sábado, 24 de dezembro de 2011

O SALDO DE UM ANO

Por Carlos Chagas.
Encerrados ontem os trabalhos do Congresso, qual o saldo que fica? Deixando de lado os ranhetas que todos os anos discorrem sobre a inutilidade do Poder Legislativo, mas afastando também os querubins que só exaltam as excelências da atuação de deputados e senadores, haverá que buscar objetividade na resposta. Melhor com eles, pior sem eles, é a premissa. Mas qual o projeto de real interesse popular e nacional aprovado em 2011?
Nada de reforma política, nada de reforma tributária, que seriam as grandes realizações do Congresso para o ano. Na memória coletiva ficará, talvez, a lei que proíbe os pais de aplicarem palmadas nos filhos.
Não há, porém, que descrer da possibilidade de reconstrução da imagem parlamentar, pois a Legislatura completa o primeiro de seus quatro anos. Faltam três.
EXPLOSÃO NO ÚLTIMO DIA.
Pela manhã, ontem, reuniu-se no Senado a Comissão de Infraestrutura. Dinamite puro, no que parecia apenas a oportunidade de congraçamento e despedidas dos senadores, por conta do Natal. Examinava-se a mensagem da presidente da República pedindo a recondução de Bernardo Figueiredo como diretor-geral da Agência de Transportes Terrestres. Pediu a palavra o senador Roberto Requião, formulando monumental denúncia contra o funcionário, a quem chamou de dilapidador do patrimônio público. Chamou-o de “ser híbrido”, pois, como agente público, formatou a privatização das ferrovias nacionais, mas como agente privado presidiu a concessionária que ganhou dois leilões. Lembrou que a Procuradoria Geral da República apresentou representação contra ele, pedindo providências ao Tribunal de Contas da União, por haver, na direção da ANTT, proibido que se multasse a concessionária por descumprimento de contrato.
Na presidência da Comissão, a senadora Lucia Vânia aceitou o pedido de Roberto Requião para que no reinício dos trabalhos, em fevereiro, depoimentos sejam tomados e até realizada uma audiência pública com a presença de Bernardo Figueiredo. Só depois será votada a mensagem da presidente Dilma Rousseff, pela recondução do funcionário.

VAI PRA ONDÊ ?!?

CRAVO E FERRADURA ! ! !

Cama de gato . . .
Imprensa se preocupa muito em colocar frases soltas de membros do poder judiciário e esquecem o contexto que ela surgiu.
Uma que li e achei muito temerária é a de que "ninguém está acima da Constituição" ao se referirem ao controle realizado pelo CNJ.
Se partir da premissa apenas dessa frase o que falta para instituírem o controle da mídia?
Estão dando munição para atos subversivos.
O que é pior: quebra de sigilo ou enriquecimento ilícito!?!

FELIZ NATAL ?!?

QUEM VIVER, VERÁ. . .

DAMA DE TITÂNIO . . .

A Dama de Titânio, Eliana Calmon declarou... que 45% dos juízes paulistas sonegaram informações sobre rendimentos aos órgãos controladores. Em Mato Grosso do Sul nenhum magistrado entregou sua declaração de rendas atualizada. Ou seja, quem deveria dar o bom exemplo comete o crime de sonegação de informações por se acharem acima das leis. Quando o CNJ investiga é tolhido por irresponsabilidade e conivência dos senhores do STF que concedem liminares para os criminosos.
Disse ainda a Dama de Titânio que menos de 500 pessoas estão sob investigação pela corregedoria do CNJ e não 270 mil como os mentirosos da AJUFE declararam ao STF. Desses investigados pelo menos 150 'mãos leves' são de São Paulo.
O que não se entende é por que Peluso e Lewandowski não conseguem dormir direito por causa das investigações da Corregedoria.

QUASE LÁ . . .

Já se comenta em todo o Brasil...
É ela! O Brasil que não se afina com esse tipo de bandidagem "letrada" vê agora, na pessoa da Excelentíssima Ministra (essa é Excelentíssima, mesmo!) Eliana Calmon, reacender a chama do já quase impossível sonho do Brasil ainda ter jeito!
O povo honesto e honrado do país está com a senhora, Dra. Eliana Calmon! Não se intimide diante das represálias desses aproveitadores togados reunidos em associação e vá em frente, pois todo o Brasil dos brasileiros honestos, que graças a Deus ainda é maioria, saberá lhe dar apoio e conforto, elevando o seu nome honrado para bem mais alto do que o deles...
É o Brasil decente que agora lhe pede: Aceite ser a nossa candidata a presidente da República, agora, já em 2012, que é certeza a senhora já entrar ajudando ao país livrando-o do enorme ônus financeiro de bancar acontecer um segundo turno nacional...

CNJ

NÃO VÊ, NEM VIU NADA. . .

VÁ EM FRENTE . . .

Sra. Eliana Calmon . . .
Essa senhora Eliana Calmon transmite confiança e consegue em pouco tempo fazer-se digna do respeito e da admiração dos brasileiros. Até a recente informação de que recebera pagamento de auxílio-moradia soa vazia, uma vez que o benefício teve caráter geral e não configura vantagem ou privilégio individual.
Não concordo com esse pagamento, mas não vejo nela a culpa por sua ocorrência. Portanto, é válida a pregação de alguns amigos que pretendem vê-la na disputa por cargos de mando nesse país. Neste primeiro momento sou entusiasta da idéia e pretendo propagá-la.
O Brasil precisa de pessoas capazes de dizer o que pensam e de colocar seriedade em seus atos.
Vá em frente, ministra!
Vamos ajudá-la a fazer a poda do joio que se alastra e se apossa do poder.

DUENDE; SALÁRIO MÍNIMO . . .

APOSENTADO . . .

QUEM VIVER, VERÁ. . .

A LISTA DO PAPAI NOEL

Por Carlos Chagas.
Papai Noel, este ano, resolveu inovar.  De presente,  só vai trazer livros. Não apenas estará contribuindo para incentivar a cultura, mas, pelas escolhas que já fez, segundo informações  do nosso correspondente no Pólo Norte, pretende que cada agraciado tire lições dos volumes a receber. Obtivemos apenas parte da lista,  valendo apresentar os livros já embrulhados:
A presidente Dilma receberá  “Alice no País das  Maravilhas”, de Lewis Carrol.  Para o Lula,  “D.Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes. E mais:
José Dirceu: “O Processo”, de Franz Kafka.  José Genoíno: “Acuso!” de Emile Zola. José Serra: “Humilhados  e Ofendidos”, de Dostoiewski. Michel Temer: “O Conde Monte Cristo”, de Victor Hugo. Gilberto Carvalho: “Candide”, de Voltaire.  Carlos Lupi: “As Vinhas da Ira”, de John Steimbeck.  Antônio Palocci: “Tartarin de Tarascon”, de  Alfonse Daudet. Rui Falcão: “1984”, de George Orwell. Jader Barbalho: “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust. Rosa Weber: “O Nome da Rosa”, de Humberto Eco. José Sarney: “O Dono do Mar”, de José Sarney. Cezar Peluso: “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri. Nelson Jobim: “O Exorcista”, de Willian Blatty. Aécio Neves: “A Ilíada e a Odisséia”, de Homero. Marcio Thomaz Bastos: “O Advogado do Diabo”, de Morris West. Fernando Pimentel: “Hamlet”, de Shakespeare. Geraldo Alckmin: “Utopia”, de Thomaz Morus.  Roberto Freire: “O Capital”, de Karl Marx. Ideli Salvatti: “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato. Fernando Henrique Cardoso: “Ascenção e Queda do III Reich”,  de Willian Shirer. Eduardo Campos: “Casa Grande e Senzala”, de Gilberto Freire. Delúbio Soares: “Crime e Castigo”, de Dostoiewski.  Pedro Simon: “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo. Eduardo Suplicy: “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley. Roberto Requião: “A Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson.  Agnelo Queirós: “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne.
Como são 513 deputados,  81 senadores, 38 ministros, 27 governadores e montes de ministros dos tribunais superiores, além de ex-políticos a dar com o pé, parece provável que até o dia de natal consigamos mais detalhes da lista do Papai Noel.
AS ELEIÇÕES.
As eleições municipais  estão marcadas para 7 de outubro, o primeiro domingo daquele mês, para a escolha de prefeitos e vereadores em todo o país.  Ainda que o Tribunal Superior Eleitoral não tenha divulgado o calendário detalhado, as desincompatibilizações deverão acontecer até 7 de abril, seis meses antes do pleito. Até julho os partidos precisarão realizar suas convenções para a escolha dos candidatos. A propaganda eleitoral gratuita pelo rádio e a televisão começará em agosto.
Parece fora de dúvida que as eleições para as prefeituras das 26 capitais dos estados  prenderão as maiores atenções. Para elas voltam-se PT, PMDB e PSDB de modo especial, sabendo que as preliminares das eleições gerais de 2014 vão ser travadas em 2012.  Mesmo precisando cumprir seus mandatos até 2016, os prefeitos a ser eleitos se constituição em peças fundamentais para a escolha dos candidatos a governador.  Acresce que dos três maiores partidos, aquele que eleger mais prefeitos  estará credenciado para disputar as maiores bancadas na Câmara dos Deputados.
Em suma, se as campanhas já se esboçam, logo  crescerão de intensidade, antes mesmo de vencido o prazo para as desincompatibilizações.
A PRESSA DE JADER.
Mesmo tendo entrado em recesso, o Senado se reunirá dia 28, quarta-feira, para dar posse a Jader Barbalho, já diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará. Além dos integrantes da mesa, deverão comparecer senadores da bancada do PMDB. Os comentários nos corredores da casa  dão conta de que Jader, que renunciou em 2000 para não ser cassado, também renunciará outra vez, mas por motivos diversos.  Deverá candidatar-se a governador de seu estado, em 2014. Sendo eleito, abrirá mão de quatro anos no Senado.

SKETISTA ! ! !

2011/2012: ELES  VÃO DOBRAR  A APOSTA.
Os sinais são de uma coerência inquietante. Se a crise ficar sob a administração de quem maneja as decisões atualmente --em geral, e não por acaso,  os mesmos que produziram a deriva mundial--  colheremos em 2012 os efeitos de uma  tentativa de dobrar a aposta no arsenal ortodoxo para ressuscitar o defunto por ele  produzido. O modelo em obras tem sua oficina mais aplicada na Europa; frau Merkel é  a supervisora tenaz. A fórmula se ancora num tripé  de patas pesadas que esgoelam o pouco que restou de pescoço keynesiano no esqueleto do  bem-estar social europeu. A saber:  I) engessa os Estados com restrições constitucionais ao manejo do déficit público como instrumento de política econômica.O objetivo passa a ser um déficit de 0,5% do PIB, ladeado de privatizações maciças para ajudar no ajuste fiscal, o que estreita ainda mais o repertório de ferramentas de crescimento; II) salva-se a banca, mas sem condicionalidades que assegurem a destinação anti-cíclica das gigantescas transferências de recursos do contribuinte às tesourarias, feitas pelo BCE ; III) alguém tem que pagar a conta em última instância: aciona-se um arrocho social e trabalhista furioso. Nesse quesito, Portugal avulta uma determinação de raízes salazaristas. Impedido de manejar o câmbio por  conta da camisa de força do euro, o premiê Pedro Passos Coelho não hesitou em tomar em espécie a produtividade requerida pela concorrência global. Ademais de eliminar descansos tradicionais, acrescentou meia-hora semanal de labor gratuito dos assalariados ao patronato. Tudo somado, ofertou quase um mês de mais-valia-absoluta à contabilidade capitalista portuguesa: 23 dias de batente duro sem um centavo de contrapartida no holerite. Se esse frankenstein de século XIX com XXI ficar de pé, ordenará a baldeação para o abismo: Estados fiscalmente catatônicos; mão-de-obra espoliada e banca sustentada por contribuintes esfolados no bolso e no acesso aos serviços públicos. Uma boa receita para a estagnação,exceto se as ruas e as urnas --França e Alemanha tem eleições em 2012--  virarem o jogo.  (Carta Maior; Sábado; 24/12/ 2011)
Google deseja Boas Festas com doodle.
O Google está mesmo no clima do Natal, depois da brincadeira do Let it snow e a neve no Youtube, agora o buscador preparou um doodle especial para o Natal em sua página inicial e deseja Boas Festas para os usuários.
Para desejar Boas Festas, o Google preparou um doodle especial para a data.
Google deseja Boas Festas com doodle.
O Google está mesmo no clima do Natal, depois da brincadeira do Let it snow que congelava os resultados da busca (conheça a brincadeira) e a neve no Youtube, agora o buscador preparou um doodle especial para o Natal em sua página inicial.
A brincadeira começa com você clicando nos botões animados, após tocar as 6 notas, o doodle ganha vida e começa uma bonita canção de Natal. Criativo, simples e fantástico!
Let it snow.
Aqui em terras tupiniquins o Natal cai em pleno verão, mas como você deve saber, lá nos EUA o Natal é repleto de neve, vale a pena até brincar que a neve é um símbolo do Natal por ser abundante no Polo Norte, terra do Papai Noel. Seja lá o porque a neve represente o Natal, o Google preparou uma brincadeira para esta época.
Digitando “let it snow” (algo como “deixe nevar”), o resultado da busca será repleto de adivinha o que… neve!
Neve no Youtube.
Alguns vídeos do Youtube ganharam um botão com um desenho de um floco de neve, quando você ativa esta opção, uma nevasca atinge o vídeo que está sendo exibido, o seu mouse funciona como vento, por onde ele passa a neve vai sendo levada e além disso a neve fica acumulada no rodapé do vídeo.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem, que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu; parágrafo único, o homem confiará no homem como um menino confia em outro menino". Poeta Thiago de Melo.

DE ÚLTIMA HORA!!!

Excelente, a mesmice de sempre, sem contar as reportagens de sempre sobre o trânsito do fim do ano, as compras de natal, os shoppings lotados e aquela que faz uns 4.0 anos que eu vejo: como o brasileiro deixa as compras pra última hora.
Mas, falando em consumismo absurdo e irracional, a classe média pra cima, mas gostaria de lembrar que essa sanha idiotizante atingiu a classe média (pra baixo) também.
Esse é o efeito colateral, digamos assim, dos programas de distribuição de renda do PT. Se tira o sujeito da miséria, coloca-o imediatamente no ciclo do consumismo.
Deveria haver uma mediação aí, mas acho que o PT não tem esse intenção.

LOGO MAIS. . .

Pela dignidade, pelo fim da ditadura militar: marchas originárias de varios pontos do Cairo desaguam na praça Tahrir nesse momento, onde de 50 mil pessoas já se aglomeram **manifestação convocada pelos grupos de esquerda protesta contra o brutal assassinato de uma jovem egípcia, morta a cacetadas e ponta-pés e arrastada semi-despida por policiais durante a repressão aos ocupantes de Tahir, dia 17.
** multidão canta em coro: 'o povo já se fartou,fora os militares'.
** dirigentes e administradores de várias cidades do Egito aderiram aos protestos desta 6ª feira evidenciando trincas na coalizão política que ainda sustenta o regime militar
** o trabalhador da indústria brasileira figura como a quarta  mão-de-obra mais barata do mundo numa lista que inclui as 34 principais economias industrializadas do planeta (Departamento do Trabalho dos EUA-Valor;23-12)

PERGUNTAS QUE GRITAM: 2011/2012

Os bancos estatais brasileiros mais que dobraram seus empréstimos desde o início da crise mundial, em setembro de 2008. Nesses três anos, o saldo das carteiras do BB,  Caixa Econômica e BNDES, entre outros, cresceu 123%; a banca privada registrou um avanço bem mais modesto no período: 55%. O pressuposto que orientou a contração dos empréstimos, e que levaria a uma dramática recessão não fosse o contrapeso da liquidez estatal,  foi uma avaliação de risco que se revelou errada. Em vez de aumentar, como previam os  altos executivos dos bancos privados,  a inadimplência, segundo informa o jornal Valor desta 5ª feira, diminuiu no período.No caso do BNDEs, por exemplo, o maior banco estatal de desenvolvimento do Ocidente, alvo permanente da fuzilaria ortodoxa pelos critérios desenvolvimentistas de suas liberações, a taxa de inadimplência acima de  90 dias é de irrisórios 0,12%. Na média, a inadimplência  no sistema financeiro estatal é hoje inferior à metade da registrada  nas corporações de crédito privadas (2,1% e 4,8%).  Resumindo, na decisiva artéria do crédito à economia, os bancos estatais reagem  mais depressa e com maior acerto diante de uma crise; dispõem de analistas de conjuntura mais competentes e administram com maior eficácia o risco da inadimplência. Uma das perguntas que a crise grita aos ouvidos da esquerda brasileira e mundial  -- que até agora fez ouvidos  moucos a ela  --  argui precisamente isso. Por que uma área tão importante quanto o fornecimento do crédito à economia deve permanecer predominantemente em mãos particulares se quando a sociedade mais precisa dela ouve um esférico ' salve-se quem puder'? Sobretudo numa Europa agônica, cuja economia encontra-se travada pelo espectro do esfarelamento bancário --que só respira a custa de gigantesca transfusão de meio trilhão de euros dos contribuintes, a juros de pai para filho de 1% ao ano--  por que a estatização do setor financeiro continua ausente do discurso da esquerda? (Carta Maior;6ª feira; 23/12/ 2011)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

QUEM VIVER, VERÁ. . .

Está nas mãos do PT agora e te toda base aliada.
Aliás a censura imposta pela mídia devia ser um tema a se discutir nessa CPI. Afinal a Rede de TV e Radio são para informar e não manipular e se isso acontecer é motivo para suspensão da concessão.
Deputados que assinaram CPI da Privataria não podem mais recuar.
Segundo Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, regra interna impede que signatário de proposta de CPI volte atrás depois de pedido protocolado. Com 185 assinaturas validadas, adesão mínima foi atingida. Proponente tinha dito que deputados ligados a Aécio Neves teriam assinado, mas nenhum tucano de Minas Gerais está na lista.
André Barrocal, da Carta Maior
A Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados informou nesta quinta-feira (22) que não é possível que um deputado signatário do pedido de criação da CPI da Privataria retire sua assinatura. O motivo é uma regra interna da Câmara, segundo a qual, depois que um requerimento de CPI é protocolado, não se pode nem acrescentar, nem excluir assinaturas.
O pedido foi protocolado nesta quarta-feira (22) com 197 assinaturas, das quais 185 foram validadas pela Secretaria Geral – sete foram consideradas inválidas e cinco, repetidas. Para que a proposta de CPI seja validada por completo, a Secretaria ainda terá de examinar o pedido formulado pelo deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).
Na véspera de dar entrada no pedido, Protógenes havia dito que parlamentares ligados ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário entre os tucanos do principal político alvo da CPI, José Serra, teriam assinado o requerimento. Na lista validada pela Secretaria Geral, há quatro deputados do PSDB, mas nenhum deles eleito por Minas Gerais, estado de Aécio.
De acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a análise do conteúdo do pedido de CPI vai ser feita só a partir de fevereiro de 2012, na volta das férias dos deputados. Ele disse que não pediria prioridade no parecer porque o país não será prejudicado se não houver uma decisão ainda em 2011.
No requerimento, Protógenes defende investigar “em profundidade as denúncias de irregularidades e lavagem de dinheiro apresentadas pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior em seu livro, A Privataria Tucana”. Para ele, o livro revelaria com "farta documentação", um "esquema do uso de dinheiro das privatizações, ocorridas nos anos de 1990, para beneficiar políticos e seus apadrinhados”.
Como as assinaturas mínimas para a instalação da CPI foram validadas (eram necessárias 171), a decisão sobre a criação de fato da comissão está agora nas mãos do presidente da Câmara e do partido dele, o PT. O presidente petista, Rui Falcão, está processando o autor livro, que também traz revelações sobre uma disputa de poder dentro do PT na campanha de Dilma Rousseff em 2010. Mas 67, dos 86 deputados petistas assinaram a CPI.

MEGA DA VIRADA . . .

OS BIXEIROS SAMBARAM . . .

A MESMICE DE SEMPRE

Por um Natal sem neve na TV.
Quem mantém as TVs comerciais são os anunciantes. Mas, apesar disso, as emissoras poderiam ter um pouco mais de criatividade. Não há Natal na TV brasileira sem a milésima reprise do filme “Esqueceram de mim”, com neve em quase todas as cenas ou sem o indefectível “especial”, sempre com o mesmo cantor.
Por Laurindo Lalo Leal Filho, da Carta Maior.
O final de ano na TV é sempre previsível. A propaganda cresce e os programas se repetem. São filmes com muita neve, os mesmos musicais e as infalíveis resenhas jornalísticas.
A televisão no Brasil não dita apenas hábitos, costumes e valores mas também o ritmo de vida da maioria da população. Nos dias úteis com seus horários para “donas de casa”, crianças e adultos e nos fins de semana, com uma programação diferenciada, supostamente mais adaptada ao lazer.
Mas não fica ai. A TV organiza também as comemorações das efemérides ao longo do ano, das quais o ponto alto é o Natal. Com muita antecedência saltam da tela canções da época e muita propaganda, criando clima para o “espírito natalino”.
As crianças são o alvo principal da publicidade. Se já são bombardeadas com apelos de compra o ano todo, no Natal a pressão cresce.
Apresentadoras joviais e alegres conquistam a confiança dos pequenos telespectadores com seus dotes artísticos para, em seguida, atraí-los para as compras, no mais das vezes, desnecessárias. Da classe média para cima é comum ver crianças com brinquedos pouco ou nada usados, comprados apenas como resposta aos apelos publicitários.
Mas a TV não está só nas casas de quem pode comprar. Hoje ela é um bem universalizado no Brasil, advindo dai a sensação de exclusão sofrida por crianças cujas famílias estão impossibilitadas de satisfazer seus desejos. Esse desconforto resulta da crença de que o consumo é um valor em si, substituto da cidadania. Só é cidadão quem consome.
O que singulariza a grande corporação da mídia é que ela realiza limpidamente a metamorfose da mercadoria em ideologia, do mercado em democracia, do consumismo em cidadania” diz o professor Octávio Ianni no “Príncipe Eletrônico”, artigo que se tornou referência para a discussão do papel político da comunicação nas sociedade modernas.
No Natal a metamorfose atinge o auge e segue até a virada do ano. As mercadorias ganham vida na TV e estão à disposição para satisfazer todos os nossos desejos, o mercado oferece democraticamente a todos os mesmos produtos e ao consumi-los exerceríamos nossos direitos de cidadãos. São falácias muito bem embaladas em luz, cores e sons sedutores.
As regras do jogo são essas. Quem mantém as TVs comerciais são os anunciantes. Mas, apesar disso, as emissoras poderiam ter um pouco mais de criatividade. Não há Natal na TV brasileira sem a milésima reprise do filme “Esqueceram de mim”, com neve em quase todas as cenas ou sem o indefectível “especial”, sempre com o mesmo cantor.
Dessa mesmice nem o jornalismo escapa. As chamadas resenhas de final de ano não são mais do que colagens em forma de “clips”, usadas mais para reviver sustos já sofridos pelo telespectador do que para informar. Em determinado ano, que pode ser qualquer um, o apresentador famoso abria a resenha na principal rede de TV exclamando: “um ano de arrepiar em todo o planeta. Incêndios, terremotos, furacões”. E dá-lhe imagens espetaculares que, de notícia, pouco tem.
Podia ser diferente? Claro que sim. Poderíamos ter na TV um Natal mais brasileiro e um final de ano criativo (com a publicidade mais controlada). Realizadores não faltam, o que faltam são oportunidades para mostrarem seus trabalhos. Mais de 200 deles apresentaram pilotos de programas no Festival Internacional de Televisão, realizado em novembro no Rio. Não haveria ai gente capaz de tirar a televisão da rotina desta época?
Criatividade é o que não falta na produção audiovisual brasileira. Precisamos é de ousadia para mostrá-la ao público oferecendo bens culturais capazes de enriquecê-lo espiritualmente. Ou como dizia um diretor da BBC, a melhor TV do mundo: “temos a obrigação de despertar o público para idéias e gostos culturais menos familiares, ampliando mentes e horizontes, e talvez desafiando suposições existentes acerca da vida, da moralidade e da sociedade. A televisão pode, também, elevar a qualidade de vida do telespectador, em vez de meramente puxá-lo para o rotineiro”.
Belo desafio, não? Feliz Natal.

CPI DA PRIVATARIA

AS SIRENES DO SILÊNCIO - Passados 11 dias desde o lançamento de 'A privataria Tucana', de Amaury Ribeiro Jr, os colunistas de política da Folha --Clóvis Rossi, Fernando Rodrigues, Catanhede e Lo Prete--  mantém um pacto de silêncio e cumplicidade em relação às denúncias de corrupção ali reunidas. A omissão coletiva e deliberada diante do documento político mais explosivo dos últimos anos lança uma suspeita de parcialidade sobre tudo o que já escreveram ou possam escrever sobre o tema que agora evitam. Há casos em que o silêncio jornalístico grita mais do que as sirenes que pretende abafar. Esse é um deles. Como explicarão aos seus leitores a criação de uma CPI, cuja motivação lhes foi sonegada até o último minuto, a exemplo do que fez a Globo na campanha das 'Diretas Já' , em 1984? Nesta 4ª feira,  o deputado Protógenes Queiróz protocolou o pedido de abertura de CPI sobre o tema, com 185 assinaturas. Reabrir a discussão sobre a alienação do patrimônio público, mas sobretudo, arguir as condições em que isso se deu, que restrições impôs à macroeconomia do desenvolvimento brasileiro e a quem beneficiou--  depende agora do PT e da base aliada do governo. Um bom começo seria indagar  os motivos que levaram 19 mandatados pelo PT a não assinarem o requerimento da CPI. (Carta Maior;5ª feira; 22/12/ 2011)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

AGORA VAI SER ASSIM . . .

Se o Brasil fosse um país sério a tucanada já estaria engaiolada a tempos. Mas, pela lei brasileira não se pode aprisionar pássaro nativo. Assim, os tucanos se safarão de mais uma!!

O QUE É QUE HÁ ?!?

A "Privataria Tucana" é apenas a "ponta do iceberg".
Não há como negar que a corrupção política apoiada pela imprensa golpista e por empresários globalizados, que não dão a mínima para o seu País senão apenas para o explorar-lhe, usurpar-lhe, esfolar-lhe...
A privataria tucana, de certa forma, não compreende qualquer novidade ao cidadão comum, a maioria, que sempre entendeu que havia e há ainda muitos desmantelos e desgovernos com o bem público em todas as esferas de governo: Federal, estaduais, e municipais.
Sempre penso que quando surge algo assim é com o fito de desviar o foco de assuntos realmente relevantes, que estes "requentados" que todo mundo sabe e sempre soube, mas só agora se manifesta.
O que é que há?
Cadê os ditadores e seus apoiadores: quantos estão presos e seus bens confiscados? Nenhum!!!
Não credito nenhuma confiança nos governos, nos legislativos, e, muito menos, nos judiciários deste País.
Salvo raríssimas exceções. . .

TA ADOTADO . . .

CRIME DE LESA HUMANIDADE

Maior corrupção do planeta, do século, do mundo. Oceano de lama, etc.
Crime de lesa pátria.
Porém devido a missão cósmica do Brasil, pais mais rico do planeta, desde que o mundo foi “criado” – incidência dos raios solares, água potável, terras agricultáveis, riqueza mineral (que pela Vale foi privatarizada) e a maior miscigenação de raças- foi CRIME DE LESA HUMANIDADE.
Quando há retardo na missão cósmica, transcendental, inexorável de uma America Latina, berço de uma nova civilização, agora esplendor da raça ibero-americana, retardando a evolução de uma nova era, gera para os que a praticam um crime de lesa evolução que precisa de redenção.
O livro induz inapelavelmente a que façam isso diante de suas consciência. Uma forma não covarde é dar espaço para os que defendam valores do liberalismo-mercado-capitalismo. Como o Amaury citou na pag. 68 a opinião de Bresser Pereira sobre as tele comunicações.
Queremos uma banda larga simplesmente igual àquela praticada pelos capitalistas de outros países.
Por outro lado tem uma “culpa” se para os que “aceitando” a missão-compromisso; mesmo com a inexorabilidade da nova era; não tomam um partido, uma atitude evolutiva – indignar-se com uma vergonhosa diferença de renda das famílias no país mais rico do planeta. 
E agir no cotidiano.
Outros cotidianos são possíveis para cada um. 
Intuir -faculdade acima do mental- razão e do bom sentir-o que a cada um inspira.
O exercício a volúpia cidadã.
Uma mudança de ciclo, o ponto vernal de uma parábola espacial de 3 dimensões foi atingido com o livro em uma dimensão. É o ponto crucial, uma partícula, ante todos os que o antecederam, como por exemplo a queda do socialismo deixando o capitalismo sem um contraditório que o limitasse; daí a crise financeira do dito 1º mundo e entre todos os que o sucederão.
Resta uma reflexão sobre o porque houve a piratização.
A ninguém é exigido praticarem algo que vá contra a sua forma de ser, contra o seu imo.
Eles possam ainda acreditar que privatizar, mesmo chegando ao “limite da irresponsabilidade” incluía a propina sobre a venda dos bens do povo.
Egoísmo-individualismo elevados ao paroxismo.
Estado mínimo, mão invisível, fim da historia, TINA  - there is no alternative, da Tatcher e Reagan, falsa competição.
A igualdade de oportunidades, meritocracia se transformaram em dogmas se não há igualdade de acesso na educação e noticiários de qualidade.
Teses, antíteses, sínteses ideológicas e não hegemonia como que o PiG pratica.
Por isso o DEM é contra o PROUNI.
No seu intimo têm medo de perder seus privilégios, adquiridos de forma fraudulenta-propinização- contra os valores da solidariedade.

LEI DA PALMADA . . .

ANATOMIA DE UM ESCÂNDALO ZUMBI

PODERES CASSADOS

Sabem por que no Brasil existem 1.174 cursos de Direito e nos os EUA só 280?
É que no Brasil está em alta bandido ser autorizado a vestir toga! ... e agora então com essa decisão do duvidoso e contraditório Supremo Tribunal Federal (STF) de reduzir os poderes de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ficou show de bola pros “bandidos de toga” terem brechas para cometer seus crimes remunerados.
Mas antes de ser mais um bandido togado os pretendentes têm que se formar em direito pra ter conhecimento oficial de como proceder para escapar da cadeia com as bênçãos e total proteção do STF...

É DURO . . .

OS JUÍZES DO STF

Estrategista político?
Não sei bem, mas, com todo o respeito, o Sr. Ministro Joaquim Barbosa tem demonstrado ser muito mais um estrategista político do que um estrategista jurídico.
Deixar para o último dia ativo do ano no judiciário a disponibilização do processo do mensalão ao seus pares, e, ainda assim, parecendo ser uma resposta a entrevista do Ministro Ricardo Lewandowski, na qual argumentou a possibilidade de prescrição, merece inúmeros questionamentos.
O problema do Brasil é que determinadas autoridades, pela soberania regulamentar dos cargos que exercem, esquecem que mais soberano do que eles está a Constituição e o exercício eficiente das atribuições do cargo.
Tratando-se da Suprema Corte, guadiã da Constituição, as ações de seus membros devem ser exemplo para os cidadãos e não orígem de dúvidas.

CAOS . . .

O BOM VELHINHO DA COCA-COLA

A assistindo aos telejornais de nossas briosas e cômicas tvs fiquei impressionado com a quantidade de neve. Os nossos intrépidos repórteres teciam emotivos comentários sobre a beleza do natal no hemisfério norte. Enquanto vivenciava um calor próximo de 40 graus Celsius, as matérias sobre a beleza da neve acabaram se transformando em um bálsamo contra o calor sufocante.
Por pouco não vesti um agasalho.
Tudo isso repleto de sorrisos meigos e adoração incondicional aos templos do consumo idiota. A emoção que senti só não foi maior que a proporcionada pelo repetitivo, já são 4.5 anos do mesmo, especial de fim de ano da gRobo.
Com os olhos banhados, abri a geladeira e olhei o gelo e, por alguns instantes transportei-me para a meca dos vira-latas. A sensação de felicidade, que tomou conta de mim, é algo indescritível, talvez só comparada aqueles que em tempos de um passado próximo desfrutaram da beleza da neve natalina na cidade de São Paulo.
Com a proximidade do aniversário do menino Jesus de Nazaré, o Cristo, filho do Pai a emoção será incontrolável.
Multidões estressadas lotarão todos os shoppings do país para comemorar a efeméride, em forma de produtos desnecessários, valores distorcidos e muita, mas muita alienação.
Depuração nos poderes
Se formos contar com o voto popular para fazer uma depuração nos 3 Poderes, onde impera a corrupção, estamos muito mal. Uma população que elege Sarney, Renan, Barbalho, Maluf, e outros tantos, não vai fazer depuração nenhuma.
Só quando o voto não for obrigatório teremos alguma chance de ver este País livre de tanto ladrão tomando conta dos bens da União.

PIZZA . . .

IMPOSTOS . . .

Vereadores aprovam 61,8% de aumento
Enquanto trabalhadores brasileiros, iniciativa privada e professores recebem apenas o INPC como correção de seus salários, os vereadores de Belo Horizonte tiveram a cara de pau de aprovarem 61,8% em seus próprios salários. Os políticos acostumaram a fazer os eleitores de idiotas, otários, imbecís, pois ninguém faz nada contra este estado de coisas. Acoooorda... Brasil e brasileiros, levantemos as vozes contra este desrespeito, contra este assalto ao dinheiro público, dinheiro dos contribuintes.
A tirania da FIFA e as "otoridades" brasileiras.
Contando com a baixa moral das corruptas e ineptas "otoridades" esportivas assim como da inútil Justiça do Brasil, os tiranetes da FIFA vão impondo sua vontade menosprezando as Leis do País com suas "exigências" estapafúrdias.
Chegaram até, pasmem, a exigir indenização (a ser estipulada pela FIFA) em caso de forte tempestade ou qualquer outro imprevisto da natureza que cause "prejuízo" à arrecadação nos jogos da Copa 2014.
Além disso, os tiranetes corruptos da FIFA pisoteiam a Lei que estabelece a meia entrada para estudantes e idosos como a que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios.
A FIFA, organismo estrangeiro, dita as ordens sem que os cretinos que o povo elegeu para representa-lo se manifestem contrários à essas aberrações.
Quanto estarão levando por conta?

ENTREGADOR . . .

Mais uma liminar boicota trabalho do CNJ.
Uma segunda liminar, dessa vez do ministro Lewandowski, impediu que a evolução patrimonial de juízes sob investigação fosse apurado. Com essa nova medida liminar estamos assistindo a completa desmoralização do CNJ e da Corregedoria daquele órgão. A república do crime é quem sai ganhando com esse tipo de boicote. Isso se traduz num corporativismo vergonhoso por parte do STF em detrimento do laborioso trabalho da corregedora Eliana Calmon. Começo a acreditar que Dilma Rousseff fez bem em não se misturar com aquela fauna.

MAPA DA VIOLÊNCIA . . .

O que nasceu primeiro...
Os homicídios no Brasil subiram 259% em 30 anos. Um milhão de mortos. Isso mostra que a impunidade da lei frouxa é a arma mais letal.

NA BARBEARIA . . .

Um tapa em nossa cara
Farra Cultural,  o Senador Álvaro Dias vai investigar a utilização da Lei Rouanet de renúncia fiscal por grandes bancos para “promover cultura”. Há fortes indícios de que o Itaú usa nosso suado dinheirinho dos impostos até para bancar propaganda milionária em programas de auditório na TV? Se for confirmado o desvio, é um tapa na cara da sociedade.
 Já não bastam os juros escorchantes cobrados dos tomadores de empréstimo?

PLACAR SUPERIOR AOS QUATRO A ZERO

Por Carlos Chagas
Nosso futebol voltou do Japão duplamente humilhado e ofendido. Além da goleada do Barcelona sobre o Santos, ficamos sabendo que a Fifa engrossou ainda mais, dizendo-se preocupada e exigindo do Brasil a aprovação total de suas exigências, na votação da Lei da Copa. Segundo o secretário-geral da entidade, vias de acesso aos estádios e aeroportos não vem merecendo o devido cuidado de nossas autoridades, estando atrasadas as obras de infraestrutura.
O secretário-geral Jerome Weicke insistiu na aprovação, pelo Congresso brasileiro, de dispositivo considerando a União obrigada a indenizar a Fifa por ação ou omissão em tudo o que seus dirigentes se considerarem prejudicados. Exemplo: se no dia de um dos jogos da Copa do Mundo cair monumental tempestade, impedindo parte dos que demandariam os estádios de comparecer, caberá ao governo brasileiro indenizar a Fifa pelos lugares vazios e devolver o dinheiro dos bilhetes comprados e não utilizados. No Brasil inexistem, terremotos, tsunamis e atos terroristas, mas se acontecerem, a culpa será do palácio do Planalto, obrigado a ressarcir os organizadores do certame de eventuais prejuízos.
Mas tem mais. Nas ruas e avenidas que conduzem aos estádios, o comércio ficará proibido de anunciar e vender produtos que não aqueles dos patrocinadores da Fifa, como marcas de cerveja, camisetas e tênis. Nos estádios, a lei será rasgada pela permissão da venda de bebidas alcoólicas, mas apenas aquelas que estiverem financiando a entidade. Não haverá, segundo o “preocupado” funcionário, meia-entrada para estudantes.
Convenhamos, pretendem atropelar a soberania nacional para justificar os absurdos lucros que irão auferir. A Lei da Copa dificilmente será votada esta semana, ficando para fevereiro ou março do ano que vem. Se forem atendidas todas as esdrúxulas imposições, o Brasil terá sido derrotado por placar bem superior aos 4 a 0 engolidos pelo Santos.
ALÉM DO CAOS.
Por conta do início das festas natalinas os aeroportos viraram um caos, no fim de semana. Imagine-se agora se na quinta-feira entrarem em greve os controladores de vôo e os funcionários das empresas aéreas. Será o inferno. Conseguirá o governo Dilma agir ao contrário do que agiram, ou não agiram, os governos Lula e Fernando Henrique? A greve é um direito do trabalhador, assim como a população tem direito ao funcionamento dos serviços públicos e privados. Nenhuma iniciativa foi adotada para substituir os grevistas, sequer preparar montes de soldados para funcionarem nos balcões das companhias, coisa que teria sido fácil, desde que preparada com antecedência. Intervenção é substantivo arrancado dos manuais do poder público, apesar de previsto na Constituição e nas leis. Como o andar de cima voa em jatinhos da FAB ou particulares, os passageiros que relaxem e gozem, como no infeliz conselho de uma ex-ministra do Turismo...
MINISTÉRIOS.
Vem de longe o sofrimento e a falta de coragem de nossos presidentes civis. Getúlio Vargas chegou a compor um “ministério da experiência”, em 1951, praticando depois toda sorte de mudanças para atender os partidos e grupos de pressão dispostos ao seu redor. Café Filho rendeu-se aos conservadores e reacionários, apesar de considerado um homem de esquerda. Juscelino Kubitschek acomodou-se com o PSD e o PTB, mas cedeu às idiossincrasias da imprensa, compondo pelo menos três ministérios. Jânio Quadros, cercado de esperanças, formou um “paulistério” de segunda categoria, com raras exceções. João Goulart seguiu o exemplo de Getúlio, mudando de ministros como quem mudava de camisa, sem conseguir a mínima unidade. Depois do interregno militar, onde os partidos não eram consultados nem ouvidos, José Sarney precisou governar um ano com a equipe montada por Tancredo Neves, que por sua vez tinha empenhado a própria saúde na inglória missão de atender o imenso mosaico disposto às suas costas. Fernando Collor seguiu os passos de Jânio Quadros: seu primeiro ministério foi lamentável, e o último, magnífico, não teve tempo impedir seu impedimento. Itamar Franco tentou a união nacional, mas rejeitado pelo PT, governou com a equipe possível, jamais a ideal.
Fernando Henrique e o Lula cederam a seus panos de fundo, anulados um pela privatização desmedida e corrupta, outro pelo mensalão que estraçalhou seu governo.
Agora, Dilma já perdeu um ano de eficiência por conta da lambança de seus aliados. Pouca gente acreditou quando declarou não estar cogitando da reforma em janeiro, porque se mantiver a mesma correlação de forças partidárias no ministério, arrisca-se a formidável malogro.
VOLTA ÀS ORIGENS.
Nos primeiros dias de 1964 o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, David Braddock, enviou nota ao Departamento de Estado: “A União Nacional dos Estudantes caiu na mão dos comunistas ao eleger o estudante José Serra para seu presidente”. O então jovem reformista e revolucionário foi um dos oradores no célebre e funesto comício do dia 13 de março, no Rio, igualando-se em agressões aos americanos a Leonel Brizola, Miguel Arraes e o próprio presidente João Goulart. Precisou exilar-se no Chile, depois Estados Unidos e França. Voltou diferente, fez carreira na social-democracia cada vez mais conservadora, perdeu duas eleições para presidente da República e agora vem sendo tentado a voltar às origens, para disputar pela terceira vez. Será que consegue?
Protógenes vai protocolar CPI da Privataria amanhã
O deputado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) afirmou nesta terça (20) que vai protocolar um requerimento solicitando a abertura de uma CPI a fim de investigar as acusações que constam no livro "A Privataria Tucana". Segundo ele, o documento conta com 200 assinaturas e só precisaria de 171 para abrir a comissão na Câmara. "Eles [os deputados] pediram para não divulgar o nome. E quem já colocou a assinatura recebeu pressão para tirar, mas não vai tirar", disse. O livro "A Privataria Tucana", de Amaury Ribeiro Jr., traz denúncias contra o ex-governador José Serra, que teria recebido propinas de empresários que participaram das privatizações conduzidas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Lei da Copa é adiada mais uma vez
A Comissão formada na Câmara dos Deputados adiou nesta terça (20) a votação da Lei Geral da Copa devido alterações feitas pelo relator, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) e o impasse entre deputados da comissão. Desta vez, Cândido retirou novamente dos idosos o direito a meia-entrada e os colocou de volta na categoria 4, a chamada "cota social", na qual os ingressos serão vendidos por cerca de US$ 25, mas ficarão restritos a lugares determinados pela Fifa. Estudantes, indígenas, beneficiários do Bolsa Família e quem entregar armas em campanha do ministério da Justiça também estão nesta categoria específica para ter bilhetes mais baratos na Copa. O ponto mais polêmico da discussão foi sobre a responsabilidade civil da União em relação aos eventos. Acatando um pedido da Fifa, Vicente Cândido chegou a incluir no texto que a União poderia ter de ressarcir a entidade por prejuízos, "independente de culpa" e causados por eventos de "qualquer natureza".

GUERRA DAS CISTERNAS

Na 'guerra das cisternas', 15 mil protestam no sertão contra governo.
Rede de ONGs com mais de duas mil filiadas não aceita decisão do governo Dilma de romper com política de Lula e só assinar com órgãos públicos acordos de repasse de verba para construção de cisternas, que ajudam pessoas de regiões secas a armazenar água. Decisão foi tomada por causa de escândalos em convênios com ONGS que já derrubaram ministros.
Cerca de 15 mil pessoas se reuniram nesta terça-feira (20) no sertão nordestino, numa ponte que liga Juazeiro, na Bahia, a Petrolina, em Pernambuco, para protestar contra mudanças na política de construção de cisternas no semi-árido, anunciada uma semana antes, há mais de 1,5 mil quilômetro dali, em gabinetes federais, em Brasília (DF).
Provenientes dos regiões que enfrentam o martírio da seca - e onde se concentram os maiores bolsões de miséria do país -, essas pessoas atenderam ao chamado da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), uma rede que reúne cerca de duas mil entidades da sociedade civil dos estados do Nordeste e do norte de Minas Gerais.
O número de presentes, calculado pela Polícia Militar (PM) de Pernambuco, surpreendeu os organizadores, que esperavam 10 mil pessoas para um ato

NA FILA . . .

QUEM SABE ?!?

É preciso interpretar o choro e a histeria, quem sabe eles estão com medo de uma última guerra atômica, onde poucos sobrarão, e certamente eles serão dizimados?
Quem sabe é algo cultural para carpir e espantar a preocupação com o futuro?
Quem sabe estão preocupados com a incógnita que é o novo dirigente?
 Quem sabe são funcionários do partido?
Com todo respeito aos camaradas norte-coreanos achei aquilo tudo meio teatral, tipo uma catarse coletiva, psicodrama.
Quando o homem público faz direito seu trabalho, não faz mais que sua obrigação. Demonstrações histéricas de agradecimento não são desejáveis, seja na Coreia do Norte, no Brasil ou em nos EUA. O grau de civilização de um povo pode ser medido pela relação entre ele e seus dirigentes.
Quanto mais atrasado é um povo, mais ele se deixa ser guiado por supostos líderes.

O DESAMPARO . . .

Como método de dominação.



Por Saul Leblon, na Carta Maior 
As manifestações de pesar dos norte-coreanos pela morte do dirigente Kin Jong-il chocam pelo déficit de democracia implícito em cenas que lembram rituais de seitas obscurantistas, verdadeiras máquinas de expropriação do discernimento humano lubrificadas para subjugar e iludir.
O intercurso entre métodos religiosos e autocráticos não é novo. O que talvez exacerbe a nossa sensibilidade é o contraste entre essas imagens e a natureza predominantemente asséptica e gerencial do poder e da política sob a supremacia das finanças desreguladas. Há barbárie nas duas pontas.
Quem sentiria sincero pesar pelo falecimento de um desses gerentes de aluguel, que se relacionam com o povo e a história com a mesma humanidade que um software cuida do fluxo de peças de um almoxarifado? Política é economia concentrada. Mas com uma pequena diferença: os impulsos autossuficientes e destrutivos que caracterizam o regime de produção de mercadorias tem nela um filtro de carne, osso e discernimento histórico.
Por isso, a política de um modo geral, mas sobretudo aquela encarnada em valores humanistas, incomoda cada vez mais ao dinheiro e aos endinheirados, cumprindo o dispositivo midiático a tarefa de desqualificá-la com estigmas de motivação autoexplicativa, ao mesmo tempo em que louva tecnocratas a serviço dos mercados.
Às vezes, a truculência do jogo desconcerta os próprios protagonistas incumbidos de administrá-lo com a frieza de um azulejo branco de banheiro. O curto-circuito não muda o placar, mas é ilustrativo da massa de sofrimento e arbítrio mobilizada para a preservação de um sistema que, sob a dominância financeira, consolidou-se como uma engrenagem completamente hostil aos valores da vida e da civilização.
Encarregada em recente pacote do tecnocrata Mario Monti, de explicar o arrocho sobre idosos e aposentados na Itália, a ministra do Trabalho, Elsa Fornero, não conseguiu adicionar argumentos à palavra 'sacrifício', que as lagrimas a impediram de pronunciar. Seu choro e as lágrimas vertidas por Kin Jong refletem a mesma orfandade diante de sistemas que massacram a existência humana, oprimindo-a até consumar o desamparo absoluto como método de dominação.