sábado, 23 de junho de 2012

DESTA VEZ, VAMOS?


Por Carlos Chagas.
Confirmou o ministro Ricardo Lewandowski  para a semana que vem a entrega de seu relatório sobre o mensalão. Como revisor do processo, cabe a ele elaborar a última peça que precederá o  julgamento dos 38 réus,  pelo Supremo Tribunal Federal. Os demais ministros já se debruçam no trabalho do  relator, Joaquim Barbosa, devendo todos utilizar,  na parte ou no todo,  o recesso de julho para permitir o cumprimento do calendário antes acertado. Em agosto e até a primeira quinzena de setembro terão  concluído a tarefa de julgar, absolvendo ou condenando, os supostos participantes de um dos maiores escândalos da República.
Parece inócuo, e até perigoso, alinhar previsões sobre o resultado final. O julgamento será técnico,  conforme o presidente do Supremo, Ayres Britto. Seus companheiros decidirão conforme as peças do processo. Como toda decisão da mais alta corte nacional de justiça sempre será política, cada um que tire suas conclusões. Em especial depois que se pronunciarem o Procurador Geral da República, acusando, e os advogados de  cada um dos réus, defendendo.
O que se indaga é a respeito  das penas, se vierem a ser aplicadas: multas? Prestação de serviço civil? Cadeia?
Essas dúvidas devem estar atormentando os denunciados tanto quanto a punição suplementar e inexorável, que será a suspensão dos direitos políticos de quem for condenado, por oito anos. Estaria encerrada a carreira política de quantos se encontram em seu exercício, assim  como dos que imaginam retomá-la.
PERSEGUIÇÃO.
Insurge-se a embaixadora do Brasil na Suécia, Leda Martins Camargo, contra acusações de tratar mal os funcionários da embaixada através de atos de humilhação, sarcasmo e impropérios. A embaixadora pediu ao Itamaraty a abertura de sindicância a respeito, referindo-se ao documento de apoio  que recebeu dos servidores sob seu comando. Dentro de poucos dias o chanceler Antônio Patriota estará em vigem oficial à Suécia, contando  a embaixadora com toda a sua solidariedade.
NÃO FAZEM FALTA.
Faltaram à reunião da Rio+20 os presidentes dos Estados Unidos, Rússia e China, além dos primeiros-ministros da Alemanha, Inglaterra e Itália. Nada tinham a oferecer em matéria de iniciativas à defesa do ambientalismo e por isso  não fazem falta. A América Latina está presente, cabendo aos países em desenvolvimento suprir a ausência de muitos ricos  desinteressados em preservar o planeta.
BONS CONSELHOS.
Com todo cuidado e respeito, amigos do ex-presidente Lula unem-se aos  médicos para recomendar-lhe uma temporada de repouso, destinada  a recuperar por inteiro a saúde e, ao mesmo tempo, poupá-lo de desgastes políticos.  As recentes incursões do Lula nas eleições municipais tem sido contra-produtivas em matéria de resultados. Caso ele atenda aos apelos e conselhos, será melhor para todos.

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