quinta-feira, 21 de abril de 2011

PÁSCOA AMARGA PARA O CONSERVADORISMO

COLAPSO NEOLIBERAL DEIXA  DIREITA  À DERIVA.
ABRAÇO DE AFOGADOS UNIRÁ DEMOS E TUCANOS.  
PETROBRÁS É A 8º MAIOR EMPRESA DO MUNDO"A crise do PSDB é uma crise de identidade. Primeiro, tem a disputa interna: Serra, Alckmin e Aécio. Depois, tem as brigas nos Estados. Pessoas estão desconfortáveis; o PSDB sofre de "fragilidade ideológica; não tem perfil ideológico definido" (Presidente Lula; 21-04)  
"Sou sincero, digo que o DEM se enfraqueceu muito. Hoje, não tem uma proposta. A capacidade que o partido teria de se reconstruir depende de uma parceria. O PSDB precisa compreender isso e apresentar um projeto de fusão"
 (Raimundo Colombo, governador catarinense; Folha 21-04)"Estatal brasileira  subiu na lista depois de ter registrado crescimento de dois dígitos nas quatro categorias avaliadas - receita, lucros, ativos e valor de mercado" (Forbes;21-04) 
(Carta Maior; 5º feira, 21/04/2011)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Beyoncé - Girls (Who Run The World).mp3 - 4shared.com - online file sharing and storage - download - Beyoncé - Girls (Who Run The World).mp3

Beyoncé - Girls (Who Run The World).mp3 - 4shared.com - online file sharing and storage - download - <a href="http://www.4shared.com/audio/O5DhJbEq/Beyonc_-_Girls__Who_Run_The_Wo.html" target="_blank">Beyoncé - Girls (Who Run The World).mp3</a>

0-1: Sim, sim, sim, a Copa é a Madrid

Barcelona - Real Madrid Final Copa del Rey

Cristiano Ronaldo, com um golo, decidir sobre a extensão final já entrou para a

história dos grandes feitos do Real Madrid. A multidão foi num piscar de olhos a equipe em seu Cup 18

Fernando Porrero (Valencia)
O Real Madrid assinou um Mouirnho a ganhar títulos. Muito bem. Em dez meses de trabalho o técnico Português já deu uma. A Copa del Rey, um título que lhe escapava a equipe branca por 17 anos e também venceu em Barcelona. Mais não pode ser ordenado. Com seu estilo, sua maneira de olhar o futebol e da vida, Mourinho fez-lo novamente campeão Real Madrid. Todos aqueles que pensaram que apenas não pode vencer Guardiola deve procurar noutro lado. Cobriu seus jogadores logo após o final. Eles sabem o quão importante este título e quanto eles devem Mourinho. O público desfrutou de uma grande época e volta a Madrid campeão. Agora é apreciado. Bom dia, pensando na Liga dos Campeões.Novamente, ele joga no Barcelona.

OS OVOS E OS PREÇOS

ELA TA ESCAPANDO

BARCELONA Vs. REAL MADRID

CUBA APROVA PLANO DE REFORMAS NA ECONOMIA

Delegados do PCC votam para eleger os novos integrantes do Comitê Central - Foto Xinhua/AIM.
O sexto congresso do Partido Comunista de Cuba aprovou o plano de reforma de Raúl Castro e elegeu o novo Comitê Central. O congresso reconheceu as deficiências próprias que se somam aos fatores externos adversos, como a desorganização, a burocracia, o paternalismo e a falta de planejamento e cobrança, segundo a resolução sobre o Informe Central de Castro. O PCC aceitou as justas críticas a sua ingerência na operação do Estado e da economia e anunciou que pretende erradicar essas deficiências em sua política de renovação de dirigentes.

CAMPANHA DOS SEMIFINALISTAS

Vasco - 1º do Grupo A – cinco vitórias, dois empates, uma derrota. 19 gols pró, 10 gols contra na Taça Rio. O time se recuperou bem, após campanha ruim na Taça Guanabara em que perdeu os quatro primeiros jogos, mas terminou sem sofrer gol nos três últimos: 0 a 0 com o Volta Redonda, 3 a 0 no Americano e 9 a 0 no America, a maior goleada do campeonato de 2011. Desde que Ricardo Gomes assumiu: sete vitórias, dois empates e uma derrota (3 a 1 para o Boavista) na estreia do segundo turno.
Olaria – 2º do Grupo B – quatro vitórias, três empates, uma derrota. 11 gols pró, 6 gols contra na Taça Rio. A campanha foi melhor do que na Taça Guanabara em que venceu três, perdeu três e empatou um jogo. Depois de quatro jogos seguidos sem sofrer gol, a defesa voltou a ser vazada ontem, mas terminou como a melhor da Taça Rio: seis gols em oito jogos. Só trocou de técnico uma vez: Cleimar Rocha substituiu Luis Antonio Ferreira, que pediu para sair e foi dirigir o Klaipeda, da Lituânia.
Fluminense - 1º do Grupo B – cinco vitórias, uma derrota, dois empates. 13 gols pró, 5 gols contra na Taça Rio. Campanha praticamente igual nos dois turnos. Na Taça Guanabara, seis vitórias e uma derrota. Na semifinal, perdeu para o Boavista nos pênaltis (4 a 2), após 2 a 2 no tempo normal. Sem vitória em clássicos: 2 a 3 com o Botafogo no turno e 0 a 0 com Flamengo e Vasco no returno. Muricy saiu e o interino Enderson Moreira completou ontem o quinto jogo no campeonato.
Flamengo - 2º do Grupo A – quatro vitórias, quatro empates. 13 gols pró, 7 gols contra na Taça Rio. Ganhou a Taça Guanabara nos pênaltis (3 a 1) após 1 a 1 no tempo normal com o Botafogo, depois de sete vitórias consecutivas. Caiu de rendimento na Taça Rio empatando com três pequenos – 3 a 3 com o Madureira, 0 a 0 com a Cabofriense e 1 a 1, ontem, com o Macaé – e ficou no 0 a 0 com o Fluminense. Só precisa de mais duas vitórias para ser campeão invicto de 2011 e ganhar o 32º título carioca.

A BOLHA RESTAURADA

O duplo choque ao qual estão sujeitos os países periféricos, após o desdobramento da crise de 2008, traz novos constrangimentos e não pode ser gerido tão somente com instrumentos macroeconômicos convencionais, sob pena de produzir graves crises nesses países. Por exemplo, a tentativa de reduzir o choque inflacionário decorrente do aumento de preços das commodities, por meio da política monetária, além de relativamente inócuo, exacerba a atração de novos capitais. Deixar a moeda nacional apreciar como resposta, compromete de modo significativo a competitividade das exportações de manufaturados.
A economia brasileira, da América Latina, e por que não dizer, do conjunto dos países periféricos, vive hoje uma conjuntura peculiar marcada por um duplo choque: o dos elevados e crescentes fluxos de capitais para eles direcionados, e o dos altos e voláteis preços das commodities. Aquilo que poderia ser uma benesse termina por se constituir numa perturbação, internalizando desde fora desequilíbrios com quais a política econômica tem que lidar, obrigando-a a abandonar prioridades domésticas em benefício da gestão desses choques externos.
O momento atual ressalta como patéticas as intepretações das agências multilaterais – FMI e Banco Mundial – e segmentos dos mercados financeiros internacionais, que desde alguns anos vêm insistindo no decoupling das economias emergentes, entendida como a capacidade dessas últimas em manter elevados ritmos de crescimento, de forma independente da trajetória das economias desenvolvidas. Esta tese esteve ancorada em observações empíricas - como o ritmo mais rápido de crescimento dos emergentes – desconsiderando os mecanismos de geração e transmissão desse crescimento e, mais recentemente, enfatizou a capacidade de preservação desse último, sem novamente atentar para as implicações da forma pela qual a crise foi equacionada nos países centrais.
O que parecia ser uma trajetória benigna e independente, tem se transformado numa crescente perturbação, com apreciações cambiais indesejadas, pressões inflacionárias e desaceleração do crescimento doméstico nos países periféricos. Para lidar com essas consequências do duplo choque, a política macroeconômica convencional tem sido impotente exigindo a crescente utilização de instrumentos não convencionais, como as políticas macro-prudenciais e de regulação, sob pena de agravar ainda mais os desequilíbrios iniciais e lançar essas economias numa trajetória de baixo crescimento ou recrudescimento da inflação. As tarefas que se exige da política econômica no plano nacional são, portanto, ingentes e tão mais complexas quanto menores forem as mudanças a serem implementadas no plano internacional.
1. Os choques internacionais.
Em trabalho recente, Ilmar Akyuz, o economista chefe do South Center, discute os determinantes dos fluxos de capitais para os países periféricos nos vários ciclos, desde o pós-guerra. Com a correta perspectiva de que esses fluxos tem seu determinante principal, nas variações da preferencia pela liquidez/aversão ao risco nas economias centrais, o autor chega aos determinantes do ciclo recente associando-os à política monetária americana, de criação de liquidez por meio do quantitative easing, uma forma de injeção de moeda na economia, em alta escala, por meio de compra de títulos públicos de maturidade variada e, portanto, de manutenção de baixas taxas de juros em vários prazos. O autor ressalta o baixíssimo patamar de taxa de juros de curto prazo, próxima da fronteira zero, com fator crucial na originação de fluxos de capitais especulativos em direção aos países periféricos, cujo sentido maior é a
Jeferson, goleiro do Horizonte, adversário do hoje Flamengo, é o mais bem pago do time cearense: R$ 5 mil. A folha mensal do clube é de R$ 40 mil. O Horizonte treina hoje no campo do CFZ, no Recreio, na Zona Oeste do Rio.
Nielson Nogueira Dias, árbitro pernambucano, reprovado nos testes físicos da CBF, não apitará Ceará x Grêmio Prudente, quinta-feira, em Horizonte, pela Copa do Brasil. Será substituído por Claudio Mercante, também da Federação Pernambucana.
Marcos André Penha, árbitro espirito-santense, apitará amanhã o primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil Goiás x São Paulo, no Estádio Serra Dourada.
Marcio Chagas da Silva, gaúcho, aspirante à Fifa, será o árbitro do jogo de volta Atletico Paranaense x Bahia, amanhã, em Curitiba, pela Copa do Brasil. No primeiro jogo, em Pituaçu, na Bahia, 1 a 1.
Raphael Claus, árbitro paulista, apitará Palmeiras x Santo André, pela Copa do Brasil, quinta-feira, em São Paulo. No primeiro jogo, no interior paulista, Palmeiras 2 a 1.
Georg Philip Bennett, que apitou domingo Macaé 1 x 1 Flamengo e marcou mal o pênalti que Ronaldinho chutou para fora, tentou a carreira no rádio-esportivo antes de ser árbitro.
Daisy Lúcidi comemora hoje, com amigos e ouvintes da Rádio Nacional, os 40 anos do seu vitorioso Alô Daisy, o programa recordista de permanência no ar.
Cleimar Rocha, técnico do Olaria, quer quebrar um tabu neste campeonato: ganhar pela primeira vez de um time grande. Ele completará oito jogos sábado e o time não perdeu: quatro vitórias consecutivas e três empates.
Ontem, 19 de abril de 2011, o vascaíno Roberto Carlos completa 70 anos. Parabéns ao Rei.

OPÇÕES À ORTODOXIA

A POLÍTICA ECONÔMICA DO DESENVOLVIMENTO, PÓS-CRISE  - "a política econômica dos países periféricos terá que mudar necessariamente seu perfil encaminhando-se para práticas não canônicas, sem esperar mudanças significativas no arcabouço da regulação global (...). O objetivo maior, pelo menos na atual conjuntura, será o de insular as economias do duplo choque em andamento (cambial e inflacionário). Para tanto, terá que aperfeiçoar os instrumentos de controle dos fluxos de capitais com a preocupação de estendê-los aos mercados de derivativos. Por outro lado, precisará criar ou aperfeiçoar políticas capazes de dirimir os choques de preços das commodities. Nessa direção, uma medida importante seria o estabelecimento ou ampliação dos fundos de estabilização com recursos oriundos da tributação extraordinária das exportações de commodities" (Ricardo Carneiro; especial para Carta Maior;). (Carta Maior; 4º feira, 20/04/2011)

O BOTAFOGO NÃO PERDEU O MAIS IMPORTANTE



Foi o que
“O Campeonato Carioca não é o mais importante. A Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, que levam à Copa Libertadores, têm mais valor, e nós estamos preparados para conseguir a vaga”.- disse o atacante uruguaio.
“A Copa do Brasil vale muito mais que o Campeonato Carioca, sobretudo por ser um título ainda inédito para o Botafogo. O jogo com o Avaí será tão igual e tão difícil quanto foi o primeiro, mas podemos ganhar na casa deles”.
“A torcida, que tanto exigiu e cobrou do time não deve lamentar. Fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance, mas infelizmente não conseguimos. Perdemos muitos pontos para os times pequenos”
O Botafogo fez o único treino em Florianópolis. Só depois o técnico Caio Júnior confirmará a escalação. Ele só não poderá contar com o zagueiro Antonio Carlos, que vai cumprir suspensão por ter sido expulso no primeiro jogo.
  • O árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro, da Fifa, apitará amanhã Avaí x Botafogo, às 19h30m, no Estádio da Ressacada. Os assistentes serão o gaúcho Altemir Housmann, também da Fifa, e o mineiro Jair Albano Félix. O quarto árbitro é o catarinense Célio Amorim, aspirante à Fifa.
  • A única vez que o Botafogo chegou à final da Copa do Brasil faz doze anos, quando perdeu a decisão, em 1999, no 00 com o Juventude, de Caxias do Sul, no interior do Rio Grande do Sul. Na tarde daquele domingo, o Maracanã recebeu 104 mil pagantes.
  • O meio-campo Cidinho, 18 anos, que fez boa estreia nos 3 a 1 de domingo sobre o America, em São Januário, mereceu elogios de Caio Júnior, que aposta muito no potencial dele. O técnico lamenta não poder contar amanhã com o lateral-esquerdo Cortês, ex-Nova Iguaçu, que não está inscrito na Copa do Brasil.
disse ontem, antes da viagem para Florianópolis, onde o time chegou à noite, o atacante Loco Abreu, artilheiro do Botafogo na temporada com nove gols. Ele considera que o clube e a torcida não devem lamentar a ausência nas semifinais da Taça Rio e a consequente perda da chance de disputar o bicampeonato carioca.

DA SÉRIE

“Me engana que eu gosto”

Versão dada a repórter Adriana Vasconcelos, do ‘Globo’, pelo senador Aécio Neves, depois de negar-se a fazer o teste do bafômetro e ter a carteira de motorista apreendida., em uma blitz no Rio de Janeiro.
- O que aconteceu no sábado?- Estava a três quadras do meu apartamento, voltando de um jantar, quando fui parado numa blitz. Uma operação corretíssima, aliás, de alto nível e que deve ser levada a todo o Brasil. Abordado por um agente, que foi muito educado, fiz o que qualquer cidadão deve fazer. Entreguei meus documentos. O policial então me alertou que minha carteira estava vencida.
- A carteira está vencida há quanto tempo?- A carteira está vencida há 30 dias. Venceu no dia 15 de fevereiro. Pela lei, eu teria 30 dias para fazer a renovação, ou seja, podia ter dirigido até 15 de março. Reconheço o meu erro de não ter checado isso, pois costumo dirigir meu carro como qualquer cidadão. Não ando com seguranças ou motorista. Dirijo há 30 anos e posso atestar que até agora tinha zero pontos na carteira.
- Por que não quis fazer o teste do bafômetro?- Ao constatar que minha carteira estava vencida, perguntei ao agente como deveria proceder. Ele explicou que eu teria de arrumar um outro condutor para o veículo. Como estávamos perto de um ponto de táxi, imediatamente consegui um motorista para conduzir o meu carro até em casa. Como já estava no banco do passageiro, achei desnecessário fazer o teste do bafômetro.
- Se arrependeu de não ter feito o teste, diante da repercussão do episódio?- Talvez sim, para evitar a exploração do episódio. Na hora, achei desnecessário. O fato é que, se eu não estivesse com a minha carteira vencida, certamente teria feito o teste para poder seguir dirigindo até em casa. De qualquer forma, espero que tudo isso seja útil para que outros cidadãos como eu fiquem mais atentos e mantenham sua documentação em dia.

FIM DA MISÉRIA

"Ressurge a Democracia! Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente das vinculações políticas simpáticas ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é de essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas que, obedientes a seus chefes,demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do governo irresponsável, ... irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições. Como dizíamos, no editorial de anteontem, a legalidade não poderia ter a garantia da subversão, a ancora dos agitadores, o anteparo da desordem. Em nome da legalidade não seria legítimo admitir o assassínio das instituições, como se vinha fazendo, diante da Nação horrorizada " - (O Globo - Rio de Janeiro - 4 de Abril de 1964)
"A paz alcançada. A vitória da causa democrática abre o País a perspectiva de trabalhar em paz e de vencer as graves dificuldades atuais. Não se pode, evidentemente, aceitar que essa perspectiva seja toldada, que os ânimos sejam postos a fogo. Assim o querem as Forças Armadas, assim o quer o povo brasileiro e assim deverá ser, pelo bem do Brasil" - (Editorial de O Povo - Fortaleza - 3 de Abril de 1964)
"Lacerda anuncia volta do país à democracia." - (Correio da Manhã, 2 de abril de 1964)
Louvável o SBT trazer a baila um tema que a Globo jamais ousou tratar com tanto realismo.
Anos Rebeldes era muito romanceado face ao que realmente aconteceu.
A trama tem suas limitações, mas a ideia e o momento são oportunos.
Quanto a Dirceu, bato palmas pela sua escolha.
Aqui estamos tratando do Dirceu, o militante esquerdista que foi preso político.
Não do ex-ministro José Dirceu.
Mas os (e) leitores da Folha não são capazes de diferenciar uma coisa da outra, né? Uma pena
Depoimento de Dirceu sobre ditadura vai ao ar hoje no SBT
VERA MAGALHÃES
Vai ao ar hoje, no encerramento do capítulo da novela "Amor e Revolução", do SBT, o depoimento gravado pelo ex-ministro José Dirceu sobre sua prisão pela ditadura, em 1969, e o período em que viveu exilado em Cuba e clandestino no Brasil.
Já gravaram para a trama de Tiago Santiago nomes como Criméia Almeida, ex-guerrilheira do Araguaia, e Rose Nogueira, que dividiu a cela no Dops com a presidente Dilma Rousseff.
A participação de Dirceu é menos dramática. Ele faz uma distinção entre a época em que foi preso, quando a tortura ainda não era corrente, e o recrudescimento posterior. "Quando chegamos ao Dops houve uma sessão de pancadaria, de chutes."
Ele narra que foram para o 4º RI, unidade do Exército em que Lamarca esteve preso, onde teria havido mais maus tratos. "A comida era uma lavagem, a cela era pra ter pneumonia e tuberculose. Percebemos que aquilo já era prenúncio do que estaria pra começar de tortura e da ditadura", diz Dirceu no vídeo, ao qual a Folha teve acesso.
Ele descreve as condições do congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), que levou à prisão de cerca de 800 participantes, em 1969, como "precárias".
"Nós recebemos a informação de que o lugar estava cercado e decidimos não sair. Fomos todos presos", conta Dirceu, que está inelegível após ser cassado pela Câmara, sob acusação de ter chefiado o mensalão. Ele é réu na ação penal do STF (Supremo Tribunal Federal).
Seu depoimento, de uma hora, deve ser usado em outros capítulos. A novela do SBT, que vai ao ar às 22h, estreou no último dia 5, com média de audiência de 7 pontos na Grande São Paulo.
Lourival Ribeiro/Divulgação/SBT
O ex-ministro José Dirceu grava depoimento sobre prisão durante ditadura para novela do SBT
Ex-ministro José Dirceu grava depoimento sobre prisão durante ditadura para novela do SBT

terça-feira, 19 de abril de 2011

DIA DO ÍNDIO

ORDEM MUNDIAL

Vassalos do imperialismo há por toda a parte, todos com antolhos e genuflexos, orando pelas migalhas dos banquetes dos que mandam. Incapazes de desviar o olhar para o lado, não percebem o novo estágio do capitalismo: o escancaramento da nova servidão humana, como pode ser visto na deterioração dos direitos sociais e trabalhistas na matriz (EEUU) e na filial (UE).
Ouçam os berros das ruas europeias e americanas contra a "ordem mundial" e tenham coragem de encarar a volta das condições trabalhistas da Revolução Industrial. São todos avestruzes que enfiam as cabeças na areia, esquecidos que outra parte do corpo fica em maior exposição. "Hoje, 200 milhões de crianças vão dormir nas ruas das grandes cidades do mundo. Nenhuma delas é cubana!" Não se tem notícia de massacre em escolas cubanas.
Hasta la vitoria, siempre.

CUBA E A REÓRTER DA FOLHA

Quem afunda?

A enorme propaganda contra o regime cubano acabou por criar, como subproduto planejado, uma imagem distorcida sobre os habitantes da Ilha, apresentados ora como guerrilheiros ferozes, desconhecedores de fronteiras, ora como prisioneiros tristes e infelizes de uma ditadura.

Alaine Gonzáles e Reinel Herrera são trabalhadores autônomos cubanos. Ambos foram escolhidos pela jornalista Flávia Marreiro, enviada especial da Folha de São Paulo a Havana, como personagens errantes de uma economia em frangalhos. Seguindo um padrão de cobertura vigente há 50 anos, a repórter da elabora um texto com pouca informação e direcionamento enviesado, não somente sobre o país, no sentido político e econômico, mas principalmente sobre o povo, sua história, sua cultura e seus hábitos.
A enorme propaganda orquestrada contra o regime cubano acabou por criar, como subproduto previsto e planejado, uma imagem distorcida sobre os habitantes da Ilha, apresentados ora como guerrilheiros ferozes, desconhecedores de fronteiras, ora como prisioneiros, tristes e infelizes, de uma ditadura. É compreensível o sucesso desse tipo de campanha, quando se avalia o poder da rede de comunicação capitalista.
É natural que o jornalismo nativo não possa perceber a dinâmica que se apresenta aos seus olhos. Se Flávia Marreiro conseguisse se desvencilhar da viseira ideológica, talvez conseguisse enxergar os personagens com outras roupagens e expectativas. Alaine e Reinel, como o restante do povo cubano, têm consciência das suas dificuldades. Por outro lado, crêem na revolução porque sabem que são participantes ativos de um processo tão rico quanto denso. Não se sentem impotentes diante dos problemas: reclamam e atuam dentro de uma estrutura política que lhes permite, independentemente do poder econômico ou dos conchavos políticos, resolver problemas que os afligem.
Como cidadão esclarecido, bem informado e politizado, o cubano é o verdadeiro crítico do regime. Critica e aponta saídas. Trabalha e, quando a nação necessita da sua presença, lá está ele, pronto para defender sua revolução com o seu próprio sangue. Aqueles que não quiseram trabalhar pela coletividade ou que sequer queriam trabalhar se foram pelo Porto Mariel, iludidos pela falsa propaganda que vinha dos Estados Unidos, onde pensavam encontrar dinheiro fácil. Flávia chegou tarde, com uma pauta envelhecida.
Nem Alaine, nem Reinel Herrera viveram os problemas da etapa anterior a 1959, quando o desemprego era
CRIAÇÃO DE EMPREGOS PERDE FÔLEGO: CUT  VAI ÀS RUAS CONTRA JUROS   - Cerca de 93 mil vagas de trabalho foram criadas no país em março, o que representa uma queda de 65% sobre período equivalente de 2010. Ortodoxia quer mais e pressiona por novo ciclo de arrocho monetário. CUT/SP rompe o silêncio dos movimentos sociais e partidos progressistas e sai às ruas contra a ofensiva ortodoxa. Nesta terça-feira, 24 horas antes da reunião do Copom que discutirá a nova taxa de juros, a central sindical fez panfletagem exigindo fim do arrocho financeiro que esteriliza recursos necessários  ao desenvolvimento. "O aumento da taxa elevará a dívida pública o que, consequentemente, reduzirá os investimentos do governo", denuncia o texto distribuído no centro de SP. Em 2011, segundo o jornal Valor Econômico, o juro da dívida pública poderá alcançar um valor recorde de R$ 230 bilhões. A soma equivale a 15 anos do programa Bolsa Família que beneficia  50 milhões de brasileiros pobres.  (Carta Maior; 3º feira, 19/04/2011

A ÚNICA TRINCHEIRA

Jean Wyllys cerra fileiras no pequeno e combativo PSOL, a única trincheira radical efetivamente ativa na política brasileira.
E o PSTU?
E o Partidão?
A religiosidade racional, que prega o amor ao próximo e a Lei de Ação e Reação (não queira ao seu próximo aquilo que não quer para si mesmo), não carrega qualquer veneno, pelo contrário. Se todos os humanos seguissem o mandamento de não fazer ao outro o que não quer para si, o mundo seria um paraíso, maravilhoso. Assim, as religiões honestas buscam o que eu disse acima e não têm preconceitos, não perseguem ninguém, muito menos por credo, cor da pele, escolha sexual.
E o cristianismo prega somente o amor ao próximo.
No entanto, há deturpações por erro de interpretação ou má fé que se dizem cristãs e são carregadas de preconceitos cegos. Essas, sim, estão na rua da amargura, nas fileiras dos pobres diabos, por falta de entendimento ou má fé.
O Brasil é grande pelas diferenças.
Viva o Brasil e suas diferenças!!!

OS CONTRA

A TRINCHEIRA DE JEAN WYLLYS

Por Leandro Fortes, do Blog Brasília eu Vi.
Jean Wyllys, homossexual e cristão, defende o Estado laico.
Jean Wyllys de Matos Santos é um sujeito tranquilo, bem humorado, que defende idéias sem alterar a voz, as mais complexas, as mais simples, baiano, enfim. Ri, como todos os baianos, da pecha da preguiça, como assim nomeiam os sulistas um sentimento que lhes é desconhecido: a ausência de angústia. Homossexual assumido, Jean cerra fileiras no pequeno e combativo PSOL, a única trincheira radical efetivamente ativa na política brasileira. E é justamente no Congresso Nacional que o deputado Jean Wyllys, eleito pelos cidadãos fluminenses, tem se movimentado numa briga dura de direitos civis, a luta contra a homofobia.
Cerca de 200 homossexuais são assassinados no Brasil, anualmente, exclusivamente por serem gays. Entre eles, muitos adolescentes.
Mas o Brasil tem pavor de discutir esse assunto, inclusive no Congresso, onde o discurso machista une sindicalistas a ruralistas, em maior ou menor grau, mas, sobretudo, tem como aliado as bancadas religiosas, unidas em uma cruzada evangélica. Os neopentecostais, como se sabe, acreditam na cura da homossexualidade, uma espécie de praga do demônio capaz de ser extirpada como a um tumor maligno. O mais incrível, no entanto, não é o medievalismo dessa posição, mas o fato de ela conseguir interditar no Parlamento não só a discussão sobre a criminalização da homofobia, mas também o direito ao aborto e a legalização das drogas. Em nome de uma religiosidade tacanha, condenam à morte milhares de brasileiros pobres e, de quebra, mobilizam em torno de si e de suas lideranças o que há de mais lamentável no esgoto da política nacional.
Jean Wyllys se nega a ser refém dessa gente e, por isso mesmo, é odiado por ela. Contra ele, costumam lembrar-lhe a participação no Big Brother Brasil, o inefável programa de massa da TV Globo, onde a debilidade humana, sobretudo a de caráter intelectual, é vendida como entretenimento. Jean venceu uma das edições do BBB, onde foi aceito por ser um homossexual discreto, credenciado, portanto, para plantar a polêmica, mas não de forma a torná-la um escândalo. Dono de um discurso política bem articulado, militante da causa gay e intelectualmente superior a seus pares, não só venceu o programa como ganhou visibilidade nacional. De repórter da Tribuna da Bahia, em Salvador, virou redator do programa Mais Você, de Ana Maria Braga, mas logo percebeu que isso não era, exatamente, uma elevação de status profissional.
Na Câmara dos Deputados, Jean Wyllys, 36 anos, baiano de Alagoinhas, tornou-se a cara da luta contra a homofobia no Brasil, justamente num momento em que se discute até a criminalização do bullyng. Como se, nas escolas brasileiras, não fossem os jovens homossexuais o alvo principal das piores e mais violentas “brincadeiras” perpetradas por aprendizes de brucutus alegremente estimulados pelo senso comum. Esses mesmos brucutus que, hoje, ligam para o gabinete do deputado do PSOL para ameaçá-lo de morte.
Abaixo, a íntegra de uma carta escrita por Jean ao Jornal do Brasil, por quem foi acusado, por um colunista do JB Wiki (seja lá o que isso signifique), de “censurar cristãos”.
O texto é uma pequena aula de civilidade e História. Vale à pena lê-lo:
Em primeiro lugar, quero lembrar que nós vivemos em um Estado Democrático de Direito e laico. Para quem não sabe o que isso quer dizer, “Estado laico”, esclareço: O Estado, além de separado da Igreja (de qualquer igreja), não tem paixão religiosa, não se pauta nem deve se pautar por dogmas religiosos nem por interpretações fundamentalistas de textos religiosos (quaisquer textos religiosos). Num Estado Laico e Democrático de Direito, a lei maior é a Constituição Federal (e não a Bíblia, ou o Corão, ou a Torá).
Logo, eu, como representante eleito deste Estado Laico e Democrático de Direito, não me pauto pelo que

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais desta terça-feira.
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Advertência sobre a dívida dos EUA abala mercados
O Globo
Projeto do governo dificulta controle de obras pelo TCU
Valor Econômico
Despesas com juros atingem 5,6% do PIB e vão a R$ 230 bi
Correio Braziliense
Corram, homens, corram
Estado de Minas
É preciso saber viver
Diário do Nordeste
Faltam leitos em Fortaleza
Zero Hora
Pesquisa alerta para o sobrepeso e o vício do cigarro entre gaúchos
Brasil Econômico
Governo prevê mais verbas para inovações chegarem a empresas
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Após tempestades, um rastro de morte e destruição
Le Monde (França)
Diplomacia, economia, sociedade: os desafios do novo mundo árabe
China Daily (China)
China planeja dobrar salários em cinco anos
El País (Espanha)
Dúvidas sobre a Grécia castigam a Espanha e os mercados
Clarín (Argentina)
Caminhões se tornam o maior perigo nas estradas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

FIDEL: O PRINCIPAL LEGADO

"Sem dúvida constitui um difícil desafio na época bárbara das sociedades de consumo superar o sistema de produção capitalista, que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano...é ainda mais difícil que a (tarefa) assumida em Cuba há 50 anos --quando o socialismo foi proclamado na ilha a - 90 milhas (145 quilômetros) dos Estados Unidos (...) Não há margem para o erro neste momento da história humana (...)  Persistir nos princípios revolucionários é, a meu julgamento, o principal legado que podemos deixar-lhe (...) a nova geração deve retificar e mudar tudo o que deve ser retificado e mudado para continuar demonstrando que o socialismo é também a arte de realizar o impossível: construir e realizar a revolução dos humildes..." (Fidel Castro, em artigo dirigido ao 6º Congresso do PC cubano). (Carta Maior; 2º feira, 18/04/2011)

FRASES DE LENDA

RUY CASTRO.
As agências se dividiram na semana passada. Metade delas deu em manchete, "Há 50 anos Gagarin disse: "A Terra é azul'". E a outra metade contestou: "Gagarin nunca disse "A Terra é azul'". Referiam-se à famosa frase que o astronauta soviético Yuri Gagarin teria dito (ou não) ao ser o primeiro a espiar a Terra de fora, a 12 de abril de 1961.
Para todos os efeitos, Gagarin disse a frase, que, por sinal, encerra uma verdade: a Terra é azul, não se discute. Só que, enquanto no espaço, o áudio de sua comunicação com a Terra foi todo gravado e, dele, não consta a bendita frase. Donde Gagarin não a disse, e ela só apareceu depois, sendo incorporada à lenda.
Mais precavido foi o americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar a Lua, em 1969. Dias antes de zarpar, a Nasa deu-lhe uma frase prontinha para quando ele começasse o bordejo pelo satélite: "Este é um pequeno passo para um homem, mas um passo gigante para a humanidade". Pois não é que Armstrong tropeçou nas palavras e quase melou o sentido ao dizer "Este é um pequeno passo para o homem", em vez de "um homem"? Pois foi para a lenda assim mesmo.
John Kennedy entrou para a história ao dizer em seu discurso de posse como presidente dos EUA, em 1960: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer por seu país". A frase não era dele, e sim de seu brilhante redator, Theodore Sorensen. Mas lenda é lenda.
E aqui tivemos Juscelino Kubitschek, que, um dia, se pôs de perfil no palanque e declarou: "Deste planalto central, nesta solidão patati patatá, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã de meu país e antevejo esta alvorada etc. etc.". A frase, cheia de pompa, era de seu ghost-writer, o poeta Augusto Frederico Schmidt. Referia-se à futura Brasília cidade mais propícia a lendas do que à realidade.

NÃO, DE NOVO NÃO !!

DE NOVO ? NÃO !!

BATENDO DE FRENTE

Por Carlos Chagas.
Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, precisa definir-se.
Ou continua anunciando aumento nos preços da gasolina, batendo de frente com a equipe econômica e com o ministro Edison  Lobão, quer dizer,  com a presidente Dilma, ou dedica-se à sua candidatura para  prefeito  de  Salvador. Seguir nas duas paralelas,  não dá. 
A Petrobrás vem obtendo os  maiores lucros que uma empresa brasileira poderia aspirar.
Agüentaria com facilidade o tranco de mais um aumento nos preços internacionais do petróleo sem mexer nos preços da gasolina.   Até porque, quando o petróleo    baixar, ninguém cogitará de reduzir também os preços de seus   e derivados.

A TERRA É AZUL

Por Carlos Chagas.
Mais do que necessários, são imprescindíveis   os mergulhos no passado.  Acaba de completar 50 anos o primeiro vôo espacial da História.  Um russo foi para o céu, assombrando o mundo inteiro. Por menos de duas horas Yuri Gagárin, major, 27 anos, circundou o planeta  a bordo de uma  cápsula onde mal cabiam suas   pernas.
A festa durou dias. O jovem comandante recebeu todo o tipo de homenagens, a começar por um tapete vermelho de quase um quilômetro, que percorreu acompanhado por câmeras de televisão e máquinas fotográficas, para no final levar um beijo do então todo-poderoso Nikita Kruschev. A União Soviética não se cansava de alardear  a vitória do  socialismo sobre o capitalismo. Anos antes os russos já haviam lançado o Sputnik, primeiro satélite artificial, conquistando agora inegável supremacia científica  sobre os americanos.
Naqueles idos,  o Muro de Berlim ainda não havia sido  levantado, a invasão da Hungria pelo Exército Vermelho era tida como reação  necessária à conspiração da CIA e,   na União Soviética,  ninguém pensava em ocupar o Afeganistão. O perigo, para os russos, estava na China,  demonstrando como Mao Tzetung era precavido.  John Kennedy, nos Estados Unidos, dava a impressão de promover ampla reviravolta para extirpar o racismo e a pobreza.  Fidel Castro ensaiava  os primeiros passos para transformar Cuba numa República Popular, com Che Guevara empolgando  a juventude. A França ressurgia das cinzas pela  volta de De Gaulle ao poder, Nehru, na Índia, e Tito, na Iugoslávia, assentavam as bases do Terceiro Mundo.  No Vaticano, um velhinho feito Papa para protelar um  impasse eclesiástico surpreendia céus e terra ao realizar  formidável alteração de rumos na antes conservadora  Igreja Católica. Até no Brasil um líder  meio histriônico, meio doido, concentrava as atenções. Ora a esquerda,  ora a direita, aplaudiam o recém-eleito Jânio Quadros.
Em suma, para os jovens, o mundo se descortinava à frente como um imenso paraíso. O futuro pertencia a  todos nós.
Depois, foi o que se viu.  Nem é preciso lembrar que Kruschev foi deposto, Mao impôs ao seu povo uma abominável Revolução Cultural,  Kennedy acabou  assassinado, Fidel, transformado em títere, Nehru e Tito passaram, De Gaulle renunciou, João XXIII foi para o céu e Jânio Quadros surpreendeu o país na tentativa de dar  um golpe, felizmente malogrado, para tornar-se ditador.
Cinqüenta anos depois, o socialismo saiu pelo ralo, o Terceiro Mundo se desfez e o Brasil viveu 21 anos de ditadura militar. Valeu? Pelo menos  naqueles dias em que Yuri Gagárin transmitia, lá de cima, que a Terra era azul.

DANE-SE O ANDAR DE BAIXO.
Parece uma sina, quem sabe maldição, mesmo.  A verdade é que o sociólogo não deixa passar uma semana sem tentar  conturbar o processo político. A última de Fernando Henrique  é que a oposição deve esquecer o andar de  baixo. Lixar-se para o povão e sensibilizar apenas a classe média.
Trata-se de  elitismo explícito, aliás, já praticado  em seus oito anos de poder. Por isso o Lula venceu as eleições de 2002: conquistou as camadas mais pobres da população, que o antecessor agora tenta desconsiderar como alvo para o PSDB. Em sua última intervenção, Fernando Henrique demonstra o receio de que Dilma Rousseff empolgue a classe média, mantendo o povão. Não demora muito para o ex-presidente neoliberal pregar a volta à monarquia. Imaginem com que família real...

ESTÃO TESTANDO A PRESIDENTE.
Significa o quê, essa nova onda de invasões de terra promovida pelo MST? Mais do que a luta pela reforma agrária, o movimento parece  testar a presidente Dilma. Seus líderes querem saber até onde ela vai. Resistirá, procurando manter a ordem no campo sem cair na rede dos ruralistas? Ou na mobilização de forças para evitar excessos na ocupação de fazendas, acabarão aparecendo vítimas? Seria precisamente esse o objetivo, que faz dos camponeses miseráveis simples biombo ou  massa de manobra para a concretização sabe-se lá de que objetivos? Se pretendem a revolução no campo, estão  atrasados de várias décadas. Se darão agora o passo tantas vezes adiado, de constituir-se num partido político, melhor olharem para as dificuldades encontradas por Gilberto Kassab.

PROPOSTA DESNECESSÁRIA


Por Carlos Chagas.
Um animal, a tiros de revólver, assassinou doze crianças numa escola, no Rio. Por conta disso, deve-se proibir a posse de armas de fogo? Fosse assim e os automóveis deveriam ser banidos da civilização. Ou ainda há pouco um tarado não investiu e atropelou dezenas de ciclistas, em Porto Alegre?
Sugere o senador José Sarney, através de projeto de lei, a realização de um novo plebiscito para saber se o cidadão comum apóia a proibição. Essa manifestação já aconteceu, anos atrás, e a resposta da sociedade foi clara, pelo direito de dispor de revólveres ou espingardas, em casa.
Até porque, sabia-se de antemão, os bandidos ignoraram o primeiro plebiscito e continuaram utilizando suas armas.
Nos tempos de Vitorino Freire e mesmo depois, quando da dissidência da Frente Liberal, Sarney botou o revólver na cintura e saiu de casa disposto a matar ou morrer, como está registrado em sua biografia autorizada. Aceitaria ser humilhado, se um plebiscito tivesse estabelecido a proibição, décadas atrás?

TÁ BOM

CORTE DE VERBA PREJUDICA VIGILÂNCIA DAS FRONTEIRAS

Queda do número de agentes da PF ameaça ações de combate ao narcotráfico.
Posto policial é fechado na fronteira com o Peru; em Ponta Porã, agentes federais compram combustível fiado.
KÁTIA BRASIL, DE MANAUS - RODRIGO VARGAS, ENVIADO ESPECIAL A PONTA PORÃ.
O corte no orçamento da Polícia Federal para este ano afetou a fiscalização em regiões de fronteiras e as ações de combate ao narcotráfico e contrabando de armas.
O dia a dia das operações foi prejudicado devido à suspensão dos gastos com diárias para delegados e agentes, segundo os policiais.
Há relatos de problemas estruturais, como o fechamento de um posto na fronteira com o Peru, e da falta recursos para manutenção de carros, compra de combustíveis e coletes à prova de bala.
A redução vem na esteira do contigenciamento no Orçamento da União, determinado por decreto assinado em fevereiro pela presidente Dilma Rousseff.
No Ministério da Justiça, com orçamento previsto de R$ 4,2 bilhões para 2011, o corte foi de R$ 1,5 bilhão.
Agentes relataram à Folha que os cortes comprometeram a Operação Sentinela, feita com a Força Nacional de Segurança e a Polícia Militar nos Estados.
A ação combate crimes como tráfico internacional de drogas, entrada de armas, contrabando e imigração ilegal. Houve redução do efetivo desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul.
No Brasil, a atuação da PF nas fronteiras abrange uma linha de 16.399 km.
Projetos como o Vant, de fiscalização com um avião não tripulado, devem atrasar. No Pará, uma patrulha que monitorava o rio Amazonas em Óbidos foi retirada.
No Amazonas, o posto de Eirunepé, próximo ao Peru, não está funcionando desde o mês passado.
O superintendente da PF no Estado, Sérgio Fontes, disse que na fronteira com a Colômbia e o Peru a Operação Sentinela será levada apenas "até onde der". "O corte foi muito severo."
FIADO.
Em Mato Grosso do Sul, a redução no efetivo chegou a 60% nas delegacias da PF de Corumbá e Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Segundo agentes federais, foram suspensas blitze preventivas nas rodovias.
Policiais que atuam em Ponta Porã descreveram à Folha um cenário crítico.
Carros estão parados por falta de manutenção e equipes estão comprando combustível fiado.
Com o contingenciamento, a maior parte do efetivo vindo de outros Estados teve de deixar a cidade. O sindicato dos policiais diz que a delegacia opera hoje com menos da metade do pessoal em relação a 2010.
Na fronteira do Rio Grande do Sul, outro importante ponto de combate à entrada de armas, também houve redução no número de policiais, segundo os agentes.
"Onde trabalhavam dois agentes, agora tem um", disse Paulo Paes, que preside o sindicato local dos policiais.
Em Porto Mauá e Porto Xavier, há quatro agentes para cobrir 150 km do rio que separa o Estado da Argentina.
Centenas de caminhões atravessam diariamente a fronteira, mas na prática o trabalho dos agentes se resume ao controle de migração.

DE VOLTA AO BRASIL

PF REDUZ ATUAÇÃO NAS FRONTEIRA

O corte no orçamento deste ano da Polícia Federal prejudicou a fiscalização nas fronteiras e as ações de combate ao narcotráfico e ao contrabando de armas, num momento em que o país volta a discutir o controle dos armamentos. Houve redução do efetivo desde a Amazônia até o Sul, informam Kátia Brasil e Rodrigo Vargas. Pelo menos um posto fronteiriço foi desativado, e projetos deverão ser adiados.

NOTÍCIAS DO DIA

Vejas as manchetes dos principais jornais desta segunda-feira.
* Jornais nacionais.
O Estado de S.Paulo
Japão prevê crise nuclear até janeiro
O Globo
Governo não segura dólar e inflação, mas reforça caixa
Valor Econômico
Remuneração de diretores cresce 36%
Correio Braziliense
Por que o serviço de táxi no DF é caro e ruim
Estado de Minas
E a lei que proíbe a sacola de plástico, vai pegar?
Diário do Nordeste
Crimes contra dinheiro público sem punição
Zero Hora
Gravações mostram o poder de chefe do tráfico preso na Pasc
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Inflação chinesa representa grande ameaça ao mercado global
The Guardian (Reino Unido)
Pacientes sofrem enquanto operações são "racionadas"
Le Monde (França)
Imigração: as críticas da senhora Parisot
El País (Espanha)
Onda de imigrantes abre uma crise na União Europeia
Clarín (Argentina)
Terrível colisão frontal na Rota 7 deixa 13 mortos e dúvidas.

A HISTÓRIA NÃO TEM PRESSA

Por Carlos Chagas.
Vivemos de modismos. De idéias pré-concebidas. Por que, por exemplo, determinar 100 dias como primeiro  prazo para o julgamento de um governo ou de uma governante? Por que não 102 ou 110, ou 200, 500 ou 800? Dirão muitos que  a vida  é assim.  Os casamentos são contados por bodas de prata, de ouro e até de diamante. As guerras,   por décadas ou séculos. As  religiões,  por milênios.
Senão  insurgir-se, Dilma Rousseff deveria dar de ombros para a cascata de análises, interpretações e diagnósticos apresentados pela mídia  no fim de semana,  a respeito de seu desempenho na presidência da República. Afinal, a data que  interessa mesmo é a de cada dia, com ênfase para o último  de seu mandato.
Para Getúlio Vargas, foi 24 de agosto de 1954, mesmo tendo ele permanecido por quinze anos variadíssimos, numa primeira etapa, e três anos e meio de incompreensões, no segundo.
Juscelino Kubitschek preferiu ressaltar os 50 anos em 5, no começo, para no final fixar-se na data futura que não chegou, de  3 de outubro de 1965, quando voltaria ao poder.  Jânio Quadros jamais imaginou que 25 de agosto de 1961 seria o fim, muito menos João Goulart,  de que tudo terminaria no 1 de abril de 1964. Dos generais-presidentes, note-se apenas a seqüência de seus mandatos com dia certo para transmitirem o poder, exceção de Costa e Silva que adoeceu antes. Para  Tancredo Neves o destino não deixou um dia sequer, para José Sarney um ano lhe foi surripiado. Fernando Collor imaginou vinte anos, defenestrado em dois e meio, ao contrário de Fernando Henrique, que era para ser julgado depois de  quatro anos e burlou seus julgadores,  estendendo o prazo para  oito.  O mesmo tempo concedido ao Lula, de olho em  mais oito, ainda que  sem prazo certo para iniciar o retorno.
Essas considerações se fazem por conta da evidência de que a análise da ação  dos presidentes da República não deve ser medida em dias, meses ou sequer anos. A História não tem pressa e não comporta açodamentos, ainda que se apresente pródiga em surpresas.  Dilma pode ter ido bem nos primeiros 100 dias, mas quem  garante que seguirá  assim nos seguintes?  Melhor aguardar.
A MELHOR IMAGEM.
Diz a sabedoria popular que o melhor juiz, numa partida de futebol, é aquele que não aparece, do qual a torcida não toma conhecimento.
Deveria ser assim no Poder Judiciário, isto é, sendo naturais e acordes com o Bom Direito, suas sentenças não precisariam despertar polêmicas e muito menos protestos. Conforme essa evidência, em termos de opinião publica e publicada, o ano não começou bem no Supremo Tribunal Federal. A decisão a respeito da lei ficha limpa desagradou o sentimento nacional, mesmo sem a emissão de juízos de valor sobre sua constitucionalidade.
O problema é que nova frustração poderá ser oferecida pela mais alta corte nacional de justiça, no correr de 2011. Num caso, se for mais uma vez protelado o julgamento dos 40 mensaleiros, que agora dizem ser 38. São réus, já foram denunciados pelo Procurador Geral da República por formação de quadrilha e outros crimes, mas multiplicam recursos e expedientes de toda ordem. Pior ficaria a situação, porém, na hipótese de, julgados, serem absolvidos. Importa menos a argumentação de seus advogados. Vale mais a natureza das coisas.
OITO MAIS UM.
Os oito governadores do PSDB preferem ficar com Aécio Neves, apesar das críticas por ele  formuladas  a  Dilma Rousseff e ao PT,  do que engajar-se na corrente da intransigência sustentada por José Serra, Fernando Henrique e Sérgio  Guerra.   Gostariam que o senador mineiro tivesse sido um pouco  mais tolerante com a presidente da  República, mas dispõem de mecanismos para absorver o discurso de Aécio como uma necessidade oposicionista. Do que fogem feito o diabo da cruz é do radicalismo da ala  paulista dos tucanos. Afinal, para cumprirem suas promessas de  campanha, os governadores precisam do palácio do Planalto.  Até Geraldo Alckmin.