sábado, 8 de janeiro de 2011

SERTÃO - BRASIL GRANDE E PARA TODOS

Nunca antes no Brasil os postos chaves de governo nas mãos de mulheres, Presidência e Ministérios do Planejamento e Desenvolvimento Social.  
As elites brancas escravistas de são paulo, são uma minoria perversa e pervertida, que não representa o povo trabalhador sacrificado, e explorado, nos pedagiômetro do zé (cuica) Serra, injustiçado pelo trabalho semi escravo, a 540 PAUS! *²$¢#.
No congresso eles riem sem mérito, 26.000,00 contos! Deviamos fecha-lo e, desviar o dinheiro que ali se gasta inutilmente (com inúteis) para a educação (daí melhor emprego).
As elites, onde tipos como FHC, zé (bolinha de papel) Serra é Aécio Neves etc pulam, são uma excrecência, em nossa sociedade, além de burros…digo desinteligentes.
Idem o PiG kamelo/homer boner
A elite paulista ladra, o povo avança. Não há nada mais provinciano e retrógrado do que essa “elite” paulistana.
Espero que, em nome de um "BRASIL GRANDE E PARA TODOS", nossa “elites arcaicas” comecem a aceitar e ver com outros e bons olhos a mobilidade social e nossa inserção internacional soberana, e mudar o seu comportamento preconceituoso, predatório e nocivo aos interesses do país e à paz social.
O BRASIL PARA TODOS não passa na glOBoO que passa na gLOBo é um braZil para TOLOS”.
“Sonho meu!!!! Sonho meu!!!! Vai buscar quem mora longe, sonho meu…”
Viva o Brasil! Viva o Lula! Viva a Dilma Guerreira!!!

DINOSAURO

O Ciro Gomes acertou na mosca: o PMDB não passa de um ajuntamento de assaltantes.
A democracia implica nisso, a maioria votou pela continuidade de governo a dobradinha PT/PMDB.
Ainda que, como já dissera antes, tamanha disposição me leve lágrimas aos olhos, esqueçam o maniqueísmo ao acharem que por estar o Partido X, essa situação está ocorrendo. Se Y fosse o vencedor, provavelmente, a situação fosse a mesma, ou até pior. Trata-se, apenas, da voracidade da moscas que devoram o "bolo".
E esse bolo nunca tem fim, há sempre um pedaço a mais

OS CÃES RAIVOSOS

Realmente a alinça com o PMDB pode significar acomodar interesses políticos e espaço no governo. Até aí tudo bem, mas interesses pessoais e espúrios o PT não poderá ceder, com o risco de enfraquecer o governo da Presidenta Dilma Rousseff. O governo, é preciso que se reafirme, é do PT, assim o partido terá liderança e autonomia para gerir e governar com zelo todas as pastas e áreas, inclusive cobrando dos aliados postura e conduta ética impecável contra a corrupção, queria ver o jornal publicar mais matérias sobre a formação do governo nos estados e a disputa por cargos nos governos mineiro e paulista, por exemplo? Será que nos estados não existe luta por cargos?
É isso o que espera o povo brasileiro!

VALE LEMBRAR

Não vejo mal nenhum se o primeiro, segundo, terceiro e quarto escalão que seja, tenha indicação do PT, o governo é o PT, nada mais justo.
Como a Falha de SP é ridícula! Fica tentando através deste papel higiênico de segunda provocar intriga na base de apoio de Dilma!
Chega a ser cômico o papel de parte de nossa imprensa!
Por esta e muitas outras é que no governo Dilma vai ser prioridade o acesso dos cidadãos a serviço de internet com banda larga. Vamos dar a oportunidade as pessoas de terem efetivamente liberdade de expressão e não o que temos hoje no pais!
E para lembrar, daqui há 08 anos ele vai voltar!

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais neste sábado
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Alta no preço da comida faz da inflação a maior em 6 anos
Jornal do Brasil
Copa vai turbinar prostituição
O Globo
Estado anuncia choque de ordem na educação
Correio Braziliense
DF é condenado a indenizar menina em R$ 50 mil por lesão no nascimento
Estado de Minas
Reajuste do mínimo proposto pelo governo é menor que a inflação
Diário do Nordeste
MP quer barrar posse de deputados eleitos
Extra
Somália estava com medo de Papai Joel
Zero Hora
Mutirão tenta aplacar efeitos da estiagem
* Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Pentágono quer maiores cortes na área militar desde antes de 11/09
The Times (Reino Unido)
Líderes de gangue de sexo são presos por estuprar meninas
Le Monde (França)
Tunísia: a revolta dos jovens sem futuro
China Daily (China)
Imóveis: governo quer congelar o preço da propriedade
El País (Espanha)
Desconfiança dos mercados sobre Portugal pune a Espanha
Clarín (Argentina)
Após queixas, governo admite que faltam passagens e promete resolver o problema.

GANHARAM A MÃO, QUEREM O BRAÇO

Por Carlos Chagas
Felizes com a anunciada privatização dos aeroportos e com a prometida redução de encargos nas folhas de pagamento de seus empregados, os dirigentes da Confederação Nacional da Indústria querem mais. Exigem a desoneração de investimentos, leia-se, das especulações financeiras. As estrangeiras já não pagam imposto de renda, por que não estender o benefício ao capital nacional? Alegam a importância de proteger os exportadores, desatentos ao fato de que cada vez mais o Brasil exporta produtos primários, prejudicando nossa própria indústria.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

VÃO VETAR

O NOVO GOVERNO NA DEFENSIVA

Por Carlos Chargas.
No mínimo sofrível foi a solução dada pela presidente Dilma Rousseff para a crise com o PMDB. Ela simplesmente adiou para fevereiro o preenchimento das vagas de segundo escalão do governo, cobiçadas pelo partido. Empurrou a questão com a barriga.  Espera que até lá os interesses possam ter sido compostos, alegando a importância de aguardar a eleição das novas mesas da Câmara e do Senado. Também um gesto de defesa foi o convite para o senador Romero Jucá permanecer na liderança do governo quando todos esperavam, inclusive o PT,  a designação de alguém mais apropriado. Afinal, Jucá exerceu a liderança nos governos Fernando Henrique e Lula

O TRABALHADOR COMO PEÇA DESCARTÁVEL

Por Carlos Chagas
O que significa o trabalhador, para o PMDB? Um zero à esquerda. Um lixo. Uma peça  descartável.
Raras vezes se viu desfaçatez igual, na fisiológica luta do partido por espaços no governo Dilma Rousseff. Por conta de haver perdido os ministérios da Saúde e das Comunicações e os respectivos penduricalhos, mais os Correios, o PMDB ameaça votar contra o projeto que fixa o salário mínimo em 540 reais. Seus líderes falam da injustiça sofrida pelo  trabalhador, pois o reajuste situa-se abaixo da inflação do ano passado. Dizem-se prontos a aprovar 580 reais. Caso, no entanto, o PMDB venha  a ser contemplado com mais cargos, sentindo-se compensado, 540 reais bastam.
Na crônica do partido que um dia serviu de aríete para derrubar a ditadura, jamais seus dirigentes desceram tão baixo. Estivesse entre nós o dr. Ulysses e certamente pregaria a dissolução da legenda que ajudou a criar. Mandaria todos para as profundezas.
Mais vergonhoso nessa situação é o comportamento das bancadas, as novas e as velhas, que não tem participado da lambança dos comandantes. Porque nenhuma voz ouviu-se até hoje protestando diante da indignidade das negociações. Serão todos os deputados e senadores cultores do fisiologismo, também? Estarão à espera das migalhas desse banquete de horror, pretendendo tirar uma casquinha das nomeações?
O governo Dilma dispõe de teórica maioria no Congresso. A presidente da República apoiou e terá até participado da fixação do reajuste proposto ainda pelo presidente Lula. Mas o que dizer do Partido dos Trabalhadores? Seus parlamentares encontram-se  fechados em torno dos 540 reais. Votarão em uníssono pela meleca, felizes todos com os mais de 60% de aumento que se deram,  semanas atrás. O trabalhador que se dane, também para o PT.
Quanto ao PSDB e o DEM, sustentarão emenda propondo 580 reais. Serão os novos paladinos da justiça social? Nem pensar. O voto desses dois partidos exprimirá apenas a vontade de criar problemas para o governo. Em especial porque confiam na afirmação do ministro Guido Mantega, de que Dilma Rousseff vetará qualquer aumento, se porventura aprovado. Coisa que não acontecerá, é claro, dado o caráter de chantagem embutido na estratégia do PMDB.
Em suma, o trabalhador continua sendo peça descartável.
É, a globo tá num momento difícil, mas ainda é muito forte politicamente e tem se articulado previamente pra guerra da regulamentação. é natural que haja corte de desperdícios, mas daí à derrocada falta um tanto ainda. vai ter que mudar sua postura – e como não parece estar disposta a fazer isso com a ascenção de Dilma, pois vai continuar trabalhando na busca da espetacularização de “crises” do governo que a deixa sempre em condições de se impor – o que só deve ocorrer de fato quando perder as transmissões de futebol.
Agora que a água já atingiu os glúteos dá para perceber pela mudança de tom dos apresentadores dos telejornais da redegobbels. Antes, frios como lordes britânicos, agora estão cheio de gracinhas, por outro lado, a nova minissérie da Record mostra que na teledramaturgia o padrão de qualidade deixou de ser exclusivo da rede dos marinho, trem tá ficando cada dia melhor.
Por Rodrigo Vianna
Altamiro Borges, aqui, e Paulo Henrique Amorim, aqui, destacam fatos que demonstram a decadência da TV Globo.
O texto de Miro mostra que o Faustão – em crise de audiência (e de faturamento?) – demitiu a banda de músicos. E que o “Fantástico” enfrenta a pior crise de sua longa história. O Paulo Henrique relata como a audiência do “JN” encolheu em dez anos: o jornal apresentado por Bonner perdeu um de cada quatro telespectadores de 2000 para 2010 – são números oficiais do IBOPE.
São fatos. Não é bom brigar com eles. Mas é bom analisar esse proceso com cautela.
Quando entrei na TV Globo, em 95, o “JN” dava quase 50 pontos de audiência. Era massacrante.  O “Globo Repórter” dava perto de 40 pontos.
Em 2005/2006, quando eu estava prestes a sair da emissora, o “JN” já tinha caído pra casa dos 36 ou 37 pontos (havia dias em que o jornal local conseguia mais audiência do que o principal jornal da casa) e o “Globo Repórter”  se segurava em torno de 30 ou 32 pontos (programa que desse menos de 30 abria crise, era preciso sustentar a marca dos 30).
Esse tempo ficou pra trás. O “JN” já caiu pra menos de 30 pontos. E o Globo Repórter hoje patina em 24 ou 25 – dizem-me.
O “Jornal da Record” dobrou de audiência. Em São Paulo chega a 10 pontos, em outros Estados passa dos 12 ou 13. Nas manhãs, a Globo e a Record (com o SBT um pouco atrás) brigam pau a pau. E a Record vence em muitos horários matutinos, há meses. Aos domingos, a Globo também sofre. A grande jóia da coroa da emissora carioca é o horário nobre durante a semana: novelas+ JN. Nesse caso, os números revelam que o domínio da Globo se reduz, ainda que de forma lenta.
Muita gente espera o dia em que a Globo vai passar por uma hecatombe e deixará de ser a Globo. Acredito que isso não vai acontecer: a queda será lenta, negociada, chorada…  
A Globo poderia ter quebrado ali pelo ano 2000. No primeiro governo FHC, Marluce (então diretora geral) tivera duas idéias “brilhantes”: tomar dinheiro emprestado, em dólar, para capitalizar a empresa de TV a cabo do grupo; e centralizar as operações numa “holding”. Ela acreditou nas previsões do Gustavo Franco e da Miriam Leitão, de que o Real valeria um dólar para todo o sempre! Passada a reeleição de FHC, em 98, o Brasil quebrou, veio a crise cambial e a Globo ficou pendurada numa dívida em dólar que (de uma semana pra outra) triplicou.
A dívida era da TV a cabo mas, como Marluce e os geniais irmãos Marinho tinham centralizado as operações na holding, contaminou todo o grupo. A Globo entrou em “default”. Quebrou tecnicamente. Poderia ter virado uma Varig. Mas conseguiu (sabe-se lá com quais acordos e pressões políticas) equalizar a dívida.
Quando saiu da crise, em meados do primeiro mandato de Lula, a Globo (o jornalismo) estava já sob os auspícios de Ali Kamel – o Ratzinger. Ele conduziu a empresa para a direita: contra as cotas nas universidades, contras as políticas de combate ao racismo (“Não somos racistas”, diz), contra o Bolsa-Família. O grande público não percebe isso de forma racional. Mas (mesmo que de forma despolitizada) sente que a Globo ficou contra todos os avanços sociais dos últimos 8 anos. Lentamente, foi-se criando uma antipatia no público. Ouve-se por aí: a Globo não fica do lado do povão.
Não é à toa que um fenômeno novo surge nas grandes cidades, como São Paulo. Nas padarias, restaurantes populares, pontos de táxi, era comum ver televisores ligados sempre na Globo. Isso há 7 ou 8 anos. Acabou. De manhã, especialmente, a programação da Record e do SBT (e às vezes também dos canais a cabo) entra nas padarias, ocupa os lugares públicos.
Essa é uma mudança simbólica.
Mas é bom não brigar com outro fato: boa parte do público segue a ter admiração e carinho pela progamação da Globo. E há motivos pra isso, entre eles a qualidade técnica. A iluminação, a textura da imagem, o cuidado com o bom acabamento. Tudo isso a Globo conseguiu manter – apesar de muitos tropeços aqui e ali.
Fora isso, apesar de toda crítica que façamos (e eu aqui faço muito) ao jornalismo global, é bom não esquecer que na TV da família Marinho há sim ótimos profissionais, gente séria que tenta (e muitas vezes consegue) fazer bom jornalismo.  
Esse capital – qualidade técnica – a turma do Jardim Botânico tem conseguido manter. O que não ajuda: a política editorial, adotada por exemplo durante a posse de Dilma. Ironias desmedidas, falta de compreensão do momento histórico e uma arrogância de quem se acha no direito de “ensinar” como Dilma deve governar. A seguir nessa toada, a decadência será mais rápida…
E o que mais pode entornar o caldo por lá? Grana.
A Globo tem custos altíssimos de produção. Quem conhece de perto o Projac diz que aquilo é uma fábrica de boas novelas e minisséries, mas também uma fábrica de desperdício. Empresa familiar, que cresceu demais. Cada naco dominado por um diretor, como se fosse um feudo. Até hoje a Globo conseguiu manter essa estrutura porque ficava com uma porção gigante das verbas públicas de publicidade (isso mudou com Lula/Franklin) e com uma porção enorme da publicidade privada: o BV – bônus em que a agência é “premiada” pela Globo se concentrar seus anúncios na emissora – explica em parte essa “mágica”; outra explicação é que a Globo detem (detinha!?) de fato fatia avassaladora da audiência.
Com menos audiência, as agências (ou as empresas anunciantes, através das agências) podem pressionar para que o valor dos anúncios caia. Se isso acontecer, a Globo vai virar um elefante branco. Impossível manter aquela estrutura verticalizada se a grana encurtar.
Qual o limite que a Globo suporta? Difícil saber. Mas dispensa da banda do Faustão é um indicador de que a água pode estar subindo rápido.
Outro problema sério: o risco de perder a transmissão do futebol, ou de ter que pagar caro demais para mantê-lo.
Tudo isso está no horizonte. E mais: a entrada das teles no jogo. O Grupo Telefônica, por exemplo, fatura dez vezes mais que a Globo. Como concorrer? Só com regulação do mercado, assegurando nacos para os proprietários nacionais.
Ou seja: a Globo – que é contra a regulamentação (“censura”, eles bradam) por princípio – vai ter que pedir água, vai ter que negociar alguma regulação pra conter os estrangeiros. E aí pode entrar também a regulação que interessa à sociedade: critérios para concessões, e também para evitar o lixo eletrônico e os abusos generalizados na TV. Regulação, como em qualquer país civilizado. Até aqui a Globo tentou barrar esse debate. Mas vai ter que aceitá-lo agora, porque ficou mais frágil.
De minha parte, não torço pra que aconteça nenhuma “hecatombe”, nem que a Globo quebre. Mas para que fique menos forte, e que o mercado se divida.
Parece que é isso que está pra acontecer. Seria saudável para o Brasil.

VIDA REAL

QUEM DÁ MAIS ! ? ! ?

Alguém poderia explicar porque a exploração do transporte tem que ser feita por uma única empresa? Está na lei? Que se mude a lei. É inconcebível que as coisas funcionem da forma que estão. Os empresários/consórcios assumiram um poder econômico inimaginável e prestando um serviço da pior qualidade, bem ao gosto de um país com história de escravagismo ao povo, qualquer coisa, já que a elite não anda de ônibus, por isso quanto mais gente, mais lucro (ar condicionado? Nem pensar, mesmo num país tropical). E com tanto poder, são eles que financiam as campanhas dos políticos que são obrigados a devolver os favores. Tal situação se acha em qualquer setor do transporte coletivo: local, interestadual, etc. Uma desgraça que tem que ser desmontada, se se quer um país democrático. A dinâmica é essa, só não vê quem não quer, ou estou errado? Uma desgraça a corroer as bases de uma sociedade longe da justiça social.
O valor anterior era de R$ 2,30 reajustado para R$ 2,60, um valor altíssimo para uma cidade que não possui integração nenhuma entre as linhas de ônibus, além de que a prefeitura não realiza licitações para as empresas que farão o transporte. É uma cidade de porte médio (PORTO VELHO), com grande parte da população carente vivendo em bairros periféricos e que, muitas vezes, necessita pegar 2 linhas diferentes para ir ao serviço, pagando 4 vezes este valor para o seu transporte diário. Um absurdo!

DEZ CIDADES TÊM AUMENTO NA TARIFA DE ÔNIBUS

Há também a previsão de reajuste nas passagens dos ônibus em Aracaju (SE), Curitiba (PR), Manaus (AM) e Natal (RN)
O ínicio de janeiro foi marcado pelos reajustes nas tarifas dos ônibus municipais em dez cidades brasileiras. No primeiro dia do ano houve aumento em São Caetano (SP) e Diadema (SP). No domingo (2) passou a valer os novos valores das passagens no Rio de Janeiro e em Salvador (BA). Na segunda-feira (03) foram reajustadas as tarifas em João Pessoa (PB) e Santo André (SP). Na quarta-feira (5), Guarulhos (SP), Joinville (SC) e São Paulo (SP). Em Belo Horizonte (MG), o reajuste ocorreu no dia 29 de dezembro de 2010.
Além disso, há a previsão de aumento no valor da passagem de ônibus em Aracaju (SE), Curitiba (PR), Manaus (AM) e Natal (RN).
São Paulo passou a ter a tarifa mais cara do país. O reajuste na capital paulista foi de 11,11% e a passagem foi de R$ 2,70 para R$ 3,00. O percentual de reajuste estipulado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM) supera a inflação da cidade em 2010, que ficou em 5,83%, segundo cálculo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Salvador, com o reajuste de 8,6%, que fez com que a tarifa subisse de R$ 2,30 para R$ 2,50, tornou-se a cidade com a passagem mais cara do nordeste.
Nas outras cidades os aumentos foram: de R$ 2,50 para R$ 2,80 em Diadema; de R$ 2,65 para R$ 2,90 em Guarulhos; de R$ 1,90 para R$ 2,10 em João Pessoa; de R$ 2,70 para R$ 2,90 em Joinville, no caso da tarifa comprada na hora do embarque; de R$ 2,35 para R$ 2,50 no Rio de Janeiro; de R$ 2,65 para R$ 2,90 em Santo André; e de R$ 2,30 para R$ 2,75 em São Caetano.
Em Belo Horizonte o reajuste médio foi de 6,5%. A capital mineira possui direfentes tarifas no sistema de transporte coletivo. A tarifa da maior parte das linhas de ônibus passou de R$ 2,30 para R$ 2,45. Outras tarifas foram reajustadas da seguinte forma: a de R$ 1,65 passou para R$ 1,75; a de R$ 0,55 para R$ 0,60; a de R$ 1,65 para R$ 1,75; e a de R$ 1,85 subiu para R$ 2,00.
Segundo Lucas Monteiro, militante do Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo, os reajustes regulares são fruto da lógica deste modelo de transporte vigente em nosso país, em que o usuário paga por um serviço que deveria ser público. “Enquanto o transporte for organizado como um negócio e não como um direito, os aumentos vão ocorrer todo ano”, protesta Monteiro.
Protestos – Os reajustes nas passagens dos ônibus geraram protestos de estudantes em Joinville, João Pessoa, Salvador e São Paulo.
Na capital baiana, estudantes protestam desde a segunda-feira (3) contra o aumento das passagens e pedem a redução da tarifa, o congelamento do valor anterior e a reativação do Conselho Municipal de Transporte.
Já na capital paraibana, um protesto ocorre nesta quinta-feira (06) em frente ao Paço Municipal, no centro da cidade. O objetivo é protestar contra o aumento e tentar reverter a situação.
Também nesta quinta-feira a Frente de Luta pelo Transporte Público realizará uma manifestação contra o reajuste das tarifas em Joinville. O ato ocorrerá às 18hs, na Praça da Bandeira, centro da cidade.
Em São Paulo, o MPL têm organizado ações desde novembro de 2010 e realiza nesta semana uma panfletagem para convocar a população para uma manifestação na próxima quinta-feira (13), às 17 hs, em frente ao Teatro Municipal de São Paulo.
Com a previsão de reajuste no preço das passagens em Aracaju, ainda sem data determinada para acontecer, a Associação dos Moradores e Comerciantes do Bairro Industrial articula com lideranças juvenis e moradores de diversos bairros da capital sergipana um movimento contra o aumento.
Aumentos previstos – Em Aracaju, as empresas de transportes pedem um aumento de 16,67% nas passagens dos ônibus, o que elevaria a tarifa de R$ 2,10 para R$ 2,45. O valor ainda está sendo discutido pelo Sindicato das Empresas em Transporte de Passageiros (Setransp) e a Superintendência de Transporte e Trânsito (SMTT).
A nova tarifa dos ônibus em Curitiba segue também em negociação, mas, de acordo o presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), Marcos Isfer, o aumento das passagens pode ser considerado inevitável e deve ser estipulado a partir do dia 21 de janeiro.
No caso de Manaus o reajuste só deve ocorrer em abril ou maio, pois o cálculo do novo valor depende da compra de novos ônibus, processo que depende ainda da realização de licitação.
Já há um novo valor para as passagens dos ônibus de Natal, no entanto, não foi definida uma data para que ele passe a valer. O aumento será de 15% e fará com que o valor passe de R$ 2,00 para R$ 2,30.

SENHORA PRESIDENTA


Ela está preparada para um grande desempenho, a confirmar seu passado de cidadã e de figura pública.
Dilma aposta no Brasil e CartaCapital aposta em Dilma. Fomos os primeiros a enxergar nela a candidata petista à Presidência, desde quando, final do primeiro mandato de Lula, foi chamada a substituir José Dirceu na Casa Civil. Illo tempore o acima assinado mantinha um blog no qual, vezes sem conta, apontava na ministra a futura ungida de Lula. Sem falar dos editoriais. A partir  do início da campanha eleitoral, CartaCapital declarou seu apoio à sua  candidatura enquanto a mídia nativa alegava isenção ao apoiar  desbragadamente José Serra. Só mesmo o Estadão teve a dignidade de dizer a que viera às vésperas do pleito. Parabéns.
A aposta no Brasil é óbvia porque fácil. O País hoje é emergente de extraordinárias potencialidades e no futuro próximo atuará na ribalta dos principais protagonistas. Quanto a Dilma, a mídia nativa esforçou-se para apresentá-la como criação de Lula, emanação, quem sabe títere. Trata-se da versão conveniente ao tucanato. Não é possível negar a ótima atuação dela nos ministérios que ocupou. Dilma pertence à categoria daqueles que sabem o que fazem. Será presidenta consciente dos alcances e das responsabilidades do cargo, sem exorbitâncias e com extrema competência. Ideias professadas com convicção revelam-se até na decisão, menor na aparência, de se chamar presidenta em lugar de presidente. A afirmação reivindica a condição da mulher, o detalhe está longe de ser  insignificante. Nós usaremos o termo que prefere.
Que Dilma cultive ideias fortes não há dúvidas. Quatro passagens do seu discurso, no todo digno da ocasião, merecem especial destaque. Primeira: o claro empenho pelo desenvolvimento, com a certeza de consolidar o peso e a importância do País no cenário político e econômico mundial, o que passa, está claro, pela confirmação da política exterior independente inaugurada por Lula. Segunda: a opção, da mesma forma enfática, da opção pelo social, com a promessa da erradicação definitiva da miséria. Terceira: o empenho total contra a corrupção. Quarta: a referência, e não somente para bons entendedores, às prepotências e as agressões aos direitos humanos cometidas pela ditadura, da qual ela própria foi vítima. Firme na fala, composta e elegante no comportamento. Quem sabe, em vez dos marqueteiros, estejam agora ao seu lado companheiros mais chegados e menos pretensiosos.

SÓ DOIS DO RIO NA SELEÇÃO SUB-20

Com os cortes finais anunciados ontem pelo técnico Nei Franco – os do goleiro Milton, do Botafogo, e do meio-campo Dudu, do Cruzeiro -, a seleção brasileira sub-20 que tentará uma das duas vagas para os Jogos Olímpicos em Londres – 27 de julho a 12 de agosto de 2012 -, no Campeonato Sul-Americano do Peru – 16 de janeiro a 12 de fevereiro – ficou com dois jogadores do futebol carioca: o lateral-direito Galhardo e o atacante Diego Maurício, ambos do Flamengo.
Goleiros – Aleksander (Avaí) e Gabriel (Cruzeiro). Laterais – Galhardo (Flamengo), Danilo e Alex (Santos) e Gabriel (Palmeiras). Zagueiros - Bruno (São Paulo), Saimon (Grêmio), Juan e Romário (Internacional). Meios-de-campo – Casemiro e Lucas (São Paulo), Fernando (Grêmio), Oscar (Internacional), Alan Patrick (Santos) e Zé Eduardo (Palmeiras). Atacantes - Diego Maurício (Flamengo), Neymar (Santos), Henrique (Vitória) e William (Grêmio Prudente).
Antes da viagem com destino ao Peru, a seleção sub-20 fará mais dois jogos-treinos na Granja Comary, em Teresópolis: amanhã, com o Tupi de Juiz de Fora e terça-feira com o Duque de Caxias. A estreia no Sul-Americano será dia 17, na cidade de Tacna, com a seleção do Paraguai.

COPA SÃO PAULO DE JUNIORES

O APERTO DE JOEL SANTANA


A prova maior de que Joel Santana ainda não conseguiu digerir a perda da vaga para a Copa Libertadores da America deste ano está na reação que ele mostrou ontem, no primeiro contato fechado com o grupo de jogadores, antes do treino:
”O Botafogo tem um dos estádios mais bonitos e funcionais do mundo, não apenas do Brasil. Não podemos permitir que se repita este ano o que aconteceu ano passado. Jogando em casa, com o apoio sempre maciço da torcida e com a obrigação de ganhar, não podemos perder tantas chances como deixamos escapar ano passado.“
O Botafogo continuará treinando em General Severiano e no Engenhão até quinta-feira quando subirá para a Granja Comary, em Teresópolis, onde completará a preparação para a estreia no Campeonato Carioca, dia 19, com o Duque de Caxias.
Vice-líder do Grupo U da Copa São Paulo de juniores, depois de empatar (2 a 2) na estreia com o Rio Preto, o Botafogo voltará a jogar amanhã com o Nacional de Patos (Paraíba), último colocado.

HAJA APETITE

Mas, ao contrário da China, na Europa os trabalhadores estão marchando para manter direitos perdidos. O certo é que, nem na China, nem no Ocidente, nem em parte alguma são os resistentes portadores de uma visão alternativa à ordem capitalista global. Ao menos não ainda. Urge que os trabalhadores se armem de uma nova doutrina que seja motivadora da mudança. Uma outra via que incorpore a unidade do ser, individual e social. Enquanto o leninismo advoga a supremacia do ser social face ao individual, o neoliberalismo advoga o seu contrário. Só uma nova doutrina, uma nova filosofia, poderá inverter o rumo do desenvolvimento capitalista neoliberal. Uma nova ideologia – a Democracia Social – que encerre em si, que incorpore, o princípio da unidade dialética entre o ser individual e o ser social, tendo como expressão a democracia política, com a vontade política dos cidadãos expressa em eleições democráticas e que assegure uma empenhada, permanente e continuada participação do cidadão na vida pública. Em que o acto eleitoral seja o corolário de uma participação activa, diária, continuada do cidadão na gestão política da sociedade. Os eleitos são cidadãos temporariamente representantes, delegados das populações e a cada momento intérpretes das suas vontades. Uma nova forma de organização social que assegure o controlo social permanente sobre o Estado e as empresas. Uma nova forma de organização social, tendo como um dos seus objectivos a valorização da democracia participativa. A democracia não é apenas uma forma de governo, uma modalidade de Estado, um regime político, uma forma de vida. É um direito da Humanidade (dos povos e dos cidadãos). Democracia e participação se exigem. Não há democracia sem participação, sem povo. O regime será tanto mais democrático quanto tenha desobstruído canais, obstáculos, óbices, à livre e directa manifestação da vontade do cidadão. Naturalmente que as dificuldades maiores residem nos mecanismos, no modo pratico de como assegurar o controlo social permanente sobre o Estado e as Empresas. De outro modo, de como assegurar uma vivência plena da Democracia.

HORA DE COBRAR

VALE  PAGA MENOS ROYALTIES QUE A PETROBRAS - O tucano Roger Agnelli, presidente da Vale, está com os dias contados na direção da empresa  privatizada por FHC  em 1997. Seu mandato termina em março e não será prorrogado. O governo Dilma, através dos fundos de pensão das estatais e do BNDES (sócios da Vale), tem condições de interferir na sucessão. Agnelli travou uma queda de braço com o governo Lula nos últimos anos tornando-se um personagem à altura daquele que foi o mais indecoroso capitulo do processo de  privatização realizado pelo PSDB nos anos 90. Vendida  quando era a principal estatal brasileira, a Vale rendeu ao Estado a  bagatela de  R$ 3,3 bi,  exatamente a metade do lucro líquido obtido em um único  trimestre de 2010 (R$  6,6 bi entre abril/junho do ano passado). FHC  não tremeu a voz  ao narrar uma fábula tucana no programa ‘Palavra do Presidente', em 26/11/1996: ‘Vendendo a Vale", justificou, ‘nosso povo vai ser mais feliz, vai haver mais comida no prato do trabalhador". Nos  últimos anos, Agnelli  resistiu aos apelos do Presidente Lula para traduzir ‘a felicidade' prometida por FHC em investimentos  que agregassem valor às exportações  brasileiras, em vez de simplesmente produzir buracos no país mandando minério bruto para o exterior. Não o fez. Pior que isso, a exemplo de todo o setor de mineração, a Vale  paga à sociedade menos royalties do que a Petrobrás: 2% contra 10%. Se reverter o processo de alienação tornou-se difícil, que se obtenha da mineradora, ao menos, uma alíquota dos lucros equivalente à propiciada pela estatal que mais adiciona investimentos à economia. No momento em que o governo da Presidenta Dilma se propõe a erradicar a miséria no país, é hora de cobrar uma contribuição justa de quem há 13 anos usufrui riquezas, sem contrapartida proporcional. Não basta trocar Agnelli, é preciso trocar a lógica da espoliação. (Carta Maior; Sexta-feira, 07/01/2011)

PENA QUE VAI PRO RALO

O levar vantagem em tudo está tão arraigado na cultura brasileira, quanto o samba e o futebol. Por isso, também, notórios Ali-Babás voltam ao poder, reeleitos pelo povo, depois de cassados, impedidos. Ninguém admite, claro, mas lá no fundo de cada um desses votantes há um obscuro pensamento: estivesse ele no poder, ou a ele tivesse acesso, seria tão Gérson quanto, faria o mesmo.
A maior é mais nojenta das vigarices e espertezas está na velha mídia que diariamente briga com os fatos na tentativa de produzir realidades paralelas. Essa mesma mídia, que tece elogios à um capitalismo decadente e sem futuro, talvez por preguiça de pesquisar os fatos, ou quem sabe por deficiência sináptica, ou por vigarice mesmo, encontra-se alinhada aos vigaristas que dioturnamente saqueiam o povo. Regulamentar a profissão de jornalista pode ajudar. Assim teremos vigaristas regulamentados.
Pois, o brasileiro é assaltado (legalmente) diariamente e desrespeitado cada qual num nível diferente (se consumidor, se idoso, se criança, se motorista, se pedestre, etc, etc) aqui em Porto Velho (RO) uma das cidades mais sujas, de transporte urbano tenebroso, a gente esquece até que tem prefeitura de tão omissa, incompetente, que só é lembrada quando ``inventa`` mais impostos; teremos a taxa de lixo. Como diria o carioca, é ruim, hein?

VIVALDICES E ESPERTEZAS

Por Hélio Schwartsman, da Folha.com
OK. O capitalismo triunfou. Pelo menos nas experiências históricas que temos, economias planificadas, com funcionários estáveis e com remuneração fixa, não funcionam porque, podendo fazê-lo sem ônus econômicos e sociais, a maioria de nós prefere não trabalhar (ou, sendo um pouco mais generoso para com a natureza humana, fazê-lo em doses homeopáticas) a empenhar-se com todas as forças na consecução de tarefas muitas vezes aborrecidas e sem apelo intelectual.
Um dos problemas do Brasil é que, embora operemos sob a égide de um sistema econômico baseado na livre concorrência, não resistimos à tentação de pegar uma carona na autoridade do Estado para colher os lucros do capitalismo sem a necessidade de correr riscos ou conquistar o mercado pela qualidade dos produtos oferecidos e dos serviços prestados.
Faço essas reflexões a propósito de uma série de espertezas privadas que, de tão acostumados que estamos a ser tungados e ludibriados, já não nos tiram do sério infelizmente.
A mais recente dessas vivaldices é o aumento na taxa da inspeção veicular ambiental que o prefeito de São Paulo, Gilbero Kassab (DEM), concedeu ao consórcio que realiza o serviço. Não me conto entre os defensores da poluição do ar. Acho que o poder público precisa mesmo regular a emissão de gases do transporte individual e é mais do que justo que cada proprietário de veículo pague pelas despesas daí decorrentes.
O que não me parece correto é que o reajuste ocorra sem que a ele corresponda um aumento de custos demonstrado. Trata-se, afinal, de uma concessão, uma atividade regulada pelo Estado cujo objetivo é a manutenção da qualidade do ar. Como o risco para a empresa que presta o serviço é mínimo (estamos todos obrigados por lei a nos submeter anualmente à inspeção), o lucro precisa ser pequeno: o suficiente para assegurar a viabilidade do negócio e remunerar o capital investido. Se assim não for, a inspeção deixa de ter o caráter público que a motivou e se torna um mecanismo de transferir renda da coletividade para firmas privadas. A coisa só fica mais suspeita quando se constata que algumas das empresas metidas no consórcio doaram dinheiro para o partido de Kassab na última campanha municipal.
Faço aqui um pequeno parêntese para acrescentar que, no capítulo qualidade do ar, a lista de pecados do poder público é bem maior. Como escrevi há pouco na versão impressa da Folha, é meio absurdo que a Petrobras, uma empresa que, por ser majoritariamente estatal, deveria colocar o interesse da sociedade à frente dos lucros, venha há anos procrastinando de modo até mesmo ilegal a introdução de combustíveis mais limpos no país. Outro ponto complicado é a política fiscal da maioria dos Estados que, ao contrário do que ocorre no mundo civilizado, não sobretaxa os veículos mais poluentes.
Voltando ao capitalismo à brasileira, o caso das inspeções está muito longe de ser o mais grave. Os pequenos golpes contra o bolso e a paciência do cidadão se sucedem em ritmo e variedade impressionantes. A troca das tomadas, por exemplo, foi, é preciso reconhecê-lo, uma jogada brilhante. Numa única canetada os fabricantes de plugues e adaptadores criaram "ex nihilo" todo um novo mercado. Mais interessante ainda, conseguiram um raro equilíbrio: a mudança causa um inconveniente que não é grande o suficiente para provocar mobilizações e protestos, mas basta para gerar lucros fabulosos.
No mesmo nível de genialidade eu só me lembro da iniciativa das autoridades de trânsito (as quais, aliás, operam um dos mais profícuos balcões de negócios do país) que alguns anos atrás obrigou todos os motoristas a adquirir e carregar para cima e para baixo um pedaço de gaze, um rolo de esparadrapo e um par de luvas de látex. Com isso, queriam nos fazer crer, estávamos prontos a atender a emergências médicas viárias.
Mais recentemente, esses mesmos impolutos administradores públicos impuseram a todos os compradores de carros a obrigação de pagar por um chip de localização e bloqueio, agora exigido em todos os veículos novos, mas que é totalmente inútil a menos que o proprietário seja cliente de uma seguradora. Até podemos discutir se faz ou não sentido exigir que todos os condutores tenham seguro total, como ocorre em vários países, mas, uma vez que isso não ocorre no Brasil, a nova regra constitui um enorme benefício às seguradoras difícil de justificar de um ponto de vista republicano.
Essa mania de tentar sequestrar a autoridade do Estado para gerar benefícios privados não é uma prática exclusiva de algumas grandes empresas e uns poucos administradores. Infelizmente, o buraco é mais embaixo. A ideia está profundamente enraizada em nossa cultura, afetando também indivíduos e categorias profissionais.
Os advogados, por exemplo, conseguiram criar dezenas de mecanismos legais que obrigam o cidadão a contratar seus serviços mesmo que não o desejem. É um contrassenso econômico e lógico. Se o sujeito não tem competência para fazer-se representar em juízo, tampouco a tem para nomear um causídico como seu "bastante procurador".
Os médicos vão agora no mesmo caminho com a chamada regulamentação do ato médico que, para desespero de dentistas, psicólogos, fisioterapeutas etc., está prestes a ser aprovada no Congresso. A peça cria uma série de procedimentos que passariam a ser exclusivos dos médicos. Foram com tanta sede ao pote que acabaram incorrendo em piada involuntária, ao tornar o sexo uma zona restrita. De acordo com o art. 4º, pár. 4º, III, do PL nº 7.703/06, "a invasão dos orifícios naturais do corpo" é prática exclusiva da classe.
Diga-se em favor dos médicos que não foram eles que criaram todas essas restrições. Eles só reproduziram dispositivos constantes das regulamentações profissionais das categorias que agora combatem com afinco esse projeto.
E a coisa é bem mais disseminada. O Brasil é uma espécie de país das corporações. Indivíduos e categorias profissionais, em vez de firmar-se pela excelência, preferem sempre tentar criar uma boquinha para tornar sua atividade exclusiva quando não obrigatória.
Como observei numa coluna recente, tramitam no Congresso Nacional dezenas e dezenas de projetos que regulamentam, entre outras, as profissões de modelo de passarela (PL 4983/09), designer de interiores (PL 4525/08), detetives (25 PLs diferentes), babás (PL 1385/07), escritores (PL 3034/92), demonstrador de mercadorias (PL 5451/09), cerimonialista (PL 5425/09), educador social (PL 5346/09), fotógrafo (PL 5187/09), depilador (PL 4771/09). Já resvalando no reino da fantasia, busca-se também regulamentar a ocupação de astrólogo (PL 6748/02) e terapeuta naturista (PL 2916/92).
O problema é que qualquer grupo que tenha um mínimo de organização obtém sucesso senão em todos os pleitos ao menos em parte deles. O resultado é uma miríade de leis e regulamentos que, afora atender às demandas corporativas, só servem para frustrar direitos e dificultar a vida.
Se vamos ser capitalistas, como nos impõem o momento histórico e quem sabe até a biologia, deveríamos pelo menos tentar jogar o jogo direito. O poder do Estado deve ser usado para garantir a ordem e proteger a coletividade, não para garantir benefícios privados.

QUEM PAGAR MAIS, LEVAR ! ! !

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira.
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Atrasos em voos nas festas de fim de ano cresceram 33,6%
Jornal do Brasil
Enfim, o verão
O Globo
Dilma usará modelo do PAC para enfrentar a pobreza
Valor Econômico
Investidores pacientes tem melhor resultado nos IPOs
Correio Braziliense
BC tira dólares de bancos para desvalorizar o real
Estado de Minas
Minas fica fora de verba para chuva
Diário do Nordeste
Financeiras lideram queixas
Zero Hora
Autuações por álcool ao volante sobem 19%
* Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Pentágono busca os maiores cortes militares desde antes do 11/9
The Washington Post (EUA)
Pentágono encara nova realidade no orçamento
The Times (Reino Unido)
Seleção aos 14 anos irá conduzir revolução na escolaridade
The Guardian (Reino Unido)
Membros do parlamento condenam plano "estragado" de eliminar gastos
Le Figaro (França)
Sarkozy: "As 35 horas não existem mais"
Le Monde (França)
Os números da pobreza de famílias monoparentais
El País (Espanha)
16 sarauis que vieram de barco para as Canárias querem asilo político
Clarín (Argentina)
Drogas: caem filhos de ex-chefes militares argentinos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

E TOME ÁGUA

EVO NÃO VIU A UVA

Por Carlos Chagas.
Especula-se a respeito da ausência do presidente Evo Morales, da Bolívia, na cerimônia de posse de Dilma Rousseff. Coincidência ou não, ele teria ficado no mínimo constrangido ao tomar conhecimento do discurso do novo ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, na transmissão do cargo.  O Brasil pretende subsidiar o governo boliviano no combate ao narcotráfico, sugerindo operações integradas para países sem capacidade operacional para promovê-las.
Fatalmente a imprensa cairia em   cima de Evo Morales, buscando sua  reação. Permanecendo em La Paz, o presidente cocaleiro terá tempo para ver nossa proposta aprofundada e preparar sua reação. Mesmo assim,  a versão  oficial passa perto de uma forte gripe.

SEM PRESSA PARA MORAR NOS PALÁCIOS

Por Carlos Chagas.
Dilma Rouseff continuará residindo na Granja do Torto por mais algumas semanas, até que saia do palácio da Alvorada  a bagagem do ex-presidente Lula e sejam  promovidas  as mudanças naturais que qualquer novo inquilino faz na arrumação da casa recém-alugada.  Da mesma forma, Michel Temer demorará um pouco até transferir-se para o palácio do Jaburu, morada  oficial do vice-presidente.  No palácio do Planalto, porém, ambos já se instalaram em definitivo em seus gabinetes.
Seria  exagero supor a presidente e seu vice convidando um bispo para benzer suas novas residências, prática comum a católicos praticantes até alguns anos atrás, quando se mudavam. A cerimônia poderia desagradar os antigos inquilinos. Mesmo assim, no caso do palácio da Alvorada,  a aspersão com água benta até que serviria para afastar a lenda de que é mal-assombrado. O Lula  não se queixou nenhuma vez de,  alta madrugada,  escutar  correntes  sendo arrastadas  no sótão, mas Fernando Henrique nem por milagre deixava os aposentos do casal antes do sol nascer. Assim como Castelo Branco e Juscelino Kubitschek juravam  que o piano da biblioteca, no andar térreo, costumava tocar sozinho. Dilma, pelo que se sabe, não é supersticiosa  e até se disporia a descer as escadas do segundo andar se ouvisse alguma sinfonia ser entoada sem pianista.

COFRES PÚBLICOS

NÓS A DESATAR

Por Carlos Chagas
Dilma  Rousseff  assumiu  com diversos nós a desatar. O primeiro deles, gerado pela  realização da  Copa de Futebol de 2014 e das Olimpíadas de 2016,  redundou, em  seu primeiro dia  de governo,  na decisão de privatizar os novos terminais dos aeroportos de São Paulo, Campinas, Rio e   provavelmente Brasília. Da mesma forma, a presidente da República optou pela  abertura de capital na Infraero.
Por conta disso deve-se inferir  ter sido escancarada a porteira das privatizações? Açodados acham que sim. Imaginam  haver entrado no palácio do Planalto a sombra de Fernando Henrique. Por tudo o que se sabe da trajetória de Dilma, trata-se de ledo engano. No caso dos aeroportos, não havia outra saída.  Aproxima-se a  realização, no Brasil,   dos dois maiores  espetáculos esportivos do planeta. Os cofres públicos sofreriam se viessem a arcar com os imprescindíveis  investimentos.  Mas será sonho de noite de verão  supor o pré-sal entregue totalmente à iniciativa privada,  como querem os neoliberais. Da mesma forma o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás continuarão sob controle estatal. A energia, também. Não haverá desmonte da Previdência Social pública.
Importa saber que soluções a nova chefe do governo dará para a recuperação do SUS, para o combate ao analfabetismo, a importância do aprimoramento do ensino público, a melhoria do aparelho de segurança pública, a reforma agrária  e outros nós, alguns  exigindo a espada de Alexandre para desatá-los.

MEDIDAS PROVISÓRIAS

Tudo indica que o novo governo lançará mão de muitas  medidas provisórias para adotar suas primeiras iniciativas. Da privatização de aeroportos, já em elaboração, devem seguir-se outras, como a reformulação da estrutura dos Correios e, ironicamente, retificações no sistema previdenciário. Isso porque o ministro da Previdência Social é o senador Garibaldi Alves, que quando presidente do Senado insurgiu-se contra a proliferação das medidas provisórias enviadas pelo governo Lula. E de corpo presente, diante do próprio presidente.

COMEÇARAM AS PRESSÕES

Por Carlos Chagas
Antes mesmo da posse, começaram as pressões sobre Dilma Rousseff. Os mesmos de sempre, ou seja, as elites neoliberais, entre críticas virulentas ao Lula por não ter feito, exigem que a sucessora faça.
Fazer o quê? Atender a seus interesses  retrógrados, expostos nos editoriais dos principais jornalões:
Reforma trabalhista, com o que chamam de “revogação de anacrônicos direitos”, daqueles que não conseguiram suprimir até agora.  Sob o pretexto de verem  reduzidos  os encargos das folhas de pagamento das empresas, chegam veladamente  à supressão do décimo-terceiro salário, das férias remuneradas e das horas extraordinárias. Parece brincadeira, mas é aí que pretendem chegar.
Reforma tributária, como a entendem, sob a égide da enganadora proposta de “melhor será mais cidadãos pagarem impostos porque, assim,  todos pagarão menos”.  Uma farsa, pois desejam mesmo é taxar os pobres, para os ricos terem diminuídos seus impostos. Forçarão mais isenções, no  modelo daquela maior, de que investimentos e especulações com dinheiro estrangeiro não pagam imposto de renda. Que tal livrar as especulações nacionais, também?
Reforma política é outra moeda de duas faces. No fundo, gostariam de reduzir o número de pequenos  partidos,  mas não só os de aluguel. Visam calar a voz dos pequenos partidos de esquerda, históricos ou modernos, do tipo PC do B, PCB, PSB, Psol e outros, que ainda protestam,  transformando os grandes em massa amorfa, insossa e inodora, nivelados  no  mesmo denominador comum.  Imaginam   PMDB, PSDB, PT, PP e outros cedendo às suas imposições,  já que  manteriam sua independência formal, mas rezariam pela  cartilha da acomodação neoliberal.
Reforma de gestão  também entra no cardápio. Impõem a redução de gastos públicos e a minimização do  poder do Estado, preocupados  em reduzir sua presença na economia e no plano social. Pregam a demissão em massa   do funcionalismo, a suspensão de concursos públicos, o congelamento e  até a redução de vencimentos e salários nas empresas privadas.  Investimentos em políticas públicas, só se participarem dos lucros, da medicina ao ensino, dos   transportes à geração de energia.
Reforma da Previdência Social não poderia faltar, dentro do objetivo maior de sufocar o que é público em favor do que pretendem  privado. A meta é nivelar  por baixo todas as aposentadorias, reduzindo-as ao salário mínimo, para levar a classe média a investir nas aposentadorias privadas, como se não fosse direito do trabalhador encerrar  com dignidade suas atividades depois de décadas de esforço continuado.  Alegam que a Previdência Pública dá prejuízo, quando não dá. Além do  mais, o governo é um só, o caixa deveria funcionar num sistema de vasos comunicantes, porque muitas de suas atribuições dão lucro.
Como  o Lula atendeu pouco a essas reivindicações, apesar de haver cedido em muitas, imaginam poder pressionar e aprisionar Dilma Rousseff, cuja estratégia  e  imagem entendem amoldar aos seus interesses. Podem estar enganados...

NOVELA SEM SIM

Com essa autorização do Milan, agora vamos começar a negociar com os clubes ’, declara Assis, irmão e procurador de Ronaldinho Gaúcho.
DILMA  INTERVEM NA FARRA CAMBIAL - Governo determina que bancos terão de recolher, sob a forma de compulsório depositado no Banco Central, sem remuneração  e em espécie, o equivalente a 60% do valor de suas apostas no mercado futuro de dólar, a partir de um certo patamar de valores. Nessa mesa do cassino financeiro, o banco vende a moeda americana a uma determinada taxa e 'opera' para que no vencimento do contrato o câmbio esteja abaixo disso, ganhando na diferença.  É essa espiral descendente  que valoriza o Real e dificulta as exportações, ao mesmo tempo em que incentiva importações de insumos e bens, desmontando cadeias industriais com risco de desindustrialização. Agora, praticar esse jogo vai custar 60% do valor apostado. É só um primeiro aperto no parafuso das finanças desreguladas que as autoridades econômicas brasileiras afrouxaram sprogressivamente desde os anos 90. A direção, porém,  é correta.  ARGENTINA TERÁ  ALTERNATIVA AO IBOPE  - "...todos duvidamos do Ibope, sabemos que sua medição é manipulada. Eles dizem que tal canal terá a maior audiência para que esse canal tenha maior participação na distribuição da publicidade.... o trabalho do Ibope não é verificado por ninguém. É importante que o Estado tenha seu próprio sistema de medição, verificado pelas universidades públicas..." (Gabriel Mariotto, da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual da Argentina, um dos principais autores da Lei de Serviços Audiovisuais, sobre  o novo sistema estatal de aferição de audiência que o governo Christina Kirchner criará até junho deste ano,  para quebrar o monopólio do Ibope brasileiro no mercado local. Globo 14/12/2010)
(Carta Maior; Quinta-feira, 06/01/2011)

FOLIA DE REIS

O LADO NEGRO

O declínio da Globo é natural. Quando um país começa a se desenvolver, os monopólios começam a desmoronar. Mas também é verdade que o monopólio global já poderia ter entrado em declínio a muito tempo, se não fosse o Sílvio Santos se conformar e se orgulhar de ser o segundo colocado. Acabou pagando por isso, ficando em terceiro na luta das emissoras.As empresas de comunicação precisam reinventar sua fórmula de atrair o público. Apenas informar já não é suficiente. São muitas opções com a mesma finalidade. Aproximar-se da comunidade e promover ações diretas pode ser uma alternativa de conquistar o público. As pessoas se sentiram "parte" da mídia e não mero espectador.
Mas seria muita inocência imaginar que a Globo vai morrer sem atirar. Acredito que essa gente ainda vai fazer muito mal a democracia do Brasil. Famílias que se envolveram com a ditadura para conseguir benefícios para suas empresas são capazes de fazer qualquer coisa.
A dupla de apresentadores deixou de ser a grande atração. Parece-nos que este jornal não tem diretores. As noticias comentadas por ambos, quase sempre, não são dirigidas aos telepesctadores e sim a eles mesmos. Como alguns comentarios são feitos para ambos, o telespectador não entende bem estes comentários.

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais desta quinta-feira
* Jornais nacionais.
O Estado de S.Paulo
Além de cargos, PMDB quer maior influência no Planalto
Jornal do Brasil
Com ele ninguém pode
O Globo
Verbas bilionárias da Saúde provocam guerra PT-PMDB
Valor Econômico
Encomendas no início do ano animam a indústria
Correio Braziliense
Dilma força BC a agir para conter o dólar
Estado de Minas
Reforma de Confins começa neste semestre
Diário do Nordeste
Chuva de estragos
Zero Hora
Apagão expõe risco de desabastecimento de energia no verão
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Assumindo o controle, republicanos revisam regras da casa
The Washington Post (EUA)
Uma mudança de martelo
The Times (Reino Unido)
Pedidos para um grande inquérito policial sobre as gangues sexuais "grotescas"
The Guardian (Reino Unido)
Tablóide demite editor-chefe devido à afirmações de grampeamento de telefones
Le Figaro (França)
Renault: três quadros acusados de espionagem
Le Monde (França)
Diante do apetite dos países emergentes, a Europa poderá defender sua indústria?
El País (Espanha)
China promete comprar mais dívidas espanholas "a curto e longo prazo"
Clarín (Argentina)
Problemas no pagamento à estatais por falta de bilhetes

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

JORNAL NACIONAL

Registra pior audiência dos últimos dez anos.
Redação Portal IMPRENSA.
O "Jornal Nacional" ("JN"), da Rede Globo, encerrou 2010 com a pior audiência da história. De acordo com pesquisa do Ibope, o telejornal atingiu média de 29,8 pontos na Grande São Paulo e teve 49,3% de participação no número de televisores ligados (share) na região.
Segundo a coluna de Keila Jimenez, no jornal Folha de S.Paulo, os dados representam uma queda de 24% no índice de audiência se comparado a 2000, quando a atração registrou média de 39,2 pontos e 56% de share. Ou seja, de cada quatro telespectadores, um deixou de sintonizar a emissora no horário em que o "JN" foi exibido no período.
Além disso, esta foi a primeira vez que o jornalístico registrou índice inferior a 50% de share. Em 2004, o "JN" chegou a ter 61,9% em participação de televisores ligados e atingir média de 39,4 pontos de audiência. 
Para tentar diminuir a migração do público de canal, a Globo mudou o horário de exibição de seus programas da chamada "faixa nobre", no final de 2010. As atrações que começavam a ser transmitidas às 20h começaram a entrar 15 minutos mais tarde. O próprio "Jornal Nacional" passou a ser exibido às 20h30; a novela "Passione" às 21h10, e foi estendida até as 22h15 ou mais.