sábado, 14 de maio de 2011

CONFIANÇA NO TALENTO DOS JOVENS

Caio Júnior planeja uma equipe mesclada para o Campeonato Brasileiro, convencido de que o Botafogo poderá conseguir bons resultados. O técnico, no entanto, reafirma a confiança no talento dos jovens pelas observaçõea que já pôde fazer. Ele destaca os recém contratados Cortês (ex-Nova Iguaçu) e Galhardo (ex-Bangu), mas fala também com entusiasmo dos revelados no clube.
“O Botafogo tem jovens de grande potencial como William, Alex, Bruno e tantos outros que poderão se firmar e brilhar no Campeonato Brasileiro. Confio muito em todos porque sinto que apesar de ainda muito jovens têm personalidade e se apresentam no jogo” – disse o técnico, que hoje vai aproveitar novamente os valores jovens no amistoso com o America mineiro em Juiz de Fora.
Maicosuel será escalado em um tempo do amistoso de hoje com o America, de Belo Horizonte, que depois de sete anos está voltando em 2011 à Série A do Campeonato Brasileiro. O atacante reapareceu muito bem sábado passado, depois de delicada cirurgia no joelho, após sete meses inativo. Não só atuou bem em 30 minutos como fez um belo gol, o único do jogo que o Botafogo ganhou do Friburguense.
Marcelo Matos não jogará hoje porque está sentindo dores musculares e será substituído pelo novato Lucas Zen. Sobre a permanência de Marcelo Matos, ainda depende dos entendimentos com o Panatinaikos (Grécia), que precisa autorizar a prorrogação do empréstimo, que termina em junho. O próprio jogador disse que considera difícil a concordância dos gregos.
O time que inicia o amistoso de hoje é Jeferson, Lucas, Antonio Carlos, Fabio Ferreira e Cortês; Arévalo, Lucas Zen, Galhardo e Cidinho; William e Alex. No America mineiro os destaques são o goleiro Flávio, ex- Vasco, e o veterano Fabio Júnior, artilheiro do time.
Loco Abreu está acertando a prorrogação do contrato até dezembro de 2012. Enquanto isso, o Botafogo já interpôs recurso no Tribunal Pleno, que deverá julgar na próxima semana o pedido de efeito suspensivo da pena de cinco jogos aplicada por seu envolvimento em briga com os jogadores do Avaí, no gramado do estádio da Ressacada, em Florianópolis.
O Botafogo passará a semana em Porto Feliz, no interior paulista, onde fará a preparação final para a estreia no Campeonato Brasileiro, dia 22, com o Palmeiras. A delegação irá de lá para São José do Rio Preto, local da estreia. Os dirigentes não confirmaram o interesse no zagueiro Adailton, ex-Santos, embora o nome do jogador tenha sido falado ontem no club.

ATAQUE NO PAQUISTÃO

SOBRE O COMPLEXO DE VIRA-LATA

Por Carlos Chagas
Para espantar a urucubaca de hoje, sexta-feira, 13, só lembrando Nelson Rodrigues, o mais supersticioso dos brasileiros, para quem tudo o que acontecia no seu tempo estava escrito há dois mil anos. Longe de ser apenas um reacionário, o genial cronista intercalava  textos de submissão aos poderosos com  momentos de exacerbada independência e  nacionalismo.
Veio dele o conselho de que   precisávamos  perder rapidamente o complexo de vira-lata, inflando o peito e demonstrando a força inerente à nossa condição de país continental.
Passou muito tempo de sua partida, o Brasil mudou, afirmou-se no cenário internacional e avança para ser incluído no clube das nações mais importantes do planeta.
Só que de vez em quanto ainda sofremos certas recaídas caninas. Tome-se a empáfia com que somos tratados por certos importadores de nossos produtos.  Dia sim, outro também, a Rússia suspende as remessas de  carne que recebe para matar a fome de seu povo, como se estivesse fazendo um favor em importar o produto de nossos rebanhos e a modernidade de nossos frigoríficos. É precisamente o contrário. Sem a carne brasileira,  sofreriam os russos, nossos maiores fregueses. No entanto, impõem exigências descabidas e fiscalizações exageradas,  quando fica óbvio que se parassem de  importar, nós sobreviveríamos, mas eles iriam para o buraco. O que acontece, porém, é o oposto. De chapéu na mão, submetemo-nos às suas determinações, quase imploramos para continuar alimentando o povo das estepes.
Multiplique-se esse relacionamento por outros países e outros produtos que mandamos para fora. Dos frangos à carne de porco, da soja ao minério de ferro, tem-se a impressão de estarmos na dependência da caridade externa para continuarmos a exportar, quando na  realidade somos nós a fornecer o que eles precisam. E nem se fala, hoje, dos  preços a nós impostos, quando seu valor deveria ser estabelecido aqui, não nessas bolsas  de commodities funcionando lá fora.
De quando em quando alguns bissextos meios de comunicação denunciam o escândalo do nióbio. Detemos  mais de 90% das reservas mundiais de um mineral imprescindível à mais sofisticada indústria do planeta, de foguetes a naves espaciais e sucedâneos. Apesar disso, exportamos nióbio a preço de banana podre, somos explorados por multinacionais e governos variados. Mas o nióbio, assim como a carne, a soja e minério de ferro são nossos, estão aqui, devem-se à natureza e ao esforço nacional. Vale repetir, são os outros que precisam  importar, apesar dos óbvios prejuízos que teríamos caso parássemos de exportar. Diga-se, porém,  outra vez: sobreviveríamos. Eles,  não...

A MAIS NOVA CAVERNA DO ALI BABÁ.
De tempos em tempos somos surpreendidos com a descoberta de maracutaias monumentais, praticadas através dos anos sem conhecimento da nação. Já foram os tais cartões corporativos, assalto ao erário  praticado por montes de governantes. Há pouco, soubemos da existência dos tais bônus  semestrais pagos a diretores de empresas estatais, valores bem superiores à soma de seus vencimentos anuais. Um escândalo, porque se igualam aos dirigentes de empresas privadas que distribuem o que é deles, enquanto nas estatais, refestelam-se no que é público.
Pois agora acaba de ser exposta outra caverna do Ali Babá, também daquelas abertas há décadas nos planos municipal, estadual e federal. São os tais conselhos de empresas públicas e até da administração direta, para os quais são nomeados secretários, ministros, altos funcionários e até    protegidos e amiguinhos de prefeitos, governadores e presidentes da República.  Recebem, os  felizardos, polpudos jetons a pretexto de participarem de bissextas reuniões nas empresas para as quais foram aquinhoados.
Na  prefeitura de São Paulo levantou-se apenas a ponta do tapete. No país inteiro é a mesma coisa, nos três planos administrativos. Os conselhos servem para reforçar os vencimentos dos detentores do poder, ou para acudir a  falta de caixa de seus aliados. O diabo é que tudo se faz com dinheiro público, sem a contrapartida de estarem contribuindo para a melhoria da administração das empresas estatais e sucedâneos.

PONTO PARA AÉCIO.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado acaba de aprovar  relatório do senador Aécio Neves, limitando um pouco mais o poder de os governos editarem medidas provisórias. O ex-governador de Minas conseguiu o milagre de reunir, em seu texto, governistas e oposicionistas. Não foi o ideal, que para muitos seria a pura e simples extinção desse expediente parlamentarista em pleno sistema presidencialista. Pelo menos, se depois  aprovado pelo Congresso, o projeto de emenda constitucional acabará com os chamados “bodes” das medidas provisórias:  baixadas a respeito de um determinado tema, elas tem recebido  muitos outros na forma de emendas, sem o menor relacionamento entre estes e aqueles. Pelo menos, interrompe-se a farra dos éditos do trono que não possuem caráter de urgência nem de relevância.
Haverá que aguardar o pronunciamento do plenário do Senado e, depois, da Câmara, tendo-se presente que nenhum partido abrirá mão  das medidas provisórias. Os que estão no poder atuam para manter  a prerrogativa. Os oposicionistas sonham chegar lá.

QUEM SERÁ O  MONTGOMERY?
No auge da reação dos Aliados contra a dominação do mundo por Adolf  Hitler, destacou-se o general Bernard Montgomery, comandando os exércitos ingleses no Norte da África, na Sicília, na Itália e, depois, na invasão da França e da Alemanha.  Competente ao máximo, era também  um poço de vaidade. Durante parte de sua atuação, tinha um superior em Londres,  o general sir Alan Broke,   que certa  vez queixou-se ao  rei Jorge VI: “acho que o Montgomery anda atrás do meu emprego”.   Resposta do monarca: “pensei que fosse atrás do meu...
A  historinha se conta a propósito de uma pergunta feita na Esplanada dos Ministérios: quem será que busca ocupar as  funções  de comando  do ministro  Antônio Palocci?
Deve cuidar-se, mesmo, a presidente Dilma Rousseff, pois se o nosso Montgomery  caboclo obtiver sucesso, não se contentará com a chefia da Casa Civil...

Internacionalização da Amazônia, coisa de gringo!

Os caras piraram de vez! Isso só pode ser coisa de gringo. Eu não acredito que Marina da Silva comungue com uma coisa dessas: Certa vez um colega perguntou pra mim, se houvesse pena de morte e seu filho de uma forma ou outra matasse alguém você o entregaria?
Eu de pronto disse de jeito nenhum!
Ninguém está preparado pra decidir se meu filho tem que morrer!
Á na ora de lutar pelo que é meu eu vou até os quinto custe o que custar, à Amazônia é o pulmão do mundo e é nossa que Deus nos confiou e por ela nós temos que lutar a pau e pedra!
Por isso mesmo que não se deve aprovar qualquer projeto sem que antes todos nós tenhamos lido as cláusulas! É ai que mora o perigo tem gente que só pensam si: O povo da Amazônia são guardiões por natureza.

Agronegócio exporta US$ 80 bi em 1 ano.

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SOJA TEVE O MELHOR DESEMPENHO
O agronegócio brasileiro superou, pela primeira vez, a marca de US$ 80 bilhões em exportações no acumulado dos 12 meses, de maio de 2010 a abril de 2011. Com um aumento de 20,4% em relação a um ano atrás, o valor atingiu US$ 81,3 bilhões, de acordo com o Ministério da Agricultura. As importações no período somaram US$ 14,7 bilhões, o que resultou num saldo de US$ 66,6 bilhões. Apenas em abril, as exportações chegaram a US$ 7,9 bilhões, com crescimento de 24,4% em relação ao mesmo mês do ano passado e superávit de US$ 5,3 na balança comercial do agronegócio. Segundo o Ministério, o resultado de abril foi possível graças ao bom desempenho de algumas culturas, com destaque para o complexo soja (grão, farelo e óleo), carnes, complexo sucroalcooleiro (etanol e açúcar), produtos florestais (madeira, celulose, papel, borracha) e café. Os três setores foram responsáveis por 65,7% do valor total exportado.

OS VOVÔ MANDANDO VER . . .

CRUZANDO O CABO DA BOA ESPERANÇA

Tan-tã-tan-tã-tan-tã…

MAMAÇO

O que está passando com a sociedade brasileira? Será que estamos nos transformando numa sociedade castradora e reprimida? Cada vez mais nos chegam noticias de situações de repressão a direitos por todas as partes do país e níveis da sociedade.

COMO EU QUERIA

Uma simples conferência nos boletins eleitorais de Higienopolis mostrará a vocação fascista do bairro, onde, não por acaso moram FHC, Goldman e outros tucanos. O comportamento de seus moradores reproduz o que Israel faz com os plaestinos e o PSDB com os nordestinos. Tucanos e judeus são movidos pelo ódio e contra eles temos que nos mobilizar da forma como ocorreu. Vamos vencer e os trabalhadores terão o direito de usar o merô em Higienopolis e, sim, vamos fazer deste bairro um local de convivio social para todos os moradores de São Paulo, e não para poucos privilegiados.
O atraso do Nordeste não tem apenas uma causa, infelizmente; tampouco a erradicação da miséria se dará totalmente, em pouco tempo.
O presidente Lula foi o primeiro a olhar para os nordestinos e a dirigir-lhes políticas públicas que capacitaram um novo amanhecer para TODOS. A nova vida deu-lhes esperanças, conferiu-lhes dignidade. Se os filhos dos sertanejos pobres encontraram o rumo da escola, da educação, dias melhores vão surgir quando a semente plantada crescer. E haverá com certeza quem reclame da mão de obra mais cara (qualificada), via escolas técnicas e até novas universidades.
Com a presidenta Dilma Rousseff, essas políticas estão tendo continuidade.
A discriminação entretanto, pode até diminuir, mas não acabará. Inclusive, muita gente não tolera saber do grande aporte financeiro destinado a investimentos no nordeste. A questão da discriminação contra negros, pobres, nordestinos, homossexuais e mulheres, é por demais complexa. Ações institucionais nas áreas da educação e da cultura são, penso eu, imprescindíveis se queremos mudar esse cenário algum dia.
Quanto a questão do desenvolvimento intelectual, meu pensamento permanece o mesmo. Bem que eu gostaria de fazer uma releitura e perceber que eu estava errado.
Ah... como eu gostaria!!!

A DISCRIMINAÇÃO ? ?

A discriminação no Brasil é étnica, social e regional.

Por Emir SAder, na Carta Maior.
O processo de ascensão social de massas, inédito no Brasil, volta a promover formas de discriminação. A política – de sucesso comprovado – de cotas nas universidades, a eleição de um operário nordestino para Presidente da República – igualmente de sucesso inquestionável -, a ascensão ao consumo de bens essenciais que sempre lhes foram negados – fenômeno central no Brasil de hoje -, provocaram reações de discriminação que pareciam não existir entre nós.
A cruel brincadeira de repetir um mote das elites – “O Brasil não tem discriminação porque os negros conhecem o seu lugar” – mostra sua verdadeira cara quando essas mesmas elites sentem seus privilégios ameaçados. Setores que nunca se importavam com a desigualdade quando seus filhos tinham preparação sistemática para concorrer em melhores condições às vagas das universidades públicas, passaram a apelar para a igualdade na concorrência, quando os setores relegados secularmente no Brasil passaram a ter cotas para essas vagas.
Professores universitários – incrivelmente, em especial antropólogos, que deveriam ser os primeiros a lutar contra a discriminação racial -, músicos – significativa a presença de músicos baianos, que deveriam ser muito mais sensíveis que os outros à questão negra -, publicaram manifesto contra a política de cotas, em nome da igualdade diante da lei do liberalismo.
A vitória da Dilma, por sua vez, provocou a reação irada e ressentida de vozes, especialmente da elite paulistana, contra os nordestinos, por terem sido os setores do país que pela primeira vez são atendidos em seus direitos básicos. Reascendeu-se o espírito de 1932, aquele que orientou o separatismo paulista na reação contra a ascensão do Getúlio e de suas politicas de democratização econômica e social do Brasil. Um ranço racista, antinordestino, aflorou claramente, dirigidos ao Lula e aos nordestinos, que vivem e constroem o progresso de São Paulo, e aos que sobreviveram à pior miséria nacional no nordeste e hoje constroem uma região melhor para todos.
A discussão sobre o metrô em Higienópolis tem a vem com a apropriação privilegiada dos espaços urbanos pelos mais ricos que, quando podem, fecham ilegalmente ruas, se blindam em condomínios privados com guardas privados. A rejeição de pessoas do bairro – 3500 assinaturas – à estação do metrô expressava o que foi dito por alguns, sentido por todos eles, de impedir que seja facilitado o acesso ao bairro – a que mesmo seus empregados particulares tem que chegar tomando 2 ou 3 ônibus -, com a alegação que chegariam camelôs, drogas (como se o consumo fosse restrito a setores pobres), violência, etc.
Nos três tipos de fenômeno, elemento comum é a discriminação. Étnica, contra os negros, na politica de cotas; contra os nordestinos, nas eleições; na estação do metrô, contra os pobres.
Os três níveis estão entrelaçados historicamente. Fomos o último país a terminar com a escravidão, por termos passado de colônia à monarquia e não à república. Adiou-se o fim da escravidão para o fim do século. No meio do século XIX foi elaborada a Lei de Terras, que legalizou a propriedade – via grilagem, em que em papel forjado é colocado na gaveta e o cocô do grilo faz parecer antigo. Quando terminou finalmente a escravidão, todas as terras estavam ocupadas. Os novos cidadãos “livres” deixaram de ser escravos, mas não foram recompensados nem sequer com pedaços de terra. Os negros livres passaram a se somar automaticamente à legião de pobres no Brasil.
O modelo de desenvolvimento, por sua vez, concentrador de investimentos e de renda, privilegiou o setor centro sul do Brasil, abandonando o nordeste quando se esgotou o ciclo da cana de açúcar. Assim, nordestino, esquematicamente falando, era latifundiário ou era pobre. Esse mesmo modelo privilegiou o consumo de luxo e a exportação como seus mercados fundamentais, especialmente com a ditadura militar e o arrocho salarial.
A discriminação dos negros, dos nordestinos e dos pobres foi assim uma construção histórica no Brasil, vinculada às opções das elites dominantes em geral brancas, ricas e do centro-sul do pais. A discriminação tem que ser combatida então nas suas três dimensões completamente interligadas: étnicas, regionais e sociais. O fato do voto dos mais pobres (que inclui automaticamente os negros) e dos nordestinos estar na base da eleição e reeleição do Lula e na eleição da Dilma, com os avanços sociais correspondentes, só acirram as reações das elites. Discriminações que tem que ser combatidas com politicas publicas, com mobilizações populares e também com a batalha no plano das idéias

DA BURGUESIA FALIDA

GENTE DIFERENCIADA

Gente diferenciada invade Higienópolis para exigir Metrô.
Era pouco mais de 14 horas deste sábado quando algumas centenas de pessoas começaram a se concentrar em frente ao shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo. O motivo? Protestar contra a mudança da futura estação de Metrô da avenida Angélica para a avenida Pacaembu. A alteração dos planos na Linha 6 – laranja teria ocorrido após a Associação Defenda Higienópolis alegar que a obra não deveria ser feita ali porque aumentaria o "número de ocorrências indesejáveis" e a área se tornaria "um camelódromo".  
– Eu não imaginava que as redes sociais pudessem mobilizar tanta gente.
– Eu fiquei um tempão na Praça Vilaboim e não tinha ninguém. Pensei que era lá. Ainda bem que quando cheguei aqui encontrei a multidão.
– Eu acho que tem pouca gente. Mais de 50 mil confirmaram pelo Facebook e não vieram. Tem pessoas que se escondem atrás do computador, fazem ativismo só online.

Divergências à parte, o churrasco da “gente diferenciada” estava cheio. Bem cheio. Era pouco mais de 14h quando cerca de mil pessoas começaram a se concentrar em frente ao shopping Pátio Higienópolis. O motivo? Protestar contra a mudança da futura estação de Metrô da av. Angélica para a av. Pacaembu. A alteração dos planos na Linha 6 – laranja teria ocorrido após a Associação Defenda Higienópolis alegar que a obra não deveria ser feita ali porque aumentaria o "número de ocorrências indesejáveis" e a área se tornaria "um camelódromo".
A avenida Higienópolis foi fechada rapidamente pela multidão. Um policial tentava negociar com um homem que segurava uma tigela com farofa: “Precisamos saber o percurso de vocês, para interromper o trânsito”. “Eu não sou líder do movimento, não tem ninguém aqui para responder por isso”, diz ele, virando as costas para a autoridade.
“Sou representante da associação de moradores do bairro”, grita um jovem. Silêncio. Todos querem ouvir o que ele tem a dizer. “Me enviaram aqui para dialogar com vocês. Nós queremos o Metrô sim. Mas ele tem que ser condizente com o nível do bairro. Portanto, exigimos uma ligação direta com Alphaville, Morumbi e Veneza, na Itália”. Gargalhadas correm soltas.
Eliná Mendonça, vizinha do shopping, gosta da piada. “Só que essa questão é muito séria”, alerta. “Não é verdade que a gente aqui não quer isso. Não queremos ser vistos como elitista”. Ao seu lado está Myrna Kovyomdjian, também moradora do bairro. “Meu apartamento é na rua Ceará e eu quero o Metrô aqui”, diz. “Somos 55 mil pessoas em Higienópolis. Não podemos deixar que um abaixo-assinado com 3 mil nomes impeça o transporte público.” As duas senhoras lembram que, quando o shopping foi construído, também houve muita oposição. “Ninguém queria e agora todo mundo frequenta. Com o Metrô vai ser a mesma coisa”, completa Myrna.
A Associação Defenda Higienópolis? Nenhuma pessoa ali havia ouvido falar antes das denúncias. “Eu tenho um escritório ao lado do Pão de Açúcar [onde seria construída a futura estação, na Avenida Angélica], e não passou abaixo-assinado algum por lá”, afirma a consultora de recursos humanos Márcia Hasche, tomando um café dentro do shopping.
André Vasquez de Abreu não é habituê do bairro. Pelo contrário: mora em Itaquera. Mas decidiu ir ao protesto, mesmo tão longe de casa. “Eu trabalho como atendente de telemarketing na Praça da República e sempre pego o Metrô”, justifica. “E falaram que os diferenciados viriam de Metrô. Isso é para eles verem que nós viemos de qualquer jeito”, declara Vitório Felipe, também da Zona Leste, com um espetinho de queijo na mão e um sorriso no rosto.
Cartazes dão tom de brincadeira ao protesto. “Só ando de metrô em Paris, Nova York e Londres” foi um dos que fez mais sucesso. Alguns integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) queimam uma catraca e depois assam uns espetinhos nas chamas. A cena rende fotos e vídeos para todos os jornalistas presentes.
Finalmente em marcha, os manifestantes decidem subir a avenida Angélica até o local onde estava prevista a construção da estação. A bateria anima os gritos contra o governador Geraldo Alckmin e os moradores ditos “elitistas” da região. Uma churrasqueira é carregada para cima e para baixo, acesa. Em breve, todos se dispersariam no que terminou como um grande bloco de carnaval.
“Acho que o ato cumpriu seu papel”, avalia o promotor Mauricio Antonio Ribeiro Lopes, responsável por pedir esclarecimentos sobre o caso à Secretaria de Transportes Metropolitanos. Morador de Higienópolis, ele foi acompanhar de perto o protesto. Em entrevista mais cedo, Lopes havia dito à Carta Maior que iria averiguar a fundo a questão. “Quero saber porque o governo mudou de ideia em relação a onde colocar a estação. É preciso descobrir se, de fato, um grupo de 3.500 pessoas que fez o abaixo-assinado pode decidir pelas 25 mil que usariam diariamente essa estação de Metrô”. O governo tem 30 dias para responder seu pedido. Caso o promotor não fique satisfeito com a argumentação, solicitará a realização de estudos técnicos.
Em nota divulgada no final da semana, o Metrô reafirmou que a decisão de mudar a estação foi técnica e que está estudando a melhor localização para atender à FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), à Avenida Angélica, à Praça Vilaboim e ao estádio do Pacaembu. Entre os argumentos do governo está a proximidade com a futura estação Mackenzie – 610 metros – o que impediria os trens de adquirirem alta velocidade na linha . “Vou avaliar as distâncias entre todas as estações de São Paulo. Aquela entre a Sé e a Liberdade, na linha Vermelha, é menor ainda do que essa. Por que foi construída então?”, indaga o promotor Lopes.
Pelas andanças no bairro, apenas uma moradora se disse contrária à estação. “Já tem metro aqui perto. Santa Cecília, Barra Funda. Agora vai ter no Mackenzie. O pessoal pode caminhar, não é tão longe”, afirma Bia, que não quis revelar o sobrenome. Um de seus temores é que o bairro se desvalorize.
“Essa é a maior bobagem”, sentencia a arquiteta e urbanista Ermínia Maricato. “O Metrô valoriza os imóveis. É um serviço que todo mundo deveria querer. Isso é típico do Brasil, de uma sociedade muito desigual e preconceituosa, que não consegue conviver com a pluralidade”.
O pessoal do churrasco diferenciado bem que tentou se misturar: a cada esquina, convidavam os moradores a descer dos prédios para provar a carne.

SEXTA-FEIRA, 13

 Fantasma do colapso financeiro volta a rondar a Europa diante dos sinais -ostensivos-- de que a Grécia não sobreviverá sem novo aporte de recursos para evitar a oficialização de uma falência virtual . Dívida grega equivale  a  143% do PIB. Meta de ‘ajuste' acordada com credores prevê reduzir esse colosso  a 18% do PIB até 2020. Sangue , suor e lágrimas mostram-se insuficientes. ‘Inspetores' dos mercados, em Atenas nesse momento para tomar o pulso agonizante, enxergam uma única solução para evitar o ‘default':  fatias mais suculentas de privatizações do patrimônio público grego. "Só 20% é pouco", reclamam os porta-vozes dos mercados  sobre a condição originalmente acertada  com a UE e o FMI para  a ‘ ajuda ‘ de 50 bi de euros a Atenas.  Colapso grego causa apreensão e derruba bolsas européias nesta sexta-feira.Nos EUA, pós-execução de Bin Laden,  a inflação ao consumidor atinge o maior nível em dois anos e meio.A renda dos assalariados, em contrapartida, caiu 0,3% em abril, após declínio de 0,4% em março. Apenas 21% dos norte-americanos  espera melhora nas condições financeiras. Percentual é o mesmo registrado na mínima histórica da pesquisa, durante a explosão da bolha das subprimes, em 2008. É hora de o Brasil abraçar a teoria ortodoxa do excesso de demanda e trocar investimentos por mais juros? (leia artigo de Amir Khair, nesta pág.) (Carta Maior; Sábado, 14/05/ 2011)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

"Pai tô grávida'' ''você só tem 17 anos e já tá grávida sua puta?'' ''pai é do neymar'' ''nossa filha, que lindo, a vão se casar quando?''
Menina qualquer de 17 anos grávida: uma desmiolada; menina de 17 anos grávida de Neymar: uma sortuda! Vai entender?

DESEMBESTADA E SEM FREIO

Você que é destemido que não tem medo de nada vai um conselho de amigo não ande em qualquer... estrada.
Pra não ser atropelado por uma certa carroça. 
A  carroça é alvinegra e já deixou muitos pra traz Primeiro foi um leão este era da capital depois foi um do sertão nem padre nem sacristão salvaran o pobre animal. 
Aí veio a noite infernal. a carroça desembestada.
Um urubu se achando que era o tal faço isso faço aquilo o vovô vai se dar mal, mas a corroça sem freio partiu o bicho no meio em uma ...

AS LIÇÕES POLITICAS DA BATALHA DO CÓDIGO FLORESTAL

A movimentação em torno da votação das mudanças do Código Florestal na Câmara dos Deputados é até agora o mais interessante episódio político do governo Dilma Rousseff. Mais do que uma simples e já tradicional disputa entre dois setores antagônicos da sociedade - ruralistas e ambientalistas - que ocupam espaços e ministérios na gestão petista desde o primeiro momento do governo Lula, a batalha política das últimas semanas vem servindo como um corte diagonal que separa claramente alguns grupos de interesse dentro da ampla base parlamentar governista. Seja qual for o desfecho em relação ao novo Código, o comportamento da base (nem tão) aliada serve de alerta ao governo para futuros embates em torno de temas de grande relevância para a sociedade.
Afinal, até onde a presidente Dilma pode contar com os partidos médios e com o PMDB, seu maior aliado em termos numéricos? Contará com os parlamentares desses partidos quando o terceiro governo petista, por intermédio do Ministério das Comunicações, caminhar para aprofundar conquistas relativas à democratização dos meios de comunicação? Contará com eles quando o Ministério da Justiça decidir se debruçar sobre os arquivos da ditadura? Os ministros Paulo Bernardo e Maria do Rosário já podem começar a se preocupar seriamente com isso.
Que o diga a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que cortou um dobrado nesta reta final de negociações sobre o Código Florestal. Apesar do jogo de cintura que a fez ser mais bem sucedida em conseguir um acordo com o colega peemedebista Wagner Rossi, do Ministério da Agricultura, do que seus antecessores nos já históricos embates Marina Silva x Roberto Rodrigues ou Carlos Minc x Reinhold Stephanes, Izabella acabou perdendo firmeza ao se movimentar na areia movediça da base aliada. Refém do relator da matéria na Câmara, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o MMA acabou sendo levado a sucessivos recuos sem que isso se refletisse em concessões concretas no relatório.
Quem conhece o PCdoB sabe que uma parte considerável das figuras de proa do partido tem em relação às questões ambientais e produtivas uma visão que remonta ao final do século XIX. Ainda assim, a postura de Aldo Rebelo causou surpresa e constrangimento no governo. O deputado comunista nunca escondeu suas idéias favoráveis ao fortalecimento do agronegócio como instrumento primordial para o desenvolvimento do país, mas foi sua postura no varejo da negociação política que incomodou ao Palácio do Planalto.
Por mais de uma vez, Aldo fechou acordos com o governo e voltou atrás após consultar líderes da bancada ruralista. A gota d’água para o governo veio quando o deputado apareceu para uma reunião pretensamente definitiva com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sem sequer levar um esboço de seu relatório. Foi neste momento que o Planalto começou a trabalhar com a hipótese do adiamento da votação.
Palocci ganhou musculatura nas últimas semanas de negociação e a Casa Civil acabou tomando o lugar do MMA no papel de principal interlocutor do movimento socioambientalista dentro do governo. O desagrado do ministro com o relatório de Aldo e sua desconfiança em relação ao comportamento da base aliada foram fundamentais para que o governo recuasse em relação à votação. No primeiro dia de embate concreto no plenário, quem se alinhou às propostas do governo e de um PT firmemente liderado pelo deputado Paulo Teixeira (SP) foram o PV e o PSOL.
O governo Dilma passou muito perto de obter uma vitória política que não havia sido conquistada sequer por Lula. Seria ingenuidade acreditar em uma reforma do Código Florestal sem nenhuma concessão aos ruralistas e, baseado nessa serena convicção da presidente e dos ministros envolvidos, um acordo estava de fato sendo buscado. No entanto, a muita sede com que os parlamentares ruralistas querem ir ao pote somada ao comportamento tortuoso do relator acabaram por emperrar o processo.
Agora, caberá ao governo, sob a batuta de Palocci, evitar a aprovação de uma reforma do Código Florestal que faça o Brasil retroceder em sua política ambiental, com eventuais conseqüências internacionais. Finalmente, para as forças progressistas que compõem o governo e para a presidente Dilma Rousseff fica o alerta sobre futuros desmanches pontuais da base aliada durante a apreciação de temas contrários aos interesses dos setores conservadores da sociedade brasileira.
Depois de mais de 500 anos, o Brasil ainda insiste em ser colônia extrativista do mundo!
Nessa eu estou com os ruralistas querem transformar esse país numa imensa reserva????
Não acho que o Brasil tem que se preocupar com o que os outros países pensam sobre nós. Eles nunca nos perguntaram nada sobre o país deles. Acabaram com seus pulmões e agora querem que sejamos o pulmão do mundo, o Brasil tem um imenso território e podemos ser o primeiro país em exportação de alimentos, aliás já somos em carne. E vem essas ONGs querer ditar o que deverá ser melhor para o país. Será que elas estão preocupadas com o meio ambiente ou não querem o desenvolvimento do Brasil?
Acho a segunda hipótese mais real.
Vá ser contra o interesse nacional assim lá nos quintos.
A causa ambiental sempre foi reduto dos oportunistas, não pela causa - que é muito digna -, mas pelo bom-mocismo empregado por alguns, e a ex-Senadora Marina Silva, como Polyanna, tem se mostrado muito esperta, salvaguardada por ONGs americanas. 
Defender a soberania nacional é atualizar uma regulamentação de uma época onde a maioria da população era rural e aplicar o desenvolvimento sustentável, não deixando de desenvolver. O que estão fazendo com o Deputado Aldo Rebelo é vergonhoso, ele sempre foi fiel ao governo progressista encabeçado pelo PT, porém, por puro oportunismo também, está sendo achincalhado por parlamentares deste partido.

CÓDIGO FLORESTAL

Código Florestal: de olho no exterior, governo faz guerra de nervos.
Convencido pelo Itamaraty, Planalto joga duro com ruralistas para salvar prestígio ambiental brasileiro a um ano de o país sediar encontro planetário sobre desenvolvimento sustentável. Escalado por Dilma Rousseff para minimizar estragos, ministro Antonio Palocci comanda estratégia de guerra de nervos que desorienta adversários e torna desfecho imprevisível. Bancada do agronegócio mostra que já não tem força de outros tempos, mas a do meio ambiente ainda depende da opinião pública.

SEXTA-FEIRA 13

FIM DE FESTA?

Cotações de commodities despencam nas bolsas mundiais sinalizando fuga de especuladores, movidos por duplo alerta: preços já excessivamente altos e perspectiva de esgotamento da super-liquidez americana. Consultores emitem advertencia global: "Este é um momento de inflexão, de transição de um cenário de tomada de risco para o desmanche de posições. É nessa hora que os grandes investidores reavaliam apostas ... Os preços mais elevados (das commodities) obrigam o "animal capitalista" a repensar suas decisões de investimento..."   (Rogério Freitas; Valor). "A queda nos preços de commodities tem o mesmo impacto que uma redução na liquidez por meio de (alta) dos juros. Quando as commodities caem, as moedas da região caem junto" (Jorge Knauer; Reuters). "Num cenário de "parada súbita" (do ingresso maciço de divisas)  o Brasil pode perder em poucas semanas uma fração expressiva de suas reservas internacionais e a possibilidade de "overshooting" da desvalorização cambial (com) aceleração da inflação não pode ser descartada....o custo do ajuste súbito via "mercado" pode ser muito superior ao do ajuste gradual via mudança na política cambial" (J.L. Oureiro; Valor) - (Carta Maior; 6º feira, 13/05/ 2011)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A GUARANIA DA SOBERANIA

REPARAÇÃO HISTÓRICA EM ITAIPU - A partir de hoje o Paraguai passa a receber três vezes mais pela energia excedente de Itaipu que vende ao Brasil (de us$120 milhões a receita salta para us$360 milhões/ano). Os acordos assinados entre as ditaduras paraguaia (Stroessner) e brasileira (Garrastazu Médici) que ordenaram a construção da hidrelétrica em 1975 --obra que só ficou pronta em 1982--  sempre foram encarados como leoninos e ilegítimos pelos socialistas e democratas  do país vizinho. Somente após a chegada do PT ao governo brasileiro e com o fim do ciclo autoritário no Paraguai, que durou 61 anos, graças à eleição de Lugo, o assunto passou a ser tratado como questão pertinente de Estado. Contra  a xenofobia hipócrita da direita brasileira , sempre obsequiosa no entreguismo ao grande irmão do Norte e implacável na confrontação com os vizinhos do Sul,  hoje, finalmente, tem festa no Paraguai. Dilma e Lugo assinam a reparação histórica que repõe a soberania, a cooperação e a solidariedade como valores imperativos na relação entre o povo paraguaio e o povo brasileiro para o bem da integração latino-americana. (Carta Maior; 5º feira, 15/05/ 2011)
Ceará, só imaginação.
Ceará que é tudo isso em vão.
Ceará que um dia vamos conseguir vencer.
Sucesso da Legião que está bombando no Ceará.
Na última semana beatificamos um papa, casamos um príncipe, fizemos uma cruzada e matamos um mouro.
Bem-vindos à Idade Média!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

AGUARDA-SE O CONTRA-ATAQUE

Poucas  paróquias iniciaram o contra-ataque nas missas de domingo.  A maioria ainda espera instruções da CNBB e da alta hierarquia da Igreja Católica. Fala-se da reação diante da   decisão do Supremo Tribunal Federal, semana passada,  de  diminuir a discriminação dos   homossexuais, reconhecendo direitos para as uniões estáveis entre cidadãos do  mesmo sexo. E mais, da possibilidade de o Congresso ampliar direitos da categoria, descriminalizando a homofobia.  Fora algumas exceções,  insurge-se  o  clero contra a aceitação dessa tendência universal, combatida   rigidamente   pelo Vaticano. Só  que fica difícil  sustentar mais uma   forma de intolerância,  depois do desgaste causado pela rejeição dos filhos ditos naturais,  da pílula, das  camisinhas, do divórcio, da ordenação de mulheres e da quebra do celibato. Párocos e curas aguardam uma palavra de ordem, pois  o silêncio pode muito bem transformar-se na pior das soluções.

FALTA CORAGEM

Continuamos o país dos  jeitinhos. A mais recente  Assembléia Nacional Constituinte instalou-se em 1987 e   decorrido um ano e meio inexistiam sinais de estar próxima a promulgação  do texto final. Muito tempo se perdeu com os trabalhos das   Comissões Temáticas que produziam seus projetos  sem olhar para o lado, quer dizer, uma não sabia o  que a outra fazia, resultando não raro em capítulos  redundantes, senão conflitantes, até  que por decisão do relator, Bernardo Cabral, criou-se a Comissão de Sistematização, encarregada de  compatibilizar as variadas contribuições.
Mesmo assim, o processo andava a passos de tartaruga, ou em muito aspectos nem andava, dada a divisão dos constituintes em dois grupos.
De um lado os  que se intitulavam o Centro Democrático, apelidado de “centrão”, na verdade os conservadores, para não dizer os reacionários, infensos a qualquer tipo de reformas, precursores do chamado neoliberalismo.
No reverso da medalha pontificavam os ditos “progressistas”,  em grande parte ingênuos imaginando mudar o  Brasil  através de folhas de papel, iludidos de que bastava escrever milagres sociais e políticos para  eles tornarem-se realidade.
O resultado foi o impasse, pois nenhum dos lados dispunha de maioria para fazer prevalecer seus pontos de vista. O tempo ia passando e mais de cem princípios maiores permaneciam indefinidos e sem solução, como  em matéria de reformas sociais,  econômicas, monopólios, propriedade estatal  e atribuições do poder público.
Como estamos no Brasil, quem deu a solução foi o dr. Ulysses, presidente da Assembléia, mesmo  invertendo a mais lógica  das regras  do Direito Constitucional.  Porque desde que surgiram as Constituições  estabeleceu-se  deverem elas  conter as definições fundamentais, as mais importantes. A lei ordinária se encarregaria de detalhar o que a lei maior dispunha.  Por conta do confronto, o saudoso mestre determinou que ficariam para a lei ordinária os princípios onde inexistia consenso, quer dizer, a Constituição foi promulgada com vazios monumentais. Caso contrário estaríamos até hoje sem Constituição.
Um desses vazios, até hoje à vista de todos,  reside no artigo 220, da Comunicação Social. Num de seus parágrafos  lê-se que “compete à lei federal (...) estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a  possibilidade de se defenderem  de programas ou programações de rádio e de televisão que contrariem o respeito aos valores éticos e sociais da pessoa  e da família.”
Pois bem. Passados 23 anos da promulgação da Constituição, onde estão esses meios legais? Em que caverna  se esconde a garantia da defesa contra o lixo que flui cada dia mais intensamente das telinhas e microfones do país?
Nenhum partido, nenhuma bancada, nenhum parlamentar dispôs-se até hoje de encontrar   mecanismos para nos defender. Nenhum governo,  já  que também cabe aos governos a iniciativa de projetos de lei.
Seria simples, caso não faltasse coragem. Nada de censura, pois em diversos artigos a Constituição a proíbe. De jeito nenhum estabelecer   restrições à liberdade. Mas por que não dispor penalidades a posteriori, quer dizer, depois da divulgação de baixarias,  de incentivos ao crime e ao tóxico, de pornografia explícita e de tanta coisa a mais, seria simples a lei determinar admoestações públicas, multas, suspensão de concessões e até cassação  das próprias. 
Por que até hoje nada se fez? Porque tanto os governos quanto deputados e senadores temem desagradar os barões televisivos. Morrem de medo se, como represália, sofrerem campanhas por parte dos meios de comunicação. Ou, mesmo, se forem  banidos do  noticiário, ante-sala do fim de suas carreiras políticas.  Tanto pior para a pessoa e para a família...

UNIÃO COFRE

MARCHAS DOS PREFEITOS

PREFEITOS NA FRIGIDEIRA

Por Carlos Chagas
Pelo menos mil dos 5.590 prefeitos de todo o país estarão hoje em Brasília, de chapéu na mão,  para mais um apelo ao governo federal. Estão, com raras exceções,  com a corda no pescoço, especialmente os do  PT e do PMDB, aqueles que ostensivamente apóiam a presidente Dilma Rousseff. Dentro de poucos meses abrir-se-á em seus municípios a temporada para as eleições do  ano que vem e,  pelas informações de que os prefeitos dispõem, as coisas  vão  mal. Os alcaides andam na baixa, em termos de popularidade. Pouco puderam fazer, desde que   empossados, para cumprir suas promessas de campanha, prevendo-se sensíveis    derrotas tanto para os  candidatos  à reeleição quanto para os dispostos a fazer o sucessor. Ainda haverá tempo para virarem  o jogo, desde que ajudados financeiramente pelo  poder central.  Os oposicionistas pegarão carona no lamento dos governistas, daí a idéia da Marcha Sobre Brasília. Estão atentos aos rumores de que o palácio do Planalto lançará  nova campanha social, desta vez “Água para Todos”, iniciativa capaz de beneficiá-los, já que as obras ficarão a cargo dos municípios, desde que irrigados com recursos federais.
Dizia o dr. Ulysses que ninguém mora na União nem nos estados. O cidadão mora no município, para onde volta suas necessidades e suas  críticas. À exceção das grandes capitais, conhece o  prefeito,   é vizinho  dele e recebeu de viva voz apelos para elege-lo. Por isso, detém a prerrogativa da cobrança direta. Pela lógica, os prefeitos dependem dos governadores, mas faz séculos que fora alguns privilegiados, a maioria não recebe as atenções  devidas. Assim, de quando em quando, eles decidem  queimar etapas, dirigindo-se diretamente ao presidente da República.

" É um caso velho. É mais do que velho, é antiquíssimo"

Vice-pres. Michel Temer,sobre processo por corrupção que corria contra ele no Supremo Tribunal Federal.

Terra de cego

Enquanto uns estudam muito, formam-se, prestam duros concursos, submetem-se a rigorosos processos seletivos para, depois, poderem aplicar a lei outros, apenas porque foram eleitos por um eleitorado com muitos ignorantes, transformam-se em fazedores de leis que todos devemos cumprir.
Esse é um dos defeitos da democracia.
Outro pode ser a ausência de bons candidatos.
Em terra de cego, a boa democracia não rima com maioria.

TRADUZINDO O VICE

" É um caso velho. É mais do que velho, é antiquíssimo" 

Vice-pres. Michel Temer, sobre processo por corrupção que corria contra ele no Supremo Tribunal Federal.

Com relação à resposta que deu sobre o processo por corrupção que corria contra ele no STF, Michel Temer só quis dizer que já faz muito tempo que ele é corrupto, mais do que corrupto, corruptíssimo.

GASOLINA NO BRASIL

PETROBRAS PRA QUÊ ?

Vejo o preço dos combustíveis irem as alturas e aparecem os culpados como sendo, única e exclusivamente os donos de postos. Claro que estes tem uma enorme parcela de culpa, mas a culpa maior é de nós, brasileiros, pacatos, submissos e incapazes de detonar um "bombaço", reclamar aos berros sobre a "nossa" exploradora de petróleo e mais ainda, do nosso povo, a Petrobras. Essa empresa que devia proporcionar um combustível bom e de preço justo aos consumidores nacionais, pelo que leio o faz sim, mas para os povos paraguaios, bolivianos, americanos etc, para onde exportam combustível por uma fração do preço que nos vendem.  A presidência da empresa e o governo brasileiro nos vêem como um bando de trouxas, pois pagar R$ 3,00 por um litro de gasolina e quase isso pelo alcool é menosprezar nossa inteligência. Tudo bem que o petróleo é uma commoditie, mas a gasolina chegou aos R$ 2,50 antes da crise mundial e o barril de petróleo já estava a U$ 140,00, assim não é nenhum favor que nos vendesse o litro a não mais que R$ 2,00. Petrobras prá que? prá fazer propaganda ridícula "gasolina Petrobras, o sonho de todo carro".
Que eu mudaria para "Gasolina mais barata da Petrobras, o sonho de todo brasileiro".  Essa estatal tem que ser repensada e repensada, pois de nada nos serve.

O NOVO VISUAL DE LOCO ABREU


De cabelo curto e alisado. Foi assim que Loco Abreu se apresentou ontem no treino, atraindo a atenção e logo alvo de brincadeiras dos companheiros de time. Ele apenas sorriu e disse que estava se sentindo com a cabeça mais leve.
Caio Júnior decidiu efetivar o meio-campo Galhardo e o atacante Willian no time que fará o amistoso de sábado, às 16 horas, com o America, de Belo Horizonte, no estádio Mario Helênio, em Juiz de Fora, com ingresso ao preço único de R$10.
Galhardo, que disputou o Campeonato Carioca pelo Bangu, ficou empolgado ao ser informado: “É tudo que quero para me firmar no time. Gosto de correr, marcar, atacar, acertar nos passes e nas finalizações. Meu sonho é ser titular”.
Antonio Carlos disse que o Botafogo precisa contratar pelo menos mais um zagueiro: “O Campeonato Brasileiro é longo e todos os times têm problema de contusão e de cartão. Vamos precisar de um grupo bem forte”. Ele criticou o modelo do Campeonato Carioca: “Tem muitos jogos que não valem nada e são tecnicamente ruins. Ganha quem tem mais preparo físico”.
A estreia do Botafogo no Campeonato Brasileiro, dia 22 com o Palmeiras, que poderia ser no estádio Bezerrão, no Distrito Federal, foi anunciada ontem pelo Palmeiras, que tem o mando de campo, para o estádio de São José do Rio Preto, no interior paulista.