sábado, 9 de outubro de 2010

MARINA EM VERDE E ROSA

Por Marcos Coimbra
Em um país do tamanho do nosso, qualquer candidato bem votado recebe todo tipo de voto. Não faz sentido dizer que um só é votado por determinados eleitores, outro por outros. Nestas eleições, isso se aplica a Dilma, Serra e Marina.
É possível, contudo, identificar os traços mais característicos dos eleitores de cada um. Dos eleitores de Dilma, por exemplo. Sabemos o que costumam pensar sobre Lula e o PT, e como encaram a discussão sobre as políticas do governo e sua continuidade.
O mesmo vale para Serra. Conhecemos quem votou nele. Seus sentimentos em relação ao atual presidente, como o comparam a Fernando Henrique, o que acham do PT e dos petistas.
Entre os eleitores de Dilma e de Serra, há diversidade de opiniões, mas elas não variam de oito a oitenta. Quem vota nela pode não querer que tudo do governo seja mantido, mas não defende que tudo seja mudado. Pode fazer críticas a Lula, mas não diz que é péssimo. Talvez discorde do modo como o Bolsa Família é operacionalizado, mas não o chama de esmola.
Tampouco os eleitores de Serra pensam em bloco. Mas não deve haver um só que ache, sinceramente, que Lula é ótimo. Ou que não queira que muita coisa de seu governo mude. Que não antipatize (nem que seja um pouco) com o PT.
Em relação a Marina, no entanto, isso não vale. Seja nos atributos socioeconômicos, seja nos valores e atitudes políticas, seus eleitores são muito heterogêneos.
Todo mundo concorda que as eleições foram para o segundo turno por causa dela. Não foi o desempenho de Serra que o provocou. Ele obteve, na urna, quase exatamente o voto que, desde o primeiro semestre, as
A pesquisa Datafolha aponta a candidata Dilma Rousseff (PT) à frente no segundo turno das eleições, com 48 por cento das intenções de voto, enquanto José Serra (PSDB) tem 41 por cento. Em 2006 na mesma data a pesquisa Datafolha apontava 50% para Lula e 43% para Alckmin. Ou seja, a diferença era rigorosamente igual, 7%. E no dia 31 de outubro acabou com Lula 61% e Alckmin 49%. Nada mais normal do que o segundo colocado avançar alguns pontos quando a disputa vai para o segundo turno.
A questão é a campanha de Dilma evitar cair nas armadilhas que o PSDB está colocando. O que é preciso discutir são os rumos do país nas grandes questões. Entre elas: combate a miséria, educação, saude, soberania nacional, empregos, meio ambiente, Pré-Sal etc.
Temas como aborto, por exemplo, devem ser debatidos na grandeza de importância que tem. Como também a discrimalização da maconha. Eu e FHC somos a favor. Não acho que nem eu e nem o PSDB devemos ser chamados de narcotraficantes por isso.
O jogo do segundo turno está começando. O pior erro é transformá-lo numa guerra. O correto é debater o país na sua complexidade. E conversar com o povão. Isso é o que devem fazer os que apóiam Dilma, pois é o povão quem decide eleição e também é o povão que mais foi beneficiado com os 8 anos do governo Lula.

PESQUISA DATA-FOLHA

Esta é mais uma armadilha !!! jogar os religiosos contra Dilma, mas eles expressaram não por ato falho, mas porque pensam e sentem assim, são reacionários, LOBOS travestidos em pele de cordeiro, a questão dos evangélicos é complexa, por haver várias denominações e lidam com as massas pois na realidade jogam como poder que tem sobre os fiéis, mas há numa grande maioria Pastores lúcidos e coerentes que tem uma visão de mundo mais solidária. A consciência dirá a cada um o seu veredicto, Jesus que é o representante mais puro que pisou na terra, não fazia discriminação de ninguém, mas este discurso de muitos cristãos, na prática não condiz com os ensinamentos de JESUS, pergunto onde está a vivência dos ensinos de JESUS?
Esse é o único perigo
Ligo para o Mino Carta, autor de notável artigo na Carta Capital desta semana, de título “Patética mídia nativa”.
- Mino, você não está preocupado com o aborto ?, pergunto angustiado.
- Não, ao contrário.
- Ao contrário ? Você não vê que contemplamos as Ruínas da Nação ?, a irremediável Decadência dos Costumes … e você não está preocupado ?
- Não, meu filho. Estou até reconfortado.
- Reconfortado ? Mino, você não vive neste mundo de Degradação e Luxúria. Onde você vive ?, em que planeta ?
- Jamais confiei tanto nas Reservas Morais desta Nação. Jamais imaginei que os Valores que os editoriais do Estadão pregam pudessem estar tão vivos no Espírito da Pátria.
- Confiante, por que ?, Mino ?, perguntei tomado de angústia.
- Porque percebo no Horizonte, onde a Ética se encontra com a Fé e a Esperança, uma solução para a Grave Crise Moral que nos assola.
- Por favor, tranquilize-me, disse eu, súplice.
- Você verá que a Elite Paulista, neste momento sitiada por vândalos e depravados, soube reunir as Forças do Espírito para enfrentar a ofensiva do Mal. E venceu a batalha entre a Luz e a Treva ! A Luz prevaleceu !
- Aleluia !
- Aleluia !
- Verdade, Mino ? Tranquilize-me.
- Satã foi expulso do relógio do Itaú, que fica em cima da Avenida Paulista.
- O relógio do Itaú está salvo, Mino ?
- Sim, meu filho, tranquilize-se.
- Como foi isso possível, tal Milagre ?
- Muito simples.
- Como “simples” ?
- Na Avenida Brasil, uma clínica passará a oferecer três tratamentos à livre escolha da Mulher Paulista de 400 Anos.
-Três ?
- Sim. Veja bem. Ela desce de sua Mercedes e logo à porta poderá optar, já com a secretária, uma espécie de Gisele Bunchen da Moóca.
- Optar entre que possibilidades ?
- Ela poderá escolher: fazer um aborto, uma lipoaspiração, ou, com a ajuda da equipe do Dr Abdelmasih, uma fertilização in vitro.
- Perfeito. Genial, bradei, reconfortado !
- Você já imaginou ? Ter à sua disposição, por um punhado de dólares – sem recibo – uma lipo, um aborto ou um bebê rechonchudo sob os cuidados do Dr Roger ? Tudo em três prestações, sem juros. Sem recibo.
- Isso é que é uma combinação perfeita, bradei, reanimado: Marketing e Moral, num mesmo pacote. Estamos salvos, Mino !
- Você percebe como a Crise de Valores foi superada ?
- Sim, sim, claro ! Mas, Mino, me perdoe, nessa Crise tão profunda, não há o risco de o bebê, contaminado pela Degradação dos Costumes, nascer um mostrengo ?
- Sim, respondeu, pausadamente o Mino. Sim …
- Verdade, Mino ? Isso é um perigo.
- Sim, meu caro.
- Qual é o risco ?
- Se a representante da Moral e dos Costumes quiser ser fertilizada pelo sêmen de um tucano paulista da melhor espécie, corre sério risco.
- É mesmo, Mino ? Que risco ?
- Nascer o Bebê de Rosemary.
Pano rápido.
Paulo Henrique Amorim.
 Já vivi essa truculência no meu trabalho. É um ódio cego, um preconceito. Negados, porém , até sob tortura. É típico dessa classe média não assumir sua verdadeira feição: fazem-se de “civilizados”,mas em momentos pontuais, como o que estamos vivendo, a máscara cai a denunciar a boca espumando. No mais das vezes conseguem maquiar o monstro, é o que ordena a etiqueta. São “polidos”, falam manso e, mesmo assim, não conseguem conter o mais truculento preconceito, dito em voz mansa, com direito até a um “doce” sorriso. É vomitivo. O que move o eleitor tucano é o ódio, o preconceito, a inveja. Eu reafirmo minha opção por Dilma muito claramente, pois, independentemente do resultado disso tudo, não quero jamais ser confundido com um eleitor de Nosferatu.
É isso ai. E essa conversa mole que o governo Lula, na área econômica foi continuidade do FHC, é puro despeito é conversa mole. Mostra o reconhecimento desses elementos à política econômica do atual governo. Se tivessem continuado o rumo do desgoverno anterior, estariamos no buraco. Me recordo que em 2002 fiquei muito preocupado quando Lula ganhou a eleição. Pensei o seguinte: depois de tanto tempo, logo agora, que o cenário econômico está uma bomba relógio prestes a explodir ele vai assumir? Mas Lula e sua equipe conseguiram com maestria reverter o quadro. Outros fatos que contribuíram para o atual fortalecimento da nossa economia foram a boa gestão pública do governo federal, os vários programas social, projetos e medidas políticas adotados e a competência desse atual governo. Só para exemplificar, as ações na área social, tão criticada pela oposição e o PiG, foram um dos principais fatores que contribuíram para essa ascensão. As medidas de fortalecimento das indústrias nacionais, como a construção naval e outras, também ilustram isso. Como venho falando, temos que aos poucos ir desconstruindo esse castelo de areia de farsas que a imprensa marrom e golpista tentou erguer.

DILMA, MOSTRE QUE É DE BRIGA

Mino Carta
As reações de milhares de navegantes da internet envolvidos na celebração dos resultados do primeiro turno como se significassem a derrota de Dilma Rousseff exibem toda a ferocidade – dos súditos de José Serra. Sem contar que a pressa de suas conclusões rima sinistramente com ilusões.
Escrevi ferocidade, e não me arrependo. Trata-se de um festival imponente de preconceitos e recalques, de raiva e ódio, de calúnias e mentiras, indigno de um país civilizado e democrático. É o destampatório de vetustos lugares-comuns cultivados por quem se atribui uma primazia de marca sulista em relação a regiões- entendidas como fundões do Brasil. É o coro da arrogância, da prepotência, da ignorância, da vulgaridade.
É razoável supor que essa manifestação de intolerância goze da orquestração tucana, excitada pelo apoio maciço da mídia e pelos motes da campanha serrista. Entre eles, não custa acentuar, a fatídica intervenção da mulher do candidato do PSDB, Mônica, pronta a enxergar na opositora uma assassina de criancinhas. A onda violeta (cor do luto dos ritos católicos) contra a descriminalização do aborto contou com essa notável contribuição.
Ocorre recordar as pregações dos púlpitos italianos e espanhóis: verifica-se que a Igreja Católica não hesita em interferir na vida política de Estados laicos. Não são assassinos de criancinhas, no entanto, os parlamentares portugueses que aprovaram a descriminalização do aborto, em um país de larguíssima maioria católica. É uma lição para todos nós. Dilma Rousseff deixou claro ser contra o aborto “pessoalmente”. Não bastou. Os ricos têm todas as chances de praticar o crime sem correr risco algum. E os pobres? Que se moam.
A propaganda petista houve por bem retirar o assunto de sua pauta. É o que manda o figurino clássico, recuar em tempo hábil. Fernando Henrique Cardoso declarava-se ateu em 1986. Mudou de ideia depois de perder a Prefeitura de São Paulo para Jânio Quadros e imagino que a esta altura não se abstenha aos domingos de uma única, escassa missa. Se não for o caso de comungar.
A política exige certos, teatrais fingimentos. Não creio, porém, que os marqueteiros nativos sejam os melhores mestres em matéria. Esta moda do marqueteiro herdamos dos Estados Unidos, onde os professores são de outro nível, às vezes entre eles surgem psiquiatras de fama mundial e atores consagrados. Em relação ao pleito presidencial, as pesquisas falharam e os marqueteiros do PT também.
Leio nesses dias que Dilma foi explicitamente convidada por autoridades do seu partido a descer do salto alto. Se subiu, de quem a responsabilidade? De todo modo, se salto alto corresponde a uma campanha bem mais séria e correta do que a tucana, reconhecemos nela o mérito da candidata.
Acaba de chegar o momento do confronto direto, dos debates olhos nos olhos. Ao reiterar nosso apoio à candidatura de Dilma Rousseff, acreditamos, isto sim, que ela deva partir firmemente para a briga, o que, aliás, não discreparia do temperamento que lhe atribuem. Não para aderir ao tom leviano e brutalmente difamatório dos adversários, mas para desnudar, sem meias palavras, as diferenças entre o governo Lula e o de FHC. Profundas e concretas, dizem respeito a visões de vida e de mundo, e aos genuínos interesses do País, e a eles somente. Em busca da distribuição da riqueza e da inclusão de porções cada vez maiores da nação, para aproveitar eficazmente o nosso crescimento de emergente vitorioso.
CartaCapital está com Dilma Rousseff porque é a chance da continuidade e do aprofundamento das políticas benéficas promovidas pelo presidente Lula. E também porque o adágio virulento das reações tucanas soletra o desastre que o Brasil viveria ao cair em mãos tão ferozes.
P.S. Bem a propósito: a demissão de Maria Rita Kehl por ter defendido na sua coluna do Estado de S. Paulo a ascensão social das classes mais pobres prova que quem constantemente declara ameaçada a liberdade de imprensa não a pratica no seu rincão.
A hora é de botar a estrela no peito e ir para as ruas defender a linda historia de luta e do PT, e eleger Dilma, Lula o maior presidente da historia do Brasil e o proprio PT.
Vamos militar na internet e nas ruas na conquista de novos corações.
Pois os tucanos estão dispertando um monstro que eles não poderão controlar, caso vençam: o FUNDAMENTALISMO, tanto católico, quanto, principalmente, evangélico. Nada contra os religiosos, mas tudo contra o FANATISMO OBSCURANTISTA!

LULA + DILMA Vs FHC + SERRA

Por Emir Sader
O tema central das eleições deste ano, protagonizado pelos dois blocos de forças que têm ocupado o campo político, remete a dois projetos de país. Um, posto em prática quando os tucanos-demistas tiveram dois mandatos e o apoio total do grande empresariado, do capital internacional e da velha mídia, para realizar o governo que lhes parecia o melhor para o Brasil. O outro, realizado nestes oito anos, pelo governo Lula, que conta com o maior apoio popular que qualquer governo chegou a ter e a maior hostilidade da velha mídia.
Depois de esconder FHC e seu governo, parece que a oposição se arriscará a aceitar a comparação dos anos tucanos com os anos petistas.
Inicialmente os tucanos criticavam o governo Lula e suas políticas sociais como “esmolas” que compravam a consciência dos mais pobres. Quando se deram conta – especialmente depois da derrota em 2006, quando acreditavam que tinha o governo Lula contra as cordas – que a realidade social do país tinha mudado, passaram à cantilena de que os aspectos positivos do governo Lula tinham sido conquistados por eles: tanto a política econômica, como a social – esta supostamente iniciada por Ruth Cardoso.
Nunca se atreveram a tentar provar isso na prática. Na realidade, o Brasil que saiu do governo FHC era mais desigual, mais injusto, mais concentrador de renda e de poder. Além de que havia produzido três crises ao fragilizar a economia, a última das quais foi profunda e prolongada, da qual o Brasil só saiu no governo Lula. Por essa razão, também, no final do seu governo FHC, mesmo contando com toda a imprensa a seu favor, tinha 50,9% de rejeição.
Quando o programa do PT do final do ano passado fez a comparação entre os resultados dos dois governos, veio o pânico nas hostes oposicionistas, sobre o que os esperava na campanha eleitoral. Enquanto um FHC desmoralizado bradava pela necessidade dos tucanos aceitarem a comparação, estes fugiram da raia, e esconderam ao tucano do seu programa eleitoral – ao qual levaram a imagem positiva de Lula.
Agora veremos que mágica conseguem fazer para resgatar FHC, se é que realmente vão fazê-lo. A comparação é tudo o que a campanha da Dilma quer. Ela foi a coordenadora do governo, que teve um sucesso ininterrupto de 5 anos, conquistando 80% de aprovação e apenas 4% de rejeição para Lula. Dilma representa a continuidade e ao aprofundamento das transformações iniciadas nesses 8 anos, que pela primeira vez diminuíram a desigualdade no Brasil.
Esse o grande embate ao que a oposição tenta fugir, buscar outras vias de fazer campanha – com a sórdida utilização de pastores evangélicos explorando os sentimentos conservadores de setores da população – que não a confrontação política. Mas esse é o grande tema. Não porque remeta ao passado, mas porque representa hoje, o mesmo enfrentamento de blocos de forças com os mesmos interesses diferenciados que levaram o Brasil a ser mais injusto na década de 90 e a avançar significativamente na superação das injustiças e das desigualdades na primeira década deste século.
O Aécio só lembra do avô antes das eleições. Especula, joga nos bastidores, faz esta politicagem mistificada aos mineiros... Até virar a mesa e dizer que pensa em criar um partido, negar tudo no dia seguinte, apoiar seu inimigo político, ao menos até o resultado das eleições... La Nave Va... Sem mar, mas com muitos horizontes pelo caminho....

AÉCIO NEVES

Aécio Neves está diante dessas grandes encruzilhadas que surgem na vida das pessoas. Terá de escolher entre a tradição ilustrada de seu avô, que aponta para o futuro, e a tradição obscurantista dessa Opus Dei que há muito governa a direita brasileira.
Flávio Aguiar.
Há um momento na vida das pessoas em que elas chegam as grandes encruzilhadas.
Aécio está diante de uma dessas. Para o passado e para o futuro.
No passado recente, vê a face do seu avô. Um político que acreditava na política, que era um homem da ilustração, da educação, de acreditar no Brasil enquanto Brasil. Era da elite, não elitista.
Agora, querem lhe enfiar goela abaixo esse Brasil retrógrado, elitista, sem rumo, da coligação José Serra.
Para o futuro, se for por aí, Aécio vê o Brasil subserviente, beija-mão de impérios, herdeiro do escravismo, um Brasil e um Aécio sem futuro.
Tão se futuro que G. Alckmin já anunciou: vai acompanhar Serra em toda a sua campanha nacional.
Para quê?
Ora, para neutralizar quem queira ser herdeiro da derrota ou da vitória.
No momento, Aécio periga ser herdeiro de uma manobra retrógrada. Fala-se que Dilma não conseguiu a vitória no 1o. turno devido aos evangélicos,e aos desiludidos.
Mas também se diz que a Igreja Católica, em S. Paulo, se alevantou firme contra ela, nas homilias domingueiras.
Isso quer dizer uma coisa: Opus Dei, aquela comandada por sustendadora de Geraldo Alckmin. Só alguma organização política desse calibre poderia coordenar uma campanha desde os púlpitos contra a candidata vista como do demônio (ainda mais, uma mulher!).
Pois é entre isto e aquilo que Aécio terá de escolher: entre a tradição ilustrada de seu avô, que aponta para o futuro, e a tradição obscurantista dessa Opus Dei que há muito governa a direita brasileira.
Aécio que escolha. E que se cuide.
O FRESCOR VEM DO SUL E TEM LADO "Nós gostaríamos que, ao final dos nossos quatro anos, tivéssemos, a partir do Rio Grande do Sul, um reconhecimento tão grande quanto teve Porto Alegre com o Orçamento Participativo instituído a partir do governo Olívio Dutra. Acho que é possível fazer isso, até porque, hoje, a adição de meios tecnológicos para consulta de opinião, para formação de opinião e para controle público do Estado é um elemento vital para a reergenização da democracia". (Tarso Genro; leia entrevista nesta pág; 08-10)

PRÉ-SAL NO GOVERNO PSDB

E tem mais: considerando que as emendas dos relatores introduzidas no Projeto de Lei do Governo referente a Partilha, caso aprovadas, resultarão na elevação do ganho do Consórcio vencedor de 40% para 70,6% do petróleo produzido e o País ficará com apenas 29,4 %. Além disso, como a proposta do governo prevê a Petrobrás como operadora única, ela terá direito a 30% da parte que cabe ao consórcio, ou seja, 30% de 70,6% = 21,2%. Portanto, o consórcio (provavelmente estrangeiro) ainda ficaria com 49,4% da Produção SEM FAZER NADA. Inaceitável, não? Ainda outro absurdo: a emenda Henrique Alves, que elevou os royalties a 15%, que não deixa de ser um imposto, estabelece que o Consórcio pagará estes 15% ao Estado afetado em Reais e SERÁ RESSARCIDO EM ÓLEO. Então quem paga é a União ou seja NÓS e o Consórcio sairá com 100% de lucro. Caso se concretise a aprovação dessas emendas ao Projeto de Lei do Governo, como ficam os inúmeros projetos do governo calçados no pré-sal? Sobrará dinheiro para concluí-los? Como fica o povo brasileiro sem os lucros do pré-sal?

ADUBO ELEITORAL

NOBEL DA PAZ 2010

Liu Xiaobo lê carta ao lado do túmulo de Bao Zunxin, dissidente chinês que foi preso.

PORQUE DILMA, ESCUTI O CYRO GOMES


O que o zé (trólóló) Serra e a "turma dele" fez do país.

NOTÍCIAS DO DIA

O dissidente chinês posa para foto, em abril de 2008; Xiaobo é o vencedor do prêmio Nobel da Paz de 2010.
Vejas as manchetes dos principais jornais deste sábado.
* Jornais nacionais.
Folha de S.Paulo
Escândalo nos Correios favorece franqueados
Agora S.Paulo
Fique por dentro das correções dos benefícios entre 2000 a 2009
O Estado de S.Paulo
Na TV, Dilma e Serra falam de aborto e se dizem 'a favor da vida'
Jornal do Brasil
Dilma e Serra ficarão frente a frente por 10 horas
O Globo
Candidatos invocam Deus e se atacam na propaganda da TV
Correio Braziliense
O dia em que Brasília tremeu
Estado de Minas
BH vence guerra contra outdoor
Diário do Nordeste
"Fila da morte em UTIs": pacientes esperam socorro
Zero Hora
Consórcio espanhol se habilita à obra do Cais
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Empregos públicos caem enquanto há abrandamento nas contratações privadas
The Washington Post (EUA)
Cargo de segurança vai para aliado interno
The Guardian (Reino Unido)
Ball é rejeitado com Ed Milliband assumindo o cargo
Le Figaro (França)
O FMI de Strauss-Kahn contradiz o PS
Le Monde (França)
Eliseu quer frear o mais rápido a questão da reforma das pensões
El País (Espanha)
Obama desafia China ao exigir a libertação do novo Nobel da Paz.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Acho curioso que foi preciso 'economistas' darem aval para que os 'formadores de opinião' aceitassem o importante papel do Bolsa-família na construção de uma sociedade mais justa através da distribuição de recursos e pulverização de capital e lá se vão quase 8 anos! O terreno foi arado sob forte crítica, agora é a velha história de aplaudir pra não ficar de fora.
Ainda assim, vemos humoristas (sic) premiados como o macaco Simão dizer bobagens como esta em seu twitter: "O problema do Brasil é que, quem elege os governantes não é o pessoal que lê jornal, mas quem limpa a bunda com ele!" https://twitter.com/josesimaoband
Mal sabe ele que estes eleitores agora podem comprar até mesmo papel higiênico, não precisando dos 'formadores' pra compreender o que é agora ter um emprego na padaria que vende mais pãozinho porque o povo pode comprar.

UM DELITO DE OPINIÃO

Maria Rita Kehl.
Por Marco Aurélio Mello.
Tenho atividade intelectual. Vendo minha força de trabalho, mas minhas convicções políticas não fazem parte da minha relação trabalhista. Por causa disso fui demitido em 2006, depois de quase dez anos de serviços prestados à maior emissora de televisão do país, tendo passado três outros anos numa emissora afiliada do mesmo grupo. Portanto, tive uma carreira de 12 anos interrompida por discordar da maneira como os patrões e seus vassalos manipulavam o noticiário seletivamente à favor do PSDB. Nunca houve nada que desabonasse minha carreira, consagrada com um dos mais importantes postos naquele que já foi o principal telejornal do país. Não me arrependo de nenhuma palavra do que disse e faria tudo outra vez, se preciso fosse. Também não sinto saudades. Era muito infeliz profissionalmente e não tinha consciência do tamanho da minha infelicidade. Em relação aos episódios de 2006 há farto material na imprensa alternativa da época, sobretudo na Revista Carta Capital, para quem quiser conhecer o outro lado que eles escondem da sua história de sucesso. E há também testemunhas oculares importantes sobre um momento obscuro do jornalismo brasileiro, entre eles: Carlos Dorneles, Luiz Carlos Azenha e Rodrigo Vianna. Há outros que não vou revelar para poupá-los, já que foram preservados nos quadros da empresa sob forte amordaçamento.
Estou dizendo tudo isso porque a memória voltou à tona depois que soube que o jornal O Estado de São Paulo decidiu dispensar uma de suas mais importantes colunistas, a psicanalista Maria Rita Kehl. Foi ela a autora de um artigo demonstrando que a elite desqualifica o voto do mais pobre, como se ele fosse um cidadão de segunda classe em nosso país. Deixo em homenagem a ela um parágrafo do artigo que considero essencial: "Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos." Maria Rita é mais uma voz que se levanta contra os poderosos e é calada sumariamente. É essa gente que defende a liberdade de expressão e de imprensa no Brasil. Que tal?

VAMOS CONQUISTA-LA

Amigos e camaradas: a discussão é essa mesmo: projetos para o Brasil. O mais importante agora é conversarmos calmamente, mas de forma insistente com os eleitores de Marina Silva e conquistarmos seus votos para Dilma. Não devemos entrar em questões como aborto etc (...) isso só serve para assustar os religiosos. O mais importante é discutirmos os projetos para o avanço do país e derrotarmos o que há de mais antinacional e obscurantista na política.

O LIDER DA PALAVRA

Por Maria Rita Kahl, no Blog DoLaDoDeLá.
LULA O IMAGINÁRIO POPULAR 
Na noite de 27 de outubro (de 2002, grifo meu), recém eleito presidente do Brasil com a maior votação da nossa história, Luiz Inácio Lula da Silva falou à multidão reunida na avenida Paulista. Fez um discurso emocionado de agradecimento aos eleitores que revelou, mais uma vez, o traço característico da personalidade deste impressionante e improvável líder brasileiro. Desde os tempos das assembléias operárias no estádio de Vila Euclides, em São Bernardo, Lula sempre foi capaz de fazer pronunciamentos empolgantes, em nome próprio, sem recorrer aos lugares comuns da retórica política, mas também sem falar apenas em primeira pessoa. É isso que diferencia seu carisma pessoal dos vícios do personalismo, tão freqüente entre os líderes políticos mais populares da história brasileira. Nas falas de Lula, o “eu” autoral é um “nós”. Antes de prometer qualquer coisa à multidão em festa, antes de se oferecer aos aplausos e às saudações de seu aniversário, Lula nomeou e agradeceu a todos os seus companheiros de percurso, vivos e mortos. Finalizou citando os colaboradores da atual campanha e nomeando os principais setores sociais que o elegeram: trabalhadores da cidade e do campo, membros da Igreja, professores, sindicalistas, estudantes. No lugar de “eu fiz, eu venci, eu cheguei lá”, Lula consagrou um “nós vencemos” a que o povo brasileiro não está acostumado. Em vez de se apresentar como um indivíduo privilegiado e iluminado, objeto de adoração e inveja das massas em função de sua excepcional trajetória de ascensão social, Lula fez de sua vitória a consagração do "povo unido" que há várias décadas já não acreditava que jamais seria vencido.
O discurso da Paulista pode ter sido o começo da (re)educação político/sentimental da sociedade brasileira. Nossa tradição política é a do autoritarismo, em suas várias versões. Tivemos a versão hardcore dos militares, que dominaram pela intimidação e pela repressão - o "prendo e arrebento", de famigerada memória. Tivemos também as várias versões soft do paternalismo e do populismo, segundo as quais o político popular sustenta sua autoridade e autoriza seu arbítrio ao se apresentar como uma espécie de pai severo e bondoso, protetor pessoal dos oprimidos, objeto de amor e submissão filiais das massas. O paternalismo infantiliza a sociedade e desmobiliza a participação popular. Faz da relação da massa com seu líder uma relação de gozo, uma "servidão voluntária", na expressão de Étiènne de La Boétie. É a forma mais eficiente de dominação, porque conta com a alegre adesão das massas: uma sociedade habituada ao paternalismo pede paternalismo, ama o paternalismo. Se os oito anos de governo de Fernando Henrique Cardoso representaram algum avanço para a sociedade brasileira, este se deu em conseqüência do traço mais detestável do ex-presidente: seu autoritarismo moderno e globalizado. Fernando Henrique, decididamente, não era paternalista. Muito menos populista. Seu discurso não mascarava os compromissos de classe, nacionais e internacionais, de seu governo. Neste sentido, fez um grande favor à sociedade.
Na via da relação das massas com os governantes, estamos completamente embebidos de cordialidade. Que um governante seja simpático e tenha “boa aparência”, que se ofereça à projeção de figuras familiares, que chore em público, que peça “mais uma chance” a seu eleitorado quando pego em flagrante de corrupção, tudo isto parecem ser condições “naturais” da vida política – como se a política pudesse ser tomada como um evento da natureza – aos olhos de grande parte dos brasileiros. Ao mesmo tempo, a prática da demagogia corrompe a sociedade inteira; corrompe e desnorteia. A demagogia substitui a esperança depositada na relação entre a palavra e a verdade pela receptividade cínica de quem aprende a desesperar, já que a palavra empenhada não tem nenhum valor. “Todo governante eleito pode prometer e não cumprir”, disse Lula à multidão. “Eu não tenho este direito” De fato, a ascensão do líder sindical à presidência da república, depois de três derrotas sucessivas, representa o coroamento de um projeto de toda a esquerda brasileira: um projeto de longo curso, gestado e desenvolvido há mais de vinte anos nos mais diversos setores da sociedade organizada. Lula sabe que deve muito a todos eles. Mais do que gratidão e reconhecimento, trata-se aqui de um compromisso de quem sabe que sua liderança é fruto de um projeto construído a muitas mãos - um processo longo e coletivo.
Ao final de seu discurso o presidente eleito se debruçou do palanque e prometeu prestar contas de seus acertos e erros aos eleitores. Não eram as palavras vazias da demagogia – eram palavras de um compromisso antigo, cuja credibilidade é legitimada pela trajetória pública do sujeito desta enunciação. Quanto ao endereçamento desse discurso, é importante observar a diferença entre o “vocês” da fala de Lula e o “povo brasileiro”, conjunto genérico e vazio que sempre abriu os discursos oficiais dos governantes anteriores. Pois Lula tinha acabado de reconhecer e de qualificar o coletivo que compõe este “vocês”. Embora se apresente – e não poderia fazer de outra forma – como presidente de todos os brasileiros, o “povo” a quem endereça seu discurso tem um perfil diversificado mas definido, cobre um

VAI INDO

O PROJETO ENTREGUISTA DE SERRA PARA O PRÉ-SAL

O assanhamento dos tucanos chega ao ponto de David Zylbersztajn, ex-genro de FHC que assessora ao mesmo tempo a campanha de José Serra e multinacionais de energia, inserir uma informação falsa no elogio ao regime das concessões, adotado quando era presidente da Agência Nacional do Petróleo. Os lobbies conservadores e anti-nacionais reunidos em torno da candidatura de José Serra à presidência já se atrevem a defender sem disfarces um retorno ao entreguismo que marcou a gestão do petróleo brasileiro nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso.
Igor Fuser, na Carta Maior.
No embalo do segundo turno, os lobbies conservadores e anti-nacionais reunidos em torno da candidatura de José Serra à presidência já se atrevem a defender sem disfarces um retorno ao entreguismo que marcou a gestão do petróleo brasileiro nos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Eles querem a abertura irrestrita das fabulosas reservas do pré-sal brasileiro, a maior descoberta petrolífera dos últimos trinta anos no mundo inteiro, à voracidade das empresas multinacionais. O assanhamento é tanto que, em entrevista ao jornal Valor, David Zylbersztajn, “assessor técnico” da campanha de Serra para a área de energia, distorceu completamente a realidade dos fatos com um grosseiro erro de informação ao defender que, num eventual governo demo-tucano, a exploração do pré-sal ocorra nos marcos do atual regime de concessões, em escandaloso benefício do capital transnacional.
O argumento apresentado por Zylbersztajn, ex-genro de FHC e presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) quando se realizou o primeiro leilão de reservas brasileiras entregues ao capital estrangeiro, em 1999, tem como foco uma questão contábil. De acordo com ele, o atual regime de concessões é melhor que o de partilha porque que o governo recebe antecipadamente o dinheiro referente ao bônus de assinatura, quantia cobrada às empresas em troca do direito de explorar as reservas. “No sistema de partilha, você só vai receber lá na frente”, alegou. “Depois de ter descontado o que gastou com o campo, vai receber sua parte em óleo, que vai ter que ser vendido. Isso só vai gerar alguma coisa lá na frente. Enquanto hoje, se licitar um campo, o governo coloca dinheiro no Tesouro hoje mesmo”, disse.
Uma simples consulta ao Projeto de Lei 5.938, que cria o regime de partilha, é suficiente para revelar a falsidade do raciocínio apresentado por Zylbersztajn contra o regime de partilha. No seu capítulo II, parágrafo XII, o projeto do atual governo afirma textualmente que o bônus de assinatura é “um valor fixo devido à União pelo contratado, a ser pago no ato da celebração e nos termos do respeito do contrato de partilha da produção”. Essa norma é reiterada mais adiante, no capítulo V, parágrafo II, que trata dos editais de licitação. Como se pode conceber que um especialista ignore uma regra formulada em termos tão claros?
Curiosamente, o mesmo Zylbersztajn se mostra muito zeloso em esclarecer que suas declarações não representam o ponto de vista oficial da campanha de Serra. “A minha opinião é pelo lado técnico, mas dentro do contexto político, eu não sei”, ressalvou, para em seguida voltar à carga contra o regime de partilha: “Eu aconselharia a deixar o que está funcionando bem do jeito que está. Se houvesse justificativa para mudar, tudo bem”, insistiu, deixando claro que não vê nenhum motivo para a troca do regime de concessões pelo de partilha, como propõe o governo Lula e sua candidata, Dilma Rousseff.
A linguagem escorregadia tem a ver com o cuidado de Serra em evitar uma postura de ataque frontal à mudança nas regras do pré-sal. Em vez de expor abertamente suas intenções, o candidato tucano prefere manifestar “dúvidas” sobre a utilidade do regime de partilha. Enquanto isso, o centro de estudos do PSDB, Instituto Teotônio Vilela, bombardeia sem sutilezas o projeto governista. Em entrevista ao jornal O Globo, em abril, o deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES), porta-voz oficioso dos tucanos para os assuntos petroleiros, chamou de “retrocesso histórico” a lei que retira o pré-sal do sistema de concessões e  ......
POR QUE VOTAR EM DILMA ? "...o adágio virulento das reações tucanas soletra o desastre que o Brasil viveria ao cair em mãos tão ferozes." ( Mino Carta; Carta Capital; 08-10)

CARA NOVAS

Se os tais religiosos estão apenas exercendo o livre arbítrio e respeitam o Estado laico, como defende muitos, porque, então, eles não aceitam a liberação do aborto? Ora, isso não é obrigar que todos sigam a orientação religiosa? Se o estado é laico mesmo, que permita as mulheres que não seguem tais visões religiosas tenham a prerrogativa do aborto, pois este é uma realidade e uma questão de saúde pública. Alguns religiosos são fundamentalistas, sim, e têm que aceitar que não são todos que pactuam com sua visão de mundo e orientação moral. Fora isso, não se pode esquecer da história fascistoide de certas facções religiosas, só para facilitar a sua enrolação e manipulação retórica e argumentativa.
Os indivíduos contrários ao aborto se apegam a dogmas fundamentalistas, mas a origem do combate ao aborto não está na defesa da "vida" como buscam argumentar, mas na defesa da propriedade.
Me explico. Durante o período escravidão no Brasil a igreja proibia o aborto por ser parceira dos escrevocratas, uma escrava ao abortar dava prejuízos aos seus proprietários e não garantia a continuidade da escravidão, talvez esteja aí a resposta porque a América Latina é o único bastião que combate o aborto.

VERDADE OU MENTIRA

Fundamentalismos religiosos são ameaça à democracia brasileira.
Um dos problemas que afloraram nesta eleição é o da emergência dos fundamentalismos religiosos católicos e protestantes, tentando influir nas decisões políticas do país. Até mesmo a famosa organização fascista-católica Opus Dei, de grande penetração na Península Ibérica, estaria presente em São Paulo, apoiando o candidato do PSDB.
Luís Carlos Lopes.
Infelizmente, as eleições presidenciais não se resolveram no primeiro turno. Ter-se-á que voltar às urnas no próximo dia 31 de outubro. Nesta data, quando chegar a noite, o novo presidente(a) será conhecido de todos brasileiros. Ao que parecia, no primeiro turno, o processo eleitoral teria resolvido a mesma questão. Mas isto não ocorreu. Os resultados impuseram a celebração do segundo turno e para isto os candidatos e eleitores terão que se posicionar. A política é cheia de surpresas, de revelações que precisam ser claramente avaliadas.
A disputa voltará a ser, com mais ênfase, a luta contrária ao candidato-síntese das direitas do país. É possível que ambos disputantes digam – verdade ou mentira – que eram ambientalistas desde criancinhas, bem como, sempre defenderam os princípios religiosos, como mais importantes do que os de natureza laica, isto é, os relacionados à política real.
Equívocos sobre equívocos serão cometidos na tentativa de se obter a vitória final. É quase impossível evitar que tal ocorra, quando o objetivo se esvai em trinta dias e o que se quer é vencer de qualquer modo. De todo o jeito, é preciso lembrar que o presidente da República não é e nem será o proprietário das crenças de ninguém e que o Brasil é um país plural, onde convivem modos diversos de se crer. O que se espera é que o futuro presidente(a) garanta a continuação das conquistas dos trabalhadores, as ampliem e eleve o país a um novo patamar possível, do ponto vista social e cultural.
Um dos problemas que afloraram nesta eleição é o da emergência dos fundamentalismos religiosos católicos e protestantes, tentando influir nas decisões políticas do país. Até mesmo a famosa organização fascista-católica Opus Dei, de grande penetração na Península Ibérica, estaria presente em São Paulo, apoiando o candidato oficial do PSDB. O fundamentalismo de origem protestante renovada teria tido o seu peso nas eleições em vários níveis. Padres e pastores ultraconservadores

PROGRAMA DE GOVERNO

TWITTER

O PREÇO DO OBSCURANTISMO  fala o médico Thomaz Gollop, diretor da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência: "...O aborto é um dos procedimentos que mais ocupa leitos dos serviços públicos e privados (...) Só no 1º semestre de 2010 foram 54.339 internações:12 casos por hora; 41% mais que a soma de internações por câncer de mama e câncer de colo do útero. A criminalização e a clandestinidade são ineficazes do ponto de vista da saúde. Em Pernambuco, o aborto é a principal causa de morte”.  (Carta Maior, com informações iG; 08-10)

ESTAMOS TODOS LOUCOS ???!!

Ou somos apenas ignorantes??!!
Aborto é um problema de saúde publica, o "LIVRE ARBRITRIO", de uma necessidade pessoal, ela não pode ter uma crianças, por necessidades financeiras, famílias, estudos. E o principal, maturidade, paciência, planejamento.
A "RELIGIÃO" não pode ter espaço no ESTADO. Já sabemos o que aconteceu, e o que acontece.
Privatizações
A TELEFÓNICA, cobras mas do BRASIL, que na ESPANHA e Portugal. E oferece um serviço horrível no BRASIL.
A privatização é benéfica ao país e a população que nele reside. O que seria da Vale ou da Petrobras sem o investimento tecnológico de ponta? Até aonde vi, nenhum brasileiro ganhou o Nobel em pesquisa de ponta. Além do mais, o estado não visa atingir o lucro, e não é seu dever, mas sim a movimentar a máquina pública em pro do interesse público. Essa visão de que o estado rico é o estado bom é um tanto deturpada, que não reflete a qualidade de vida do cidadão. É o exemplo da França e da Austrália.
Acontece que ás empresas públicas  são administradas de forma incorreta porque o estado é centralizador e utiliza as estatais como forma de manutenção no poder. É isso que precisa mudar, o sistema de gestão. A Vale é um exemplo claro, o que a empresa paga de impostos não chega nem perto do LUCRO que ela obtém com exploração do solo, solo este que de maneira alguma deveria ficar na mão de um grupo particular, e sim na mão da população. Pois existe algo que se chama "interesse NACIONAL" ou "de cunho estratégico". Na china, particulares só podem ser donos de 25% das industrias de aço, porque lá, até a siderurgia é de interesse nacional e estratégico. Está entendido agora, porque não se deve privatizar a Petrobras, Vale, Embraer?

ABORTO E PRIVATIZAÇÃO

Gilberto Dimenstein.
Não acredito (e quem acreditar é tolo) nessa pregação de José Serra contra o aborto. É só um jeito de atacar Dilma Rousseff, preferindo colocar a fé acima da saúde pública, num jogo baixo. Ele sabe que seria um mal menor o poder público ajudar as mulheres que necessitam de um aborto.
Ver um intelectual, ex-ministro da Saúde, agindo desse jeito apenas mostra o poder da fé contra a racionalidade. De certa forma, é o que ocorre no debate da privatização, também atiçado pelas eleições, dessa vez pelo PT, por causa das eleições, para atacar o PSDB. É mais uma questão de fé.
Parece que pouco importa o fato de que qualquer pessoa hoje, mesmo as mais humildes, tenham acesso a um telefone. Até pouco tempo, telefone entrava na declaração de imposto de renda. Ou que empresas falidas ou quase falidas se tornaram eficientes, não sugam dinheiro público e pagam impostos. Ou as que já eram tidas como eficientes (Vale) ficaram mais eficientes e pagam muito mais impostos. Pouca adianta mostrar os avanços em termos tecnológicos de empresas como CSN e Embraer.
Estudos de economistas mostram que, de forma geral, essa foi a regra das empresas privatizadas, muitas delas antes cabides de empregos.
Assim com no debate do aborto em que Serra aparece como um pregador cristão, o debate sobre a privatização é tão irracional que o PT resolveu colocar o tema das privatizações para minar o PSDB, sendo que, nos últimos 8 anos, Lula não desfez as privatizações. E mais, privatizou (corretamente) milhares de quilômetros de estadas federais. Ainda bem que Lula não faz o que fala.
É preciso ter muita fé e contrariar todas as evidências para achar que o Estado é bom empresário. Pode ser bom empregador

POESIA & PODER

Ivan Lessa - BBC Brasil, Londres
"As mulheres grandes
São as grandes mulheres.
São elas que os homens preferem.
O tipo médio, meu amigo,
Ainda passa,
Mulher pequena eu não quero nem de graça.
Maria tem um metro e setenta.
Teresa tem um metro e oitenta.
Porém a mulher que me tenta
É a que tem mais de um metro e noventa."
Pronto. Aí está. Matei dois coelhos de uma só cajadada. Para ser mais preciso, matei dois coelhos de uma só cajadada. O Sr. Coelhinho e a Sra. Coelhinha. O fato da bafejada poética constituir um plágio descarado de uma velha marchinha esquecida de Carnaval é de só menos importância.
Minha musa  ("Dona" Arlete), por certo vinha de tomar umas e outras --coitada, ela caneia--, e assim soprou estes versos em meus ouvidos sensíveis A poesia é maior que todos nós e só nela encontramos todas as verdades do mundo. Na cachaça, não, ouviu, "Dona" Arlete! Com a poesia, não tem segundo turno. É 100% no primeiro turno, sim senhor, e estamos conversados!
Voltemos, no entanto, ao Sr. e à Sra. Coelhinha, que há tanto tempo não passavam pelo meu caminho. Por que abati-os com uma só cajadada? Ora, força de expressão, meus caros! Esforços poéticos de minha parte. É que na quinta-feira, aqui no Reino Unido, teve lugar o Dia Nacional da Poesia. O que se rimou por aí, minha gente, não está no gibi.
No metrô, um cavalheiro (aliás bem apessoado) sentou-se ao meu lado e, em voz grave e insinuante, sussurrou-me no ouvido coisas personalíssimas. Posso estar enganado, mas acho que no meio ele comparava meus olhos a "violetas banhadas na champanhe".
Confesso que, pego assim de surpresa, fiquei algo nervoso e não captei todas as palavras que o indivíduo em questão (e que bigodes tinha!) dirigiu-me no particular. Percebi, no entanto, que suas palavras rimavam. Quase jurava que eram metrificadas também, como a Teresa e a Maria dos versos que, sem vergonha, roubei.
Felizmente, o jornal que eu levava aberto no colo, como que por coincidência poética (a ocasião era propícia) mencionava que o 7 de outubro é o Dia Nacional da Poesia por aqui. Fiquei mais descansado. Poesia, afinal, nunca matou ninguém. A não ser Hamlet, Romeu, Julieta, Shelley, Keats, e, no Brasil, Gonçalves Dias e o Fernandão "Sete Dedos" Beltrão, com quem joguei muita sinuca no salão que ficava em cima de um mercadinho na rua Siqueira Campos, em Copacabana, lá pelos anos 50, e que morreu atropelado quando, bêbado, procurava uma rima para, justamente, as palavras "bêbado" e "lâmpada".
Águas passadas não movem moinhos, nem mesmo para Dom Quixote, volta a me sentenciar com seu bafo pesado "Dona" Arlete, que, do jeito que vai, terminará internada em asilo para incompetentes e incontinentes verbais e otherwise.
Falta agora a segunda vítima de meu poderoso cajado. Sim, ela. Sempre ela. A Sra. Coelhinha. Seguinte: a revista Forbes, essa favorita da classe C brasileira, em sua versão mulher, também um sucessão entre domésticas e donas de casa, acaba de divulgar o ranking anual das cem mulheres mais poderosas do mundo.
Moira Forbes, vice-presidente e publisher (conforme se diz no Amapá) da revista em questão, disse que as 100 mulheres citadas na lista "estão moldando muitas das conversas dos formadores de opinião hoje em dia." Minha conversa no metrô, com aquele cara da poesia, não foi moldada em nada.
Simplesmente brotou de uma ocasião. Como uma flor. Uma violeta. Além do mais, não sou, nem o cavalheiro das rimas e bigodes o é, formadores de opinião. Voltemos a quem sabe das coisas, a Forbes Woman.
Liderando o rol das Top Ten, como se diz em Sergipe, está Michelle Obama, logo adiante de Irene Rosenfeld, executiva da Kraft Foods, e da empresária e comunicadora Oprah Winfrey. Entre as Top Ten ainda, a presidente alemã Angela Merkel, Hillary Clinton (que dispensa apresentações) mais as cantoras Beyoncé Knowles e Lady Gaga, com Ellen Degeneres fechando a lista.
As únicas brasileiras a moldar (opiniões, lembremos) foram Gisele Bundchen (72º lugar) e Dilma Rousseff (95º). Tem nada, não. A gente ainda chega lá. O segundo turno vem aí.

NOTÍCIAS DO DIA

Presidente Lula participa da inauguração do navio da plataforma P-57 da Petrobras no estaleiro Jacuecanga, Angra dos Reis. Rafael Andrade/Folhapress
Veja as manchetes dos principais jornais nesta sexta-feira.
* Jornais nacionais.
Folha de S.Paulo
Rodoanel vai se ligar a Cumbica e à marginal Tietê
Agora S.Paulo
Revisão de benefícios após 2000 rende atrasados de até R$ 16 mil
O Estado de S.Paulo
Petrobras perde em 3 dias R$ 28,4 bilhões de seu valor em bolsa
O Globo
Empresa de diretor de estatal tem contratos com Petrobras
Valor Econômico
Petrobras passa por inferno astral e perde valor na bolsa
Correio Braziliense
Inflação pressiona alimentos e IPTU
Estado de Minas
Catorze horas de terror em assalto a joalheria
Diário do Nordeste
Fósseis de contrabando são leiloados em Paris
A Tarde
60 mil animais nas ruas e sem ação de controle
Extra
Jobson cai na noite e Botafogo faz exame toxiocológico no craque
Zero Hora
Propaganda recomeça sob polêmica religiosa
* Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Inquérito localiza guardas dos EUA vinculados ao Taleban
The Times (Reino Unido)
Deixem o Reino Unido aberto aos melhores pesquisadores, dizem cientistas
The Guardian (Reino Unido)
Barack Obama é acusado de exagerar os alertas terroristas para obter ganhos políticos
Le Figaro (França)
97 deputados pelo fim do ISF e do bloqueio fiscal
China Daily (China)
Relatório do FMI prevê um crescimento de 10,5%
El País (Espanha)
Nobel Vargas Llosa
Clarín (Argentina)
Obstáculos para controlar gestão fiscal são controlados.

NOTÍCIAS DO DIA

Crianças feridas em ataque de homens-bomba em santuário sufi são levadas a hospital em Karachi, no Paquistão; ao menos sete pessoas morreram e 65 ficaram feridas.
Majid Hussain/Reuters

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

COMO PODE !? !?

Aí eu me pergunto, como pode Marina Silva se juntar com a laia mais golpista do país ??? Como pode ela não assumir e recomendar o voto na candidata que representa a esperança do Brasil continuar caminhando para a abolição das desigualdades? Como pode Marina ficar em cima do muro dando chance para o ordinário golpista vendilhão e entreguista propagandear sintonia entre os programas tucanalhas com os programas do PV? Me perdo-e Marina Silva, mas neste segundo turno até aqui, você minúscula inocentemente feliz, fazendo o papel de serviçal do golpismo !!!

NOVA BAIXARIA

Veja vai atacar Dilma com a Petrobrás.
Este ordinário blogueiro soube que a última flor do Fascio, a Veja, virá esta semana com uma “reportagem” para destruir a imagem da Dilma.
É uma “denúncia” de que, no processo de capitalização da empresa – o maior lançamento de ações da História do Capitalismo – houve roubalheira.
A Dilma e o PT teriam se beneficiado.
Ou seja, um lançamento que foi acompanhado pela Bolsa, pela CVM, pela Bolsa de Nova York, pela SEC americana e por milhares de investidores estrangeiros não seria mais do que uma grande roubalheira – segundo essa publicação que se deixa cortar por uma vala negra.
A Petrobrás já ouviu esse galo cantar antes.
E está ponta para responder através de seu Blog.
Mas, de acordo com a estratégia da Lunus 2010, o que a Veja diz imediatamente vai repercutir pelo resto do PiG (*) e ancorar no teleprompter do Casal 45.
Nesta quinta feira à tarde, o presidente Lula e o presidente da Petrobrás, Sergio Gabrielli, participam da solenidade de ampliação do Cenpes – http://www.ufrj.br/pr/conteudo_pr.php?sigla=CENPES -, o mais importante centro de pesquisas da Petrobrás.
O PiG não conseguiu vender a Petrobrax.
Não conseguiu instalar a CPI da Petrobrax.
Não conseguiu entregar o pré-sal aos clientes do Davizinho.
Não conseguiu boicotar a emissão de ações da Petrobrás.
Agora, tenta desmoralizar a Dilma, com a Petrobrás.
O Brasil entrou no esgoto da banda larga – clik aki para ler “O Serra ganhou essa batalha”.
O ponto terminal desse esgoto é a eleição de 1989, Lula contra Collor.
O aparelho de som.
O aborto.
A mudança das cores da bandeira do Brasil.
O confisco da poupança.
O medo.
O Serra e seus agentes no PiG (*) são incansáveis.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Caroline Wozniacki mostra o troféu que ganhou na China por virar a nova número 1 do ranking após vencer a tcheca Petra Kvitova por 6/3 e 6/2.
PETAR KUJUNDZIC/REUTERS.

FALTA SORTE DE CAMPEÃO

O líder Fluminense tomou uma surra do Santos em casa, ou melhor, na nossa casa, no Engenhão. O vice-líder Corinthians perdeu de virada para o desesperado Atlético-MG, em Sete Lagoas. O Internacional, quarto colocado, não segurou o Ceará e também voltou derrotado para Porto Alegre. O Atlético-PR, o quinto na tabela, ficou no 0 a 0 com o Vasco, na Arena da Baixada, diante de 17 mil torcedores. E o Botafogo? Ah, o Botafogo, sexto colocado, foi na mesma linha e empatou com o Guarani em Campinas, pela 28º rodada do BR-10.
A diferença para o primeiro colocado diminui, diriam os ultra-otimistas, já que agora nove pontos separam o time de Joel do título brasileiro, mas a falta de vitórias inibe o sonho maior do torcedor alvinegro. E no horizonte começa a aparecer outra estrela, ou seria constelação? O Cruzeiro de Cuca vem numa crescente e se bater o combalido Goiás, hoje, no Serra Dourada, assumirá a segunda posição e o campeonato será outro nessas dez rodadas finais. A esperança é verde e o torcedor alvinegro precisa rezar para que a limitada equipe goiana aplique aquele sonoro 4 a 1 novamente!
Sem fazer contas ou especulações, embora o simulador do Globoesporte.com seja uma tentação, é possível dizer que o Botafogo lutará pela vaga na Libertadores-2011 até o fim. Joel Santana vem sofrendo com as limitações do elenco e com a quebradeira que agora parece atingir todos os setores da equipe. Herrera que machucou o ombro e não enfrenta o Palmeiras na próxima rodada foi o último lesionado de uma saga que começou no fim do primeiro turno.
A perda de Marcelo Mattos foi fundamental para desorganizar o sistema defensivo e a ausência de Maicosuel faz o meio de campo ser previsível. Basta ver que Leandro Guerreiro e Somália caíram de produção sem os fiéis amigos de tabela. O inexplicável afastamento de Jobson – a imprensa está louca para explicar – contribuiu para enfraquecer o ataque e a dupla Herrera-Loco Abreu vem fazendo uns golzinhos, mas não o suficiente para garantir os três pontos.
Aliás, Loco Abreu merece um capítulo à parte nessa história. O uruguaio anotou sete gols em oito jogos desde a volta da Copa do Mundo e não fosse o egoísmo de Caio esse número seria maior. Ontem, Loco perdeu um gol feito na pequena área, uma pena, mas lamentou o individualismo de Herrera e Caio que não tocaram a pelota em dois lances de contra-ataque.
No domingo, diante do Palmeiras de Felipão, no Engenhão, a torcida precisa incentivar e apoiar o time nessa reta final. Faltam apenas dez jogos e o campeonato está aberto, uma vitória e novo tropeço dos líderes recolocam o Botafogo no páreo. Duvida? Santos (7º) e Atlético-PR (5º) se enfrentam na Vila Belmiro, o Cruzeiro (3º) recebe o Fluminense (1º) e o Internacional (4º) pega o Atlético-MG que vem de duas vitórias seguidas. Muita emoção nos jogos desse fim de semana!
Vamos, FOGO!

PAQUISTÃO

Moradores passam por fumaça provocada por ataque de homens armados contra caminhões da Otan no Paquistão. Adrees Latif/Reuters
Com a derrota do Fluminense e do Corinthians, ontem à noite, o Campeonato Brasileiro ganhará contorno especial, se o Cruzeiro vencer hoje o Goiás no complemento da vigésima oitava rodada. Neste caso, o jogo de domingo, no Parque do Sabiá, em Uberlândia – Cruzeiro x Fluminense - poderia colocar o Cruzeiro, pela primeira vez, na liderança.
Com os resultados dos sete jogos de ontem à noite em que foram marcados quinze gols, o Fluminense permanece líder com 52 pontos e o Corinthians, vice-líder com 49. Se ganhar hoje do Goiás, penúltimo colocado, o Cruzeiro subirá para a vice-liderança, com 51 pontos, a apenas um ponto do líder.
Cruzeiro x Fluminense, domingo, em Uberlândia, ganhará contorno especial se o Cruzeiro vencer hoje porque irá decidir a liderança, pela primeira vez neste campeonato. O time ficaria com 51 pontos e o Fluminense com 52. A previsão é de uma rodada emocionante em que o próprio Corinthians, que também jogará às 16 horas com o Atletico Goianiense, no Pacaembu, poderá ganhar nova posição.
O Campeonato Brasileiro registra, até agora, 702 gols em 275 jogos. O atacante Jonas, do Grêmio, marcou três dos quatro gols da vitória de ontem à noite sobre o lanterna Grêmio Prudente, e ampliou a vantagem, com 17 gols. Ele tem a média de um gol por jogo e está a dois gols dos artilheiros do campeonato do ano passado – Adriano e Diego Tardelli -, que marcaram 19.

BOTAFOGO, SETE JOGOS SEM VENCER

Guarani e Botafogo usaram a cabeça, mas não souberam ganhar o jogo. Os gols, ambos de cabeça, foram de Diego Barbosa para o Guarani, aos 27, e Loco Abreu, aos 46, no último lance do primeiro tempo. Repetiu-se o placar do turno, no Engenhão, onde também no segundo tempo, como ontem à noite, em Campinas, o Botafogo teve muito mais volume de jogo e não aproveitou várias oportunidades para vencer. E ficou também tudo igual na estatistica: o Guarani ainda não perdeu para times do Rio e o Botafogo se mantém sem derrota nos jogos com as equipes de São Paulo.
O Botafogo completou sete jogos sem vencer: uma derrota e seis empates, igualando-se ao Vasco como o time que mais empatou neste campeonato (13 vezes). O sexto lugar foi mantido com 43 pontos e no próximo jogo, domingo com o Palmeiras, no Engenhão, o time poderá contar com a volta dos laterais Alessandro e Marcelo Cordeiro, que não jogaram ontem por estarem suspensos.
Jobson, que acompanhou o time a Campinas, não participou do jogo. Ele alega que continua sentindo dores no joelho e nega, com veemência, que tenha voltado a se envolver com drogas. Espera-se novo pronunciamento do clube sobre a situação do atacante, antes do jogo de domingo com o Palmeiras.
Guarani 1 x 1 Botafogo. Renda: R$ 53.783,00. Pagantes: 3.601. Presentes: 4.123. O árbitro gaúcho Carlos Eugenio Simon, o único brasileiro que atuou em três Copas do Mundo, teve atuação tranquila. O Guarani, com 34 pontos, caiu uma posiçãos: foi superado pelo Ceará e está em 13º lugar. O próximo jogo do Guarani será domingo, em Fortaleza, com o Ceará.
Em nome da verdade. Campanha de Dilma cria central oficial contra boataria.
O endereço oficial na internet da campanha de Dilma Rousseff, criou uma central onde qualquer pessoa pode conferir se um boato recebido por email ou de outra forma sobre ela é verdade ou é mentira.
OS PORÕES DA PRIVATARIA, não é hora de dizer?
BRASIL PRA FRENTE, DILMA PRESIDENTE.
Eu não sei o que o PT está esperando. Já comecei a ficar impaciente com esse marasmo. Pô, esfrega na cara deles essas comparações, saia fazendo alarde do que o zé (trólóló) Serra quer realmente. Esclareça e compare. Será que não tem ninguem aí pra fazer isso? Ou vamos ficar olhando o horizonte enquanto o PiG deita e rola? Oooooooooo campanhazinha mal orquestrada. Cardoso, Dutra o que vocês estão fazendo com o PT? Lula, acorda homem. Desanca o sarrafo nessa escumalha. Até o estadinho já deu a dica e voces não se mexem. Ou vocês já passaram pro DEMOTUCANOS ou PV e não avisaram a gente??

OS NOVOS JUDAS

A coisa mais maravilhosa na verdade é que ela tem uma capacidade inacreditável de brotar, a despeito do quanto busquem escondê-la sob a propaganda. Aliás, nem é preciso que a escavemos, busquemos nas entrelinhas. Não, ela surge, luminosa, nos momentos decisivos, quando uma coeltividade busca seus caminhos. O acessório, o ilusório, o modismo, tudo se dissolve e a realidade aparece.
Ontem, mesmo ainda meio baqueado, já havia dado para divisar a questão central contida na decisão que Nação irá tomar: se vamos continuar no caminho da afirmação soberana do Brasil – a qual passa, indispensavelmente, pelo desenvovimento humano – ou se iremos retormar nossa mal-disfarçada sina de colônia ajoelhada ante as esquadras financeiras da ordem neoliberal, o nome atual do colonialismo e da dominnação pelos países centrais.
Nem precisávamos te-lo feito. Como uma força irresistível, neste momento em que divisaram, graças às explorações mais abjetas e ao papel confusionista da candidatura Marina Silva, a própria direita o evidencia.
A capa do Estadão de hoje, que reproduzo ao lado, mostra que a direita, agora, não quer enfrentar Dilma. Está se achando capaz de enfrentar o que representou o Governo Lula.
Discussões como esta do aborto já deram o que tinham que dar. São lateralidades que serviram apenas – repito, com a tosca colaboração de Marina Silva – para encobrir a questão central. A este tipo de história, ao contrário do que vêm dizendo muitos dirigentes que estão ainda com a cabeça no que aconteceu nos últimos dias do primeiro turno, tem de ser afastado de plano, com um único argumento: ” em oito anos de governo, aponte um ato de Lula ou Dilma neste sentido, ou qualquer coisa que se assemelhe a discriminação religiosa. Não tem, não é?
E vamos direto ao que está em jogo: um Brasil que não se ajoelha, que voltou a se desenvolver, a gerar empregos, a valorizar os salários, a defender da cobiça internacional as nossas riquezas sempre espoliadas e, agora, este imenso tesouro de petróleo encontrado no pré-sal.
Aliás, o genro de FHC e assessor de Serra, Davi Zylbernstein, já deixou claro que as novas leis do petróleo devem ser revistas. Revistas para que fim? Para abrir o petróleo do pré-sal às multinacionais, para negociar, em troca de migalhas, a riqueza que pode ser a redenção do povo brasileiro.
Os marqueteiros vão torcer o nariz, mas temos logo que colar na testa desta gente o estigma que devem ostentar como traidores da pátria: entreguistas. Sim, pois é entreguistas o que eles são.
São, como o foi Fernando Henrique, verdadeiros judas da nacionalidade. Aliás, quem diz é o próprio FHC, Serra é mais vendedor do que ele e foi quam mais pressionou pela venda da Vale e de suas imensas reservas de minério brasileitro.
Se querem discutir religião, tomem logo este nome como padrão: Judas, o que entregou seus irmãos e Cristo por trinta dinheiros. Os judas de hoje são cheios de argumentos sofisticados, mas da parafernália midiática de que dispõe emerge, quando eles estão inflados de pretensão, a verdade cristalina sobre o que são.

SOBRE A VONTADE TRAIR

Por Carlos Chagas
Dizia o senador Benedito Valadares, de Minas, que “em eleição secreta dá uma vontade danada de trair...” Já imaginaram se no próximo dia 31 os eleitores do DEM resolverem votar na Dilma ou votar em branco para vingar-se das tentativas do alto tucanato de livrar-se do insípido candidato a vice, Índio da Costa? Porque esta semana a hipótese chegou a prosperar, mesmo condenada pelo ex-governador de São Paulo. Poder, pode. A lei eleitoral admite a retirada de candidatos e sua substituição, às vésperas da eleição, por impedimento físico ou vontade pessoal.
O principal argumento para a manutenção do silvícola na chapa oposicionista foi precisamente baseado em Benedito Valadares: mandar o candidato a vice de volta para a selva seria abrir a possibilidade de perder preciosos votos do partido aliado. Traição com traição se paga...

AUMENTARÁ A ABSTENÇÃO?

Por Carlos Chagas
Admite-se uma convenção extraordinária do Partido Verde visando decidir para quem irá a maioria dos votos conquistados por Marina Silva no primeiro turno. Pode ser que não adiante nada, que os nossos caciques ambientalistas se dividam entre Dilma e Serra. Também, se mesmo por milagre, em uníssono, os convencionais optassem por um dos dois candidatos, qual a garantia de que os eleitores de Marina cumpririam a decisão?
Enquanto os verdes não se decidem, aumenta o risco de abstenção por parte dos que votaram na senadora acreana. Não quiseram nem Dilma Rousseff nem José Serra, por isso escolheram Marina. Poderão continuar não querendo.
A abstenção domingo passado chegou a 24,6 milhões de eleitores. Como a terceira candidata recebeu quase 20 milhões de votos, já imaginaram se resolvem agregar-se? Claro que jamais 40 milhões de ausentes, mas 30 já seria um desastre.

SÓ DEPENDE DO SUPREMO

Depende do Supremo Tribunal Federal acabar com a confusão sobre a validade da lei ficha limpa e dar destino aos milhões de votos conquistados por 208 fichas sujas nas eleições de domingo. Basta um ato de vontade para fazer entrar em pauta um dos múltiplos recursos de candidatos que tiveram negados seus registros mas puderam ser votados. Filigranas jurídicas e ausência de prazo para a mais alta corte nacional de justiça dirimir essa dúvida fundamental transformaram-se numa caixa preta cada vez mais difícil de ser aberta, dado o empate de 5 a 5 entre seus ministros, na apreciação da matéria.
Só como piada pode-se aceitar o raciocínio de que, para decidir, o Supremo deve esperar a nomeação, pelo presidente Lula, do décimo-primeiro ministro do Supremo. Até porque seria delegar a solução do impasse ao chefe do governo, abdicando o Poder Judiciário da maior de suas atribuições, no caso, de interpretar a Constituição. Quem o Lula convidasse para desempatador chegaria ao plenário com a decisão tomada e conhecida, quem sabe até pelo palácio do Planalto.