocada pelos jornalistas do Globo, interpretou o fato não como algo que merecia ser debatido pela sociedade e pelos especialistas (o livro foi indicado e aprovado por uma comissão de notáveis acadêmicos), mas como um caso de polícia! E ameaçou acionar o Ministério Público! Mereceu, como era de se esperar, uma grande homenagem do pasquim kamelista, uma foto gigante na página 3, em seu melhor ângulo fotogênico.
Ora, o que Janice Ascari entende de pedagogia, linguística, ensino de português? Com que poder ela vem ameaçar uma comissão de acadêmicos que estuda o tema há décadas, uma autora que foi professora da rede estadual por mais tempo que ela tem de vida, e um ministério cujos funcionários estudam o assunto sistematicamente, frequentando periodicamente seminários aqui e no exterior?
O livro não ensina o adolescente a falar errado! Ao contrário, é uma abordagem inteligente para mostrar ao estudante que a língua que aprendeu de seus pais pobres, e que foi a única que ouviu em toda parte antes de entrar na escola, não é para se jogar no lixo. É uma língua viva, popular, mas que também tem regras. Com isso, evita-se que o estudante despreze o seu próprio patrimônio linguístico. No Nordeste, temos centenas de poetas de grande talento que produzem literatura de incrível beleza usando a vertente "popular" da língua. É "errado" o que eles fazem? A poesia de Patativa do Assaré e de Luiz Gonzaga estão cheias de desvios da norma culta. Estão "erradas"?
O escândalo da mídia nada mais é do que explorar o preconceito da classe média, emergente ou tradicional, em relação à sintaxe popular.
Leiam o livro! Ele não ensina o estudante a falar errado. Ele não contemporiza. Trata-se simplesmente de uma interpretação carinhosa, pedagógica, acerca do uso popular da fala. É importantíssimo fazer isso!
Importante salientar que os livros didáticos de português há anos, desde o tempo de FHC, tem capítulos dedicados à fala popular, mais ou menos nos mesmos termos. Não se trata, portanto, de uma nova ideologia do "governo do PT", como sugerem neo-sabichões que dão a tudo um viés partidário.
Só agora, por um oportunismo barato (com fins políticos), a mídia resolveu escandalizar. O professor precisa dar uma explicação ao jovem porque o povo fala de um jeito "diferente", e seria uma péssima didática se ele se restringisse a dizer que o povo fala "errado". Não é isso que aprendemos na faculdade de letras, quando aprendemos linguística! Na faculdade, aprendemos justamente isso, que não existe o falar "errado". Aliás, em linguística se vai ainda mais longe: afirma-se que sequer há uma gramática "certa" ou "errada", e sim uma gramática "normativa", ou seja, voltada para o aprendizado da língua escrita. Se um estudante universitário, que em tese já superou eventuais traumas decorrentes do uso, por seus pais e amigos, de uso de um português "popular", "não-culto", aprende que não existe falar "errado", porque cargas d'água seria certo traumatizar o adolescente dizendo a ele que tudo que ele aprendeu de seus pais e ambiente é "errado"?
Na verdade, existe sim um falar "errado" em linguística. É a fala que não atinge seu objetivo, que não consegue se fazer entender, não consegue estabelecer a comunicação. Esse é único erro, o erro fundamental, de uma fala: não se comunicar, confundir.
Repito, leiam o livro e confiram. Não se ensina a falar errado. Apenas se procura incorporar, ao ensino do português, o uso popular da língua. É uma maneira inteligente de interessar o jovem, de atingir positivamente a sua auto-estima.
O livro mostra que mesmo o uso "popular" da língua segue regras sintáticas similares à da norma culta. Em geral, o uso popular simplifica a língua. "Os peixe", por exemplo. A norma culta comete a redundância de repetir o plural. A norma popular entende que basta apontar o plural no artigo. Essa é a evolução da língua.
Naturalmente, temos aqui uma luta constante entre as tradições, cujos interesses são representados por instituições como a Academia Brasileira de Letras, e a evolução do idioma, que não pára. O objetivo do livro, e de todos os linguistas, não é soltar as rédeas do ensino da língua. É importante que tenhamos máxima uniformidade linguística. Que haja um ensino rigoroso do português normativo. Que todos os brasileiros dominem o português com máxima perfeição.
A evolução da língua acontece ao longo dos séculos, temperada no fogo desta luta entra a tradição e a força popular.
Para ensinar um jovem a falar o português culto, porém, em primeiro lugar temos que lhes mostrar que a língua segue uma lógica. As normas sintáticas têm uma lógica. O livro mostra que mesmo o português "popular" falado nas ruas também pode ser sistematizado sintaticamente. E que ele não é exatamente "errado". Ele é, sim, inadequado. O livro enfatiza a necessidade de usarmos a norma culta para nos dirigirmos a uma autoridade, como, por exemplo, numa entrevista de emprego. Isso é o suficiente para dar a entender ao jovem, com a delicadeza que o tema merece, que ele tem de aprender a falar de forma o mais culta possível, para que suas chances profissionais sejam as maiores possíveis!
Ao mesmo tempo, o livro mostra ao estudante que ele não deve deixar de respeitar e estimar seus pais apenas porque estes usam o português de forma "não culta", além de sinalizar que eles não devem sair por aí corrigindo, esnobando e depreciando as pessoas que não usam a norma culta da língua. Muitas vezes, um parente mais velho do aluno, um avô ou avó, detêm conhecimentos morais que serão muito importantes para o desenvolvimento da personalidade daquele adolescente. Ele não deverá desprezá-los apenas porque o avô não usa a norma "culta" da língua. Se o professor souber aplicar eficazmente o que ensina o livro em questão, o aluno compreenderá que seus parentes usam uma "vertente" popular da língua, mas que isso não invalida a legimitidade de seu discuso e de seus ensinamentos. Ao mesmo tempo, o aluno entenderá que precisa aprender a norma culta para arranjar um bom emprego e para ascencer socialmente. Está tudo ali no livro, muito bem explicadinho.
Claro que o livro não é perfeito. Os especialistas encontraram diversos erros até na obra de Cervantes. O autor pode modificar alguma coisa na edição do ano que vem. Ou não. O que é injusto é dizer que o livro ensina o jovem a falar errado, ou então afirmar, como fez Janice Ascari (que eu tantas vezeschamei brincando de "heroína" da blogosfera, mas que também, como qualquer um de nós, é sujeita a erros) que se trata de "um crime contra nossos jovens". Crime, a meu ver, é desrespeitar a classe científica que estuda o assunto, e que aprovou esse livro, e tratar o tema como um caso de polícia e não como um tema importante a ser debatido, tranquila e democraticamente, pela sociedade brasileira!

SÓ A CABECINHA

Pastor de Cacoal se casa com o cunhado e pede a guarda dos filhos.
Um caso no mínimo inusitado chamou a atenção dos 78 mil habitantes de Cacoal-RO. Um homem de 36 anos separou-se de sua esposa de 23 anos para ‘casar-se’ com o cunhado de 38. Flávio Serapião Birschiner estava casado há dois anos com Ana Paula Rochinha Birschiner.
O casamento parecia um conto de fadas até aparecer o ‘Lobo Mau’. Pedro Rochinha Siqueira, irmão de Ana Paula, e até então melhor amigo e único confidente, hoje é odiado pelas duas famílias. Pedro Rochinha era conhecido na comunidade de Jardim Clodoaldo como um pastor íntegro e milagreiro. Em seus testemunhos se apresentava como ex-homossexual, e creditava ao espírito santo a reorientação de seu desejo sexual.
Ele que por oito anos se apresentou em boates gays sob o pseudônimo de Shirley Mac Lanche Feliz, depois de convertido virou o Pastor Rochinha. Com fama nacional por muitas vezes compareceu na qualidade de debatedor de temas ligados a ‘Religião & Sexualidade’ no programa Superpop da Rede TV.
Ana Paula acredita que seu casamento se desfez pela constante recusa em praticar sexo anal com o marido. Ela revela que “ele era obcecado por sexo anal, toda vez que transávamos ele pedia pra ao menos colocar a ‘cabecinha’. Eu sempre disse não por que acredito que ali não é lugar de entrar nada”. Ela ainda afirma que confidenciou isso ao irmão que a disse: “não deixa mesmo não, além de ser pecado isso é sujo. E se der uma vez ele vai querer sempre”.
Ana Paula acha que seu irmão se valeu desta informação para oferecer ao marido um diferencial competitivo. Flavio deu entrada na justiça em um pedido de guarda definitiva dos filhos gêmeos por acreditar que “é melhor um filho ser criado pelo pai e pelo tio do que por uma mãe solteira”.

COPA DO BRASIL . . . SEMI-FINAIS

Curiosidades sobre estaduais: campeão paulista foi um paulista, o gaúcho, um gaúcho, o mineiro, um mineiro e o pernambucano, ninguem se importa.

VAI COMECAR O BRASILEIRÃO ! !

Como eu sempre digo, a culpada de tudo isso foi a TV Record, armou o circo e na hora puxou o mastro da barraca. Ganharam os clubes que dobram suas receitas, perderam Rede TV! que foi boi de piranha.
Mais no fundo nem foi a Rede TV!, nem TV Record, ou coisa parecida, quem perdeu fomos todos nós torcedores, porque vamos ter que aceitar os horarios que a Globo quer impingir ao trocedor, e o próprio futebol, porque a Globo não faz essas palhaçadas e desonestidades para melhorar o mesmo, e sim, pra ficar cada vez mais sólida financeiramente para poder impor o que lhe interessa, a quem quer que seja, se o Brasil fosse um país democrático, evidentemente não aconteceriam essas coisas, porque em uma democracias plena, não se toleraria jamais, que um empresa de comunicação mandasse no setor, enfim, como por aqui cada um faz o que quer e manda quem tem mais dinheiro, vivemos essa tragédia, é uma pena que não tenhamos autoridades competentes para proibir esse tipo de atitudes, e podem escrever, caros internautas, em quanto a globo mandar no esporte brasileiro, continuaremos sendo um fiasco na área esportiva global.

NA COPA . . .

NO PERNANBUCO . . .