sábado, 18 de fevereiro de 2012
A CONFERIR . . .
A disputa pela prefeitura paulistana.
Fernando Haddad, que provocou José Serra dizendo que gostaria de o enfrentar em São Paulo, parece que terá o seu desejo realizado.
É quase certo que Serra se candidatará à disputa pela Capital e enfrentará o Lula. Enquanto isso, o pouco confiável Gilberto Kassab, corre para se desculpar com Rousseff, por ter-se decidido a apoiar Serra.
Em suas explicações à "mãe Dilma" disse que continua com o firme propósito de se alinhar com a base aliada do Governo. Para esse camarada, o adjetivo apropriado para classificá-lo não pode ser apresentado aqui, ficaria deselegante fazê-lo, mas todos sabem a que me refiro. Haddad tanto pediu que terá pela frente um adversário capaz de deixá-lo com o rabo entre as pernas e colocá-lo em seu devido lugar: a lata de lixo.
QUEM GANHA ?!?
O Brasil é um grande carnaval (...) de malfeitores dentro do poder.
E com certeza, curtindo com a nossa cara (e nosso dinheiro), garantidos pela "grana" depositada em paraísos fiscais, e alguns até ousam, por serem amigos de Ministros importantes, em bancos europeus.
CBF terá de pagar R$ 8,2 mi à Coca-Cola.
Em uma decisão judicial publicada no início do mês, o juiz da 41ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro ordenou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quitasse um débito de R$ 8,2 milhões com a Coca-Cola por quebra de contrato. A gigante do ramo de bebidas era patrocinadora da seleção brasileira até 2001, com contrato válido até o ano seguinte. Antes do fim do compromisso, a CBF recebeu uma proposta milionária da Ambev, rival da Coca, e decidiu romper o contrato unilateralmente. A antiga patrocinadora não se conformou e levou a briga para a Justiça, pedindo R$ 12,7 milhões pela rescisão. Em 2008, a Coca-Cola ganhou em primeira instância e conseguiu o bloqueio de cerca de R$ 15 milhões das contas da CBF.
O GALO S.A
Por Angela Fernanda Belfort, do Jornal do Commercio
Um dos símbolos de nosso Carnaval opera como qualquer empresa, gerando empregos e estimulando a economia. Neste ano, captou R$ 3,5 milhões em investimentos.
Alimentado pela folia, existe um negócio que cresceu 10% neste Carnaval. É o Clube de Máscaras Galo da Madrugada que ao sair já terá captado um investimento de R$ 3,5 milhões. Trata-se de um dinheiro investido principalmente por patrocinadores, mas também por vendas de camarotes, camisas entre outros produtos com a marca Galo da Madrugada.
Sinônimo do início do reinado de Momo, o Galo tem CNPJ, funcionários que trabalham o ano inteiro e é responsável por uma movimentação grande de pequenas empresas e autônomos que perceberam que a festa também faz a economia girar.“Como negócio, o Galo vem, sistematicamente, aumentando há pelo menos quatro anos”, comenta o presidente da agremiação, Rômulo Meneses, um dos seus fundadores. O crescimento resultou na vinda de trios elétricos de Alagoas, Paraíba, Bahia e Rio Grande do Norte para desfilar no maior bloco do mundo, que vendeu este ano 30 mil camisas oficiais e vai contar com 25 trios.
Rômulo não revela o lucro da agremiação e o quanto cada patrocinador banca. A agremiação tem mais de 15 patrocinadores e alguns são classificados como masters: a Ambev, o supermercado Extra, Bradesco, Pitú, Riachuelo, Lacta, Vitarella, entre outros. Além de aportarem recursos próprios, algumas dessas grandes empresas utilizam a Lei Rouanet – um mecanismo de isenção fiscal que permite o aporte de recursos que seriam pagos ao Imposto de Renda em eventos culturais.
Do total bancado por patrocinadores, R$ 1,075 milhão sai dos cofres públicos. Este ano, o Estado fez um aporte de R$ 675 mil. A Prefeitura do Recife destinou R$ 400 mil. “O Galo dá um retorno de empregos, impostos e de mídia espontânea para o Estado, divulgando a imagem de Pernambuco”, justifica o secretario estadual de Turismo, Alberto Feitosa.
O Galo também mantem uma escolinha de música no Bairro de São José, onde estão matriculados 43 jovens que aprendem a tocar instrumentos musicais, como trombone, trompete, saxofone, teclado, percussão, violão e teclado, entre outros. A agremiação banca o salário de quatro professores de música e do maestro Lima Neto, que é o coordenador da escolinha. “É um trabalho de responsabilidade social”, atesta Rômulo.
O único lucro revelado por ele é o gerado com a venda das camisas, que será de R$ 150 mil. “Fazemos convênios com o Extra e o Bompreço para a venda de camisas”, conta Rômulo. O Galo é “superavitário”. No entanto, nem tudo que capta é gasto no Carnaval. “Temos que fazer uma programação financeira bem feita para bancar, durante todo o ano, os serviços de manutenção da sede, os funcionários, os investimentos e eventos que ocorrem ao longo do ano”, conta Meneses. Ou seja, um dos maiores símbolos de nosso Carnaval funciona como uma autêntica empresa.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
ELOÁ . . .
O assassino de Eloá vai ficar ao menos 12 anos preso.
O julgamento causou comoção no povão que bradou por justiça e gritou assassino!
Espero ver um dia os corruptos brasileiros serem julgados no Tribunal e o povo acompanhe o noticiário e também aguarde do lado de fora do Fórum, de forma ansiosa, o resultado condenatório daqueles que roubam os cofres públicos e gritem: Corruptos, bandidos, ladrões!!
APROVADO . . .
A existência da Lei da Ficha Limpa -, só tem uma justificativa: a morosidade do judiciário em julgar os processos.
Portanto, é uma hipocrisia essa falsa moralidade.
Num Estado Democrático de Direito é temerário esse tipo de decisão.
Condenar uma pessoa com base em uma lei futura.
Se os corruptos não foram condenados o culpado é o próprio judiciário que não os condenou, a exemplo disso: é o processo do mensalão que está encalhado no STF há anos.
Portanto, é uma hipocrisia essa falsa moralidade.
Num Estado Democrático de Direito é temerário esse tipo de decisão.
Condenar uma pessoa com base em uma lei futura.
Se os corruptos não foram condenados o culpado é o próprio judiciário que não os condenou, a exemplo disso: é o processo do mensalão que está encalhado no STF há anos.
NO MILHO!?!
Não sei o quanto há de verdade nessa polêmica, mas a verdade é uma só: todas as vezes em que política e religião puseram-se em luta quem perdeu foi a sociedade. As mais sangrentas guerras e revoluções da história nasceram aí.
O fato em si é preocupante pela constatação de existência de uma franca animosidade entre dois grupos. Pelo sim, pelo não, é bom colocar as barbas de molho!
O fato em si é preocupante pela constatação de existência de uma franca animosidade entre dois grupos. Pelo sim, pelo não, é bom colocar as barbas de molho!
REPARAR O PASSADO OU PREVENIR O FUTURO?
Por Carlos Chagas.
Reparar o passado ou prevenir o futuro? Discutem há tempos os juristas a respeito da finalidade da pena, chegando a maioria a optar pelos dois raciocínios. Fica evidente dever o criminoso pagar pelo crime cometido, como também é claro que, encarcerado, não terá oportunidade de repetir o malfeito, além de poder, em tese, recuperar-se para retornar à vida em sociedade.
Muito se discute e se discutirá a pena aplicada ao criminoso que ocupa as telinhas do país inteiro, sendo julgado em Santo André pelo assassinato da jovem Eloá Pimentel, em 2008. De uma forma ou de outra, ele não cumprirá a pena que lhe está sendo aplicada. Será, como tantos outros animais, beneficiado por desvãos da lei e recursos de toda espécie. Em poucos anos será visto na rua, e a pergunta que se faz também é dupla: reparou o passado, ou seja, pagou pelo crime hediondo praticado? Estará recuperado, pronto para voltar ao convívio social, ou o perigo será de repetir o ato bárbaro de seis anos atrás?
Por conta da resposta inconclusa seria hora de os poderes Legislativo e Judiciário reformularem o Código de Processo Penal, o Código Penal e a própria Constituição. As facilidades oferecidas aos bandidos condenados nada tem a ver com a democracia. Torna-se necessário rever a legislação vigente em nome do passado, longe de estar reparado na maioria dos casos de condenação, e do futuro, sob o risco de não ter sido prevenido. Claro que tudo com a participação de instituições variadas e sucessivos debates. Mas deixar as coisas como estão, positivamente, não dá. Bela oportunidade seria de o ministro da Justiça chamar a si a coordenação de mudanças sensíveis na realidade atual.
POR ACLAMAÇÃO NÃO DÁ.
Corre em São Paulo: José Serra aceitaria candidatar-se à prefeitura da capital desde que indicado por aclamação pelo PSDB paulistano, sem submeter-se à prévia já marcada para o mês de março. Convenhamos, mesmo sendo amplas as chances de o ex-governador eleger-se, trata-se de um exagero. Por que esnobar a participação dos companheiros de partido se em seguida se submeterá a seleção maior e definitiva, as eleições? Muita gente entende que, se verdadeira a exigência do pré-candidato, na verdade constituiria uma desculpa para não concorrer. O problema é o desgaste que continua a assolar o ninho dos tucanos. Cada dia que passa sem um plano de vôo enfraquece a esquadrilha.
O MESMO VAZIO DE SEMPRE.
A partir de hoje, ou melhor, desde ontem, não se encontrará um deputado ou senador nos corredores do Congresso. Os poucos que vieram a Brasília esta semana tomaram o rumo de suas bases, para só retornar dia 28, terça-feira. Isso depois das prolongadas férias iniciadas antes do Natal de 2011 e só encerradas no começo deste mês.
Guardadas as proporções, o mesmo acontece no Executivo e no Judiciário. A presidente Dilma arruma as malas para voltar à Base de Aratu, na Bahia, durante o Carnaval. Seus ministros entenderam o recado e já se mandam para os estados de origem ou os centros mais animados da folia.
Nos tribunais superiores, coisa parecida, interrompendo-se julgamentos que dificilmente serão retomados na próxima semana, pelo menos só depois da quarta-feira de Cinzas. Mais uma vez, a capital federal esvazia-se. E a Semana Santa vem aí.
Vale repetir a voz rouca das ruas: país rico é assim mesmo...
LIÇÕES DE VITORINO.
O saudoso senador Vitorino Freire trazia para o Congresso a experiência e a voz do sertão, através de imagens em nada inferiores às perorações de doutos filósofos, juristas e luminares. Repetia sempre duas histórias: “quando o caboclo vai pela estrada e vê um jaboti instalado no alto de uma forquilha de goiabeira, passa ao largo sem fazer barulho, porque jaboti não sobe em árvore, sinal de alguém o colocou lá”. A outra: “em rio de piranha, jacaré nada de costas e macaco bebe água de canudinho”.
A lembrança se faz a propósito da euforia com que a equipe econômica analisa a crise mundial e afasta o Brasil de suas consequências. Para Guido Mantega e companhia estamos imunes aos efeitos da bancarrota em paises da Europa e das dificuldades verificadas nos Estados Unidos.
Seria bom a presidente Dilma não se deixar contaminar por tanta alegria e atentar para as lições de Vitorino. Prevenir será sempre mais eficaz do que reparar, só para voltarmos ao tema da primeira nota.
Lula é quem segura Mantega, mas Dilma quer Nelson Barbosa
A presidenta Dilma Rousseff ainda não substituiu o ministro Guido Mantega pelo secretário-executivo Nelson Barbosa, no Ministério da Fazenda, para não afrontar o ex-presidente Lula. Os dois estão virtualmente rompidos, após áspera discussão sobre o escândalo de corrupção que derrubou o presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, amigo pessoal de Mantega, que o escolheu para o cargo.
THE ECONOMIST
Dilma vem emergindo.
A presidenta Dilma Rousseff se distancia de seu antecessor, imprime estilo próprio ao governo e pode estar preparando uma agenda ambiciosa, segundo matéria da revista The Economist, em edição que chegou às bancas na noite de ontem (16). Intitulada de "Sendo ela mesma", a matéria destaca que, sem gestos bruscos, a presidenta vem emergindo da sombra do ex-presidente Lula, "predecessor e patrono", "para remodelar o estado brasileiro a seu próprio jeito". Com uma ilustração que mostra Dilma dirigindo um ônibus que entra em uma rua chamada Dilma's Way (Caminho de Dilma), com membros de seu gabinete sendo arremessados para fora do veículo e o ex-presidente observando, a "The Economist" destaca os princípios firmes, o perfil mais técnico, a lealdade a aliados e o toque feminino como traços principais do atual governo brasileiro.
Seis empresas participaram de leilão para compra de ambulâncias do Samu
O Ministério da Saúde informou, por meio de nota, que participaram do pregão 04/2012 da manhã desta sexta-feira, para a compra de 1.000 ambulâncias do Samu 192, revendedores das marcas Ford, Renault, Peugeot e Mercedes-Benz, mas não da Fiat do Brasil. Assegurou ainda que “não houve qualquer alteração do edital” para a compra das ambulâncias, cujas normas de segurança deverão estar compatíveis com resolução do Conama. Quanto à referência ao ano e ao modelo do veículo, a assessoria informou que “o fato de não haver citação ao modelo do veículo não implica em ilegalidade do processo” e que o edital determina apenas que seja “zero km, modelo do ano da entrega ou do ano posterior, adaptado para ambulância”
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
CARTÕES PREOCUPAM
O Botafogo está animado com a ascensão do time, mas preocupado com o excesso de cartões amarelos: dez em seis rodadas. Quatro jogadores – Marcio Azevedo, Marcelo Matos, Maicosuel e Antonio Carlos – terão que adotar cautela no jogo de sábado com o Macaé, a fim de não ficarem fora do primeiro jogo das semifinais da Taça Guanabara.
O zagueiro Antonio Carlos, um dos pendurados, diz que o grupo é consciente: “Não vamos entrar preocupados com os cartões. Temos consciência de que jogamos limpo e o cartão nem sempre pode ser evitado”. Marcelo Matos considera que“todos os que estão com dois cartões poderão fazer falta, mas o técnico pode dispor de outros jogadores”.
O meio-campo Andrezinho, fora da goleada sobre o Bonsucesso, voltou a treinar, recuperado das dores musculares na coxa, mas não é certo que reapareça sábado em Macaé. A definição será depois das avaliações de hoje e amanhã, após o treino final para o jogo com o Macaé. A viagem será de avião, a fim de evitar o trânsito na estrada por causa do Carnaval.
O atacante Jobson, que se prepara para voltar em março, quando termina a suspensão por ter usado drogas, completou ontem 24 anos. Ele teve autorização do clube para passar o Carnaval na Bahia para onde viajará com a namorada Rafaela
CAMPEÃO PERDE DE VIRADA
O Santos, campeão da Copa Libertadores 2011, estreou com derrota (2 a 1) ontem à noite, em La Paz (Bolívia). Henrique fez o gol do Santos, e Cristaldo empatou ainda no primeiro tempo. O gol da virada do The Strongest (o mais forte, em inglês) foi de Ramallo, aos 45 minutos, levando o público ao delírio no estádio Hernando Siles, que não estava lotado.
Muricy Ramalho ficou irritado porque só horas antes do jogo foi informado que o lateral-esquerdo Juan, emprestado pelo São Paulo, não poderia jogar por estar suspenso. O técnico também não poupou o time de críticas pelas oportunidades de gol que perdeu, principalmente no segundo tempo. E resumiu numa frase curta: “Futebol é assim: quem não mata, morre”.
Ibson, meio-campo, cuja volta ao Flamengo chegou a ser precipitadamente anunciada como certa, em troca com o zagueiro Alex Silva, entrou no lugar de Elano. Teve atuação discreta. Neymar, bem marcado, não conseguiu render. Quem voltou a jogar bem foi o lateral-direito uruguaio Fucile. Visivelmente aborrecido, o lateral-esquerdo Juan, suspenso, disse que não foi bom ter ido à Bolívia como turista.
O Internacional estreou na semana passada ganhando (1 a 0) do Juan Aurich, do Peru, que está em último com o Santos. O Inter divide o 1º lugar do Grupo 1 com o time boliviano The Strongest, que ontem à noite venceu o Santos, segundo brasileiro a perder na Libertadores 2012. O primeiro foi o Vasco.
A notícia da renúncia de Ricardo Teixeira foi divulgada, pela primeira vez, aqui no blog. E está confirmada: ele entrega o cargo hoje, último dia útil da semana, porque a partir de amanhã já é Carnaval.
Em processo de fritura há algum tempo, caiu em desgraça política, isolado, sem prestígio, desmoralizado pela denúncia de receber propina, Ricardo Teixeira teve os problemas de saúde agravados e será operado do coração. Em Miami.
Com a renúncia, o vice-presidente José Maria Marin convocará os presidentes de Federações para que, em março, em eleição extraordinária, escolham o novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol.
O governo federal queria indicar, mas a Fifa só reconhece o presidente da entidade nacional em eleição direta. E assim será feito. Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista, é o nome de consenso do Planalto.
As Federações estarão unidas em torno de Marco Polo del Nero, nome sugerido por Aldo Rebelo, ministro do Esporte, e de pronto aprovado pelo Palácio do Planalto.
O ministro do Esporte chegou a pensar em intervenção na CBF, diante da relutância inicial de Ricardo Teixeira de renunciar, mas foi alertado de que a medida seria ilegal e criaria problema perante à Fifa.
A nova sede da CBF será no Estádio Nacional de Brasília. A sede e o centro de treinamento da seleção. A Granja Comary e o terreno da Barra da Tijuca, onde Teixeira pretendia construir o CT, serão vendidos. A sede atual da CBF é alugada.
Todos os atuais diretores da CBF, escolhidos por Ricardo Teixeira, perderão o cargo. A única exceção é Andrés Sanchez, diretor de seleções, licenciado da presidência do Sport Club Corinthians Paulista.
Joseph Blatter, presidente da Fifa, considera-se traído por Ricardo Teixeira, que tentou impedir sua reeleição e queria eleger o presidente da Federação do Qatar, com o apoio, inclusive financeiro, do bloco sul-americano e da Concacaf.
Blatter terá encontro em março com a presidenta Dilma e antecipou o pedido para que Ricardo Teixeira não estivesse presente. Era o que faltava para que o Planalto entrasse em campo e pressionasse a saída.
Ricardo Teixeira está se preparando para uma cirurgia no coração, em hospital de Miami, mas com médicos brasileiros. Em setembro de 2011 ele colocou stent e agora vai receber quatro pontes de safena.
Ricardo Teixeira vai morar no estado da Flórida. Ele tem uma casa bem montada em condomínio luxuoso em Dade, localidade privilegiada, entre Boca Ratón e Fort Lauderdalle, área nobre dos bem-sucedidos de Miami.
Orçamentos (segundo a matéria da Carta Maior):
Educação em 2011 - R$ 25 bilhões; em 2012 - R$ 33 bilhões (+ 32%); Saúde em 2011 - R$ 64 bilhões; em 2012 - R$ 72 bilhões (+ 12,5%).
O orçamento da Educação é 32% maior do que foi em 2011 e o da Saúde cresceu 12,5%, certo?
Então, questiono:
Que cortes?
Quais?
Onde?
Parece que a Mídia e os jornalistas brasileiros estão 'revolucionando a Matemática'.
Imaginem um professor de matemática ensinando os seus alunos assim:
Um orçamento passa de R$ 64 bilhões para R$ 72 bilhões e o outro passa de R$ 25 bilhões para R$ 33 bilhões de um ano para o outro. Baseado nestes números, responda: Em quanto eles diminuíram em R$ e em %?
Quem acertar, ganha um doce de piqui.
CORTES ORÇAMENTÁRIOS 2.012
Não há "cortes", há "incrementos"; Aqui no BRASIL, os cortes orçamentários são uma prioridade em prol dos juros da dívida pública, e como sempre, senadores, deputados federais e estaduais, veredores e o judiciário devem ter ficado fora desses cortes, que só sacrificam os serviços públicos à população e a infra-estrutura e o desenvolvimento do país.
Esse governo poderia ser mais ousado.
Esse governo poderia ser mais ousado.
Prefere agradar a banca rentista, para manter-se vivo.
Em minha opinião é pragmatismo demais.
Dizer que se preservam Saúde e Educação, com esses valores de investimento é uma piada!!!
Isso é esquerda? (medida austera neoliberal: politicas públicas de efetividade dos direitos fundamentais que se explodam).
Isso é esquerda? (medida austera neoliberal: politicas públicas de efetividade dos direitos fundamentais que se explodam).
NÃO HÁ "CORTES", HÁ "INCREMENTOS". !?!
Por juros, Dilma corta R$ 55 bi e só poupa obras e combate à miséria.
Governo arrocha orçamento aprovado pelo Congresso e bloqueia R$ 55 bi. Para equipe econômica, parlamentares foram otimistas, e receita aprovada não se confirmará. Ajuste tenta garantir R$ 140 bi para pagar juro ao 'mercado', que esperava corte de R$ 60 bi. Por crescimento de 4,5%, investimentos escapam. Bandeira de Dilma, combate à miséria também é poupado.
André Barrocal, na Carta Maior.Por achar o Congresso otimista demais no cálculo da arrecadação e para garantir que terá R$ 140 bilhões para pagar juros da dívida pública ao “mercado” este ano, o governo bloqueou R$ 55 bilhões do orçamento aprovado pelos parlamentares. O corte poupou o programa de combate à miséria e investimentos em obras de infra-estrutura e construção de moradias populares. E tenta preservar saúde e educação.
Segundo a equipe econômica, há determinação da presidenta Dilma Rousseff para que se melhorem serviços públicos em educação e saúde, a fim de atender as pessoas que entraram na classe média a partir do governo Lula.
Já no caso dos investimentos, a manutenção dos gastos aprovados pelo Congresso busca contribuir para o país crescer este ano pelo menos 4,5%, mais do que em 2011, cujo resultado na casa de 3% resultou, entre outras razões, de uma retirada igualmente elevada de recursos do orçamento (R$ 50 bilhões).
A tesourada de agora foi anunciada nesta quarta-feira (15) e ficou aquém do que esperava o "mercado" (R$ 60 bilhões). Parte sacrificará investimento em obras incluídas no orçamento por iniciativa de parlamentares (emendas). O valor, porém, não foi divulgado.
Para preparar o espírito da classe política para o que viria, Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, haviam se reunido, na véspera, com o Conselho Político, formado por dirigentes e líderes de partidos governistas.
Na reunião, mesmo sem falar no tamanho do corte, Dilma e Mantega haviam exposto o eixo central da gestão atual (qualificar os serviços públicos em saúde e educação e incentivar o crescimento via investimentos), a fim de mostrar aos aliados que seria bom apoiar os planos do governo.
Segundo o ministro diria depois à imprensa, o sucesso do governo é “compartilhado” pela base aliada, que poderia tirar proveito disso em discursos e eleições. É com este tipo de argumento que o governo espera convencer os aliados a apoiar suas decisões, mesmo sabendo que, em ano eleitoral, é grande a tentação dos parlamentares de lutar por mais emendas e gastos.
Ao explicar o bloqueio nesta quarta-feira (15), Mantega fez questão de deixar claro que conciliar melhoria em educação e saúde, com crescimento de 4,5% e pagamento de juros da dívida ao mercado era a premissa básica do governo, ao ajustar o orçamento.
Na entrevista, o ministro disse que, depois de ajustado, o orçamento “privilegia o aumento do investimento, que é a locomotiva do crescimento”. Que é um “contingenciamento alto, sim, que vai garantir a obtenção do resultado primário [pagamento de juros]". Que vai “viabilizar mais serviços públicos e com mais qualidade”. E que, por tudo isso, "não é um ajuste fiscal clássico, conservador", que "corta tudo", como se vê na Europa.
Otimismo x realismo.
A lei, já sancionada pela presidenta, define quais são os limites máximos de gastos com os quais o governo pode trabalhar em cada área e no geral. O governo pode ou não usar o limite máximo. O que faz em todo o início de ano é anunciar qual é o seu próprio teto, posteriormente formalizado por meio de um decreto.
A lei aprovada pelo Congresso dava ao governo federal o limite de R$ 937 bilhões em gastos, sendo R$ 97 bilhões para juros da dívida (os outros R$ 43 bilhões, para totalizar R$ 140 bilhões, sairão de estados e municípios) e R$ 866 bilhões para as demais despesas. Depois do ajuste do governo, a receita caiu para R$ 908 bilhões, as despesas, para R$ 811 bilhões, enquanto os juros continuaram em R$ 140 bilhões.
O ajuste nas receitas foi feito porque o governo sempre acha que o Congresso exagera no otimismo – é uma queda-de-braço antiga. “Somos um pouco mais realistas”, afirmou Mantega.
Na comparação entre o que foi aprovado pelo Congresso e o que o governo diz agora que vai gastar de fato, quem mais perdeu dinheiro foi a saúde (R$ 5,4 bilhões). Mas, na comparação com o projeto de orçamento 2012 que o governo mandara ao Congresso, a saúde ganhou cerca de R$ 500 milhões. E, na comparação com o que foi de fato gasto no ano passado, a despesa de R$ 72 bilhões este ano será R$ 8 bilhões superior.
O mesmo vale para a educação, e por isso o governo diz agora que estas duas áreas sociais foram poupadas da tesourada. A educação recebeu R$ 25 bilhões em 2011, o governo propôs que recebesse R$ 33 bilhões em 2012, o Congresso subiu esse valor para R$ 35 bilhões, e agora o governo devolveu o limite para R$ 33 bilhões.
O programa de combate à miséria terá exatamente o que o Congresso aprovou, R$ 27 bilhões, R$ 1 bilhão acima do projeto original do governo. O mesmo aconteceu com os investimentos dos programas de obras de infra-estrutura (PAC) e de construção de imóveis. Juntos, ambos terão R$ 42 bilhões, o mesmo que tinha sido proposto pelo governo e que foi aprovado pelo Congresso.
Leia Mais:
A RIO-20 DOS RICOS: 'EU CONSUMO, VOCE JEJUA'
"(antes) a solução que as pessoas encontravam era 'controle a população dos países em desenvolvimento, porque senão eles vão consumir o que nós precisamos (...) é a visão (malthusiana) de que o problema do mundo é que tem pobre demais e poucos recursos naturais. Agora a preocupação é outra: os pobres estão virando classe média (...) o que é uma ótima notícia. E também é verdade que isso representa um desafio para o ambiente. Mas a solução não é restringir o consumo só deles. A solução é um esforço mundial para que não haja uma divisão do gênero: a classe média americana pode ter quatro carros e classe média indiana tem que andar de bicicleta. A sinalização (deles) é a seguinte: "Nós inventamos esse conceito de classe média meio para a gente. Não é para vocês, não. Isso não é possível (...) não se pode aceitar é que os países desenvolvidos considerem que nós temos que repensar o que é padrão de consumo de classe média, e eles, não " (embaixador André Aranha Corrêa do Lago, negociador-chefe do Brasil para a Rio+20, para quem essa é uma conferencia sobre desenvolvimento sustentável; Valor; 16-02
Esses dias tive que preencher uma ficha médica e me questionaram sobre a minha etnia. Não tive dúvidas: colorado (Internacional de Porto Alegre). Tomei o cuidado, inclusive, de colocar a observação entre parêntesis.
Inspirado na ficha médica, resolvi entrar em contato com a NET, minha provedora de canais a cabo, a fim de convencê-los de que eu merecia poder ver os jogos de meu time do coração na TV fechada.
Nem preciso dizer que a conversa foi absolutamente infrutífera. Em primeiro lugar, porque a atendente disse não ser relevante a minha etnia. Depois, não conhecia o Colorado e, por último, disse que a culpa de eu não poder ver os jogos da Libertadores da América na TV fechada era do canal Fox Sports.
Num só diálogo fui triplamente ofendido. Vi que minha etnia era desconhecida, senti-me um membro de uma tribo isolada em um canto do mundo, com língua e cultura própria (hummm...). O Internacional, Campeão de Tudo, time que mais venceu nesse milênio, era desconhecido da moça – um absurdo. Agora, a TV fechada não passar os jogos do Inter na Libertadores, por culpa da Fox Sports (será?) pareceu-me um evento antijurídico.
Moro em São Paulo.
Por tal motivo, jamais verei na TV aberta um jogo do colorado. Nem a final da Libertadores de 2010 foi transmitida na TV aberta. Preferiram transmitir o jogo do Santos na Copa do Brasil.
Entretanto, faz sentido que a TV aberta, em São Paulo, não queira mostrar jogos do Internacional. Os nativos querem ver os seus times na Globo. Em Porto Alegre, em compensação, se passasse um jogo do Corinthians, ao invés do Colorado, iniciar-se-ia verdadeira revolução.
Agora, merece atenção essa questão que envolve o canal Fox Sports e as operadores de TV a cabo NET e Sky, detentoras, pelo que se divulga, de setenta por cento do mercado da TV por assinatura.
A gênese do problema é a de sempre: quem manda são as organizações Globo. Ou se diz amém ao plim plim ou nada feito. Basta que se lembre do episódio do treinador da seleção brasileira Dunga (igualmente de etnia colorada). Embora tenha sido um sucesso durante todo o período de preparação para a Copa do Mundo, sempre foi objeto das mais duras e, no mais das vezes, injustificáveis críticas. Ao contrário do atual treinador da seleção, não era afeito às entrevistas exclusivas dos veículos da Globo. Quando a seleção foi eliminada, tornou-se um pária. Foi queimado pelo poço de virtudes que é o Sr. Ricardo Teixeira, presidente, ao menos por enquanto, da CBF. Aliás, a entrevista do Sr. Ricardo Teixeira, na qual Dunga foi duramente criticado, foi exclusiva para a Globo.
As organizações Globo são donas dos canais Sportv. O ingresso da FOX Sports na grade de programação das operadoras de TV a cabo significará perda de audiência da Sportv. Haverá concorrência! E aí não há Bozó que suporte.
Dessa forma, o que poderia ser uma reclamação de torcedor (ou de secador – por acaso alguém acha que os gremistas, os sãopaulinos e os palmeirenses não têm interesse em ver os jogos da Libertadores?), passa a ser um caso de infração às regras de concorrência. O art. 21, da Lei 8884/94, determina: “Art. 21. As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista no art. 20 e seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica: IV - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado; V - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços.”
A posição dominante no mercado exercida pela Globo e seus longos braços, esgana todos os consumidores que gostariam de ver os jogos de seus times na TV fechada.
Futebol é coisa séria. Trata-se de patrimônio cultural do povo brasileiro. Basta lembrar da Copa do Mundo e a mobilização da União, Estados e Municípios para viabilizar o evento.
Futebol é questão tão séria que há interesse social nas notícias a ele ligadas. Não fosse assim, os notáveis debates nos tribunais envolvendo o jornalista Juca Kfouri, a CBF e o Sr. Ricardo Teixeira, teriam solução diversa.
Se Ricardo Teixeira pode ser chamado de “sub-chefe da máfia do futebol nacional” por Juca Kfouri é porque o futebol e tudo que o cerca estão sujeitos à crítica – por mais dura que seja – inspirada pelo interesse coletivo (conforme trecho da decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, no AI 675276/RJ).
A não transmissão dos jogos da Libertadores da América na TV fechada deve ser tratada com a seriedade que a questão impõe. Cabe ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) zelar (art. 7º, L. 8884/94) pela preservação da livre concorrência e defesa do consumidor, reprimindo o abuso de poder econômico (art. 1º, L. 8884/94).
Entidades privadas, ligadas por interesses nada nobres, não estão acima do consumidor de futebol. Ou melhor, evidente que estão! É por tal motivo que os órgãos de controle do Estado devem se fazer presentes, a fim de reequlibrar essa relação sempre desigual. Hoje, é a Libertadores que, de certa forma, é objeto de uma censura motivada por infração à ordem econômica e social. Ontem, esses entes privados estavam conectados para dar a mais ampla divulgação ao esporte bretão. Enquanto mais alto, melhor. Afinal, os gritos nos porões da ditadura tinham que ser de alguma forma abafados.
Esse manuseio da paixão nacional é ilegal. É imoral.
(E o mais curioso nessa história toda é que o Sr. Ricardo Teixeira, se for mesmo morar em Miami, poderá ver a Libertadores da América na Fox Sports. E nós, não!)
Inspirado na ficha médica, resolvi entrar em contato com a NET, minha provedora de canais a cabo, a fim de convencê-los de que eu merecia poder ver os jogos de meu time do coração na TV fechada.
Nem preciso dizer que a conversa foi absolutamente infrutífera. Em primeiro lugar, porque a atendente disse não ser relevante a minha etnia. Depois, não conhecia o Colorado e, por último, disse que a culpa de eu não poder ver os jogos da Libertadores da América na TV fechada era do canal Fox Sports.
Num só diálogo fui triplamente ofendido. Vi que minha etnia era desconhecida, senti-me um membro de uma tribo isolada em um canto do mundo, com língua e cultura própria (hummm...). O Internacional, Campeão de Tudo, time que mais venceu nesse milênio, era desconhecido da moça – um absurdo. Agora, a TV fechada não passar os jogos do Inter na Libertadores, por culpa da Fox Sports (será?) pareceu-me um evento antijurídico.
Moro em São Paulo.
Por tal motivo, jamais verei na TV aberta um jogo do colorado. Nem a final da Libertadores de 2010 foi transmitida na TV aberta. Preferiram transmitir o jogo do Santos na Copa do Brasil.
Entretanto, faz sentido que a TV aberta, em São Paulo, não queira mostrar jogos do Internacional. Os nativos querem ver os seus times na Globo. Em Porto Alegre, em compensação, se passasse um jogo do Corinthians, ao invés do Colorado, iniciar-se-ia verdadeira revolução.
Agora, merece atenção essa questão que envolve o canal Fox Sports e as operadores de TV a cabo NET e Sky, detentoras, pelo que se divulga, de setenta por cento do mercado da TV por assinatura.
A gênese do problema é a de sempre: quem manda são as organizações Globo. Ou se diz amém ao plim plim ou nada feito. Basta que se lembre do episódio do treinador da seleção brasileira Dunga (igualmente de etnia colorada). Embora tenha sido um sucesso durante todo o período de preparação para a Copa do Mundo, sempre foi objeto das mais duras e, no mais das vezes, injustificáveis críticas. Ao contrário do atual treinador da seleção, não era afeito às entrevistas exclusivas dos veículos da Globo. Quando a seleção foi eliminada, tornou-se um pária. Foi queimado pelo poço de virtudes que é o Sr. Ricardo Teixeira, presidente, ao menos por enquanto, da CBF. Aliás, a entrevista do Sr. Ricardo Teixeira, na qual Dunga foi duramente criticado, foi exclusiva para a Globo.
As organizações Globo são donas dos canais Sportv. O ingresso da FOX Sports na grade de programação das operadoras de TV a cabo significará perda de audiência da Sportv. Haverá concorrência! E aí não há Bozó que suporte.
Dessa forma, o que poderia ser uma reclamação de torcedor (ou de secador – por acaso alguém acha que os gremistas, os sãopaulinos e os palmeirenses não têm interesse em ver os jogos da Libertadores?), passa a ser um caso de infração às regras de concorrência. O art. 21, da Lei 8884/94, determina: “Art. 21. As seguintes condutas, além de outras, na medida em que configurem hipótese prevista no art. 20 e seus incisos, caracterizam infração da ordem econômica: IV - limitar ou impedir o acesso de novas empresas ao mercado; V - criar dificuldades à constituição, ao funcionamento ou ao desenvolvimento de empresa concorrente ou de fornecedor, adquirente ou financiador de bens ou serviços.”
A posição dominante no mercado exercida pela Globo e seus longos braços, esgana todos os consumidores que gostariam de ver os jogos de seus times na TV fechada.
Futebol é coisa séria. Trata-se de patrimônio cultural do povo brasileiro. Basta lembrar da Copa do Mundo e a mobilização da União, Estados e Municípios para viabilizar o evento.
Futebol é questão tão séria que há interesse social nas notícias a ele ligadas. Não fosse assim, os notáveis debates nos tribunais envolvendo o jornalista Juca Kfouri, a CBF e o Sr. Ricardo Teixeira, teriam solução diversa.
Se Ricardo Teixeira pode ser chamado de “sub-chefe da máfia do futebol nacional” por Juca Kfouri é porque o futebol e tudo que o cerca estão sujeitos à crítica – por mais dura que seja – inspirada pelo interesse coletivo (conforme trecho da decisão do Ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, no AI 675276/RJ).
A não transmissão dos jogos da Libertadores da América na TV fechada deve ser tratada com a seriedade que a questão impõe. Cabe ao CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) zelar (art. 7º, L. 8884/94) pela preservação da livre concorrência e defesa do consumidor, reprimindo o abuso de poder econômico (art. 1º, L. 8884/94).
Entidades privadas, ligadas por interesses nada nobres, não estão acima do consumidor de futebol. Ou melhor, evidente que estão! É por tal motivo que os órgãos de controle do Estado devem se fazer presentes, a fim de reequlibrar essa relação sempre desigual. Hoje, é a Libertadores que, de certa forma, é objeto de uma censura motivada por infração à ordem econômica e social. Ontem, esses entes privados estavam conectados para dar a mais ampla divulgação ao esporte bretão. Enquanto mais alto, melhor. Afinal, os gritos nos porões da ditadura tinham que ser de alguma forma abafados.
Esse manuseio da paixão nacional é ilegal. É imoral.
(E o mais curioso nessa história toda é que o Sr. Ricardo Teixeira, se for mesmo morar em Miami, poderá ver a Libertadores da América na Fox Sports. E nós, não!)
Haja circo!
Enquanto as grandes redes de TV se esmeram em fazer espetáculo sobre o julgamento de um cretino cujo crime poderia ter sido evitado com a ação simples de um atirador de escola, não se vê notícia alguma sobre o julgamento de "Jerominho" e seu irmão, que ocorre no RJ.
Será que é por que os crimes desses últimos envolvem interesses 'políticos' dos gerentes do tráfico e das milícias que se instalaram naquele estado?
PM
No passado recente, para entrar nos quadros das policias militares no Brasil, bastava possuir o curso primário. Na época quando um oficial determinava alguma missão, esses abnegados soldados cumpriam os seus deveres e ordens. Após a Prostituição de 88, passou a exigir o segundo grau completo, aí as coisas começaram de mal a pior, os salários aumentaram, e a procura por pessoas com curso superior em todas as aréas inscrevendo-se para ingressar nas forças de segurança (PM).
Passaram a questionar ordens dadas por oficiais, questionam tudo de direito ou não, e ainda por cima alguns são insubordinados, ameaçam os seus superiores e nada acontece.
Perguntinha rápida e fácil
O corte no orçamento deve ter sido estudado e feito de forma a afetar apenas aqueles gastos desnecessários ou injustificados, contemplados quando da elaboração da peça. Até aí tudo bem, todos entendem.
Logo, o governo deve divulgar amplamente quanto foi retirado dos repasses à Câmara, ao Senado e ao custeio dos Ministérios.
Eu, pelo menos, não conheço despesas mais inúteis do que essas!
Seriedade . . .
Alguém acredita na seriedade de um curso de direito ou qualquer especialidade, praticado em um navio, num cruzeiro marítimo? Eu particularmente não, como também ninguém em são consciência,más, ocorreu e teve pelo menos um magistrado daqui do Rio Grande do Norte que participou. Isso só serve para desacreditar a magistratura que já anda tão desgastada com as ações moralizantes do CNJ Espero que esta bronca tenha alguma repercussão.
Supremo decide que Lei da Ficha Limpa já vale para as eleições de 2012
Quase dois anos após aprovada no Congresso e sancionada pelo então presidente Lula, a Lei da Ficha Limpa - que começou com uma campanha na internet - foi declarada constitucional nesta quinta (16) por 7 votos contra 4 no Supremo Tribunal Federal. A lei valerá já nas eleições municipais deste ano, impedindo a candidatura, por ao menos oito anos, de políticos que renunciaram para fugir de processos de cassação ou de quebra de decoro parlamentar, ou foram condenados por órgãos colegiados da Justiça. Ela também retroage e alcança quem em cargo público foi condenado em um Tribunal de Justiça por abuso do poder econômico ou político ou teve contas rejeitadas configurando improbidade administrativa. O voto decisivo foi do ministro Ayres Britto, para quem a Ficha Limpa está "em total compatibilidade" com a Constituição, que deveria "ser mais dura contra a imoralidade e a improbidade".
DA GRÉCIA PARA O BRASIL: “EU SOU VOCÊ AMANHÃ!”
“EU SOU VOCÊ AMANHÃ!”
Por Carlos Chagas
A receita tem sido a mesma há milênios: quando as nações ricas defrontam-se com dificuldades por elas mesmo criadas, recorrem às nações pobres, seja para aumentar-lhes os encargos, seja para surripiar ainda mais seu patrimônio. Vai ecoar até o final dos tempos o conselho da bruxa inglesa aos endividados do terceiro mundo: “vendam suas riquezas”.
A crise na Grécia deve-se mais aos empréstimos que o mercado financeiro internacional oferecia e impunha aos governos de Atenas do que à óbvia imprevidência de seus dirigentes. Agora, quando os gregos chegaram à insolvência anunciada, assiste-se à rotineira vigarice dos credores: os aportes de bilhões de euros jamais sairão dos bancos alemães, ingleses e franceses, muito menos dos organismos internacionais que fingem destiná-los sob o rótulo de ajuda emergencial. Ficarão nos respectivos cofres e até engrossarão, por conta dos juros cobrados.
Em compensação, exigem da população sacrificada a redução de 22% no salário mínimo, o corte de 10% nos salários de quem tem menos de 25 anos, o congelamento dos demais salários, a demissão de 150 mil funcionários públicos, a diminuição das isenções fiscais, a privatização das empresas estatais e cortes no orçamento, com ênfase para os investimentos sociais. Como em séculos passados já roubaram a maior parte do patrimônio artístico da Antiga Grécia, só falta agora exigirem a exportação do Partenon, inteiro ou aos pedaços.
A sociedade grega paga a conta, mas o mundo mudou e povo está na rua. Nas telinhas e páginas de jornal assistimos a sagrada ira dos que não tem mais nada a perder, pois perderam tudo, ou quase tudo. Queimam a sua capital, botam a polícia para correr e depõe sucessivos governos. O mesmo aconteceu e acontecerá na Irlanda, Portugal e adjacências, pela simples razão de estar-se esgotando o modelo canibalesco dos ricos. Vai demorar um pouco, ainda, até o advento de uma nova ordem econômica européia e mundial, mas outra saída não existe.
Toda essa tragédia se expõe por conta daquela propaganda de vodca. Nós somos eles, amanhã? Apesar de toda a cortina de fumaça publicitária e da ilusão dos atuais detentores do poder em termos superado o subdesenvolvimento, que ninguém se iluda: aumentando as agruras do sistema financeiro internacional, em especial americano, mas sem esquecer o nacional, onde seus mentores buscarão alívio senão na população e nas riquezas aqui no quintal? Quantas vezes em nossa História repetiram a fórmula mágica de desviar recursos brasileiros para sustentá-los em suas aventuras? Já foi pau-brasil, depois cana-de açúcar, ouro, diamantes, café, borracha, areias monasídicas, biodiversidade, petróleo, terras e muito mais. Se bobearmos, até água, de que dispomos em profusão.
Salários, já os temos estrangulados. Vá qualquer banqueiro tentar viver com 622 reais por mês. Privatizações? Chegamos ao limite, ou melhor, o PT chegou. Cortes orçamentários? Dona Dilma que responda. É bom tomar cuidado.
A RAPOSA SAIU DA TOCA?
Em artigo na Folha deste começo de semana Aécio Neves parece haver despertado. Para seu futuro presidencial de candidato, pode ser o começo, ainda que não seja preciso concordar com suas colocações gerais, muito pelo contrário. Pelo menos, saiu da casca, ou deixou a toca onde se mantinha.
Escreveu o senador mineiro estar o governo do PT dez anos atrasado, por haver deixado os aeroportos se deteriorem para só agora privatizá-los, mesmo assim por conta de evitar vexames da Copa do Mundo. Denunciou, pelo visto, com precisão: o governo não exigiu garantias mínimas dos vencedores das concorrências, muitos deles inadimplentes que haviam tido rejeitadas operações anteriores no BNDES. Acusou os companheiros de fingirem não estar privatizando e concluiu indagando qual o PT de verdade.
Sem a emissão de preferências a respeito da sucessão de 2014, vale assinalar que se o candidato seguir nessa linha em discursos no Senado e peregrinações pelo país, poderá aspirar alguma chance em tornar-se candidato tucano. Não há outra estratégia para ele senão seguir em frente, apontando malfeitos da atual administração federal.
PRÁTICAS CONHECIDAS
Não pode permanecer inconclusa essa novela da Casa da Moeda. Luis Felipe Danucci foi ou não indicado pelo PTB ao ministro Guido Mantega? Serão verdadeiras as denúncias dele haver desviado 6 milhões de dólares para o exterior, fruto de comissões em contratos celebrados por aquela entidade?
O PTB tem tradição de valer-se de seus representantes no governo para amealhar contribuições para o caixa dois do partido, através do superfaturamento de obras e serviços. Seu próprio presidente ainda não explicou o destino dos milhões recebidos à margem do mensalão, mas naquele mesmo período. Teria pago dívidas de campanha de seus companheiros?
Mas se o partido estiver agora inocente da nomeação do demitido presidente da Casa da Moeda, e se o desvio tiver mesmo acontecido, quem se beneficiou? A Polícia Federal bem que poderia esclarecer as dúvidas.
COMO SEPARAR CRIMES E GREVES
Greves são instrumento legítimo do trabalhador e até de empresários, caso se decidam deflagrá-las. Discute-se o direito de policiais cruzarem os braços, tema que ainda renderá incontáveis tertúlias. Agora, crimes praticados durante as greves devem ser investigados e punidos, mesmo admitindo-se a anistia em etapas posteriores, na dependência da elucidação de cada caso.
O que não dá para aceitar é o que acaba de acontecer em Brasília. Os funcionários do metrô local, por sinal terceirizado, acabam de sair de uma greve de 37 dias e já ameaçam outra, certamente porque os concessionários não cumpriram os acordos. Tudo bem, ou tudo mal, porque o prejuízo vai para os usuários do transporte coletivo.
Aconteceu o quê? Conforme informes da polícia, os trens da capital federal vem sendo sistematicamente interrompidos. As composições ora param no meio de trajeto,ora nem deixam as estações. Pelo jeito, através de sabotagem de funcionários especializados em perturbar os programas de tráfego. Nesse caso, são crimes praticados em nome da greve adiada ou futura. Pau neles.
Itália e Holanda entram em recessão
A Itália e a Holanda entraram em recessão. Trata-se das duas maiores economias da zona do euro que apresentaram uma redução de 0,7% no Produto Interno Bruno (PIB) no quarto trimestre do ano passado. Esta é a segunda queda consecutiva dos países. As 17 economias da zona do euro diminuíram 0,3% no quarto trimestre de 2011. Já os Estados Unidos teve um crescimento de 0,7%. Mas, ainda assim, a zona do euro ainda não está oficialmente em recessão porque houve um pequeno crescimento de 0,1% no terceiro trimestre de 2011. A crise da dívida na Europa já levou a Grécia, Portugal e a Bélgica para a recessão.
Rio Branco está sob emergência
O prefeito Raimundo Angelim assinou nesta quinta (16) um decreto declarando que a capital do Acre, Rio Branco, está em situação de emergência. O motivo são as fortes chuvas que atingem o estado. O Rio Acre está com 16,30 metros de nível de água e alaga, no mínimo, 18 bairros da cidade. De acordo com a Defesa Civil, 563 famílias estão desabrigadas. “Chove muito nos leitos dos rios, principalmente nas cabeceiras no Peru e na Bolívia. Este ano teremos uma das maiores cheias do Rio Acre”, explicou o sub-comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel João de Jesus Oliveira.
Ipea: Brasil longe do pleno emprego
O estudo “Considerações sobre o Pleno Emprego no Brasil” divulgado nesta quinta (16) pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), aponta que o Brasil ainda está longe da condição de “pleno emprego”, apesar dos aumentos sucessivos na população ocupada registrados nos últimos meses. De acordo com os técnicos do Ipea, o alto nível de informalidade, as taxas ocultas de desemprego (refletindo as pessoas que estão subempregadas ou pararam de buscar trabalho) e o percentual de 70% de novas vagas com remuneração de até dois salários mínimos comprovam que o país não alcançou a situação em que haveria vagas disponíveis, com remunerações adequadas, para toda a população economicamente ativa disposta a trabalhar. Os pesquisadores dizem que não é possível precisar uma taxa que represente esta condição, porque ela está ligada a indicadores de qualidade dos empregos.
Serristas chamam as prévias de 'golpe'
Um grupo do PSDB convoca os militantes da legenda a participarem de um ato, nesta quinta (16), às 19h, contra o que chamam de “golpe das prévias”. A manifestação será no Diretório Estadual da sigla, na Avenida Indianópolis, em São Paulo. O anunciou veio após líderes do partido começarem a atuar nos bastidores para derrubar uma disputa interna a fim de abrir caminho para a candidatura do ex-governador José Serra à Prefeitura de São Paulo. Ontem (15) a bancada tucana chegou a divulgar uma nota solicitando ao ex-governador que aceite disputar pela legenda e que o partido desista das prévias. Desta forma, o PSDB se dividiu e os pré-candidatos já reagem às investidas contra a disputa.
SENADO
Suplicy discute com tucanos.
Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Alvaro Dias (PSDB-PR) discutiram nesta quinta (16), em plenário, a demora do ex-governador José Serra em lançar sua candidatura a prefeito de São Paulo pelo PSDB. Suplicy chegou a mostrar uma charge na qual Serra aparece com dúvida sobre qual caminho escolher e acaba colidindo em um poste. “O importante é que a população de São Paulo possa escolher de forma democrática”, disse Suplicy ao defender as previas no partido. Aloysio Nunes rebateu de forma irônica dizendo que Suplicy que bateu em "um poste chamado Lula" ao ter sido desprezado pelo ex-presidente como candidato às eleições de São Paulo. Álvaro Dias se uniu a Aloysio e disse que, no PT, as escolhas são feitas só pelo Lula. Segundo ele, a decisão sobre Serra já foi tomada e só falta o anúncio. “São Paulo ganharia muito com a candidatura dele, que será anunciada em momento oportuno”, garantiu.
Após deixar a CBF, Teixeira vai viver na Flórida.
Os assessores e amigos mais próximos de Ricardo Teixeira perceberam que era iminente sua renúncia à presidência da CBF quando ele voltou sozinho de suas férias de fim de ano na casa que mantém em Boca Raton, Flórida: permaneceram lá sua mulher e a filha de 11 anos, devidamente matriculada em uma escola norte-americana. Teixeira caiu porque, sem apoio da Fifa, perdeu poder e influência.
Bye, bye
Isolado na Fifa, Ricardo Teixeira deixou de ser interlocutor até da Rede Globo para negociar direitos de transmissão da Copa de 2018 e 2022.
Sem credibilidade
Teixeira entrou em declínio, apesar da proximidade da Copa de 2014, após as seguidas denúncias de corrupção no Brasil e no exterior.
Mudança radical
Adoentado e estressado, Ricardo Teixeira resolveu mudar o estilo de vida. Até já perdeu 30 kg, após uma dieta rigorosa.
Golpe de mestre
José Maria Marin, 80, será sucessor por ser o vice mais velho da CBF. Armação de Marco Polo Del Nero, da federação paulista, que o indicou.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Em Democracias autênticas o Poder Executivo governa e o Poder Legislativo legisla e fiscaliza o Executivo. O que acontece no Brasil é que os políticos são muito mau acostumados, acham que podem tudo.
Com a presidenta Dilma Rousseff as coisas estão mudando, os políticos estão sendo colocados aos poucos no seus lugares, pois a política do Brasil está exigindo, há longos e longos anos, seriedade no trato da coisa pública. Sempre acharam que o dinheiro da nação brotasse em árvore.
Viva Dilma e Viva Lula!
Se Lula pregasse o convívio que fosse com a ineficiência não teria indicado a propria Dilma Rousseff para a Casa Civil.
E muito menos para a Presidência.
O resto é falta de assunto.
Obsessão crescente de Dilma com gestão desanima tropa política.Depois de um ano de mandato, Dilma Rousseff reforça cobranças dentro e fora do governo por eficiência. Visão gerencial da presidenta faz subir cotação dos ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil). E leva setores da máquina pública identificados com lulismo a sentirem-se cada vez mais desconfortáveis com o que consideram despolitização.
Por André Barrocal, na Carta Maior.
A presidenta Dilma Rousseff passou dois dias no Nordeste na semana passada vistoriando a transposição do rio São Francisco e a ferrovia Transnordestina, obras federais bilionárias. Durante o giro, aproveitou uma entrevista para avisar empreiteiros que tocam obras públicas. Daqui em diante, todas terão monitoramento sistemático e online pelo governo, metas serão cobradas, prazos deverão ser cumpridos. “Nós queremos obra controlada”, disse.
O recado ilustra como Dilma está cada vez mais obcecada pelo tema gestão, traço que carrega desde os tempos de “mãe do PAC”, o programa de obras do antecessor. Na primeira reunião ministerial do ano, em janeiro, Dilma já tinha alertado a própria tropa, sobre a importância crescente que dá à gerência. Cobrara a implantação de um novo sistema de acompanhamento de gastos, que permita “uma verdadeira reforma do Estado”, tornando-o “mais profissional e meritocrático”.
A fixação de Dilma por gestão foi a causa principal, segundo a reportagem apurou, da crise de hipertensão que mandou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ao hospital dias atrás. Atual “mãe do PAC”, que ajudara a supervisionar com Dilma quando ambas eram da Casa Civil de Lula, Miriam levou a responsabilidade junto para o novo cargo. Agora, vê a presidenta insatisfeita, pressionando-a por resultados e cogitando devolver a atribuição à Casa.
Mais do que na saúde, o reforço do enfoque gestor de Dilma impacta o espírito da máquina pública. Sobretudo em círculos mais lulistas. Em diversos escalões, sente-se falta de debates internos sobre rumos e políticas públicas, de decisões colegiadas, da retórica polêmica do ex-presidente. Sente-se falta, em suma, de mais política, entendida como construção coletiva e negociada, que perde espaço à medida que a postura gerente avança.
“Esse é o nosso governo, mas é outro governo”, diz um secretário-executivo de ministério, cujo nome será preservado, como o de todos os personagens desta reportagem, para evitar embaraços.
É uma constatação evidente desde as primeiras horas do terceiro mandato presidencial petista, não raro acompanhada de solavancos cotidianos, como a suspensão inegociada de rotinas ou a desconfiança sobre lealdades. “Às vezes, somos tratados como oposição”, afirma um assessor governamental que frequenta o Palácio do Planalto desde Lula.
Certa vez, ainda em 2011, a reportagem perguntara a um ministro egresso da gestão Lula e que hoje não está mais no cargo, se o governo Dilma era muito diferente. “Nem me fale...”, respondera ele, sem hesitar, ar preocupado.
“Agora as decisões são tomadas só no gabinete do ministro. Às vezes, com o secretário-executivo”, aponta, como uma dessas diferenças, um dirigente de escalão intermediário de um ministério.
Impacto externo.Se mexe com o espírito da tropa, a postura distinta de Dilma não parecer causar problemas perante o público externo. Ao contrário. Ela ostenta hoje índices de popularidade superiores aos de Lula e FHC, quando os dois tinham o mesmo tempo de Presidência. E isso, apesar de já ter trocado sete ministros por denúncias de corrupção publicadas pela imprensa, simpática à atitude gerente da presidenta.
O estilo Dilma possui, contudo, potencial para virar um problema político e se voltar contra ela. Sem se considerar participante de um projeto coletivo, com o qual se identifique e no qual veja um pouco de si, a máquina tende a desanimar mais e a se mostrar menos disposta a defender o governo em debates públicos, entrevistas ou uma eventual crise.
Há o mesmo risco no Congresso, entre partidos e parlamentares aliados, também eles formadores de opinião. Depois de um ano de pouco contato com a presidenta, ao contrário do que acontecia nos tempos de Lula, ninguém duvida. Dilma não gosta de política, fica mais feliz e à vontade lendo relatórios em seu gabinete, do que em cima de palanques ou num tête-a-tête com políticos.
No início do mês, quando o Congresso reabriu depois de umas semanas de férias, um líder de partido governista observava o senador José Sarney (PMDB-AP) discursar para um plenário vazio e desatento, e comentou: “Veja isso. O presidente do Congresso está falando e ninguém ouve. Cadê a Dilma? Ela tinha de vir todo ano nessa sessão. Não vir é um sinal, quer dizer muito.”
É preciso registrar, entretanto, que é costume o presidente da República mandar ao Congresso, na volta do recesso, seu chefe da Casa Civil levar o documento com as prioridades do governo. E foi isso que Dilma fez, ao despachar a ministra Gleisi Hoffmann, de quem a presidenta espera cada vez mais que funcione como ela, Dilma, funcionou para Lula durante cinco anos.
Segundo um assessor governamental, a postura gerente de Dilma tende a fazer de Gleisi uma peça política cada vez mais importante, como teria ficado demonstrado na reunião ministerial de janeiro, em que a presidenta emitiu sinais de que a auxiliar de Palácio do Planalto “cresceu”.
Até agora, o grande ganhador político da tropa dilmista é o ex-senador Aloizio Mercadante. Dias antes de tirá-lo da Ciência e Tecnologia para botá-lo na Educação, mas já tendo anunciado a decisão de fazê-lo, Dilma viajara ao Rio de Janeiro. Em conversa com o governador Sérgio Cabral (PMDB), ouvira uma pergunta sobre o motivo da mudança. “O Mercadante é a maior revelação do meu governo”, respondera Dilma, segundo relato de uma testemunha.
Na própria posse do ministro, Dilma revelaria a razão de o auxiliar estar em alta. “O ministro Mercadante é um excelente gestor”, afirmou a presidenta, para quem este era um “talento escondido” do ex-senador petista.
O incômodo do Congresso com a postura mais técnica de Dilma não deve, porém, produzir efeitos neste ano de eleições municipais. Segundo o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), a eleição deve gerar colaboracionismo entre parlamentares e governo, porque os primeiros terão interesse de contribuir para a realização de investimentos nos municípios, o que ajudaria o grupo político deles.
Entre os chamados movimentos sociais, igualmente formadores de opinião, existe a mesma ameaça de que a sensação de despolitização geral do governo, patrocinada por Dilma, se volte contra a presidenta.
Não por acaso, a presidenta começou 2012 reconhecendo que "exagerou" com os movimentos, ao manter-se distante deles no ano passado, e agora tentativas de reaproximação, como fez ao topar se sentar com um grupo grande de movimentos para discutir com eles a Rio+20, a Conferência das ONU sobre Desenvolvimento Sustentável.
O recado ilustra como Dilma está cada vez mais obcecada pelo tema gestão, traço que carrega desde os tempos de “mãe do PAC”, o programa de obras do antecessor. Na primeira reunião ministerial do ano, em janeiro, Dilma já tinha alertado a própria tropa, sobre a importância crescente que dá à gerência. Cobrara a implantação de um novo sistema de acompanhamento de gastos, que permita “uma verdadeira reforma do Estado”, tornando-o “mais profissional e meritocrático”.
A fixação de Dilma por gestão foi a causa principal, segundo a reportagem apurou, da crise de hipertensão que mandou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ao hospital dias atrás. Atual “mãe do PAC”, que ajudara a supervisionar com Dilma quando ambas eram da Casa Civil de Lula, Miriam levou a responsabilidade junto para o novo cargo. Agora, vê a presidenta insatisfeita, pressionando-a por resultados e cogitando devolver a atribuição à Casa.
Mais do que na saúde, o reforço do enfoque gestor de Dilma impacta o espírito da máquina pública. Sobretudo em círculos mais lulistas. Em diversos escalões, sente-se falta de debates internos sobre rumos e políticas públicas, de decisões colegiadas, da retórica polêmica do ex-presidente. Sente-se falta, em suma, de mais política, entendida como construção coletiva e negociada, que perde espaço à medida que a postura gerente avança.
“Esse é o nosso governo, mas é outro governo”, diz um secretário-executivo de ministério, cujo nome será preservado, como o de todos os personagens desta reportagem, para evitar embaraços.
É uma constatação evidente desde as primeiras horas do terceiro mandato presidencial petista, não raro acompanhada de solavancos cotidianos, como a suspensão inegociada de rotinas ou a desconfiança sobre lealdades. “Às vezes, somos tratados como oposição”, afirma um assessor governamental que frequenta o Palácio do Planalto desde Lula.
Certa vez, ainda em 2011, a reportagem perguntara a um ministro egresso da gestão Lula e que hoje não está mais no cargo, se o governo Dilma era muito diferente. “Nem me fale...”, respondera ele, sem hesitar, ar preocupado.
“Agora as decisões são tomadas só no gabinete do ministro. Às vezes, com o secretário-executivo”, aponta, como uma dessas diferenças, um dirigente de escalão intermediário de um ministério.
Impacto externo.Se mexe com o espírito da tropa, a postura distinta de Dilma não parecer causar problemas perante o público externo. Ao contrário. Ela ostenta hoje índices de popularidade superiores aos de Lula e FHC, quando os dois tinham o mesmo tempo de Presidência. E isso, apesar de já ter trocado sete ministros por denúncias de corrupção publicadas pela imprensa, simpática à atitude gerente da presidenta.
O estilo Dilma possui, contudo, potencial para virar um problema político e se voltar contra ela. Sem se considerar participante de um projeto coletivo, com o qual se identifique e no qual veja um pouco de si, a máquina tende a desanimar mais e a se mostrar menos disposta a defender o governo em debates públicos, entrevistas ou uma eventual crise.
Há o mesmo risco no Congresso, entre partidos e parlamentares aliados, também eles formadores de opinião. Depois de um ano de pouco contato com a presidenta, ao contrário do que acontecia nos tempos de Lula, ninguém duvida. Dilma não gosta de política, fica mais feliz e à vontade lendo relatórios em seu gabinete, do que em cima de palanques ou num tête-a-tête com políticos.
No início do mês, quando o Congresso reabriu depois de umas semanas de férias, um líder de partido governista observava o senador José Sarney (PMDB-AP) discursar para um plenário vazio e desatento, e comentou: “Veja isso. O presidente do Congresso está falando e ninguém ouve. Cadê a Dilma? Ela tinha de vir todo ano nessa sessão. Não vir é um sinal, quer dizer muito.”
É preciso registrar, entretanto, que é costume o presidente da República mandar ao Congresso, na volta do recesso, seu chefe da Casa Civil levar o documento com as prioridades do governo. E foi isso que Dilma fez, ao despachar a ministra Gleisi Hoffmann, de quem a presidenta espera cada vez mais que funcione como ela, Dilma, funcionou para Lula durante cinco anos.
Segundo um assessor governamental, a postura gerente de Dilma tende a fazer de Gleisi uma peça política cada vez mais importante, como teria ficado demonstrado na reunião ministerial de janeiro, em que a presidenta emitiu sinais de que a auxiliar de Palácio do Planalto “cresceu”.
Até agora, o grande ganhador político da tropa dilmista é o ex-senador Aloizio Mercadante. Dias antes de tirá-lo da Ciência e Tecnologia para botá-lo na Educação, mas já tendo anunciado a decisão de fazê-lo, Dilma viajara ao Rio de Janeiro. Em conversa com o governador Sérgio Cabral (PMDB), ouvira uma pergunta sobre o motivo da mudança. “O Mercadante é a maior revelação do meu governo”, respondera Dilma, segundo relato de uma testemunha.
Na própria posse do ministro, Dilma revelaria a razão de o auxiliar estar em alta. “O ministro Mercadante é um excelente gestor”, afirmou a presidenta, para quem este era um “talento escondido” do ex-senador petista.
O incômodo do Congresso com a postura mais técnica de Dilma não deve, porém, produzir efeitos neste ano de eleições municipais. Segundo o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), a eleição deve gerar colaboracionismo entre parlamentares e governo, porque os primeiros terão interesse de contribuir para a realização de investimentos nos municípios, o que ajudaria o grupo político deles.
Entre os chamados movimentos sociais, igualmente formadores de opinião, existe a mesma ameaça de que a sensação de despolitização geral do governo, patrocinada por Dilma, se volte contra a presidenta.
Não por acaso, a presidenta começou 2012 reconhecendo que "exagerou" com os movimentos, ao manter-se distante deles no ano passado, e agora tentativas de reaproximação, como fez ao topar se sentar com um grupo grande de movimentos para discutir com eles a Rio+20, a Conferência das ONU sobre Desenvolvimento Sustentável.
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
PACATO CIDADÃO
Não inverteu a realidade a serviço da tirania.
Com tantas mentiras e manipulações no PiG, hoje em dia assistir ou ler uma reportagem no PiG é um mergulho na escuridão dos neo-representantes do Brasil-Colônia-Capitania-escravagista.
Não era o caso nessa matéria.
Muito pelo contrário, resgatou-se um pouco o trabalho da verdadeira imprensa…
A autora foi corajosa.
Fez ciência jornalística. Foi cidadã.
O que é na realidade deveria ser apenas um dever, hoje é um raríssimo ato de heroísmo.
Faz-nos lembrar do caso heróico também de Maria Rita Kehl.
Quando todos defendam a jornalista sim e tenham na memória o seu exemplo de ato de coragem.
Concordo com vocês quanto a preocupação com a integridade física dos trabalhadores que lá estavam representando o grupo Globo, e como não houve agressão, confesso que gostei, pois os manifestantes expulsavam ali exatamente a gRobo e não os reporteres, até porque o resto da imprensa pôde trabalhar normalmente, como mostrou o video da Record, que apesar de pertencer à um dos maiores crápulas do mundo vem permitindo uma boa liberdade à seus profissionais de jornalismo no campo da política.
Quanto a matéria toda em si, é chover no molhado dizer que os que a massacram são os mesmos que bradam em favor da liberdade de imprensa quando se fala de regulação da mídia, eles só acreditam em regulação do jornalista, por eles é claro.
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