sábado, 21 de janeiro de 2012

SOPA/PIPA ?!?!

Os maiores piratas do mundo, que acham que o genocídio é um direito democrático, estão contra a pirataria.
Posso rir?
O líder da maioria no Senado americano, democrata Harry Reid, decidiu adiar a votação do projeto de lei conhecido como PIPA (Protect IP Act, ou Ato de Proteção à Propriedade Intelectual). Ele foi tão criticado na internet e o protesto na rede tão eficiente que os políticos, democratas e republicanos, pisaram no freio. Para explicar a decisão, Harry Reid deixou bem claro de onde vem a pressão em favor da lei:
- Não existe motivo para não resolvermos os problemas legítimos apontados por tantos, a respeito do projeto de lei. A pirataria custa bilhões de dólares à economia americana e milhares de empregos todo ano. A indústria de cinema, sozinha, emprega mais de 2,2 milhões de pessoas. Nós temos que tomar uma atitude para barrar essas práticas ilegais.
Mas a votação, que estava marcada para a próxima terça-feira, saiu da pauta do Senado e não tem data, ainda, para voltar ao plenário.
Na Câmara, o projeto semelhante, conhecido como SOPA (Stop Online Piracy, que pode ser traduzido como Barre a Pirataria Online), segue o mesmo caminho e pode ser engavetado. O autor do SOPA, Presidente da Comissão de Justiça da Câmara, deputado republicano Lamar Smith, disse que vai reconsiderar o texto do projeto de lei e garantiu que ele não será apresentado para votação até que haja um amplo consenso a respeito da melhor maneira de se lidar com o problema da pirataria na internet.
SOPA e PIPA têm como alvo a propriedade intelectual na internet. Mais especificamente, o que é considerado pirataria de sites estrangeiros. Aprovação deles como estão vai cercear a liberdade de expressão na internet

É NO BRASIL INTEIRO

CAMPEONATO CARIOCA

Campeonato Carioca de 2012, com dezesseis times em dois grupos, começa amanhã e termina dia 13 de maio. No primeiro turno – Taça Guanabara -, os times do mesmo grupo se enfrentam. No segundo turno – Taça Rio -, o confronto dos grupos. Só não haverá decisão se um time ganhar os dois turnos.
Grupo A - Botafogo, Flamengo, Madureira, Olaria, Bonsucesso, Nova Iguaçu, Resende e Macaé. Grupo B - Fluminense, Vasco, Bangu, Duque de Caxias, Volta Redonda, Boavista, Friburguense e Americano.
Amanhã, três jogos às 17 horas: estádio do Bangu - Fluminense Friburguense. Árbitro: Leonardo Garcia Cavalheiro. No estádio do Madureira - Madureira Macaé. Árbitro: Marcelo de Lima Henrique. No estádio do Olaria - Olaria Nova Iguaçu. Árbitro: Diego da Silva Lourenço. Às 19h30m, no Engenhão - Flamengo Bonsucesso. Árbitro: Vagner Nascimento Magalhães.
Domingo, três jogos às 17 horas: em Macaé - Vasco Americano. Árbitro: Rodrigo Nunes de Sá. No estádio do Bangu - Bangu xVolta Redonda. Árbitro: Graziani Maciel Rocha. No estádio do Boavista - Boavista Duque de Caxias. Árbitro: Marcos Pacheco. Às 19h30m, no Engenhão - Botafogo Resende, Árbitro – Vagner dos Santos Rosa.

ONTEM E HOJE

OS ESTREANTES

Os dois estreantes do Botafogo no Campeonato Carioca, amanhã, às 19h30m, no Engenhão, com o Resende, não escondem a ansiedade. Um deles, do lado de fora, o técnico Osvaldo de Oliveira, que embora nascido no Rio, pela primeira vez vai comandar um time no campeonato estadual. Ele está voltando de cinco temporadas no Japão, plenamente vitorioso no Kashima Antlers.
Osvaldo de Oliveira, campeão mundial no Corinthians, em 2000, no Maracanã, vencendo o Vasco nos pênaltis, chega ao Botafogo com a base de 2011 montada e o reforço de Andrezinho, com quem trabalhou há oito anos no Flamengo. O técnico, de reconhecida competência, quer recolocar o time no caminho dos títulos e de volta à Copa Libertadores ganhando a Copa do Brasil.
Andrezinho ganhou títulos no Internacioal, que defendeu nos últimos quatro anos. De volta ao futebol do Rio, mostra-se confiante em um ano de conquistas e garante que o elenco do Botafogo, com um ou outro ajuste, tem condições de alegrar muito a torcida: “O clube tem boa estrutura e o grupo é de qualidade” - garante o meio-campo, aos 28 anos, exímio nos passes e nas faltas.
O time que estreia amanhã: Jeferson, Lucas, Antonio Carlos, Fabio Ferreira e Marcio Azevedo; Marcelo Matos, Renato, Maicosuel e Andrezinho; Elkesson e Loco Abreu. Dezenove vezes campeão carioca, o Botafogo é o único dos grandes que nunca foi tricampeão, apesar de ter chegado perto nos bicampeonatos de 61-62, 67-68, 89-90. O último título foi em 2010.
 O Botafogo é o único que teve três artilheiros consecutivos nos dez últimos campeonatos:Dodô com 9 em 2006 e com 13 gols em 2007; Wellington Paulista com 14 em 2008 eMaicosuel com 9 gols em 2009.
A situação do lateral-esquerdo chileno Rojas, que apresentou problema no exame cardiológico ainda não está resolvida. O Botafogo pediu novo exame e a compra do jogador da Universidad de Chile depende do parecer médico
Tom Jobim dispensa palavras
Ruy Castro, na Folha de São Paulo.
Caso raro no cinema brasileiro, as palavras não têm do que se queixar nos filmes de Nelson Pereira dos Santos. Eles são escritos com capricho, há uma permanente busca de verniz “literário” por trás da dinâmica visual e, não por acaso, ninguém até hoje adaptou tão bem Machado de Assis, Graciliano Ramos e Nelson Rodrigues. Aliás, trata-se de um cineasta com assento na Academia Brasileira de Letras, e perfeitamente à vontade nela.
O paradoxal é que, quando Nelson resolve fazer filmes sem palavras, também atinge pontos altos.
Foi o caso de “Vidas Secas” (1963), em que 90% do filme transcorre em opressor silêncio -e poucas vezes um filme brasileiro “disse” tanto. Agora é “A Música Segundo Tom Jobim”, com imagens de arquivo em que cantores e instrumentistas interpretam Jobim, sem uma única linha de texto.
Não há narração em “off”, nem “talking heads” dizendo platitudes, nem os artistas dialogando banalidades. Não há nem sequer caracteres com os nomes dos intérpretes, títulos das músicas e datas das imagens, exceto no final, quando rolam os créditos. As únicas palavras no filme são as das letras das canções. Foi uma opção de Nelson e de sua codiretora Dora Jobim, neta de Tom -apostaram tudo na força da música.
Apostaram e ganharam. A ordem das canções é cronológica ou quase, mas a alternância de interpretações antigas e modernas provoca surpresa e encantamento durante 86 minutos -são constantes os suspiros e exclamações da plateia. Revela também a eternidade daquela música e de seus intérpretes. Os cortes de cabelo, o estilo das sobrancelhas, a largura das lapelas, tudo pode ter mudado, mas não há ninguém datado ali.
Como pode ficar datada Elizeth Cardoso cantando “Eu Não Existo sem Você”, tendo ao violão um jovem e atento João Gilberto? Ou Sylvinha Telles em “Samba de uma Nota Só”, Nara Leão em “Dindi”, Maysa em “Por Causa de Você”? Ou o pianista Erroll Garner em “Garota de Ipanema”? E qual o melhor “Insensatez”? O de Alayde Costa, na aurora da bossa nova, em 1959, ou o de Judy Garland, perto de sua morte, dez anos depois? Os pontos altos são muitos. O “Águas de Março” de Tom e Elis Regina. Cynara e Cybele cantando “Sabiá” no Maracanãzinho, em 1968. Diana Krall, Jane Monheit e Stacey Kent provando a perene contemporaneidade de Jobim. E o próprio Tom, em muitas sequências, buscando a magia secreta de cada acorde, como se não tivesse sido ele que a produzira.

COMO ASSIM ??

É MUITA CONTAS

AUMENTO DA PASSAGEM DE ÔNIBUS

Curioso como esperamos que o comportamento do preço das passagens devam obedecer a variação da inflação e não as “flutuações de preço do petróleo e seus derivados”, que juntos representam o maior custo das empresas de transporte.
O engraçado é que todo mundo defende redução de impostos pra baratear os custos.
Aí teve duas reduções de impostos, que possibilitaram reduzir e muito o percentual de aumento das passagens de ônibus.
Aliás, se a renda está tão alta como é que muita gente ainda tá nessa sub-vida de andar de ônibus? Com essa super renda, não era pra todo mundo estar dirigindo seu "Camaro" pelas ruas da city?
Onde é que o brasileiro está investindo todo esse dinheiro?
Ou deveríamos estar orgulhosos de termos dinheiro para pagar um preço alto pelo transporte, coisa que nem os europeus estão podendo, dado o seu alto nível de empobrecimento?

EM ANO DE ELEIÇÕES

Fico aqui rindo da histeria dos moribundos demo-tucanos.
Já que vocês gostam tanto de falar em corrupção, por um caso já leram a respeito da privataria tucana? Bom, acho que não leram, porque na imprensa golpista não deu uma linha... Qual vai ser a estratégia pra 2014? Ainda bem que a maioria não se deixa corremper pela imprensa-lixo de São Paulo.
Presidenta, eu desejo que você vença os lobos, os gaviões, as raposas. Eu desejo que você conquiste o espaço que drible e te dê a vitória no xadrez... mas prá isso acontecer o seu olhar técnico aliado a capacidade de 'engolir sapos' e se coligar com gente pública que não se importa com o público... terá de ser mordaz, sagaz, eficaz e bem mais astuto que das ditas raposas velhas.
Você vencerá?! Eu espero que sim, só não sei como ... para todos que estão insatisfeitos, eu como BRASILEIRO convido a TODOS a se mudarem do BRASIL... não esta feliz com a melhora do Brasil ... se mude para outro melhor .. e não precisa dar tchau, nem apagar as luzes.. há e por favor NÃO MANDEM NOTICIAS ...
A presidente Dilma Rousseff atingiu no fim do primeiro ano de seu governo um índice de aprovação recorde, maior que o alcançado nesse estágio por todos os presidentes que a antecederam desde a volta das eleições diretas.
Segundo pesquisa Datafolha, 59% dos brasileiros consideram sua gestão ótima ou boa, enquanto 33% classificam a gestão como regular e 6% como ruim ou péssima.
Ao completar um ano no Planalto, Fernando Collor tinha 23% de aprovação. Itamar Franco contava 12%. Fernando Henrique Cardoso teve 41% no primeiro mandato e 16% no segundo. Lula alcançou 42% e 50%, respectivamente.
O Datafolha ouviu 2.575 pessoas nos dias 18 e 19 de janeiro. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Petrobras bate recorde de produção e reservas comprovadas.
Em 2011, estatal brasileira aumenta produção diária de petróleo e gás em 1,6%, para 2,376 milhões de barris. Reservas comprovadas sobem 2,7% e atingem 16,4 bilhões de barris. Exploração continua concentrada no Rio de Janeiro, que responde por 68% do total. No exterior, empresa extrai 10% dos barris.
A Petrobras, maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo, terminou 2011 com novo recorde de produção e uma quantidade também inédita de reservas comprovadas.
A produção diária média de petróleo e gás natural no ano passado cresceu 1,6% na comparação com 2010, atingindo 2,376 milhões de barris, segundo informações divulgadas pela estatal nesta quinta-feira (19).
Dias antes, a companhia já havia anunciado que suas reservas provadas de petróleo haviam subido 2,7% ao longo do primeiro ano de mandato da presidenta Dilma Rousseff, totalizando 16,4 bilhões de barris.
Depois da descoberta de petróleo na camada do pré-sal pela Petrobras, o Brasil tornou-se o país que dá a maior contribuição para o aumento das reservas internacionais e o décimo quatro estoque mundial – o ranking é liderado pela Venezuela.
Da produção atual da Petrobras, a maior parte está no Rio de Janeiro, que responde por 68% dos barris diários, seguido por Espírito Santo (14%) e Amazonas (5%). O exterior – a estatal explora na África, América do Sul e América do Norte - colabora ainda com 10% da produção.
** Serra e o Brasil, um desacordo permanente :"... Em essência, ao término do seu primeiro ano de mandato pode-se dizer que o Governo Dilma ainda não começou. Não se sabe ainda a que veio,  quais seus rumos..." (José Serra; 'Estadão 22-12-2011).
** "59% dos brasileiros consideram o 1º ano de Dilma ótimo ou bom, enquanto 33% classificam a gestão como regular e apenas 6%  avaliam esse 1º ano como ruim ou péssimo" (Data-folha 21-12-2012).
** 'Carta Maior/Cursos & Debates': "O crepúsculo neoliberal, o horizonte da esquerda e o déficit de democracia"
** em Porto Alegre, no Forum Social Mundial
** mesa: Luiz Gonzaga Belluzzo, Mario Barkum (marxista argentino), Samuel Pinheiro Guimarães e Ignacio Ramonet.

PROVÍNCIA DE SÃO PAULO


Há muito que aprofundar na análise do enclave conservador em São Paulo.
Com certeza, é entre os paulistas é que as diferenças sociais se apresentam mais visíveis. E onde se alimentam com mais facilidade, os preconceitos contra nordestinos e outros brasileiros pobres, que para lá migraram, em busca de um futuro melhor - ilusões do capitalismo, que não se realizaram, para 99,9% destes.
Na formação histórica do País, há que se esclarecer, como a 'locomotiva' da nação acumulou capital e outros recursos, para ser o que é hoje - espaço de formidáveis deseconomias de escala. Há que ser lembrado o papel do nordeste, no 'ciclo da cana-de-açúcar' - que segundo Celso Furtado, foi a região que gerava o maior excedente econômico do mundo. Por aí começa o papel paulista, nas relações de troca internas no Brasil - excentes da balança de pagamentos e diferenças nas relações de troca, com as regiões produtores de bens primários.
Nisto, o interior do próprio estado, também contribuiu.
O estado, do Paraná, também deu a sua quota, nos ciclos da madeira e do café.
O 'desenvolvimentismo' de JK, não só instalou Brasília com esses excedentes, mas financiou a instalação do grosso do seu parque industrial. O 'puder' paulista, também ajudou a sacramentar a alienação das estatais, a troco de migalhas, nas eras Collor e FHC.
Já é demais, não é ?

REFORMA MINISTERIAL

O corner conservador em São Paulo.



Em 2004 quando disputou a Prefeitura da cidade, José Serra tinha um índice de rejeição de 11%. Hoje, 35% dos eleitores de São Paulo, segundo o Datafolha, querem vê-lo longe da administração municipal. Há razões para acreditar que o rechaço pode crescer.
Beneficia-se o tucano atualmente do silêncio obsequioso da grande mídia em relação ao seu envolvimento em casos de corrupção fartamente documentados no livro de Amaury Ribeiro Jr, 'A Privataria Tucana'. No horário gratuito, o lacre derrete. Os dados levantados por Amaury colocariam em saia justa não apenas o eventual candidato e a família.
Outros tucanos de alto coturno tem justos motivos para preocupação, razão pela qual muitos fingem apoiar a candidatura Serra, torcendo pela desistência. Em relação a Kassab, o patrimônio eleitoral tampouco encoraja. Em dezembro, segundo o Datafolha, 49% dos eleitores advertiram: não votam em nenhum candidato apoiado pelo alcaide. Outros 40% tinham de sua gestão um veredito taxativo: péssima ou ruim.
As chuvas de verão apenas começaram. O contraste com o cacife de Eduardo Paes, por exemplo --o atual prefeito do Rio é aprovado por 68% dos eleitores, sendo que 46% consideram ótima ou boa sua administração-- deixa no ar a seguinte pergunta: afinal, o que Kassab foi oferecer a Lula, apoio ou encosto?
O corner conservador explica o vale-tudo desordenado para enfrentar o desafio da Cracolândia, agora reforçado pela presença de máquinas e demolições cinematográficas, feitas a toque de caixa. A aposta do conservadorismo parece considerar que uma vitória ali teria visibilidade suficiente para ocultar o seu imenso déficit de nomes, de projeto e de credibilidade na maior cidade do país, vitrine não propriamente confortável de uma irrelevância histórica cada vez mais ostensiva
Parece acreditar também que o eleitor é adestrável, a ponto de aceitar a viseira de uma eleição monotemática do tipo 'nós contra o tráfico e o resto'. A fórmula foi testada antes em equações do tipo 'nós contra o mensalão' e, mais recentemente, no bordão 'nós contra a terrorista herege, a favor de matar criancinhas'. Os resultados falam por si.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ORGIAS POLITICAS

MOVIMENTAÇÕES SUSPEITAS

INDEPENDÊNCIA SÓ NO FIM DO ANO

Por Carlos Chagas
Alguns motivos terão levado a presidente Dilma a restringir a reforma ministerial ao preenchimento apenas de vagas em aberto, se é que algum dia pretendeu mudanças ampliadas em sua equipe de governo.
O maior terá sido a avidez com que os partidos da base oficial lançaram-se à perspectiva de um troca-troca do qual pretendiam sair reforçados. O jogo de pressões tinha começado, podendo até abalar a solidez do esquema parlamentar do governo. PMDB e PT imaginaram avançar nos ministérios das Cidades, do Trabalho, dos Transportes e da Agricultura. O PP ameaçou sair da base caso perdesse o ministério das Cidades, mesmo disposto a sacrificar Mário Negromonte. O PR aproveitou para forçar saída de Paulo Silva, desde que mantivesse o ministério dos Transportes.
Quaisquer que fossem as opções de Dilma, o quadro de resto já precário seria desarrumado. Além de a presidente não poder evitar a imagem de continuar prisioneira dos partidos e do fisiologismo, além da sombra do Lula, que mesmo sem pretender transforma-o em condômino do poder.
Sendo assim, Dilma ficou com as substituições já efetuadas ao longo de 2011, na Casa Civil, na Defesa, no Turismo, na Agricultura, nos Esportes e no Trabalho, além do roque entre Coordenação Política e Pesca, optando apenas por nomear os novos ministros da Educação, da Ciência e Tecnologia, do Trabalho e da Política para Mulheres. Salvo engano, é claro, porque apenas na próxima semana as mudanças serão anunciadas.
Parece certo que Aloísio Mercadante irá para a Educação, provável que Marco Antônio Raupp será ministro da Ciência e Tecnologia e possível que Vieira da Cunha para o Trabalho, ignorando-se quem seria nomeada ministra da Política para Mulheres. Não sobrevindo surpresas, em especial nas Cidades, resume-se a isso a reforma ministerial. 2012 por enquanto não será o ano da independência. Talvez possa ser depois de conhecidos os resultados das eleições municipais de outubro.
Uma nuvem de tranqüilidade paira sobre o ministério, parecendo que não vai chover na próxima terça-feira, quando da reunião da equipe inteira com a chefona. Entre mortos e feridos, salvaram-se todos, ou quase.
A pergunta que se faz é sobre as diretrizes de governo para o ano em curso, tema que prende mais as atenções da presidente da República do que a reforma ministerial.
Maldito sono
Se o Ocidente não adotar medidas imediatas e eficazes para frear o avanço chinês, em pouco tempo não haverá mais indústrias fora da China. Quem não se adapta, desaparece. É necessário urgência. A China avança asustadoramente. Segundo li, esse país compra mega latifúdios num certo país de tolos.
Para quê?
Hoje, tudo que se compra é chinês.
Se o parque industrial ocidental for aniquilado, seremos escravos dos "chinas". A terra do dragão saiu da milhonésima posição para a de 2.ª economia mundial.
O que fará quando dominar o comércio mundial e quando comprar todas as terras disponíveis?
Por que só o Beira-mar e Marcola estão presos?
Eu acho que além dessas almas sebosas estarem no seu local de origem, também deveriam ir fazer companhia os políticos que roubam e matam as pessoas nas filas de hospitais e nas escola.
Aquele que rouba com a certeza da impunidade só porque tem grana, age pior que os verdadeiros bandidos. Grana da corrupção é cruel e desumano.
O PMDB é brasileiro?
Ontem à noite fiquei embasbacado com o programa político do PMDB.
As lideranças rasgaram tantos elogios entre si e as ações do partido pelo imenso Brasil que, por um momento, pensei que eu estava assistindo um programa político da Dinamarca, Finlândia, Suécia etc.
Um dos deputados teve a audácia de afirmar que o PMDB está preparando o Brasil para ser "o melhor lugar do mundo para se viver".
Só então percebi que que o programa era dirigido aos donos do Brasil: Fernandinho Beira-mar, Marcos Camacho (Marcola) e toda a orda de ladrões, traficantes, assassinos, corruptos e marginais de todas as esferas políticas.
Para esses, o Brasil está cada dia melhor!
Negros discriminados e humilhados
Nos Estados Unidos da América, país considerado exemplo de Democracia, mas onde existia e existe Racismo, quem não lembra da organização de extrema direita Nazista a KLU KLUX KLAN? Que matava, aterroriza negros, é bom lembrar que em alguns estados do Sul dos EUA até a década de 60 do século XX os negros só podiam sentar nas últimas poltronas dos ônibus mesmo que estes tivessem vagos.
As poltronas da frente eram reservadas ao brancos considerados Raça Superior e foi exatamente nestes estados que foram criadas cotas racias nas Universidades.
Então, porque este estranhamento com estas cotas no Brasil?
Democracia Racial aqui é uma balela.

SÃO SEBASTIÃO

R$ 80 bi é essa a cifra bilionária que os políticos roubam do povo, todo ano, gente é muita grana, isso resolveria o drama do SUS, da Educação, da segurança, e boa parte desse dinheiro não volta nunca mais.

SAÚDE PÚBLICA

O problema da saúde está apenas (re)começando.
Atentem para a divisão das verbas destinadas ao saúde pública.
A parte do leão fica com o governo federal, estados e municipios devidem as sobras, cabendo, por tabela, a maior responsabilidade aos municipios - não importa o seu tamanho, número de habitantes e sua expressão econômica.
O importante que o governo Central mantém os senhores prefeitos no cabresto, vivendo com o chapeú perambulando por Brasilia.
Imagino milhares de municipios completamente desasistidos por uma rede de hospitais, rede de esgotos e água encanada.
De um componente os senhores prefeitos estão munidos: de ambulâncias para levarem os pacientes para os centros maiores.

AAA

Brasil aparece em estudo como segundo mais desigual do G20.
A Oxfam, entidade de combate à pobreza e a injustiça social presente em 92 países, lançou um estudo chamado “Deixados para trás pelo G20?”, onde revela que o Brasil é o segundo país mais desigual do G20. De acordo com a pesquisa, só a África do Sul fica atrás do Brasil.
O documento examina ainda a participação na renda nacional dos 10% mais pobres da população de outro subgrupo de 12 países, de acordo com dados do Banco Mundial. Neste quesito, o Brasil apresenta o pior desempenho de todos, com a África do Sul logo acima. A pesquisa afirma que os países mais desiguais do G20 são economias emergentes.
Além de Brasil e África do Sul, México, Rússia, Argentina, China e Turquia têm os piores resultados.

O CORNER CONSERVADOR EM SP

O corner conservador explica o vale-tudo desordenado contra o centro de drogas da Cracolândia, agora reforçado pela presença de máquinas e demolições cinematográficas, feitas a toque de caixa. A aposta do conservadorismo parece considerar que uma vitória ali teria visibilidade suficiente para ocultar o seu imenso déficit de nomes, de projeto e de credibilidade na administração da maior cidade do país.

PARANÓIA

ISSO É SÉRIO . . .

O Brasil é o país mais desigual do mundo.

FAMA CIBERNÉTICA

Não achei o comercial uma idiotice.
Essa frase foi o trampolim para o sucesso do empreendimento. Muito bem bolada a trama.
Isso foi criatividade.
O que parecia sem valor nenhum, aflorou como uma grande pedra angular no mundo da publicidade. É como uma conversa com um vizinho ou conhecido. Tipo assim: Seus filhos vieram para o Natal e Ano novo?
Vizinho: vieram sim , menos a Luiza que está no Canadá.
O que parecia sem valor nenhum transformou-se num diamante, isso é só uma brincadeira. Como "fenômeno", tem o mesmo valor de "cacilds", "ô da poltrona", "veeeenhaaa", e outras pérolas.
É um bordão, só isso. Não merece estudo nenhum.
Será que os opinadores, na verdade, não se conformam desse bordão ter vindo do povo, ao invés de vir da novela ou algum produto tele-comercial?
O fato é que a graça já acabou, sendo pelo desgaste, sendo pelas críticas inúteis ou mesmo pelo próprio objeto da piada, que quis aproveitar a fama e estragou-a . . . 
Lá pelos anos 80 quando discutíamos a Democratização da Comunicação não previmos as "consequências".
O que devemos agora é aprender a lidar com tanta facilidade de comunicação pra evitar que o resultado seja negativo.
Quem não conseguir acompanhar será "Menos".
Menos flexivel, menos aberto a novidades, menos curioso e menos endinheirado que a Luiza com a "fama cibernética" causada pelas redes sociais.

É OBVIO

Por Gilberto Dimenstein, da folha de São Paulo.
"Menos a Luiza" é uma idiotice?
Provavelmente Luiza é a primeira brasileira que virou celebridade nacional não por ter aparecido. Mas justamente por não ter aparecido. Foi alvo apenas de uma menção num comercial de um empreendimento imobiliário na Paraíba. Assim virou hit na internet. É uma idiotice? Não: essa brincadeira é um assunto sério.
Tão sério que mereceria um estudo aprofundado sobre como funcionam os meios de comunicação na era da internet. Um comercial de empreendimento imobiliário na Paraíba vira assunto nacional e faz da ausente Luiza uma celebridade. E, agora, ao voltar ao Brasil, desfila entre os famosos. São regras novas de difusão de informação, que os comunicadores não conhecem e não cansam de se surpreender.
Luiza também é reflexo de que como está se aprofundando o que muitos já chamam da era das celebridade. Gente que não faz nada ou quase nada --personagens do BBB, por exemplo-- e viram assuntos em todos os lugares. Não é só que viram assunto: suas opiniões são levadas em consideração e ocupam cada vez mais espaço. Talvez seja em parte reflexo da falta de interesse em assuntos coletivos?
O fato é que 'Menos Luiza' é qualquer coisa. Menos uma idiotice.
* A coisa está tão grave que até aqui nesta coluna Luiza apareceu.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NA LATA

Ratos no Senado.
Ladrões na Câmara.
Não deveríamos estar com o Congresso em recesso parlamentar?

INDICAÇÃOES !!!

Eles ganham, nós perdemos?
O PMDB ganhou um Ministério, o PT ganhará outro ou outros, o PR está na fila, o PP também e por aí vai.
Os partidos querem as "bocarras" do poder para assegurar vitórias eleitorais, com "boquinhas" para os seus. E o Brasil, quando ganhará Ministros que atendam o interesse público e cumpram os programas de Governo prometidos em suas campanhas?

ELIS REGINA

À exatos 30 anos morria Elis Regina, uma das maiores intérpretes da música popular brasileira, deixando um legado inestimavél e canções maravilhosas. Porém, não devemos esquecer que a sua vida, além da música foi regada por drogas, o que fez com que abreviasse sua estada entre nós.
Um péssimo exemplo para os jovens da época...
A favor das cotas: sou pardo claro, muitos da minha familia são brancos, mas sou totalmente a favor das cotas racias para a população negra. O Brasil tem uma dívida social muito grande com esta etnia que foi sequestrada,vendida como mercadoria e durante mais de três séculos trabalhou como escravo para uma classe dominante BRANCA.
A Abolição da Escratura na prática, apesar da boa vontade da Princesa Isabel, só aconteceu no papel.
No dia 14 de maio de 1888 milhões de negros e negras estavam "livres", mas analfabetos, doentes, sem terra e sem rumo, foi aqui que começou o inchaço das grandes metropoles com a ocupação das periferias e o surgimento das favelas.
** Portugal: a surra do sindicalista na mídia: 
** o mesmo jornalismo que engasga de gula ao saborear a posição do Brasil no ranking mundial de desigualdade omite, modestamente, sua contribuição para o feito, que não é pequena, nem noviça.
** duas participações recentes --a demonização do reajuste do salário mínimo e a cruzada contra o novo imposto para financiar o SUS-- mostram que ele tem créditos a receber.

QUEM GANHA ?!?


Casa sem pão todos brigam sem razão ! ! !

SOBRE A EXPULSÃO DE MIRACAPILO E VOLCKE

Por Carlos Chagas.
Para os naturais, nos tempos do Brasil Colônia, chamava-se  degredo. Depois, no recente período militar,  virou banimento, justificativa para definir os presos políticos mandados para o exterior em troca da vida de seqüestrados. Hoje, acabou. Cidadão brasileiro não pode mais ser mandado embora do país.
Para os estrangeiros, porém, continua valendo a expulsão, com a ressalva de que se casados com brasileiras, tendo filhos brasileiros, não podem ser expulsos.
Ignora-se o estado civil de Jerome Volcke, mas é certo de não ser casado com brasileira. Situa-se, assim, no rol dos estrangeiros que vivendo no Brasil, ou por aqui passando, devem ser expulsos por violar nossas leis ou adotar atitudes inconvenientes. Faz pouco voltou da Itália o padre Vito Miracapilo, expulso nos idos da ditadura castrense por se ter recusado a rezar missa de ação de graças pela passagem de mais um 31 de março.
Isso significa que se for expulso agora, quem sabe Volcke retornará daqui a 40 anos? Não menos, porque entre ele e Miracapilo a distância é imensa. Um sofreu a discriminação do obscurantismo, outro precisa ser mandado embora porque, além de discriminar o Brasil, está se mostrando o mais obscuro dos nossos visitantes.
O assessor principal da Fifa precisa ser expulso o mais breve possível, apesar de ontem ainda se encontrar entre Brasília, Fortaleza e Salvador, recebido com todas as honras e mordomias. Por que? Porque na presença do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, fez imposições ao Congresso Nacional e ao governo da República, exigindo que se vote imediatamente a Lei da Copa, de acordo com os interesses da entidade que representa. Usou expressões duvidosas, como “estar na hora de parirmos a lei” ou de que “o bebê tem que nascer imediatamente”.
Suas exigências são inaceitáveis, em especial quando ameaça com o cancelamento da realização da Copa do Mundo de 2014 em nosso território, caso governo e Congresso brasileiros não se curvem às suas determinações. Quais? Violar a lei, acabando com a meia-entrada para estudantes e idosos. Vender bebidas alcoólicas nos estádios, desde que seja a cerveja patrocinadora da Fifa. Estabelecer que nas avenidas e ruas que demandam os estádios se proíba expor e comercializar produtos variados que não os autorizados por sua entidade. Assumir nosso país os ônus e as indenizações de erros praticados pela Fifa durante a realização do certame.
Uma tropa de ocupação não faria melhor do que esse pretenso interventor, se quisesse sufocar nossa soberania e humilhar-nos perante o mundo. Volcke deve ser expulso imediatamente, como jamais deveria ter sido o padre Vito Miracapilo.
O SEGUNDO A SABER?
Ignora-se o conteúdo da conversa entre o vice-presidente Michel Temer e a presidente Dilma Rousseff, ontem. As indicações são de que ela participou a seu substituto as linhas gerais da reforma ministerial a se verificar nos próximos dias. Pode ser que sim, pode ser que não, mas se Temer já detiver o segredo das mudanças na equipe de governo, será a segunda pessoa. A primeira certamente foi o ex-presidente Lula, em encontro da semana passada.
Os pobres ministros à beira de um ataque de nervos aguardam a palavra do vice-presidente, quem sabe um gesto ou uma expressão facial, ainda que exista a hipótese dele saber tanto eles, ou seja, nada além da substituição de Fernando Haddad por Aloísio Mercadante.
FALTAM ARTIGOS NO DECRETO.
Louve-se o decreto assinado segunda-feira pela presidente Dilma, mudando o rito de licitação de outorgas para rádio e televisão, com mais exigências financeiras e técnicas. A partir de agora ficará mais difícil a políticos, deputados, senadores e seus laranjas obterem emissoras em troca do seu voto e do apoio ao governo no Congresso. Só participarão de licitações caso comprovem capacidade financeira e origem de seus recursos.
Trata-se de um bom começo, mas falta muita coisa. Por exemplo: a obrigação dos pretendentes às concessões em mãos de empresas falidas serem obrigadas a saldar suas dívidas, em especial as trabalhistas. Sem um plano de normalização dos débitos, nem poderiam candidatar-se. E se descumprissem o acordado, perderiam imediatamente a concessão. Numa palavra: são sucessores nos bônus e nos ônus, sem filigranas jurídicos...
FOGO AMIGO MAS NEM TANTO.
Queixou-se o renascido ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, de ter sido alvo de fogo amigo, nas últimas semanas, por conta das denúncias de irregularidades em seu ministério. Não deixa de ser singular esse diagnóstico, já que os amigos, em Pernambuco, parecem estar no Partido Socialista. Quem teria interesse nesse suposto bombardeio que só faria prejudicar os planos do governador Eduardo Campos? Ou está para acontecer o inevitável, ou seja, a declaração de guerra entre o PSB e o PT?

RAFINHA BASTOS

CARLINHOS (RODADO) BALA !?!

RICARDINHO DE TÉCNICO

CLASSIFICADOS . . .

AUDIÊNCIAS, EDREDONS E AIATOLÁS

O filme iraniano 'A separação', do diretor Asghar Farhadi, venceu o Globo de Ouro e é sério candidato ao Oscar. Assinado pelo mesmo Farhadi, o roteiro disseca as contradições afloradas a partir de um caso de divórcio --sim, há divórcio no Irã-- que expõe desencontros e colisões entre Estado, justiça,classes, poder religioso ubíquo e uma sociedade de nível intelectual e científico sabidamente diferenciado. O cinema extraído desse ambiente caleidoscópico reflete um braço de ferro existencial e político de tensão contemporânea e universal. Farhadi não é uma estrela solitária a esmiuçar essa nebulosa que inclui também olhares como os de Abbas Kiarostami e de seu antigo assistente, Jafar Panahi, detido recentemente pelo regime. A arte que eles produzem não tem nada de subserviente, embora roteiros e recursos percorram a via crucis das aprovações estatais, o que sugere a existência de vida inteligente e ecumênica ao lado de obscurantismo e opressão. Tampouco vem engrossar a servidão ética e estética do vale tudo contemporâneo em busca de audiência. O mais interessante é que o saldo não fica nada a dever em termos de receptividade. 'A separação' foi visto por um milhão de pessoas no exterior. E teve público de 3 milhões no Irã --coincidentemente, o mesmo número que marcou o 'recorde' de Ibope do BBB, após o polemico caso do 'estupro-esquenta-audiência'.A partir dele fomos apresentados ao rico repertório conceitual do sr. 'Boninho', um espécie de aiatolá do colosso formador da subjetividade nacional. Sobre privacidade, por exemplo, 'Boninho' é rigoroso em delimitar fronteiras: 'Não temos câmeras debaixo dos edredons". (Carta Maior; 5º feira;19/01/ 2012)

EURO

MONTILLO

DESPERDÍCIO . . .

PANTOMIMA OU TRAGÉDIA? III

Por Carlos Chagas.
Por volta do meio-dia daquele 25 de agosto, sexta-feira, pouco mais de cinquenta anos atrás, no palácio do Planalto começavam a transpirar rumores sobre a renúncia do presidente Jânio Quadros. Os reporteres Ari Ribeiro, do Estado de S. Paulo, e Edisio Gomes de Mattos, do Jornal do Brasil, sentiram que alguma coisa acontecia, depois de pequenos contatos com o secretário-particular, José Aparecido de Oliveira, e o secretário de imprensa, Carlos Castello Branco. Avisaram suas matrizes e a Rádio JB, no Rio, foi a primeira a divulgar a existência de crise.
O presidente já se retirara da sede do governo, despedindo-se das secretárias e funcionários de seu gabinete com um significativo “desculpem-me, desculpem-me”. Passou pelo Alvorada para pegar Dona Eloá e algumas malas que ela conseguira preparar, depois de avisada pelo telefone, e seguiu para a área militar do aeroporto da capital. José Aparecido ia junto, mas os jornalistas, ainda não.
Antes de embarcar, havia ordenado ao major Amarante, ajudante-de-ordens, que voltasse rapido ao Planalto para trazer a faixa presidencial, que havia esquecido. Assim foi feito, sem que ninguém imaginasse porque um presidente renunciante queria levar consigo o signo maior do poder.
Ao subir as escadinhas do avião, Jânio virou-se histrionicamente para o horizonte e falou alto, para os poucos que lá estavam pudessem ouvir e registrar: “adeus, cidade maldita! Jamais porei os pés aqui!”.
No começo da tarde, com o presidente voando para São Paulo, o marechal Odilio Denis, o almirante Silvio Heck e o brigadeiro Grun Moss estavam reunidos no ministério do Exército, na Esplanada dos Ministérios. Depois do choque, partilhavam de razoável indignação: como aquele homem pudera fazer uma coisa dessas? Onde estava o seu sentido de responsabilidade? Não imaginava a convulsão que causaria no país? Era doido mesmo e melhor para todos que fosse embora!
Daquela demorada análise da situação foram surgindo algumas decisões imediatas, como colocar as forças armadas de prontidão em todo o país, e outras embrionárias, como a de que o vice-presidente João Goulart não poderia assumir, “pois era comunista”.
Almoçavam o deputado Pedro Aleixo, líder do governo na Câmara, alguns amigos e o presidente da Light, quando toca o telefone. Da sala da UDN, Aliomar Baleeiro avisa Aleixo, que perplexo retransmite a informação aos demais. O presidente da Light se abre: “antes de vir para cá eu já estava sabendo”.
Em sua sala, na presidência da Câmara dos Deputados, Raniéri Mazzilli inteira-se dos boatos quando, do ministério do Exército, o marechal Denis pede-lhe respeitosamente que vá ao seu gabinete. Ao lado estava o deputado José Maria Alckmin, informado da renúncia, e eles combinam que Mazzilli irá no carro oficial, mas, logo atrás, em outra viatura, sem ser percebido, Alckmin, para ficar na espreita. Caso o presidente da Câmara não voltasse, ou demorasse muito, a sagaz raposa mineira entenderia ter sido ele detido e tomaria as providências cabíveis. Quais, ninguém soube, até porque não existiam. Iria o Congresso prender os três ministros militares?
A conversa durou pouco. Denis, Heck e Moss participaram a Mazzilli que ele deveria assumir de imediato a presidência da República, dada a viagem de João Goulart ao exterior. Era o substituto constitucional. Sem abrir o jogo, os ministros ponderaram as dificuldades para Jango ser empossado. O presidente da Câmara entendeu tudo, mas fez que não. No estacionamento do ministério, José Maria Alckmin junta-se a ele e vão conjecturando sobre o que fazer.
Como presidente do Senado e do Congresso, Auro de Moura Andrade toma as primeiras providências. Tinha-se tornado de aliado a adversário e, naquele período, a desafeto de Jânio Quadros. Eram ainda tempos em que dirigentes parlamentares tinham autoridade e mandavam. Auro telefona para o administrador do aeroporto de Brasília e determina-lhe anunciar, pelos alto-falantes, que todos os deputados e senadores prestes a viajar a seus estados retornassem ao Congresso. Ao mesmo tempo, proíbe o embarque de congressistas até com a suspensão dos vôos, se necessário. Sextas-feiras são sextas-feiras, na capital, o aeroporto estava cheio de representantes do povo. Todos voltaram.
Por volta de três horas da tarde o presidente do Senado é informado de que o ministro da Justiça irá visitá-lo em poucos minutos. De modo formal, Pedroso Horta entrega a Auro uma folha de papel com a frase mais simples e mais explosiva de quantas ele havia conhecido: “Neste dia e nesta hora, por este instrumento, renuncio à presidência da República. Ass. Jânio Quadros.”
Por que Horta seguia instruções precisas de Jânio, para só no meio da tarde fazer a comunicação? Porque àquela hora, imaginara o presidente, não haveria quorum no Congresso e a questão ficaria para segunda-feira, quando então o país estaria convulsionado e, pensava ele, com o povo nas ruas exigindo o seu retorno. Claro que como ditador ou sucedâneo.
Acontece que o sagaz político tinha sido péssimo advogado, sem que seus auxiliares suprissem a deficiência. A renúncia não tinha que ser apreciada, muito menos votada. Tratava-se de ato unilateral que produzia efeito imediatamente comunicado. Deputados e senadores nada teriam a fazer senão ouvir e preparar-se para os próximos lances constitucionais.
Auro de Moura Andrade ainda tentou obter informações ou análises de Pedro Horta, mas ele foi formalíssimo, dizendo haver cumprido sua missão de entregar o documento e retirar-se.
O presidente do Senado comunica-se com o presidente da Câmara enquanto os corredores, gabinetes e plenários do Congresso encontram-se fervendo. Os consticionalistas do PSD, com Gustavo Capanema e Oliveira Brito à frente, são peremptórios: Jânio não é mais presidente, pelo menos logo depois da leitura da renúncia.
A sessão especial do Congresso, convocada e realizada de forma meteórica, limita-se à leitura do pequeno texto, por Auro de Moura Andrade, que em seguida convida os presentes a comparecerem ao palácio do Planalto para prestigiarem a posse de Raniéri Mazzilli na presidência da República. Poucos parlamentares protestaram, a perplexidade era geral. Os governistas, como Pedro Aleixo, sentiam-se desprestigiados, pois deveriam ter sido informados com antecedência pelo presidente, para prepararem a defesa e a preservação do poder. Agora, tudo ficaria em mãos do PSD, partido derrotado nas urnas por Jânio mas elevado ao poder por um golpe do destino.
Na base aérea de Cumbica, onde aterrissara o avião presidencial, Jânio é informado pelo rádio do piloto do que acontecia em Brasília. Nega-se a deixar a aeronave, cujo calor do estacionamento torna-se insuportável. Está avançado em doses de uísque, não quer falar com ninguém e fica sem ação ao saber que o Congresso está reunido para consagrar sua fuga do poder. Como poderia ter acontecido aquele desastre? O que falhara? Quem o traira, se todos ignoravam a trama de um homem solitário?
Do outro do mundo, em Cingapura, depois de um tour noturno pela cidade, João Goulart recolhera-se à sua suite. São quatro da madrugada lá, mas aqui, quatro da tarde do dia anterior. O senador Barros Carvalho, integrante da comitiva, é acordado por telefonema de um repórter da Associeted Press, de Paris. A telefonista do hotel não quis passar a ligação para a cabeceira do vice-presidente. Assim, escolhera alguém da comitiva. O senador acorda o deputado Franco Montoro, do PDC, e ambos tomam coragem para despertar João Goulart. De imediato reúnem-se todos na suite de Jango, assustados. Barros Carvalho liga para o serviço de bar. Pede que subam taças e garrafas de champagne. A euforia sucede o susto e alguém faz o primeiro brinde, ao novo presidente do Brasil. Jango, velho vendedor de bois, apesar de seus 43 anos, prefere brindar ao imponderável. Inicia-se outro capítulo de uma das mais trágicas novelas de nossa História, mas seu relato fica para outro dia.

BARRICHELO

FMI fará novos emprestimos à Grécia
O Fundo Monetário Internacional (FMI) vai negociar com a Grécia um novo empréstimo. Trata-se de uma parte do plano de ajuda que foi concedido pela zona euro a Atenas no final de outubro. O país está em uma grave crise financeira e com dificuldade de equilibrar a dívida pública. Desta forma, o governo adotou medidas de austeridade fiscal que têm levado a manifestações e greves no país. No final do ano passado, a Grécia chegou a dizer que poderia sair da zona euro caso não recebesse ajuda financeira. Segundo o ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, a decisão sobre o empréstimo foi tomada ontem (18) em uma reunião informal com a administração do FMI em Washington, nos Estados Unidos. “Foi dada autorização para os quadros do FMI iniciarem negociações com a Grécia para o novo programa de ajuda, que se junta a um primeiro plano UE-FMI de apoio à Grécia decidido em maio de 2010”, disse

TAXA SELIC

OAB-RJ quer que Coaf revele nome de doleiro envolvido no caso do TRT
O presidente da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous protocolou hoje no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) pedido para que o órgão identifique o servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, apontado em relatório do Coaf, e que seja informada se há investigação em curso ou já concluída, detalhando o seu estado atual e eventuais decisões já proferidas. Em seu ofício, Damous lembra que, baseado em informações do presidente do Coaf, Antonio Gustavo Rodrigues, o doleiro foi preso em passado recente numa operação da Polícia Federal. “Não há motivo para que se mantenha o sigilo em torno do episódio, o que só contribui para as especulações acerca de possíveis desvios de verbas públicas e envolvimento de magistrados ”, afirmou o presidente da OAB-RJ.
Banda larga cresceu 70% no Brasil.
A Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) divulgou nesta quinta (19) um estudo revelando um aumento de aproximadamente 70% no número de acessos à internet banda larga em 2011. No ano passado foram registrados 23,3 milhões de novos usuários. Desta forma, o total de pontos de conexão no País passou para 58 milhões. Do total, 16,7 milhões de acessos são de banda larga fixa, com crescimento de 20,6% em 2011, correspondentes a 2,8 milhões de novos pontos. Já os 41,1 milhões de acessos restantes são na modalidade móvel, cuja expansão chegou a 99,3% em 2011, com 20,5 milhões de ativações. Dentro da internet rápida móvel, 33,2 milhões de acessos são via celulares de terceira geração e 7,9 milhões por meio de modems 3G.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AHHHH . . .

LULA VAI COM HADDAD ATÉ O FIM

Por Carlos Chagas
Estava nos cálculos do Lula, conforme confidência de companheiros mais chegados a ele: neste começo de ano seria desencadeada, como está sendo, campanha para a defenestração de Fernando Haddad a candidato à prefeitura de São Paulo. Seria o derradeiro esforço de alguns petistas e de muitos adversários para desestabilizar a indicação do ainda ministro da Educação. Não erra quem supuser Marta Suplicy na manobra. Ela perdeu a chance de candidatar-se, foi humilhada e acumulou mágoas sem conta por ter sido preterida. Estaria dando o troco, agora. Não é de graça que a blitz contra Haddad começou antes de iniciada a reforma ministerial da presidente Dilma. Dessa confusão artificial bem que poderia sobrar um ministério para a senadora. Jamais a Educação, mas por que não Ciência e Tecnologia?
De todas essas marolas detectadas nos últimos dias sobressai uma evidência: o Lula não abrirá mão da candidatura de Haddad, que lançou antes de o PT paulista organizar-se. Obteve, como comandante em chefe, a adesão dos que o seguem sem pestanejar e até dos que pensaram mas não tiveram tempo de reagir à imposição. Como iria, agora, ao sinal de uma conspiração parecida com o Exercito Brancaleone, dar o dito pelo não dito e aceitar que o ministro seja lançado ao mar como carga supérflua? Até porque, o ex-presidente pouco tem errado em suas indicações eleitorais. Ai está o exemplo de Dilma Rousseff, que quando apontada candidata à sucessão presidencial, despertou em muitos companheiros sorrisos de superioridade, mas emplacou de forma indiscutível por força da liderança do chefe. O mesmo acontecerá, prevê o Lula, com a candidatura de Fernando Haddad. Se vai dar certo, só o futuro dirá, mas substituí-lo, nem pensar.
UM PRESIDENTE OU UM CANTOR DE ÓPERA?
Quando pela primeira vez candidato à presidência dos Estados Unidos, em 1932, Franklin Roosevelt sofreu ampla resistência de alguns democratas e de todos os republicanos: como a América escolheria para governá-la um aleijado, um político que nem podia andar, fruto da paralisia infantil? Com muito humor ele rebateu, indagando se queriam um presidente da República ou um corredor da maratona.
Vem agora alguns desocupados para imaginar a próxima sucessão, por enquanto impossível de ser detectada, supondo que se Dilma não pleitear a reeleição, o Lula não poderia tornar-se candidato por conta do câncer na garganta, que provavelmente afetará sua voz, deixando-o rouco. Seria o caso de perguntar se querem no palácio do Planalto um cantor de ópera ou um presidente da República...
ME ENGANA QUE EU GOSTO.
Líderes do PMDB, do PT e de outros partidos da base oficial estão trocando idéias para, dizem eles, aprovar ainda este ano pelo menos uma fatia da reforma política. Falam do financiamento público das campanhas, iniciativa que proibiria as doações particulares para candidatos, limitando ao máximo a famigerada Caixa Dois.
O problema é que a proposta vem sendo debatida de mentirinha há muitos anos, pois jamais deputados e senadores votariam a extinção das doações eleitorais, passaporte para a sobrevivência de todos.
Como é preciso enganar a opinião pública, dando a impressão de que cuidam da reforma política, em mais um lance de prestidigitação Suas Excelências preparam uma armadilha. Pensam estabelecer que o financiamento público das campanhas só entraria em vigor caso aprovado em plebiscito nacional. Voltam-se, assim, para a opinião pública, que jamais consideraram, sabendo que a maioria do eleitorado estranharia a entrega de dinheiro público para os políticos quando falta para saúde, educação, saneamento, segurança e muita coisa a mais. Acresce que já prevêem esse plebiscito para 2014, quer dizer, mesmo se por milagre aprovado, o financiamento público só valeria para as eleições de 2018. Traduzindo: até lá as doações e o Caixa Dois ficariam valendo.
QUEM PARTE E REPARTE FICA COM A MELHOR PARTE.
Vamos imaginar uma empresa privada que no fim do ano registrou um lucro de 549 milhões de reais, mas na hora de distribuir dividendos a seus acionistas, destinou-lhes apenas 170 milhões. A diferença, de 379 milhões, ficou para ser repartida entre seus diretores.
Uma operação dessas determinaria a indignação dos acionistas, seguida de ações na Justiça, cadeia para os diretores e até o fechamento da empresa.
Pois é exatamente o que aconteceu em dezembro passado, quando dezenas de milhões de brasileiros separaram um dinheirinho para jogar na mega-sena da virada, totalizando 549 milhões arrecadados em todo o país. Só que o prêmio, por sinal dividido entre cinco felizardos, totalizou 170 milhões.
O resto, quer dizer, 379 milhões, o gato comeu, ou seja, o governo embolsou, como tem feito inúmeros governos anteriores. E não se culpe a Caixa Econômica, operadora dos sorteios, porque a decisão de dividir o bolo dessa forma canhestra veio de cima, há tempos, e continua prevalecendo. Se pelo menos essa diferença tiver sido usada para atender os carentes e os miseráveis, ainda será desculpável. Mas garantir, quem garante?