sexta-feira, 13 de julho de 2012
Os golpistas do Paraguai censuram, demitem jornalistas e fecham rádios comunitárias com a cumplicidade da mesma mídia – local e mundial – que adora clamar cinicamente por “liberdade de expressão”. Notícias sobre protestos em várias partes do país são censuradas e o governo e a mídia golpista vendem a imagem de que reina a paz. Já antes do golpe, a imprensa tentou criar um clima de pânico na sociedade.
Por Altamiro Borges.
FHC OUVIU O GALO CANTAR; ACHOU QUE ERA TUCANO
Fernando Henrique Cardoso recebeu um prêmio da Biblioteca do Congresso dos EUA, cuja primeira edição agraciou a tradição dos intelectuais arrependidos da esquerda. O polonês Leszek Kolakowski que inaugurou a fila, em 2003, baldeou-se do marxismo ortodoxo para a rejeição radical da obra de Marx. No caso de FHC, o prêmio de U$ 1 milhão brindou os desdobramentos políticos de suas reflexões sobre a dependência. No entender dos curadores, elas teriam demonstrado como os países periféricos 'podem fazer escolhas inteligentes e estratégicas' (leia-se dentro dos marcos dos livres mercados) mesmo em desvantagens em relação aos ricos. O tucano não decepcionou. Após embolsar o galardão falou grosso. E acusou Lula de ser responsável pelas agruras da indústria ao interromper as reformas; aquelas das quais seu governo foi um instrumento e cuja correspondência no plano internacional, como se verifica, legou um mundo de fastígio e virtudes sociais. O sociólogo ouviu o galo cantar; achou que era um tucano. (LEIA MAIS AQUI)
O importante é o poder
O Vice-Presidente da República, Michel Temer, demonstra, a cada discurso, que o importante é o poder e não a programação política do seu partido. Meu vizinho político sempre me disse que não consegue acreditar como um partido de tradição histórica na defesa dos interesses nacionais pôde virar um partido ambicioso por cargos, mordomias e tudo o mais, menos para assumir seus progamas e enfrentar as urnas para governar o país. Pra que? devem se perguntar. Assim tá bom demais. O importante é participar do poder, sem a responsabilidade de compromissos sociais, a não ser para jantares e encontros.
Bolsa BNDES, mas só para os muito ricos...
Já notei que quase ninguém fala do Bolsa BNDES, que é só para os muito ricos e bem nascidos. Uma parte importante dos recursos do tesouro são canalizados para os Eike da vida, todos sedentos por dinheiro farto e barato. E neste caso é mesmo.
O BNDES, é um Robin Hood às avessas, já que empresta a juros negativos, ou seja, o tesouro paga o recursos pela Selic, mas recebe pela TJLP, isso sem contar a diferença no tempo de retorno, um assalto, um roubo á céu aberto, e ninguém fala nada.
Assistimos uma odiosa transferência de dinheiro sustentada pelas classes menos abastadas, ou os eleitores contribuintes, nós, um bando de idiotas
Enrolado
O novo senador goiano, que há pouco instantes tomou posse, já começa enrolado com as "cataratas goianas".
Notícia de jornal paulistano dão conta que o mesmo foi colocado na suplência da ex-senador por intervenção do senhor Carlos Ramos.
É mole?
Mal começa e já o redemoinho para cima.
Pelo visto, os goianos (políticos) estão todos com seu Carlos Ramos; pelo visto, não tem sigla para ele (vai desde ao PT ao PSDB).
O senhor Carlos devia ser considerado o homem do século 21 no Brasil, pois ele é poderoso demais.
AS DECISÕES JÁ ESTAVAM TOMADAS
Por Carlos Chagas.
Foi triste, penosa e longa a reunião do Senado, ontem, quando da cassação do mandato de Demóstenes Torres. Menos pela presença constrangedora dele no plenário, bem como por sua emocionada defesa, mais pela repetição de todos os fatos que levaram à abertura do processo contra ele por quebra do decoro parlamentar.
Os pronunciamentos de Humberto Costa, relator no Conselho de Ética, e de Pedro Taques, na Comissão de Constituição e Justiça, serviram para que eles contraditassem discursos anteriores de Demóstenes Torres. Depois, cada senador entendeu de opinar, nas diversas fases da sessão, em seguida ao uso dos microfones pelos líderes dos partidos.
Ficou claro, nas longas horas transmitidas ao vivo pela TV-Senado, que ninguém mudou seu voto por conta dos discursos de ontem. Chegaram todos com a decisão já tomada. Democracia tem dessas coisas, e é bom que tenha: debater nunca será demais. Só que às vezes é redundante.
SENADO VERSUS ITAMARATY.
A Comissão de Relações Exteriores do Senado ofuscou a sessão de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres. Primeiro pelo inusitado da hora em que iniciou seus trabalhos para ouvir o chanceler Antônio Patriota: 8 da manhã. Depois, pelo tom veemente das críticas da maioria dos senadores à política externa brasileira, com ênfase para a suspensão do Paraguai e o ingresso da Venezuela no Mercosul. Apenas Roberto Requião defendeu o governo Dilma.
O presidente da CCJ, Fernando Collor, manteve a isenção ao dirigir os trabalhos, apesar de, como senador, incluir-se entre os maiores críticos do posicionamento brasileiro.
Francisco Dornelles referiu a suspensão e o ingresso como das mais lamentáveis iniciativas do governo brasileiro, evidência de não termos mais uma diplomacia de estado, mas apenas de governo. Disse que o Mercosul será destruído em pouco tempo.
Ricardo Ferraço cobrou coerência do Itamaraty, que condenou uma ação constitucionalmente correta do Congresso paraguaio, ao afastar o presidente Lugo, mas aceita rupturas democráticas verificadas na Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina.
Aloísio Nunes Ferreira considerou normal a permanência de relações econômicas com o Paraguai, inclusive a geração da energia de Itaipu para aquele país, dizendo que mesmo se Gengis Khan assumisse o poder naquele país, o governo brasileiro continuaria respeitando os contratos. Para ele, a reação brasileira à deposição de Lugo foi digna de um grêmio estudantil de quinta categoria. Não poupou o conselheiro Marco Aurélio Garcia, a quem chamou de “sub-Kissinger trotskista”, como inspirador da ação brasileira.
Álvaro Dias denunciou um novo conceito de democracia por parte do palácio do Planalto, pois apoiamos Hugo Chavez, “um presidente boquirroto que censura a imprensa”, faltando-nos competência para decidir se houve ou não golpe de estado no Paraguai. Acrescentou que 500 mil brasileiros instalados no país vizinho apoiaram a ascensão do vice-presidente ao poder.
Roberto Requião foi a exceção, pois elogiou a iniciativa do governo brasileiro e denunciou o afastamento do presidente Lugo como manobra de seus adversários para impedir sua influência nas próximas eleições presidenciais, em abril.
Ao responder a essas e outras exposições e perguntas, o ministro Antônio Patriota historiou a participação brasileira desde que o ex-presidente paraguaio foi submetido a processo de impeachment. Justificou a suspensão do Paraguai e o ingresso da Venezuela no Mercosul como ação comum dos países da América do Sul. Mas ficou evidente estar o Senado em posição oposta ao Itamaraty e ao governo.
Maia: Câmara votará projetos polêmicos no segundo semestre.
O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, afirmou nesta sexta-feira (13) que a Casa terá diversas votações polêmicas no segundo semestre. Segundo ele, será colocado em pauta o endividamento dos estados e a definição da lei dos royalties do petróleo. Ele disse ainda que o calendário abre brechas para que os deputados participem das eleições municipais, em outubro deste ano. “Nós precisamos garantir o crescimento e o desenvolvimento do Brasil, e enfrentar a crise mundial, para isto, a Câmara dos Deputados vai estar atenta e atuante, auxiliando o governo”, explicou. Mesmo a Câmara já tendo votado a lei dos royalties, o veto da presidente Dilma Rousseff reabriu o debate. “Tentamos votar, mas ainda não há um acordo. E já há uma necessidade urgente, porque para promover as novas licitações, inclusive no pré-sal, é preciso estabelecer como será a divisão dos royalties”, argumentou Maia que garantiu: há grupos de trabalho criados especialmente para conduzir essas propostas polêmicas.
MP de Goiás irá investigar Demóstenes.
A Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás informou nesta sexta (13), por meio de nota, que instaurou um processo disciplinar contra o ex-senador Demóstenes Torres. De acordo com o texto publicado no site do órgão, será investigada “eventual infrigência de dever funcional” do procurador. O procedimento terá caráter sigiloso, segundo o MP, e visa a “coleta criteriosa” de elementos seguros para delimitar o objeto da apuração. Demóstenes teve o mandato de senador cassado nesta semana.
Governo concede reajuste a professores universitários.
O Governo Federal propôs nesta sexta-feira (13) um plano de carreira às entidades sindicais dos professores dos Institutos e das Universidades Federais. A ideia é que o documento entre em vigor a partir de 2013. Segundo os ministérios do Planejamento e da Educação, a proposta permite visualizar uma mudança na concepção das universidades e dos institutos federais, na medida em que estimula a titulação, a dedicação exclusiva e a certificação de conhecimentos. Além disse, reduz de 17 para 13 os níveis da carreira, como forma de incentivar o avanço mais rápido e a busca da qualificação profissional e dos títulos acadêmicos. O reajuste dos docentes federais de nível superior será de 4%.O salário inicial do professor com doutorado e com dedicação exclusiva será de R$ 8,4 mil. Os salários dos professores já ingressados na universidade, com título de doutor e dedicação exclusiva passarão de R$ 7,3 mil para R$ 10 mil. Ao longo dos próximos três anos, a remuneração do professor titular com dedicação exclusiva passará de R$ 11,8 mil para R$ 17,1 mil.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Pois é, verificamos que 30% do Senado Federal (24
Senadores, sendo que 19 votaram a favor e 5 se abstiveram) votou pela
aprovação da conduta parlamentar do Senador, esta é a legitima banda podre do
Senado Federal.
E isto não é muito
diferente no Congresso Nacional, pois se diz a décadas de que, pelo menos, 30%
do Senado Federal e da Câmara de Deputados é composta de picaretas (P),
bandidos (B) e corruptos (C) . . .temos então o conjunto do PBC com 178 parlamentares
(Senadores e Deputados Federais neste bloco de representatividade do
PBC no nosso parlamento.
Veja perdeu seu pauteiro Cachoeira que perdeu seu
despachante de luxo Demóstenes que perdeu seu cargo para Wilder de Morais que
perdeu a mulher Andressa pro Cachoeira.
Ainda restam 19 DEMOstenes no senado, os nomes nós
imaginamos ou na verdade sabemos.
Uma coisa é certa após os seus nomes temos as
siglas: DEMO, PP PSDB - (PARTIDO SÓCIO DO BICHEIRO)
A Globo está com azar danado, tudo que ultimamente eles
fazem parece que dá tudo errado, audiência despencando, os seus políticos
preferidos sendo escanteados, o Teixeira está fora. É muito azar pra uma
emissora só.
Mas o velho ditado se confirma tudo de ruim que eles fizeram ao
povo brasileiro estão pagando agora. Agora estou com muita saudade do Bob
Esponja, quando ele vai voltar?
Bem alguém falou-me que deste jeito o programa
da Musa do jornalismo da Bobo não tem vida longa. Já vai tarde sô!!!
A Globo é a unica emissora da qual um lutador pode ver sua
própria luta ao vivo, vide o último UFC, em que a luta foi anunciada ao vivo
pelo Cala a Boca Galvão mas foi trasmitido um VT. Esporte e Globo não combinam,
alias nada combina com Globo, Brasil não combina com Globo. Emissora que tenta
incansavelmente um Golpe Paraguaio em um governo democrático que tirou nosso
país da lama.
OCCUPY NÃO TEM IDADE
Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto. Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação.
Por Flávio Aguiar, direto de Berlim.
Berlim tem uma longa tradição de ocupações. Essa tradição se consolidou depois da queda do muro, em 1989. Já na Berlim Ocidental havia movimentos de ocupação, dirigidos para prédios abandonados – alguns desde a guerra. Com a reunificação, o movimento se estendeu para a antiga parte oriental.
O caso mais famoso dessas ocupações é o do prédio conhecido como Tacheles, em ruínas, tomado por artistas e seus ateliês, além de bares em março de 1990. Retomado em parte por uma empresa que comprou a área, uma parte dele continua ocupada, e o destino do prédio ainda é incerto.
Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto.
Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação.
O objeto da ocupação é um prédio na antiga parte oriental da cidade, no bairro de Pankow, perto de um conjunto de residências onde moravam altas autoridades da Alemanha Oriental, numa rua ovalada conhecida como Majakowskiring.
O prédio em questão também teve ocupantes famosos – embora de sinistra memória: Erich Mielke e sua família, um dos chefes da temida Stasi, a polícia política da RDA. Também foi sede da própria Stasi local.
Mas os ocupantes de agora são de outra estirpe: a esmagadora maioria dos ocupantes têm mais de 70 anos – e são mulheres, em grande parte.
O objetivo da ocupação é preservar um centro de reunião para “seniores”, como se designam os idosos por aqui. Nesse centro eles e elas se reuniam para jogar cartas, dominó, outras formas de lazer, praticar ioga, fazer reuniões de interesse local, ou simplesmente para bater papo.
Acontece que a administração regional considerou cara a manutenção do prédio ( 60 mil euros por ano) e dispendiosa demais uma reforma que julga necessária, orçada em 2 milhões de euros. Então decidiu vender o prédio.
Foi a fagulha: em junho cerca de 300 freqüentadores – o caçula tem 65 anos – decidiram ocupar o prédio e resistir. Lá estão eles, nesse prédio da Stille Strasse – Rua do Sossego, ou do Silêncio – com seus colchões, dormindo no chão, fazendo revezamentos noturnos para que a administração regional não possa retomar o prédio, preparando cafés comunitários, refeições...
E chamando a atenção da cidade. Mais de 50 reportagens já foram feitas na mídia berlinense de todo tipo, além deles receberem moções de solidariedade de todo tipo, inclusive sob a forma de doações, sob a forma de frutas, alimentos, doces, e há até um restaurante local que doa refeições quentes para os “seniores – senhoras e senhores”.
A líder do movimento, Doris Syrbe, de 72 anos, garante que elas e eles vão ficar e resistir, até que uma solução seja encontrada. E sequer passa-lhe pela cabeça, pelo menos por ora, a remoção para algum outro prédio.
A mídia tem destacado que esse movimento assinala mudanças sociais importantes que estão ocorrendo na cidade. Depois de voltar a ser a capital da Alemanha, Berlim passa por um processo geral de encarecimento do custo de vida, tradicionalmente um dos mais baixos dentre as capitais européias, incluindo as do antigo leste. O preço dos aluguéis e da manutenção de imóveis tem aumentado, com a freqüência crescente de turistas, diplomatas, gente de negócios e até de estudantes. Berlim é uma das poucas cidades (com caráter de estado) na Alemanha onde o estudo superior permanece gratuito. Isso atrai estudantes de toda a Alemanha – que vêm morar nos bairros antes reservados predominantemente para imigrantes, trabalhadores e população pobre. Estes vão se deslocando para mais longe, e o preço dos aluguéis naqueles bairros começa a aumentar. Em seguida vêm os novos yuppies com seus ternos e carros caros – e condomínios fechados.
E a oportunidade da existência de prédios como o da Stille Strasse diminui.
Mas os velhinhos e as velhinhas da Stille Strasse anunciam que não vão desistir – no melhor estilo dos movimentos “occupy”, que, como se vê, não têm idade-limite.
O caso mais famoso dessas ocupações é o do prédio conhecido como Tacheles, em ruínas, tomado por artistas e seus ateliês, além de bares em março de 1990. Retomado em parte por uma empresa que comprou a área, uma parte dele continua ocupada, e o destino do prédio ainda é incerto.
Os movimentos “Occupy” trouxeram um novo impulso e um novo estilo aos processos de ocupação, em escala internacionalo, a que a Alemanha e Berlim não ficaram indiferentes. Mas tradicionalmente esses movimentos sempre foram associados a jovens, hippies, punks, militantes de esquerda, ou sem-teto.
Agora a cidade de Berlim está às voltas com um novo movimento de ocupação.
O objeto da ocupação é um prédio na antiga parte oriental da cidade, no bairro de Pankow, perto de um conjunto de residências onde moravam altas autoridades da Alemanha Oriental, numa rua ovalada conhecida como Majakowskiring.
O prédio em questão também teve ocupantes famosos – embora de sinistra memória: Erich Mielke e sua família, um dos chefes da temida Stasi, a polícia política da RDA. Também foi sede da própria Stasi local.
Mas os ocupantes de agora são de outra estirpe: a esmagadora maioria dos ocupantes têm mais de 70 anos – e são mulheres, em grande parte.
O objetivo da ocupação é preservar um centro de reunião para “seniores”, como se designam os idosos por aqui. Nesse centro eles e elas se reuniam para jogar cartas, dominó, outras formas de lazer, praticar ioga, fazer reuniões de interesse local, ou simplesmente para bater papo.
Acontece que a administração regional considerou cara a manutenção do prédio ( 60 mil euros por ano) e dispendiosa demais uma reforma que julga necessária, orçada em 2 milhões de euros. Então decidiu vender o prédio.
Foi a fagulha: em junho cerca de 300 freqüentadores – o caçula tem 65 anos – decidiram ocupar o prédio e resistir. Lá estão eles, nesse prédio da Stille Strasse – Rua do Sossego, ou do Silêncio – com seus colchões, dormindo no chão, fazendo revezamentos noturnos para que a administração regional não possa retomar o prédio, preparando cafés comunitários, refeições...
E chamando a atenção da cidade. Mais de 50 reportagens já foram feitas na mídia berlinense de todo tipo, além deles receberem moções de solidariedade de todo tipo, inclusive sob a forma de doações, sob a forma de frutas, alimentos, doces, e há até um restaurante local que doa refeições quentes para os “seniores – senhoras e senhores”.
A líder do movimento, Doris Syrbe, de 72 anos, garante que elas e eles vão ficar e resistir, até que uma solução seja encontrada. E sequer passa-lhe pela cabeça, pelo menos por ora, a remoção para algum outro prédio.
A mídia tem destacado que esse movimento assinala mudanças sociais importantes que estão ocorrendo na cidade. Depois de voltar a ser a capital da Alemanha, Berlim passa por um processo geral de encarecimento do custo de vida, tradicionalmente um dos mais baixos dentre as capitais européias, incluindo as do antigo leste. O preço dos aluguéis e da manutenção de imóveis tem aumentado, com a freqüência crescente de turistas, diplomatas, gente de negócios e até de estudantes. Berlim é uma das poucas cidades (com caráter de estado) na Alemanha onde o estudo superior permanece gratuito. Isso atrai estudantes de toda a Alemanha – que vêm morar nos bairros antes reservados predominantemente para imigrantes, trabalhadores e população pobre. Estes vão se deslocando para mais longe, e o preço dos aluguéis naqueles bairros começa a aumentar. Em seguida vêm os novos yuppies com seus ternos e carros caros – e condomínios fechados.
E a oportunidade da existência de prédios como o da Stille Strasse diminui.
Mas os velhinhos e as velhinhas da Stille Strasse anunciam que não vão desistir – no melhor estilo dos movimentos “occupy”, que, como se vê, não têm idade-limite.
Intervenção na Espanha: UE impõe mais de 30 exigências para salvar a banca espanhola
** país terá aumento de impostos indiretos, cortes em 'encargos' (direitos) trabalhistas e aumento unilateral de jornada de trabalho no setor público
** Grécia caminha para o 5º ano de recessão: PIB deve cair cerca de 7% este ano
**Itália definha e França retrocede
**20% de portugueses estão desempregados ou subempregados
** m 2013 o desemprego na Espanha atingirá 25% da população
**Aberta a temporada de caça ao PT (Leia mais aqui)
MAIS QUE NUNCA, POLÍTICA É ECONOMIA CONCENTRADA
" Se em um horizonte temporal previsível não há "saída da crise" para o capital, de maneira complementar e antagônica, o futuro dos trabalhadores e dos jovens depende, em grande medida, senão inteiramente, da capacidade para abrir espaços e criar "tempos de respiração" políticos próprios, a partir de dinâmicas que hoje só eles podem mobilizar. Estamos em uma situação mundial na qual o decisivo passou a ser a capacidade destes movimentos - nascidos sem aviso - se organizarem de tal modo que conservem uma dinâmica de "autoalimentação", inclusive em situações nas quais não existam, no curto prazo, desenlaces políticos claros ou definidos (...) em última instância, as questões sociais decisivas são: "quem controla a produção social, com que objetivo, segundo que prioridades e como pode ser construído politicamente esse controle social". Possivelmente seja este o sentido dos processos e consignas "de transição" hoje em dia. Alguns poderão dizer que sempre foi assim. Mas, dito nos termos acima constitui uma formulação em grande medida, se não completamente, nova" (François Chesnais; indispensável para entender a desordem neoliberal; nesta pág).
A CUT E O PASSADO
Por Carlos Chagas.
Paulada igual raramente se vê. Fala-se do discurso do senador Pedro Simon a respeito do anúncio, pelo novo presidente da CUT, de que a entidade vai para as ruas pressionar o Supremo Tribunal Federal para absolver os réus do mensalão.
O representante do Rio Grande do Sul lembrou a importância da Central Única dos Trabalhadores nos tempos do regime militar. Com a ascensão do PT ao poder, no entanto, tanto a CUT quanto a União Nacional dos Estudantes perderam o sentido dos movimentos sociais. Dedicam-se a defender os gays e a exigir meia passagem nos transportes coletivos. Ou a construir novas sedes. Não discutem os grandes temas nacionais e, quando procuradas, não estão em lugar algum.
Simon declarou-se impressionado com o posicionamento do novo presidente da CUT, de ficar contra o julgamento do mensalão. Disse ser uma incongruência a defesa dos réus,em especial porque a condenação de alguns, se assim entender o Supremo, representará o primeiro passo para o país acabar com a impunidade. Esse, para ele, o grande problema nacional. E contra a impunidade a CUT não faz nada. Pelo contrário, a estimula.
Conforme o senador, é essencial que o governo Dilma dê certo, superando a crise econômica, mas não será com o apoio da CUT, que agora estimula a greve dos funcionários públicos, além de pregar a absolvição dos mensaleiros.
SISTEMA APODRECIDO
Para o senador Pedro Taques, o sistema ferroviário nacional apodreceu. Como rotina, as obras são contratadas, iniciadas e interrompidas, para as empreiteiras exigirem mais recursos. Não cumprem o prometido nas licitações e impõem o superfaturamento. Quanto o governo vem gastando e mais gastará pela falta de cumprimento dos contratos? Acresce que as obras prometidas não saem do papel. Como estão, na realidade, as ferrovias Norte-Sul e Leste-Oeste? Ninguém responde...
JANGO E LUGO
Singular comparação foi feita pelo senador Roberto Requião a respeito dos ex-presidentes João Goulart e Fernando Lugo. Porque ambos chegaram ao poder através do populismo, tinham programas de desenvolvimento, desagradaram as elites e acabaram depostos.
O ex-governador do Paraná é crítico severo dos acontecimentos recentes no Paraguai, que rotula de golpe de estado. Para ele, com a ajuda fundamental da imprensa. Lá, como aqui, a mídia transformou-se num partido político, em seu entender.
Requião só escorregou uma vez. Ao dizer que só no Brasil acontecem certas coisas, no que tem razão, foi infeliz ao catalogar como exemplo o diploma universitário para jornalistas. Não é só o Brasil que estabeleceu essa exigência necessária. E ainda que fosse, estaríamos muito bem...
DIA TRISTE MAS IMPRESCINDÍVEL
Tudo indica que quando o dia terminar Demóstenes Torres não será mais senador. A grande maioria do plenário do Senado votará pela sua cassação. Os sucessivos discursos pronunciados pelo representante de Goiás não foram suficientes para convencer seus colegas de que não havia quebrado o decoro parlamentar. É sempre um dia de tristeza assistir a degola de alguém que foi votado pelo povo, mas, no caso de Demóstenes, não havia outra alternativa. Apesar de secreta, a votação exprimirá o sentimento do Senado.
Parecer sobre o Código Florestal deverá ser votado nesta
quinta-feira.
A Comissão Parlamentar Mista deverá votar na manhã desta quinta
(12) o parecer do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) sobre o novo Código
Florestal. A apreciação dos destaques ao relatório foi marcada para 7 de
agosto. Em seguida, a matéria seguirá para votação da Câmara e do Senado e
sanção presidencial. Segundo Luiz Henrique, as treze alterações à MP não
alteram os pontos centrais, que aliam o desenvolvimento sustentável com a
proteção do meio ambiente, amparam os pequenos agricultores e respeitam as propriedades privadas legalmente
estabelecidas. O senador ressaltou, também, que seu parecer reafirma o
compromisso soberano do Brasil com a preservação das florestas e demais formas
de vegetação nativa, bem como da nossa rica biodiversidade, do solo, dos
recursos hídricos e da integridade do sistema climático - indispensáveis para o
bem estar das gerações presentes e futuras.
PINOCCHIO
Assim é fácil. . .
Se não somos o país do crime oficializado, somos o quê?...
Cassado por 56 votos a 19 e 5 abstenções, Demóstenes Torres, já pleiteia sua reintegração como promotor no
Ministério Público de Goiás, o que para seu advogado: “O Demóstenes não pode responder em dois
lugares pelos mesmos atos”, sendo assim desarmados das armas e nas Leis, como
devemos agir; duplicar os cinco dos doze meses já pagos ao ano para tanta
bandalheira?
terça-feira, 10 de julho de 2012
O maior artilheiro do Brasil. . .
O maior artilheiro dos quatro campeonatos brasileiros é um quase veterano quase desconhecido. Seu nome é Zé Carlos e ele é o atual centroavante do Criciúma. Zé Carlos, também chamado de Zé do Gol, já fez 11 tentos na Série B. É o mesmo que o segundo e terceiro artilheiros somados.
Por José Roberto Torero, da Carta Maior.
Caro leitor, caríssima leitora, para o texto de hoje resolvi entrevistar o maior artilheiro dos quatro campeonatos brasileiros (séries A, B, C e D).
Então fui consultar a “tábua de classificação” (como diziam os nobres locutores de antanho) e tive uma surpresa: o nosso principal marcador não era nenhum grande centroavante como Luís Fabiano ou Fred, ou um atacante talentoso, como Lucas ou Neymar.
O maior artilheiro dos quatro campeonatos brasileiros é um quase veterano quase desconhecido. Seu nome é Zé Carlos e ele é o atual centroavante do Criciúma. Zé Carlos, também chamado de Zé do Gol, já fez 11 tentos na Série B. É o mesmo que o segundo e terceiro artilheiros somados.
O talento de Zé Carlos foi aprimorado nos campinhos de Maceió, onde ele nasceu, em 1983. Apesar de sua mãe ser merendeira numa escola, ele não era muito amigo do estudo. E muitas vezes bolou aula para jogar futebol.
Seus ídolos na infância eram Ronaldo e Romário. Mas acabou se espelhando em Serginho Baiano, que atuava no Corinthians de Alagoas, onde Zé Carlos começou sua carreira.
Neste tempo morava na casa da avó, com mais vinte pessoas. Ele fez um bom campeonato em 2001, quando tinha 18 anos, e foi vendido para o Porto, de Portugal. Mas ficou jogando no time B, uma espécie de chocadeira para novos valores. Ficou lá por 3 anos e meio, até ser negociado com o Vizela, da segunda divisão portuguesa.
Não fez muito sucesso na terra de Camões e voltou para a de Graciliano Ramos. Mas desta vez jogaria num dos grandes do estado, o CRB. Estava sendo o artilheiro do estadual, atraiu a atenção dos empresários e foi parar na Coreia, mais especificamente no Ulsan Hyundai, onde estavam outros brasileiros, como Dodô, ex-São Paulo e Santos.
Zé Carlos ficou um ano e voltou ao CRB. Mais uma vez foi bem em casa e acabou chamado pela Ponte Preta. De lá voltou para a Coreia, onde ficou três anos. E chegou longe: o Ulsan venceu a copa da Ásia e ele chegou a disputar o mundial de clubes em 2006.
Mas, quando estava no auge da carreira, veio o grande golpe: sua mãe morreu. Zé Carlos era muito ligado a ela: “Era mãe e pai ao mesmo tempo. Me apoiava muito”.
O irmão mais velho de Zé Carlos até parou de jogar e abriu uma empresa de mesas e cadeiras para festas. Ele pensou em seguir o mesmo caminho. “Minha família ficou desgastada. Eu não queria mais jogar”. Seu futebol caiu e ele voltou para o Brasil.
Aqui, os amigos deram uma força e ele conseguiu recuperar seu futebol. “Às vezes a gente fala que no futebol só tem gente interesseira, mas tem muito amigo também.”
Foi contratado pelo Paulista de Jundiaí, onde fez dez gols em dezessete jogos. Seu desempenho foi tão convincente que ele acabou no Cruzeiro.
Seria o grande salto na carreira. Finalmente ele jogaria num dos grandes times do Brasil. Mas não deu sorte. O Cruzeiro tinha vários atacantes na época, como Kléber, o gladiador, e Wellington Paulista. Assim, Zé Carlos ficou na reserva e só entrava em campo quando o clube poupava os titulares. Foram oito jogos e um único gol.
Voltou aos times médios, sendo emprestado para a Portuguesa. Mais uma vez, em sua carreira de altos e baixos, estava no alto. Foi novamente vendido para o oriente. Desta vez para o Japão. Mas não se adaptou e logo voltava à Lusa. Participou da boa e frustrante campanha de 2010, quando o time não voltou à Série A por um mísero ponto.
Acabou vendido para o Criciúma, seu décimo-segundo clube, e lá no sul atingiu a melhor fase de sua carreira. Zé Carlos marcou a metade dos gols do clube no atual campeonato. O time está em segundo lugar e pode passar hoje à liderança, pois enfrenta o Boa, em casa.
Zé Carlos pensa em se aposentar daqui a cinco anos. Então vai aposentar as malas de viagens. Seu sonho é ter uma roça e criar galinhas. E vai exigir que seu filhos (Karen, de 7 anos, Mateus, de 2, e os gêmeos Karlos e Kiara, de apenas 4 meses) estudem bastante.
“E se eles fizerem que nem você e fugirem da escola para jogar bola?”, perguntei.
“Não vou deixar. Tem que priorizar o colégio. O colégio é tudo”, respondeu o antigo gazeteiro.
Caro leitor, caríssima leitora, para o texto de hoje resolvi entrevistar o maior artilheiro dos quatro campeonatos brasileiros (séries A, B, C e D).
Então fui consultar a “tábua de classificação” (como diziam os nobres locutores de antanho) e tive uma surpresa: o nosso principal marcador não era nenhum grande centroavante como Luís Fabiano ou Fred, ou um atacante talentoso, como Lucas ou Neymar.
O maior artilheiro dos quatro campeonatos brasileiros é um quase veterano quase desconhecido. Seu nome é Zé Carlos e ele é o atual centroavante do Criciúma. Zé Carlos, também chamado de Zé do Gol, já fez 11 tentos na Série B. É o mesmo que o segundo e terceiro artilheiros somados.
O talento de Zé Carlos foi aprimorado nos campinhos de Maceió, onde ele nasceu, em 1983. Apesar de sua mãe ser merendeira numa escola, ele não era muito amigo do estudo. E muitas vezes bolou aula para jogar futebol.
Seus ídolos na infância eram Ronaldo e Romário. Mas acabou se espelhando em Serginho Baiano, que atuava no Corinthians de Alagoas, onde Zé Carlos começou sua carreira.
Neste tempo morava na casa da avó, com mais vinte pessoas. Ele fez um bom campeonato em 2001, quando tinha 18 anos, e foi vendido para o Porto, de Portugal. Mas ficou jogando no time B, uma espécie de chocadeira para novos valores. Ficou lá por 3 anos e meio, até ser negociado com o Vizela, da segunda divisão portuguesa.
Não fez muito sucesso na terra de Camões e voltou para a de Graciliano Ramos. Mas desta vez jogaria num dos grandes do estado, o CRB. Estava sendo o artilheiro do estadual, atraiu a atenção dos empresários e foi parar na Coreia, mais especificamente no Ulsan Hyundai, onde estavam outros brasileiros, como Dodô, ex-São Paulo e Santos.
Zé Carlos ficou um ano e voltou ao CRB. Mais uma vez foi bem em casa e acabou chamado pela Ponte Preta. De lá voltou para a Coreia, onde ficou três anos. E chegou longe: o Ulsan venceu a copa da Ásia e ele chegou a disputar o mundial de clubes em 2006.
Mas, quando estava no auge da carreira, veio o grande golpe: sua mãe morreu. Zé Carlos era muito ligado a ela: “Era mãe e pai ao mesmo tempo. Me apoiava muito”.
O irmão mais velho de Zé Carlos até parou de jogar e abriu uma empresa de mesas e cadeiras para festas. Ele pensou em seguir o mesmo caminho. “Minha família ficou desgastada. Eu não queria mais jogar”. Seu futebol caiu e ele voltou para o Brasil.
Aqui, os amigos deram uma força e ele conseguiu recuperar seu futebol. “Às vezes a gente fala que no futebol só tem gente interesseira, mas tem muito amigo também.”
Foi contratado pelo Paulista de Jundiaí, onde fez dez gols em dezessete jogos. Seu desempenho foi tão convincente que ele acabou no Cruzeiro.
Seria o grande salto na carreira. Finalmente ele jogaria num dos grandes times do Brasil. Mas não deu sorte. O Cruzeiro tinha vários atacantes na época, como Kléber, o gladiador, e Wellington Paulista. Assim, Zé Carlos ficou na reserva e só entrava em campo quando o clube poupava os titulares. Foram oito jogos e um único gol.
Voltou aos times médios, sendo emprestado para a Portuguesa. Mais uma vez, em sua carreira de altos e baixos, estava no alto. Foi novamente vendido para o oriente. Desta vez para o Japão. Mas não se adaptou e logo voltava à Lusa. Participou da boa e frustrante campanha de 2010, quando o time não voltou à Série A por um mísero ponto.
Acabou vendido para o Criciúma, seu décimo-segundo clube, e lá no sul atingiu a melhor fase de sua carreira. Zé Carlos marcou a metade dos gols do clube no atual campeonato. O time está em segundo lugar e pode passar hoje à liderança, pois enfrenta o Boa, em casa.
Zé Carlos pensa em se aposentar daqui a cinco anos. Então vai aposentar as malas de viagens. Seu sonho é ter uma roça e criar galinhas. E vai exigir que seu filhos (Karen, de 7 anos, Mateus, de 2, e os gêmeos Karlos e Kiara, de apenas 4 meses) estudem bastante.
“E se eles fizerem que nem você e fugirem da escola para jogar bola?”, perguntei.
“Não vou deixar. Tem que priorizar o colégio. O colégio é tudo”, respondeu o antigo gazeteiro.
MAIS QUE NUNCA, POLÍTICA É ECONOMIA CONCENTRADA. - " Se em um horizonte temporal previsível não há "saída da crise" para o capital, de maneira complementar e antagônica, o futuro dos trabalhadores e dos jovens depende, em grande medida, senão inteiramente, da capacidade para abrir espaços e criar "tempos de respiração" políticos próprios, a partir de dinâmicas que hoje só eles podem mobilizar. Estamos em uma situação mundial na qual o decisivo passou a ser a capacidade destes movimentos - nascidos sem aviso - se organizarem de tal modo que conservem uma dinâmica de "autoalimentação", inclusive em situações nas quais não existam, no curto prazo, desenlaces políticos claros ou definidos (...) em última instância, as questões sociais decisivas são: "quem controla a produção social, com que objetivo, segundo que prioridades e como pode ser construído politicamente esse controle social". Possivelmente seja este o sentido dos processos e consignas "de transição" hoje em dia. Alguns poderão dizer que sempre foi assim. Mas, dito nos termos acima constitui uma formulação em grande medida, se não completamente, nova" (François Chesnais; indispensável para entender a desordem neoliberal; nesta pág). (Carta Maior; 3ª feira 10/07/2012)
CANTANDO A PEDRA . . .
Amanhã, quarta-feira, será o dia do julgamento de Demóstenes
Torres, sobre cuja cabeça pende a espada de Dâmocles.
Vai ser uma barbada para os que querem degolá-lo, por uma
verdade muito simples: será o dia em que mais se registrará a ausência de
senadores que estarão com “compromissos inadiáveis” em seus respectivos
estados, apenas para não se comprometerem.
Assim entendido, o parlamentar já foi pro vinagre, porque
seus verdugos comparecerão em peso.
O MENTIROSO. . .
Nova "sacada" do Senador Demóstenes: "mentir
não é falta de decoro, desde que não seja na tribuna". Para um ex-defensor
da moral e dos bons costumes que, muitas vezes, em CPIs chamou de mentirosos
depoentes, ou fez insinuações, está provado que o Senador já se atribuiu a
pecha de mentiroso.
Que vergonha, para usufruir do poder, mentiu para aqueles
que nele acreditaram, inclusive seu amigo Cachoeira.
MENSALÃO
Estranho todo mundo e grandes jornais só mencionam o Zé
Dirceu como o alvo do julgamento no STF e os outros ninguém fala nada, outro
dia se noticiou que um deles um tal de Cunha está tão confiante que vai se
safar que é candidato a prefeito duma cidade do interior paulista,
Espero que alguém divulgue os nomes dos outros salafrários
para refrescar a memória do povo.
Tinha dito que daria um tempo, mas cada dia que se lê, ouve
e vê noticias nos faz brotar a raiva e descontentamento com tanta safadeza
promovida pelos donos do poder que dá náusea, raiva e ódio e ainda tem gente
que adora esses saqueadores de cofres públicos.
NA MARCA DA CAL
Falsidades nas quebras de sigilos...
Tenho observado a rapidez com que os convocados a depor nas
CPMIs de cara oferecem a "quebra de sigilos" bancário, telefônico,
fiscal e se tivesse algum outro pessoal também estaria nesta lista.
Ora, não
somos otários a acreditar que estes indivíduos estão limpos de informações
comprometedoras, pois são velhas raposas e com certeza não movimentaram
dinheiro em contas pessoais, ou adquiriram bens móveis ou imóveis em seus nomes
ou utilizaram seus telefones pessoais.
Já pensaram como seria se a quebra dos sigilos fossem
direcionados aos familiares e amigos próximos?... aí é que está a solução,
senão, vai ser perda de tempo e a nossa sensação constante de continuar esta
enganação.
SIGILOS . . .
Todo cidadão que comparece à CPMI do Cachoeira (cataratas,
bica ou sei lá o que) quando diz que os sigilos estão disponíveis, esse
artíficio não cola mais. Todo mundo está ficando careca de saber que políticos
e autoridades não usam conta bancária, telefone para nada.
Usa somente os
telefones de trouxas..
O candidato à Prefeitura de São Paulo, José Serra (PSDB), foi multado pela quarta vez por propaganda antecipada. De acordo com a Justiça Eleitoral, ele foi beneficiado pela divulgação do site serraja.com.br e de mensagens do perfil @serraja, mantido no Twitter por sua equipe de campanha. Os advogados do tucano alegaram que o site e a página do Twitter serviam apenas para comunicação dentro do partido. Serra foi multado em R$ 15 mil.
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) sugeriu nesta terça-feira (10) que o Congresso Nacional direcione uma parcela dos royalties do petróleo para a educação ao invés de apenas estabelecer 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a área – sem especificar a fonte dos recursos. Segundo ele, parte dos recursos do petróleo deveriam ser destinados a educação dos municípios, estados e, também, em nível federal. “Qual é a discussão verdadeira? É de onde virão os recursos. Por que não se estabelece vinculação dos royalties de petróleo com a educação em todos os níveis?”, questionou o ministro. “Se houver uma fonte de financiamento, então é para valer. Espero que o Senado abra esse debate. Com os royalties, fazemos a revolução que o Brasil precisa na educação “, completou.
Demóstenes faz discurso emocionado
Um dia antes da votação de sua cassação, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) fez mais um apelo emocionado para que os colegas não decretem a perda do seu mandato.Ele afirmou que chega à véspera da votação com a "cabeça erguida" depois de enfrentar um "massacre", mas ciente de que a Casa poderá "sacrificar um inocente". "Sou a vítima da vez, e isso me custou a paz e a tranquilidade. Se eu tivesse culpa, talvez fosse mais simples suportar, mas a dor se amplia devido à certeza de que está sendo sacrificado um inocente", afirmou. Ele cmpletou ainda que conseguiu sobreviver a 132 dias de denúncias com lágrimas, e sem saúde. "Cheguei até aqui, vivo após 132 dias de massacre, num bombardeio sem precedentes. Cento e trinta e dois intermináveis dias sofrendo o tempo inteiro as mais horrendas ofensas, sendo chamado pelos nomes mais ferozes, sentindo na pele a campanha incessante de injúrias, calúnias e difamação." O senador reiterou que é vítima de escutas telefônicas ilegais, realizadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, e pediu que os colegas votem pela sua absolvição.
Dona de agência que teria enviado modelos à Índia é convocada em CPI.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas no Brasil marcou, para os próximos encontros, depoimentos que podem desvendar o envio de modelos brasileiras para trabalhar em Mumbai, na Índia. Segundo a comissão, essas mulheres vivem no país em condições semelhantes à da escravidão. Raquel Felipe, dona de uma agência de modelos em São José do Rio Preto (SP), será uma das ouvidas. Ela é acusada de enviar duas irmãs de 15 e 19 anos para o país asiático no final de 2010. O caso é acompanhado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Após ouvi-la o colegiado vai pedir a apreensão do computador de Raquel para verificar se há fotos de jovens agenciadas por ela na internet. “Podemos pedir o indiciamento de pessoas junto ao Ministério Público, não mais do que isso”, afirmou o presidente da comissão, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA).
segunda-feira, 9 de julho de 2012
J. Carlos de Assis
O capitalismo neoliberal está morto; que venha o capitalismo regulado
O coração do sistema, os bancos, já não funciona. E não há como fazê-lo voltar segundo a fórmula tradicional, antes da liberação financeira, de captação de recursos no mercado a curto prazo e financiamento do sistema produtivo a longo prazo. Para reconciliar o sistema produtivo com o sistema financeiro, alguém terá de pagar o custo da especulação exacerbada. -
O capitalismo neoliberal está morto; que venha o capitalismo regulado
O coração do sistema, os bancos, já não funciona. E não há como fazê-lo voltar segundo a fórmula tradicional, antes da liberação financeira, de captação de recursos no mercado a curto prazo e financiamento do sistema produtivo a longo prazo. Para reconciliar o sistema produtivo com o sistema financeiro, alguém terá de pagar o custo da especulação exacerbada. -
Excelente! Delimita claramente os campos políticos em ação naquele 32: as forças do atraso e as forças do progresso. É impressionante como o Estado de São Paulo tido como o de capitalismo mais avançado continua comandado por aquelas mesmas forças do atraso. Não aceitaram então as lideranças que queriam o avanço do país. E não aceitam, hoje, que um operário tenha dado um tremendo impulso por aqui ao capitalismo moderno, único caminho neste momento para tirar os milhões de brasileiros da ignorância e pobreza. Não entendem, assim como algumas forças de esquerda que lhe dão suporte indireto, ser este caminho essencial para elevar o país a um patamar mais elevado e aí sim ser capaz de discutir sociedades mais avançadas. Êta força poderosa a dos ex-escravistas nacionais e de seus subalternos!
Os dias 5 e 9 de julho condensam caminhos pelos quais a história paulista poderia seguir. São dois tabus no estado. Um é esquecido, o outro é exaltado.
A primeira data marca uma violenta reação ao poder do atraso, tendo por base setores médios e populares. E a segunda representa a exaltação do atraso, capitaneada pela elite regional.
Dia 5 de julho, há 88 anos, uma intrincada teia de tensões históricas desaguou no episódio que ficaria conhecido como Revolução de 1924. Suas raízes estão no agravamento de problemas sociais, no autoritarismo dos governos da República Velha e em descontentamentos nos meios militares, que já haviam gerado o movimento tenentista, dois anos antes.
Naquele duro inverno, em meio a uma crise econômica, eclodiu uma nova sublevação. Tropas do Exército e da Força Pública tomaram quartéis, estações de trem e edifícios públicos e expulsaram da cidade o governador Carlos de Campos. No comando, em sua maioria, camadas da média oficialidade. Quatro dias depois, era instalado um governo provisório, que se manteria até 27 de julho. O país vivia sob o estado de sítio do governo Arthur Bernardes (1922-1926).
Entre as reivindicações dos revoltosos estavam: “1º Voto secreto; 2º Justiça gratuita e reforma radical no sistema de nomeação e recrutamento dos magistrados (...) e 3º Reforma não nos programas, mas nos métodos de instrução pública”. No plano político, destaca-se ainda “A proibição de reeleição do Presidente da República (...) e dos governadores dos estados”.
Várias guarnições de cidades próximas aderiram ao movimento. Apesar da falta de um programa claro, setores do operariado organizado apoiaram os revolucionários e exortaram a população a auxiliá-los no que fosse possível.
Bombas, tiros e mortes.
As ruas da capital foram palco de intensos combates, com direito a fuzilaria, granadas e tiros de morteiros. Cerca de trezentas trincheiras e barricadas foram abertas em diversos bairros.
A partir do dia 11, o governador deposto, instalado nas colinas da Penha, seguindo determinações do presidente da República, decidiu lançar uma carga de canhões em direção ao centro. O objetivo era aterrorizar a população e forçá-la a se insurgir contra os rebelados.
De forma intermitente, os bairros operários da Mooca, Ipiranga, Belenzinho, Brás e Centro sofreram bombardeio por vários dias. Casas modestas e fábricas foram reduzidas a escombros e cadáveres multiplicavam-se pelas ruas.
Sem conseguir dobrar a resistência, o governo federal decidiu bombardear a cidade com aviões de combate.
O fim da rebelião.
Três semanas depois de iniciada, a rebelião foi acuada. Dos 700 mil habitantes da cidade, cerca de 200 mil fugiram para o interior, acotovelando-se nos trens que saiam da estação da Luz. O saldo dos 23 dias de revolta foi 503 mortos e 4.846 feridos. O número de desabrigados passou de vinte mil. No final da noite do dia 28, cerca de 3,5 mil insurgentes retiraram-se da cidade com pesado armamento em três composições ferroviárias. O destino imediato era Bauru, no centro do estado.
Deixaram um manifesto, agradecendo o apoio da população: “No desejo de poupar São Paulo de uma destruição desoladora, grosseira e infame, vamos mudar a nossa frente de trabalho e a sede governamental. (...) Deus vos pague o conforto e o ânimo que nos transmitistes”.
As tensões não cessariam. No ano seguinte, parte dos revolucionários engrossaria a Coluna Prestes (1925-1927). Mais tarde, outros tantos protagonizariam – e venceriam - a Revolução de 30.
Promovida pelas camadas médias do meio militar, o levante ganhou apoio de parcelas pobres da população. Talvez por isso seja chamada de “a revolução esquecida”.
A revolução que não foi.
A segunda data, 9 de julho, é marcada pelo estopim de uma revolução que não faz jus ao nome. É exaltada e cultuada como uma manifestação de defesa intransigente da democracia, ela faz parte da criação de certa mitologia gloriosa para São Paulo.
O evento, em realidade, representa a sublevação da oligarquia cafeeira contra a Revolução de 30, que a retirou do governo e se constituiu no marco definidor do Brasil moderno.
Aquele processo não pode ser visto apenas como uma tomada de poder por um punhado de descontentes. Suas causas envolvem as contrariedades nos meios militares e tensões do próprio desenvolvimento do país. A crise de 1929 acabara de chegar, colocando em xeque o liberalismo reinante.
A Revolução consolidou a expansão das relações capitalistas, que trouxe em seu bojo a integração ao mercado – via Estado – de largos contingentes da população. O mecanismo utilizado foi a formalização do trabalho.
As novas relações sociais e a intervenção do Estado na economia – decisiva para a superação da crise e para o avanço da industrialização - implicaram uma reconfiguração e uma modernização institucional do país. A conseqüência imediata foi a perda da hegemonia da economia cafeeira, centrada principalmente em São Paulo e parte de Minas Gerais. Percebendo as mudanças no horizonte, as classes dominantes locais foram à luta em 1932.
A locomotiva e os vagões.
Explodiu então a rebelião armada das forças insepultas da República Velha e da elite paulista, querendo recuperar seu domínio sobre o país.
Tendo na linha de frente a Associação Comercial e a Federação das Indústrias (FIESP), o levante tinha entre seus líderes sobrenomes importantes do Estado, como Simonsen, Mesquita, Silva Prado, Pacheco e Chaves, Alves de Lima e outros. O movimento contou com expressivo apoio popular, uma vez que os meios de comunicação (rádio, jornais e revistas) reverberaram as demandas das classes altas.
A campanha que precedeu a sublevação exacerbou uma espécie de nacionalismo paulista, incentivado por grupos separatistas. Entre esses, notabilizava-se o escritor Monteiro Lobato. A síntese da aversão local ao restante do país expressava-se na difundida frase, que classificava o estado como “a locomotiva que puxa 21 vagões vazios”, em referência às demais unidades da federação.
Contradição em termos.
O objetivo do movimento, derrotado militarmente em 4 de outubro, era derrubar o governo provisório de Getulio Vargas e aprovar uma nova Constituição. Daí a criação do nome “revolução constitucionalista”, uma contradição em termos. Revolução é uma ação decidida a destruir uma ordem estabelecida. A expressão “constitucionalista” expressava uma tentativa recuperação do status quo, regido pela Carta de 1891. Se é “constitucionalista”, não poderia ser “revolução”.
Os sempre proclamados “ideais de 1932” são vagas referências à constitucionalidade e à democracia. Mas não existia, por parte da elite, nenhuma formulação que fosse muito além da recuperação da hegemonia paulista (leia-se, dos cafeicultores).
Exatos oitenta anos depois, o 9 de julho segue comemorado como a data magna do estado, uma espécie de 7 de setembro local. E os acontecimentos de 5 de julho de 1924 continuam como páginas obscuras de um passado distante.
A elite paulista voltaria ao poder em 1994, pelas mãos de Fernando Henrique Cardoso e do PSDB. Seu mote foi dado no discurso de despedida do senado, em 1994: “Um pedaço do nosso passado político ainda atravanca o presente e retarda o avanço da sociedade. Refiro-me ao legado da Era Vargas, ao seu modelo de desenvolvimento autárquico e ao seu Estado intervencionista”.
Os objetivos desse setor continuaram os mesmos, décadas depois: realizar a contra-Revolução de 30.
As tensões entre as datas – 5 e 9 de julho – expressam duas vias colocadas até hoje nos embates políticos paulistas: a saída conservadora e a saída antielitista.
BERTA A TEMPORADA DE CAÇA AO PT
A propaganda eleitoral está liberada desde o dia 7 de julho. Fator decisivo na campanha de um candidato desconhecido, a luta pelos segundos da propaganda gratuita, no caso de São Paulo, descarregou nos ombros do PT um ônus de largada: o partido terá que explicar ao eleitor de classe média, alvo principal da renovação arquitetada com o lançamento de Fernando Haddad, a aliança com Paulo Maluf. O pragmatismo será melhor tolerado se o candidato firmar-se no imaginário da população como o portador de propostas ao mesmo tempo inovadoras e críveis, que devolvam a confiança numa prefeitura realmente disposta a ser o comando de uma cidade a favor da cidadania; não a mera extensão do poder do dinheiro como tem sido, com certo requinte, sob o condomínio Serra/Kassab. A mídia jogará seu peso desequilibrador para impedir que isso aconteça. Uma vitória do PT em SP reforçaria o cacife de Dilma, em 2014. Pequena amostra do que vem por aí foi a edição da entrevista do governador Eduardo Campos à Folha, neste domingo.O assertivo neto de Miguel Arraes fez duas afirmações de destaque jornalístico obrigatório: a) disse que nunca mudou de lado e sabe exatamente onde vai estar em 2014; b) não é candidato e pretende apoiar a reeleição de Dilma Rousseff. Manchete da Folha: 'Eduardo Campos diz que o PT cria mais problema para Dilma do que o PSB' (LEIA MAIS AQUI)
O pior erro
É julgar pela exceção, pela distorção, pela minoria, mas é isto que virou moda no Brasil. Quem ganha muito, não precisa ter seu salário melhorado. O problema está no abismo entre quem ganha muito e quem ganha pouco. Quem ganha pouco deveria ganhar o justo, o suficiente. A esfera pública tem que ter teto, tem que ter limite, e não será uma remuneração de "marajá" que tornará uma autoridade honesta. Vende-se a ideia de que um salário de "marajá" tornará a autoridade honesta. Balela! Nossa sociedade carece de valores, de entendimento, de cidadania, e rende-se a qualquer um que levante uma bandeira em prol de minorias, que nada mais querem do que ser beneficiadas. Então deparamo-nos com o corporativismo, que é a única coisa que o brasileiro faz.
Fenômeno sociológico, não espiritual
Noticiam nos jornais o crescimento marcante de adeptos a comunidade evangélica em detrimento da católica. Creio que, em números proporcionais. Em matemática, proporção é a igualdade de duas razões. A primeira razão é o empobrecimento da população, a situação aflitiva por que passam os mais necessitados, iludidos com insubsistentes programas sociais do governo, direcionando os desvalidos para seitas que lhes amparam com o conforto espiritual e assim se sentem compensados. A segunda razão é o afastamento da comunidade católica, apostólica, romana da classe popular e a antipatia em abraçar as causas dos menos favorecidos, além da ausência de carisma espiritual. É o que me parece a respeito desse desajustamento.
Kakay na real, doutor...
Então o advogado do DEMóstenes é a favor do voto aberto, mas exige o voto secreto, é isso? E se diz "escravo da Constituição", para defender esta posição, é isso? Doutor, eu elegi um senador e exijo que ele cumpra seu dever, me mostrando o que faz no plenário com o dinheiro que lhe pago... e que não é pouco. É isso!
A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), disse nesta segunda (9) que quem apoia o PSB o faz por imposição. "Quem está com o PT é porque quer estar. Quem está com PSB, está por imposição", afirmou ela. A declaração é prova de mais um desgaste entre PT e PSB por conta das eleições municipais da região. Para a prefeita, o governo estadual estaria realizando "ataques covardes", e que "isso só está acontecendo por conta das eleições". A declaração foi dada dois dias após o ex-vereador Sérgio Novais (PSB) afirmar que está sendo vítima de perseguição dentro do partido e que não iria apoiar o candidato da sigla, Roberto Cláudio. Luizianne afirmou ainda ter visto as propostas dos candidatos ao Paço Municipal, mas que não teria notado ideias inovadoras para a cidade.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) afirmou nesta segunda-feira (9) à Coluna que solicitou à Mesa Diretora da Casa uma posição sobre o voto secreto. “Queremos saber se o voto secreto é uma faculdade ou uma obrigatoriedade”, explicou. Segundo ele, trata-se da mesma preocupação da defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que prometeu recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para anular os votos dos parlamentares que se manifestarem na tribuna a favor da cassação do parlamentar. “Claro que é uma estratégia para manter o senador. O voto secreto é seu último salvaguarda”, disse ao afirmar ainda que a atitude da defesa de Demóstenes “só demonstra o quanto o voto secreto é pernicioso a democracia”.
domingo, 8 de julho de 2012
LULA E MALUF, POR QUE NÃO?
Por Guilherme Fiuza, da Revista Época.
O Brasil ético está escandalizado com o aperto de mão entre
Lula e Paulo Maluf. O ex-presidente teria ido longe demais com esse gesto. É
uma concessão muito grave para tentar eleger um prefeito, dizem os homens de
bem. E o assunto não sai de pauta, com a corrente de indignação se espalhando
pela imprensa, pelas escolas e esquinas deste Brasil ultrajado. Todo cientista
político teve sua chance de dizer que aquela foto é um “divisor de águas no
processo ideológico brasileiro”, um “retrocesso no campo progressista”, um
“monumento ao vale-tudo”. Mas nunca é tarde para avisar a esta nação
escandalizada: o aperto de mão entre Lula e Maluf não tem a menor importância.
Um comentarista bradava no rádio um dia desses: “Maluf
apoiou a ditadura!”. Não, essa não é a grande credencial do ex-governador de
São Paulo. Vamos a ela: Maluf é procurado pela Interpol. Independentemente dos
resultados dos vários processos em que já foi réu por corrupção, Maluf é
símbolo de cinismo e trampolinagem. Mesmo assim, não pode fazer mal nenhum a
Lula.
O ex-operário que governou o Brasil por oito anos escolheu
como um de seus principais aliados José Sarney. Para quem não está ligando o
nome à pessoa, Sarney é o protagonista do caso Agaciel Maia – aquele que
revelou a transformação do Senado Federal em balcão de favores particulares. Em
telefonemas divulgados pela TV em horário nobre, Sarney aparecia usando a
presidência do Senado para reger o tráfico de influência na cúpula do
Legislativo. Mostrando influenciar também o Judiciário, o parceiro de Lula
conseguiu, por meio do filho Fernando, instituir a censura prévia ao jornal O
Estado de S. Paulo, até hoje proibido de mencionar a investigação dos negócios
de Fernando Sarney no Maranhão.
O que fez Lula diante desse escândalo? Disse que Sarney não
podia ser julgado como uma pessoa comum. Segurou-o bravamente na presidência do
Senado. Até que a tempestade passasse, deu-lhe a mão e não soltou mais. Qual o
problema, então, de dar a mão a Maluf, só um pouquinho, para eleger o príncipe
do Enem?
O aperto de mão com Sarney incluiu outras manobras típicas
da ditadura que Maluf apoiou. Lula mandou sua ministra Dilma Rousseff intervir
na Receita Federal para resolver pendências fiscais da família Sarney. Essa
denúncia foi feita por Lina Vieira, ex-secretária da Receita. Ela contou
detalhes do abuso de poder da então chefe da Casa Civil. Lina aceitou uma
acareação com Dilma, que fugiu – e depois virou presidente.
"Nunca é tarde para avisar: o aperto de mão entre Lula e Maluf não tem a menor importância".
Quando sua sucessora saiu em campanha, Lula nomeou como
ministra-chefe da Casa Civil a inesquecível Erenice Guerra. Braço direito de
Dilma, com quem confeccionou o dossiê Ruth Cardoso (contrabando de informações
de Estado para chantagem política), Erenice montou um bazar com parentes e
amigos no Palácio. Apesar de ter afundado crivada de evidências de tráfico de
influência, Erenice recentemente foi puxada pela mesma mão que apertou a de
Maluf: desinibido, o padrinho já tenta publicamente ressuscitá-la.
As aventuras de Dilma e Erenice só foram possíveis com a
queda do antecessor, José Dirceu – o que mostra uma verdadeira linhagem criada
por Lula na Casa Civil. E Dirceu só caiu porque o suicida Roberto Jefferson
resolveu atrapalhar um esquema que estava funcionando perfeitamente. Pois bem:
no momento em que a Justiça se prepara para julgar o mensalão, o maior
escândalo de corrupção já visto na República, protagonizado por todos os homens
do presidente Lula, o Brasil resolve se escandalizar porque o chefe supremo dos
mensaleiros tirou uma foto com Paulo Maluf.
É sempre triste deixar a inocência para trás, mas vamos lá.
Coragem. Em todo o seu vasto e conhecido currículo, Maluf jamais chegou perto
de engendrar um golpe desta dimensão: o uso do poder central para fazer uma
ligação direta dos cofres públicos com a tesouraria do partido do presidente. O
malufismo nunca sonhou com um valerioduto.
Como se vê, o Brasil, esse distraído, precisa atualizar a
legenda do famoso encontro: se quiser continuar dizendo que ali está a esquerda
sujando as mãos com a direita, vai ter de inverter a foto.
E, para concluir o jogo dos sete erros: qual dos dois usou
crachá de coitado para vampirizar o Estado? Roubar a boa-fé dá quantos anos de
cadeia?
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