terça-feira, 10 de maio de 2011

O mais interessante dessa questão é a ambiguidade entre criatura e o criador. Se temos público, há quem o forme.
Na dúvida de quem surgiu primeiro, se ovo ou galinha, os donos da voz bem podiam dar algum exemplo. O que se vê, então, à moda chique, é um prostíbulo onde a publicidade banca a bestialidade que atrai as almas perdidas.
E tudo se repete, no nada se cria, tudo se copia.
É o vale-tudo do capitalismo.
Se ofensas dão lucro, ofendamos e danem-se os ofendidos. Se falta de empatia é lucrativa, às favas as dores alheias.
Limites e responsabilidades não são lucrativos, então que se explodam.
Gente medíocre e sem talento como esses do CQC (aliás, a falta de talento do Tas chega a constranger) não tem muita opção de se destacar sem ser pela brutalidade, pela exploração do mais basilar, pela ofensa, pela polêmica.
Querem aparecer – PRECISAM aparecer – a qualquer custo.
Mesmo que o custo seja a própria humanidade ou a dor dos outros. Sempre haverá quem ria da desgraça alheia, e poucos são inescrupulosos o suficiente a ponto de usar a dor alheia pra se promover.
Realmente, se a empatia é o que nos separa dos animais, gente como o Rafinha, e os que riem de seu “humor”, incapazes de reconhecer a si próprios como tal, por pura falta de empatia, não o são.
É o que lhes permite rir da dor alheia. E dizer que deixarão de rir quando a dor não for mais alheia, mas própria.
Mais do que sobrar egoísmo, falta-lhes humanidade e respeito por ela. Rafinha não se entende um humano. Ele se acredita superior, imune às dores deles, pois apenas ele, seus interesses e sua dor, importam.
Mais do que rir e fazer pouco da dor alheia, esse tipo de gente se alimenta dela, como vampiros. Eles torcem pela dor, pela desgraça, e a veem apenas como fonte de lucro ou de diversão.
Às favas com ele e com seus seguidores. Rafinha os explora e não os respeita, exatamente como merecem.

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