AS SIRENES DO SILÊNCIO - Passados 11 dias desde o lançamento de 'A privataria Tucana', de Amaury Ribeiro Jr, os colunistas de política da Folha --Clóvis Rossi, Fernando Rodrigues, Catanhede e Lo Prete-- mantém um pacto de silêncio e cumplicidade em relação às denúncias de corrupção ali reunidas. A omissão coletiva e deliberada diante do documento político mais explosivo dos últimos anos lança uma suspeita de parcialidade sobre tudo o que já escreveram ou possam escrever sobre o tema que agora evitam. Há casos em que o silêncio jornalístico grita mais do que as sirenes que pretende abafar. Esse é um deles. Como explicarão aos seus leitores a criação de uma CPI, cuja motivação lhes foi sonegada até o último minuto, a exemplo do que fez a Globo na campanha das 'Diretas Já' , em 1984? Nesta 4ª feira, o deputado Protógenes Queiróz protocolou o pedido de abertura de CPI sobre o tema, com 185 assinaturas. Reabrir a discussão sobre a alienação do patrimônio público, mas sobretudo, arguir as condições em que isso se deu, que restrições impôs à macroeconomia do desenvolvimento brasileiro e a quem beneficiou-- depende agora do PT e da base aliada do governo. Um bom começo seria indagar os motivos que levaram 19 mandatados pelo PT a não assinarem o requerimento da CPI. (Carta Maior;5ª feira; 22/12/ 2011)
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