Por Carlos Chagas.
Papai Noel, este ano, resolveu inovar. De presente, só vai trazer livros. Não apenas estará contribuindo para incentivar a cultura, mas, pelas escolhas que já fez, segundo informações do nosso correspondente no Pólo Norte, pretende que cada agraciado tire lições dos volumes a receber. Obtivemos apenas parte da lista, valendo apresentar os livros já embrulhados:
A presidente Dilma receberá “Alice no País das Maravilhas”, de Lewis Carrol. Para o Lula, “D.Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes. E mais:
José Dirceu: “O Processo”, de Franz Kafka. José Genoíno: “Acuso!” de Emile Zola. José Serra: “Humilhados e Ofendidos”, de Dostoiewski. Michel Temer: “O Conde Monte Cristo”, de Victor Hugo. Gilberto Carvalho: “Candide”, de Voltaire. Carlos Lupi: “As Vinhas da Ira”, de John Steimbeck. Antônio Palocci: “Tartarin de Tarascon”, de Alfonse Daudet. Rui Falcão: “1984”, de George Orwell. Jader Barbalho: “Em Busca do Tempo Perdido”, de Proust. Rosa Weber: “O Nome da Rosa”, de Humberto Eco. José Sarney: “O Dono do Mar”, de José Sarney. Cezar Peluso: “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri. Nelson Jobim: “O Exorcista”, de Willian Blatty. Aécio Neves: “A Ilíada e a Odisséia”, de Homero. Marcio Thomaz Bastos: “O Advogado do Diabo”, de Morris West. Fernando Pimentel: “Hamlet”, de Shakespeare. Geraldo Alckmin: “Utopia”, de Thomaz Morus. Roberto Freire: “O Capital”, de Karl Marx. Ideli Salvatti: “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato. Fernando Henrique Cardoso: “Ascenção e Queda do III Reich”, de Willian Shirer. Eduardo Campos: “Casa Grande e Senzala”, de Gilberto Freire. Delúbio Soares: “Crime e Castigo”, de Dostoiewski. Pedro Simon: “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo. Eduardo Suplicy: “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley. Roberto Requião: “A Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson. Agnelo Queirós: “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne.
Como são 513 deputados, 81 senadores, 38 ministros, 27 governadores e montes de ministros dos tribunais superiores, além de ex-políticos a dar com o pé, parece provável que até o dia de natal consigamos mais detalhes da lista do Papai Noel.
AS ELEIÇÕES.
As eleições municipais estão marcadas para 7 de outubro, o primeiro domingo daquele mês, para a escolha de prefeitos e vereadores em todo o país. Ainda que o Tribunal Superior Eleitoral não tenha divulgado o calendário detalhado, as desincompatibilizações deverão acontecer até 7 de abril, seis meses antes do pleito. Até julho os partidos precisarão realizar suas convenções para a escolha dos candidatos. A propaganda eleitoral gratuita pelo rádio e a televisão começará em agosto.
Parece fora de dúvida que as eleições para as prefeituras das 26 capitais dos estados prenderão as maiores atenções. Para elas voltam-se PT, PMDB e PSDB de modo especial, sabendo que as preliminares das eleições gerais de 2014 vão ser travadas em 2012. Mesmo precisando cumprir seus mandatos até 2016, os prefeitos a ser eleitos se constituição em peças fundamentais para a escolha dos candidatos a governador. Acresce que dos três maiores partidos, aquele que eleger mais prefeitos estará credenciado para disputar as maiores bancadas na Câmara dos Deputados.
Em suma, se as campanhas já se esboçam, logo crescerão de intensidade, antes mesmo de vencido o prazo para as desincompatibilizações.
A PRESSA DE JADER.
Mesmo tendo entrado em recesso, o Senado se reunirá dia 28, quarta-feira, para dar posse a Jader Barbalho, já diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará. Além dos integrantes da mesa, deverão comparecer senadores da bancada do PMDB. Os comentários nos corredores da casa dão conta de que Jader, que renunciou em 2000 para não ser cassado, também renunciará outra vez, mas por motivos diversos. Deverá candidatar-se a governador de seu estado, em 2014. Sendo eleito, abrirá mão de quatro anos no Senado.
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