Não vou defender a Senadora de São Paulo, mas vou fazer coro aqueles paulista que não gostaram da ofensa proferida pelo senhor alagoano.
Pois o nordeste em peso não sabe votar, basta ver os senadores eleitos no último pleito começando por Alagoas, Paraíba, Rio Grande Norte, Piaui e Maranhão, é de dar dó a biografia desses senhores, pra ser franco, estamos muito mal represntado tanto de senadores e deputados, logo as páginas de jornais e noticiários televisivos vai está repleto de más noticias desses senhores.
Os paulista pelo menos elegeram um senador sério e outros tantos de boa índole.
Pois é, as autoridades do mundo todo já fazem apelos para que os direitos humanos sejam respeitados no Egito, e fazem duras críticas ao comportamento das autoridades locais que tentam conter os conflitos. Mas é só esperar que os radicais islâmicos assumam o poder para que eles mandem prender inimigos da revolução, mandem prender jornalistas e instalem o regime do cão, como é no Iran, e mandem matar que bem quiserem. Depois disso, então essas autoridades do mundo todo nunca mais terão qualquer interese em exigir nada desse radicais sobre respeito aos direitos humanos.
Nos idos de janeiro de 1972, recém-chegado a Brasília para assumir a direção de "O Estado de S. Paulo" na capital federal, ouvi de um amigo que havia passado por aqui o ex-presidente Juscelino Kubitschek, embora proibido pelo governo militar. Ele comprara uma fazendinha lá para os lados de Luziânia e nela costumava refugiar-se com frequência. Mas não podia desembarcar no aeroporto comercial, nos limites da cidade. Obrigava-se a chegar e utilizar um aeroclube na cidadezinha de Formosa, do outro lado do Distrito Federal. Claro que num precário teco-teco.
Telefonei para o presidente, então com gabinete no Banco Denasa, no Rio, que um ex-genro depois fez questão de expulsá-lo, num gesto de ingratidão digno de ficar para a História. JK narrou-me todo o episódio.
Naquela oportunidade, retornando à antiga Capital, como sempre tendo que contornar Brasília, ia na cabine de um caminhão, conduzido por um amigo. Era de tarde, chovia a cântaros. Ele estava sem paletó, de chapéu de palha.
Teve uma tentação, que transmitiu ao amigo: em vez de dar a volta, porque não cortariam caminho passando pelo centro de Brasília? Desde sua cassação em 1964, não podia ver a cidade por ele criada.
Entraram pela avenida do Catetinho, primeira residência para ele desenhada por Oscar Niemayer, nos tempos em que a Capital repousava nas pranchetas. Uma construção de madeira, transformada em museu. Estacionaram defronte e, apesar da água que caia, desceu da viatura. A memória começara a funcionar, trazendo-lhe imagens daquele período desafiante e feliz da construção da cidade. O zelador de plantão, abrigado da chuva, contou haver feito uma promessa, quando se deparou com JK parado, com as mãos na cintura: deixaria de beber naquele momento mesmo! Era um fantasma que estava vendo, apesar de sem gravata e de chapéu de palha...
O caminhão tomou o rumo da cidade e entrou pela Avenida W-3 - Sul, naquela época centro do comércio local. Nem dava para ver direito as lojas e restaurantes, tamanho o aguaceiro, mas ficou impressionado com o número de bancos lá instalados.
Dobraram à direita e entraram na Esplanada dos Ministérios. Diante da catedral, outra parada. Não conhecia o monumento, erigido depois de sua cassação. O motorista foi primeiro, para verificar se havia muita gente na igreja. Se houvesse, não desceria. Sorte: só duas ou três beatas rezando o terço.
Extasiou-se com mais aquela "obra do Oscar". Entendeu de pronto a mensagem das colunas de cimento reunindo-se e tomando o rumo do infinito, como numa oração eterna. Ajoelhou-se, rezou e sentiu o primeiro nó na garganta.
Dali, ainda debaixo do temporal, foram à Praça dos Três Poderes. À direita o Supremo Tribunal Federal, à esquerda o Palácio do Planalto, atrás o Congresso. Diante dele, o pequeno museu da criação da Brasília, com seu rosto gravado em bronze na parede externa. Não se conteve. Suas lágrimas misturavam-se às que caíam do céu. Tinha valido à pena, pensou, sem mágoas para o general de plantão que devia estar no terceiro andar do Planalto.
A saída pela W-3-Norte, ainda incompleta, e um sentimento que, relatou-me pelo telefone, deveria ter sido o mesmo de um súdito das Gálias que pela primeira vez entrasse em Roma. Não falou, mas aquela era a sua Roma, que havia erigido tijolo por tijolo, e que agora negavam-lhe a presença.
Anos depois um ex-agente do SNI revelou que o presidente não passara sozinho por Brasília. Fora acompanhado de longe por arapongas, numa viatura encarregada de vigiá-lo permanentemente. O agente contou não ter tido coragem de abordá-lo, exigindo que se retirasse de imediato ou conduzindo-o a um quartel.
Voava sobre Mato Grosso o DC-3 da Varig com a comitiva do candidato Jânio Quadros, em setembro de 1960. Viajava com políticos variados e alguns jornalistas o companheiro de chapa, Milton Campos, quando se descobriu estar a aeronave perdida, sem conseguir localizar o aeroporto da cidade onde deveria aterrissar. Nem qualquer outro aeroporto. O tempo passava, a tensão aumentava e a gasolina diminuía. Alguém percebeu o candidato à vice-presidência, cardíaco, de olhos fechados. Veio a pergunta: “está com falta de ar, dr. Milton?” A resposta devolveu o otimismo aos presentes: “meu filho, estou é com falta de terra...” Desnecessário dizer que o DC-3 acabou descendo, ainda que numa cidade de Goiás, onde ninguém aguardava a comitiva.
Bem que Marta Suplicy poderia ter evitado o primeiro lance amador de sua ascensão à vice-presidência do Senado. Faltou-lhe jogo de cintura, apesar do perfil. Cortou o microfone do ex-marido, comportando-se como a madre superiora do convento, quando a praxe entre os senadores é de tolerância e flexibilização diante do regimento interno. Muita gente fica pensando que se não fosse Eduardo Suplicy, mas qualquer outro representante da Federação, dona Marta teria agido assim. Deveria valer-se de múltiplos exemplos da crônica da Câmara Alta, inclusive um inesquecível, no início de 1975. Na presidência dos trabalhos estava Magalhães Pinto. Discursava pela primeira vez Paulo Brossard, denunciando os desmandos do regime militar. Apesar de haver ultrapassado o tempo e não obstante os protestos do líder do governo Petrônio Portela, cobrando o corte do microfone, a velha raposa mineira não se mexeu. Deixou o gaúcho falar pelo tempo que bem entendesse. Já não se fazem senadores como antigam.
É prerrogativa do presidente da República nomear e demitir quem quiser, na estrutura do Poder Executivo. Sendo assim, Dilma Rousseff está no direito de indicar presidentes e diretores de quantas empresas estatais entender. Os partidos que a apóiam e até ajudaram a elegê-la podem sugerir nomes, sendo até bom que o façam, em nome da harmonia político-parlamentar. Não dá, porém, para aceitar que se sintam donos, senhores feudais de determinadas áreas da administração direta ou indireta. O parlamentarismo, felizmente, ainda não vigora entre nós.
Claro que consequências adviriam da aplicação desse princípio presidencialista caso a chefe do governo rejeitasse sistematicamente as indicações do PMDB, no setor elétrico e em outros setores. Não é o que acontece, pois se as bancadas do partido na Câmara tem sido desconsideradas em seus pleitos, o mesmo não acontece com as bancadas no Senado. José Sarney que o diga, sempre ampliando espaços, desde o governo Lula.
Evitar o choque entre Dilma e deputados peemedebistas constitui tarefa do vice-presidente da República, Michel Temer, até pouco presidente institucional do PMDB e ainda agora seu líder de fato. Porque continuando as coisas como vão, logo engrossará a corrente dos descontentes. Não vem ao caso verificar que a presidente impõe a escolha de técnicos e os deputados, com raras exceções, praticam a fisiologia. Estão de olho nos bilhões destinados às empreiteiras encarregadas de implantar obras e serviços, no mínimo para agradecer contribuições nas campanhas eleitorais. No máximo, quem quiser que conclua...
Depois de um mês de governo, Dilma Rousseff defronta-se com o primeiro grande obstáculo: o troco que as bancadas do PMDB na Câmara poderão articular quando começar a votação de projetos de interesse do palácio do Planalto, em março. A pergunta que se faz é sobre os danos capazes de registrar-se na base parlamentar do governo, se a crise não for contida.
Taxar de errados os eleitores que "depejaram" seus votos no Tiririca e Romário é no mínimo extemporâneo.
Errado está o departamento que registra estas candidaturas. 0 candidato a candidato deveria no mínimo dar mostras de conhecimentos gerais assim como num vestibular. Agora quem votou no Romário meus parabens, o homem ao menos faz aquilo do que entende: jogar futebol.
Camara dos Deputados? Isto são outros quinhentos - ninguém é de ferro - não é assim Romário?
Sarney, o tetra-presidente imorrível do planeta Senado Eternia, vulgo He-Man (*), tem a força e vai escolhendo a equipe do apagão: O Lobão, vulgo Lion, fica com as Minas, pois a energia já foi por espaço... ”Thunder...Thunder Cats. Hooooooo!!!! "/Lion.
O Flávio Decat, vulgo gato guerreiro, será o Presidente de Furnas e José Antônio Muniz Filho, vulgo Cobra Khan, Presidente da Eletronorte.
"Hum ... Eu acho que eu vi uns gatinhos..." - Piu Piu. (*)
He-Man vive no planeta Eternia, um mundo aparentemente medieval, mas repleto de tecnologias avançadas.
Etérnia também é repleto de seres mágicos. Lá também tem um Esqueleto do mal.
Aqui o nosso já vem sendo construido.
Urgente!!! Procuro sócio para abrir fabricas de velas em oito Estados do Nordeste, lucro garantido e com pespectiva de crescimento.
Há bastante tempo, CERON (Eletrobrás) e OI disputam quem presta o pior serviço. Quando a luz chega, a "banda estreita" desaparece. Em dois dias a média de ausência de sinal da OI para a Internet é de 5 horas (ininterrupta), em pleno horário de trabalho, fora no horario noturno que fica um vai-e-vem danado, parece até @$*@$$$.
Durante esse tempo (principalmente a OIiii) programa seus telefones para não serem acessados por ninguém e nem divulga qualquer nota pela imprensa alertando para seus problemas.
Já a CERON, bem, essa é que não avisa nada mesmo. A desculpa das duas: rompimento de cabo de fibra ótica/mucura nas linhas de transmissão. O problema ocorre também no Acre, quase ao mesmo tempo.
E haja super-bond (devem ser concertados com esse tipo de cola) para os cabos de fibra ótica. Já quanto as mucuras, se não morrerem de choque, estarão cobertas pelos ambientalistas radicais.
Presidenta Dilma Rousseff neles, incluindo ANATEL e ANEEL que na defesa da coletividade são omissas.
Os itens essenciais da cesta básica ficaram mais caros no mês de janeiro. No total, 14 capitais registraram aumentos, de acordo com pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Dentre as cidades estudadas, São Paulo é a que tem a cesta básica mais cara em R$ 261,25, seguida por Manaus, com R$ 255,80 e Brasília, com R$ 255,65.
Grupo técnico avalia sistema de transmissão:
A pedido da presidenta Dilma, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) constituiu um grupo técnico para avaliar a manutenção do sistema, para afastar ameaças de apagão. Para ela, o desligamento que deixou o Nordeste às escuras não se repetirá. Dilma conhece bem o assunto: como ministra de Minas e Energia, implantou o modelo que interliga todo o País em mais de 100 mil km de transmissão de energia.
Interligação
No era FHC, a energia abundante no Norte poderia ter socorrido o Sul, durante o apagão, mas o sistema não era interligado. Dilma fez isso.
Segurança
Hoje, o sistema de transmissão de energia está interligado, capaz de levar energia de uma região para outra, em caso de apagão.
No comando
Dilma, expert em energia, pilotou com Lobão as ações do governo. Ele se falaram três vezes ao telefone e despacharam por 2h, à tarde. Demissionários
Edison Lobão pediu aos cinco diretores da estatal Furnas que coloquem seus cargos à disposição, mas alguns poderão permanecer.
Os caras confundem apagão com racionamento, vamos ver se as cacatuas entendem alguma coisa, apagão é quando há algum problema tecnico na transmissão ou geracão de energia, racionamento é quando governos não fazem planejamento e consumo fica maior que a geração de energia, na admistração petista o problema é tecnico, com os tukanos era falta total de planejamento, gerenciamento e tecnico.
Em vez das reformas necessárias, como: Educação, Sáude e Segurança, se preocupando com a falta de luz.
Ninguem morre por falta de luz, talvez algum empresário com subsidios publicos tenha um pouquinho de prejuizo que o BNDES já vai cobrir.
Mas pela falta de saúde de qualidade todos dias o povo é vitima, o mesmo com a segurança e a educação é a oportunidade que a Nação não tem.
Reforma tributária, administração publica com honestidade e austeridade, reestruturação no INSS.
A falta de energia no nordeste não é surpresa nenhuma, é rotina ..., falta também água, hospitais, segurança, escolas, limpeza, estradas e etc..., sobram pobreza, prostituição infantil, sujeira nas praias, corruptos na política e etc..., esse apagão não é novidade..., quem mora lá sabe disso.
Após blecaute, Dilma escolhe novos nomes para setor elétrico.
Lamdido da Folha de São Paulo, NATUZA NERY A presidente Dilma Rousseff decidiu nomear José da Costa Carvalho Neto para a presidência da Eletrobras. Carvalho foi presidente-interino da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).
Outras nomeações para cargos estratégicos do setor elétrico. As mudanças em curso já estavam previstas, mas foram aceleradas por conta do blecaute que atingiu diversos Estados do Nordeste nesta madrugada.
Para a Eletronorte, deve assumir José Antônio Muniz, que deixa o comando da Eletrobras. Ele é ligado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
O diretor-geral brasileiro da Binacional Itaipu, Jorge Samek, será mantido no cargo.
Também pode haver mudanças no comando da Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), companhia que cuida do abastecimento de energia no Nordeste. A indicação para o cargo ficará nas mãos do PSB.
Ligado ao Senador tal, ao Deputado fulando de tal, ao Governador tal, agora imagina, esse cara jamais vai a uma subestaçao dessas, ele não sai de Brasilia, ele quer e receber seus vultosos vencimentos, e com certeza o indicador também deve levar suas porcentagens. O pior são as mudanças de quem comanda de fato, lá na geração, com pessoas que não sabem comprar nem lâmpadas para suas casas, ai da nisso, apagões, e vem falar em clima.
Foi falha humana com certeza, apertaram botão errado.
Dos demotucanos não podemos esperar oposição séria.
Seria hora dos partidos mais “à esquerda” (?) mostrarem a que vieram. Mas, infelizmente, PSOL, PCO, PSTU, etc, ficam a reboque da direita, fazendo coro com Zé Bolinha de Papel. Quando os demotucanos murcham – como agora – esses pequenos partidos murcham também…
Acho que sobrou pra nós, da Blogosfera, sermos a oposição verdadeira.
Temos que cobrar a Ley de Medios, exigir punição aos torturadores da ditadura e universalização da banda larga.
Um governo de centro-esquerda, como o da Presidenta Dilma Rousseff, funciona muitas vezes à base da pressão.
Temos que tentar chacoalhar o PT para que ele acorde de seu sono que parece eterno.
É o PSDB um partido esquizofrênico ou aposta todas as fichas na burrice do eleitorado?
Acredito que é as duas coisas.
Quando começou o programa e olhei os atores contratados pelo PSDB para falar que estavam sem emprego, pensei que deveríam estar referindo-se a era do cabide de empregos.
Foi cômico!
Fazia muito tempo que não ria tanto assistindo a um programa humorístico.
Pela primeira vez voto no PSDB: como melhor programa humorístico da década. Na verdade, eles estavam falando sobre os problemas do país deles: USA.
O PT tem mesmo os adversários que pediu a Deus. Por conta disso, derrotou-os nas três últimas eleições presidenciais e reduziu-lhes drasticamente a representação parlamentar, o que não é de espantar devido à dificuldade de entenderem o Brasil do século XXI.
O programa tucano de ontem na TV e no rádio explica por que a oposição encolheu tanto no Congresso e perdeu a terceira eleição presidencial consecutiva: o PSDB, como os outros partidos de oposição, continua apostando alto na burrice dos brasileiros.
Desorientado, o partido da “massa cheirosa” exumou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, rejeitado pela esmagadora maioria dos brasileiros. Não obstante, o partido fez dele a estrela de seu programa semestral na mídia eletrônica. E foi um desastre.
Nem sei qual foi a pior parte. Talvez, lembrar aos brasileiros de que FHC é tucano tenha sido o maior erro.
Mas foram muitos erros. No início do programa, o desfile de gente reclamando da situação. Pessoas “descoladas” afirmando que não conseguem emprego em um país que bate recordes incessantes de abertura de vagas formais no mercado de trabalho.
Ou o pior foi FHC acusando Lula pelas alianças que fez? Quais seriam esses setores “atrasados” aos quais o petista se aliou? Com quem foi que Lula fez aliança que o seu antecessor não fez? Para variar, os tucanos desdenham da inteligência e da memória do povo.
O mais engraçado é que, ao passo que FHC entrou na propaganda tucana, Serra saiu. Só apareceu de relance e o seu nome não foi mencionado uma só vez, apesar do alarde sobre ter tido 44% dos votos, um resultado pífio para quem teve toda a grande mídia ao seu lado.
Em resumo, o grande problema do PSDB é que não consegue entender a razão pela qual a grande maioria dos brasileiros decidiu “arriscar” votar em Lula em 2002, por que o reelegeu em 2006 e por que votou maciçamente em quem ele indicou, no ano passado.
A sensação que dá é a de que os tucanos não têm consciência de como estava a situação do país, enquanto governaram. Por isso, têm a coragem de falar sobre os problemas do Brasil como se jamais tivessem governado.
E a platéia montada para fazer “perguntas” ao ex-presidente, então? Lembrou a favela cenográfica do programa eleitoral de Serra, ano passado. Uma coisa tão artificial que só alguém com grave deficiência intelectual deixaria de notar.
O PSDB não consegue entender que precisa fazer propostas e renovar lideranças. Sua insistência em Serra e FHC está na base dos seus fracassos eleitorais, pois são dois símbolos de um passado que o Brasil quer esquecer.
A insistente tentativa dos tucanos de se apropriarem dos êxitos da era Lula, pega mal. A teoria deles não entra nem nas mentes mais esclarecidas nem nas mais incultas. É como um jogador de futebol que é substituído, o substituto entra e marca vários gols e o preterido diz que foram méritos seus.
E as insinuações sobre censura à mídia em um país que vem subindo rapidamente no ranking dos países com imprensa mais livre? Para quem aquelas insinuações fizeram sentido, além dos paus-mandados das redações tucanas?
A grande sorte do PT é a de que o PSDB ainda não entendeu como os brasileiros ficaram mais espertos em política, do que é prova terem votado maciçamente no primeiro partido em 2002, 2006 e 2010, ignorando a mídia tucana declaradamente.
Enquanto os tucanos continuarem achando que podem fazer o país inteiro de besta, o PT não terá com o que se preocupar. Enquanto continuarem querendo usurpar méritos alheios e pintar uma situação do país que não existe, a oposição continuará oposição.
A chance que o PSDB tem de se fortalecer está em elaborar um projeto de país consistente e em deixar de acreditar em um poder da mídia que ela perdeu em 2002 e jamais recuperou. Enquanto depender exclusivamente dela para subsistir, continuará encolhendo.
Abaixo, a íntegra do programa do PSDB de 3 de fevereiro de 2011.
Não há projeto alternativo claro às ditaduras e semi-ditaduras aliadas dos EUA no Oriente Médio. Mas a saturação popular após décadas de obscurantismo e miséria acumula vapor suficiente para arrebentar as tampas da blindagem repressiva que protegia regimes e seus cúmplices internacionais. A perplexidade das elites locais é a mesma de seus aliados urbi et orbi não só os EUA ou a direita de Israel, mas também o conservadorismo político brasileiro, por exemplo. Nos últimos anos, a coalizão de interesses demotucanos criticou acidamente a política externa independente de Lula na região. Não seguir a cartilha da subserviência esférica às linhas do departamento de Estado norte-americano no Oriente Médio era apontado como sinal de complacência com o desrespeito aos direitos humanos --caso da tentativa brasileira de mediar o conflito iraniano/norte-americano em aliança com a Turquia. Nada se dizia, porém, sobre a podridão social e repressiva em regimes vistos como confiáveis-- entre eles o do Egito, agora em chamas. Graças a ousadia do Itamaraty sob o comando de Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães, hoje o Brasil goza de prestígio e simpatia junto às forças políticas emergentes em diferentes países da região, onde o furor difuso das ruas já provoca debandadas e concessões. No Iêmen, Ali Abdullah Saleh, desistiu da reeleição em 2013 e tenta, ao menos, garantir-se até lá oferecendo prendas aos militares. Na Jordânia, caiu o primeiro-ministro. Na Síria, Bashar al Assad, promete mais mudanças econômicas e institucionais. Na Argélia, sob 'estado de exceção' há 20 anos, Bouteflika garante que vai restaurar o poder das urnas. No Egito, Mubarak insiste em comandar seu próprio funeral, mas nem os EUA tem mais paciência com o cadáver político do seu aliado. A intenção é sepultar o corpo rapidamente para evitar que a putrefação contamine até possíveis substitutos de confiança do Ocidente entre eles a alta oficialidade do Exército. A mídia demotucana finge não ver o óbvio: graças à postura independente dos últimos oito anos, o Brasil emerge nesse cenário como um interlocutor respeitado e confiável, um parceiro equidistante que coloca a paz e o desenvolvimento social e econômico acima dos fundamentalismos, não apenas aqueles inspirados em Alá, mas também os que, ajoelhados no altar dos direitos humanos, abençoaram a tortura e a miséria como o 'preço' a ser pago pela estabilidade do suprimento de petróleo. (Carta Maior, 6º feira, 04/02/2011)
Sérgio Paulo Muniz Costa, do Jornal do Brasil. Não está clara, por enquanto, a causa imediata da crise no Egito, mas pode-se dizer, com alguma segurança, que, mesmo sobrevivendo à revolta popular dos últimos dias, Mubarak não deverá ter uma sobrevida política muito longa. O Egito não é Tunísia, nem o Líbano, nunca é demais repetir. O que se passa ali está sendo acompanhado pelos diversos atores na região, dispersos num leque que vai dos americanos aos iranianos, passando pelo governo brasileiro, um dos novos players. Énaturalque ressurja nessas circunstâncias o fantasma da revolução iraniana, porém é improvável que aconteça ali uma ruptura nos moldes da ocorrida no Irã em 1979. Uma crise política que alcança as ruas com tamanha intensidade sempre provoca temores de uma mudança de governo, ou mesmo de regime, que ameace a tênue paz interestatal no Oriente Médio. Mas uma queda de homem forte no Egito, ou um novo arranjo de poder no país, não significa necessariamente o rompimento da paz com Israel.A crise, é claro, já fez amplos estragos, com rachaduras no sistema de contenção do Hamas na Faixa de Gaza, a perda de cacife do mediador que vinha sendo o Egito na questão palestina e uma crescente ansiedade israelense. O pano de fundo do levante popular é a estagnação social, política eeconômicaque o regime não consegue superar, porém é difícil acreditar que a sua substituição nessas circunstâncias promova uma democracia estável que oportunize mudanças reais. Com ou sem Mubarak, o regime tentará uma maquiagem de reformas. Se derrubado, abrem-se as opções para a oposição laica, aparentemente fraca, ou para o fundamentalismo religioso, cuja força política no Egito é difícil estimar.O Exército é o fiel da balança e tudo tende a tomar o rumo para o qual ele se incline. Os choques entre polícia e militares, alguns episódios de confraternização entre tropa e manifestantes, bem como a tensão com o alto comando indicam a possibilidade de um golpe militar, que tanto pode degenerar em caos ou favorecer a estabilização do regime. Mas as peças estão sendo movidas, pois nas últimas horas parece que o governo está queimando os últimos cartuchos para suprimir os protestos, a partir de algum acordo entre os principais agentes da crise que está se desenrolando por trás da crise das ruas. Os telefonemas internacionais para olíderegípcio e apelos por uma “transição ordeira” são o sinal de que a sucessão de Mubarak já foi desencadeada. Esta é a crise do momento, aguda no seio da conturbação que tomou conta do país. Se deste desenlace vier a superação da crise mais ampla que lavra nas principais cidades, aí estará uma boa pista sobre a verdadeira causa do levante. No intrincado jogo de poder do Oriente Médio, quais as consequências de um processo de sucessão no Egito - um país central do mundo árabe muito diferente da Arábia Saudita – conduzido em termos familiares e sem apoio político e militar? Estamos diante de uma antecipação ou de uma precipitação de fatos? Tudo é sucessão? Resolvida esta, resolve-se tudo, por ora? Essas são algumas das perguntas relevantes para a conformação dofuturoda região.* Historiador. Foi delegado do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, órgão de assessoria da OEA para assuntos de segurança hemisférica.
Nem tanto ao mar, nem tanto à terra... O que se discute aqui é a base sobre a qual algumas mídias tratam a questão egípcia e muitas outras do Oriente Médio, a mídia não vai ao local dos acontecimentos e retransmite na íntrega os reais fatos e motivos; ela repassa pontos de vista de outros agentes de comunicação, sejam mídas americanas ou mesmo organismos, como o Departamento de Estado.
Por algum acaso, desde que a crise eclodiu, algum canal de tv brasileira se dispôs a preparar um especial ou uma matéria mais apronfundada sobre a história política-econômica do Egito e as raízes desse conflito para esclarecer ao povo brasileiro ?
Na verdade, a "cobertura" de temas mundiais pela nossa "grande" imprensa (PiG) sempre foi frágil. Nas redações de hoje, é bem mais fácil copiar e colar a versão telegráfica que nos chega pelas agências internacionais.
Algumas agências são, realmente, dos EUA.
Mas há a France Presse e outras de outros países.
Só que cada uma defende seus interesses bem particulares. Acreditar em isenção na "grande" mídia brasileira, ou mundial, é acreditar em elfos e duendes. A mídia daqui, pelo menos, deveria contrabalançar as notícias das agências com comentários e análises de especialistas nos temas mais isentos.
Qualquer cidadão brasileiro que se informe pelos tradicionais meios de comunicação, principalmente a televisão, tem opinião formada, e contrária, naturalmente, a Hugo Chávez, Mahmoud Ahmadinejad e Fidel Castro. Eles fazem parte do eixo do mal que os Estados Unidos difundiram aos quatro cantos, contando com a docilidade da imprensa que lhe serve de porta-voz.
Evo Morales também está nesse grupo, assim como estava Nestor Kirchner até que sua morte levou uma multidão de argentinos às ruas, mostrando que o povo tinha entendido e apoiado integralmente sua política, que recuperou a Argentina do desastre neoliberal que a levou ao fundo do poço.
Lula seria outro a integrar o grupo dos vilões. Nesse caso, nem foi preciso orientação norte-americana. Os meios brasileiros tentaram destruí-lo durante oito anos, mas não conseguiram. Mantiveram-se num combate sem tréguas a um líder que o povo consagrava e que deixou o governo com o mais alto índice de popularidade da história. Até em sua saída, Lula poderia recorrer ao bordão que criou de que nunca na história desse país um governante foi tão popular apesar de toda a oposição midiática.
Mas quem governa aqui, a gente pode olhar e formar opinião com mais gabarito. Mais difícil é analisar os governantes e regimes estrangeiros com a pobre cobertura internacional da imprensa brasileira. Os mesmos que conhecem e condenam Chávez e Evo jamais ou pouco tinham ouvido falar de Hosni Mubarak, o ditador egípcio há 30 anos no poder com base num regime brutal e corrupto. Alguns poderiam dizer que o Egito fica mais longe que a Venezuela e a Bolívia e por isso não chega muita informação por aqui. Mas o Irã também está muito distante e todo mundo tem o que dizer sobre Ahmadinejad.
O pouco conhecimento sobre a ditadura de Mubarak se deve ao fato de o Egito não estar na pauta de condenações dos Estados Unidos. Ao contrário, é um aliado confiável, que recebe US$ 1,3 bilhão de ajuda militar norte-americana por ano, quantidade só inferior à destinada a Israel. Os Estados Unidos funcionam assim: aos inimigos, a condenação permanente. Aos aliados, olhos fechados. O Irã é brutal porque condena pessoas ao apedrejamento. A Arábia Saudita, que tem formas semelhantes de condenação, não merece uma linha de condenação.
O infeliz nessa história é que a grande imprensa brasileira repete o pensamento do Departamento de Estado. Os noticários estão cheios de matérias sobre Irã, Venezuela e outros “mal vistos” e pouco se sabe do que acontece nos outros cantos do mundo. Quando explode uma revolta como a do Egito, as pessoas têm dificuldade de entender o processo. E a grande imprensa não se esforça muito em informar. Não é dito claramente que Mubarak está há 30 anos no poder com apoio e financiamento dos EUA, pois garante petróleo e gás a Israel e uma certa estabilidade do Estado judeu, além de ser um contraponto aos regimes islâmicos, que causam pânico aos Estados Unidos.
A cobertura é indigente e se perde em atos de vandalismo, como os que atingiram museus do Egito, como se questões colaterais tivessem mais relevância que o fato em si. Estamos testemunhando a história à frente dos nossos olhos. O Egito, assim como a Tunísia, está em convulsão e prestes a originar uma transformação radical em todo o Oriente Médio, e as oportunidades oferecidas aos brasileiros de compreenderem todo o processo é reduzida por uma cobertura sem dimensão histórica e com viés norte-americano.
Na TV Globo, a emissora de maior audiência do país, as informações, inicialmente, eram passadas via correspondentes nos EUA. Ora, a informação que o jornalista tem sobre os acontecimentos lá é a mesma que temos aqui. Ele não tem acesso a fontes primárias e apenas reproduz o que recebe de agências de notícias ou do governo americano. Seria legítimo ouvir o que tem a dizer sobre o que pensa o governo dos EUA e como pretende agir. Mas ter toda a história contada a partir de Washington é o fim da picada.
Entende-se que esse arremedo foi necessário enquanto um correspondente não chegava ao Cairo, mas a prática não foi interrompida mesmo após isso acontecer. A imprensa tradicional ainda tem grande importância no Brasil, embora já não dite mais o comportamento político como no passado. Nessa explosão egípcia, a imprensa como um todo ficou a reboque das redes sociais. Talvez fosse melhor ficar de olho nelas e sua capacidade de fazer história ao invés de reproduzir a cartilha norte-americana e seu discurso alienante.
Finalmente os brasileiros estão virando a página desse reality shows que não acrescentam nada e levam à fama temporária pessoas mediocres e de baixo nível. Só mesmo Boninho e Bial comemoram essa palhaçada, é lamentável o apoio da Globo a essa baixaria.
A tv do BRASIL em si, é um lixo só. Quando se dar valor a esta porcaria de big brother nos demostra o que de verdade esta´por trás da cabeça de Boninho, um sujeito que não tem luz própria, só é ´o que e´ porque o pai trabalhou para ditadura no comando da Globo, logo o povo naõ é bobo! Sabe que: juntado vários tipo de persolidade humana em um gaiola coisa vai ficar feio, porém sem conteúdo e compromisso com a sociedade, portanto um emisso que é acusada de receber dinheiro para se combater as enchente e desmoramento de encosta no RIO DE JANEIRO, para evitar as mortes que houve na serra, já demostra o quê há na cabeça dos dirigente daGlobo? Pois esse program é´para enganar o povo e alienar o juventude, conselho de amigo, quando o programa começar faça com eu mude de canal ou desligue ás TV.
Esse poço de anti-cultura já tem dez anos, é? Agora já sei a quanto tempo não assisto TV no horário noturno! (não perdi nada, pelo visto! ) Junta-se as novelas, que tem um conteúdo quase sempre apelativo com cenas de nudez, baixarias, etc. Aí, acaba a novela e começa o BBB (uma extensão um pouco maior da baixaria a qual estamos acostumados a ver na telinha), e enquanto os marmanjos sem cérebro se deleitam-se com isso, crianças de todas as idades compartilham dessa pouca vergonha que cada vez mais se torna acessível seja pela TV, seja pela internet (o que eu vejo de criança que já sai da escola comentando BBB me espanta!) ou com o consentimento dos pais que geralmente tem sua cultura de baixo nível de longas datas e permitem que crianças assistam a esse lixo sem ver muita "maldade" no bagulho. Já está mais do que na hora de pararem com essas atrações apelativas. O telespectador de bom senso merece respeito.
Os brasileiros estão se cansando dos reality shows.Editorial, Jornal do Brasil.
Pesquisa do Ibope na Grande São Paulo mostrou que o reality show Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo de Televisão, amarga agora, em sua 11ª edição, a pior média deaudiência. Os dados são referentes às duas primeiras semanas de programa (de 11 a 25 de janeiro), mas atestam um nítido esvaziamento do formato e podem dar margem à conclusão de que o telespectador está cansado de ver gente trancada numa gaiola repleta de câmeras de vídeo.
Os esforços da direção da atração em criar pseudonovidades parecem não estar dando resultado. Desta vez, incluíram um transexual no grupo de jovens bonitos e musculosos de sempre. Também liberaram o consumo de vodca, na esperança de que, alcoolizados, os participantes protagonizassem cenas de ofensas verbais e até de pugilato. Em vão. Os reality shows, que ganharam as emissoras do mundo nos últimos dez anos, prometiam a oportunidadede se observar as reações humanas num ambiente de confinamento. Com a repetição, no entanto, viraram uma espécie de palco onde aspirantes à fama – ou simplesmente ao prêmio oferecido – fingem ser quem nunca foram. A artificialidade das reações, a falta de imaginação dos roteiristas e a previsibilidade da fórmula, porém, jogam contra essas produções. Pode ser que, nas próximas semanas, a audiência suba, afinal de contas, naTV, a apelação não conhece limites. Mas, por enquanto, podemos nos deleitar, imaginando que o povo brasileiro está virando mais essa página de mediocridade.
País incensado por sua cultura, que vem de tempos imemoriais, o Egito está nas manchetes dos jornais de todo o mundo há oito dias, desde que os protestos contra o presidente Hosni Mubarak ganharam as ruas das principais cidades do país. Aos 82 anos, o ditador governa o país há 30, desde a morte de Anwar el-Sadat.
Pobreza, desemprego e corrupção em várias instâncias do poder público, problemas agravados nos últimos anos, são as raízes da revolta popular, que tem seu epicentro no Cairo, a capital do país. Militar da Aeronáutica por formação, Mubarak ainda tem o apoio das Forças Armadas egípcias, que deixaram pelo menos cem mortos nos confrontos com manifestantes.
Nem que dure mil anos, toda a ditadura um dia cai, minada pelos tumores que nascem em organismos tomados pelo autoritarismo e onde a liberdade de expressão foi aniquilada. O estopim, no entanto, está ligado mais à situação econômica do povo do que às preocupações deste com a livre propagação das ideias.
Apesar de estar no poder desde 1981, Mubarak deu seguimento a uma linhagem de governos autoritários que vem dos anos 50. Há, pois, explicações de sobra para a revolta que ora toma as ruas.
Mesmo com a nomeação, ontem, de novos ministros, será difícil o presidente manter-se no topo. Hoje, por exemplo, 1 milhão de pessoas vão às ruas balançar a árvore em que ele se encontra aboletado. E balançarão até que o tirano caia.