sábado, 7 de agosto de 2010

NUM PODIA SER MELHOR

As barrações promovidas por Joel deram certo, como a gente já sabia que iria funcionar, sem Fahel para fazer lambança nem Lúcio Flávio para fingir jogar, o time mostrou que o forte é o poder ofensivo, como esperávamos que mostrasse desde o anúncio das contratações de Maicosuel e Jobson, as jogadas que vi de ambos, incisivas e de categoria, mostram a diferença do patamar que nos encontramos a partir de agora, eu desconfio que haverá uma briga pelo lugar do centro-avante entre o Herrera e o Loco Abreu – com mais vantagem, nesse momento, para o argentino, o que pode causar desconforto no uruguaio.
No mais, me belisquem antes de confirmar que é verdade: o Alessandro realmente fez um partidaço? É, realmente as coisas estão melhorando, o Botafogo está no caminho certo. Joel, enfim, achou os seus titulares.
A melhor cena da noite foi o Maicosuel saindo ovacionado pela torcida, para a entrada do Loco Abreu, igualmente ovacionado, lindo, (e o showmalia tem capitulo aparte)
Graças a Deus Herrera fez um gol de penalti e desencantou, o argentino foi bem, melhorando assim que o Botafogo teve vantagem no placar, talvez tenha ficado mais calmo, não sei. Antes ele não estava bem.
Sobre o Mago, digo 2 coisas:
1. Lançamentos perfeitos, um deles você pode ver no primeiro gol, dele para o Herrera.
2. O neguinho tá VOANDO.

NO RUMO CERTO

Ah! muleque, a freguesia esta matida, explode coração,  venceu e convenceu, só que a loucoura contagia. Por enquanto, só posso dizer uma coisa: o Botafogo está no caminho certo.

O HIPOCONDRÍACO

Serra, o hipocondríaco.
E o hipocondríaco Zé (trólóló) Serra não consegue subir nas pesquisas, as dores se manifestam de várias formas, minando a candidatura, Índio da Costa ofereceu um chá lá da tribo DEMonóide, mas Zé (pedagio) Serra preferiu partir logo para a tarja preta.

TRE - DF

ENQUANTO ISSO, PREVALECE O CAOS.
O Tribunal Regional Eleitoral de Brasília recusou registro para Joaquim Roriz voltar pela quinta vez ao governo local. Pelas pesquisas, seria eleito, e ainda poderá ser, caso o Tribunal Superior Eleitoral reveja a decisão da instância inferior.
Enquanto a questão prossegue, o caos toma conta da capital do país. Nem se fala dos hospitais sem médicos e das escolas sem professores, sequer do aumento vertiginoso da violência urbana. As filas estendem-se por vários quarteirões, quando se trata de renovar os cartões de transporte gratuito para estudantes. Nas cidades satélites, é perigoso sair à rua depois que o sol se põe.
O assunto, hoje, seria cômico se não fosse trágico, referente ao trânsito. Estaciona-se em fila tripla, nas ruas do centro, sem que apareça um único guarda para botar ordem. No entanto, o Detram local registra a média de cem multas diárias aplicadas nos motoristas que, enquanto dirigem, falam no telefone celular. Ou nas senhoras e senhoritas que, paradas nos semáforos, retocam o batom. Não é invenção, basta consultar os relatórios. A pergunta que se faz é onde se escondem os agentes públicos responsáveis pelas multas, já que para ordenar o trânsito, inexistem. Como os tais pardaizinhos ainda não se sofisticaram a ponto de detectar celulares em uso ou batons fora das bolsas, fica o mistério.

BANQUETE

A mala culinária do chef paraense.
Para o PALADAR - COZINHA BRASIL e um surpreendente jantar nipo-paraense com o colega japonês Shin Koike, Thiago Castanho trouxe 80 kg de ingredientes amazônicos, como esturaque, coentro-do-pará e aviú, um minúsculo camarão.
No inspirado encontro do chef paraense Thiago Castanho (à esq.) com o chef japonês Shin Koike teve tucupi, cará roxo, hatcho-miso, aviú, kanten e queijo de búfala do Marajó.
Pouco antes de embarcar em Belém com destino ao Paladar - Cozinha do Brasil, o chef paraense Thiago Castanho foi à feira comprar esturaque, flor de vinagreira, chicória, coentro-do-pará, entre tantos outros ingredientes.
Não por acaso, ele chegou por aqui carregado, com uma bagagem de 80 kg só de produtos amazônicos: cumaru, tucupi, embiriba, ariá, aviú, amburana.
"Deu um trabalhão arrumar essa mala", disse o jovem chef do restaurante Remanso do Peixe, em Belém.
Castanho veio preparado para o workshop Banho de Cheiro e para o jantar Do Sushi ao Jambu, realizado com o chef japonês Shin Koike, do restaurante Aizomê.
Há algum tempo, Shin pensa em combinar a comida brasileira com a técnica japonesa. O encontro improvável entre chefs de culturas gastronômicas tão distintas foi surpreendente. Mais, revelou uma grande afinidade que pôde ser observada e sentida no jantar nipo-paraense de seis pratos.
"Estou aprendendo muito, não só com os ingredientes, mas com a forma como o Thiago e o irmão dele, Felipe, trabalham", disse Shin.
O serviço começou com o houseki bako, ou caixa de tesouro: kanten (gelatina) de tucupi com sushi de pirarucu. Seguiu com caranguejo desfiado com farofa e aviú (camarão minúsculo), patas de caranguejo e vinagrete de feijão-manteiguinha de Santarém.
A farofa estava deliciosamente crocante e mereceu um desabafo do chef. No Pará, a comercialização da massa de caranguejo está proibida em razão das condições de higiene de alguns produtores locais.
"Esse prato é para quem está com saudade da casquinha de caranguejo", tuitou o chef, direto da cozinha. Ao Paladar, explicou: "A casquinha de caranguejo faz parte da cultura do paraense. É quase como se proibissem a pizza do paulistano".
O jantar seguiu com moqueca; murasaki (bolinho de cará roxo recheado com confit de pato) e terminou com a rosa - doce aromático de cupuaçu fresco, calda de vinagreira e tuilles de tapioca com aroeira. Antes de chegar à mesa, a sobremesa era borrifada com perfume de cumaru.

INCÊNDIO, PORTUGAL

Helicóptero transporta água para combater incêndio na serra Gralheira, em São Pedro do Sul, em Portugal.
Foto; Nuno André Ferreira/Efe.

A BOLA E A CATRACA

O Ministério Público quer padronizar os sistemas de venda de ingressos e uniformizar as catracas eletrônicas dos estádios de todos os clubes do Campeonato Brasileiro. Se os equipamentos forem os mesmos em todo o país, diz o promotor Paulo Castilho, será mais fácil coibir a ação de cambistas e a falsificação de bilhetes.

PLÍNIO, O VINGADOR DO PASSADO

VINICIUS TORRES FREIRE.
Plínio de Arruda Sampaio ironiza eleição plastificada, vinga tédio do eleitor e faz o socialismo pegar o aerotrem.
PLÍNIO, O Velho, animou o quase clandestino, constrangedor e no mais chatíssimo primeiro debate entre os candidatos a presidente, na TV Band. Plínio de Arruda Sampaio, 80, do PSOL, foi uma sensação entre gente internética e aquela minoria que ainda acompanha eleições de perto, uma parte daquelas pessoas ditas "formadoras de opinião". Isto é, formam a opinião uns dos outros.
Plínio parece ter vingado parcela desse eleitorado, comprometido com os candidatos principais ou sem opções, mas ressentido com a plastificação final das campanhas a presidente, mais profissionais do que nunca nesta eleição e, portanto, despolitizadas e vazias.
Um homem respeitável, na noite de quinta Plínio, no entanto, parecia encarnar uma personagem entre o professor aloprado e o tio maluco do almoço familiar. Em parte o fez com ironia proposital. Em parte.
Plínio acredita mesmo em coisas como socialismo, insurreição camponesa e "tenebrosas transações" do Império contra o Brasil. Além do mais, a personagem escapou do controle do autor. O socialismo embarcou no aerotrem, o símbolo de campanha de um folclórico e paradigmático candidato nanico, Levy Fidélix. Plínio encarnou algo como o "voto de protesto" de muito "formador de opinião" que viu o debate. Fidélix não caberia nesse papel de vingador, a não ser para niilistas anárquicos juvenis de mau gosto.
Mais divertido, Plínio é a memória ideológica viva do que foram José Serra e Dilma Rousseff, PSDB e PT.
Foi da democracia cristã de Franco Montoro (1916-1999), governador de São Paulo que deu a Serra seu primeiro cargo relevante, secretário de Planejamento e "premiê estadual", em 1983. Foi da esquerda católica, na qual Serra também esteve nos anos 1960. No governo de João Goulart (1961-64), pregou e planejou a reforma agrária "radical", uma das razões do golpe de 1964.
Foi perseguido e exilado da primeira leva. No MDB ainda frente de oposição, fez campanha para FHC, eleito suplente de senador em 1978. Rachou com os emedebistas "tucanos", avessos ao esquerdismo, e foi um dos fundadores do PT. Foi ainda um dos idealizadores dos núcleos populares de base do partido. Etc.
Plínio é o Vingador do Passado, dos incomodados com a política de agora, mas desafetos também das alternativas de outrora e sem ideia do que poderia ser novo. Para os "formadores de opinião" que divertiu, Plínio foi um momento de fantasia aceitável, o minuto de chutar o baldinho de uma política que suscita ainda menos paixão do que as campanhas já mortas de conteúdo e sem sentido do final do século 20.
PT e PSDB, Dilma e Serra, parecem diluídos e misturados no mesmo molho de marquetagem, falta de ideias e de convergência ideológica. Dilma e Serra aderem estritamente ao princípio da realidade política.
Marina Silva, PV, seria a "novidade" desta campanha, "ambientalista, mulher, parda e pobre", uma diferença na planície tediosa do cenário político um morro de 50 metros, porém. Marina foi bastante escovada pela realidade, ex-ministra de Lula etc. É agora adotada também por marginais mauricinhos da política e dos partidos ditos tradicionais. Ainda terá esse papel, na falta de opção. Mas o riso perverso, vingativo, suscitado por Plínio é um indicativo do tamanho do desgosto da "parcela informada" do eleitorado.

FUTURO NEBULOSO - MANO-PROGRAMAS

 Por Carlos Chagas.
Aprende-se no primeiro ano da Faculdade de Direito que a finalidade da pena é dupla: reparar o passado e prevenir o futuro. Na atual campanha pela presidência da República, onde não há réus, a lição poderia ser assimilada na medida em que deveriam, os candidatos, criticar ou elogiar o passado tanto quanto definir o futuro. Não é o que anda acontecendo. Ainda no debate da noite de quinta-feira dedicaram muito mais tempo demolindo ou sedimentando o governo Lula, sem maiores cuidados para com os supostos próprios mandatos, que todos almejam.
Cada campanha dispõe de características próprias, não dá para nivelá-las num único denominador comum. Em especial depois da adoção do discutível princípio da reeleição, vigarice imposta ao Congresso para garantir mais um mandato aos governantes em exercício.
Em 1998 e em 2006, quando se reelegeram, nem Fernando Henrique nem Lula preocuparam-se em prometer inovações para o segundo tempo. Limitaram-se a alardear o sucesso do primeiro e a necessidade de sua continuidade por mais um período. Quando conquistaram o poder, em 1994 e em 2002, estavam voltados para o passado: o sociólogo bendizendo o Plano Real e, mesmo pouco à vontade, elogiando o antecessor, Itamar Franco; o companheiro, ao contrário, descendo tacape e borduna em Fernando Henrique, apesar de depois haver preservado em gênero, número e grau sua política econômica.
Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva pouco tempo de campanha tem dedicado ao futuro, ao que pretendem realizar. Além de genéricas considerações sobre investimentos em educação, saúde, segurança pública e meio ambiente, não particularizam nem detalham nada.
Conta a crônica que na República Velha era diferente. Exceção de Rui Barbosa e Getúlio Vargas, aliás, ambos derrotados, que percorreram o país prometendo mudanças profundas, os demais candidatos mantinham-se imóveis, limitando-se a um único pronunciamento, depois de indicados. Mas dedicavam-se ao futuro. Costumava ser num jantar de casacas, no Automóvel Clube, no Rio, onde apresentavam suas “plataformas”. Justiça se faça, eram peças detalhadas que no dia seguinte ocupavam duas ou três páginas de jornal, em tipo pequeno. A exceção foi Epitácio Pessoa, indicado e eleito enquanto se encontrava no exterior. Apesar da freqüente fraude no processo eleitoral, pelo menos sabia-se a quantas pretendia ir o candidato.
Em suma, e apesar da farsa dos programas que Dilma, Serra e Marina entregaram ao Tribunal Superior Eleitoral, quando do pedido de registro, o eleitorado continua ignorando como será, na prática, o governo de cada um deles.

FICHA SUJA

GINÁSTICA ARTÍSTICA

Diego Hypólito justifica status de melhor do país no Brasileiro
Apesar da dor no pé esquerdo, Diego Hypólito ousou ontem no Brasileiro de ginástica artística em Vitória (ES), obteve sua maior nota de solo (16,100) no torneio, com série inédita, e faturou o título de ginasta mais completo do país no individual geral (soma dos seis aparelhos).
"Fiz uma das minhas melhores séries de solo da carreira, com a nota de partida de 16,80. Fiquei muito feliz com essa apresentação e espero aperfeiçoá-la ainda mais, visando o Mundial, em outubro, na Holanda", disse Diego, que obteve o bronze por equipes.
Além dele, que atua hoje nas finais por aparelho, Jade Barbosa também se destacou.
A ginasta liderou os quatro aparelhos do feminino e foi ouro por equipes. Hoje é favorita nas disputas individuais.

ENTÃO EXPLICA!?

EDUARDO OHATA.
Bode expiatório.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, está insatisfeito com o presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa-2014, Ricardo Teixeira. A interlocutores Kassab aponta que o discurso adotado por Teixeira fará com que, se São Paulo ficar sem a abertura do Mundial, toda a responsabilidade recaia sobre sua cabeça. O prefeito já começou a fazer a contabilidade de qual seria o custo político dessa situação.
Ligeirinhos.
O presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, nem havia terminado de anunciar a edição limitada do kit comemorativo da Copa do Brasil via twittercam, e duas unidades já haviam sido adquiridas pelos internautas.
Bem e mal.
Cerca de 7.000 torcedores acompanharam a fala de Ribeiro pela twitcam. Esta havia sido a mesma tecnologia por meio da qual jogadores santistas se envolveram em polêmica com torcedores do clube.
Sobremesa.
O dirigente santista recebeu uma ligação de Fábio Koff, presidente do C13, parabenizando-o pela Copa do Brasil. Marcaram almoço para quando Ribeiro voltar dos EUA, onde chefiará delegação da seleção em amistoso com o time local.
Dedo-duro.
Entre a oposição no Palmeiras, ganha força ideia de denunciar ao Ministério Público a participação do grupo Eternos Palestrinos na contratação de atletas, caso de Valdivia.
Histórico.
Querem que a direção do clube esclareça para onde vai esse dinheiro.
Iguais.
A Soccerex, principal evento internacional de negócios do esporte, padronizará os estandes usados pelas cidades-sedes da Copa-14 em seu evento no fim do ano, no Rio. Quer evitar ciúmes, como na África do Sul.
Convidado-surpresa.
Mesmo sem ter o seu estádio definido, o comitê paulista negocia estande no evento.
Dupla face.
A Eletrosul fechou patrocínio com o Avaí e o Figueirense no valor de R$ 7,8 milhões para expor sua marca na camisa dos clubes. O acordo vale a partir deste mês e se estende até dezembro de 2011. A verba será utilizada na infraestrutura dos estádios.
Diplomacia.
O patrocínio casado é uma estratégia para não desagradar a nenhuma torcida. Tática semelhante já fora adotada por outras marcas no Sul e em Minas Gerais.
Varal.
Camisetas de Jucilei da seleção, da mesma fornecedora do Corinthians, são destaque na loja Poderoso Timão do Parque São Jorge.

CONGRESSO O RETORNO

Por Carlos Chagas.
No Senado, esta semana, houve quorum para inúmeras votações, bem como as comissões técnicas funcionaram sem que seus presidentes precisassem ficar acionando as campainhas para convocar os retardatários. É verdade que um terço dos senadores não fazem campanha, dispondo de mais quatro anos de mandato, mas os dois terços em disputa de votos vieram a Brasília, em maioria. Ou já se haviam licenciado, ensejando aos suplentes alguns dias de glória. A lição a tirar, caso a situação se repita na primeira semana de setembro, é de que nem tudo está perdido.
Na Câmara, com freqüência menor, também se registraram votações e debates importantes. Depois de tanta gazeta na atual Legislatura, no encerrar dos trabalhos parece que todo mundo caiu em si. Por que? Porque, dirão os céticos, os parlamentares estão disputando a reeleição. Aparecer nas telinhas da TV-Câmara e da TV-Senado dá votos, às vésperas do pleito

MOSCOU III

Moradores de cidade a 180 km de Moscou fazem rescaldo em área devastada pelo fogo; incêndios preocupam Rússia.
Forte névoa causada por incêndios florestais prejudica a visibilidade de aeroporto em Moscou, na Rússia.

Foto; Sergey Ponomarev/AP - Sergei Karpukhin/Reuters

REDESCOBERTA DO SAMBISTA

RUY CASTRO.
Você conhece esses sambas. Só não se lembra do autor, certo?
"Você conhece o pedreiro Valdemar? Não conhece? Pois eu vou lhe apresentar..." ("O Pedreiro Valdemar").
"Louco/ Pelas ruas ele andava/ O coitado chorava/ Transformou-se até num vagabundo..." ("Louco").
"Etelvina, minha nega/ Acertei no milhar/ Ganhei 500 contos/ Não vou mais trabalhar..." ("Acertei no Milhar").
"Aquele mundo de zinco que é Mangueira/ Desperta com o apito do trem..." ("Mundo de Zinco").
"Quem trabalha é quem tem razão/ Eu digo e não tenho medo de errar/ O bonde São Januário leva mais um operário/ Sou eu que vou trabalhar..." ("O Bonde São Januário").
"Lá vem a mulher que eu gosto/ De braço com o meu amigo/ Ai, meu Deus/ Até parece castigo..." ("A Mulher Que Eu Gosto").
"Hoje não tem ensaio/ Na escola de samba/ O morro está triste, o pandeiro, calado/ Maria da Penha, a porta-bandeira/ Ateou fogo às vestes/ Por causa do namorado..." ("Mãe Solteira").
"Alô, padeiro/ Bom dia/ De amanhã em diante/ Eu vou suspender o pão..." ("Alô, Padeiro").
"Flamengo joga amanhã, eu vou pra lá/ Vai haver mais um baile no Maracanã..." ("Samba Rubro-negro").
"Meu chapéu de lado/ Tamanco arrastando/ Lenço no pescoço/ Navalha no bolso..." ("Lenço no Pescoço").
"Quero uma mulher/ Que saiba lavar e cozinhar/ E que de manhã cedo/ Me acorde na hora de trabalhar..." ("Emilia").
"Cheguei cansado do trabalho/ Logo a vizinha me chamou/ Oh, seu Oscar/ Tá fazendo meia hora/ Que a sua mulher foi embora..." ("Seu Oscar").
De quem são? De Wilson Batista (1913-1968), com parceiros. Outros 30 sambas poderiam ser citados. O Rio está redescobrindo um de seus maiores sambistas, num show de Rodrigo Alzuguir e Claudia Ventura, dedicado a Wilson Batista, num teatro do Leblon. Já era tempo.
Não dá para avaliar nada num jogo contra Taiwan, mas uma coisa que há tempos é notório: Dani Lins PRECISA jogar com Mari e Sheilla. Ela tem duas excelentes atacantes e, entretanto, as esquece durante maior parte do jogo. Não pode!
O ponto negativo, pra mim, da transmissão da TV é incitar as pessoas a creem em coisas absurdas. Leila fala da Natália como se fosse uma injustiça ela estar no banco. Mas espera aí, até onde eu sei a titular da seleção é Sheilla, uma unanimidade. Como uma, suposta comentarista, dar a entender isso? E mais, hoje, indiscutivelmente, Paula é reserva, Mari Jaque titulares. Ponto. Isso pode mudar? Claro, todas tem chance. Ficar dizendo que Paula TEM que ser titular é que não pode. Respeito! Mari e Jaque estão lá porque merecem, até que se prove o contrário.
A seleção feminina estreou com vitória no Grand Prix. Como era esperado, o Brasil fez 3 sets a 0 para cima de Taiwan, com parciais de 25/15, 25/19 e 25/12. Além da superioridade da equipe nacional, um aspecto chamou a minha atenção: a diferença de altura.
Bloqueio das gigantes do Brasil
É comum escutar frases como: “O Brasil vai encara as gigantes russas”. Hoje foi diferente. As gigantes eram as brasileiras, com uma média de altura 10 com maior que as rivais. E isso foi importante para o melhor fundamento na partida: o bloqueio. A seleção cresceu na rede com muita facilidade, colocando pressão o tempo todo e marcando 17 pontos no bloqueio, contra seis de Taiwan.
Thaísa, uma das nossas gigantes de 1,96m, deu uma entrevista inusitada depois da partida. Ela comentou que não estava acertando o tempo do ataque de Taiwan nas primeiras jogadas porque as bolas eram baixas e rápidas. Então, Zé Roberto Guimarães pediu que ela saltasse menos. Você já imaginou isso? Pedir para que a atleta mais alta do seu time pule mais baixo? Pois é, deu certo. Thaísa acabou o jogo com oito pontos no bloqueio.
No mais, a partida teve cara de estreia. A seleção começou bem e se impôs, mas aos poucos perdeu o ritmo. Depois, no segundo set, ficou atrás do marcador e só igualou no 9 a 9. O passe não estava saindo e o saque de Taiwan achou caminho na quadra brasileira (foram cinco aces, contra quatro brasileiros). Para resolver, três bloqueios seguidos e a volta à liderança. Na última parcial, o Brasil arrasou e abriu 9 a 0! Não me lembrava de um placar assim. Jaqueline começou no saque, executou bem os serviços e ainda não deixou nenhuma bola cair no contra-ataque. Taiwan só desempacou quando a mesma Jack bateu do fundo para fora. Mas com tanta diferença, foi só administrar.
O jogo ajudou a passar a ansiedade da estreia e colocar todo mundo para jogar. A partir de amanhã teremos uma ideia melhor de como está essa seleção. Brasil enfrenta o Japão, no sábado, e a Itália, no domingo, e vale dar uma lapidada no passe. São duas seleção muito melhores que Taiwan, e Dani Lins vai precisar trabalhar com bola na mão para explorar os ataques. Além disso, que o bloqueio, grande trunfo dessa equipe, continue funcionando. Não espero os 17 pontos em 3 sets como nesta manhã, mas quero ver pressão na rede.

ELEIÇÕES 2.010

Corrida dos candidatos,cada um na direção do seu sucesso, na arte do convencimento da população, não esqueceu nem do Boechat o representante do PiG.

PESQUISA IBOPE II

ALTO NÍVEL DEVE SER O EXEMPLO

Editorial, Jornal do Brasil
O primeiro debate entre os candidatos à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promovido quinta-feira pela Rede Bandeirantes, deu um alento aos já desesperançados brasileiros que clamavam por uma campanha em alto nível. Até o dia 3 de outubro a situação ainda pode mudar, não dá ainda para soltar foguetes. Mas se for mantida a postura dos três principais postulantes ao cargo, será a prova de que é possível fazer uma campanha propositiva, de ideias, sem apelar para baixarias ou ofensas gratuitas.
Alguns sites divulgaram ao longo do dia de ontem que a audiência do debate foi pequena, algo em torno de três pontos. Alguns “analistas” apressados chegaram a comentar que o programa não teve muita assistência exatamente porque foi “morno”, não houve ataques, foi pautado pela polidez.
A análise começa errada na medida em que não cita que, no mesmo horário do debate, era transmitida pela emissora mais poderosa do país, para os quatro cantos brasileiros, uma empolgante partida de futebol, que valia vaga para a final da Taça Libertadores da América (e para o Mundial Interclubes), entre dois dos melhores times da praça, o São Paulo e o Internacional.
Além disso, imaginemos apenas para argumentação que a causa da suposta baixa audiência tenha sido o tom cordial que balizou os discursos de Dilma Rousseff, José Serra e Marina. E daí? Que importa ao país a audiência de uma emissora? Para quem gosta de violência ou baixaria, não faltam opções, infelizmente, na nossa programação diária.
Quem dera que todos os candidatos que vão participar da eleição tivessem a postura dos presidenciáveis assim como a ficha limpa deles. O curioso da repercussão do debate é que a sociedade passou anos, desde a eleição de 1989, pedindo ética, criticando as baixarias e o bate-boca dos debates. Quando, enfim, aparece uma trinca que, em vez de atacar os concorrentes, discute ideias, projetos, propostas –a despeito de serem boas, factíveis ou não– aí são criticados. É mesmo muito difícil agradar a todos. Justiça se faça ao diretor de jornalismo da Band, Fernando Mitre, que logo em seguida ao término do debate exaltou o fair play dos políticos, e qualificou o encontro como “um marco”, naquilo que sempre esperaram de um debate os que pensam apenas no bom futuro do país e não em fofocas.
Destoou um pouco dessa postura o candidato do PSOL, Plínio Arruda Sampaio, que procurou sempre desqualificar os três outros candidatos. Mas, mesmo ele, foi light, mais engraçado do que agressivo. Suas intervenções serviram apenas para reforçar a característica combativa e idealista de seu partido. Não chegou a configurar uma baixaria. Foi, no máximo, um contraponto.
Que a civilidade de Dilma, Serra, Marina e, vá lá, Plínio sirva de lição e exemplo para a enxurrada de propagandas e debates que vêm por aí.

RUMO AOS 40%

OVERDOSE DE PESQUISAS

As 28 pesquisas nacionais realizadas pelos quatro grandes institutos, Ibope, Datafolha, Sensus e Vox Populi, estão mostradas no gráfico abaixo, na seqüência cronológica com que realizaram trabalho de campo.
Baseado em pesquisas do Ibope, Datafolha, Vox Populi e Sensus.
Considerando todas as 28 pesquisas, a média de intenção de votos de Serra é de 35,2%, a de Dilma é de 31,3% e a de Marina é de 7,9%.
Levando-se em conta, todavia, que as pesquisas mais recentes são aquelas que incorporam informações mais relevantes, em termos do sentimento contemporâneo do eleitor, os números para a candidata do governo mudam bastante quando se consideram apenas as últimas 10 pesquisas, a partir da primeira realizada em maio, quando Dilma claramente passa a situar-se no entorno do patamar de 35% a 40% das intenções de voto.
Com efeito, a média de intenções de voto de Dilma nessas últimas pesquisas sobe para 38,2%, enquanto que a de Serra permanece praticamente a mesma (34,9%) e a de Marina tem oscilação positiva, alcançando 8,8%. Tomando por hipótese uma margem média de erro de dois pontos de percentagem, haveria, teoricamente, empate técnico entre os protagonistas lideres em intenção de votos.
Contudo, tornando a série mais contemporânea ainda, observando apenas a última rodada de pesquisas dos quatro grandes institutos, Dilma ascende para uma média de 39,3% e Serra declina para 33,9%. Nesta situação, não haveria empate técnico, já qua a diferença entre as candidaturas polarizadas está fora da margem de erro hipotética de dois pontos de percentagem.
O grande desafio para o candidato tucano continua sendo romper a barreira dos 35% de intenção de votos, de forma sustentada. O mesmo acontece com Marina Silva que, em patamar mais baixo, não consegue ultrapassar os 10% de intenção de votos. Já Dilma, em vantagem, precisa apenas mostrar que sua ascensão nas pesquisas ainda tem espaço de ampliação, já que há algum tempo vem mantendo certa estabilidade de intenção de votos, aí por perto do limite superior do patamar de 35% a 40%.

BOTAFOGO MANTÉM ESQUEMA OFENSIVO

Blog do Deni Menezes - o repórter de oito Copas do Mundo.
O resultado positivo da experiência do último jogo em que voltou a vencer depois de três derrotas e cinco empates e com isso subiu sete posições, animou o Botafogo a manter o esquema ofensivo para o jogo de hoje, às 18h30m, com o Atlético Mineiro, no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. O time voltará a utilizar três atacantes –Jobson, Herrera e Maicosuel-, continuará com os alas Alessandro e Marcelo Cordeiro se projetando para o apoio e terá marcadores que darão proteção à linha de três zagueiros.
Joel Santana deixou bem clara sua posição ao analisar o excesso de atacantes de que dispõe agora para escalar sempre um time muito ofensivo e capaz de recuperar os pontos e as posições que perdeu nos oito jogos antes de voltar a somar três pontos:
“O comando é meu, tenho que ter muita firmeza para decidir. Não posso ficar em dúvida quanto à escalação, até porque o jogador precisa ter confiança e segurança em quem o dirige.”
“Ninguém é absoluto no time do Botafogo. Todos têm que estar sempre muito bem preparados para entrar e decidir. Quem não corresponder perde a vaga. Não há quem tenha posição cativa na equipe. O rodízio pode ser feito sempre.”
“Vou fazer sempre o que o meu coração pede. Tenho consciência da dificuldade que é escolher, principalmente contando com tantos jogadores de qualidade. Hoje o Botafogo pode se dar ao luxo de escalar três ou quatro duplas de ataque e se sentir bem servido pelo valor dos jogadores que fazem parte do nosso elenco.”
Botafogo - 10º lugar – 15 pontos, 3 vitórias, 3 derrotas, 6 empates. Segundo melhor ataque – 20 gols -, quinta pior defesa, sofreu 17 gols. Nos jogos no Engenhão – 5 empates: 1 a 1 com Fluminense, Guarani e Vasco, 2 a 2 com o Corinthians, 3 a 3 com o Santos, e uma vitória: 3 a 0 no Goiás.
Time: Jeferson, Dani Morais, Leandro Guerreiro e Fabio Ferreira; Alessandro, Marcelo Matos, Somália e Marcelo Cordeiro; Jobson, Herrera e Maicosuel.
Atlético-MG – 19º lugar – 10 pontos, 3 vitórias, 8 derrotas, 1 empate. Sexto melhor ataque – 14 gols -, segunda pior defesa, sofreu 22 gols. Nos jogos fora de casa – 4 derrotas: Grêmio Prudente 4 a 0, Vitória 4 a 3, Grêmio 2 a 1 e Corinthians 1 a 0, e 0 a 0 com o Avaí.
Botafogo x Atlético-MG será apitado por Leonardo Gaciba da Silva, da Federação Gaúcha.
Vanderlei Luxemburgo não antecipou a escalação, mas dois dos principais jogadores estão confirmados: Diego Souza no meio-campo e Diego Tardelli no ataque. Será o primeiro jogo do Atlético-MG no Rio no atual campeonato. Há 11 anos o Atlético-MG não ganha do Botafogo.
Joel Santana e os jogadores Marcelo Cordeiro, Dani Morais e Somália serão julgados terça-feira pela 2ª Câmara Disciplinar pelos incidentes no jogo com o Fluminense. O árbitro Rodrigo Nunes de Sá também irá a julgamento por ter omitido os fatos na súmula. Joel disse ontem: É melhor ficar calado porque tudo que eu disser agora pode até agravar ainda mais a situação. O melhor é ficar caladinho.”
O goleiro Jeferson viajará domingo com a seleção para o amistoso de terça-feira em Nova Jersey com os Estados Unidos. Ele é o único de time carioca na primeira convocação do técnico Mano Menezes.
O lateral-direito Jeancarlo, que disputou apenas cinco jogos pelo Botafogo, pode ser cedido ao Bahia, que está na Série B.

DEPOIS DO DEBATE, O VICE

O ESCÂNDALO LULA

Por Emir Sade.
Quem olhasse para o Brasil através da imprensa, não conseguiria entender a popularidade do Lula. Foi o que constatou o ex-presidente português Mario Soares, que a essa dicotomia soma a projeção internacional extraordinária do Lula e do Brasil no governo atual e não conseguia entender como a imprensa brasileira não reflete, nem essa imagem internacional, nem o formidável e inédito apoio interno do Lula.
Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.
Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.
Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada –como em 1964-, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.
Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apóiam.
Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.
Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.

FICHA LIMPA

RECORDANDO O HORROR

Hiroshima recorda o horror da bomba atômica.
Pela primeira vez os Estados Unidos enviaram um representante à cerimônia do "aniversário" do primeiro bombardeio atômico, realizado em 1945, por sua aviação contra a cidade japonesa de Hiroshima, no qual morreram ao menos 210 mil pessoas. “A raça humana não deve repetir o horror e os sofrimentos causados pelas armas atômicas”, declarou o primeiro ministro japonês Naoto Kan, em discurso. A França e a Grã-Bretanha também enviaram pela primeira vez representantes à cerimônia.
Página/12 - Tradução: Katarina Peixoto.
Os representantes de mais de 70 países estiveram presentes, junto a várias dezenas de milhares de pessoas que se reuniram para assistir à emotiva cerimônia no Memorial da Paz, celebrado sob um céu azul similar ao que predominava na manhã de 6 de agosto de 1945 sobre a cidade de Hiroshima, no oeste do Japão, antes que tudo se transformasse num inferno.
A França e a Grã Bretanha, aliados dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, também pela primeira vez, desde a capitulação do Japão em agosto de 1945, enviaram representantes à cidade mártir, um gesto de apoio ao movimento a favor do desarmamento nuclear mundial.
O Japão, único país a ter sido bombardeado em duas ocasiões com armas nucleares (6 de agosto de 1945 em Hiroshima e 9 de agosto do mesmo ano em Nagasaki) reclama há anos a abolição das armas de destruição em massa.
Os Estados Unidos, que sempre defenderam que estes bombardeios foram necessários para encurtar a guerra, jamais se desculparam pelas 210 mil vítimas, em sua maioria civis, que morreram pelas bombas que explodiram sobre essas duas cidades ou pela radiação e queimaduras que provocaram.
A raça humana não deve repetir o horror e os sofrimentos causados pelas armas atômicas”, declarou o primeiro ministro japonês, Naoto Kan, em discurso. “O Japão, única nação vítima de bombardeios atômicos em tempos de guerra, tem uma responsabilidade moral de encabeçar o combate pela construção de um mundo sem armas nucleares”, acrescentou.
Os Estados Unidos estiveram representados pelo seu embaixador no Japão, John Roos, que depositou uma oferenda floral em memória “de todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial”, uma presença que também reflete o apoio do presidente estadunidense Barack Obama em favor da desnuclearização. “Pelo bem das gerações futuras devemos continuar trabalhando juntos para realizar um mundo sem armas nucleares”, disse Roos em seu comunicado.
Muitos no Japão esperam que o presidente Obama visite Hiroshima durante a visita que fará ao arquipélago em novembro. “Seria muito significativo se sua visita a Hiroshima e a Nagasaki se tornasse realidade”, disse Kan, citado pela agência Jiji.
Às 8:15 h, no momento preciso em que a bomba explodiu sobre a cidade, fez-se um minuto de silêncio. Depois, o prefeito da cidade, Tadatoshi Akiba pronunciou um discurso. Concluiu quando soltaram 1 000 pombas num gesto simbólico de paz. “Saudamos este 6 de agosto com a determinação reforçada de que ninguém mais deverá sofrer tais horroros no futuro”, disse Akiba.

O CARTOMANTE! !

DEBATE DA BAND II

ROSA DE HIROSHIMA

Nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, duas bombas atômicas, que causaram mais de 200 mil mortes, contaminações terríveis pela radioatividade e um sofrimento que perdura até hoje com as sequelas sofridas pelas vítimas e seus descendentes. É o único ataque nuclear da história e o mais terrível de todos os tempos.
Hiroshima e Nagasaki não eram cidades estratégicas na guerra do Pacífico, que se aproximava do fim quando ocorreram os ataques. Armas nucleares jamais tinham sido utilizadas contra seres humanos e suas consequências eram desconhecidas, Mesmo assim, os Estados Unidos fizeram uso delas no que foi interpretado como demonstração de superioridade e experiência tecnológica.
Desde os terríveis ataques, Hiroshima relembra anualmente a tragédia, com cerimônias no Memorial da Paz para que nunca mais algo de semelhante aconteça. agora, os 65 anos da bomba de Hiroshima são lembrados, e, pela primeira vez, com a presença de um diplomata dos EUA, o embaixador John Roos.
O governo japonês elogiou a decisão dos EUA e o prefeito de Hiroshima acredita que; O tempo costuma apagar os piores sentimentos, mas os sobreviventes do ataque ainda têm suas desconfianças. “O melhor que eles teriam a fazer era pedir desculpas, mas duvido que isso vá acontecer”, disse à AP Terumi Tanaka, sobrevivente de Nagasaki e secretária-geral da Confederação Japonesa de Sobreviventes a Ataques Nucleares.
“a presença do embaixador vai fortalecer a opinião mundial contra o uso de armas nucleares e a desnuclearização”.
O momento de relembrar Hiroshima e Nagasaki é sempre doloroso e nos leva a pensar na condição humana e de tudo o que o homem foi capaz de fazer ao longo dos séculos sob diferentes pretextos. São difíceis as palavras para traduzir o sofrimento do povo japonês diante dos ataques nucleares, e por isso escolhi a sensibilidade de um poeta brasileiro, Vinícius de Morais, e a interpretação profunda de Ney Matogrosso para acompanhar este post de homenagem a todas as vítimas de Hiroshima e Nagasaki.

APOCALIPSE DE HIROSHIMA

Os sobreviventes continuam lembrando o dia do Apocalipse em Hiroshima no final da Segunda Guerra Mundial, a mais sangrenta da história.
Na fotos sempre aparece a imagem do prédio da prefeitura de Hiroshima que ficou parecendo com um guarda-chuva sem pano. Dá para ficar perplexo. Eu só fico imaginando como uma única bomba pode causar tantas mortes e tanta destruição.
E o pior, de lá para cá foram fabricadas bombas bem mais potentes do que que destruiu Hiroshima. Mesmo depois de 65 anos da grande tragédia, ainda se debate se os ataques atômicos ao Japão foram necessários para pôr fim o conflito.
Os americanos já sabiam do poder de destruição da bomba através de testes, mas eles queriam mostrar ao Japão é a União Soviética o seu poderio bélico.
Ao mesmo tempo que a famosa equação de Einstein (E=mc2) se tornava realidade, agora os humanos já tinham os meios para exterminar em massa os seus semelhantes.
Porém, a sobra daquela espessa nuvem negra sob aquele tenebroso cogumelo ainda paira sobre a política e se tornou um pesadelo para sempre para a humanidade. Será que vale a pena ficar fazendo mais armas nucleares?

SANTA CATARINA II

Região da Serra do Rio do Rastro, em Bom Jardim da Serra (SC); cidade faz fronteira com Urubici onde a temperatura chegou a 1,9ºC nesta sexta-feira.
Foto; Ucha Karasek.

UM NOVO TEMPO DE GLÓRIAS

Saindo de uma fase tão complicada, minha esperança se renova com a volta do Somália ao time. Apesar de não ser um grande craque, o sorriso do nosso volante é contagiante e certamente é aquilo que faltava ao grupo para reencontrar o caminho das vitórias.
Além disso, o polivalente homem da alegria sabe fazer de tudo, ele marca, cruza, mostra disposição e encanta a torcida com um carisma natural, se falta (muita) beleza ao grande Somália, certamente ele compensa isso com o coração, que durante a temporada já mostrou ser alvinegro.
Fora tudo isso, ele ainda tem o carimbo de aprovação do Papai Joel, que durante a semana afirmou: "É Somália mais dez". Se for em nome da felicidade do Glorioso, que assim seja.
Depois de uma atuação impecável do Jobshow em Salvador me deu um novo ânimo e tenho certeza que foi o começo de dias muito melhores no Brasileirão.
Além disso, nosso Mago voltou com tudo e vai arrebentar contra o frango (ops! é galo) mineiro, no Encheião!
Estou ansioso!

MAICOSUEL REENCONTRA O ENGENHÃO

Última lembrança do meia no estádio não é das melhores.
Em abril de 2009, Maicosuel perdeu pênalti contra o Americano e Botafogo foi eliminado da Copa do Brasil.
Foto; Dhavid Normando.
LANCEPRESS!
Quando entrar em campo neste sábado, Maicosuel verá um filme que tinha tudo para trazer más lembranças, mas que é guardado com muito carinho. Em sua reestreia no Engenhão, o apoiador volta no tempo e recorda de sua última partida no estádio com a camisa do Botafogo
Em abril de 2009, Maicosuel foi do céu ao inferno. No último minuto do jogo contra o Americano, pela Copa do Brasil, o apoiador marcou o gol que salvou o Botafogo da eliminação e levou a disputa para os pênaltis. Mas perdeu a cobrança e o clube foi eliminado.
Mesmo assim, Maicosuel saiu aplaudido pela torcida em seu último jogo pelo clube:
Aquele foi o dia mais importante que tive no Engenhão. Marquei um gol no fim, perdi o pênalti, mas a torcida gritou o meu nome na saída de campo. Não vou esquecer nunca. Foi único e ali tive ideia do amor que tenho pela torcida.
Maicosuel não quer pensar mais no passado. Mas espera ter uma reestreia à altura para retribuir o carinho dos torcedores.
Estou em uma situação diferente. O meu melhor momento no Engenhão ainda está por vir – disse o camisa 7, que revelou como quer que seja a reestreia.
O ideal é o Botafogo conquistando os três pontos. Mas se der para fazer um gol, será ótimo.

HIROSHIMA, 65 ANOS ATRAZ

Hiroshima, 6 de agosto de 1945. 
Depois de 65 anos, e vendo as fotos da época fico sem palavras, so tristeza para os olhos. Hoje depois da reforma, vemos um País com uma população inteligente e forte, mas dentro deles sempre existirá o terror daquela guerra. O pior disso tudo é que hoje no século XXI, ainda existe países que mantém eu seu arsenal tal arma e outros países querendo construí-la. A arrogância vai destruir todo o mundo da próxima vez. Albert Einstein um dia disse que não saberia como seria a III guerra Mundial, mas que a IV seria de paus e pedras, pois era o que sobraria no final !
Foto Reprodução; Vidal Cavalcante/AE
Hiroshima, 6 de agosto de 1945.
Hiroshima, 8:15 do dia 6 de Agosto de 1945. Em plena 2ª Guerra Mundial, uma bomba até então desconhecida foi lançada pelos EUA sobre a cidade japonesa. Era a bomba atômica, uma arma de destruição em massa. Cerca de 140 mil pessoas morreram vítimas do artefato. Escolas, hospitais, igrejas, nada foi respeitado. É certo que a bomba antecipou a rendição japonesa e fez o país repensar seu papel no cenário geopolítico mundial. Mas quantas vidas foram tiradas para resolver a equação da guerra? 65 anos após o uso da arma, uma missa foi realizada no mesmo local atingido pela bomba. Pela primeira vez os EUA enviaram um representante oficial. No Memorial da Paz, em Hiroshima, cerca de 55 pessoas rezaram pelas vítimas da guerra, entre elas, vários sobreviventes.
Prédio atingido pela bomba foi mantido com as marcas da guerra. Hiroshima, 06/08/2010.
Foto: Museu Memorial da Paz/Efe.
Foto: Shuji Kajiyama/AP

TAÇA DE BOLINHA II

MOSCOU II

Pessoas andam pela Praça Vermelha, em Moscou, em meio à fumaça que atinge a cidade russa.
Mikhail Metzel/AP

AMBOS ESTÃO CONDENADOS

APEDREJAMENTO

JOSÉ SARNEY.
Uma eleição sem jeito de...
O PMDB tocou no ponto-chave do problema da América Latina e, por consequência, brasileiro: aprofundar a democracia. A Constituição de 88, boa no capítulo dos direitos individuais e sociais, criou barreiras para atingirmos esse objetivo.
Sem a consciência de que a democracia é um modo de vida, crescem poderes autônomos de setores da administração pública, do Judiciário, do Legislativo, criando áreas de privilégios, que, embora não sejam pessoais, têm a força de transformá-los em grupos superiores ao povo.
Não se pode ter democracia aprofundada com as medidas provisórias que acabam com o Legislativo; e sem elas passou a ser impossível governar. Resultado, no Congresso desapareceu o debate, só passam matérias anódinas ou por consenso: as bondades, que não são aquelas que viu Pero Vaz de Caminha, mas as que denunciam os jornais, como trens da alegria, privilégios, prerrogativas de funções e mais e tal.
Estamos presenciando a regressão do que é a democracia. Com o exagero de controles, desapareceram as campanhas, a capilaridade na discussão de problemas e ideias, para restarem blogs, notícias de jornais e a avassaladora dominância da televisão. O eleitor, o povo mesmo, é mero coadjuvante.
Amarraram tanto as regras, impuseram tantos entraves, que o processo político passou a ser sobretudo um processo jurídico. Tenho um amigo candidato que me diz ter mais advogados do que eleitores.
Ora, a democracia é um estado de consciência que se exercita pela educação. Pela prática. Não pode ser concebida como uma sala de aula em que só se faz o que o professor ensina e manda fazer.
É assim que pensam os caudilhos, nada mais, com todas as letras, que o autoritarismo. Não há só ditadura de homens, mas também de instituições. Duverger disse que a ditadura do Congresso era pior do que a do Executivo e que a da Justiça era pior ainda que a dos outros Poderes.
Já se queixam da ditadura do Tribunal de Contas, da Controladoria da União, do Banco Central, da Polícia Federal, da CBF, do Ministério Público, da Beija-Flor, da Vai-Vai, enfim, ditadura do papai, da mamãe -e até estes da ditadura dos filhos.
A verdade é que estamos no período das eleições e não vemos eleições. Elas estão restrita aos tribunais e começaram ontem a dar sinais de vida, com o primeiro debate na TV dos presidenciáveis.
Na cultura da internet, vivemos uma eleição virtual. Ela existe, funciona, mas ninguém vê. No mais, por falar em internet, a grande notícia é que ela matou a Playboy, a grande marca hedonista. Para ver peladas, passe o dia visitando sites.

CENSO VI

CORTEJO DE PIRILAMPOS

RUY CASTRO
O homenageado da Flip em 2007 foi Nelson Rodrigues. Entre as atrações da festa, havia a exibição de "Vestido de Noiva", o filme baseado em sua peça, que seu filho, o cineasta Joffre Rodrigues, completara havia anos e levara outros tantos para conseguir lançar. Programado pelo exibidor para uma semana ingrata, tipo Carnaval, em 2006, o filme entrara e saíra de cartaz quase em segredo.
Donde poder vê-lo em Paraty seria uma rara oportunidade também para mim, que estava viajando e não o vira quando ele passou como um raio pelo Rio. Sentado numa das cadeiras do cineminha local, pisquei para Joffre quando ele entrou e, debaixo da tela, tentou dizer algumas palavras antes da sessão.
Apenas tentou -porque, emotivo como era, chorou ao descrever os quase 10 anos de vida que o filme lhe custara, a luta para levantar o dinheiro e sua insegurança a respeito das liberdades que tomara ao adaptar a peça quase sagrada de seu pai. E, finalmente, o fato de que tão pouca gente pudera vê-lo.
Finalmente, Joffre enxugou os olhos e o filme começou. Com poucos minutos, convenci-me de que "Vestido de Noiva" estava todo ali, não como um "teatro filmado", como tinham dito os críticos, mas legitimamente transfigurado para o cinema. De repente, por volta do 20º minuto, pifou a energia na cidade. Paraty ficou às escuras.
E, então, aconteceu uma coisa bonita: ninguém arredou pé. Durante uma hora esperamos que a energia voltasse e a sessão se reiniciasse. E, como isso não aconteceu, lentamente fomos embora, todos juntos, dezenas de pessoas, pelas ruas de Paraty. Imaginei que Joffre estaria chorando de novo. As lágrimas o impediriam de ver o céu, absurdamente estrelado, e o cortejo de pirilampos, formado pelos celulares acesos que as pessoas usavam à guisa de lanternas.
Joffre Rodrigues morreu nesta quarta no Rio.

O QUE SE PASSA? !

QUENTINHAS DA HORA XXV

EDUARDO OHATA
Pró-forma
O prefeito Gilberto Kassab sabe que, por conta do tempo exíguo, as chances de a abertura da Copa-14 acontecer em um estádio em Pirituba, que teria de ser erguido, são nulas. Mesmo assim, pediu à Odebrecht estudo para definir se há chances de isso ocorrer. O prazo que deu para a conclusão da pesquisa é de 90 dias. O estádio estaria integrado ao centro de convenções, cujo projeto somente fica pronto ano que vem.
Escolado.
Não convence o Comitê Organizador Local da Copa de 2014 o discurso do governador Alberto Goldman de que o problema de SP são os aeroportos.
Força inercial.
Na entidade, lembram que foi José Serra, então governador, que ofereceu que a abertura ocorresse em São Paulo, após saber que a final seria no Rio. E afirmam que pouco foi feito em São Paulo depois disso.
Prioridade.
O COL não gostou do fato de a situação de São Paulo ter evoluído para briga política entre os governos do Estado e o federal às vésperas da eleição. Acreditam que se perdeu o foco.
Passo a passo.
O grupo à frente do projeto de estádio do Corinthians em Garulhos apresentou à diretoria do clube garantias que incluem cartas de comprometimento de diversos investidores.
Entre profissionais.
O assunto agora será tocado de advogado para advogado: Fernando Albino, da Albino Advogados Associados, e Sergio Alvarenga, vice jurídico do Corinthians. Sem investidores ou conselheiros.
Pouco alcance.
A tecnologia 3D não é encarada como prioridade para a Olimpíada-12, ao menos por enquanto. Foi o que ouviram representantes das emissoras brasileiras detentoras dos diretos que participaram de uma reunião na Inglaterra.
Solução.
Esses mesmos executivos que conversaram com a Olympic Broadcast Service acreditam que o cenário pode mudar. Mas depende de algum parceiro do COI da área de tecnologia descobrir uma forma de popularizar essa ferramenta.
Eleitoral.
Na oposição palmeirense, ganha corpo a ideia de um debate entre os pré-candidatos Arnado Tirone e Roberto Frizzo para divulgarem suas plataformas. Aconteceria em um hotel, e seguiria os moldes dos debates políticos, com mediador.
Casa de ferreiro.
A demissão de figuras na área de mídia da Confederação Brasileira de Basquete fez a gestão profissional da entidade ser questionada. Dizem que isso não deveria acontecer às vésperas de Mundiais.