sábado, 4 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
BOTAFOGO PRECISA QUEBRAR TABU
Além de poder representar a vaga para a Copa Libertadores da America, projeto inicial do técnico Joel Santana, a vitória do Botafogo sobre o Grêmio valerá como a quebra de um tabu: o time não ganha no Estádio Olímpico desde 1995 quando conquistou o único título de campeão brasileiro. O lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, criado nas divisões de base do arquirrival Internacional, sabe bem o que representa encarar o Grêmio no Olímpico: “Nas circunstâncias do jogo de domingo, guerra pura, vale tudo. É pressão de todos os lados.” Mas ele garante que o Botafogo está preparado: “Já vencemos jogos que pareciam impossíveis, por que não domingo?”
A vitória (2 a 0) do Goiás não tirou o ânimo do técnico e dos jogadores, que ontem falaram com entusiasmo sobre a vaga para a Libertadores: “Já vi de tudo no futebol. Uma surpresa a mais não seria novidade. O Goiás só ganhou um tempo, vamos ver como será o segundo tempo na Argentina. Vamos jogar domingo como se a vitória seja a certeza da vaga” - disse Joel Santana.
A vitória (2 a 0) do Goiás não tirou o ânimo do técnico e dos jogadores, que ontem falaram com entusiasmo sobre a vaga para a Libertadores: “Já vi de tudo no futebol. Uma surpresa a mais não seria novidade. O Goiás só ganhou um tempo, vamos ver como será o segundo tempo na Argentina. Vamos jogar domingo como se a vitória seja a certeza da vaga” - disse Joel Santana.
O técnico voltou a fazer treino com portas fechadas, mas a formação para o jogo com o Grêmio está praticamente definida: Jeferson, Antonio Carlos, Leandro Guerreiro e Danny Morais; Alessandro, Fahel, Somália, Lúcio Flávio e Marcelo Cordeiro; Caio e Loco Abreu, que saiu do treino depois de levar uma pisadela no pé, mas não é problema.
Jonas – artilheiro do ano do Grêmio, 42 gols, sendo 22 no Campeonato Brasileiro – não terá marcação especial. O Botafogo continuará marcando por setor, com todos os marcadores bem definidos.
Grêmio x Botafogo terá arbitragem de Sandro Meira Ricci, do Distrito Federal e da Fifa.
SERRA, O CUMPRIDOR DE PROMESSA
Eis que o zé (bolinha de papel) Serra saiu da penumbra essa semana para declarar que não será candidato a prefeito em 2012. Cá entre nós, depois do que aconteceu em 2004 (quando firmou compromisso em cartório de que cumpriria seu mandato até o final), o zé (trólóló) Serra fica sempre em maus lençóis quando lhe questionam candidaturas. Isso significa que, pelo menos até agora, sim, ele será candidato. A não ser que ele apareça qualquer dia desses confirmando sua candidatura, aí o jogo muda completamente e o PSDB vai ter que procurar outro candidato… sem palavra, sem carater, sem compromisso, sem brio, sem consideração, em outras palavras, SEM VERGONHA!!! Pena que o pobre paulista é conservador, medroso, egoista: sempre votas nesses demotucanos!!!
Faltou a conservadora “The economist” atribuir o óbvio resultado da pesquisa à scensão de governos de esquerda em nossa região, que mudaram a forma de administrar, tanto a política de seus países, aumentando a participação popular, como a Economia, com uma alteração do rumo neo-liberal que as Nações latino-americanas tomaram na década de 90 (e que gerou miséria, empobrecimento e desemprego) para um direcionamento social-democrata keynesiano, com algumas práticas de socalismo participativo, em todas essas Nações, variando apenas a dosagem maior ou menor entre as propostas de esquerda citadas conforme a conjuntura histórico-econômica, e principalmente a correlação de forças, nesses países. Graças a tais práticas (que evidentemente nem a “The Economist”, nem a Folha citarão) as Nações da América Latina atravessam uma fase de espantoso progresso econômico e social, lideradas pelo Brasil, o qual, devido às suas características naturais e ao desenvolvimento de sua Economia (embora esse desenvolvimento fôsse marcado pela desigualdade e o direcionamente aos interesses externos) assumiu a mais que natural condição de liderança desse processo, posicionando-se não como uma potência imperial, mas como uma potência hegemônica, que exerce essa hegemonia através da colaboração harmoniosa com os outros países da América Latina (e de outras partes do Sul do planeta), colaboração destinada ao crescimento mútuo, única forma para enfrentar-se o Imperialismo decadente de europeus e ianques; como também de projetar-se a construção de uma Humanidade mais solidária.
O BRASIL É MAIS INFLUENTE QUE EUA NA AMÉRICA LATINA
Da folha.com
O povo latino aponta o Brasil como país mais influente na região, superando até mesmo a potência Estados Unidos, segundo pesquisa Latinobarômetro, que avalia opiniões, atitudes e valores na América Latina.
A pesquisa mostra ainda que a crença na democracia e o otimismo em relação ao progresso do país aumentou na maioria dos países da região e, apenas pela segunda vez desde o início da pesquisa, em 1995, crime superou desemprego como maior preocupação.
A margem da liderança brasileira é de significativos nove pontos percentuais, embora o número absoluto seja relativamente baixo. Segundo o Latinobarômetro, publicado com exclusividade pela revista “The Economist”, 19% dos entrevistados em todos os países da região veem o Brasil como país mais influente um aumento de um ponto percentual em relação ao ano passado.
Em segundo lugar, com 9% dos votos, vêm os EUA (que se manteve inalterado) e a Venezuela (que perdeu dois pontos percentuais desde 2009). A revista ressalta, contudo, que os EUA continua mais influente para o povo mexicano e de boa parte da América Central. A Venezuela, por sua vez, lidera neste quesito no Equador, República Dominicana e Nicarágua.
O Brasil lidera ainda a lista de países mais otimistas com o progresso do país, com quase 70% dos brasileiros entrevistados respondendo que sim. A “Economist” afirma que o bom número brasileiro se deve à forte performance econômica do país durante a crise econômica mundial e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que encerra seu mandato.
No fim da lista está Honduras, país que sofreu um golpe de Estado no ano passado e viu seu presidente se refugiar na Embaixada Brasileira em Tegucigalpa. O golpe causou ainda o esfriamento das relações bilaterais com os EUA, parceiro econômico crucial da nação empobrecida.
Em um quesito diretamente relacionado, relata a “Economist”, a pesquisa mostra ainda um aumento do apoio do povo latino-americano à democracia e suas instituições. Ao todo, 44% dos entrevistados se disseram satisfeitos com a democracia atual em seu país natal mesmo número de 2009, mas um aumento de 19 pontos desde 2001.
O número cai para 34% quando se pergunta sobre a confiança no Congresso e fica em 45% quando os latino-americanos são questionados sobre a confiança no governo. Em 2003, estes números eram 17% e 24% respectivamente.
Esta lista é liderada pela Venezuela, onde 84% acreditam que a democracia é preferível a outros tipos de governo. O Brasil aparece apenas em 14º, com 54% de apoio uma queda de um ponto percentual em um ano, mas aumento de 14 pontos desde 2001.
A “Economist” atribui a melhora significativa ao pouco impacto da crise econômica mundial na América Latina e uma segurança social que ajudou a reduzir os níveis de pobreza.
COPA DO MUNDO? AH, VÁ SE CATAR
Na escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, deu a lógica. Os países que possuem menos estádios foram os escolhidos. E para a Fifa, os países mais aptos a sediar os mundiais são os que contam com as piores infraestruturas e que estão dispostos a liberar mais grana. Embora os argumentos de “internacionalizar” os eventos e levá-los aos países “emergentes” soem bonitinhos e politicamente corretos, o vale mesmo para a Fifa é “quanto é que a gente vai levar nessa?”. Money talks, bullshit walks (sorry, yankees — go home!).
Dos 16 estádios na Rússia, 13 ainda nem saíram do papel. Dos 12 estádios na Catar, 9 ainda não existem isso sem falar que serão todos “climatizados”, para poder suportar o verão de 40 graus do Oriente Médio. Imaginem quantos cheques polpudos os xeques não soltaram (e ainda soltarão) na mão de oportunistas e atravessadores de plantão para viabilizar toda essa megalomania?
Com isso, não só os xeques, mas também mafiosos, czares e aiatolás da bola se juntam aos coronéis da bola (os aiatocás da Copa de 2014) para vencer mais uma de goleada. E os homens que carregam as malas de dinheiro agora gritam em uníssono: MUITO OBRIGADO, FIFA!
O DIPLOMA E OS DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS
Não seria o caso de outros setores da sociedade – além de empresários e grupos ligados a doutrinas religiosas – também se preocuparem com a formação do profissional em "jornalismo independente"? Por exemplo, os sindicatos de trabalhadores?
Venício Lima, no Observatório da Imprensa
São raras as atividades das quais participei nos últimos dois ou três anos nas quais, independente do tema sendo discutido, não aparecesse alguém e cobrasse minha posição sobre a obrigatoriedade do diploma de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão de jornalista profissional.
Tenho constatado que a resposta a essa pergunta provoca inesperadas paixões e, em geral, serve como critério para colocar quem a responde no céu ou no inferno. Se a audiência for, majoritariamente, composta de estudantes de Jornalismo e/ou militantes de sindicatos de jornalistas, relativizar a importância do diploma e chamar a atenção para as transformações radicais pelas quais passa o campo das comunicações – e as incontornáveis conseqüências desse fato para o jornalismo e a profissão de jornalista – pode ser o caminho seguro para hostilidades e intolerância.
Assumo, mais uma vez, o risco e boto a minha mão no vespeiro.
Transformações radicais.
Nos Estados Unidos, como se sabe, não há exigência de diploma para o exercício profissional de jornalista. Aliás, a exigência não é encontrada em nenhum país de tradição democrática.
Em artigo publicado neste Observatório há cerca de três anos, comentei que o College of Communications,
São raras as atividades das quais participei nos últimos dois ou três anos nas quais, independente do tema sendo discutido, não aparecesse alguém e cobrasse minha posição sobre a obrigatoriedade do diploma de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão de jornalista profissional.
Tenho constatado que a resposta a essa pergunta provoca inesperadas paixões e, em geral, serve como critério para colocar quem a responde no céu ou no inferno. Se a audiência for, majoritariamente, composta de estudantes de Jornalismo e/ou militantes de sindicatos de jornalistas, relativizar a importância do diploma e chamar a atenção para as transformações radicais pelas quais passa o campo das comunicações – e as incontornáveis conseqüências desse fato para o jornalismo e a profissão de jornalista – pode ser o caminho seguro para hostilidades e intolerância.
Assumo, mais uma vez, o risco e boto a minha mão no vespeiro.
Transformações radicais.
Nos Estados Unidos, como se sabe, não há exigência de diploma para o exercício profissional de jornalista. Aliás, a exigência não é encontrada em nenhum país de tradição democrática.
Em artigo publicado neste Observatório há cerca de três anos, comentei que o College of Communications,
O LOBBY ANTI-AMORIM
QUEM CONSEGUE EXPLICAR A SAÍDA DO MELHOR MINISTRO BRASILEIRO? "...é evidente o esforço articulado de alguns setores anti-Amorim para emplacar Patriota. Ontem, o jornal “Folha de São Paulo” anunciou a indicação de Patriota. Era balão de ensaio. À tarde, O Globo anunciou que Patriota havia sido “aplaudido pelo Ministério das Relações Exteriores”. Na verdade, o aplauso foi de um diplomata aposentado, Jerônimo Moscardo.. "(Luis Nassif; 03-12. Leia mais) (Carta Maior; 03/12/2010)
TÓ DENTRO
Faltou enfatizar que a mídia alternativa é a voz dos que não rezam (os) pelo catecismo da mídia tradicional. PiG é uma ótima definição. O sangue, de gente do povo, derramando na ditadura e que teve a conivência e apoio de jornalões e TVs não permite que nós baixemos nossas cabeças. Lula, e somente Lula, como operário, trabalhador, pobre e presidente sabe a força dos nazistas da mídia brasileira.
Não existe "ponte" entre o público e o governante. Há diversos instrumentos criados pelos próprios governantes - era recente -para o distanciamento, a divinização do poder em relação ao cidadão. Nesse quadro fica evidente a proclamação de uma categoria "porta-voz" da população alienada e distante do timão, que leva a informação do que ocorre nas esferas do poder governamental e "representa o povo quando manifesta suas preocupações, inquietações e necessidades". Eis os ingredientes para a racionalização existencial do "quarto poder". São mitos convenientemente criados para reforçarem esse distanciamento da população com as esferas do poder, tal qual nossa Constituiação "representativa" (eu só existo se parte de uma organização ou entidade representativa. Sou um reflexo de mim mesmo em muitos) que ignora o óbvio, concreto, indivíduo, para a construção do social, "o povo". Como se observa através da história, o óbvio não deixa de existir simplesmente por decretada sua inexistência. Assim sendo, um "bloqueiro sujo" não é heroi por si mesmo, mas fruto (fertilidade, origem) de uma necessidade individual de integrantes de uma sociedade quase alienante. Assim como as igrejas de outrora, onde paroquianos se reuniam e "colocavam os assuntos em dia", discutindo, opinando e se atualizando, os eventos sociais - casamentos, batizados, funerais para alguns, enterro para muitos, quermesses, etc - eram os instrumentos de manifestação da individualidade dentro do coletivo. Necessidade platônica do ser humano de interagir, provocou a disseminação dos "BBS", dinossauro dos programas de comunicação instantânea da internet. Páginas domésticas na internet se transformaram, devido aos altos custos, em "blogs" onde a individualidade se manifesta ao coletivo e chega ao que, me atrevo dizer, extremo da comunicação pela quase não-comunicação, onde manifesto pensamentos em quinze palavras (não sei ao certo), levando a uma superficialização do que antes chamávamos "bate-papo". Os blogueiros, insisto, não são herois por si próprios, são apenas elementos circunstanciais, bem-vindos, para satisfazer essa necessidade humana de interagir espontaneamente, autenticamente, ilusoriamente fora das amarras do controle feudal de "representantes do quarto poder". Lula é a materialização dessa espontaneidade. Mostra, com seus atos, que os caminhos existem, são óbvios e basta querermos percorrê-los.
OS DONOS DA MÍDIA ESTÃO NERVOSOS
A Veja andou atrás do blogueiro Renato Rovai querendo saber como foi feita a articulação para que o presidente Lula concedesse uma entrevista a blogs de diferentes pontos do Brasil. Estão preocupadíssimos.
Laurindo Lalo Leal Filho, Carta Maior
O blogueiro Renato Rovai contou durante o curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação, realizado semana passada no Rio, que a Veja andou atrás dele querendo saber como foi feita a articulação para que o presidente Lula concedesse uma entrevista a blogs de diferentes pontos do Brasil. Estão preocupadíssimos.
À essa informação somam-se as matérias dos jornalões e de algumas emissoras de TV sobre a coletiva, sempre distorcidas, tentando ridicularizar entrevistado e entrevistadores.
O SBT chegou a realizar uma edição cuidadosa daquele encontro destacando as questões menos relevantes da conversa para culminar com um encerramento digno de se tornar exemplo de mau jornalismo.
Ao ressaltar o problema da inexistência de leis no Brasil que garantam o direito de resposta, tratado na entrevista, o jornal do SBT fechou a matéria dizendo que qualquer um que se sinta prejudicado pela mídia tem amplos caminhos legais para contestação (em outras palavras). Com o que nem o ministro Ayres Brito, do Supremo, ídolo da grande mídia, concorda.
Jornalões e televisões ficaram nervosos ao perceberem que eles não são mais o único canal existente de contato entre os governantes e a sociedade.
Às conquistas do governo Lula soma-se mais essa, importante e pouco percebida. E é ela que permite entender melhor o apoio inédito dado ao atual governo e, também, a vitória da candidata Dilma Roussef.
Lula, como presidente da República, teve a percepção nítida de que se fosse contar apenas com a mídia tradicional para se dirigir à sociedade estaria perdido. A experiência de muitos anos de contato com esses meios, como líder sindical e depois político, deu a ele a possibilidade de entendê-los com muita clareza.
Essa percepção é que explica o contato pessoal, quase diário, do presidente com públicos das mais diferentes camadas sociais, dispensando intermediários.
Colunistas o criticavam dizendo que ele deveria viajar menos e dar mais expediente no palácio. Mas ele sabia muito bem o que estava fazendo. Se não fizesse dessa forma corria o risco de não chegar ao fim do mandato.
Mas uma coisa era o presidente ter consciência de sua alta capacidade de comunicador e outra, quase heróica, era não ter preguiça de colocá-la em prática a toda hora em qualquer canto do pais e mesmo do mundo.
Confesso que me preocupei com sua saúde em alguns momentos do mandato. Especialmente naquela semana em que ele saía do sul do país, participava de evento no Recife e de lá rumava para a Suíça. Não me surpreendi quando a pressão arterial subiu, afinal não era para menos. Mas foi essa disposição para o trabalho que virou o jogo.
Um trabalho que poderia ter sido mais ameno se houvesse uma mídia menos partidarizada e mais diversificada. Sem ela o presidente foi para o sacrifício.
Pesquisadores nas áreas de história e comunicação já tem um excelente campo de estudos daqui para frente. Comparar, por exemplo, a cobertura jornalística do governo Lula com suas realizações. O descompasso será enorme.
As inúmeras conquistas alcançadas ficariam escondidas se o presidente não fosse às ruas, às praças, às conferências setoriais de nível nacional, aos congressos e reuniões de trabalhadores para contar de viva voz e cara-a-cara o que o seu governo vinha fazendo. A NBR, televisão do governo federal, tem tudo gravado. É um excelente acervo para futuras pesquisas.
Curioso lembrar as várias teses publicadas sobre a sociedade mediatizada, onde se tenta demonstrar como os meios de comunicação estabelecem os limites do espaço público e fazem a intermediação entre governos e sociedade.
Pois não é que o governo Lula rompeu até mesmo com essas teorias. Passou por cima dos meios, transmitiu diretamente suas mensagens e deixou nervosos os empresários da comunicação e os seus fiéis funcionários, abalados com a perda do monopólio da transmissão de mensagens.
Está dada, ao final deste governo, mais uma lição. Governos populares não podem ficar sujeitos ao filtro ideológico da mídia para se relacionarem com a sociedade.
Mas também não pode depender apenas de comunicadores excepcionais como é caso do presidente Lula. Se outros surgirem ótimo. Mas uma sociedade democrática não pode ficar contando com o acaso.
Daí a importância dos blogueiros, dos jornais regionais, das emissoras comunitárias e de uma futura legislação da mídia que garanta espaços para vozes divergentes do pensamento único atual.
À essa informação somam-se as matérias dos jornalões e de algumas emissoras de TV sobre a coletiva, sempre distorcidas, tentando ridicularizar entrevistado e entrevistadores.
O SBT chegou a realizar uma edição cuidadosa daquele encontro destacando as questões menos relevantes da conversa para culminar com um encerramento digno de se tornar exemplo de mau jornalismo.
Ao ressaltar o problema da inexistência de leis no Brasil que garantam o direito de resposta, tratado na entrevista, o jornal do SBT fechou a matéria dizendo que qualquer um que se sinta prejudicado pela mídia tem amplos caminhos legais para contestação (em outras palavras). Com o que nem o ministro Ayres Brito, do Supremo, ídolo da grande mídia, concorda.
Jornalões e televisões ficaram nervosos ao perceberem que eles não são mais o único canal existente de contato entre os governantes e a sociedade.
Às conquistas do governo Lula soma-se mais essa, importante e pouco percebida. E é ela que permite entender melhor o apoio inédito dado ao atual governo e, também, a vitória da candidata Dilma Roussef.
Lula, como presidente da República, teve a percepção nítida de que se fosse contar apenas com a mídia tradicional para se dirigir à sociedade estaria perdido. A experiência de muitos anos de contato com esses meios, como líder sindical e depois político, deu a ele a possibilidade de entendê-los com muita clareza.
Essa percepção é que explica o contato pessoal, quase diário, do presidente com públicos das mais diferentes camadas sociais, dispensando intermediários.
Colunistas o criticavam dizendo que ele deveria viajar menos e dar mais expediente no palácio. Mas ele sabia muito bem o que estava fazendo. Se não fizesse dessa forma corria o risco de não chegar ao fim do mandato.
Mas uma coisa era o presidente ter consciência de sua alta capacidade de comunicador e outra, quase heróica, era não ter preguiça de colocá-la em prática a toda hora em qualquer canto do pais e mesmo do mundo.
Confesso que me preocupei com sua saúde em alguns momentos do mandato. Especialmente naquela semana em que ele saía do sul do país, participava de evento no Recife e de lá rumava para a Suíça. Não me surpreendi quando a pressão arterial subiu, afinal não era para menos. Mas foi essa disposição para o trabalho que virou o jogo.
Um trabalho que poderia ter sido mais ameno se houvesse uma mídia menos partidarizada e mais diversificada. Sem ela o presidente foi para o sacrifício.
Pesquisadores nas áreas de história e comunicação já tem um excelente campo de estudos daqui para frente. Comparar, por exemplo, a cobertura jornalística do governo Lula com suas realizações. O descompasso será enorme.
As inúmeras conquistas alcançadas ficariam escondidas se o presidente não fosse às ruas, às praças, às conferências setoriais de nível nacional, aos congressos e reuniões de trabalhadores para contar de viva voz e cara-a-cara o que o seu governo vinha fazendo. A NBR, televisão do governo federal, tem tudo gravado. É um excelente acervo para futuras pesquisas.
Curioso lembrar as várias teses publicadas sobre a sociedade mediatizada, onde se tenta demonstrar como os meios de comunicação estabelecem os limites do espaço público e fazem a intermediação entre governos e sociedade.
Pois não é que o governo Lula rompeu até mesmo com essas teorias. Passou por cima dos meios, transmitiu diretamente suas mensagens e deixou nervosos os empresários da comunicação e os seus fiéis funcionários, abalados com a perda do monopólio da transmissão de mensagens.
Está dada, ao final deste governo, mais uma lição. Governos populares não podem ficar sujeitos ao filtro ideológico da mídia para se relacionarem com a sociedade.
Mas também não pode depender apenas de comunicadores excepcionais como é caso do presidente Lula. Se outros surgirem ótimo. Mas uma sociedade democrática não pode ficar contando com o acaso.
Daí a importância dos blogueiros, dos jornais regionais, das emissoras comunitárias e de uma futura legislação da mídia que garanta espaços para vozes divergentes do pensamento único atual.
REAL SEM COROA
O Barça joga muito.., sai Ibra.. entra David Villa… e quem pensava que isso ia atrapalhar o time errou feio… há 3 temporadas o melhor futebol é praticado por esse time, não erra toque, parece video game, melhor time do mundo sem dúvidas! O Barcelona mostra para o mundo todo como um time cheio de estrelas pode dar certo basta não ter vaidade.
"Muito longe do equilíbrio". Textos assim cumprem função de extraordinário valor formativo e informativo, aclarando a visão internacional que temos do mundo, no campo econômico, cuja significação transcende tecnicalidades para se revelar o que na realidade é: condensação de relações de poder. No Iraque temos a vista do poder ianque. Essa hegemonia vai-se perdendo, pois que sua base deixa de ter assento no convencimento para se equilibrar sobre alicerces cavados em solo encharcado de sangue. O dólar, pois, representa poder, armas, violência, sangue, invasão, morte, brutalidade, Israel, judaísmo, imperialismo, genocídio, massacres, empobrecimento, humilhação, despojo, dominação, exploração...
GUERRA CAMBIAL
O Professor já discorreu magistralmente sobre esse tema na Carta Maior, sob o título "Moeda, crédito e capital financeiro". Volta agora alertando sobre a insegurança da proposta de se adotar uma cesta de moedas regionais como referência nas trocas comerciais do comércio exterior, em substituição ao dolar. E o argumento é o de que a aceitação do valor da moeda guarda relação direta com o poder da autoridade que a emite. E é verdade: a credibilidade da moeda depende do poder de quem a subscreve. Por isso, ao desvalorizar estrategicamente o dolar, para repartir os prejuízos dos próprios gastos exorbitantes com os países da periferia, de certa forma, os Estados Unidos estão se declarando cansados e pedindo substituição, resta saber quem se canditará a entrar em campo, e como vai conferir credibilidade à moeda líder dessa cesta.
MUITO LONGE DO EQUILÍBRIO
Não é fácil de prever o futuro das novas iniciativas estratégicas dos EUA, mas com certeza não é necessário que os países latino-americanos repitam os mesmos erros que conduziram à sua estagnação econômica e ao retrocesso neoliberal dos anos 80 e 90, do século passado.
José Luís Fiori, Carta Maior
“Toda situação hegemônica é transitória, e mais do que isto, é auto-destrutiva, porque o próprio hegemon acaba se desfazendo das regras e instituições que criou, para poder seguir se expandindo e acumulando mais poder do que seus liderados”.
J.L.F. “O Poder Global e a Nova Geopolítica das Nações”, Ed.Boitempo, 2007, p:31
A recente decisão norte-americana de desvalorizar sua moeda nacional não é nova nem surpreendente. Como tampouco, a transferência dos seus custos para o resto da economia mundial, e de forma particular, para a periferia monetário-financeira do sistema. Os EUA já fizeram a mesma coisa, em 1973, quando abandonaram o sistema de Bretton Woods, provocando a primeira grande recessão mundial, depois da II Guerra. As analogias históricas são perigosas e devem ser utilizadas com cautela, mas não há dúvida que a situação e o comportamento atual dos EUA se parecem muito com o que ocorreu na década de 1970.
Como naquele momento, uma vez mais, os EUA estão envolvidos numa guerra sem solução e enfrentam uma grave crise econômica. E ao mesmo tempo, seu establishment está rachado e sua sociedade está atravessando uma luta política que deve se prolongar por muito tempo. E uma vez mais, os EUA optaram por uma resposta estratégia que combina a manipulação do valor do dólar com uma “escalada” da sua presença militar ao redor do mundo. E não é impossível que ainda façam um acordo estratégico com a Rússia e um acordo de paz como Irã, envolvendo toda a Ásia Central. E que adotem, novamente, a estratégia do “dólar forte”, do final dos anos 70.
Mas é óbvio que existem algumas diferenças fundamentais: por exemplo, a relação econômica dos EUA com a China é totalmente diferente da relação que os EUA tiveram com a URSS, e no século passado não havia nenhum país - nem a Comunidade Européia - com força para contestar ou resistir às decisões da política monetária norte-americana. Por isto, não é fácil de prever o futuro das novas iniciativas estratégicas dos EUA, mas com certeza, não é necessário que os países latino-americanos repitam os mesmos erros que conduziram à sua estagnação econômica e ao retrocesso neoliberal dos anos 80 e 90, do século passado. O futuro está aberto e existem múltiplas alternativas sobre a mesa, mas neste momento é necessário que os governantes tenham uma visão estratégica que transcenda o debate puramente econômico, cujos argumentos e alternativas fundamentais se repetem há cerca de duzentos anos.
A falta desta visão mais ampla é que explica a repetição - como na década de 70 - de algumas propostas absolutamente ingênuas ou inviáveis, dentro do sistema político-econômico mundial em que vivemos. Como é o caso, por exemplo, da decretar o fim da hegemonia do dólar; ou de criar uma nova moeda supranacional; ou ainda, de estabelecer uma meta fixa e consensual para os desequilíbrios das contas correntes nacionais; ou ainda pior, de voltar ao padrão-ouro ou delegar ao FMI a função de governo monetário do mundo. Sem falar, nos que acreditam que os EUA e a China possam mudar suas políticas econômicas nacionais, por conta da “pressão amiga”. Propostas e expectativas que pecam pelo desconhecimento ou negação ideológica, de alguns aspectos centrais da economia política da moeda dentro do sistema inter-estatal e capitalista.
Assim, por exemplo:i. Com o desconhecimento ou negação de que as moedas soberanas não são apenas um “bem público”. Envolvem relações sociais e de poder entre seus emissores e os seus dententores, entre credores e devedores, entre poupadores e investidores, e assim por diante. E por trás de toda moeda e de todo sistema monetário esconde-se e se reflete sempre uma determinada equação e correlação de poder, nacional ou internacional.
ii. Com o desconhecimento ou negação de que as moedas de referência internacional não são apenas uma escolha dos mercados. São produto de uma longa luta de conquista e dominação de territórios supra-nacionais, e um instrumento estratégico de poder dos seus estados emissores e dos seus capitais financeiros.
iii. Com o desconhecimento ou negação de que neste sistema inter-estatal, a contradição implícita no uso de moedas nacionais como referencia internacional, é uma contradição co-constitutiva e inseparável do próprio sistema. A moeda pode até mudar, mas a regra seguirá sendo a mesma, com o Yuan, o Yen,o Euro, ou o Real, dá no mesmo.
iv. Por fim, com o desconhecimento ou a negação de que faz parte do poder do emissor da “moeda internacional”, transferir os custos de seus ajustes internos, para o resto da economia mundial, e, em particular para sua periferia monetário-financeira. Cabendo aos seus governantes a escolha de suas respostas soberanas.
Não é fácil de pensar um sistema onde não existe nenhuma possibilidade de equilíbrio estável. Mas um estadista não pode desconhecer que dentro do “sistema inter-estatal capitalista”, jamais haverá equilíbrio econômico estável, ou coordenação política permanente.
J.L.F. “O Poder Global e a Nova Geopolítica das Nações”, Ed.Boitempo, 2007, p:31
A recente decisão norte-americana de desvalorizar sua moeda nacional não é nova nem surpreendente. Como tampouco, a transferência dos seus custos para o resto da economia mundial, e de forma particular, para a periferia monetário-financeira do sistema. Os EUA já fizeram a mesma coisa, em 1973, quando abandonaram o sistema de Bretton Woods, provocando a primeira grande recessão mundial, depois da II Guerra. As analogias históricas são perigosas e devem ser utilizadas com cautela, mas não há dúvida que a situação e o comportamento atual dos EUA se parecem muito com o que ocorreu na década de 1970.
Como naquele momento, uma vez mais, os EUA estão envolvidos numa guerra sem solução e enfrentam uma grave crise econômica. E ao mesmo tempo, seu establishment está rachado e sua sociedade está atravessando uma luta política que deve se prolongar por muito tempo. E uma vez mais, os EUA optaram por uma resposta estratégia que combina a manipulação do valor do dólar com uma “escalada” da sua presença militar ao redor do mundo. E não é impossível que ainda façam um acordo estratégico com a Rússia e um acordo de paz como Irã, envolvendo toda a Ásia Central. E que adotem, novamente, a estratégia do “dólar forte”, do final dos anos 70.
Mas é óbvio que existem algumas diferenças fundamentais: por exemplo, a relação econômica dos EUA com a China é totalmente diferente da relação que os EUA tiveram com a URSS, e no século passado não havia nenhum país - nem a Comunidade Européia - com força para contestar ou resistir às decisões da política monetária norte-americana. Por isto, não é fácil de prever o futuro das novas iniciativas estratégicas dos EUA, mas com certeza, não é necessário que os países latino-americanos repitam os mesmos erros que conduziram à sua estagnação econômica e ao retrocesso neoliberal dos anos 80 e 90, do século passado. O futuro está aberto e existem múltiplas alternativas sobre a mesa, mas neste momento é necessário que os governantes tenham uma visão estratégica que transcenda o debate puramente econômico, cujos argumentos e alternativas fundamentais se repetem há cerca de duzentos anos.
A falta desta visão mais ampla é que explica a repetição - como na década de 70 - de algumas propostas absolutamente ingênuas ou inviáveis, dentro do sistema político-econômico mundial em que vivemos. Como é o caso, por exemplo, da decretar o fim da hegemonia do dólar; ou de criar uma nova moeda supranacional; ou ainda, de estabelecer uma meta fixa e consensual para os desequilíbrios das contas correntes nacionais; ou ainda pior, de voltar ao padrão-ouro ou delegar ao FMI a função de governo monetário do mundo. Sem falar, nos que acreditam que os EUA e a China possam mudar suas políticas econômicas nacionais, por conta da “pressão amiga”. Propostas e expectativas que pecam pelo desconhecimento ou negação ideológica, de alguns aspectos centrais da economia política da moeda dentro do sistema inter-estatal e capitalista.
Assim, por exemplo:i. Com o desconhecimento ou negação de que as moedas soberanas não são apenas um “bem público”. Envolvem relações sociais e de poder entre seus emissores e os seus dententores, entre credores e devedores, entre poupadores e investidores, e assim por diante. E por trás de toda moeda e de todo sistema monetário esconde-se e se reflete sempre uma determinada equação e correlação de poder, nacional ou internacional.
ii. Com o desconhecimento ou negação de que as moedas de referência internacional não são apenas uma escolha dos mercados. São produto de uma longa luta de conquista e dominação de territórios supra-nacionais, e um instrumento estratégico de poder dos seus estados emissores e dos seus capitais financeiros.
iii. Com o desconhecimento ou negação de que neste sistema inter-estatal, a contradição implícita no uso de moedas nacionais como referencia internacional, é uma contradição co-constitutiva e inseparável do próprio sistema. A moeda pode até mudar, mas a regra seguirá sendo a mesma, com o Yuan, o Yen,o Euro, ou o Real, dá no mesmo.
iv. Por fim, com o desconhecimento ou a negação de que faz parte do poder do emissor da “moeda internacional”, transferir os custos de seus ajustes internos, para o resto da economia mundial, e, em particular para sua periferia monetário-financeira. Cabendo aos seus governantes a escolha de suas respostas soberanas.
Não é fácil de pensar um sistema onde não existe nenhuma possibilidade de equilíbrio estável. Mas um estadista não pode desconhecer que dentro do “sistema inter-estatal capitalista”, jamais haverá equilíbrio econômico estável, ou coordenação política permanente.
SÓ LUSTRANDO A TAÇA
MUITA CALMA NESSAS HORAS, LAMBARI É PESCADO, O PAGODE É TOCADO, EU JA VI ESTE FILME …
É vai lustrando bem a taça, com 9 dedos já colados nela… faltando pouco pra levanta-lá.
Vamos esperar domingo para saber se na segunda tem uma charge com o Fluminense campeão, se não for dessa vez, não vai ser nunca mais, mas não se esqueçam quem ainda tem 90 minutos, tanto Corinthians quanto Cruzeiro ainda tem chances, digo disso porque depois do que vi na quarta-feira passada (Goias ganhando do Palmeiras). Tudo pode acontecer inclusive nada, e o meu fogão na libertadores. se Deus quiser.
Amèn .
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
SOBERANIA NO PRE-SAL ESTÁ VALENDO
E JÁ ACRESCENTA R$ 27 BI AO ORÇAMENTO DE DILMA - aprovado na Câmara o regime de partilha que garante a soberania brasileira na exploração das reservas do pré-sal. Governo Lula fecha o mandato assegurando igualmente a criação do Fundo Social. Associado às receitas do petróleo, destinará 50% do rendimento à educação. 80% disso será reservado a promoção de um salto de qualidade no ensino público básico e pré-escolar. Petrobrás terá todo o comando do processo, ao contrário do que desejavam as petroleiras internacionais e a coalizão demotucana liderada pelo candidato da derrota, José Serra. Regime de partilha dará ao governo Dilma, já em 2011, cerca de R$ 27 bi de receita adicional, por conta do pagamento de assinatura das empresas que vencerem a licitação no campo de Libra, a 1º rodada sob as novas regras.
Isto que eles fazem para consumo externo - ou seja, o que é noticiado não deve ser nada perto do que eles já fazem por baixo dos panos.
Ou alguém duvida de que em cada chip de processador não tenha um código único que identifique e quiçá transmita secretamente informações completas para alguma agência de malucos paranóicos lá na terra do tio sam?
Dizendo o que escrevemos, com quem nos relacionamos, sites que acessamos, etc e a partir daí forme nosso perfil de interesses, orientação sexual, ideologia, etc.
Dizem até que os programas da microsoft - word, excel, etc - têm mecanismos de espionagem que podem remeter tudo que é criado nesses programas para certos locais.
Eu não duvido nada que se tiver algum doido desocupado pensando em teorias de conspiração e ataques contra o tio sam e vocês por acaso for pego em qualquer varredura por palavras, ele com um simples comando deve ser capaz de ver até o site pornô que você estiver acessando.
Ou alguém duvida de que em cada chip de processador não tenha um código único que identifique e quiçá transmita secretamente informações completas para alguma agência de malucos paranóicos lá na terra do tio sam?
Dizendo o que escrevemos, com quem nos relacionamos, sites que acessamos, etc e a partir daí forme nosso perfil de interesses, orientação sexual, ideologia, etc.
Dizem até que os programas da microsoft - word, excel, etc - têm mecanismos de espionagem que podem remeter tudo que é criado nesses programas para certos locais.
Eu não duvido nada que se tiver algum doido desocupado pensando em teorias de conspiração e ataques contra o tio sam e vocês por acaso for pego em qualquer varredura por palavras, ele com um simples comando deve ser capaz de ver até o site pornô que você estiver acessando.
Assunto que me faz pensar, aliás, na importância da expansão da Banda Larga e do acesso à internet no Brasil e em outros países ditos "em desenvolvimento". Não sei se vai longe o programa que Lula e Dilma pré-anunciaram, mas que uma proposta no sentido da popularização da internet de alta velocidade é um modo democrático de lidar com a velha imprensa, isso é!
Não se deve fechar emissoras ou jornais: criar concorrentes é o melhor caminho. E quer lugar melhor para criar concorrência do que a internet? Não é à toa que alguns países da Europa começaram a declarar o acesso de alta velocidade um direito básico do cidadão, tal como acesso à energia por exemplo.
Não se deve fechar emissoras ou jornais: criar concorrentes é o melhor caminho. E quer lugar melhor para criar concorrência do que a internet? Não é à toa que alguns países da Europa começaram a declarar o acesso de alta velocidade um direito básico do cidadão, tal como acesso à energia por exemplo.
O CONTROLE DA INTERNET É A ARMA DOS PODEROSOS
O medo que os governos tem da internet chega a ser cômico... Mas na verdade é assustador! Que a rede tem poder, todos sabemos, o que falta descobrir é seu alcance.
E, também sabemos, os governos fazem o possível para controlar ou, ao menos, amenizar seus efeitos e seu alcance. Foi assim como o Irã, na revolta depois da fraude das eleições de 12 de junho de 2009, foi assim no Xinjiang durante os conflitos étnicos entre Chineses e a minoria Uigur no mesmo ano... Países democráticos ou não estão sempre em busca de ferramentas de controle, seja através da obrigatoriedade de cadastros diversos de websites, passando pelo controle rígido de cyber-cafés ou pela tentativa de aprovação de leis restringindo o acesso livre, a liberdade de expressão e feroz controle dos dados em rede como na Lei Azeredo, felizmente barrada pela maciça manifestação de repúdio dos brasileiros.
A pior de todas as ameaças, sem dúvida, é a ACTA, que vai além até do mero controle da rede, tratando também de assuntos relacionados, de propriedade intelectual e etc, um verdadeiro AI5Digital em escala global.
Agora, me chega a notícia de que os EUA, o Império, está aprontando mais uma das suas, mais uma ação inconsequente: Os americanos querem ter o poder de desligar a internet. Segundo a notícia, a ação se restringiria ao país, o que não torna menos perigosa a iniciativa, mas conhecendo o histórico democrático do país, não surpreenderia se expandissem este "direito" à todo o planeta.
As situações em que este "desligamento" seria possível são os básicos, ameaças terroristas, segurança nacional e outras baboseiras típicos do vocabulário terrorista local.
Por mais que o Irã e a China tenham reduzido drasticamente a velocidade de conexão dos usuários locais para tentar evitar que qualquer tipo de informação saísse, ou tenham bloqueado - e assim os mantenham - diversos sites e redes sociais e também por mais que estes e outros usem diversas ferramentas de controle, censura e espionagem, nunca ninguém chegou ao ponto de pregar o desligamento da internet em si, o apagão completo e o fim da troca de dados contra algum perigo potencial.
Estamos diante de uma grave agressão não só contra a liberdade de expressão, mas contra a própria humanidade que tem hoje na internet um direito básico (vide Finlândia), como uma extensão de nós mesmos.
O desligamento da internet é o mesmo que a negação de direitos humanos básicos, é a punição coletiva pela paranóia estatal e pela paranóia da segurança contra inimigos invisíveis e eternamente potenciais. Não surpreende, porém, que a iniciativa tenha vindo exatamente do país que representa o maior perigo à humanidade e que, exatamente por isto, se torna o principal alvo - ainda que, acredito, 99% das vezes apenas acredite ser um alvo ou estar a perigo, pura invenção de um serviço secreto paranóico e de uma população com síndrome de Deus na barriga.
A questão, aliás, também respinga no que, para os EUA, é um direito sagrado, o das empresas fazerem o que bem entendem - especialmente no terceiro mundo. Empresas de internet como Google, Yahoo, Microsoft e afins estariam sujeitas ao controle do Estado e seus negócios iriam ser enquadrados pelo governo sempre que este sentisse a necessidade de declarar que alguma emergência estivesse acontecendo, por mais fantasiosa que esta fosse - e normalmente é.
Este projeto ainda traria o fantasma do monitoramento perpétuo. Que os EUA possuem as ferramentas para nos monitorar não é novidade, mas estamos falando de um outro nível de monitoramento, totalmente legal, totalmente invasivo e simplesmente capaz de tudo, com poderes irrestritos para garantir a "segurança" do Império. Não resta dúvida de que, falando de internet, o monitoramento não se restringiria às fronteiras de um país, algo não só impossível como ridículo de se pensar quando falamos da web.
Um Big Brother global que, à diferença do que existe, teria poderes jamais vistos, e tudo dentro da mais estrita lei. A deles, dos EUA, mas ainda assim a lei. E o Império costuma ser muito zeloso destas, ao menos quando se trata de enfrentar um inimigo externo, basicamente tudo que se mova e olhe torto.
Vamos acompanhar e protestar. Pressionar no que der e impedir que nossa liberdade seja novamente posta em risco. O controle da internet é a arma dos poderosos, é a demonstração do desespero de quem está acostumado a mandar e ser obedecido, a dizer algo e ter a confiança e não ser questionado e com a internet tudo isto se perde, tudo isto vira fumaça e o controle se torna algo frágil quando enfrenta o conhecimento, a contra-prova, a mídia cidadã e a revolta.
E, também sabemos, os governos fazem o possível para controlar ou, ao menos, amenizar seus efeitos e seu alcance. Foi assim como o Irã, na revolta depois da fraude das eleições de 12 de junho de 2009, foi assim no Xinjiang durante os conflitos étnicos entre Chineses e a minoria Uigur no mesmo ano... Países democráticos ou não estão sempre em busca de ferramentas de controle, seja através da obrigatoriedade de cadastros diversos de websites, passando pelo controle rígido de cyber-cafés ou pela tentativa de aprovação de leis restringindo o acesso livre, a liberdade de expressão e feroz controle dos dados em rede como na Lei Azeredo, felizmente barrada pela maciça manifestação de repúdio dos brasileiros.
A pior de todas as ameaças, sem dúvida, é a ACTA, que vai além até do mero controle da rede, tratando também de assuntos relacionados, de propriedade intelectual e etc, um verdadeiro AI5Digital em escala global.
Agora, me chega a notícia de que os EUA, o Império, está aprontando mais uma das suas, mais uma ação inconsequente: Os americanos querem ter o poder de desligar a internet. Segundo a notícia, a ação se restringiria ao país, o que não torna menos perigosa a iniciativa, mas conhecendo o histórico democrático do país, não surpreenderia se expandissem este "direito" à todo o planeta.
As situações em que este "desligamento" seria possível são os básicos, ameaças terroristas, segurança nacional e outras baboseiras típicos do vocabulário terrorista local.
Por mais que o Irã e a China tenham reduzido drasticamente a velocidade de conexão dos usuários locais para tentar evitar que qualquer tipo de informação saísse, ou tenham bloqueado - e assim os mantenham - diversos sites e redes sociais e também por mais que estes e outros usem diversas ferramentas de controle, censura e espionagem, nunca ninguém chegou ao ponto de pregar o desligamento da internet em si, o apagão completo e o fim da troca de dados contra algum perigo potencial.
Estamos diante de uma grave agressão não só contra a liberdade de expressão, mas contra a própria humanidade que tem hoje na internet um direito básico (vide Finlândia), como uma extensão de nós mesmos.
O desligamento da internet é o mesmo que a negação de direitos humanos básicos, é a punição coletiva pela paranóia estatal e pela paranóia da segurança contra inimigos invisíveis e eternamente potenciais. Não surpreende, porém, que a iniciativa tenha vindo exatamente do país que representa o maior perigo à humanidade e que, exatamente por isto, se torna o principal alvo - ainda que, acredito, 99% das vezes apenas acredite ser um alvo ou estar a perigo, pura invenção de um serviço secreto paranóico e de uma população com síndrome de Deus na barriga.
A questão, aliás, também respinga no que, para os EUA, é um direito sagrado, o das empresas fazerem o que bem entendem - especialmente no terceiro mundo. Empresas de internet como Google, Yahoo, Microsoft e afins estariam sujeitas ao controle do Estado e seus negócios iriam ser enquadrados pelo governo sempre que este sentisse a necessidade de declarar que alguma emergência estivesse acontecendo, por mais fantasiosa que esta fosse - e normalmente é.
Este projeto ainda traria o fantasma do monitoramento perpétuo. Que os EUA possuem as ferramentas para nos monitorar não é novidade, mas estamos falando de um outro nível de monitoramento, totalmente legal, totalmente invasivo e simplesmente capaz de tudo, com poderes irrestritos para garantir a "segurança" do Império. Não resta dúvida de que, falando de internet, o monitoramento não se restringiria às fronteiras de um país, algo não só impossível como ridículo de se pensar quando falamos da web.
Um Big Brother global que, à diferença do que existe, teria poderes jamais vistos, e tudo dentro da mais estrita lei. A deles, dos EUA, mas ainda assim a lei. E o Império costuma ser muito zeloso destas, ao menos quando se trata de enfrentar um inimigo externo, basicamente tudo que se mova e olhe torto.
Vamos acompanhar e protestar. Pressionar no que der e impedir que nossa liberdade seja novamente posta em risco. O controle da internet é a arma dos poderosos, é a demonstração do desespero de quem está acostumado a mandar e ser obedecido, a dizer algo e ter a confiança e não ser questionado e com a internet tudo isto se perde, tudo isto vira fumaça e o controle se torna algo frágil quando enfrenta o conhecimento, a contra-prova, a mídia cidadã e a revolta.
DISQUE DENÚNCIA
As informações divulgadas pelo WL permitem afirmar com toda a certeza que as embaixadas dos EUA têm por papel primordial exercer e dar suporte a ações intervencionistas e de espionagem. O mais preocupante é saber que eles estão fechando embaixadas em todo o mundo (para cortar gastos) e pretendem abrir mais DEZ repartições "diplomáticas" no Brasil, inclusive na Amazônia!
No mínimo, um péssimo sinal para a nossa soberania. Querem apertar a CANGA no pescoço das "colônias latinas".
No mínimo, um péssimo sinal para a nossa soberania. Querem apertar a CANGA no pescoço das "colônias latinas".
AULA DE IMPERIALISMO CONTEMPORÂNEO
Por Emir Sader, Carta Maior
Os EUA se tornaram uma potência imperial na disputa pela sucessão da Inglaterra como potência hegemônica, com a Alemanha. As duas guerras mundiais – tipicamente guerras interimperialistas, pela repartição do mundo colonial entre as grandes potências, conforme a certeira previsão de Lenin – definiram a hegemonia norteamericana à cabeça do bloco de forças imperialistas.
No final da Segunda Guerra, os EUA tiveram que compartilhar o mundo com a URSS – a outra superpotência, não por seu poderio econômico, mas militar, que lhe dava uma paridade política. Foi o período denominado de “guerra fria”, que condicionava todos os conflitos em qualquer zona do mundo, que terminavam redefinidos no seu sentido no marco do enfrentamento entre os dois grandes blocos que dominavam a cena mundial.
Nesse período os EUA consolidaram seu poderio como gendarme mundial, poder imperial que tinha se iniciado na América Latina e o Caribe e que se estendeu pela Europa, Asia e Africa. Invasões, ocupações, golpes militares, ditaduras marcaram a trajetória imperial norteamericana. Montaram o mais gigantesco aparelho de contra inteligência, acoplado a um monstruoso aparato militar.
Terminada a guerra fria, com a desaparição de um dos campos e a vitória do outro, esses mecanismos não foram desmontados. A OTAN, nascida supostamente para deter o “expansionismo soviético”, não foi desmontada, mas reciclada para combater os novos inimigos: o “terrorismo”, o “islamismo”, o “narcotráfico”, etc.
Os documentos publicados confirmam tudo o que os aparentemente paranoicos difundiam sobre os planos e as ações dos EUA no mundo. Eles são a única potência global, aquela que tem interesses em qualquer parte do mundo e, se não os tem, os cria. Que pretende zelar pela ordem norteamericana no mundo, a todo preço com ameaças, ataques, difusão de noticias falsas, ocupações, etc., etc.
Qualquer compreensão do mundo contemporâneo que não leve em contra, como fator central a hegemonia imperial norteamericana, não capta o essencial das relações de poder que regem o mundo. A leitura dos documentos é uma aula sobre o imperialismo contemporâneo.
No final da Segunda Guerra, os EUA tiveram que compartilhar o mundo com a URSS – a outra superpotência, não por seu poderio econômico, mas militar, que lhe dava uma paridade política. Foi o período denominado de “guerra fria”, que condicionava todos os conflitos em qualquer zona do mundo, que terminavam redefinidos no seu sentido no marco do enfrentamento entre os dois grandes blocos que dominavam a cena mundial.
Nesse período os EUA consolidaram seu poderio como gendarme mundial, poder imperial que tinha se iniciado na América Latina e o Caribe e que se estendeu pela Europa, Asia e Africa. Invasões, ocupações, golpes militares, ditaduras marcaram a trajetória imperial norteamericana. Montaram o mais gigantesco aparelho de contra inteligência, acoplado a um monstruoso aparato militar.
Terminada a guerra fria, com a desaparição de um dos campos e a vitória do outro, esses mecanismos não foram desmontados. A OTAN, nascida supostamente para deter o “expansionismo soviético”, não foi desmontada, mas reciclada para combater os novos inimigos: o “terrorismo”, o “islamismo”, o “narcotráfico”, etc.
Os documentos publicados confirmam tudo o que os aparentemente paranoicos difundiam sobre os planos e as ações dos EUA no mundo. Eles são a única potência global, aquela que tem interesses em qualquer parte do mundo e, se não os tem, os cria. Que pretende zelar pela ordem norteamericana no mundo, a todo preço com ameaças, ataques, difusão de noticias falsas, ocupações, etc., etc.
Qualquer compreensão do mundo contemporâneo que não leve em contra, como fator central a hegemonia imperial norteamericana, não capta o essencial das relações de poder que regem o mundo. A leitura dos documentos é uma aula sobre o imperialismo contemporâneo.
ESCALADA DOS INVESTIMENTOS; indústria brasileira cresce 11,8% este ano até outubro; setor de bens de capital --máquinas e equipamentos -- lidera a expansão, segundo o IBGE, com crescimento de 29,2% no período, refletindo forte avanço dos investimentos. Pesquisa da CNI revela que 92% das indústrias pretendem investir em 2011. (Carta Maior -02/12)
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Veja??? alguém ainda liga para aquilo?? No fundo é até importante que exista uma revista como aquela, afinal ela engrandece e qualifica quem persegue.
Viva o Chico, e Deus lhe pague por tanta poesia!
E Chico Buarque lê a Veja? Ele como um dos marcos da música e da literatura do Brasil, vai se preocupar com esta revista porque? Eu que não sou literata nem nada, tenho coisas melhores para ler, que dirá Chico.
A REINVENÇÃO E O VENENO
A Veja desencadeou mais uma de suas cruzadas, desta vez para menosprezar e ridicularizar o cantor e compositor Chico Buarque. E tudo por causa de Prêmio Jabuti. Longe de ser privilegiado ao receber um prêmio, de música ou de literatura, é mais provável que Chico agregue valor ao prêmio que o contrário.
Washington Araújo, no Observatório da ImprensaE pensar que o noticiário dos jornais diários mudou completamente em 30 dias! As grandes apostas dos diários em 22/10/2010 eram feitas em cima do caso da bolinha de papel que havia "quicado" na calva de José Serra. O SBT e a Globo travavam sua disputa com os poucos elementos da verdade: foi uma bolinha inofensiva ou esta teria sido apenas o primeiro objeto arremessado contra o então candidato tucano? O trololó da quebra de sigilo fiscal de Verônica Serra e mais 3.999 cidadãos brasileiros ainda reverberava com indícios de que quem estava por trás de tudo era o jornalista mineiro Amaury Junior. A peregrinação de Dilma Rousseff e José Serra por templos religiosos aparecia com menor força. O personagem escaldado Paulo Preto continuava naquele lusco-fusco: merece freqüentar capas de jornais ou não? E o mais que tínhamos eram as pesquisas intenção de voto no segundo turno. Todas dando vantagem de Dilma variando de 10 a 12 pontos sobre Serra.
É impressionante a capacidade de envelhecimento que as notícias têm. Os jornais, porque estou aqui mais focado nestes, parecem clínicas pediátricas que na eternidade de 24 horas se transformam em robustas clínicas geriátricas. Os eventos pautados pela imprensa escrita no mês passado parecem coisas muitas antigas, datadas demais, passadas em excesso, meros esperneios inúteis e toda sorte de energia gasta para manter acesa a chama do jornalismo. E para isso, sem rodeios, se utiliza cada vez mais óleo da pior qualidade.
Dito popular.O jornalismo precisa se reinventar todo dia. Buscar forças não se sabe bem onde para continuar avante. Como toda profissão que seja digna a um ser humano, o jornalismo precisa de doses diárias de utopia. Não a utopia representada por "meros devaneios tolos a nos torturar". Nem a utopia que abarca amontoado de piedosas intenções. Penso na utopia de fazermos um jornalismo melhor, veraz, contundente na medida, correto e, também, sem segundas nem terceiras intenções, sem agendas sequestradas de grupos secretos como os Iluminati.
Utopia que se preze é aquela que nunca se realiza. Está sempre pendurada no horizonte. E fica no horizonte para termos certeza de que nunca a alcançaremos. E quanto mais nos aproximamos da utopia mais ela recua. Avançamos quatro passos ela recua quatro passos. Mas ainda assim a utopia tem sua serventia. Ela serve unicamente para nos fazer caminhar.
O jornalismo deve nos fazer crer que é possível viver para além da infâmia, dos escusos jogos de interesse. E nos alertar para quando estivermos prestes a confundir o destino com o tempo presente. Sem a dose de utopia diária fica quase impossível manter essa certeza de que amanhã o mundo pode ser bem diferente do que é hoje. Em uma época marcada pelo "vale quanto pesa", falar em utopia parece ser o absoluto nonsense. É que há que se transformar a utopia em ações esculpidas na realidade nossa de cada dia. E voltamos a pensar sobre o destino de irmãos siameses a atar os fins e os meios.
Estava em meio a tais pensamentos quando, num estalo, pensei sobre as relações dos meios de comunicação com aqueles por ela eleitos como "desafetos". Refiro-me mais recentemente à cruzada da revista Veja para menosprezar, ridicularizar o cantor e compositor Chico Buarque. E tudo por causa de Prêmio Jabuti. E tudo porque a imprensa parece desconhecer o que há muito reza o ditado popular: "Todo mundo sabe que jabuti não sobe em árvore. Se lá está é porque alguém o colocou".
"Cansaço e irritação".Comecemos pelo começo, já nos ensinava Heidegger. Chico Buarque é tímido e sempre foi tímido. Assume que não tem medo de público. Ao contrário, sente pânico. E de onde vem esse mal-estar logo que o artista sobe ao palco? É que Chico sabe que ali, naquele buraco negro que é a boca de cena, estará à frente de centenas, milhares de pessoas. E sofre com isso. Em suas palavras: "A gente é visto sem ver. Terrível".
Para um tímido de carteirinha, com crachá e tudo, deve ser no mínimo desagradável ficar sabendo que a revista da Abril não lhe perdoa o sucesso. Como dizia Tom Jobim, velho amigo e grande parceiro de Chico, "se existe uma coisa que o brasileiro não perdoa, esta é o sucesso". Afinal, em que grama a imagem, a obra e a vida de Chico Buarque seria aumentada – ou diminuída – por haver sido contemplado com o Prêmio Jabuti? Longe de ser privilegiado ao receber um prêmio, seja de música ou de literatura, outra constatação evidente é que é bem mais plausível que Chico agregue valor ao prêmio que o contrário.
Não seria obrigação de jornalistas minimamente informados beber do senso comum e dar conta de que Chico é hiperfacetado, pode ser apreciado como cantor, compositor, roteirista e teatrólogo ou então como escritor e pensador? Chico nem reivindica qualquer aprovação, selo de qualidade ou beneplácito dessa ou de outra imprensa. A timidez buarquiana deixa evidente que se existe algo que ele recusa é o tal rótulo da unanimidade. Não precisa ser unanimidade – até porque a palavra ficou amaldiçoada depois de andar de braços dados com a burrice, segundo a verve de Nelson Rodrigues.
A verdade é que o irmão de Raízes do Brasil – sim, porque falam que livro é como filho e seu pai Sérgio Buarque de Hollanda simplesmente brindou nossa cultura com esta obra – trafega na cultura brasileira com passe livre, 24 horas ao dia, 365 dias ao ano, sendo festejado nos papos da Zona Sul carioca e também nas quadras das escolas de samba dos morros dessa cidade. Não à toa foi referido por Dona Zica como "Chico Buarque de Mangueira". Sua vida, sua música, seus livros, suas peças, tudo isso foi tema do samba enredo da Estação Primeira de Mangueira em 1998.
Chico não contava 30 anos de idade quando Veja, em sua edição de 2 de maio de 1973, já o adotara como declarado desafeto. O título de alentada "reportagem" era muito claro: "Brasileiro, batuqueiro, encrenqueiro". Destaquei o seguinte:
"Os variados personagens interpretados nos últimos meses por Chico Buarque são, pela intensidade com que atingem o público, necessariamente contraditórios. Muitos de seus admiradores preferem ainda o Chico outros tempos, menos elaborado, feliz com sua Joana debaixo do braço, carregadinha de amor. Para um reitor em Minas, suas palavras nada tinham de talentosas ou corajosas, classificando-as publicamente como a expressão de um bêbado e um imoral. Os censores, talvez excessivamente exasperados por alguns casos isolados, não lhe dão tréguas. Assim, cinco anos depois de ter escrito e vomitado a peça ‘Roda Viva’, onde manifestava seu cansaço e irritação pelo fato de ser um ídolo do qual todos tudo esperam, ele está mais uma vez numa roda-viva de trabalho, receios e angústias..."
Importância relativa.Muitos são os colunistas de Veja que se dedicam com afinco ao esporte de açoitar o filho de Memélia. Diogo Mainardi em sua crônica "Edna entendeu tudo", de 11/7/2009, escreveu que...
"Edna O’Brien conheceu ‘Chico’ uma semana atrás, na Flip, em Paraty. Depois de participar de um debate, ela foi arrastada a um encontro entre Chico Buarque e Milton Hatoum. O que ela afirmou, assim que conseguiu escapar do encontro? Que Chico Buarque era uma fraude, que ela se espantou com sua empáfia e com seu desconhecimento literário, e que se espantou mais ainda com sua facilidade para enganar a plateia da Flip."
Em 19/10/2010 a coluna de Augusto Nunes anotava a mais importante frase de um artista brasileiro pronunciada ao longo da campanha eleitoral de 2010. Tem a assinatura de Chico e ele a pronunciou no lotado Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, quando centenas de artistas declararam apoio a Dilma Rousseff: "O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai". O colunista agregava de sua lavra essas pérolas de urbanidade:
"Chico Buarque, ao declarar apoio a Dilma Rousseff, reforçando a suspeita de que o cérebro é dividido em compartimentos estanques, o que permite que convivam na mesma cabeça, por exemplo, um inimigo de ditaduras militares, um admirador de ditadores latino-americanos, um compositor genial e uma besta quadrada em política."
Para alguém que compôs coisas como "Deus lhe pague", "Rita", "Pedro Pedreiro", "Quem te viu, quem te vê", "Brejo da Cruz", "Olhos nos olhos", "Beatriz", "Paratodos" e levando em conta a exuberante produção poética (e literária) desse parceiro contumaz de Tom Jobim, Vinícius de Morais, Rui Guerra, Francis Hime e Edu Lobo, a revista precisará consumir ainda algumas toneladas de tinta e papel para começar – quem sabe? – a ficar na altura de seu antagonista e, se algum dia for conseguido o intento, dar início ao debate. Mas, então, sem saber o que será, restará apenas desalento com todo sentimento investido por Chico na construção de uma gota d’água.
Quanto aos jabutis, é bom que se diga que este jabuti-caçula faz companhia a outros dois ganhos pelo mesmo Chico. Para quem enfrentou um Maracanãzinho lotado – em outubro de 1968 – vaiando sua "Sabiá" na ilustre companhia de seu "maestro soberano", o sr. Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, qual seria mesmo a importância de um jabuti?
É impressionante a capacidade de envelhecimento que as notícias têm. Os jornais, porque estou aqui mais focado nestes, parecem clínicas pediátricas que na eternidade de 24 horas se transformam em robustas clínicas geriátricas. Os eventos pautados pela imprensa escrita no mês passado parecem coisas muitas antigas, datadas demais, passadas em excesso, meros esperneios inúteis e toda sorte de energia gasta para manter acesa a chama do jornalismo. E para isso, sem rodeios, se utiliza cada vez mais óleo da pior qualidade.
Dito popular.O jornalismo precisa se reinventar todo dia. Buscar forças não se sabe bem onde para continuar avante. Como toda profissão que seja digna a um ser humano, o jornalismo precisa de doses diárias de utopia. Não a utopia representada por "meros devaneios tolos a nos torturar". Nem a utopia que abarca amontoado de piedosas intenções. Penso na utopia de fazermos um jornalismo melhor, veraz, contundente na medida, correto e, também, sem segundas nem terceiras intenções, sem agendas sequestradas de grupos secretos como os Iluminati.
Utopia que se preze é aquela que nunca se realiza. Está sempre pendurada no horizonte. E fica no horizonte para termos certeza de que nunca a alcançaremos. E quanto mais nos aproximamos da utopia mais ela recua. Avançamos quatro passos ela recua quatro passos. Mas ainda assim a utopia tem sua serventia. Ela serve unicamente para nos fazer caminhar.
O jornalismo deve nos fazer crer que é possível viver para além da infâmia, dos escusos jogos de interesse. E nos alertar para quando estivermos prestes a confundir o destino com o tempo presente. Sem a dose de utopia diária fica quase impossível manter essa certeza de que amanhã o mundo pode ser bem diferente do que é hoje. Em uma época marcada pelo "vale quanto pesa", falar em utopia parece ser o absoluto nonsense. É que há que se transformar a utopia em ações esculpidas na realidade nossa de cada dia. E voltamos a pensar sobre o destino de irmãos siameses a atar os fins e os meios.
Estava em meio a tais pensamentos quando, num estalo, pensei sobre as relações dos meios de comunicação com aqueles por ela eleitos como "desafetos". Refiro-me mais recentemente à cruzada da revista Veja para menosprezar, ridicularizar o cantor e compositor Chico Buarque. E tudo por causa de Prêmio Jabuti. E tudo porque a imprensa parece desconhecer o que há muito reza o ditado popular: "Todo mundo sabe que jabuti não sobe em árvore. Se lá está é porque alguém o colocou".
"Cansaço e irritação".Comecemos pelo começo, já nos ensinava Heidegger. Chico Buarque é tímido e sempre foi tímido. Assume que não tem medo de público. Ao contrário, sente pânico. E de onde vem esse mal-estar logo que o artista sobe ao palco? É que Chico sabe que ali, naquele buraco negro que é a boca de cena, estará à frente de centenas, milhares de pessoas. E sofre com isso. Em suas palavras: "A gente é visto sem ver. Terrível".
Para um tímido de carteirinha, com crachá e tudo, deve ser no mínimo desagradável ficar sabendo que a revista da Abril não lhe perdoa o sucesso. Como dizia Tom Jobim, velho amigo e grande parceiro de Chico, "se existe uma coisa que o brasileiro não perdoa, esta é o sucesso". Afinal, em que grama a imagem, a obra e a vida de Chico Buarque seria aumentada – ou diminuída – por haver sido contemplado com o Prêmio Jabuti? Longe de ser privilegiado ao receber um prêmio, seja de música ou de literatura, outra constatação evidente é que é bem mais plausível que Chico agregue valor ao prêmio que o contrário.
Não seria obrigação de jornalistas minimamente informados beber do senso comum e dar conta de que Chico é hiperfacetado, pode ser apreciado como cantor, compositor, roteirista e teatrólogo ou então como escritor e pensador? Chico nem reivindica qualquer aprovação, selo de qualidade ou beneplácito dessa ou de outra imprensa. A timidez buarquiana deixa evidente que se existe algo que ele recusa é o tal rótulo da unanimidade. Não precisa ser unanimidade – até porque a palavra ficou amaldiçoada depois de andar de braços dados com a burrice, segundo a verve de Nelson Rodrigues.
A verdade é que o irmão de Raízes do Brasil – sim, porque falam que livro é como filho e seu pai Sérgio Buarque de Hollanda simplesmente brindou nossa cultura com esta obra – trafega na cultura brasileira com passe livre, 24 horas ao dia, 365 dias ao ano, sendo festejado nos papos da Zona Sul carioca e também nas quadras das escolas de samba dos morros dessa cidade. Não à toa foi referido por Dona Zica como "Chico Buarque de Mangueira". Sua vida, sua música, seus livros, suas peças, tudo isso foi tema do samba enredo da Estação Primeira de Mangueira em 1998.
Chico não contava 30 anos de idade quando Veja, em sua edição de 2 de maio de 1973, já o adotara como declarado desafeto. O título de alentada "reportagem" era muito claro: "Brasileiro, batuqueiro, encrenqueiro". Destaquei o seguinte:
"Os variados personagens interpretados nos últimos meses por Chico Buarque são, pela intensidade com que atingem o público, necessariamente contraditórios. Muitos de seus admiradores preferem ainda o Chico outros tempos, menos elaborado, feliz com sua Joana debaixo do braço, carregadinha de amor. Para um reitor em Minas, suas palavras nada tinham de talentosas ou corajosas, classificando-as publicamente como a expressão de um bêbado e um imoral. Os censores, talvez excessivamente exasperados por alguns casos isolados, não lhe dão tréguas. Assim, cinco anos depois de ter escrito e vomitado a peça ‘Roda Viva’, onde manifestava seu cansaço e irritação pelo fato de ser um ídolo do qual todos tudo esperam, ele está mais uma vez numa roda-viva de trabalho, receios e angústias..."
Importância relativa.Muitos são os colunistas de Veja que se dedicam com afinco ao esporte de açoitar o filho de Memélia. Diogo Mainardi em sua crônica "Edna entendeu tudo", de 11/7/2009, escreveu que...
"Edna O’Brien conheceu ‘Chico’ uma semana atrás, na Flip, em Paraty. Depois de participar de um debate, ela foi arrastada a um encontro entre Chico Buarque e Milton Hatoum. O que ela afirmou, assim que conseguiu escapar do encontro? Que Chico Buarque era uma fraude, que ela se espantou com sua empáfia e com seu desconhecimento literário, e que se espantou mais ainda com sua facilidade para enganar a plateia da Flip."
Em 19/10/2010 a coluna de Augusto Nunes anotava a mais importante frase de um artista brasileiro pronunciada ao longo da campanha eleitoral de 2010. Tem a assinatura de Chico e ele a pronunciou no lotado Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, quando centenas de artistas declararam apoio a Dilma Rousseff: "O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai". O colunista agregava de sua lavra essas pérolas de urbanidade:
"Chico Buarque, ao declarar apoio a Dilma Rousseff, reforçando a suspeita de que o cérebro é dividido em compartimentos estanques, o que permite que convivam na mesma cabeça, por exemplo, um inimigo de ditaduras militares, um admirador de ditadores latino-americanos, um compositor genial e uma besta quadrada em política."
Para alguém que compôs coisas como "Deus lhe pague", "Rita", "Pedro Pedreiro", "Quem te viu, quem te vê", "Brejo da Cruz", "Olhos nos olhos", "Beatriz", "Paratodos" e levando em conta a exuberante produção poética (e literária) desse parceiro contumaz de Tom Jobim, Vinícius de Morais, Rui Guerra, Francis Hime e Edu Lobo, a revista precisará consumir ainda algumas toneladas de tinta e papel para começar – quem sabe? – a ficar na altura de seu antagonista e, se algum dia for conseguido o intento, dar início ao debate. Mas, então, sem saber o que será, restará apenas desalento com todo sentimento investido por Chico na construção de uma gota d’água.
Quanto aos jabutis, é bom que se diga que este jabuti-caçula faz companhia a outros dois ganhos pelo mesmo Chico. Para quem enfrentou um Maracanãzinho lotado – em outubro de 1968 – vaiando sua "Sabiá" na ilustre companhia de seu "maestro soberano", o sr. Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim, qual seria mesmo a importância de um jabuti?
ESPAÇO A SER OCUPADO
A chegada do Estado ao complexo abre espaço para o avanço de políticas sociais que estavam sendo preparadas. (Luiz Eduardo Soares, antropólogo, autor de 'Elite da Tropa' 1 e 2; Estadão, 29-11)
SÍNTESE DE UMA ESCOLHA: 'OCUPAÇÃO' PELA CIDADANIA X 'AJUSTE FISCAL' Como será feita a manutenção da área ocupada?" (Hélio Luz, ex-chefe de polícia do Rio, sobre o pós-conflito nas favelas do Rio; Zero Hora, 28-11)
SÍNTESE DE UMA ESCOLHA: 'OCUPAÇÃO' PELA CIDADANIA X 'AJUSTE FISCAL' Como será feita a manutenção da área ocupada?" (Hélio Luz, ex-chefe de polícia do Rio, sobre o pós-conflito nas favelas do Rio; Zero Hora, 28-11)
O sonho permanece? Falta 90 minutos para chegar ao paraíso domingo que vêem explode coração.
O Engenhão pode viver o seu primeiro dia de gloria.
O Fluminense jogou muito mais contra o próprio nervosismo do que contra um time adversário. Venceu e está a um passo do paraíso, precisando apenas derrotar o Guarani, que já está rebaixado para a segunda divisão.
Domingo que vem o Engenhão viverá um dos dias mais gloriosos de sua curta existência.
A torcida do Fluminense vai lotar as dependências do estádio para empurrar o time ao degrau que falta para levantar a taça de campeão do Brasil.
Será que pode mandar pintar nas Laranjeiras! ? ? “Tri-Campeão Brasileiro 1970 – 1984 – 2010″!!!
NINGUÉM ME ENTENDE !!!
Agora confirma-se aquilo de que já se suspeitava e sabe-se: os verdaeiros inimigos do Irã são os regimes árabes conservadores, como a monarquia absoluta saudita e a ditadura mal disfarçada egípcia, que temem o fortalecimento do Irã muito mais que os Estados Unidos ou Israel. É a esses regimes que um ataque dos Estados Unidos ao Irã mais interessa. E todos esses regimes são aliados dos Estados Unidos. Esses regimes são, também, tão ou mais autoritários que o regime iraniano, mas sobre isso a comunidade e a mídia internacionais nunca falam. Por que será?
A Coréia do Norte pede ajuda humanitária à Coréia do Sul e dispõe de todo esse arsenal bélico, e ainda o fornece para regimes comoo do Irã, cujos reais objetivos ninguém conhece, a não ser os aiatolás que ditam as regras n o país. O mundo está tão enlouquecido, que vai acabar sendo destruído pela irresponsabiidade das grandes ptências, principalmente Rússia e Estados Unidos, que fornecem as tecnologias para que esses países com governantes sem a mínima coinfiabilidade construam tudo o que quiserem em termos de armamentos de guerra.
O MUNDO PRECISA DE AMOR, E CULTIVA O ÓDIO.
O HOMEM VAI ACABAR COLHENDO OS FRUTOS DA ÁRVORE QUE ESTÁ PLANTANDO.
O QUE ELES NÃO FAZEM ! ?
WikiLeaks revela espionagem dos EUA sobre a ONU e segredos do Irã.
Site vaza 250 mil documentos diplomáticos secretos e expõe política externa americana.
O site WikiLeaks divulgou que, mais de 250 mil documentos diplomáticos secretos dos EUA enviados para mais de 250 embaixadas e consulados americanos em todo o mundo, revelando iniciativas e bastidores polêmicos sobre a política externa de Washington.
Os documentos, divulgados pelos jornais The New York Times (EUA), The Guardian (Reino Unido), Le Monde (França), El País (Espanha) e pela revista Der Spiegel (Alemanha), fazem parte do maior vazamento de material diplomático da história e colocam Washington em uma situação delicada.
O material revela ordens de espionagem sobre membros da Organização das Nações Unidas (ONU) por parte do Departamento de Estado americano e informações sobre o programa de mísseis do Irã. Veja os principais tópicos dos documentos revelados pelo WikiLeaks e clique nos links para saber mais detalhes sobre cada caso.
Os documentos afirmam que as principais agências de inteligência dos EUA estão envolvidas na espionagem sobre a ONU. O Serviço Secreto dos EUA, o FBI e a CIA foram acionados pelo Departamento de Estado para "serviços de coleta de informações". Espionagens sobre oficiais e propriedades da ONU são expressamente proibidas pela convenção de 1946.
A versão coreana do míssil, conhecido como BM-25, pode levar material nuclear explosivo. Embora os especialistas acreditem que o Irã ainda não tenha tecnologia o suficiente para produzir material nuclear com finalidades bélicas, especula-se que esse seja o objetivo do programa atômico iraniano.
Negociações pelo fim de Guantánamo - O material vazado revela que diplomatas americanos pressionaram outros países para receber os detidos da prisão em Cuba, e para isso estabeleceram "negociações". Para a Eslovênia, por exemplo, disseram que as lideranças do país só teriam receberiam uma visita do presidente Barack Obama se recebessem um prisioneiro. Para a Bélgica, receber um prisioneiro seria uma "via de baixo custo para obter maior proeminência na Europa".
Usina iraniana de Qom - Segundo o WikiLeaks, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) receberam das autoridades iranianas plantas apenas parciais das obras da usina de secreta de Qom. A atitude elevou ainda mais as suspeitas de que o complexo deva ser usado pelo Irã para a produção de armas nucleares.
Boicote à posse de Ahmadinejad - Os documentos revelam que embaixadores da União Europeia concordaram em boicotar a posse de Mahmoud Ahmadinejad como presidente do Irã. Os diplomatas mantiveram a decisão em segredo. Os europeus se viram em uma situação dupla - precisavam mostrar que não apoiavam as controversas eleições iranianas, mas tinham de reconhecer que o poder estava nas mãos de Ahmadinejad e do supremo aiatolá Ali Khamenei.
Fornecimento de armas a militantes - Nos documentos, diplomatas americanos descrevem os esforços falhos dos EUA em prevenir a Síria de fornecer armas para o grupo militante Hezbollah, atuante no sul do Líbano, que ampliou seu arsenal significativamente desde a guerra de 2006 com Israel. Uma semana depois de Bashar al-Assad, presidente sírio, prometer não enviar mais armas para os militantes, os EUA reclamaram de que a Síria continuava a armar os rebeldes.
Crise no Paquistão - Os cabos mostram a preocupação dos EUA com a presença de material radioativo em usinas nucleares do Paquistão, que Washington temia ser usado em ataques terroristas. As comunicações revelam que, desde 2007, os EUA vinham tentando remover urânio altamente enriquecido de um reator usado para pesquisas no Paquistão.
Em um cabo emitido em 2009, a embaixadora dos EUA no Paquistão, Anne W. Patterson, diz que o país se recusa a aceitar uma visita de especialistas dos EUA. Segundo ela, autoridades do Paquistão disseram que uma visita seria vista pelos paquistaneses como "se os EUA estivessem tomando as armas nucleares do Paquistão".
China e infiltração cibernética - Os documentos revelam preocupação sobre o suposto uso em grande escala, pelo governo chinês, de técnicas de infiltração e sabotagem cibernética. Alguns dos cabos diplomáticos afirmam que uma rede de hackers e especialistas em segurança foram contratados pela China a partir de 2002, e que essa rede conseguiu acesso a computadores do governo e de empresas dos EUA, além de aliados ocidentais e do Dalai Lama.
Os cabos citam um contato chinês que disse à embaixada dos EUA em Pequim que o governo chinês estaria por trás da infiltração do sistema de computadores do Google no país em janeiro.
O WikiLeaks é um site que se dedica a revelar documentos militares secretos dos EUA e de outros países. Neste ano, o site divulgou cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra do Iraque. Antes disso, o WikiLeaks já havia divulgado 90 mil relatórios confidenciais sobre abusos cometidos no Afeganistão. O site promete mais vazamentos nos próximos dias.
O material revela ordens de espionagem sobre membros da Organização das Nações Unidas (ONU) por parte do Departamento de Estado americano e informações sobre o programa de mísseis do Irã. Veja os principais tópicos dos documentos revelados pelo WikiLeaks e clique nos links para saber mais detalhes sobre cada caso.
Espionagem sobre a ONU - Os papéis mostram que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, mandou diplomatas espionarem a liderança da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os alvos estão o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon e representantes de Reino Unido, França, China e Rússia, países com assento permanente do Conselho de Segurança.
Segundo os documentos vazados pelo WikiLeaks, Hillary ordenou que especialistas elaborassem relatórios com detalhes sobre os sistemas de comunicação utilizados pelos principais diplomatas da ONU, incluindo senhas e códigos de segurança usados em redes privadas e comerciais para as contatos oficiais da entidade.Os documentos afirmam que as principais agências de inteligência dos EUA estão envolvidas na espionagem sobre a ONU. O Serviço Secreto dos EUA, o FBI e a CIA foram acionados pelo Departamento de Estado para "serviços de coleta de informações". Espionagens sobre oficiais e propriedades da ONU são expressamente proibidas pela convenção de 1946.
Arábia Saudita pede ataque contra o Irã - Outro ponto citados nos documentos são os repetidos pedidos do rei Abdullah, da Arábia Saudita, às lideranças americanas que atacassem o Irã para acabar com o programa nuclear do país persa.
Os documentos revelam que vários países árabes pressionaram os EUA para um ataque contra as instalações nucleares iranianas e expõem os bastidores das tensões sobre o programa de enriquecimento de urânio mantido pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. As mensagens teriam sido enviadas para embaixadas americanas para todo o Oriente Médio.Parceria de mísseis entre Irã e Coreia do Norte - O WikiLeaks também revelou que o Irã obteve acesso a um sofisticado sistema de mísseis capaz de atingir o oeste da Europa graças à ajuda da Coreia do Norte. Os foguetes são muito mais poderosos do que qualquer arma publicamente conhecida do arsenal iraniano.
Os mísseis, baseados no design do foguete russo R-27, dão ao Irã a capacidade de atacar capitais no oeste europeu ou cidades russas. Desde 2006 especula-se que a Coreia do Norte poderia vender ao Irã os armamentos.A versão coreana do míssil, conhecido como BM-25, pode levar material nuclear explosivo. Embora os especialistas acreditem que o Irã ainda não tenha tecnologia o suficiente para produzir material nuclear com finalidades bélicas, especula-se que esse seja o objetivo do programa atômico iraniano.
Negociações pelo fim de Guantánamo - O material vazado revela que diplomatas americanos pressionaram outros países para receber os detidos da prisão em Cuba, e para isso estabeleceram "negociações". Para a Eslovênia, por exemplo, disseram que as lideranças do país só teriam receberiam uma visita do presidente Barack Obama se recebessem um prisioneiro. Para a Bélgica, receber um prisioneiro seria uma "via de baixo custo para obter maior proeminência na Europa".
Usina iraniana de Qom - Segundo o WikiLeaks, os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) receberam das autoridades iranianas plantas apenas parciais das obras da usina de secreta de Qom. A atitude elevou ainda mais as suspeitas de que o complexo deva ser usado pelo Irã para a produção de armas nucleares.
Boicote à posse de Ahmadinejad - Os documentos revelam que embaixadores da União Europeia concordaram em boicotar a posse de Mahmoud Ahmadinejad como presidente do Irã. Os diplomatas mantiveram a decisão em segredo. Os europeus se viram em uma situação dupla - precisavam mostrar que não apoiavam as controversas eleições iranianas, mas tinham de reconhecer que o poder estava nas mãos de Ahmadinejad e do supremo aiatolá Ali Khamenei.
Fornecimento de armas a militantes - Nos documentos, diplomatas americanos descrevem os esforços falhos dos EUA em prevenir a Síria de fornecer armas para o grupo militante Hezbollah, atuante no sul do Líbano, que ampliou seu arsenal significativamente desde a guerra de 2006 com Israel. Uma semana depois de Bashar al-Assad, presidente sírio, prometer não enviar mais armas para os militantes, os EUA reclamaram de que a Síria continuava a armar os rebeldes.
Crise no Paquistão - Os cabos mostram a preocupação dos EUA com a presença de material radioativo em usinas nucleares do Paquistão, que Washington temia ser usado em ataques terroristas. As comunicações revelam que, desde 2007, os EUA vinham tentando remover urânio altamente enriquecido de um reator usado para pesquisas no Paquistão.
Em um cabo emitido em 2009, a embaixadora dos EUA no Paquistão, Anne W. Patterson, diz que o país se recusa a aceitar uma visita de especialistas dos EUA. Segundo ela, autoridades do Paquistão disseram que uma visita seria vista pelos paquistaneses como "se os EUA estivessem tomando as armas nucleares do Paquistão".
China e infiltração cibernética - Os documentos revelam preocupação sobre o suposto uso em grande escala, pelo governo chinês, de técnicas de infiltração e sabotagem cibernética. Alguns dos cabos diplomáticos afirmam que uma rede de hackers e especialistas em segurança foram contratados pela China a partir de 2002, e que essa rede conseguiu acesso a computadores do governo e de empresas dos EUA, além de aliados ocidentais e do Dalai Lama.
Os cabos citam um contato chinês que disse à embaixada dos EUA em Pequim que o governo chinês estaria por trás da infiltração do sistema de computadores do Google no país em janeiro.
O WikiLeaks é um site que se dedica a revelar documentos militares secretos dos EUA e de outros países. Neste ano, o site divulgou cerca de 400 mil documentos secretos sobre a guerra do Iraque. Antes disso, o WikiLeaks já havia divulgado 90 mil relatórios confidenciais sobre abusos cometidos no Afeganistão. O site promete mais vazamentos nos próximos dias.
NÓS PERDEMOS
Por Moisés Diniz, do Blog Altino Machado
Toda a imprensa brasileira, todos os analistas, os políticos de modo geral, os padres e os pastores, os milionários, a sempre assustada classe média e os pobres de todas as favelas.
Todos aplaudem a ação vigorosa e mortal das Polícias do Rio de Janeiro e das Forças Armadas contra a bandidagem dos morros. Quem seria "doido" de ficar contra a ação para prender esses criminosos que estavam aterrorizando a bela cidade do Rio, sede da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016?
Eu também sou a favor da ação, só não fico no time daqueles perversos brasileiros que defendem a morte dos bandidos e aplaudem de pé o "Tropa de Elite". Eu defendo prisão perpétua para esses bandidos de alto grau e seus crimes hediondos. Assassinato não. Minha alma não permite.
Eu também concordo com a ação do Estado brasileiro, mas lamento que o Brasil tenha permitido chegar a isso. Lamento que a miséria humana tenha chegado a tão elevado patamar, num país rico e gigantesco em terra, água e biodiversidade.
As elites falharam. As elites do Brasil pecaram e nenhum confessionário curará as suas feridas. Elas acumularam riqueza demais. A concentração de renda chegou a limites absurdos.
Tem gente demais passando fome, tem jovens demais disponíveis para viver do tráfico de drogas, tem prostituição demais. Tem político omisso demais, magistrados, jornalistas, líderes populares. Todos nós temos culpa.
Nós perdemos. Nós perdemos para nós mesmos. Não vencemos os bandidos, derrotamos o Brasil, derrotamos a nossa honestidade e capacidade política, nossas energias de cinco séculos. Fracassamos.
Perdemos para a bandidagem que se tornou referência dos pobres dos morros, no lugar dos líderes da esquerda, dos líderes populares, que só querem saber de superávit primário e commodities para exportação.
A esquerda deixou de enfrentar as elites, aliou-se a ela e não distribuiu renda com a energia que deveria ter feito. A reforma agrária, inacreditável, mesmo sendo uma bandeira capitalista, continua como se estivéssemos na metade do século passado.
Os mortos dos morros do Rio são brasileiros que a elite os transformou em bandidos. Nessa hora tem gente, em inúmeras mansões, bebendo whisky e comemorando indiretamente as mortes.
Nós perdemos a capacidade de amar os pobres das favelas do Rio, de São Paulo, da Amazônia, porque aqui também têm pobres, jovens discriminados com o potencial mortífero de se tornar um bandido do porte daqueles do Rio.
Eu não quero levar para o túmulo essa culpa. Eu quero mudar, ser menos egoísta e mais fraterno, ouvir mais as pessoas e menos o poder do qual faço parte.
Quero voltar a viver como um ser humano normal, que seja capaz de chorar e de pedir perdão. E, acima de tudo, de mudar meus procedimentos políticos, para que eles sejam mais democráticos, mais livres, mais honestos e mais populares.
Quero lutar para que as minhas filhas não tenham também que dizer, no futuro, que elas também foram derrotadas na sua honestidade e no seu humanismo. Que elas também não precisem dizer:
Nós perdemos.
Moisés Diniz é autor do livro o "Santo de Deus" e deputado estadual do PCdoB do
Toda a imprensa brasileira, todos os analistas, os políticos de modo geral, os padres e os pastores, os milionários, a sempre assustada classe média e os pobres de todas as favelas.
Todos aplaudem a ação vigorosa e mortal das Polícias do Rio de Janeiro e das Forças Armadas contra a bandidagem dos morros. Quem seria "doido" de ficar contra a ação para prender esses criminosos que estavam aterrorizando a bela cidade do Rio, sede da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016?
Eu também sou a favor da ação, só não fico no time daqueles perversos brasileiros que defendem a morte dos bandidos e aplaudem de pé o "Tropa de Elite". Eu defendo prisão perpétua para esses bandidos de alto grau e seus crimes hediondos. Assassinato não. Minha alma não permite.
Eu também concordo com a ação do Estado brasileiro, mas lamento que o Brasil tenha permitido chegar a isso. Lamento que a miséria humana tenha chegado a tão elevado patamar, num país rico e gigantesco em terra, água e biodiversidade.
As elites falharam. As elites do Brasil pecaram e nenhum confessionário curará as suas feridas. Elas acumularam riqueza demais. A concentração de renda chegou a limites absurdos.
Tem gente demais passando fome, tem jovens demais disponíveis para viver do tráfico de drogas, tem prostituição demais. Tem político omisso demais, magistrados, jornalistas, líderes populares. Todos nós temos culpa.
Nós perdemos. Nós perdemos para nós mesmos. Não vencemos os bandidos, derrotamos o Brasil, derrotamos a nossa honestidade e capacidade política, nossas energias de cinco séculos. Fracassamos.
Perdemos para a bandidagem que se tornou referência dos pobres dos morros, no lugar dos líderes da esquerda, dos líderes populares, que só querem saber de superávit primário e commodities para exportação.
A esquerda deixou de enfrentar as elites, aliou-se a ela e não distribuiu renda com a energia que deveria ter feito. A reforma agrária, inacreditável, mesmo sendo uma bandeira capitalista, continua como se estivéssemos na metade do século passado.
Os mortos dos morros do Rio são brasileiros que a elite os transformou em bandidos. Nessa hora tem gente, em inúmeras mansões, bebendo whisky e comemorando indiretamente as mortes.
Nós perdemos a capacidade de amar os pobres das favelas do Rio, de São Paulo, da Amazônia, porque aqui também têm pobres, jovens discriminados com o potencial mortífero de se tornar um bandido do porte daqueles do Rio.
Eu não quero levar para o túmulo essa culpa. Eu quero mudar, ser menos egoísta e mais fraterno, ouvir mais as pessoas e menos o poder do qual faço parte.
Quero voltar a viver como um ser humano normal, que seja capaz de chorar e de pedir perdão. E, acima de tudo, de mudar meus procedimentos políticos, para que eles sejam mais democráticos, mais livres, mais honestos e mais populares.
Quero lutar para que as minhas filhas não tenham também que dizer, no futuro, que elas também foram derrotadas na sua honestidade e no seu humanismo. Que elas também não precisem dizer:
Nós perdemos.
Moisés Diniz é autor do livro o "Santo de Deus" e deputado estadual do PCdoB do
UM PASSO A FRENTE
Após o alivio que a eleição de Dilma trouxe, a continuação do brilhante governo de Lula e a colocação no seu devido lugar dos retardados desse país, capitaneados pela midia paulista e principalmente por esses jornais, (pretenso democrata) vemos a necessidade de ampliar o poder dessa nação cuja riqueza e tamanho tem sido envergonhado por brasileiros mesquinhos e covardes, que se corrompem e se submetem à forças economicas internas e externas.
É hora do Brasil assumir seu especial lugar nas economias desenvolvidas desse planeta.
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