sábado, 23 de junho de 2012
A presidenta Dilma Rousseff precisa ter pulso neste momento e fechar
a Ponte da Amizade, em nome da Democracia na América do Sul. Tanto Dilma como
Cristina deveriam chamar seus embaixadores de volta e formular um plano
conjunto contra este governo golpista, exigindo o imedito retorno do presidente
Lugo.
Caso os golpistas resistam e não acatem as determinações brasileiras, só
vejo uma solução - Guerra!
O Paraguai é mais um tentáculo do imperialismo a ser
expandido no continenete sul americano com os olhos voltados para ao Brasil.
Fica provado que o que motivou o golpe de 64, não foi a ameaça do comunismo
soviético, cubano ou chines como pensávamos e até ingenuamente temíamos.
Foi na
realidade o temor do comunismo americano de que o Brasil se trasnformasse na
potência de mercado que está se transformando e ferisse os interesses do
governo americanos no Cone Sul, como o foi com a falecida ALCA.
MERCOSUL SERÁ PRESIDIDO POR UM GOLPISTA?
Na próxima quarta-feira, dia 28, reúne-se em Mendoza, Argentina, a Cúpula do Mercosul. Nesse encontro estava prevista a transferência da Presidência pro tempore do bloco à República do Paraguai, leia-se, ao seu presidente democraticamente eleito, Fernando Lugo. Que atitude tomarão agora Dilma Rousseff , Pepe Mujica e Cristina Kirchner diante do golpe da última sexta-feira? Recorde-se que o mesmo Congresso que derrubou Lugo bloqueia há mais de um ano o ingresso da Venezuela no Mercosul, já aprovado pelos demais parceiros.O argumento soa agora irônico: 'o governo Chavez não é democrático',alegam os golpistas. Em entrevista à TV Pública Argentina, no sábado, Cristina Kirchner foi enfática quanto a posição de seu governo:"Argentina no va a convalidar el golpe de Estado en Paraguay". Veja: http://www.telam.com.ar/nota/29325/
Com exemplar coerência, a Casa Rosada decidiu na tarde de sábado chamar de volta seu embaixador em Assunção, Rafael Edgardo Romá, assumindo a liderança no rechaço regional à derrubada de Lugo. Horas depois, já na noite de sábado, o Brasil adotaria atitude parecida, ao convocar seu embaixador 'para consultas'. Brasília está sendo cortejada pelo novos ocupantes do Palácio de los Lopez, que prometem resolver a cidadania de 400 mil brasiguaios. A destituição de Lugo representa uma exceção, ou o golpismo ainda lateja na América Latina
O Corinthians acaba de fechar com a Bombril o patrocínio do
ombro de suas camisas para os dois jogos da decisão da Libertadores.
A marca foi das primeiras a estar na camisa alvinegra, em
1982, quando o time foi campeão paulista, sob a batuta de Sócrates.
Só de patrocínio na camisa o Corinthians já tem assegurados
R$ 4.500.000, apenas para os dois jogos contra o Boca Juniors.
Em entrevista à Pública, Gavin MacFadyen fala das
manifestações de apoio que o fundador do Wikileaks tem recebido e do que viu e
ouviu na embaixada do Equador em Londres; entrevista completa clik aki:
Gavin, você é americano. Você acredita que existe este
risco?
Eu acho que há um perigo potencial. E eu vou te dizer por
que. Há um júri secreto que está se reunindo no estado da Virgínia há mais de
um ano, e todas as decisões tomadas pelo júri são secretas. O governo dos
EUA admitem que ele existe, mas não
falam o que está sendo decidido ali. Basicamente eles estão testando uma
acusação formal que deve ser feita contra o Julian. Estão buscando um tribunal
que concorde em emitir um pedido de extradição. É esse o propósito do júri
secreto. Advogados costumam dizer que um júri deste tipo, que existe nos EUA,
consegue incriminar até um sanduíche de presunto. E o pior é que há muito segredo sobre o que
está acontecendo, ninguém sabe o que se passa.
É sinistro. Outra coisa: quatro membros do Comitê Nacional Republicano
pediram a morte de Assange, dizendo que ele deveria ser caçado e assassinado.
Eu nunca ouvi falar em algo assim em toda minha vida. E o próprio Obama, em um
evento público, disse que Assange violou as leis, que ele é culpado. Como
alguém pode ser considerado culpado antes de ter havido qualquer julgamento?
Em convenção realizada neste sábado (23), o PMDB define o prefeito Eduardo Paes como candidato à prefeitura do Rio de Janeiro. Paes começa a campanha precisando acabar com a resistência do PT, partido que indicou o seu candidato a vice, o vereador Adilson Pires. A decisão petista de apoiar o prefeito partiu da direção nacional em um acordo costurado pelo presidente nacional da sigla, Rui Falcão, e pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), o que desagradou o grupo ligado ao deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) e fundadores do partido no Rio que defendiam uma candidatura própria. A candidatura de Paes contará também com o apoio do PSD, do prefeito Gilberto Kassab e com o PRB do ministro Marcelo Crivella (Pesca).
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, revelou neste sábado (23) a intenção de se aproximar das nações vizinhas para que seu governo seja reconhecido. Em relação ao Brasil, ele prometeu respeitar os contratos relativos à usina hidrelétrica binacional de Itaipu e disse que dará tratamento preferencial aos brasileiros que vivem no Paraguai. "A monumental Itaipu é a mostra mais clara de amizada entre nossos povos. Vamos cumprir todos os compromissos internacionais. Assumiremos dúvidas e trataremos de ainda mais os laços de união entre os povos latino-americanos, em particular entre Brasil e Paraguai", disse. E emendou, sobre a questão dos brasileiros que vivem na nação vizinha. "Paraguai e Brasil devem ter uma relação harmônica. Os cidadãos brasileiros radicados no país, como sempre, terão trato preferencial", disse. Questionado sobre a possibilidade de o Brasil aplicar sanções comerciais ao Paraguai, Franco mostrou tranquilidade. "Não há por que forçar uma situação. Os mais afetados seriam os próprios empresários brasileiros", completou.
O SALDO DA RIO+20
Por Carlos Chagas.
Sobrou o quê, da Rio+20? Respondem os ranzinzas que não sobrou nada, já que o multilateralismo saiu pelo ralo, desprezado pelas nações mais ricas e até pela China, Rússia e Índia. O documento final e básico da conferência foi lamentável, destacando-se mais pelas omissões e pelo que não enfrentou.
Vale atentar para o reverso da medalha. Se ficou claro que os países mais desenvolvidos dão de ombros para as preocupações da maioria, negando-se até a examinar o financiamento de atividades ecologicamente corretas, também parece óbvio estarem isolados do resto do mundo. Não demora muito para que percam força nas próprias Nações Unidas, ou seja, implodirá o gargalo do Conselho de Segurança, tal como estabelecido desde 1945.
Numa palavra, virou o jogo. Quem estava na defensiva passa agora ao ataque. Os participantes do desenvolvimento sustentável poderão criar empecilhos cada vez maiores à dominação política dos poderosos, primeiro passo para quebrar a dominação econômica. Sonho de noite de verão? Pode ser que não.
REFORÇO CONSIDERÁVEL.
A CNBB saiu da casca com a posição adotada ontem contra a corrupção e a impunidade. Adotou uma atitude explícita que reforçará a sociedade civil e setores do Congresso já empenhados na luta. Não foi de graça que os bispos do Brasil tornaram claro seu engajamento na campanha às vésperas do julgamento do mensalão, pelo Supremo Tribunal Federal. Foram expedidas instruções para que em cada igreja e em todos os cultos católicos, sacerdotes e leigos protestem contra a impunidade e a corrupção. Esclareçam os fieis sobre a necessidade de ser dado um basta nos malfeitos que assolam o país. Também por coincidência, quando faltam poucos meses para as eleições municipais.
SHIBATA SEM CHIBATA.
Não poderia ter sido diferente o depoimento prestado pelo dr. Harry Chibata à Comissão da Verdade. Com desfaçatez e do alto de seus mais de 80 anos, negou que tivesse participado do horror dos tempos da tortura oficial. Disse até que não assinava atestados de óbito onde deixava em branco o nome do defunto e a causa de sua morte. Mas era isso o que ficava com os torturadores nos finais de semana, quando trocava São Paulo pelo sossego de um sítio no interior. Nos outros dias, “cumpria ordens”.
Todo mundo já sabia das práticas desse médico travestido de monstro, mas foi uma bom começo para os sete integrantes da Comissão da Verdade lembrar-lhe as razões de porque teve suas atividades profissionais suspensas pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Suas negativas não limparam sua ficha. Nem limparão.
FIM DO VOTO ENRUSTIDO.
No que depender do presidente José Sarney, antes do recesso previsto para 15 de julho o Senado votará a PEC que extingue o voto secreto em decisões sobre a cassação de mandatos no Congresso e nas Assembléias Legislativas. Assiste-se, agora, uma corrida às avessas, meio singular. O senador Demóstenes Torres e seus advogados querem apressar o processo de perda de mandato por quebra de decoro parlamentar. Segunda-feira ele será julgado e possivelmente condenado no Conselho de Ética, onde, aliás, o voto é aberto. Mas se o caso for apreciado no plenário antes da aprovação da PEC, o representante por Goiás poderá contar com o anonimato de muitos de seus colegas para absolvê-lo. Se for depois, estará cassado.
DESTA VEZ, VAMOS?
Por Carlos Chagas.
Confirmou o ministro Ricardo Lewandowski para a semana que vem a entrega de seu relatório sobre o mensalão. Como revisor do processo, cabe a ele elaborar a última peça que precederá o julgamento dos 38 réus, pelo Supremo Tribunal Federal. Os demais ministros já se debruçam no trabalho do relator, Joaquim Barbosa, devendo todos utilizar, na parte ou no todo, o recesso de julho para permitir o cumprimento do calendário antes acertado. Em agosto e até a primeira quinzena de setembro terão concluído a tarefa de julgar, absolvendo ou condenando, os supostos participantes de um dos maiores escândalos da República.
Parece inócuo, e até perigoso, alinhar previsões sobre o resultado final. O julgamento será técnico, conforme o presidente do Supremo, Ayres Britto. Seus companheiros decidirão conforme as peças do processo. Como toda decisão da mais alta corte nacional de justiça sempre será política, cada um que tire suas conclusões. Em especial depois que se pronunciarem o Procurador Geral da República, acusando, e os advogados de cada um dos réus, defendendo.
O que se indaga é a respeito das penas, se vierem a ser aplicadas: multas? Prestação de serviço civil? Cadeia?
Essas dúvidas devem estar atormentando os denunciados tanto quanto a punição suplementar e inexorável, que será a suspensão dos direitos políticos de quem for condenado, por oito anos. Estaria encerrada a carreira política de quantos se encontram em seu exercício, assim como dos que imaginam retomá-la.
PERSEGUIÇÃO.
Insurge-se a embaixadora do Brasil na Suécia, Leda Martins Camargo, contra acusações de tratar mal os funcionários da embaixada através de atos de humilhação, sarcasmo e impropérios. A embaixadora pediu ao Itamaraty a abertura de sindicância a respeito, referindo-se ao documento de apoio que recebeu dos servidores sob seu comando. Dentro de poucos dias o chanceler Antônio Patriota estará em vigem oficial à Suécia, contando a embaixadora com toda a sua solidariedade.
NÃO FAZEM FALTA.
Faltaram à reunião da Rio+20 os presidentes dos Estados Unidos, Rússia e China, além dos primeiros-ministros da Alemanha, Inglaterra e Itália. Nada tinham a oferecer em matéria de iniciativas à defesa do ambientalismo e por isso não fazem falta. A América Latina está presente, cabendo aos países em desenvolvimento suprir a ausência de muitos ricos desinteressados em preservar o planeta.
BONS CONSELHOS.
Com todo cuidado e respeito, amigos do ex-presidente Lula unem-se aos médicos para recomendar-lhe uma temporada de repouso, destinada a recuperar por inteiro a saúde e, ao mesmo tempo, poupá-lo de desgastes políticos. As recentes incursões do Lula nas eleições municipais tem sido contra-produtivas em matéria de resultados. Caso ele atenda aos apelos e conselhos, será melhor para todos.
AMBIENTAL
Documento final da Cúpula dos Povos ataca a mercantilização
da vida.
A declaração final da Cúpula dos Povos – sintetizada em um
documento de quatro páginas e 20 parágrafos - ataca a mercantilização da vida e
faz a defesa dos bens comuns e da justiça social e ambiental. A cúpula reuniu
durante oito dias representantes da sociedade civil em atividades paralelas à
Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.
O documento divulgado ontem (22) critica as instituições
financeiras multilaterais, as coalizações a serviço do sistema financeiro, como
o G8 e G20, a captura corporativa das Nações Unidas e a maioria dos governos,
“por demonstrarem irresponsabilidade com o futuro da humanidade e do planeta”.
A declaração ressalta que houve retrocessos na área dos
direitos humanos em relação ao Fórum Global, que reuniu a sociedade civil
também no Aterro do Flamengo, durante a Rio92.
“A Rio+20 repete o falido roteiro de falsas soluções
defendidas pelos mesmos atores que provocaram a crise global. À medida que essa
crise se aprofunda, mais as corporações avançam contra os direitos dos povos, a
democracia e a natureza.”
A economia verde, tão festejada na Rio+20 por líderes
mundiais e empresários, foi desqualificada pelos participantes da cúpula. “A
dita economia verde é uma das expressões da atual fase financeira do
capitalismo que também se utiliza de velhos e novos mecanismos, tais como o
aprofundamento do endividamento público-privado, o super-estímulo ao consumo, a
apropriação e concentração de novas tecnologias.”
O documento exige o reconhecimento do trabalho das mulheres
e afirma o feminismo como instrumento da igualdade e a autonomia das mulheres
sobre seus corpos. Também enfatiza o fortalecimento das economias locais como
forma de garantir uma vida sustentável.
Ao final são destacados oito eixos de luta e termina com uma
exortação à mobilização. “Voltaremos aos nossos territórios, regiões e países
animados para construirmos as convergências necessárias para seguirmos em luta,
resistindo e avançando contra os sistemas capitalista e suas velhas e renovadas
formas de reprodução”.
A íntegra da declaração final pode ser acessada na página da
Cúpula dos Povos na internet, no link: http://cupuladospovos.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Carta-final_Cupula-dos-Povos.pdf.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
As ongs elitistas tentaram e continuam tentando melar a construção da hidreletrica de Belo monte.
Acho que devemos construí-la rápido e mais algumas, pois não podemos ficar dependente só da energia de Itaipu, pois se forças estranhas explodirem aquelas barragens, paralisa o Brasil e alaga a Argentina.
Isso é uma vergonha , golpe de estado baixo, vil , não há palavra para qualificar esse acontecido, os presidentes latinos que lutam contra a explosão do império que fiquem atentos! Está aí a explicação porque EUA é tão odiado pelo povo árabe.
Acho que devemos construí-la rápido e mais algumas, pois não podemos ficar dependente só da energia de Itaipu, pois se forças estranhas explodirem aquelas barragens, paralisa o Brasil e alaga a Argentina.
Isso é uma vergonha , golpe de estado baixo, vil , não há palavra para qualificar esse acontecido, os presidentes latinos que lutam contra a explosão do império que fiquem atentos! Está aí a explicação porque EUA é tão odiado pelo povo árabe.
O presidente do Paraguai Fernando Lugo aceitou o impeachment decretado pelo Senado.
Não ofereceu nenhuma resistência ao Golpe.
Como diz o Mauro Santayana, venceram os “Katios” e a base americana.
O Brasil precisa tratar de construir uma base militar em Foz do Iguaçu, o mais rapido possível.
E reforçar a defesa de Itaipu.
À essa altura das coisas não se trata de GOLPE BRANCO mas de
GOLPE PRETO,ESCURO E COVARDE DE SEMPRE:há que condenarmos nós
todos:Chávez,Correa,Evo,Cristina ,Dilma e todos! Temos que ir protestar junto
ao Consulado americano,não vamos nos omitir! Até a Igreja é retrógrada!O que
fazer com gorilas desse tipo?Como alguém comentou aqui mesmo no Carta Maior:é
só tirar a Embaixada dos Estados Unidos de lá!
ernando Lugo esteve praticamente durante todo seu mandato sob ameaça de impeachment da oposição. Era um reflexo da fragilidade de apoio ao governo no Congresso.
Essa fragilidade nasceu já na campanha eleitoral, quando Lugo aparecia como o único líder capaz de derrotar a ditadura de mais de 30 anos do Partido Colorado, mas os movimentos sociais não acreditavam nessa possibilidade e se mantiveram distanciados da campanha quase até o seu final.
Lugo buscou o apoio do principal partido opositor, o Partido Liberal, moderado, mas sem unificar todas as forças anti-coloradas, seria impossível terminar com a ditadura. Os movimentos sociais, por seu lado, não gostavam dessa aliança, sem oferecer alternativa a Lugo.
Quando finalmente os movimentos sociais – ou grande parte deles – se decidira a participar do processo eleitoral, haviam chegado tarde, com pouco tempo para campanha, além de que foram às eleições divididos e só conseguiram eleger dois parlamentares. Lugo começou o governo sem base parlamentar própria, dependente do Partido Liberal e com um vice, deste partido, que rapidamente foi passando a se opor a seu governo, embora, naquele momento, a maioria do Partido Liberal o apoiasse.
Essas travas políticas dificultaram muito o governo de Lugo, que só mais recentemente assumiu uma postura mais decidida, buscando avançar na reforma agrária e em outras medidas, às quais se opuseram todos os partidos tradicionais.
Foram se seguindo enfrentamentos grandes, especialmente no campo, com a resistência dos grandes proprietários de terras, quase todos ligados à produção de soja com transgênicos para exportação, diante das reivindicações dos movimentos camponeses. O sangrento episódio desta semana foi mais um, o mais selvagem, com 11 camponeses e 5 policiais mortos.
Foi a gota d’agua que a oposição esperava para tentar derrubar Lugo, ante mesmo do final do seu mandato, no primeiro semestre do ano próximo. O Partido Liberal decidiu a saída dos membros do partido do governo, praticamente esvaziando-o e somando-se à tentativa de impeachment, que pretende uma via rápida, um golpe branco para derrubar o primeiro presidente popular em tantas décadas da sofrida historia paraguaia.
Mesmo acusando Lugo pelos sangrentos enfrentamentos e criticando a substituição dos ministros diretamente responsáveis por eles por outros ainda piores, os movimentos populares – a grande maior camponeses – se deram conta de como a situação é usada pela direita para tentar terminar com o governo Lugo, circunstância em que eles seriam as principais vitimas e se mobilizam para tentar impedir o impeachment.
Esse é o cenário hoje em Assunçao: o Congresso tentando uma derrubada rápida de Lugo, que apresentou sua defesa. Movimentos populares concentrados na praça central da cidade, em frente ao Congresso. Chanceleres dos países da Unasul presentes no país, ameaçando o isolamento de um eventual novo governo, caso se configure um golpe branco contra Lugo. As próximas horas serão decisivas no futuro do país.
Da mesma forma que Hugo Chavez, Lula, Evo Morales, Rafael Correa, Cristina Kirchner, Lugo pode se valer dos ataques golpistas da oposição para virar o jogo a seu favor. Ou ser derrubado pela direita, que colocará um governo provisório até as eleições do ano que vem, que ganhará contornos de enfrentamentos abertos entre as forças de Lugo e a oposição. Espera-se que desta vez aquelas marchem unidas desde o começo e possam destravar os empecilhos que bloqueiam o governo de Lugo e ameaçam derrubá-lo.
Essa fragilidade nasceu já na campanha eleitoral, quando Lugo aparecia como o único líder capaz de derrotar a ditadura de mais de 30 anos do Partido Colorado, mas os movimentos sociais não acreditavam nessa possibilidade e se mantiveram distanciados da campanha quase até o seu final.
Lugo buscou o apoio do principal partido opositor, o Partido Liberal, moderado, mas sem unificar todas as forças anti-coloradas, seria impossível terminar com a ditadura. Os movimentos sociais, por seu lado, não gostavam dessa aliança, sem oferecer alternativa a Lugo.
Quando finalmente os movimentos sociais – ou grande parte deles – se decidira a participar do processo eleitoral, haviam chegado tarde, com pouco tempo para campanha, além de que foram às eleições divididos e só conseguiram eleger dois parlamentares. Lugo começou o governo sem base parlamentar própria, dependente do Partido Liberal e com um vice, deste partido, que rapidamente foi passando a se opor a seu governo, embora, naquele momento, a maioria do Partido Liberal o apoiasse.
Essas travas políticas dificultaram muito o governo de Lugo, que só mais recentemente assumiu uma postura mais decidida, buscando avançar na reforma agrária e em outras medidas, às quais se opuseram todos os partidos tradicionais.
Foram se seguindo enfrentamentos grandes, especialmente no campo, com a resistência dos grandes proprietários de terras, quase todos ligados à produção de soja com transgênicos para exportação, diante das reivindicações dos movimentos camponeses. O sangrento episódio desta semana foi mais um, o mais selvagem, com 11 camponeses e 5 policiais mortos.
Foi a gota d’agua que a oposição esperava para tentar derrubar Lugo, ante mesmo do final do seu mandato, no primeiro semestre do ano próximo. O Partido Liberal decidiu a saída dos membros do partido do governo, praticamente esvaziando-o e somando-se à tentativa de impeachment, que pretende uma via rápida, um golpe branco para derrubar o primeiro presidente popular em tantas décadas da sofrida historia paraguaia.
Mesmo acusando Lugo pelos sangrentos enfrentamentos e criticando a substituição dos ministros diretamente responsáveis por eles por outros ainda piores, os movimentos populares – a grande maior camponeses – se deram conta de como a situação é usada pela direita para tentar terminar com o governo Lugo, circunstância em que eles seriam as principais vitimas e se mobilizam para tentar impedir o impeachment.
Esse é o cenário hoje em Assunçao: o Congresso tentando uma derrubada rápida de Lugo, que apresentou sua defesa. Movimentos populares concentrados na praça central da cidade, em frente ao Congresso. Chanceleres dos países da Unasul presentes no país, ameaçando o isolamento de um eventual novo governo, caso se configure um golpe branco contra Lugo. As próximas horas serão decisivas no futuro do país.
Da mesma forma que Hugo Chavez, Lula, Evo Morales, Rafael Correa, Cristina Kirchner, Lugo pode se valer dos ataques golpistas da oposição para virar o jogo a seu favor. Ou ser derrubado pela direita, que colocará um governo provisório até as eleições do ano que vem, que ganhará contornos de enfrentamentos abertos entre as forças de Lugo e a oposição. Espera-se que desta vez aquelas marchem unidas desde o começo e possam destravar os empecilhos que bloqueiam o governo de Lugo e ameaçam derrubá-lo.
Paraguai - À espera da sentença de Lugo
Manifestantes favoráveis à permanência de Fernando Lugo na presidência do Paraguai aguardam diante do prédio do Congresso Nacionao o desfecho do processo relâmpago de impeachment. Em instantes deverá ser conhecida a decisão do Senado.
A Conferência Rio+20 no que se refere às decisões a serem tomadas no Pavilhão do Riocentro, na verdade, não aconteceu. Estão aquém das decisões que a sociedade civil no Brasil vem exigindo do próprio governo brasileiro. Os povos do mundo aqui reunidos rebelaram-se contra os diplomatas e assessores insensíveis. O tic-tac do tempo irreversível foi anunciado no Riocentro ante uma plateia insensível. O artigo é de Francisco Carlos Teixeira.
Setores do movimento ambientalista e alguns órgãos de mídia apressam-se em decretar a “falência” da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que termina nesta sexta-feira (22) no Rio de Janeiro. Mas é preciso avaliar o evento em seu contexto e examinar o documento final levando-se em conta o mundo em que vivemos. A análise é de Gilberto Maringoni.
LUGO: EXCEÇÃO OU O GOLPISMO LATEJA NA AL? O Senado paraguaio concluiu nesta sexta-feira o enredo do golpe iniciado no dia anterior e aprovou, por 39 votos a favor e quatro contra, o impeachment do presidente da República, Fernando Lugo. De olho nas eleições de abril de 2013, a oligarquia, a Igreja e a mídia (leia a entrevista com o Presidente do Equador, Rafael Correa, nesta pág) queriam a destituição do ex-bispo eleito em 2008, cuja base de apoio é maior no interior (40% da população vive no campo), sendo porém pouco organizada e pobre (30% está abaixo da linha da pobreza). A pressa evidenciada no rito sumário da votação, questionável até do ponto de vista jurídico, tinha como objetivo impedir a mobilização desses contingentes dispersos, pouco contemplados por um Estado fraco e acossado por interesses poderosos. O torniquete histórico que levou à destituição de Lugo ainda expressa a realidade estrutural de boa parte da América Latina. (LEIA MAIS AQUI)
Comparativo.
Entre o massacre no Pará e o do Paraguai. Não estou percebendo o que temos por trás, pois aqui não derrubou presidente, mas lá pode.
erá que a vida do paraguaio vale mais que a do brasileiro!
Serão eles mais politizados que nós!
Os movimentos sociais de lá são mais politizados e conscientes que os nossos! Por quais interesse estarão os paraguaios sendo manipulados!
Lá eles não tem um Partido dos Trabalhadores!
Por qual ciclo manipulativo os países sul americanos estão passando!
De que forma isto pode nos prejudicar e aos brasiguaios!
São questões geradas pela ignorância, pelo oportunismo e pelas correntes ideológicas.
Lamentável!
A PREFEITURA VALE TANTO?
or Carlos Chagas
A pergunta que se faz é se a prefeitura de São Paulo vale tanto assim. Há vinte anos o PT suspendeu de suas fileiras, quer dizer, expulsou a deputada Luiz Erundina porque ela aceitou integrar o ministério de união nacional de Itamar Franco. Aliás, um dos governos mais honestos de que temos notícia. Agora, por coincidência com a mesma Erundina caindo fora da trapalhada, o PT celebra acordo com Paulo Maluf para ter direito a mais um minuto e meio de tempo de televisão na propaganda eleitoral gratuita. Tudo visando afastar de Fernando Haddad a sombra da derrota na disputa pela prefeitura paulistana. Quer dizer, os companheiros perderam outra vez Erundina, ganharam Maluf e nem de leve alteraram as previsões sobre os resultados da eleição. Uma confusão dos diabos, com direito à humilhação fotográfica do Lula. A perda do passado sem nenhum voto de lucro, muito pelo contrário.
O quadro só não ficou pior, em matéria de desmoralização, porque os tucanos de José Serra tentaram o mesmo resultado, isto é, conquistar o apoio de Maluf, malogrando depois que o PT ofereceu mais.
Há quem suponha estar a prefeitura de São Paulo funcionando como tijolo de sustentação na disputa pelo palácio do Planalto, em 2014. Ninguém garante, pois eleições presidenciais não constituem fórmula matemática. Tanto PT quanto PSDB perderam espaço numa hipotética campanha pela sucessão de Dilma Rousseff, na verdade a maior prejudicada com a lambança praticada por seu antecessor. Afinal, a imagem da presidente da República começa a ganhar as telinhas, pedindo votos para Fernando Haddad. Quando ela anunciar que pretende a reeleição, aproveitará mensagens do candidato hoje condenado a nem chegar ao segundo turno?
Quem comemora estar o PMDB livre do vexame de seus concorrentes deve ter cautela. Por enquanto o candidato Gabriel Chalita parece imune a iniciativas celeradas como as do PT e PSDB, mas como o deputado não demarrou nas pesquisas, quem sabe tudo venha a ser permitido?
QUANTOS FORAM?
Prestariam grande serviço ao Congresso os presidentes da Câmara e do Senado caso acompanhassem e divulgassem o nome dos deputados e senadores que compareceram à Rio+20. Mesmo aqueles que não demoraram mais de quinze minutos nos salões do Riocentro. Depois, seria fácil fazer a conta de diminuir para se ter o resultado de quantos, sem aparecer em Brasília, também não deram as caras na antiga capital.
UM LIVRO IMPERDÍVEL
Para quem se decepciona com os lances primários da política nacional, torna-se imprescindível ler com atenção o recém-lançado livro do historiador Lira Neto, primeiro de uma trilogia sobre Getúlio Vargas. Um primor de reconstituição dos anos iniciais daquele que até hoje foi o maior dos presidentes brasileiros. Não apenas pela firmeza de ideais, como pela arte da dissimulação, Vargas deixa antecessores e sucessores nas profundezas.
DESESPERO EXPLÍCITO
A cada dia que passa mais aumentam as agruras dos 38 mensaleiros que a partir de agosto estarão sendo julgados no Supremo Tribunal Federal. Há quem suponha que não escapará nenhum da condenação, mesmo vindo a ser parcimoniosas as penas de cadeia. Como se trata da mais alta corte nacional de justiça, não haverá recurso das decisões. Nomes famosos e nomes obscuros unem-se no desespero explícito pela chegada de agosto. Também, bem feito...
Lugo: 'tenho um grande apoio popular'
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, disse nesta
sexta-feira (22) que conta com "um grande apoio popular" e, por isso,
não vai renunciar ao cargo. "Os setores populares me incentivaram a
continuar. Não é o momento de um impeachment, faltam nove meses para as
próximas eleições", disse à imprensa argentina. Ao ser questionado se
tinha “dívidas sociais”, Lugo reconhece: "não as negamos, mas este governo
tem sido transparente e honesto, isso ninguém pode negar”. Ele disse ainda que
conta com o apoio das Forças Armadas. "Não é a primeira vez que o
Congresso fala em impeachment, há setores do poder que vêm pedindo isso há
meses", disse. O Senado deve decidir ainda hoje se Lugo será obrigado a
deixar o cargo.
Malvinas: Reino Unido pede a mediação brasileira
Em reunião com o vice-presidente Michel Temer na Rio+20, o
vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Nick Clegg, pediu a intermediação
brasileira na solução da crise diplomática com a Argentina, que reivindica a
“devolução” das ilhas Malvinas. Os britânicos as batizaram de Falklands em
1833. Clegg diz que o país está disposto a cooperar, mas deixou claro que é
inegociável a soberania britânica nas ilhas.
RIO +20 E AS CIDADES
Por Marcos Cintra, no Jornal do Brasil
A conferência Rio+20, que se encerra hoje, reuniu
representantes de mais de 190 países visando promover o que se convencionou
chamar de economia verde. Ou seja, os governos terão que desenvolver formas de
atender as necessidades de melhoria do bem-estar das pessoas sem comprometer os
sistemas naturais que sustentam a vida no planeta.
A Rio+20 será um evento oportuno para chamar a atenção dos
gestores públicos quanto a um problema de grande magnitude. Trata-se da rápida
urbanização da população mundial. Há cinco anos o número de pessoas vivendo nas
cidades ao redor do mundo ultrapassou a dos habitantes do campo, e esse
processo vem se acelerando e tendo efeito sobre a poluição do ar, a demanda de
energia, a produção de lixo, o abastecimento de água, entre outros.
A vida mais complexa nos centros urbanos cria uma
expectativa preocupante em termos ambientais. Segundo a ONU, hoje as cidades abrigam
3,4 bilhões de pessoas, e daqui a 20 anos esse contingente deve atingir 5,5
bilhões de indivíduos. A população que vive em áreas urbanas representa
atualmente pouco mais da metade dos habitantes do planeta, e por volta de 2030
ela será superior a 60% do total. Essa acelerada expansão populacional causa
apreensão por conta do impacto que isso vai gerar nas grandes e médias cidades
dos países em
desenvolvimento. Nessas nações se concentrará a maioria da
população urbana adicional prevista pela ONU.
A questão que surge é se as grandes e médias cidades dos
países em desenvolvimento estão preparadas para abrigar, em tão pouco tempo,
esse elevado contingente adicional de pessoas. É certo que não. Metrópoles como
São Paulo, por exemplo, têm problemas urbanos agudos, e a tendência é que eles
se intensifiquem, podendo causar colapsos de natureza ambiental, social e
infraestrutural. A cidade de São Paulo conta hoje com 11 milhões de habitantes,
e até 2030 esse contingente deve se aproximar de 13 milhões. Serão 2 milhões de
pessoas a mais em um espaço que já concentra problemas de toda ordem, e que se
intensificam a cada dia.
Mais de 40% dos habitantes de São Paulo moram em imóveis
precários (favelas, cortiços e loteamentos irregulares), a água na região metropolitana
é mais escassa que no sertão nordestino, a reciclagem das 12 mil toneladas de
lixo coletado diariamente é insuficiente, metade do esgoto residencial não é
tratado, e o trânsito caótico gera perdas bilionárias para a sociedade.
A cidade de São Paulo acumula problemas que comprometem, de
modo acelerado, a qualidade de vida de seus moradores. A perspectiva de aumento
populacional pode tornar a situação ainda mais crítica se o poder público não
agir com eficiência e eficácia. Esse cenário vale para a maioria das grandes e
médias cidades brasileiras.
Novas demandas urbanas estão surgindo, e elas precisam de
novos tratamentos. Velhas medidas não servem mais frente a uma dinâmica que
assume novas formas por conta de aspectos ambientais. É preciso produzir cada
vez mais preservando o ar, o solo, as águas e a biodiversidade. Os governantes
brasileiros têm um grande desafio pela frente.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Quaisquer que sejam os classificados eles já estão de parabéns, assim como também estão de parabéns os desclassificados.
Na maratona futebolística brasileira, chegar a semifinalista já é um grande ganho.
Quanto à Libertadores parabéns também aos brasileiros semifinalistas.
E se chegaram até aí, méritos existiram.
Que vençam os melhores…
Quatro semifinalistas vivem hoje uma noite especial.
Os da Copa do Brasil, no Couto Pereira lotado, lutam para poder disputar um título que não têm.
O dono da casa Coritiba precisa superar o São Paulo que ganhou o jogo de ida por 1 a 0, numa disputa sem favorito.
Já os semifinalistas da Taça Libertadores, no Pacaembu igualmente repleto, lutam por chegar à decisão que pode dar ao Corinthians um título inédito e, ao Santos, o tetracampeonato.
Se, antes do jogo na Vila Belmiro, o Santos era ligeiramente favorito, hoje a situação está invertida, porque o 1 a 0 imposto pelo Corinthians lhe dá a vantagem do empate.
O torcedor coxa vai torcer por seu time e ponto final.
O tricolor torcerá pelo dele e pela derrota do rival Corinthians.
Se duvidar, se tiver que escolher apenas um resultado, o são-paulino vai preferir a eliminação do alvinegro da capital, mesmo que, depois, um possível tetra santista signifique a hegemonia do alvinegro praiano no torneio continental.
E o corintiano irá ao paraíso se vir seu time na final da Libertadores acompanhado do Coritiba na Copa do Brasil.
O blogueiro não aposta, apenas palpita, a todo risco, na dupla Co-Co.
ALIANÇAS, HEGEMONIA E HIPOCRISIA. - "... o programa de governo do PT para a Prefeitura de SP não sofrerá qualquer alteração após a aliança com o PP; o importante é quem está na hegemonia do processo; não estamos abrindo mão de uma vírgula do nosso programa".(Gilberto Carvalho, secretário geral da Presidência da República; 19-05). "...José Serra culpa Geraldo Alckmin por ter, nas palavras de interlocutores, 'deixado Maluf escapar'. Segundo aliados (...) Serra está "muito irritado" com o governador, que havia garantido o apoio do PP à candidatura tucana. "Serra acha que Alckmin acertou com Maluf para 2014 e não se esforçou muito, digamos assim, para este ano", explica um dirigente do PSDB. "(Serra) acredita que Alckmin deixou Maluf escapar (e) não segurou o PSB... .(Terra Magazine; 18-06) "... em 1998, Maluf apareceu em outdoors ao lado do então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Quando os tucanos foram pedir apoio do Maluf para o FHC, eu não vi esta indignação toda.É só uma lembrancinha"(Marta Suplicy, quando disputava a reeleição à prefeitura de São Paulo, em 2004, e foi apoiada por Maluf; Estadão, 26-08-2004) (Carta Maior; 4ª feira 20/06/2012).
QUE PENA !
Mais de 30 mil, docentes, professores e técnicos iniciaram nesta segunda feira uma paralisação de atividades pela reestruturação da carreira no país.
Mais da metade das escolas federais em greve!
Mais de hum milhão de alunos a mais de 60 dias sem aulas! E nossa presidenta la no México, no clube dos 20 dando aula para europeus, de como governar, gastando mais.
Que pena!
Uma verdade sobre Maluf.
Quando os militares sinalizaram que não tinha interesse em se manter no poder, e que passariam o comando a quem vencesse a disputa, logo os políticos muito espertos começaram a deixar a base do governo e passar para o PMDB, vários fizeram isso, e inimigos ferrenhos lá atrás, passaram a ser adorados pelos que sempre foram oposição.
Entretanto, Maluf se manteve com as suas convicções de político que tinha se formado na ARENA, e não correu logo para o colo dos antigos inimigos.
Se ele tivesse mostrado a falta de escrúpulos, lá naqueles tempos, que tem mostrado ultimamente, e corrido para um novo partido de oposição, formado pelos que sempre abominaram o governo dos militares, nunca teria tido todas essas acusações contra si, e estaria bem melhor, politicamente, como tantos ex-colegas de ARENA e estão.
SOB O SIGNO DE GROUCHO MARX
Por Carlos Chagas.
A repetição vai por conta do vexame: onde foi parar o PT de trinta anos atrás, aquele partido que se pretendia diferente, puro, pleno da esperança de mudar o país? Mais do que acabar no Irajá, parece ter ido atrás da vaca, quer dizer, para o brejo.
Despencou na vala comum, já faz tempo, ainda que agora tenha acabado de bater todos os recordes m termos de profundezas. Numa palavra, o PT malufou. E de forma desonrada, bastando atentar para a fotografia estampada nos jornais de ontem.
O primeiro-companheiro confraternizando com Paulo Maluf. Humilhado, o Lula entrou na toca da onça. Ou da hiena, ainda que sorrindo estivessem todos no jardim não propriamente do Éden, mas do Capeta. Escapou da fotografia, não da lambança, o presidente do partido, Rui Falcão, por haver fugido do registro das imagens. Apesar disso também estava lá, sem falar no Fernando Haddad.
Não há frustração por parte das gerações que fundaram o Partido dos Trabalhadores, porque a maioria delas já escapuliu há muito. No máximo, um lamento a mais pelo engodo.
Paulo Maluf tripudiou ao exigir a presença dos dirigentes petistas em sua mansão. Só não teve coragem para convidar o presidente nacional do PP, Francisco Dornelles, que se não fosse calvo teria arrancado os cabelos. Afinal, os Progressistas apóiam o governo, mas dentro de certos limites. Jamais na demonstração de ocupar lugar de destaque no balcão de negócios. Foi uma pantomima, em especial quando o Lula calou-se diante da afirmação do ex-governador e ex-prefeito de São Paulo de não haver mais ideologias, nem esquerda nem direita.
Grande balela, essa, que leva o PT a reafirmar suas atuais tendências conservadoras. Depois de engajar-se no modelo neoliberal dos tucanos, nos últimos nove anos e meio, a agremiação antes operária rende-se ao que há de pior no reino das ideologias.
Quando de sua fundação o PT quase se definiu como marxista. Depois, passou de Karl parta Groucho, porque tem Groucho Marx como patrono, aquele que subia ao palco para elogiar a América como o país das oportunidades, já que ao lá desembarcar não tinha um dólar. E diante da platéia curiosa tirava uma moeda do bolso do colete e dizia: “agora, eu tenho um dólar”...
FRUSTRAÇÃO TUCANA.
Nessa lambança não faltou o capítulo que o PSDB tentou encenar, porque também disputou o apoio do PP para o seu candidato. Felizmente, José Serra não precisou comparecer ao jardim dos Maluf, pois o PT prometeu mais e ganhou o minuto e meio de tempo de televisão na campanha. Mas os tucanos teriam voado para a residência do ex-prefeito e ex-governador de São Paulo, se tivessem oferecido mais e sido escolhidos. Porque ninguém sabe quanto custou o apoio do PR de Waldemar da Costa Netto e de Alfredo Nascimento.
TORPEZA.
Torpe também é a barganha que cerca as campanhas eleitorais. Discute-se tempo de televisão, jamais programas de ação. Fisiologismo puro. Vale tudo na disputa pelo poder, de promessas de nomeações ao fatiamento dos governos. Jamais, na crônica dos processos eleitorais, assistiu-se tamanha falta de convicções políticas. O triste episódio da prefeitura de São Paulo é apenas um, em meio a tantas barganhas. Nas capitais estaduais, quase sem exceção, as negociações para a escolha de candidatos imitam a maior cidade do país.
E O ELEITORADO?
Apesar de o voto ser obrigatório, bem que o eleitorado poderia tomar-se de asco e nojo, não comparecendo às urnas. Se mais da metade dos eleitores ficasse em casa, no próximo 7 de outubro, as eleições seriam anuladas. E os candidatos, repudiados, junto com os partidos. A Constituição manda que, nesse caso, novas eleições sejam convocadas, mas nada impede os mesmos candidatos se apresentando...
O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) criticou nesta quarta (20) um relatório divulgado pelo banco Credit Suisse. Isso porque o documento aponta um crescimento de 1,5% para o Brasil em 2012. Segundo Pimentel, o banco europeu não leva em cona a "crise em que eles estão mergulhados"."Nós, brasileiros, somos um pouco mais otimistas”, disse. “Estamos vendo dinamismo da nossa economia e acho que as medidas que o governo tomou estão destravando os investimentos para o segundo semestre. Nós vamos crescer mais do que isso", garantiu. A expectativa do governo é que as exportações cresçam 3% neste ano.
RIO + 20
Ao comentar texto, Dias afirma que 'grandes nações são egoístas'
O líder do PSDB, senador Alvaro Dias, afirmou que “as grandes nações são historicamente egoístas. Mais cobram do que oferecem”, ao comentar o texto aprovado pela Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. “Não estava com expectativa exagerada em relação aos resultados, então da minha parte não há frustração", concluiu.
Para ele, "o texto que repercute demonstra que o otimismo da Dilma ao proclamar a conquista do governo brasileiro foi exagero”.
Dividido em seis capítulos, o texto de 49 páginas defende a promoção de crescimento sustentável e com inclusão social. Segundo o documento, a erradicação da pobreza de maneira urgente é o maior desafio global. Em linha com a vontade dos países ricos, foram excluídos do documento detalhes sobre repasses financeiros, cifras, a criação do fundo para o desenvolvimento sustentável, especificações sobre economia verde e transferência de tecnologia limpa.
A proposta do fundo foi substituída por compromissos, como a criação de um fórum para apreciar o tema a partir de nomeações da Assembleia Geral e da parceria com agências da ONU. Sem o estabelecimento de normas, o documento também sugere parcerias para a transferência de tecnologia limpa.
O tema divide os países desenvolvidos e os em desenvolvimento.
PSDB lidera em 30 grandes cidades.
Pesquisas de opinião realizadas recentemente em 30 grandes cidades brasileiras, por diversos institutos de pesquisa, colocam o PSDB à frente das disputas. Levantamento do UOL mostra que das 17 capitais e 13 municípios grandes pesquisados, os tucanos lideram em seis. Em seguida aparece o PT, que tem quatro candidatos favoritos, que lideram as intenções de voto. O conceito de “candidato favorito” é usado quando o político está em primeiro lugar isolado, à frente dos demais concorrentes e fora da margem de erro do estudo. No caso do PSDB, a posição de favoritismo ocorre em quatro capitais e em duas grandes cidades – entre as que têm mais de 200 mil eleitores. Os petistas são favoritos em duas capitais e duas cidades grandes. Os 30 municípios analisados têm um total de 21,9 milhões de eleitores – o equivalente a 15,6% do eleitorado brasileiro. O desempenho do PSDB nos levantamentos tem relevância política maior que a do PT por causa da vantagem em São Paulo.
Lula e Dilma brincam sobre a polêmica foto com Paulo Maluf.
Os dois se reuniram em hotel no Rio de Janeiro antes da abertura oficial da Rio+20.
Por Maria Lima, O Globo.
Há dois dias apanhando por causa da desastrosa foto ao lado do deputado Paulo Maluf (PP-SP) e o pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando...
terça-feira, 19 de junho de 2012
José Roberto Torero
Sarneylândia
Hoje, depois de 46 anos de domínio sarneysístico, o IDH do Maranhão é o segundo pior do Brasil. E o de São Luís, que alguns moradores bem-humorados chamam de Sarneylândia, está em vigésimo-primeiro lugar entre as capitais. Os nomes dos culpados estão espalhados pela cidade.
Sarneylândia
Hoje, depois de 46 anos de domínio sarneysístico, o IDH do Maranhão é o segundo pior do Brasil. E o de São Luís, que alguns moradores bem-humorados chamam de Sarneylândia, está em vigésimo-primeiro lugar entre as capitais. Os nomes dos culpados estão espalhados pela cidade.
Grécia, França e Egito: três eleições, três destinos
A Grécia, abalada do jeito que está, não teria condições de, sozinha, enfrentar a Troika Européia mais os governos dos 27 países da UE, todos contra ela. Na França, o resultado das eleições é promissor, embora recheado de contradições. E no Egito tudo é incerteza.
RIO+ 20
A IDADE DA RAZÃO. - A Cúpula da Terra, a 'Rio+20', acontece num divisor histórico que cobra, ao mesmo tempo legitima, a busca de novos caminhos para a continuidade da aventura humana no planeta. A singularidade desta reunião, talvez o seu maior trunfo, que não pode ser abstraído, tampouco amesquinhado pelas organizações, lideranças e chefes de Estado presentes no Rio de Janeiro, é reverberar o colapso da ordem neoliberal. Não é um acaso, nem deve ser tratado assim. Se a Rio+20 não associar organicamente a agenda do meio ambiente a um elenco de medidas destinadas a enfrentar a derrocada em curso suas propostas serão contaminadas pelo bafejo da irrelevância. O movimento ambientalista, cuja pertinência está sedimentada em estudos e indicadores científicos que evidenciam o assalto aos recursos que formam as bases da vida na Terra, enfrenta aqui a idade da razão. Sua responsabilidade é dar consequência política à bandeira do Estado anfitrião desse encontro: o futuro sustentável não será conquistado apenas na esfera ambiental. (Carta Maior; 3ª feira 19/06/2012)
Itamaraty: primeira greve em sua história
A casa da diplomacia brasileira, outrora honrada e muito eficiente, tornou-se um antro de nulidades a partir da posse do bagulhão de Caetés.
Hoje, 19 de junho de 2012 é uma data histórica: pela primeira vez em sua história o Ministério das Relações Exteriores terá 60 postos no exterior com todos os seus serviços paralisados.
Cidades como Paris, Roma, Londres, Nova York, Los Angeles e Washington, terão seus postos de atendimento aos turistas brasileiros totalmente sem atividade. Com as férias de meio de ano se aproximando, será um desastre total para quem precisar ser atendido em algum consulado ou mesmo embaixadas.
Se comparar-se os vencimentos de um diplomata em começo de carreira e um motorista do Senado a humilhação será grande.
Ajuda contra a quebra.
O FMI chegou à conclusão óbvia.
A crise do euro cresce e ele não terá cacife para o tradicional socorro como o que o Brasil já recebeu durante muitos anos para solucionar problemas de sua economia. Ao contrário, agora quem pede socorro é aquela organização.
Mas é justa a contribuição do Brasil.
Afinal, ninguém sabe aindo ao certo o que essas crises políticas e econômicas, tanto na Ásia como em alguns países da Europa, poderão resultar, com reflexos por aqui.
Por enquanto seguramos o timão do navio.
E desejamos superar as tempestades.
E é bom lembrar que 10 bilhões de dólares não é uma quantia tão grande, mas necessária, se comparando com a generosidade brasileira com paises amigos e com os malfeitores da nação.
Os maiores salários para nada fazerem.
Os congressistas estão há apenas 7 sessões do "recesso" de meio de ano. Mesmo tendo uma montanha de prioridades do Executivo para serem examinadas, o Senado não está nem aí para elas.
Na pauta existem nove projetos de lei (PL), duas propostas de emenda à Constituição (PEC) e um projeto de decreto legislativo.
Além de outras prioridades estabelecidas pelo Congresso, existem dezenas de outras matérias importantes que não serão examinadas sequer no segundo semestre.
As festas juninas, a Rio + 20, e depois o Natal, são muito mais importantes do que os trabalhos legislativos, cujos agentes recebem seu peso multiplicado por dez, em ouro, mas não dão a mínima importância às coisas referentes ao povo. Eles são muito mais importantes, o povo que se...
Farinha do mesmo saco.
PSD do Kassab aliado do Serra do PSDB em São Paulo, PP malufista aliado ao PT paulistano e o PP catarinense aliado histórico do DEM e PSD local. Então, ninguém pode falar apenas do PT, pois a geléia é generalizada.
O PP é aliado do PT nos estados onde o PT governa e do PSDB, PSD e DEM, onde estes partidos também administram.
Então, nenhuma novidade que o PP fisiologico se alie a PT, DEM, PSDB ou PMDB.
Em Salvador, o prefeito com péssima administração é do PP, só que o PP, assim como o PSD, não lançará candidato próprio, desgaste e rejeição, apoiará o PT em Salvador e o PSD, o PSDB em São Paulo.
Isto se chama oportunismo, sempre foi assim.
Erundina ética.
Uma prova de que a grande maioria dos politicos partidários do PT e do PSB não concorda em se aliar com o PP malufista está na atitude de Erundina que disse não ao Filhote da Ditadura e procurado pela Interpol no Mundo Inteiro: Paulo Maluf do PP que é tambem do Bolsonaro O Homofóbico Racista, enquanto a nivel Federal PT se coliga com os eternos fisiologicos e a Nivel Estadual Alckimim do PSDB e Anastasia do PSDB de Minas se alia aos canalhas do PP, PSD, PTB e PR, Erundina dá cartão Vermelho ao Maluf : como aconteceu em 1988 quando derrotou o Canddato do PPB da Ditadura ainda no Primeiro Turno.
Erundina continue no Congresso lutando por seus ideais junto com a Marta.
Cachoeira ou virose?
Deus do céu!
O juiz que substituiu o medroso que pediu afastamento do caso Cachoeira, teve seu telefone grampeado pela polícia Federal, que constatou ligações de seu aparelho para integrantes da quadrilha do contraventor goiano. O cara nem assumiu e já foi afastado das funções.
Eu quero saber: o caso Cachoeira é um inquérito policial ou uma virose? Não é possível!
Todos estão envolvidos com a quadrilha do "cara"? Até o juiz federal que substituiu o outro que pediu para dar o fora? Será que tem alguém nessa republiqueta dos petralhas imune ao Cachoeira? Acho melhor inventar logo uma vacina.
SEM ESQUECER NEM PERDOAR
Por Carlos Chagas.
Impossível não supor que os tempos de prisão e de tortura infligidos a Dilma Rousseff no início dos Anos Setenta não se tenham incrustado nela para sempre. Uma frase do depoimento da hoje presidente da República, pronunciada em 2001, dá bem a medida de como são permanentes os sentimentos de quem sofreu naqueles idos: “As marcas da tortura sou eu”.
A inesperada revelação da única vez em que Dilma admitiu relembrar o passado, agora exposta pelos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas, permite que se conclua porque ela se tornou rígida, áspera e intransigente em seu relacionamento com a vida e até com seus ministros. As marcas do que sofreu são ela mesma, por inteiro.
Não dá para projetar o futuro do governo Dilma sem mergulhar no que passou. Sua postura no presente constitui apenas o prolongamento daquilo que viveu antes. Assim como significa a previsão de que ela não vai mudar. Afastou a sombra do revanchismo, sem esquecer nem perdoar, mas exige de si mesma, e dos outros ao seu redor, inflexibilidade, quer dizer, comportamento íntegro, competência plena e nenhuma concessão a erros.
À medida em que decorrem os meses e os anos do mandato em curso, vão ficando visíveis as diferenças entre Dilma e o Lula. Criatura e criador deixaram de constituir uma unidade antes mesmo que o então presidente pensasse nela como sucessora. Surgem evidentes as características diversas de estilo, de modelo e de concepções. É com essa nova realidade que o PT e aliados devem raciocinar. Por razões variadas, vai ficando sonho de noite de verão a hipótese de o Lula retornar ao governo. Será com Dilma que devem compor-se os companheiros, se pretendem conservar o poder. Sabendo que ela não perdoa nem esquece. Pior para eles...
TENDÊNCIA NO PLENÁRIO.
Só por milagre o senador Demóstenes Torres conseguirá conservar o seu mandato, quando for julgado pelo plenário do Senado. Começava a circular entre os seus colegas um arremedo de projeto de lei impossível, mas nem por isso contrário à tendência quase unânime:
“Artigo Primeiro – Considere-se extinto o cidadão Demóstenes Torres.
Artigo Segundo – Revogam-se as disposições em contrário.”
NÃO SOBRA NINGUÉM
Quem já teve acesso ao relatório do ministro Joaquim Barbosa a respeito do mensalão espanta-se com a sua inflexibilidade. Seriam considerados culpados os 38 réus, em maior ou menor grau, mas todos passíveis de penas nada flexíveis. Como o relatório do ministro revisor, Ricardo Lewandowski, ainda é desconhecido, supõe-se que seja um pouco mais brando com relação a parte dos mensaleiros. Ainda que igualmente duro diante das figuras mais destacadas.
QUE SE ELEJAM GOVERNADORES.
No que depender da presidente Dilma Rousseff, o deputado Henrique Eduardo Alves deveria disputar o governo do Rio Grande do Norte, e o senador Renan Calheiros, o governo de Alagoas. Traduzindo: ela rejeita a pretensão de um tornar-se presidente da Câmara, e o outro, do Senado. Pode estar nessa suposição mais uma pedra no relacionamento entre a chefe do governo e seu vice, porque Michel Temer apóia as pré-candidaturas de ambos. No PMDB, porém, essa tendência não é unânime, ainda que o partido reivindique a chefia das duas casas do Congresso. Outros pretendentes existem.
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