quarta-feira, 16 de novembro de 2011

PISO NACIONAL

Estados não cumprem lei do piso nacional para professor.

Fábio Takahashi e Luiza Bandeira, Folha de S.Paulo.

Aprovada há mais de três anos, a lei nacional do piso do magistério não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da Federação.
A legislação prevê salário mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública, em jornada semanal de 40 horas, excluindo as gratificações, e assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas.
A ideia é que os professores tenham melhores condições de trabalho com aumento salarial e período remunerado para atender aos alunos, preparar as aulas e estudar.
O levantamento da Folha com as secretarias estaduais de Educação mostra que a jornada extraclasse é o ponto mais desrespeitado da lei: 15 Estados a descumprem, incluindo São Paulo, onde 17% da carga é fora da classe.
Desse grupo, quatro (MG, RS, PA e BA) também não pagam o mínimo salarial, ou seja, estão totalmente fora da legislação nacional. Outros dois desrespeitam só o salário.
Para aumentar o período dos docentes fora da sala de aula é preciso contratar mais profissionais ou elevar a carga dos que já estão na rede -ambas opções são custosas.

O CARA

Com barba ou sem barba, com cabelo ou sem cabelo, NÓS TE AMAMOOOSSSS!!!!
Não me conformo com tanto ódio!
Só pode ser dor de cotovelo ou oportunismo político.
Fico muito á vontade, pois votei na Dilma Rousseff, não sou de esquerda e nem de direita. A verdade é que certas pessoas não aguentam ver que,
apesar da roubalheira no governo (roubalheira essa que com certeza era muito maior antes-até por isso em 2.002 o Brasil estava quebradaço).
O LULA VAI FICAR ETERNIZADO COMO O ESTADISTA QUE TIROU O PAÍS DO BURACO.
É FATO!
Por favor, se conformem e sejam um pouco mais humanos ou menos ridículos.
LULAAA !!!!
E,  pode acreditar, mais de 80% dos brasileiros estão orando muito, muito e muito por você,!!!!
Em breve, você estará 100%!
Ao maior presidente de todos os tempos lhe desejo toda a saúde do mundo.
Que Deus lhe abençoe e Nossa Senhora interceda por ele junto ao Pai e ao Filho.
Em tratamento contra câncer, Lula raspa cabelo e barba
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva raspou nesta quarta-feira a barba e o cabelo, se antecipando à queda causada pela quimioterapia no tratamento contra um câncer de laringe.
A ex-primeira-dama Marisa Letícia cortou o cabelo e fez a barba do ex-presidente, segundo o Instituto Lula.
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Marisa Letícia raspa barba e cabelo do ex-presidente Lula
Marisa Letícia raspou barba e cabelo do ex-presidente Lula

A barba era uma das marcas registradas de Lula desde que surgiu politicamente, no final dos anos 1970, como sindicalista.
Diagnosticado com um câncer na laringe há duas semanas, no dia 29 de outubro, Lula iniciou o tratamento quimioterápico dois dias depois (31).
O diagnóstico foi feito em exame realizado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
SINDICATO
O diretor de organização do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, que é careca, chegou a sugerir que toda a cúpula da entidade raspasse a cabeça em homenagem a Lula.
Mas a ideia não chegou a ser votada --alguns companheiros brincaram que ele estava agindo em "causa própria".
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Marisa Letícia faz a barba do ex-presidente Lula
Marisa Letícia faz a barba do ex-presidente Lula, que se antecipou aos efeitos da quimioterapia
Mais uma vez Kotscho desmascara o Cansei
Por Balaio do Kotscho:
Por que os protestos fracassam em todo o país?
O que houve? Ou melhor, por que não houve?
Apareceram apenas 150 “protestantes” na Cinelândia, Rio de Janeiro, na manifestação anticorrupção organizada por cinco entidades em redes sociais.
Em São Paulo, na avenida Paulista, outros cinco movimentos (Nas Ruas, Mudança Já, Pátria Minha, Marcha Pela Ética e Lojas Maçônicas) juntaram apenas 200 pessoas. Na Boca Maldita, em Curitiba, o grupo Anonymous reuniu 80 pessoas.
A maior concentração de manifestantes contra a corrupção foi registrada na praça da Liberdade, em Belo Horizonte, calculada em 1.500 pessoas, segundo a Polícia Militar. E, a menor, ocorreu em Brasília, onde 30 gatos pingados se reuniram na Esplanada dos Ministérios.
Será que a corrupção é maior em Minas do que em Brasília? Juntando tudo, não daria para encher a Praça da Matriz da minha querida Porangaba, cidade pequena porém decente.
Desta vez, nem houve divergências sobre o número de manifestantes. Eram tão poucos no feriadão de 15 de novembro que dava para contar as cabeças sem ser nenhum gênio em matemática.
Até os blogueiros mais raivosos que, na véspera, anunciaram “protestos em 37 cidades de todo o país”, com horário e local das manifestações, parecem ter abandonado o barco. Não se tocou mais no assunto.
Parece que a sortida fauna que organiza protestos “contra tudo o que está aí” desde o feriadão de 7 de setembro já se cansou.
Os organizadores colocaram a culpa na chuva, mas não conseguem explicar como, no mesmo dia, sob a mesma chuva, 400 mil pessoas foram às compras na rua 25 de Março e 40 mil fiéis se reuniram a céu aberto no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, numa celebração evangélica.
Nem se pode alegar falta de assunto, já que a velha mídia não se cansa de dar manchetes todos os dias sobre os “malfeitos” do governo, com destaque no momento para o Ministério do Trabalho do impoluto Carlos Lupi.
Na minha modesta opinião, o fracasso destas manifestações inspiradas na Primavera Árabe e nos protestos contra o capitalismo selvagem nas capitais européias e nos Estados Unidos, reside na falta de objetivos e de sinceridade dos diferentes movimentos que se apresentam como “apartidários” e “apolíticos”, como se isto fosse possível.
Pelo jeito, o povo brasileiro está feliz com o país em que vive _ e, por isso, só vai às ruas por um bom motivo, não a convite dos antigos “formadores de opinião”.
Afinal, todos somos contra a corrupção _ até os corruptos, para combater a concorrência, certamente _, mas esta turma é mesmo contra o governo. Basta ver quem são seus arautos na imprensa, que hoje abriga o que sobrou da oposição depois das últimas eleições presidenciais.
Dilma pode demitir todos os ministros e fazer uma faxina geral na máquina do governo que eles ainda vão querer mais, e continuarão “convocando o povo” nas redes sociais. Valentes de internet, não estão habituados a enfrentar o sol e a chuva da vida real.
Ao contrário do que acontece em outros países, estes eventos no Brasil são mais um fenômeno de mídia do que de massas _ a mesma grande mídia que apoiou o golpe de 1964 e escondeu até onde pode a Campanha das Diretas Já, em 1984 (com a honrosa exceção da “Folha de S. Paulo”, onde eu trabalhava na época).
Eles não enganam mais ninguém. O povo não é bobo faz tempo.
Desigualdade cai 11,5% em dez anos no Brasil; DF destrona CE e é o mais desigual.
IBGE divulga mais dados do Censo 2010. Desigualdade de renda entre os domicílios caiu em todas as unidades da federação desde o Censo 2000, mas de modo mais intenso em umas do que em outras. Entre as macrorregiões, Nordeste é a mais desigual e Sul, a mais igual. Na média, desigualdade do Brasil ainda é duas vezes maior do que a de países desenvolvidos.

A ERA DA GRANDE CONCENTRAÇÃO

Quem considera exagero classificar a nova safra de governantes do euro como prepostos das finanças contra a democracia; ou desdenha do emblema adotado pelos indignados norte-americanos ("nós, os 99%") talvez mude de opinião diante da estatística revelada agora pela consultoria Wealthx, de Cingapura (http://www.wealthx.com/home/). A empresa sabe do que fala. A especialidade da WealthX é prestar serviços aos super-endinheirados do planeta, razão pela qual mapeou o calibre da clientela e concluiu: 185.759 endinheirados dos quatro continentes detém uma fortuna calculada em US$ 25 trilhões, nada menos que 40% do PIB mundial. O seleto clube comporta acentuada divisão interna de camarotes: o nível A é ocupado por 1. 235 mega-ricos que controlam uma dinheirama quase igual a dois PIBs brasileiros: US$ 4, 2 trilhões. Mas a 'desigualdade' entre as classes endinheiradas não é nada perto do abismo que o dinheiro escavou entre elas e os mais pobres. O padrão nunca seguiu uma ordem inversa, mas nas últimas três décadas a supremacia das finanças desreguladas conseguiu dar envergadura inédita à palavra desigualdade. Nos EUA, por exemplo, os 20% que estão no alto da pirâmide social detém 9,7 vezes mais riqueza do que os 20% mais pobres. E o abismo é ainda mais fundo do que a borda sugere. Um milhão de norte-americanos ultra endinheirados possuem fortunas que oscilam entre US$ 10 milhões a até US$ 100 milhões, sendo que nata dessa elite , 29 mil pessoas, acumula US$ 100 milhões per capita. Historiadores e estatísticos de distintas cepas ideológicas convergem numa mesma direção: a humanidade nunca viveu sob a pressão de uma assimetria tão profunda. Há esforços contracíclicos e o Brasil da era Lula é um destaque: o censo do IBGE de 2010 mostra que a concentração de renda no país --graças a uma década de políticas sociais abrangentes, com ganho real contundente de 53% para o salário mínimo nos últimos oito anos-- reduziu o índice Gini de desigualdade em 11,5%. Mas os 10% mais ricos ainda ficam com desconcertantes 44,5% da renda total, enquanto 50% mais pobres dividem 17,7% do bolo. Após 30 anos de 'mimos' neoliberais em escala planetária seria ingenuidade imaginar que a democracia e o poder sobreviveriam indiferentes a esse padrão de ordenação econômica. O golpe branco dos mercados na Itália e na Grécia; o bloqueio a Obama nos EUA e a ascensão da direita em Portugal e na Espanha, entre outros, demonstram que essa turma não está para brincadeira.O neoliberalismo está em crise, mas eles não largarão um osso de US$ 25 trilhões voluntariamente. Se preciso, os fatos estão a demonstrar, implodirão de vez a unidade formal entre o poder político e o comando econômico, instalando diretamente seus centuriões no lugar da soberania do Estado.  (Carta Maior; 4ª feira, 16/11/ 2011)

SIMPLES JOGO DE CENA

Por Carlos Chagas.
Até outubro as atenções da Câmara e do Senado voltavam-se para a reforma política como todo cidadão, pela manhã, debruçava-se sobre o café-com-leite, o pão e a manteiga. Era raro o noticiário político que deixava de dedicar-se, diariamente, às diversas propostas em circulação no Congresso. Financiamento público de campanhas, interdição de contribuição privadas para as campanhas, voto em listas partidárias, diminuição do número de partidos, redução do mandato dos senadores, proibição de coligações partidárias em eleições proporcionais e muito mais coisa. Nas comissões técnicas das duas casas discutia-se e até se votava algumas dessas mudanças como prioridade dos trabalhos parlamentares. Senão a panacéia universal, a reforma política resolveria todos os problemas nacionais, iria aprimorar a democracia e estabeleceria a verdade eleitoral.
De repente, não se fala mais no assunto. Sumiu, mais do que do noticiário, das preocupações da classe política. Ficou para as calendas.
A razão é simples: se aprovada até 6 de outubro, um ano antes das eleições de 2012, a reforma política valeria para aquele pleito. Depois ficaria, como ficou, apenas para as eleições de 2014. Até o Lula desistiu, ele que até então se apresentava como campeão das mudanças. E não foi por causa da doença que o acomete.
Simplesmente, ficou claro que o imediatismo preside as iniciativas políticas. Se era para melhorar as perspectivas de cada um, valia o empenho. Já que a Constituição proíbe alterações na lei eleitoral no período de doze meses anterior às eleições, elas não interessam mais. Apenas em 2013 serão de novo cogitadas, por conta de 2014, mas o risco futuro é o mesmo do que acaba de passar.
A gente fica pensando se tudo não configura imensa farsa, ou seja, deputados e senadores fingem que cuidam da reforma, mas, no fundo, não querem reforma alguma. Preferem deixar tudo como está, porque foi com as atuais regras do jogo que se elegeram, e assim esperam continuar se elegendo. Isso talvez explique porque, de tanto empenho, caíram em tanto marasmo. Simples jogo de cena.
INDEPENDÊNCIA GOVERNISTA.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acaba de mandar mais um recado à presidente Dilma Rousseff: o PSD, já com 45 deputados, manterá uma postura independente no Congresso, mas pronto para apoiar o governo em tudo o que se torne necessário. O saldo é extremamente positivo para o palácio do Planalto, porque pelo menos 20 deputados do novo partido são oriundos do DEM, de oposição. Fugindo à tentação de afirmar que não desejavam outra coisa senão uma oportunidade para colocar-se sob o guarda-chuva do poder, a conclusão surge favorável ao governo, que amplia sua maioria parlamentar. Se fosse verdadeira a ameaça do PDT de deixar o bloco oficial no caso da demissão de Carlos Lupi, já estaria neutralizada pelo PSD.
PRESSÕES NATURAIS.
No PT e no PMDB cresce a opinião de que a presidente Dilma Rousseff, se pretende reforma o ministério em janeiro, não deveria desperdiçar o tempo, promovendo logo as mudanças em sua equipe. A segunda quinzena de novembro, dezembro e talvez parte de janeiro serão tempo de suspense e de apreensões, porque em sã consciência, ninguém sabe quem fica e quem sai. Especulações podem ser feitas e há algum tempo que se fazem a respeito de ministros fortes, destinados a continuar, e de já ex-ministros, daqueles que não se dá um centavo pela permanência. Quem quiser que faça suas listas, mas seria constrangedor alinhas uns e outros. Até porque, tudo depende de uma só cabeça. Será?...
REPÚBLICA SEM CONSELHO.
Um dos adjetivos mais ouvidos nos últimos tempos é “republicano”.
Essa atitude é republicana, ou não é, dizem oposição e situação, usando e abusando da expressão que ontem completou mais um aniversário. Como no Brasil a teoria costuma desvincular-se da prática, seria bom atentar para o descumprimento do artigo 89 da Constituição, que criou o Conselho da República. Ele é órgão de consulta do presidente da República, dele participando o vice-presidente, os presidentes da Câmara e do Senado, os líderes da maioria e minoria das duas casas do Congresso, o ministro da Justiça e mais seis cidadãos brasileiros natos com mais de 35 anos de idade, sendo dois nomeados pelo presidente da República, dois eleitos pela Câmara e dois pelo Senado, com mandato de três anos, vedada a recondução.
Sabem quando se reuniu o Conselho da República, desde a promulgação da Constituição, em 1988?
Nunca. Isso mesmo, nunca, sendo que o então presidente José Sarney ainda chegou a nomear seus dois representantes, apesar de nunca haver reunido o Conselho. Seus sucessores, nem isso. E não se diga que os conselheiros devem ser convocados apenas para pronunciar-se sobre a intervenção federal, o estado de defesa e o estado de sítio. Também são motivos para reunir-se o Conselho da República as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas. A corrupção não seria questão relevante? A crise econômica mundial? Que tal a miséria que a presidente Dilma tenta extirpar?
Ipea: 59% das famílias são otimistas
O Ipea lançou nesta quarta (16) o Índice de Expectativa das Famílias (IEF). Segundo o documento, a expectativa é que o governo melhore a situação econômica do país nos próximos 12 meses. De acordo com o órgão, 58,9% das famílias acreditam que o ano que vem será mais promissor para o país. A região Centro-Oeste foi apontada no estudo como sendo a mais otimista, isso porque 79,3% das famílias acreditam que o país melhore em 2012. Em seguida, vem as regiões Nordeste e Sudeste, com 61,5% e 61,3% de confiabilidade, respectivamente.
Construtores manobram e faturam com estádios
Numa jogada extracampo, as empreiteiras contratadas pelos governos para erguer os estádios da Copa vão faturar alto até a conclusão das obras em 2014. A maioria vai reformar os estádios em lugar de construí-los, por simples razão. Pela lei de licitações, obras novas só podem ter gastos adicionais de 25%, e as reformadas, de até 50%. A turma do cimento reforma as sete maiores arenas, e constrói as cinco menores.
Brecha
O Parágrafo 1º do Artigo 65 da Lei 8.666/93 permite a manobra das empreiteiras, que já abusam dos adicionais desde que iniciaram obras.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A proclamação de um prostíbulo


Se o Mal. Deodoro da Fonseca e seus pares soubessem aonde iria dar o seu gesto cívico e bem intencionado de proclamar a República evitariam fazê-lo. Em lugar de uma República proclamaram um prostíbulo, reduto de todos os pústulas maiores da corrupção desenfreada e sem cabresto. O Brasil de hoje dá vergonha até a quem não a tem. Lamentável fazerem D. Pedro II passar pelo sofrimento e humilhação que passou para obter-se o resultado que temos hoje. Melhor seria que estivéssemos sob a Monarquia, desde que a moral e a dignidade da Pátria estivessem resguardadas. Tornamo-nos no pardieiro de todos os canalhas que quiserem se locupletar às custas dos bens públicos e do futuro dos nossos filhos e netos. Não existe Brasil como nação. O que restou foi um monte de destroços sujos do sangue daqueles que se imolaram inutilmente pelo Brasil.
Devolva-se o Brasil decente!
O golpe civil-militar da república - sem povo algum apoiando-o -, que roubou ao Brasil sua decência política e sua governabilidade foi sem dúvida o mais espetacular desastre político do hemisfério sul na História Universal. Cortou-lhe imediatamente o caminho de ser potência mundial, com solidez política e forma de governo de Gabinete, flexível para enfrentar crises de qualqer jaez. Tranbsformou o que era único e bem sucedido nessas latitudes - o Império do Brasil - em uma republiqueta das bananas, para gáudio e alegria de seus invejosos vizinhos sul-americanos, que até hoje o desprezam e humilham. O Exército tem grande culpa nisso: devia dar um jeito de des-proclamar a república e devolver o cetro ao Imperador.
Para mim, 15 de novembro sempre foi um dia de luto.

LENDAS URBANAS

Uma receita para o êxito das "marchas" penso que falta aos líderes das marchas contra corrupção atentarem a certas regras básicas de agitação/propaganda de quando das devidas apresentações públicas de tais eventos e a se fazerem obrigatórias ao êxito das mesmas. Vejamos: A existência de um mote bem específico, tipo - 'Abaixo a Corrupção', 'Anistia', 'Governabilidade'; 'Pela Independência do Sarneyquistão', etc.
No também se contar com uma artista da MPB que descabelada, aos prantos, cantará o hino nacional e em assim emocionar a massa presente.
Obrigatóio, outrossim, a existência de 'Comissões de 'Frente', como a dos Intelectuais/Artistas e Sambistas; dos Reformados Defensores da Pátria; das Donas de Casa; dos Sindicatos(pelegos) com seus carros de som; etc.
E a não esquecer, as esvoaçantes bandeiras (podem ser vermelhas) a expressar a cor do patriótico ato.
Reação dos indignados
Neste 15 Nov vamos todos às ruas. Isto porque, pode-se afirmar sem medo de errar que, historicamente, o Brasil, pela ação vigorosa e atenta de seus filhos, sempre repudiou situações políticas conjunturais semelhantes que hoje a nação vivencia sob a tutela de um bando de corruptos e corruptores.
Agora é chegada a vez desta nova geração de patriotas fazer ver aos usurpadores do poder que a liberdade democrática não dá guarida ao roubo, ao esbulho do erário e a gestão fraudulenta da coisa pública, ou jamais admite ameaça a si própria.
Viva a democracia liberal.

SEU LIDER

ARMA DE CHOQUE

Ministro aloprado
Não sei qual o motivo da presidenta Dilma Rousseff esperar até janeiro se 2012 para demitir esse ministro do trabalho. O sujeito é um verdadeiro porralouca. Falastrão, bravateiro, inconsequente, restando agora provado tratar-se também de um descarado mentiroso.
Disse no plenário da Câmara desconhecer o Adair Meira, o homem das ONGs suspeitas, mas a revista VRJA mostrou que ele não só o conhece, como utilizou-se de aeronave cedida por ele, em viagem pelo interior do Maranhão.
Banco PanAmericano
Nenhum dos dois, demorou mas saiu o próximo ministro, não o das ONGs, mas do Banco PanAmericano, o que? Exatamente o ministro Mantega, que responde a uma Açao que tramita na 17ª Vara Civil da Capital - São Paulo, contra o próprio ministro Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini!!! A Ação impetrada por um desembargador paulista, pede aos dois dirigentes das áreas econômica e financeira do governo federal que devolvam algo em torno de R$ 650 milhões aos cofres públicos. O motivo: seriam eles responsáveis pelo fato de que a CEF enterrou R$ 1 bilhão no saco sem fundo do PanAmericano, quando o ex-ministro Luiz Gushiken é citado constantemente como consultor do PanAmericano. 
Diante de o quê?

CRÔNICA DE UMA OCUPAÇÃO ANUNCIADA

Por Carlos Chagas
Longe de qualquer cidadão contestar a eficácia, o valor, a coragem e os resultados da ocupação das favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, ontem, no Rio. Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Marinha uniram-se para agir como em outras favelas, garantindo a presença do poder público naqueles antigos bolsões antes completamente dominados pelo tráfico e pelo crime organizado. Tem dado certo em todo o território do antigo Estado da Guanabara, não obstante a atuação de bandidos que continuam traficando, bem como de agentes policiais corruptos e infiltrados nas forças da lei.
Só que tem um aspecto impossível de ser entendido pelos leigos, como nós. Demonstram a experiência e a História que nesse tipo de operações, sejam policiais ou de guerra, a surpresa é a alma do negócio. Pegar o adversário desprevenido constitui passaporte para o sucesso, de Napoleão a Hitler, de Pearl Harbour ao Dia D. Sempre haverá o risco da inteligência inimiga perceber e tentar neutralizar as investidas, mas já imaginaram se os japoneses tivessem anunciado com antecedência o bombardeio da principal base aérea americana no Pacífico? Ou se o marechal Rommell soubesse semanas antes que o desembarque aliado se daria na Normandia?
Pois é. Há semanas que as autoridades fluminenses alardearam a invasão da Rocinha. Claro que era previsível, os bandidos são bandidos por não serem idiotas, mas no Rio as coisas transcenderam o bom-senso. Chegou a ser anunciado, há duas semanas, que a ocupação da Rocinha aconteceria às 5 da madrugada de domingo, ontem, com a presença de blindados da Marinha, com o Bope ocupando as florestas vizinhas, a Polícia Federal já tendo subido o morro para detectar esconderijos e depósitos de droga e de armamentos, e a Polícia Civil identificando os chefões do crime por suas fichas criminais e suas fotos.
O que aconteceu? Uma beleza de ocupação. Nenhum tiro foi disparado, nenhum entrevero de resistência verificado. Porque os bandidos foram todos embora, registrando-se a prisão antecipada do Nem, num golpe de sorte. Apenas um boi-de-piranha viu-se capturado, certamente deixado como chamariz, com o futuro da sua família garantido financeiramente enquanto estiver na cadeia. Pretextando demonstrar resistência, os criminosos destacaram menores de idade para despejar galões de óleo morro abaixo, visando atrasar a subida das viaturas, mas sabendo que adiantaria muito pouco. Uma resposta propositadamente pífia para marcar posição e fingir resistência. Aliás, como esses galões de óleo subiram a favela, volumosos como são, sem que os espiões policiais percebessem? Alguns fuzis e granadas foram desenterrados num buraco duvidoso, quase ostensivo, com terra revolvida ao redor, de forma a ser percebido com facilidade pelos policiais. Até o decalque de um coelho colado numa das armas foi encontrado, como a demonstrar a derrota total dos bandidos, em se tratando do segundo em comando no tráfico. Com certeza um artifício para as autoridades e a imprensa celebrarem a vitória, quando o grosso do armamento estará em lugar incerto e não sabido, quem sabe já retirado da favela. Assim, como as drogas. E os bandidos.
Dirão as autoridades, com muita lógica, que tudo se fez para, na invasão da Rocinha, poupar-se a população de tiroteios, massacres e assassinatos. Os criminosos concordarão em gênero, número e grau. Eles também colaboraram...
OBSTRUÇÕES
Prepara-se a oposição, na Câmara, para obstruir a segunda votação do projeto que prorroga a DRU. Assim como fizeram semana passada, deputados do DEM, PSDB e PPS dizem-se prontos para protelar os trabalhos no plenário até às seis horas da manhã ou mais, visando vencer pelo cansaço a base parlamentar do governo.
A propósito de obstruções, é sempre bom lembrar que tem limites. Em novembro de 1955 a maioria da Câmara tentava votar o impedimento do presidente Café Filho, para garantir a posse do presidente Juscelino Kubitschek, mas a antiga UDN, golpista, obstruía com sucessivos e quilométricos discursos de suas principais estrelas. Presidia a casa o general Flores da Cunha, legalista, que não suportava mais as protelações e preocupava-se com o resultado do conflito. Muitos deputados da maioria estavam se retirando para dormir, depois de 24 horas seguidas de obstrução. Quando pela décima vez Aliomar Baleeiro discursava, baseado no regimento interno, o velho presidente não teve dúvidas. Interrompeu-o dizendo: “cale a boca, baiano pernóstico! Nós vamos votar é agora!” E votaram, salvando a democracia..
O aplicativo estará disponível nos próximos dias na Android Market, no mesmo período em que todos os dispositivos com o Google TV serão atualizados para a versão 2.0, já em desenvolvimento há algum tempo.
Com isso, o usuário terá acesso ao vasto catálogo de material para adultos que a Vivid disponibiliza. O usuário vai pagar por cada visualização solicitada, e no caso de o usuário ser um assinante do site da empresa, ele terá direito a assistir pequenos clipes de filmes e materiais promocionais da produtora sem custo adicional.
A iniciativa mostra quais são as diretrizes que o Google vai tomar para combater a Apple, com o seu Apple TV. Enquanto a empresa de Cupertino se mantém fechada para o mundo do conteúdo adulto, priorizando os acordos com grandes produtoras de filmes e séries de TV, o Google aposta alto em um dos mercados que mais lucram nos Estados Unidos, e que soube se adaptar ao mundo da internet, apresentando novas formas de oferta de conteúdo para o seu público.

REPÚBLICA

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior.
Em 1994, o piloto Ayrton Senna morreu num trágico acidente, em Ímola. Foi o primeiro contato de meus filhos, então com oito e nove anos, com a morte de uma pessoa pública. Toda a máquina da Globo – e também de outras emissoras, mas a máquina da Globo era, e ainda é, a maior, e a Globo tinha, e ainda tem, a exclusividade de transmissão da Fórmula 1 – foi colocada à disposição daquele triste fato, que chegava com excepcional força aos expectadores por ser um ídolo jovem, bem-sucedido e que jamais ter decepcionado o seu público. Era o personagem do bem.Meu filho, Tomás, cansou-se logo, apesar de ter ficado autenticamente comovido com a morte de Senna. Minha filha, mais chegada a um drama, mergulhou aos prantos no espetáculo montado em torno daquela fatalidade. Eu, como jornalista, não sabia muito o quê fazer: a máquina de moer emoções havia sido acionada contra a minha própria filha e eu não sabia se desligava a televisão, ou deixava que ela vivesse o que era também a sua primeira experiência com um drama coletivo. Deixei. E fiquei orgulhosa da Isabel quando ela limpou as lágrimas, levantou da cadeira, desligou a televisão e, por fim, disse: “O que eles estão fazendo com ele?” Tradução: o que a televisão fez com o Senna, ao invadir cada detalhe de sua morte, cada pedaço de sua vida, cada ferimento, cada dor de sua família, cada lágrima capturada pela câmera? Engraçado, mas percebi que ela achou que seu ídolo foi aviltado, e que ela foi manipulada. Espetáculo e televisão são duas coisas inseparáveis, é fato. A imagem é dúbia: ao mesmo tempo em que documenta, é capaz de envolver, emocionalizar e confundir. A imagem não fala por si só. Com uma voz ao fundo, entrevistas escolhidas, cenários de pavor, palavras de esperança, é capaz de construir uma estória, a partir de dados da realidade, com o enredo de uma novela, ou de um filme. Tirar lágrimas ou convencer o público que, acreditando seriamente estar diante de uma realidade pura, vê-se na desgraça total ou chega à redenção.Se a minha filha tivesse nove anos no último domingo, teria visto o Big Brother da Rocinha durante todo o dia, no padrão Globo de televisão, até se perguntar: “o que estão fazendo com eles?” Talvez ela precisasse de uma pergunta mais elaborada do que essa para expressar uma situação em que o direito inalienável do cidadão – a segurança, o direito de ir e vir, a inviolabidade de sua moradia, educação, saúde e todo o grande e generoso artigo 5º de nossa Constituição – foi transformado num épico onde o que importa não é o reconhecimento de que o Estado paga o que deve, mas a ocupação cenográfica de morros e vielas por 3 mil homens, entre Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Federal, além de 194 fuzileiros navais, 18 veículos blindados, quatro helicópteros da PM e três da Polícia Civil. Os homens de farda não são os agentes de uma política pública de segurança, mas a redenção. Ao final do espetáculo, o que estava em jogo não eram os direitos, nem o reconhecimento de que, enfim, o Estado entendeu que segurança pública é uma política pública integrada com políticas sociais. A TV tinha eleito um herói, o secretário de Segurança Pública do Rio, Mariano Beltrame; coadjuvantes, os policiais; e figurantes, os moradores da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu. Nesse cenário, a contenção das favelas, via a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), torna-se a redenção também da classe média que mora morro abaixo, e que certamente elegerá (no sentido estrito e figurado) o governador Sérgio Cabral e seu secretário Beltrame como aqueles que levaram a paz para os morros e, principalmente, para fora deles. E que vão tornar o Rio mais seguro para as Olimpíadas e para a Copa do Mundo.Antes do espetáculo, uma história cruel de como bandidagem e miséria se juntaram nas favelas foi desconhecida; a saga de como armas e justiça com as próprias mãos ocupou o lugar do Estado em cada núcleo de pobreza foi esquecida; não se falou em como, primeiro, os bicheiros exerceram o papel de Poder Executivo, polícia e justiça em áreas que viraram feudos depois transferidos para traficantes e – quando estes eram expulsos – por milicianos, egressos da própria polícia. A história que a televisão esqueceu de contar é a de pessoas que tiveram de obedecer duas leis (a da cidade e do morro), incorporaram a violência à sua rotina, conviveram com drogas, viram seus filhos tornarem-se “aviões” do tráfico e serem vitimados pela violência e a droga antes de chegarem à vida adulta. O épico da Globo esqueceu a saga dos pobres da favela. E do imenso descaso da opinião pública para com crianças que estavam em idade de estudar e não estudavam, precisavam brincar para ser crianças e não brincaram; e de adultos reduzidos à desumanização da doença, da fome e da falta de cidadania – pelo menos até que isso se traduzisse em violência morro abaixo.A entrada do poder público na Rocinha para garantia dos direitos fundamentais de seus moradores não é o espetáculo. É o reconhecimento do que lhes era devido. Não deve ser visto como a salvação, mas a volta à normalidade.
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) mentiu em depoimento à Câmara dos Deputados, na semana passada, ao dizer que não conhece o gaúcho Adair Meira, dono de três ONGs que têm contratos milionários com a pasta. A mentira em depoimento à Câmara configura crime de responsabilidade e por isso a oposição promete agir. O dono da ONG é muito ligado a Lupi, mas o ministro disse que não o conhecia e que jamais utilizara avião em viagens do gêneo. Fotografias do próprio Lupi desembarcando do avião, no aeroporto de Grajaú (MA), desmascarou de vez a mentira. Em entrevista à TV Globo, Adair estranhou: "Ele deve estar desmemoriado", e lamentou que o ministro tenha medo de afirmar que o conhece. Foi Adair quem providenciou o avião King Air pretixo PT-ONJ, no qual Carlos Lupi cumpriu agenda oficial, em dezembro de 2009. O portal www.grajaudefato.com.br divulgou fotos também do ex-secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério Ezequiel Nascimento saindo do avião. Ezequiel contou a revista Veja que coube a Meira, dono das ONGs que fraudaram o governo, pagar o passeio de Lupi.
Repressão mata mais de 70 na Síria.
Pelo menos 70 pessoas morreram em confronto com tropas e forças leais ao presidente Bashar- al Assad, num dos dias mais sangrentos desde que começam os protestos pedindo a mudança do regime, há oito meses. A intensa repressão ocorre em meio ao crescente isolamento da Síria na comunidade árabe e na União Europeia. Segundo a agência de notícias France Press, cerca de cem aliados do governo invadiram a embaixada da Jordânia em Damasco na noite de segunda (14) após o rei Abdullah II ser o primeiro líder árabe a pedir publicamente a saída de Assad.
Na província de Deraa, palco de violentas manifestações nos últimos meses por uma “Primavera Síria”, teriam morrido 46 pessoas, pela estimativa do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
A Turquia, cuja embaixada foi atacada por forças leais ao presidente sírio, ameaça cortar a exportação de energia elétrica ao país vizinho. Em Idlib, perto da fronteira turca, pelo menos 14 pessoas morreram ou ficaram feridas em choques com o exército sírio e possíveis desertores.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ENTÃO TRÊS VIVA ! ! !

AFF !!!

Neymar receberá dia 5 de dezembro, na noite festiva da consagração dos melhores do ano, o prêmio de Craque do Campeonato Brasileiro de 2011. A festa vinha sendo realizada no Rio, mas a CBF decidiiu promover este ano em São Paulo, em virtude das ofensas ao presidente do Corinthians na festa de 2010.
Marcelo Oliveira, técnico do Coritiba, está com a renovação de contrato para 2012 praticamente acertada.
Bora Milutinovic, técnico sérvio, único da história que dirigiu cinco seleções em cinco Copas, está no Qatar como assessor especial do governo na organização da Copa do Mundo de 2022. Foi do México-86, Costa Rica-90, Estados Unidos-94, Nigéria-98 e Coreia do Sul-2002. Diz que ainda espera assumir uma seleção na Copa de 2014 no Brasil: “É um sonho fazer uma Copa no país do futebol”.
Luis Fabiano, que fez sábado os primeiros gols no Campeonato Brasileiro, na volta ao São Paulo (2 a 0 no Avaí), desfalca o time quarta, em Curitiba, com o Atletico Paranaense: “Reconheço que marquei bobeira e mereci o cartão amarelo”. O técnico Emerson Leão, que conseguiu a primeira vitória, vai escalar William José para substituir Luis Fabiano.
Toninho Cecílio, técnico do Avaí - último colocado -, diz que o time ainda pode escapar do rebaixamento, apesar de dois jogos fora com o Vasco e o Coritiba. Quarta joga em casa com o Cruzeiro e na última rodada faz o clássico catarinense com o Figueirense.

LIBERTADORES É O QUE RESTA

O Botafogo vai completar dezessete anos sem o título de campeão brasileiro, que ganhou pela última vez em 1995. Com a derrota de ontem para o Vasco, a 11ª – terceira no Rio e segunda no Engenhão -, o time ficou a seis pontos do líder e do vice-líder, além de ter caído para o 5º lugar, que ainda o mantém com a vaga na Libertadores, único objetivo nos quatro jogos que faltam.
Quinto com 55 pontos – mesma pontuação do Flamengo, 6º, por ter mais duas vitórias (16 a 14) -, o Botafogo conseguiu 16 vitórias, perdeu 11 e empatou 7 jogos. O saldo caiu para nove gols: marcou 49. Ontem foi o 9º jogo deste campeonato em que o Botafogo não conseguiu fazer gol. O time ainda tem dois jogos fora com o America, 4ª feira, e com o Atletico. No Rio, com o Inter e o Fluminense.
Caio Júnior admitiu depois da derrota: “O Vasco adotou uma estratégia que deu certo, impedindo os avanços dos nossos laterais. Com isso, a criação de jogadas pelos flancos para que Herrera e Loco Abreu pudessem aproveitar na área ficou praticamente anulada”.
O técnico disse mais: “Cortês e Elkesson ainda estão sentindo o peso da convocação para a seleção”. Caio Júnior considera também que o título deve ficar entre o Corinthians e o Vasco: “Abriram seis pontos em doze que vão ser disputados. É uma grande vantagem, embora nos jogos que restam muita coisa ainda possa acontecer”.
Ele lembrou que poucos poderiam admitir a derrota do Fluminense para o America Mineiro: “O resultado veio apenas confirmar o quanto o campeonato está sendo equilibrado. Não tenho dúvida de que é o melhor e o mais emocionante campeonato do mundo”. Caio Júnior concluiu dizendo que “o título ficou impossível, mas a vaga na Libertadores, que o Botafogo não consegue há 16 anos, seria um bom prêmio de consolação para o nosso trabalho”.
DOIS 1 a 0 IMPORTANTES - O argentino Farias fez de cabeça o gol da vitória (1 a 0) de ontem à noite que afastou o Cruzeiro um pouco mais da zona de rebaixamento e manteve o Internacional em sétimo lugar. O pé esquerdo de Souza fez o Bahia subir duas posições com a inédita segunda vitória consecutiva (1 a 0), imposta ao Atletico Goianiense, que sofreu a quarta derrota seguida. O Bahia e o Santos, com o time reserva, foram os únicos visitantes que venceram ontem.
O Santos chegou à 15ª vitória, reagindo depois que o Ceará fez 2 a 1 no primeiro tempo. O lateral Bruno Aguiar marcou dois gols, o segundo de falta, e Diogo fez o gol da vitória de ontem à tarde, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Felipe Azevedo, de pênalti, e Osvaldo marcaram os gols do Ceará, que sofreu a 17ª derrota e caiu para o 17º lugar, o primeiro da zona de rebaixamento. A torcida não perdoou o goleador Marcelo Nicácio, que bateu mal um pênalti e o goleiro Aranha, do Santos, defendeu.
JEJUM DE NOVE JOGOS - No único empate da rodada, o Palmeiras completou nove jogos sem vencer, mesmo depois de fazer 2 a 0 ontem à tarde no estádio Olímpico, em Porto Alegre. O lateral Cicinho fez 1 a 0 no primeiro tempo. O meio-campo Marcos Assunção, de falta, sua marca registrada, ampliou. Mas, com os gols de Brandão e Fernando, no último minuto, o Grêmio se livrou da derrota e conseguiu o oitavo empate. Foi o 15º empate do Palmeiras. Ambos cumprem tabela.
Com os 18 gols nos sete jogos que completaram ontem a 34ª rodada – 15ª do returno -, o Campeonato Brasileiro registra 917 gols em 340 jogos. A média permanece em 2.69 gols por jogo.
A quatro rodadas do final, Corinthians e Vasco venceram e abriram cinco pontos de vantagem sobre o Fluminense, que apesar da derrota não saiu do terceiro lugar por ter mais vitórias (18 a 15) que o Figueirense.
Flamengo e Botafogo, que também perderam, praticamente se afastaram da disputa do título e agora só se concentram na vaga para a Copa Libertadores. Mas, o São Paulo, com igual objetivo, está só a dois pontos de ambos.
 Na parte de baixo da tabela, o Ceará entrou na zona de rebaixamento com a derrota, em casa, para os reservas do Santos (3 a 2), mesmo depois de ter conseguido a virada (2 a 1) ainda no primeiro tempo. Atletico Paranaense, America Mineiro e Avaí, agora o último, continuam sem reação para evitar a queda para a Série B.
Já garantidos na Série C do Campeonato Brasileiro em 2012, o Santa Cruz e o Tupi realizaram neste domingo o primeiro jogo da decisão da Série D, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, em Juiz de Fora. O time da casa se aproveitou do mando de campo e venceu por 1 a 0, com gol do atacante Ademilson no final do primeiro tempo.
A decisão da quarta divisão do futebol nacional começou equilibrada.
Marcio Pochmann: Como pode o mesmo trabalho receber a metade devido à terceirização?
Por Marcio Pochmann, do Valor Econômico
Na virada do século XX, a avalanche neoliberal atingiu praticamente todos os países, cada um a seu modo. No âmbito do trabalho, por exemplo, o neoliberalismo atacou o desemprego gerado pela ausência do dinamismo econômico por meio da desregulamentação do mercado de trabalho.
Naquela época, difundiu-se equivocadamente que a solução única para o desemprego seria a ocupação da mão de obra com salário menor e direito social e trabalhista a menos. Ou seja, uma alternativa inventada que procurava substituir o desemprego pela precarização do trabalho.
No Brasil, a onda neoliberal a partir do final da década de 1980 não se traduziu em reforma ampla e profunda do marco regulatório do mercado de trabalho, ainda que não faltassem propostas nesse sentido. Mesmo assim, o fenômeno da terceirização da mão de obra terminou tendo efeito inegável, com remuneração reduzida à metade dos que exercem a mesma função sem ser terceirizados e rotatividade no posto de trabalho superior a mais de duas vezes.
Em síntese, a terceirização do trabalho ganhou importância a partir dos anos 1990, coincidindo com o movimento de abertura comercial e de desregulação dos contratos de trabalho. Ao mesmo tempo, a estabilidade monetária alcançada a partir de 1994 vigorou associada à prevalência de ambiente competitivo desfavorável ao funcionamento do mercado interno. Ou seja, baixo dinamismo econômico, com contida geração de empregos em meio à taxa de câmbio valorizada e altas taxas de juros. Frente ao desemprego crescente e de ofertas de postos de trabalho precários, as possibilidades de atuação sindical exitosas foram diminutas.
Atualmente, o trabalho terceirizado perdeu importância relativa em relação ao total do emprego formal gerado no Brasil, embora seja crescente a expansão absoluta dos empregos formais. Por serem postos de trabalho de menor remuneração e maior descontinuidade contratual, os empregos terceirizados atendem fundamentalmente à mão de obra de salário de base. Dessa forma, as ocupações criadas em torno do processo de terceirização do trabalho tendem a se concentrar na base da pirâmide social brasileira. O uso da terceirização da mão de obra tem se expandido fundamentalmente pelo setor de serviços, embora esteja presente em todos os ramos do setor produtivo.
Na passagem para o século XXI, o país perseguiu duas dinâmicas distintas na terceirização do trabalho. A primeira observada durante a década de 1990, quando a combinação da recessão econômica com abertura comercial resultou no corte generalizado do emprego. Na sequência da estabilização monetária estabelecida pelo Plano Real, que trouxe impacto significativo na redefinição da estrutura de preços e competição no interior do setor produtivo, o Enunciado 331 do Tribunal Superior do Trabalho estabeleceu os setores cabíveis à terceirização da mão de obra, concedendo segurança jurídica às empresas.
Nesse contexto, a taxa de terceirização registrou patamar inédito, passando de cerca de 10% do saldo líquido dos empregos gerados no estado de São Paulo no início da década de 1990 para mais de 90% no começo da década de 2000. Com salário equivalente à metade do recebido pelo trabalhador normal, os terceirizados avançaram sobre os poucos empregos formais gerados, sem que ocorresse redução da taxa total de desemprego – a qual saiu de 8,7%, em 1989, para 19,3%, em 1999, na Região Metropolitana de São Paulo.
Não obstante o apelo à redução do custo do emprego da força de trabalho estimulado pela terceirização, inclusive com o aparecimento de empresas sem empregados, em meio às condições da estabilidade monetária com altas taxas de juros reais e valorização do real, o sindicalismo reagiu evitando o mal maior. Mesmo diante de competição interempresarial mais acirrada, houve elevação da taxa de sindicalização, com avanço das negociações coletivas de trabalho e inclusão na legislação social e trabalhista.
A segunda dinâmica na trajetória da contratação de empregos formais ganhou importância a partir da década de 2000. Entre os anos de 2000 e 2010, a taxa de terceirização passou de 97,6% para 13,6% do saldo líquido de empregos formais gerados no estado de São Paulo. Nesse mesmo período, a taxa de desemprego caiu 28,5%, passando de 19,3%, em 1999, para 13,8%, em 2009, na Região Metropolitana de São Paulo. Apesar disso, o salário recebido pelo terceirizado continuou equivalendo apenas à metade daquele do trabalhador não
terceirizado.
Os sindicatos tiveram conquistas importantes, com maior organização na construção dos acordos coletivos de trabalho. A Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Emprego e Trabalho assumiram papel fundamental. Mas sem regulação decente da terceirização, parcela das ocupações permanece submetida à precarização no Brasil. Como pode o mesmo trabalho exercido receber somente a metade, por conta de diferente regime de contratação? Caso mais grave parece ocorrer no interior do setor público, que licita a contratação da terceirização da mão de obra pagando até 10 vezes mais o custo de um servidor concursado para o exercício da mesma função.
O país precisa virar a página da regressão socioeconômica imposta pelo neoliberalismo no final do século XX. A redução no grau de desigualdade na contratação de trabalhadores terceirizados pode ocorrer. Com a regulação decente a ser urgentemente estabelecida poderia haver melhor cenário para evitar a manutenção das enormes distâncias nas condições de trabalho que separam os empregados terceirizados dos não terceirizados.

ITÁLIA

Entre o espertalhoso e o asceta
Depois do espertalhoso (espertalhão + escandaloso) Berlusconi, boa parte da Itália e do establishment europeu respira aliviada com a nomeação do asceta e asséptico Comissário de Bruxelas, o homem que deve pôr as finanças italianas em ordem, e a economia, é bom não esquecer, em recessão.
Flávio Aguiar, na Carta Maior

EUROPA

ORTODOXIA QUEIMA AS CARAVELAS   - Sob intervenção dos mercados financeiros, o programa de austeridade da Itália inclui a demissão de 300 mil funcionários públicos até 2014. Na Grécia, o preposto da banca, Lucas Papademos, deve anunciar em breve o corte de 30 mil empregos, de um lote total de 350 mil demissões no setor público prometidas aos credores. Portugal vive um atoleiro recessivo agravado pelo programa de arrocho do governo direitista que, entre outras extravagâncias, decretou um  aumento unilateral da carga de trabalho dos assalariados, sem remuneração correspondente. A Espanha, nesta 2ª feira, pagou as maiores taxas de juros da sua história para conseguir vender títulos públicos aos mercados.Domingo tem eleições para renovar o congresso e escolher o sucessor de Zapatero: o extremismo neoliberal ensaia uma vitória esmagadora, com ampla maioria parlamentar para aplicar um duro programa de arrocho  num país que já acumula cinco milhões de desempregados.  (Carta Maior; 2ª feira, 14/11/ 2011)
 

A GUERRA PAULISTANA

Por Carlos Chagas.
Nenhuma disputa pelas prefeituras das capitais desperta mais atenção que a de São Paulo. Os mentores dos prováveis candidatos anteciparam a fixação de quase todos. Fernando Haddad foi lançado durante a semana, pelo PT, depois da ordem unida que o ex-presidente Lula deu no partido, com o apoio da presidente Dilma. Difícil não foi, apesar de traumático e até meio truculento, pela imposição feita pelo primeiro-companheiro de um nome desconhecido na política paulistana. O Lula peitou Marta Suplicy, Eduardo Suplicy, Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, humilhando-os e exigindo a não realização de prévias. Fez com que cada pré-candidato se curvasse à sua vontade. Está correndo um risco, baseado na suposição de poder eleger um poste. Afinal, o ainda ministro da Educação é um desconhecido do eleitorado, carece de carisma e não deve saber o nome de 20 por cento dos integrantes do diretório municipal petista. Como a vontade do rei é indiscutível, vão para a aventura. O vice-presidente Michel Temer rebateu na hora. Com todo jeito, avisou o ex-presidente que o PMDB lançará candidato próprio, no caso, Gabriel Chalita. Cortou no nascedouro a proposta de seu candidato formar aliança com o PT, como vice-prefeito. O atual prefeito Gilberto Kassab luta para fazer de Guilherme Afif o indicado pelo recém-criado PSD, tomando cuidado para situar o novo partido como linha auxiliar do governo federal. Caso consiga emplacar o empresário, terá avançado passo significativo na disputa pelo governo estadual, em 2014, ou até sedimentado a base para a sucessão presidencial, quando poderia ser o candidato à vice-presidência da República numa chapa encabeçada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB.
A grande incógnita esconde-se no ninho dos tucanos. José Aníbal saiu na frente, existem competidores, mas, para entrar na corrida ocupando a pole-position, o nome é José Serra. O ex-governador jura que não vai disputar, ainda que seu juramento pareça, hoje, menos vigoroso do que ontem. Sabe dos resultados das sondagens reservadas que diversos institutos tem realizado para diversos partidos e recebe conselhos variados a respeito do mote popular de que “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Gostaria de pleitear pela terceira vez o palácio do Planalto, mas permanecendo sem mandato até lá, desconfia de que poderá faltar-lhe chão. Até porque, já abandonou a prefeitura de São Paulo uma vez, no meio de seu período administrativo, precisamente para concorrer à presidência da República. Poderia repetir a dose. Em favor de sua candidatura a prefeito estão o governador Geraldo Alckmin, de olho na reeleição para o palácio dos Bandeirantes, o senador Aécio Neves, candidatíssimo a presidente da República, e até o ex-presidente Fernando Henrique, por motivos desconhecidos.
Movimentam-se outros candidatos a prefeito, mas tem um que olha para o horizonte, faz cara de paisagem e nem quer ouvir falar da hipótese, mas surpreendentemente é o segundo colocado nas tomadas informais de opinião: por incrível que pareça, o deputado Tiririca, em quem montes de paulistanos votariam em sinal de protesto, para ver se pior não fica.
CONTA OUTRA.
Corre em Brasília que na visita feita pela presidente Dilma ao ex-presidente Lula, sexta-feira, nem uma vez foi referido o nome do ministro Carlos Lupi. Ainda que submetido a delicado tratamento de saúde, o Lula jamais deixará de ser um animal político. Dificilmente essa versão será verdadeira, ainda que sobre o conteúdo da conversa ninguém ouse especular. Para efeito externo, os dois apóiam o ministro do Trabalho em sua ânsia de permanecer ministro. Na intimidade, porém...
Banco do Brasil anunciou que vai abrir agência na Rocinha.
O Banco do Brasil (BB) anunciou nesta segunda (14) que vai abrir uma agência na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro. Segundo informações da Agência Brasil, a unidade chegará em breve e será formada por um gerente e dez funcionários. Ela vai ser a terceira unidade do banco em comunidades pacificadas do Rio de Janeiro. A Caixa Econômica Federal também informou hoje a inauguração de duas agência, uma na Rocinha e outra na comunidade do Vidigal.

domingo, 13 de novembro de 2011

SWU

SWU: a farsa ambiental e seus interesses privados

SWU: a farsa ambiental e seus interesses privados
Foto: DIVULGAÇÃO

NUM FESTIVAL QUE TEVE LANCES PATÉTICOS, COMO O CANTOR NEIL YOUNG CANTANDO "HAPPY BIRTHDAY TO YOU" PARA O PLANETA TERRA, O QUE REALMENTE ESTÁ EM JOGO É A COLONIZAÇÃO MENTAL DA JUVENTUDE BRASILEIRA; LEIA O ARTIGO DE CLAUDIO JULIO TOGNOLLI

Claudio Julio Tognolli_247 - 
Um fantasma ronda o mundo: a farsa de que o superaquecimento global só ocorre por fatores endógenos, ou a emissão de poluentes na terra. No Brasil só há dois intelectuais que apontam a ideologia por detrás disso: Gildo Magalhães dos Santos Neto, da História, e Aziz Ab Saber, da Geografia, ambos da USP. Fatores extra-terra conduzem ao superaquecimento: como as fases de hiper-expansão do sol, a cada seis mil anos, como a que ora vivemos. Os vikings, antes de descerem Mar do Norte abaixo, paravam, para construir seus barcos, num local chamado Terra Verde, por acaso Groenlândia, que vem de “Green Land”. A natureza na Terra Verde era laboriosa em construir madeiras de primeira cepa. Mas ela se congelou. Uai: por que se congelou? A quem interessa dizer que a Terra pode acabar por superaquecimento gerado por fatores apenas “internos”? Interessa a uma elite neoliberal. Há 80 anos começaram a tramar a ideia de que oferecer um literal e figurativo fim do mundo pelo superaquecimento era a forma de congelar os futuros países desenvolvidos. Queriam, e ainda querem, que Brasil, Índia e China sejam eternos exportadores de matéria prima. Trata-se da mais nova-velha ideologia: fazer o povão engolir goela abaixo que o desenvolvimento já atingiu os seus limites. Querem ver na Amazonia um território “internacional”. Eis todo o babalaô do ex-vice dos EUA, Al Gore, com aquela cascata (comprada por ele de uma assessoria de imprensa), lastreado em seu “Uma verdade inconveniente”.
O festival SWU ("Starts with you" ou "Começa com você"), que movimentou milhões com inserções pagas, mas disfarçadas na mídia, é um subproduto desse tipo de golpe. Não é para menos que Neil Young abriu o cascatol cantando “parabéns” para a Terra. Querem tornar o rock algo passivo, com babacas defendendo a todo o custo a preservação da terra, e o conseqüente congelamento do desenvolvimento do parque industrial brazuca. Querem-nos eternos exportadores de grãos. Querem-nos enxergando que o superaquecimento global só se dá por fatores da terra e do homem. Isolam a Terra do resto do universo. Veja você: até James Lovelock, criador da famosa Hipótese Gaia (segundo a qual o ser humano é um dos “órgãos” do corpo que é a Mãe Terra), agora defende a energia nuclear. E expõe ao osso os babacas do Partido Verde (que usam em suas propagandas políticas os moinhos de vento eólicos). Saiba você: um moinho de vento eólico consome dez mil toneladas de concreto para ser construído. Em toda a sua existência, o moinho de vento eólico jamais produzirá energia limpa que compense a poluição gerada para poder produzir as milhares de toneladas de concreto que o erigiram...
Toda essa babaquice da preservação da terra a todo o custo foi lentamente engendrada por um bando de intelectuais “New Age”. O trabalho não é novo, mas com subprodutos novíssimos. A pré-coerência ideológica que se consome no SWU tem epígonos famosos e antigos. Datam da Escola de Copenhaque: composta de físicos que defendiam que a base do universo é o “caos”. E já que o caos é imutável, referem, não nos resta modificar nada: apenas surfar o caos. Físicos como Wolfgang Pauli, Niels Bohr, o filósofo Bertand Russell, deram as mãos com o misticismo de Jung: vindicavam que deveríamos adotar o Taoísmo como preceito fundamental. Justamente o Taoísmo que, ao contrário do confucionismo (uma teoria da ação) prevê o que os chineses chamam de “wu wei”, ou não ação. Defendiam a meditação. Postulavam que a natureza resolve as coisas “sozinha” –justamente o que os neoliberais pregam, a existência da “mão invisível” do mercado, tão defendida por Adam Smith. Todos esses calcetas, da preservação da Terra, supõem-se místicos do caos. Grandes intelectuais do Primeiro Mundo há anos estão envolvidos na ideologia que tenta engessar, com esse tipo de droga, o desenvolvimento do parque industrial de nações emergentes, como o Brasil. Apesar de serem roqueiros, amam no fundo que o Brasil idololatre o “agrobrega” e o “sertanojo”, porque é ao “campo” que o Brasil pertence. Trata-se de um cadinho cultural de místicos que amam Paulo Coelho, e vêem na Terra uma entidade capaz de gerar babalô místico-mágico. É necessário aqui fazer uma pausa sobre o guru dessa moçada, Wolfgang Pauli, de resto o pensador predileto de Fritjof Capra, autor do incensado “O Tao da Física”.
Veja a barbaridade que chegou a resgatar. Para os neoplatônicos, a causa de todas as mudanças era a anima mundi , a alma do mundo. As ciências experimentais do renacimento e a ideia da causalidade substituíram a anima mundi. A divisão entre alma e matéria é posta em caixa alta por Descartes, que passa a distinguir nitidamente a “substância pensante” (res cogitans) e substância caracterizada pela sua extensão no espaço, ou matéria (res extensa). Wolfgang Pauli passa a tentar destruir o cartesianismo. Diz que a teoria dos quanta substituiu isso, referindo que cada sistema individual é substancialmente livre e não sujeito a leis. É o que ele chama de “irracionalidade do real”. Pauli volta ao medieval pré-cartesiano. Refere que é necessário voltarmos ao irracional para que se fuja dos a priori. Nesse sentido, disse: “Temos de tentar despir a túnica de Nesso que a revolução do século XVII teceu. É tempo de reconhecer o elemento irracional da realidade –e o lado obscuro de Deus” . Karl Jung, de resto co-autor de Pauli, torrou sua existência em tentar fazer crer a todos que a psicanálise e o oculto poderiam ser duas faces da mesma moeda, cujos destinos seriam loucamente prefixados por um universo essencialmente caótico e não-linear. As tentativas de Pauli, junto a Jung, de tentar nivelar, lado a lado, a pulsões do Id com certo “livre-arbítrio” dos elétrons, consistiram numa potente tentativa de retorno ao mundo pré-cartesiano da anima mundi. E Einstein, ao ver tudo isso, escreveu: “Não posso suportar a ideia de que um elétron exposto a um raio de luz possa, por sua própria e livre iniciativa, escolher o momento e direção segundo a qual deve saltar. Se isso fosse verdade, preferia ser sapateiro ou até empregado de uma casa de jogos em vez de ser físico”.
Em 1968 o industrial italiano Aurelio Peccei fundou o Clube de Roma, quando se falou a primeira vez em desenvolvimento sustentável. (veja aqui http://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_de_Roma ) Por que você acha que o Príncipe Charles, e outros milionários de países de primeiro mundo, são patrocinadores e padroeiros do WWF? Porque a nova ideologia faz uso de ongueiros preservadores da natureza para drogar jovens com a febre anti-desenvolvimentista. Neil Young, que há duas semanas saiu nas Páginas Amarelas de Veja, veio aqui no SWU com um único papel: ele é agente do capetalismo internacional, contra o desenvolvimento do parque industrial brasileiro.
Assista, abaixo, ao patético vídeo em que Neil Young canta "Happy Birthday to you" para a Terra.

Duas coisas indestrutíveis.
Duas coisas são indestrutíveis no mundo. A inteligência e a corrupção.
Isso é um fato.
Nem na China, onde o corrupto é executado com um tiro na nuca e a família paga a munição, eles conseguiram eliminar a corrupção.
Agora imaginem no Brasil, onde o corrupto recebe solidariedade dos companheiros de partido que culpam a imprensa pela onda de denuncismo.
Eu hein!
Polícia fica na Rocinha até UPP chegar.
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, informou neste domingo (13) que as forças de segurança vão ficar na Rocinha até que a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) seja instalada de forma definitiva. A unidade será a 19ª do Rio e ainda não tem data definida para sua implantação. “O território foi retomado graças à unidade e à união das forças públicas que trabalharam nessa operação, para resgatar comunidades que estavam abandonadas pelo poder público e dominadas pelo poder paralelo há décadas. Dentro do nosso planejamento de formação dos policiais, não teríamos como avançar no nosso calendário se não houvesse a prorrogação, se as Forças Armadas não dessem mais uma contribuição ao Rio de Janeiro”, explicou Cabral. Segundo ele, o governo pretende lançar em breve o Censo da Rocinha, que refaz os cálculos oficiais do IBGE. “Esse Censo mostra que há uma distorção nos números do IBGE que são 70 mil, mas 100 mil. São pessoas que precisavam criar seus filhos em paz” disse. Até agora, a polícia apreendeu armas, entre elas fuzis, uma granada e diversas motos roubadas na Rocinha.
Em cerimônia simbólica, Bope hasteia bandeira do Brasil na favela da Rocinha.
Uma bandeira do Brasil, e outra do Rio de Janeiro, acabam de ser hasteadas no alto da favela da Rocinha. Segundo o capitão de mar e guerra, Jonatas Magalhães, essa cerimônia, feita pela Operação Choque de Paz, marca a recuperação da região. "Trata-se de uma cerimônia simbólica, porque marca a recuperação do território pelo Estado", disse. A favela da Rocinha foi ocupada neste domingo (13) pelas forças de segurança para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).
 A Cevron mandou navios de reparo e nenhum para recolher o petróleo que continua vazando.
É uma depoimento simples, claro e límpido.
Desnuda o Rio de Janeiro, contruído pelos políticos, elites e privilegiados: INJUSTO, DESIGUAL, COM OS SUPER RICOS E OS MISERÁVEIS.
O poder do Estado sempre fazia vistas grossas.
O projeto de transformação de nosso país implantado por Lula precisa continuar...
A águia esta recolhida nas montanhas para retornar com seu vigor....
 Duplique-se para o nosso Brasil.
Salve Lula e Dilma!!

NEM

“Lula foi quem combateu o crime com mais sucesso por causa do PAC da Rocinha”.
Meu encontro com Nem.
Ruth de Aquino, em Época , sugerido por Fernando.
Era sexta-feira 4 de novembro. Cheguei à Rua 2 às 18 horas. Ali fica, num beco, a casa comprada recentemente por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, por R$ 115 mil. Apenas dez minutos de carro separam minha casa no asfalto do coração da Rocinha. Por meio de contatos na favela com uma igreja que recupera drogados, traficantes e prostitutas, ficara acertado um encontro com Nem. Aos 35 anos, ele era o chefe do tráfico na favela havia seis anos. Era o dono do morro.
Queria entender o homem por trás do mito do “inimigo número um” da cidade. Nem é tratado de “presidente” por quem convive com ele. Temido e cortejado. Às terças-feiras, recebia a comunidade e analisava pedidos e disputas. Sexta era dia de pagamentos. Me disseram que ele dormia de dia e trabalhava à noite – e que é muito ligado à mãe, com quem sai de braços dados, para conversar e beber cerveja. Comprou várias casas nos últimos tempos e havia boatos fortes de que se entregaria em breve.
Logo que cheguei, soube que tinha passado por ele junto à mesa de pingue-pongue na rua. Todos sabiam que eu era uma pessoa “de fora”, do outro lado do muro invisível, no asfalto. Valas e uma montanha de lixo na esquina mostram o abandono de uma rua que já teve um posto policial, hoje fechado. Uma latinha vazia passa zunindo perto de meu rosto – tinha sido jogada por uma moça de short que passou de moto.
Aguardei por três horas, fui levada a diferentes lugares. Meus intermediários estavam nervosos porque “cabeças rolariam se tivesse um botãozinho na roupa para gravar ou uma câmera escondida”. Cheguei a perguntar: “Não está havendo uma inversão? Não deveria ser eu a estar nervosa e com medo?”. Às 21 horas, na garupa de um mototáxi, sem capacete, subi por vielas esburacadas e escuras, tirando fino dos ônibus e ouvindo o ruído da Rocinha, misto de funk, alto-falantes e televisores nos botequins. Cruzei com a loura Danúbia, atual mulher de Nem, pilo-tando uma moto laranja, com os cabelos longos na cintura. Fui até o alto, na Vila Verde, e tive a primeira surpresa.
Não encontrei Nem numa sala malocada, cercado de homens armados. O cenário não podia ser mais inocente. Era público, bem iluminado e aberto: o novo campo de futebol da Rocinha, com grama sintética. Crianças e adultos jogavam. O céu estava estrelado e a vista mostrava as luzes dos barracos que abrigam 70 mil moradores. Nem se preparava para entrar em campo. Enfaixava com muitos esparadrapos o tornozelo direito. Mal me olhava nesse ritual. Conversava com um pastor sobre um rapaz viciado de 22 anos: “Pegou ele, pastor? Não pode desistir. A igreja não pode desistir nunca de recuperar alguém. Caraca, ele estava limpo, sem droga, tinha encontrado um emprego… me fala depois”, disse Nem. Colocou o meião, a tornozeleira por cima e levantou, me olhando de frente.
Foi a segunda surpresa. Alto, moreno e musculoso, muito diferente da imagem divulgada na mídia, de um rapaz franzino com topete descolorido e riso antipático, como o do Coringa. Nem é pai de sete filhos. “Dois me adotaram; me chamam de pai e me pedem bênção.” O último é um bebê com Danúbia, que montou um salão de beleza, segundo ele “com empréstimo no banco, e está pagando as prestações”. Nem é flamenguista doente. Mas vestia azul e branco, cores de seu time na favela. Camisa da Nike sem manga, boné, chuteiras.
– Em que posição você joga, Nem? – perguntei.
– De teimoso – disse, rindo –, meu tornozelo é bichado e ninguém me respeita mais em campo.
Foi uma conversa de 30 minutos, em pé. Educado, tranquilo, me chamou de senhora, não falou palavrão e não comentou acusações que pesam contra ele. Disse que não daria entrevista. “Para quê? Ninguém vai acreditar em mim, mas não sou o bandido mais perigoso do Rio.” Não quis gravador nem fotos. Meu silêncio foi mantido até sua prisão. A seguir, a reconstituição de um extrato de nossa conversa.
Nem, líder do tráfico.
UPP “O Rio precisava de um projeto assim. A sociedade tem razão em não suportar bandidos descendo armados do morro para assaltar no asfalto e depois voltar. Aqui na Rocinha não tem roubo de carro, ninguém rouba nada, às vezes uma moto ou outra. Não gosto de ver bandido com um monte de arma pendurada, fantasiado. A UPP é um projeto excelente, mas tem problemas. Imagina os policiais mal remunerados, mesmo os novos, controlando todos os becos de uma favela. Quantos não vão aceitar R$ 100 para ignorar a boca de fumo?”
Beltrame “Um dos caras mais inteligentes que já vi. Se tivesse mais caras assim, tudo seria melhor. Ele fala o que tem de ser dito. UPP não adianta se for só ocupação policial. Tem de botar ginásios de esporte, escolas, dar oportunidade. Como pode Cuba ter mais medalhas que a gente em Olimpíada? Se um filho de pobre fizesse prova do Enem com a mesma chance de um filho de rico, ele não ia para o tráfico. Ia para a faculdade.”
Religião “Não vou para o inferno. Leio a Bíblia sempre, pergunto a meus filhos todo dia se foram à escola, tento impedir garotos de entrar no crime, dou dinheiro para comida, aluguel, escola, para sumir daqui. Faço cultos na minha casa, chamo pastores. Mas não tenho ligação com nenhuma igreja. Minha ligação é com Deus. Aprendi a rezar criancinha, com meu pai. Mas só de uns sete anos para cá comecei a entender melhor os crentes. Acho que Deus tem algum plano para mim. Ele vai abrir alguma porta.”
Prisão “É muito ruim a vida do crime. Eu e um monte queremos largar. Bom é poder ir à praia, ao cinema, passear com a família sem medo de ser perseguido ou morto. Queria dormir em paz. Levar meu filho ao zoológico. Tenho medo de faltar a meus filhos. Porque o pai tem mais autoridade que a mãe. Diz que não, e é não. Na Colômbia, eles tiraram do crime milhares de guerrilheiros das Farc porque deram anistia e oportunidade para se integrarem à sociedade. Não peço anistia. Quero pagar minha dívida com a sociedade.”
Drogas “Não uso droga, só bebo com os amigos. Acho que em menos de 20 anos a maconha vai ser liberada no Brasil. Nos Estados Unidos, está quase. Já pensou quanto as empresas iam lucrar? Iam engolir o tráfico. Não negocio crack e proíbo trazer crack para a Rocinha. Porque isso destrói as pessoas, as famílias e a comunidade inteira. Conheço gente que usa cocaína há 30 anos e que funciona. Mas com o crack as pessoas assaltam e roubam tudo na frente.”
Recuperação “Mando para a casa de recuperação na Cidade de Deus garotas prostitutas, meninos viciados. Para não cair na vida nem ficar doente com aids, essa meninada precisa ter família e futuro. A UPP, para dar certo, precisa fazer a inclusão social dessas pessoas. É o que diz o Beltrame. E eu digo a todos os meus que estão no tráfico: a hora é agora. Quem quiser se recuperar vai para a igreja e se entrega para pagar o que deve e se salvar.”
Ídolo “Meu ídolo é o Lula. Adoro o Lula. Ele foi quem combateu o crime com mais sucesso. Por causa do PAC da Rocinha. Cinquenta dos meus homens saíram do tráfico para trabalhar nas obras. Sabe quantos voltaram para o crime? Nenhum. Porque viram que tinham trabalho e futuro na construção civil.”
Policiais “Pago muito por mês a policiais. Mas tenho mais policiais amigos do que policiais a quem eu pago. Eles sabem que eu digo: nada de atirar em policial que entra na favela. São todos pais de família, vêm para cá mandados, vão levar um tiro sem mais nem menos?”
Tráfico “Sei que dizem que entrei no tráfico por causa da minha filha. Ela tinha 10 meses e uma doença raríssima, precisava colocar cateter, um troço caro, e o Lulu (ex-chefe) me emprestou o dinheiro. Mas prefiro dizer que entrei no tráfico porque entrei. E não compensa.”
Nem estava ansioso para jogar futebol. Acabara de sair da academia onde faz musculação. Não me mandou embora, mas percebi que meu tempo tinha acabado. Desci a pé. Demorei a dormir.