sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CARA NOVAS

Se os tais religiosos estão apenas exercendo o livre arbítrio e respeitam o Estado laico, como defende muitos, porque, então, eles não aceitam a liberação do aborto? Ora, isso não é obrigar que todos sigam a orientação religiosa? Se o estado é laico mesmo, que permita as mulheres que não seguem tais visões religiosas tenham a prerrogativa do aborto, pois este é uma realidade e uma questão de saúde pública. Alguns religiosos são fundamentalistas, sim, e têm que aceitar que não são todos que pactuam com sua visão de mundo e orientação moral. Fora isso, não se pode esquecer da história fascistoide de certas facções religiosas, só para facilitar a sua enrolação e manipulação retórica e argumentativa.
Os indivíduos contrários ao aborto se apegam a dogmas fundamentalistas, mas a origem do combate ao aborto não está na defesa da "vida" como buscam argumentar, mas na defesa da propriedade.
Me explico. Durante o período escravidão no Brasil a igreja proibia o aborto por ser parceira dos escrevocratas, uma escrava ao abortar dava prejuízos aos seus proprietários e não garantia a continuidade da escravidão, talvez esteja aí a resposta porque a América Latina é o único bastião que combate o aborto.

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