sábado, 12 de maio de 2012

PRO

O Estado de S.Paulo.
O ministro Joaquim Barbosa, do STF, frustrou mais uma tentativa de retardar o julgamento do processo do mensalão ao indeferir requerimento do advogado Marcio Thomaz Bastos para que os autos fossem desmembrados, para que os 35 réus - dos 38 - que não desfrutam de foro privilegiado sejam julgados em primeira instância, deixando na Suprema Corte apenas os três deputados que, por prerrogativa de função, têm esse direito. De acordo com a Folha de S.Paulo (9/5), para Barbosa "a questão relativa ao desmembramento do feito em relação aos réus que não gozam de foro por prerrogativa de função já foi, por várias vezes, apreciada nesta ação penal, sendo, em todas as ocasiões, rejeitada". Ou seja, o STF entende que os 38 réus do mensalão devem ser julgados juntos.
Thomaz Bastos representa no processo o diretor do Banco Rural José Roberto Salgado, um dos 35 réus que não gozam de foro por prerrogativa de função. Mais do que conquistar um aparente benefício para seu constituído, ao recorrer ao STF a óbvia intenção do ilustre criminalista foi a de obter a protelação do julgamento. Não há outra explicação para a tentativa de privar um réu de um privilégio a que, em circunstâncias normais, não teria direito: ser julgado pela Suprema Corte. Assim, o argumento apresentado a favor do desdobramento do processo, levado às últimas consequências, colocaria em xeque o próprio instituto do foro privilegiado.
Senão, vejamos: alega a petição que José Roberto Salgado, por não ter a prerrogativa de ser julgado pelo STF, tem o direito de responder ao processo perante um juiz de primeira instância, de modo que não se veja privado, na hipótese de uma sentença condenatória, da possibilidade de recorrer a uma instância superior. Por esse raciocínio, que vale para todo mundo, o foro dito privilegiado - neste caso, o STF - representaria, na verdade, um ônus e não um bônus, uma prerrogativa, uma vantagem privativa de altos dignitários como o presidente da República, parlamentares federais e ministros de Estado, entre outros. Afinal, as decisões da Suprema Corte são irrecorríveis.
Segundo o entendimento dos ministros togados, portanto, a tramitação do processo é mantida no STF porque os réus devem ser julgados juntos e três deles têm direito ao privilégio de foro por serem deputados federais. Entre os 35 está José Dirceu, "o principal articulador dessa engrenagem", de acordo com a denúncia apresentada em 2006 pelo então procurador-geral Antonio Fernando de Souza.
É fácil de entender a preocupação de Lula e de seus correligionários com a repercussão do julgamento do escândalo do mensalão, exatamente no momento em que será dada a largada de nova campanha eleitoral. O ex-presidente continua insistindo em que tudo não passa de uma "farsa" armada contra ele próprio e seu partido.
Para ele, conforme declarou em Paris em 2006, numa polêmica entrevista exclusiva a uma produtora independente que vendeu o material ao programa Fantástico da Rede Globo, "todo mundo faz, sistematicamente", aquilo de que o PT era acusado, ou seja caixa 2 - ou, como preferia o então tesoureiro petista Delúbio Soares, "recursos não contabilizados".
Não é bem essa a conclusão da denúncia acolhida pela Suprema Corte. Nela, afirma o então chefe do Ministério Público federal: "Os denunciados operacionalizaram desvio de recursos públicos, concessões de benefícios indevidos a particulares em troca de dinheiro e compra de apoio político, condutas que caracterizam os crimes de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção e evasão de divisas". E mais: as apurações "evidenciaram o loteamento político dos cargos públicos em troca de apoio às propostas do governo, prática que representa um dos principais fatores do desvio e má aplicação de recursos públicos, com o objetivo de financiar campanhas milionárias nas eleições, além de proporcionar o enriquecimento ilícito de agentes públicos e políticos, empresários e lobistas que atuam nessa perniciosa engrenagem".
Depois de seis anos de tramitação, o mínimo que se pode esperar é que, sem mais delongas, o processo seja julgado.
** Multidão toma a praça do Sol em Madrid 
**40 mil marcham em Barcelona
** passeatas em 80 cidades espanholas marcam um ano de existência do movimento dos indignados, neste domingo.
** um ano de protestos contra o arrocho e a desordem neoliberal que jogou mais de cinco milhões de espanhóis ao desemprego, corroeu  os serviços públicos e destinará 15 bilhões de euros para salvar bancos. 

Por Leonardo Boff, na Carta Maior.
O cuidado é exigido em praticamente todas as esferas da existência, desde o cuidado do corpo, da vida intelectual e espiritual, da condução geral da vida até ao se atravessar uma rua movimentada, Como já observava o poeta romano Horácio, “o cuidado é aquela sombra que nunca nos abandona porque somos feitos a partir do cuidado”

SETE ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA


Por Carlos Chagas.
Não poderia ter sido melhor a designação, pela presidente Dilma,   dos sete integrantes da Comissão da Verdade. Gilson Dipp, Cláudio Fonteles, Paulo Sérgio Pinheiro, Maria Rita Kehl, Rosa Maria Cardoso da Cunha, José Carlos Dias e José Paulo Cavalcanti estão acima de qualquer suspeita. Serão empossados quarta-feira no palácio do Planalto, em cerimônia para ninguém botar defeito, com a presença dos ex-presidentes  da República:  Lula, Fernando Henrique, José  Sarney e Fernando Collor.
A Comissão da Verdade investigará a violação de direitos humanos entre 1946 e 1988.  Casos de tortura, morte, desaparecimento e ocultação de cadáver serão examinados, com ênfase para o envolvimento de agentes do poder público, em especial no período de 1964 a 1985, do regime militar. Mas sem discriminação com quantos,  do  lado oposto,  desenvolveram práticas semelhantes.
Fica evidente a impossibilidade de levantarem tudo o que aconteceu. Nem no Juízo Final o Padre Eterno teria condições de alinhar  todos os malfeitos praticados pela Humanidade  e nem a Comissão da Verdade dispõe da prerrogativa de julgar. Se terá liberdade total e absoluta para requisitar documentos, convocar pessoas relacionadas com os fatos em exame, pedir perícias e diligências, infere-se do  documento de sua constituição a  prevalência da Lei da Anistia. Punido, ninguém vai ser, apesar de a divulgação de nomes de torturadores e assassinos significar intensa punição.
Desperta curiosidade saber como o meio militar  reagiu  aos sete. Certamente não muito bem, principalmente os oficiais da reserva. Mas os da ativa também.  Apesar de a presidente Dilma haver proibido o revanchismo, não haverá como evitar acusações a  capitães, majores, coronéis e até generais  direta ou indiretamente envolvidos em práticas incompatíveis com os direitos da pessoa humana. Os sete recém-nomeados exprimem a garantia de que perseguições ou ajustes de contas não acontecerão,  mas precisarão ser inflexíveis no levantamento e na divulgação das situações examinadas. Contra e a favor, farta literatura foi publicada  a respeito dos excessos verificados nos  anos de chumbo.    Ainda agora a editora Vozes lançou nova edição atualizada  do “Brasil: nunca mais”, preparada sob a liderança de D. Paulo Evaristo Arns ainda nos idos da ditadura. A expectativa é de que o relatório final da Comissão da Verdade suplante o conteúdo  da obra referida.
NÃO ESCAPAM.
Dificilmente três governadores deixarão de ser convocados para prestar depoimento na CPI do Cachoeira: Marconi Perilo, Agnelo Queirós e Sérgio Cabral. Contra o  governador de Goiás pesam acusações mais contundentes do que com  relação a seus dois colegas, mas prevalecerá a compensação partidária. Haverá empate entre PSDB, PT e PMDB, cada partido  oferecendo o pescoço de  um correligionário. Como a CPI não cassa mandatos, deverá ficar apenas o desgaste dos três governadores, caso não consigam  dar explicações  completas sobre o relacionamento de suas administrações com Carlos Cachoeira e a Delta Engenharia.

Evidências sombrias...

A gravidade das revelações oriundas da CPMI em cada oitiva, mostra por que o Presidente do STF hesitava em encaminhar a documentação à Comissão, porque a Justiça sabia que sigilo processual é uma falácia para os ávidos senadores e deputados que desejam obter vantagem política pessoal. 
Dificilmente quem participou de esquemas tão escabrosos ora em evidência, não tomou conhecimento de outros fatos bem sucedidos do passado, promovidos por acólitos políticos ou administrativos, que preparavam o sucesso do crime. 
Dessa forma muita coisa ficará ainda às ocultas por “interesses de segurança nacional”, porém irão explodir revelações das grossas que ainda aparecerão, envolvendo empreiteiras, estatizações, autoridades, políticos de peso e os seus testas de ferro no passado recente ou não. 
Talvez seja a oportunidade de se começar a passar o Brasil a limpo.

QUADRO DO PICASSO


Ilusionismo na Praça dos Três Poderes.

Polícia Federal diz que 81 autoridades foram citadas nas escutas da operação Monte Carlo, a que levou Cachoeira e seu grupo à prisão. Até a presidente Dilma foi citada. 
A armação desse picadeiro, chamado de CPMI do Cachoeira, com o intuito de abafar o julgamento do mensalão, é tão sigilosa, com depoimentos secretos, com sessões fechadas ou reservadas que ao final ninguém saberá verdadeiramente o que ocorreu e qual o seu resultado, será mera dissimulação para embaçar o julgamento do mensalão, tão temido pelos petistas. 
Grande besteira orientada com desatino pelo Lula e executada por aturdidos seguidores.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

EMOCIONAL MAIS ABALADO


A preocupação passa a tomar conta do Botafogo. Depois de se manter como único invicto do Brasil este ano durante mais de quatro meses, a segunda derrota - 2 1 para o Vitória, de virada -, como havia sido a primeira para o Fluminense (4 1), deixou ainda mais abalado o emocional dos jogadores e do próprio técnico Osvaldo de Oliveira. Sem falar na retração dos dirigentes.
O técnico reconheceu ontem, ainda sem esconder o abatimento: “Eu esperava que os jogadores pudessem reagir no jogo com o Vitória, mas, infelizmente, eles não suportaram o peso da derrota para o Fluminense. Embora a situação faça parte dos momentos difíceis do futebol, que todos os times enfrentam, o momento é bastante delicado” - frisou Osvaldo de Oliveira.
Mesmo sem querer se aprofundar, ele deixa claro que passará a temer pela estreia no Campeonato Brasileiro, no domingo seguinte com o São Paulo, ainda que seja o quarto jogo consecutivo no Engenhão: “Eu procurei me aproximar dos torcedores exaltados após a derrota de 4ª feira para evitar ainda mais a pressão sobre os jogadores na saída do campo”.
A reapresentação de ontem, que seria no centro de treinamento do clube, passou para o Engenhão, outra vez com o objetivo de evitar o contato dos jogadores com os torcedores: “Eles estão aborrecidos, como nós também estamos, mas não se conformam e podem ter reações imprevisíveis. Por isso, podendo evitar é melhor” - disse o técnico.
O zagueiro Antonio Carlos, que não jogou com o Vitória, passa por nova avaliação hoje para saber se terá condições de reaparecer domingo. O meio-campo Renato, que apesar de ser dos mais experientes, também está muito sentido com as duas últimas derrotas, disse: “É um jogo muito complicado. Precisamos ter equilíbrio e errar menos domingo”.

JÁ SE COGITA DA SUBSTITUIÇÃO DE HADDAD


Por Carlos Chagas
                                                    A luz está passando de amarela para vermelha no semáforo do PT postado diante da eleição para a prefeitura de São Paulo. Fernando Haddad não passou dos 3%, na pesquisa divulgada pelo Ibope. Continua patinando nesse percentual desde que lançado pelo ex-presidente Lula, seis meses atrás.
                                                        Farão o quê, os companheiros? Marchar para o cadafalso por lealdade à sua maior estrela? E o desgaste capaz de atingir o próprio Lula, caso seu ex-ministro da Educação não cresça  como candidato,  pelo menos em condições de passar para o segundo turno?  Melhor seria cogitar desde já de sua  substituição, ainda que um prazo para recuperar-se possa chegar até junho. O diabo é que inexistem opções. Marta Suplicy teve seu nome erodido, menos por falta de possibilidades, mais pelo seu comportamento egoísta depois de garfada. Não se integrou na candidatura Haddad. Rui Falcão, presidente do partido, vem produzindo trapalhadas capazes de excluí-lo junto a seus  companheiros. E mais quem?
                                                        De qualquer forma, já se ouve o toque de retirada no campo de batalha. Afinal, como superar José Serra, Celso Russomano, Netinho de Paula, Sonia Francine, Gabriel Chalita e Paulo Pereira da Silva, todos situados acima de Fernando Haddad?
                                                         O ex-presidente Lula tem feito milagres, mas ficará muito difícil inverter as tendências agora reafirmadas. Ele espera superar os últimos empecilhos de saúde para mergulhar  na campanha, mas seria justo obrigá-lo a percorrer diariamente a cidade de São Paulo na carroceria de um caminhão?

CONDENADA AO SUCESSO

                                                                  Infla o balão do governo a confirmação dos presidentes da França, François Hollande, e da Rússia, Wladimir Putin, na reunião Rio+20, feita pelo telefone à presidente Dilma. Tudo indica a presença de outros importantes chefes de estado,  inclusive dos Estados Unidos e da China.
                                                                  Como acentuou o chanceler  Antônio Patriota, ontem, na Comissão de Relações Exteriores do Senado,  sobressai o caráter universal  da política externa brasileira, assumindo contornos de maturidade.
                                                                  Um reparo, apenas, na performance do ministro das Relações Exteriores: ao abordar a presença brasileira no mundo, deu como certa a reeleição do presidente Barack Obama, em novembro. A previsão parece óbvia, mas se por hipótese os ventos mudarem  e a eleição vier a   favorecer o candidato republicano, não faltarão intrigantes para lembrá-lo de que o governo brasileiro posicionou-se antes da hora  em questões  da economia interna americana.


MEIA DEFESA

                                                                  Bateu firme o Procurador Geral da República ao afirmar que provém dos mensaleiros  as críticas à sua decisão de não ter aberto processo contra Demóstenes Torres quando recebeu os autos do inquérito da Operação Vega, em 2009.  Para ele, fica inequívoca a intenção do PT e outras forças para  desviar as atenções do julgamento do  maior escândalo político  nacional dos últimos tempos, o mensalão.
                                                                  Tudo bem, Roberto Gurgel terá  razão no diagnóstico, mas falta explicar porque deixou engavetada a evidência de participação do senador goiano, junto com alguns deputados, nas lambanças de Carlinhos Cachoeira. Certamente seus argumentos serão fundamentais para sufocar intrigas.

DELAÇÃO PREMIADA?

                                                                  Não descansa a central de boatos que cerca os trabalhos da CPI do Cachoeira. Ontem, corria entre  deputados e senadores que compõem o grupo a hipótese de o bicheiro solicitar na Justiça de Goiás o benefício da delação premiada. Em troca de uma sentença mais branda, estaria disposto a abrir o véu de suas atividades ilegais junto a políticos, governantes e empresários.  Seria, como se repete, barro no ventilador sobre  sua própria quadrilha.

O PiG recebe poupudas mesadas (êpa, mensalão!? Imprensalão!) disfarçadas em assinaturas de impressos dos seus aliados. Cerra chegou ao cúmulo (é hábito dele) de porpor uma lei que obrigaria o estado de SP a comprar uma determinada publicação da Abrl para fornecê-la às escolas estaduais como matéria e material obrigatórios.
Por isso o PiG é tucano (dentre outras maracutaias): panfleta a soldo e é chapa-branca tucana sim.

OS CHAPA-BRANCA DA CASA GRANDE


Eternos chapa-branca
O jornal O Globo toma as dores da revista Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.
Desde 2002, todos empenhados em criar problemas para o governo do metalúrgico desabusado e, de dois anos para cá, para a burguesa que lá pelas tantas pegou em armas contra a ditadura, embora nunca as tenha usado. Os barões midiáticos detestam-se cordialmente uns aos outros, mas a ameaça comum, ou o simples temor de que se manifeste, os leva a se unir, automática e compactamente.
Não há necessidade de uma convocação explícita, o toque do alerta alcança com exclusividade os seus ouvidos interiores enquanto ninguém mais o escuta. E entra na liça o jornal da família Marinho para acusar quem acusa o parceiro de jornada, o qual, comovido, transforma o texto global na sua própria peça de defesa, desfraldada no site de Veja. A CPI do Cachoeira em potência encerra perigos em primeiro lugar para a Editora Abril. Nem por isso os demais da mídia nativa estão a salvo, o mal de um pode ser de todos.

O autor do editorial exibe a tranquilidade de Pitágoras na hora de resolver seu teorema, na certeza de ter demolido com sua pena (imortal?) os argumentos de CartaCapital. Arrisca-se, porém, igual a Rui Falcão, de quem se apressa a citar a frase sobre a CPI, vista como a oportunidade “de desmascarar o mensalão”. Com notável candura evoca o Caso Watergate para justificar o chefe da sucursal de Veja em Brasília nas suas notórias andanças com o chefão goiano.
Abalo-me a observar que a semanal abriliana em nada se parece com o Washington Post, bem como Roberto Civita com Katharine Graham, dona, à época de Watergate, do extraordinário diário da capital americana. Poupo os leitores e os meus pacientes botões de comparações entre a mídia dos Estados Unidos e a do Brasil, mas não deixo de acentuar a abissal diferença entre o diretor de Veja e Ben Bradlee, diretor do Washington Post, e entre Policarpo Jr. e Bob Woodward e Carl Bernstein, autores da série que obrigou Richard Nixon a se demitir antes de sofrer o inevitável impeachment. E ainda entre o Garganta Profunda, agente graduado do FBI, e um bicheiro mafioso.
Recomenda-se um mínimo de apego à verdade factual e ao espírito crítico, embora seja do conhecimento até do mundo mineral a clamorosa ignorância das redações nativas. Vale dizer, de todo modo, que, para não perder o vezo, o editorialista global esquece, entre outras façanhas de Veja, aquele épico momento em que a revista publica o dossiê fornecido por Daniel Dantas sobre as contas no exterior de alguns figurões da República, a começar pelo presidente Lula.
Concentro-me em outras miopias de O Globo. Sem citar CartaCapital, o jornal a inclui entre “os veículos de imprensa chapa-branca, que atuam como linha auxiliar dos setores radicais do PT”. Anotação marginal: os radicais do PT são hoje em dia tão comuns quanto os brontossauros. Talvez fossem anacrônicos nos seus tempos de plena exposição, hoje em dia mudaram de ideia ou sumiram de vez. Há tempo CartaCapital lamenta que o PT tenha assumido no poder as feições dos demais partidos.
Vamos, de todo modo, à vezeira acusação de que somos chapa-branca. Apenas e tão somente porque entendemos que os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma são muito mais confiáveis do que seus antecessores? Chapa-branca é a mídia nativa e O Globo cumpre a tarefa com diligência vetusta e comovedora, destaque na opção pelos interesses dos herdeiros da casa-grande, empenhados em manter de pé a senzala até o derradeiro instante possível.
Não é por acaso que 64% dos brasileiros não dispõem de saneamento básico e que 50 mil morrem assassinados anualmente. Ou que os nossos índices de ensino e saúde públicos são dignos dos fundões da África, a par da magnífica colocação do País entre aqueles que pior distribuem a renda. Em compensação, a minoria privilegiada imita a vida dos emires árabes.

Chapa-branca a favor de quem, impávidos senhores da prepotência, da velhacaria, da arrogância, da incompetência, da hipocrisia? Arauto da ditadura, Roberto Marinho fermentou seu poder à sombra dela e fez das Organizações Globo um monstro que assola o Brazil-zil-zil. Seu jornal apoiou o golpe, o golpe dentro do golpe, a repressão feroz. Illo tempore, seu grande amigo chamava-se Armando Falcão.
Opositor ferrenho das Diretas Já, rejubilado pelo fracasso da Emenda Dante de Oliveira, seu grande amigo passou a atender pelo nome de Antonio Carlos Magalhães. O doutor Roberto em pessoa manipulou o célebre debate Lula versus Collor, para opor-se a este dois anos depois, cobrador, o presidente caçador de marajás, de pedágios exorbitantes, quando já não havia como segurá-lo depois das claras, circunstanciadas denúncias do motorista Eriberto, publicadas pela revista IstoÉ, dirigida então pelo acima assinado.
Pronta às loas mais desbragadas a Fernando Henrique presidente, com o aval de ACM, a Globo sustentou a reeleição comprada e a privataria tucana, e resistiu à própria falência do País no começo de 1999, após ter apoiado a candidatura de FHC na qualidade de defensor da estabilidade. Não lhe faltaram compensações. Endividada até o chapéu, teve o presente de 800 milhões de reais do BNDES do senhor Reichstul. Haja chapa-branca.
Impossível a comparação entre a chamada “grande imprensa” (eu a enxergo mínima) e o que chama de “linha auxiliar de setores radicais do PT”, conforme definem as primeiras linhas do editorial de O Globo. A questão, de verdade, é muito simples: há jornalismo e jornalismo. Ao contrário destes “grandes”, nós entendemos que a liberdade sozinha, sem o acompanhamento pontual da igualdade, é apenas a do mais forte, ou, se quiserem, do mais rico. É a liberdade do rei leão no coração da selva, seguido a conveniente distância por sua corte de ienas.
Acreditamos também que entregue à propaganda da linha auxiliar da casa-grande, o Brasil não chegaria a ser o País que ele mesmo e sua nação merecem. Nunca me canso de repetir Raymundo Faoro: “Eles querem um País de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”. No mais, sobra a evidência: Roberto Civita é o Murdoch que este país pode se permitir, além de inventor da lâmpada Skuromatic a convocar as trevas ao meio-dia. Temos de convir que, na mídia brasileira, abundam os usuários deste milagroso objeto.

"QUER DIZER QUE VEJA FUMOU, MAS NÃO TRAGOU?(*) - 'Além de 200 telefonemas trocados, o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e integrantes da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira se encontram presencialmente, pelo menos, 10 vezes. Só com Cachoeira foram 4 encontros.O número pode ser maior, uma vez que a reportagem de Carta Maior teve acesso apenas ao apenso 1 do inquérito, com 7 volumes. Entretanto, existem mais dois apensos que, juntos, tem 8 volumes. Um destes encontros ocorreu no dia 10 março de 2011. Em ligação telefônica no dia anterior, às 22:59, Cachoeira diz ao senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido): "É o seguinte: eu vou lá no Policarpo amanhã, que ele me ligou de novo, aí na hora que eu chegar eu te procuro". (leia a reportagem exclusiva de Vinicius Mansur, com detalhes da interação orgânica entre interesses políticos e pecuniários que fundiram uma redação e uma quadrilha. (*) boa pergunta do leitor  Marco Antunes; leia as outras nesta pág)
(Carta Maior; 6ª feira 11/05/2012)

Sabores diversos, como te como!

CPIs, Brasileira, 4 Queijos, Francesa, Frango Catupiry, Corrupta, Lombinho, Italiana, Tradição, Caipira, Congresso, Tomate Seco, Brócolis, 10%, 15%, 20%, Corporativa, Venha Nois, Vosso Reino Nada, Peperone, Camarão, Pitú, Mineira, Roubalheira, Alfa, Giovanna, Nordestina, Delta, Beta, Kavazaski, Camarão Empanado, Sem Licitação, Marmelada, Não dá em Nada, Ladra, Ladrão, Banda Vuou, Mão Leve, Politico, Senador, Deputado, Governador, Prefeito, Vereador, etc... 
Tem todo tipo de nome, é cada pizza gostosa, é bom porque a gente come todas elas, é no rodízio! 
Os sabores diversos trás barriga cheia e muita desposição para continuar a governar sem divisão equânime das riquezas produzidas.
Culpa sua do voto errado!

Gurgel tenta se livrar da acusação de omisso.

Por Vera Magalhães, Folha de São Paulo
O Supremo Tribunal Federal recebeu da Procuradoria-Geral da República novos indícios do envolvimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o esquema de Carlinhos Cachoeira. Segundo membros da CPI, o material...

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Juros: uma página virada?
A agenda de mudanças é longa e inclui itens de natureza diversa. A sabotagem patrocinada pelos bancos pode, por exemplo, incluir a paralisia articulada na oferta de crédito, apesar da queda na SELIC e nas taxas operacionais. Ou ainda um esforço oligopolista para manter suas margens de ganho. -
*O Procurador Gurgel e as consequências morais de um veto suspeito (leia mais aqui)**Chávez tem 17 pontos de vantagem sobre seu adversário nas eleições de outubro; na pesquisa anterior essa vantagem era de 11 pontos (Datanalisis/Bloomberg)** Comissão da Verdade  inclui Paulo Sergio Pinheiro e Maria Rita Khel.
SIMBIOSE PROFANA: A REVISTA PAUTA  A QUADRILHA; A  QUADRILHA USA A REVISTA EM ACHAQUES E GOLPES - 'Além de 200 telefonemas trocados, o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, e integrantes da quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira se encontram presencialmente, pelo menos, 10 vezes. Só com Cachoeira foram 4 encontros.O número pode ser maior, uma vez que a reportagem de Carta Maior teve acesso apenas ao apenso 1 do inquérito, com 7 volumes. Entretanto, existem mais dois apensos que, juntos, tem 8 volumes. O primeiro destes encontros foi marcado para o dia 10 março de 2011. Em ligação telefônica no dia 9 daquele mês, às 22:59, Cachoeira diz ao senador Demóstenes Torres (então do DEM, hoje sem partido):"É o seguinte: eu vou lá no Policarpo amanhã, que ele me ligou de novo, aí na hora que eu chegar eu te procuro". (leia a reportagem exclusiva de Vinicius Mansur, com detalhes de uma rotina orgânica entre interesses políticos e pecuniários que fundiram uma redação e uma quadrilha; nesta pág)

Juro bancário

Com a baixa de juros no sistema bancário e a tendência da taxa Selic cada vez ficar menor, faz-se necessário que sejam analisados os empréstimos que foram realizados antes dessas novas taxas, principalmente os consignados que leva parte do baixo salário dos aposentados. Esses empréstimos foram feitos com juros absurdos, pagando-se até três vezes pelo valor recebido. Então é preciso que as autoridades se pronunciem e diminuam o valor das mensalidades daqui pra frente em função da nova realidade financeira do país.

Opinião de camarada

O Vice-presidente Michel Temer (PMDB), declarou que não vê motivos para o governador do Rio, seu correligionário Sergio Cabral, seja convocado pela CPI do Cachoeira. Defendendo que viagem e jantar com o dono da Delta, não constitui crime. 
A prevalecer essa opinião, se entende, que presentes de casamento, geladeira e fogão recebidos pelo senador Demóstenes Torres, também não constitui crime. 
Diante deste juízo, o Temer deve achar que mensaleiros, então, são arcanjos, virtuosos e puros. 
Em todos os casos verifica-se simbiose entre público e privado. 
Na história da vida privada da humanidade, essa relação no modo em que está posta, pode ser considerada, no mínimo, prática ilícita e imoral, indecorosa e não recomendável.

Angu de caroço

Tá cheirando a maracutaia a suspeitissima venda da DELTA para o grupo JBS-FRIBOI que ganhou bilhões do BNDES na era Lula. toda enrolada no esquema do cachoeira e com bilhões de contratos nos governos federal, estaduais e municipais, com certeza tem politicos graúdos metidos nesse angu de caroço querendo se safar.que será o presidente da nova Delta?  Henrique Meireles, ex-banco central, amigão e homem de confiança da turma, que é para mexer os pauzinhos comforme a conveniência dos amigos no poder.
Mais uma vez o Brasil lambe os tacos da chuteira da Fifa, permitindo a venda de bebidas nos jogos, mas isso não é o pior, o mais preocupante é perimitir todos os diretores da "fifa" entrarem aqui sem passarem por nenhum tipo de fiscalização fazendaria, como se eles fossem chefe de Estado e as isenções de impostos para os negocios da Fifa por um ano antes e depois da copa, é Brasil, se ajoelhe e beije os tacos emlameados da chuteira da FIFA.

NADANDO DE BRAÇASDAS

Ninguém ousa duvidar que Fernando Collor de Mello tenha inteligência e capacidade privilegiadas. 
Como integrante da CPMI do momento, tem valorado bem a sua oportunidade de cobrar de pseudos moralistas de plantão no Poder, as respectivas cotas de aparente culpa na infindável gama de escândalos. 
Faz ponderações críticas e observações razoáveis, que deixam muita gente em saia justa, o que tem desagradado aos adversários políticos – dele e do Governo. Escolado nos meandros dos que exploram a proximidade com o Rei, Collor tenta evitar que a Rainha sirva de trampolim para os que queiram causar maiores danos à Nação. 
Está reabrindo não só a trilha da volta ao cenário nacional, como a esperança daqueles milhões de brasileiros que nele confiaram, quando o elegeram Presidente da República, visto que é apanhando que se aprende.
Senado corta a regalia imoral.
O Senado diminuiu os gastos com seus membros ao cortar em definitivo (claro que serão criadas outras incidências remuneratórias para substituir essa) a famosa "ajuda paletó", apelido dado aos 14º e 15º salários dos congressistas que "ganham tão pouco" para fazerem discursos vazios da tribuna de cada casa. 
Com esse corte a economia anual no Senado será de R$ 4,3 milhões e na Câmara (se aprovada a medida) de R$ 27.3 milhões. 
Essa regalia foi criada quando a capital federal ainda era no Rio de Janeiro, sob a justificativa de que os parlamentares se mudavam para àquela Cidade no início dos trabalhos e regressavam aos seus Estados quando o transporte era ainda muito difícil. 
Durou até hoje, com passagens aéreas gratuitas e jatos modernos a todo instante.

E SE BASTOS LEVAR O CALOTE?


Por Carlos Chagas.
Deve cuidar-se o advogado   Márcio Thomaz Bastos. 
Não por estar defendendo um chantagista notório, porque o juramento dos advogados exige que se disponham a patrocinar as causas de quantos aflitos os procurem. A razão é mais prosaica: será que vai receber seus honorários, que certamente incluem um percentual pelo  desgaste de imagem? Circulou a informação de que teria cobrado 15 milhões de reais de Carlinhos Cachoeira, mas o bicheiro honrará o suposto contrato?
Fica difícil se depender do primeiro advogado  contratado pelo réu, no atual episódio.  Vamos preservar o nome dele, dando apenas as iniciais: CDA. Se precisar, completaremos. O profissional está a ver navios, alegando seu   cliente,  para não pagar,  que continuou na prisão desde que engaiolado, no caso, em Mossoró, Rio Grande do Norte.
Márcio Thomas Bastos atua em diversas frentes, uma de conseguir a liberdade para   Cachoeira, ação que o Superior Tribunal de Justiça julgará nos próximos dias. Há controvérsias,  pois se tem residência fixa, documentação em ordem e nunca foi condenado antes, também poderá constituir-se em embaraço às investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, caso solto.
Corria ontem o rumor de que se o bicheiro não sair da Papuda, estaria disposto  a procurar a Polícia Federal e  recorrer à delação premiada para safar-se, iniciativa semelhante a jogar barro no ventilador de sua quadrilha. Na Justiça de Goiás, está sendo processado por corrupção,  peculato, formação de quadrilha armada e vazamento de dados sigilosos. No plano federal, tem mais coisa.
Outra missão quase impossível do ex-ministro da Justiça é protelar o depoimento do cliente, marcado para o dia 15, na CPI mista. As denúncias contra ele são do domínio público, ainda que Bastos não tenha tido acesso à documentação integral produzida no inquérito da Operação Monte Carlo.
Em suma, senão cada dia com sua agonia, assistimos pelo menos cada dia com suas versões explosivas.
ARCABUZADO MESMO
A decisão de ontem do Conselho de Ética do Senado deixa poucas dúvidas a respeito da cassação do mandato do senador Demóstenes Torres. Foi aplaudida a  intervenção do senador Álvaro Dias em favor do relatório do senador Humberto Costa sobre a quebra  do decoro parlamentar do representante de Goiás. Não deve demorar muito a degola, capaz de deslocar do Supremo Tribunal Federal para a justiça comum o processo contra Demóstenes. Ficou clara a indignação dos integrantes do Conselho de Ética diante de recente discurso dele, negando ligações com Carlinhos Cachoeira. 
PROXIMIDADE DO VETO
Não terá sido por conta do apelo da linda Camila Pitanga que a presidente Dilma decidiu vetar integralmente o Código Florestal. Já havia decidido bem antes, estando para ser editada Medida Provisória capaz de suprir as necessidades da lei aprovada no Congresso. A bancada ruralista, que tanto festejou a aprovação, deveria ter previsto a reação da chefe do governo, em especial porque são bissextas, senão inócuas, quaisquer tentativas de derrubada de vetos presidenciais.
A MORTE DA CONSTITUINTE 
Houve tempo em que o então presidente Lula e sua chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pronunciaram-se em favor da esdrúxula proposta de convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva, capaz de atualizar a Constituição de 1988. Seria uma aberração, já que os supostos detentores do Poder Constituinte Originário  seriam eleitos separadamente dos atuais deputados e senadores, que continuariam a deter o Poder Constituinte derivado. Fatalmente haveria conflito.
A natureza das coisas prevaleceu, fazendo com que a tese da Constituinte Exclusiva fosse morrendo de morte morrida. Não houve necessidade da morte matada. Hoje, ninguém mais fala da proposta, que sumiu nos desvãos da Preça dos Três Poderes. 
Randolfe diz que existem 'gravíssimas' acusações contra Marconi Perillo.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) deixou há pouco a CPMI do Cachoeira, onde estão sendo ouvidos os delegados responsáveis pelas Operações da Polícia Federal Monte Carlo e Vegas. Segundo o senador, um dos delegados afirmou que 30 máquinas caça níquel arrecadavam R$ 1 milhão por mês e o Cachoeira ficava com 30% deste valor. Ainda segundo Randolfe, conforme foi investigado pela policia, de novembro de 2010 a março de 2011, período da Operação Monte Carlo, pesam sobre o governador de Goiás, Marconi perillo, gravíssimas acusações. Randolfe cobra um chamado urgente de Perillo para depor na CPI. "O Perillo foi citado nas gravações do Cachoeira mais de 200 vezes. Ele teria tido dois encontros com Cachoeira, um deles na residência do senador Demóstenes Torres, e pelo menos duas ligações diretas do Cachoeira com o Perilo. Em uma delas o governador deseja feliz aniversário a Cachoeira", disse. Ainda há indícios de que três empresas contratadas por Cachoeira receberam dinheiro da Delta.

Dilma divulga nomes dos sete membros da Comissão da Verdade.

O GLOBO

Ex-advogada de Dilma, na ditadura, é um dos membros da comissão

Por Luiza Damé, O Globo

A presidente Dilma Rousseff anunciou os nomes dos sete integrantes da Comissão da Verdade. Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Direitos Humanos do governo Fernando...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Em meio à descontração na CPMI do Cachoeira, que decidiu segredo no depoimento de delegados e procuradores, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) foi sincero: “Tudo que aqui for falado vai vazar”.
A empresa Delta Engenharia é contratada pelo Senado para fazer a manutenção da “sala do pânico”, onde a CPI mista do Cachoeira guarda documentos. Nada a ver com a enrolada Delta Construções.

Era uma questão de tempo. 
A gente sempre soube que o negócio das organizações Globo era comprometido com o crime organizado (empresários que patrocinam políticos da direita: DEM, PPS e PSDB), mas faltavam provas.
Com essa CPMI tudo virá a público. A Globo só se salva dessa se o PT quiser. E olha que com um Gurgel aliado à Vênus Platinada, ninguém espere que o PT vá agir coeso nessa CPMI da mídia e do crime organizado.
Mas, as revelações das operações já farão um senhor estrago na Casa Grande, digo na Globo.
Olha ai o motivo do desespero da Globo… 
Eles sabem que, se a Veja cair, pode levar outros consigo.
A CPMI agora será da Veja-Época-Chachoeira…, ou PiG-Cachoeira. 
O Sr. Demóstenes era do DEMO-PiG. 
O PIG está apavorado com o efeito dominó: se o Civita cair, arrastará os demais barões da mídia. 
Por isso o Globo já se alinhou na defesa do Civita, enquanto Folha e Estadão tentam tirar os respectivos da reta.
Os métodos são praticamente os mesmos, e o PiG é um coro de uma só voz nas tentativas de golpe contra Lula e Dilma, usando para isso dos métodos mais sujos (e criminosos) existentes.
É o que Dom Civita dirá na CPMI: não fizemos nada que toda a (velha) imprensa não faz há décadas. 
O recado está dado, e o blogueiro do bando Abril, conhecido por Rei do Esgoto, tenta deixar a coisa bem clara. “Não é contra a veja, é contra toda a imprensa” que a CPMI está investigando. 
Um grito de socorro aos parceiros (comparsas seria a palavra apropriada): nos ajudem agora porque amanhã serão vocês a serem punidos pelas maracutaias que todos fizemos.
Ler o Rei do Esgoto faz mal ao estômago, mas tem uma vantagem: é a voz dos donos: por ele sabemos tudo que Dom Civita e o Serra pensam e querem.

Saiu no Blog do Nassif:

(Quando esse ansioso blogueiro diz que a Veja e a Globo são a corda e a caçamba …)

Estadão revela elos de Cachoeira com a revista Época


Saiu no Blog do Nassif.
(Quando esse ansioso blogueiro diz que a Veja e a Globo são a corda e a caçamba …) Estadão revela elos de Cachoeira com a revista Época

Por Geraldo Reco.

A revista mencionada é a Época:

“Então, dá pra plantar isso aí? Os caras fazerem a ligação com eles?”, questiona o empreiteiro. O araponga, então, responde: “Dá. Se não der, a gente coloca na mídia, né? Que aí os caras se interessam. Vou falar com aquele amigo lá da CGU”, diz Dadá”.

A plantação de Dadá e a Revista Época

O Estadão de hoje traz repostagem acerca de um suposto esquema de Cachoera na CGU. Mas o mais interessante são os diálogos de Claudio Abreu, então na Delta, e Dadá, aquele. A Polícia Federal tinha detonado a operação Voucher que envolveu o Ministério do Turismo e prendeu  pessoas em Brasília, São Paulo, Macapá e Curitiba. Dentre elas estava Frederico Silva da Costa, então Secretário Executivo do Ministério.

Cláudio Abreu ao saber da prisão de Costa fala com Dadá para tentar estabeleer uma ligação com uma concorrente, a Warre Engenharia que, segunda ele (Cláudio) foi beneficiada por Costa numa obra no Parque Mutirama em Goiânia. Os diálogos do Estadão:

“O pessoal da Warre Engenharia é aqui da cidade. O dono dela é o Paulo Daher e o filho dele, o Ricardo Daher. (…) Eles são amigos de infância. E esse cara que foi preso aí (Frederico) arrumou dinheiro pra eles e direcionou as obras”, explicou Abreu a Dadá.

“Então, dá pra plantar isso aí? Os caras fazerem a ligação com eles?”, questiona o empreiteiro. O araponga, então, responde: “Dá. Se não der, a gente coloca na mídia, né? Que aí os caras se interessam. Vou falar com aquele amigo lá da CGU”, diz Dadá.

O Estadão menciona que dias depois uma “revista semanal semanal de grande circulação” trouxe matéria estabelecendo a ligação desejada por Cléidio Abreu. Pesquisei na internet e encontrei matéria da Revista Época na qual se percebe nítidamente a “plantação”.

Os links e a matéria da Época estão abaixo.

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,esquema-de-carlinhos-cachoeira-tinha-funcionario-infiltrado-na-cgu,870408,0.htm

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI257290-15223,00.html

O Ministro entro na festa

As investigações da PF sobre corrupção no Ministério do Turismo incluem uma obra que recebeu milhões liberados por Pedro NovaisAndrei Meireles, Marcelo Rocha e Murilo Ramos, com Leandro LoyolaDida Sampaio TUDO DOMINADO

O ministro do Turismo, Pedro Novais. Abaixo, seu secretário executivo, Frederico Silva da Costa, algemado. Novais liberou dinheiro para obra de empresa de amigos de CostaSérgio LimaHá algum tempo não se via coisa parecida. Na semana passada, a Polícia Federal (PF) prendeu 35 pessoas na Operação Voucher, suspeitas de participar de desvio de recursos no Ministério do Turismo. Entre os presos está o secretário executivo do ministério, Frederico Silva da Costa (leia o quadro). A investigação se concentra em um convênio que liberou R$ 4 milhões para o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi). No papel, o Ibrasi deveria treinar pessoas no Amapá para trabalhar no setor turístico. Na realidade, segundo a PF, o dinheiro foi desviado para empresas de fachada, montadas por servidores, políticos e empresários. Nas investigações, surgiu outro grande negócio com ingredientes para um novo escândalo. É comum que conversas gravadas com autorização captem diversos assuntos tratados pelos investigados. Foi assim que os policiais esbarraram no nome da empresa Warre Engenharia, de Goiânia. Os desdobramentos podem criar problemas para o atual ministro, Pedro Novais, do PMDB.

A Warre foi contratada pela prefeitura de Goiânia para revitalizar o Parque Mutirama, a principal área de lazer na área central da capital de Goiás. O dinheiro para a obra – R$ 45 milhões – é do Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), que tem recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e é administrado pelo Ministério do Turismo. Na época em que foi firmado o convênio entre prefeitura e ministério, Frederico Silva da Costa era o responsável pelo Prodetur. A escolha da empresa Warre não foi uma surpresa para o setor da construção civil em Goiás, segundo ÉPOCA ouviu de empresários de Goiânia. Antes mesmo da realização da concorrência pública no 001/2010, executivos do mercado comentaram que a obra estava destinada à Warre. Essas versões eram alimentadas por causa da relação de amizade entre as famílias de Frederico Costa, o responsável pela liberação dos recursos, e dos empresários Paulo Daher e Paulo Daher Filho, os donos da Warre.

Nove empresas se inscreveram para participar da licitação para a reforma do Parque Mutirama. Seis foram desclassificadas pela prefeitura. Das três que continuaram na disputa, duas desistiram às vésperas da abertura de propostas. Sobrou apenas a Warre. Denúncias feitas na Câmara Municipal de Goiânia pelo vereador Elias Vaz (PSOL) fizeram com que o prefeito Paulo Garcia (PT) anunciasse o cancelamento da concorrência e a abertura de uma nova licitação. Garcia sondou então o Ministério do Turismo e soube que, se revogasse a licitação vencida pela Warre, os recursos federais seriam suspensos. “A prefeitura recebeu um ofício do Ministério do Turismo em novembro de 2010. O documento dizia que o recurso estava liberado para a execução da obra e que, se ela não fosse iniciada até 31 de dezembro, o município perderia o dinheiro. Os recursos voltariam para o Orçamento Geral da União”, diz Andrey Azeredo, secretário de Licitações da prefeitura de Goiânia. “O ato de revogação da licitação do Mutirama foi até confeccionado. Mas, por problemas internos, o ato não foi publicado e ficou sem validade.”

O prefeito de Goiânia iria revogar a licitação, mas desistiu depois de aviso do Ministério do Turismo

Como a revogação não foi publicada, o contrato com a Warre Engenharia foi firmado. O Ministério Público Federal entrou no caso. Para os procuradores, tudo leva a crer que a licitação foi um jogo de cartas marcadas. Em janeiro, o procurador da República Marcello Santiago Wolff considerou ter indícios suficientes para abrir um inquérito para apurar fraude na concorrência. Mesmo depois de o Ministério Público ter oficialmente informado o Ministério do Turismo sobre a investigação, o ministro Pedro Novais foi a Goiânia no final de abril. Novais participou de uma solenidade festiva em que anunciou a liberação dos “primeiros R$ 10 milhões” para as obras. Novais sabia das irregularidades. “Houve realmente alguns questionamentos, mas que já foram solucionados”, afirmou Novais, em discurso.

Segundo o Ministério Público, não há nada solucionado no caso. Na semana passada, a pedido dos procuradores, a Polícia Federal também abriu inquérito para investigar irregularidades na licitação para as obras no Mutirama. O empresário Paulo Daher, dono da Warre, afirmou que são “infundadas” as alegações do Ministério Público Federal. Daher enviou uma nota técnica da prefeitura de Goiânia, na qual se baseia para alegar que a licitação foi legal. Daher não quis comentar sua relação pessoal com Frederico Silva da Costa. Em resposta a ÉPOCA, o ministro Novais disse que, por causa das investigações do Ministério Público, passará a ser mais “cauteloso” nos repasses de dinheiro para a obra do Parque Mutirama. Ele disse também que se confundiu na hora de anunciar os recursos liberados em Goiânia. Novais diz que ele mesmo só autorizou a liberação de R$ 4 milhões.

Em janeiro, ÉPOCA já mostrara que Costa era uma fonte potencial de grandes problemas para o governo Dilma. Um dos motivos era sua gestão à frente do Prodetur. Com Frederico no comando, o governo de Goiás teve acesso a R$ 13 milhões do programa e construiu uma rodovia que favoreceu o acesso ao Rio Quente Resorts, na região de Rio Quente, um dos principais pontos turísticos de Goiás. Outro programa do ministério, o Fundo Geral de Turismo, também concedeu um financiamento ao Rio Quente Resorts. Seria uma operação legítima, se o resort não pertencesse à família de Costa. Além da suspeita de dar uma força aos negócios da família com dinheiro de todos os brasileiros, Costa também é alvo de outra investigação. Ele, o pai e o irmão são acusados de desvio de recursos públicos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) nos anos 1990. Seus bens estão bloqueados pela Justiça por causa da investigação. Apesar dos fatos desabonadores para sua nomeação para o segundo cargo no Ministério do Turismo, Costa foi mantido no governo por pressão do PMDB, acolhida pelo então chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.

Na semana passada, as investigações da PF mostraram que Frederico Silva da Costa não atuou apenas em Goiás. Segundo a PF, Costa, na prática o verdadeiro ministro da pasta, foi fundamental para a liberação de verbas para o Ibrasi. Tudo começou com uma emenda ao Orçamento proposta pela deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP), que destinou R$ 4 milhões para o treinamento de trabalhadores no setor turístico no Amapá. A PF afirma que Costa atuou não só para liberar a emenda de Fátima, como garantiu o escoamento do dinheiro dos cofres públicos para entidades fajutas. Em uma das gravações captadas pela Polícia Federal, Costa ensina o empresário Fábio Mello a montar uma entidade de fachada para receber o dinheiro liberado pelo ministério – e que seria desviado depois. “O importante é a fachada e tem de ser uma coisa moderna, que inspira confiança em relação ao tamanho das coisas que vocês estão fazendo”, diz Costa. “Pega um negócio aí para chamar a atenção, assim, de porte, por três meses. Mas é para ontem! Que, se alguém aparecer para tirar uma foto lá nos próximos dias, as chances são altas!”

Dono da Conectur, que recebeu dinheiro público pelo Ibrasi e deveria treinar trabalhadores, o petista Errolflynn Paixão disse, em depoimento à PF, que seu sócio na empresa “chegou a dizer que o dinheiro seria devolvido à deputada (Fátima Pelaes)”. Secretário nacional de Desenvolvimento do Turismo até a semana passada, o ex-deputado federal Colbert Martins (PMDB-BA) foi preso porque assinou a liberação da verba com base em um documento falso. Em um diálogo com sua chefe de gabinete, captado pela polícia, Colbert demonstra preocupação com a emenda de Fátima Pelaes, pois ela seria de interesse do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). “E tem de ver aquela obra lá do Amapá, aquela lá da Fátima Pelaes, daquela confusão do mundo todo, que é de interesse do Sarney. Tá certo?”, diz Colbert. “Que se cancelar aquilo, aquilo tá na bica de cancelamento, enfim algumas que eu sei de cabeça, assim. Cancela aquela, pega Sarney pela proa, vai ser mais confusão ainda, o.k.?” A deputada Fátima Pelaes nega as acusações.

Colbert e Frederico Silva da Costa têm algo em comum – além de ambos trabalharem no mesmo ministério, terem tratado da emenda de Fátima Pelaes e terem sido presos na semana passada. Eles chegaram a seus cargos indicados por Francisco Bruzzi, assessor da liderança do PMDB na Câmara dos Deputados. Bruzzi trabalha em uma sala minúscula, com espaço apenas para sua mesa e de sua secretária. Economista de 62 anos, com longa carreira em cargos públicos no Executivo e no Legislativo, Bruzzi é chefe de gabinete do líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). Ele é especialista nos trâmites do Orçamento Geral da União. Pelas mãos de Bruzzi, passam as sugestões de gastos do PMDB que ultrapassam R$ 1 bilhão por ano. Sugestões de Bruzzi para os ministérios do Turismo e da Agricultura foram acolhidas pelo PMDB e transformadas em atos publicados no Diário Oficial.

A aproximação de Bruzzi com Frederico Silva da Costa foi motivada pelo interesse comum pelas emendas parlamentares. Ao receber os repórteres de ÉPOCA em sua sala, na semana passada, Bruzzi disse que, de tanto tratar de emendas com o então secretário de Infraestrutura do Ministério do Turismo, o partido achou que promover Costa a secretário executivo seria uma boa opção para atender aos anseios do PMDB na gestão do ministro Pedro Novais. “Ele (Frederico) sempre atendeu com eficiência às demandas do PMDB e às solicitações da liderança do PMDB”, afirma Bruzzi. Ele convenceu o então líder Henrique Eduardo Alves a bancar a indicação de Costa para a função. Costa prestava contas a Bruzzi do que se passava no ministério. Apesar de ser o número dois da pasta, Costa se deslocava até a pequena sala de Bruzzi na Câmara. “O líder chama sempre os secretários executivos aqui. ‘Vem cá, que tem um deputado aqui querendo resolver um problema.’ E (o secretário executivo) vem. O ministério não é do partido? Então, vem”, afirma Bruzzi.

O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves. Ele indicou a cúpula do Ministério do Turismo e quis que o partido deixasse o governo, depois da operação da PF.

A operação da Polícia Federal da semana passada causou problemas entre o PT e o PMDB. Os líderes do PMDB se revoltaram não só com a prisão de Colbert Martins, mas com o fato de ele ter sido algemado. Eles reclamaram à presidente Dilma Rousseff. De acordo com assessores próximos, Dilma teria sido surpreendida pela operação, deflagrada na última terça-feira. Pouco depois das 8 horas da manhã, Dilma mandou chamar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e perguntou o que era a Operação Voucher. Desde 2008, a Polícia Federal estava comedida não só no número, como na maneira de conduzir suas operações. Àquela altura do dia, Cardozo sabia pouco e Colbert Martins já havia sido preso em São Paulo, enquanto esperava pelo ministro Pedro Novais. O carro com Novais passaria para pegá-lo e os dois iriam ao aeroporto de Congonhas e voariam para Brasília. Ao ser avisado da prisão, Novais voltou para o hotel.

Por volta das 11 horas, Dilma soube que o ex-ministro do Turismo Luiz Barreto estava no P’alácio para uma solenidade. Barreto era o ministro em 2009, quando o convênio com o Ibrasi foi celebrado e um de seus principais colaboradores era Frederico Silva da Costa. Dilma mandou chamar Barreto e o interrogou. Como tinha de ir à solenidade, Dilma repassou então a tarefa de interrogar Barreto ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Ao meio-dia, o deputado Henrique Eduardo Alves convocou a bancada de deputados do PMDB na Câmara para receber o vice-presidente, Michel Temer. Na versão que chegou ao Palácio do Planalto, Alves defendeu a saída do ministro do Turismo, Pedro Novais, e o afastamento de políticos indicados pelo PMDB. O risco de um racha no governo foi contornado porque Dilma ligou para Temer e avisou que a operação nada tinha a ver com o ministro Pedro Novais. A pedido de Dilma, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também telefonou para Novais. Mantido no cargo, Novais poderá agora explicar a liberação do dinheiro público para a reforma do Parque Mutirama, em Goiânia, cercada de suspeitas.