sábado, 9 de outubro de 2010

AÉCIO NEVES

Aécio Neves está diante dessas grandes encruzilhadas que surgem na vida das pessoas. Terá de escolher entre a tradição ilustrada de seu avô, que aponta para o futuro, e a tradição obscurantista dessa Opus Dei que há muito governa a direita brasileira.
Flávio Aguiar.
Há um momento na vida das pessoas em que elas chegam as grandes encruzilhadas.
Aécio está diante de uma dessas. Para o passado e para o futuro.
No passado recente, vê a face do seu avô. Um político que acreditava na política, que era um homem da ilustração, da educação, de acreditar no Brasil enquanto Brasil. Era da elite, não elitista.
Agora, querem lhe enfiar goela abaixo esse Brasil retrógrado, elitista, sem rumo, da coligação José Serra.
Para o futuro, se for por aí, Aécio vê o Brasil subserviente, beija-mão de impérios, herdeiro do escravismo, um Brasil e um Aécio sem futuro.
Tão se futuro que G. Alckmin já anunciou: vai acompanhar Serra em toda a sua campanha nacional.
Para quê?
Ora, para neutralizar quem queira ser herdeiro da derrota ou da vitória.
No momento, Aécio periga ser herdeiro de uma manobra retrógrada. Fala-se que Dilma não conseguiu a vitória no 1o. turno devido aos evangélicos,e aos desiludidos.
Mas também se diz que a Igreja Católica, em S. Paulo, se alevantou firme contra ela, nas homilias domingueiras.
Isso quer dizer uma coisa: Opus Dei, aquela comandada por sustendadora de Geraldo Alckmin. Só alguma organização política desse calibre poderia coordenar uma campanha desde os púlpitos contra a candidata vista como do demônio (ainda mais, uma mulher!).
Pois é entre isto e aquilo que Aécio terá de escolher: entre a tradição ilustrada de seu avô, que aponta para o futuro, e a tradição obscurantista dessa Opus Dei que há muito governa a direita brasileira.
Aécio que escolha. E que se cuide.

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