sábado, 3 de setembro de 2011
Mais de 400 mil saem às ruas pedindo justiça social em Israel
Milhares de israelenses se mobilizaram neste sábado e saíram às ruas centrais de várias cidades exigindo mudanças na política econômica do governo Netanyahu. A maior manifestação ocorreu em Tel Aviv, onde cerca de 300 mil pessoas se reuniram na praça Kikar Hamedida, no centro da cidade. Os manifestantes levavam cartazes e faixas com o slogan “O poder do povo” ou com mensagens para o primeiro ministro “Bibi Netanyahu, vá para casa”, e gritavam consignas como “Queremos justiça social”.
Milhares de israelenses se mobilizaram neste sábado e saíram às ruas centrais de várias cidades exigindo mudanças na política econômica do governo Netanyahu. A maior manifestação ocorreu em Tel Aviv, onde cerca de 300 mil pessoas se reuniram na praça Kikar Hamedida, no centro da cidade. Os manifestantes levavam cartazes e faixas com o slogan “O poder do povo” ou com mensagens para o primeiro ministro “Bibi Netanyahu, vá para casa”, e gritavam consignas como “Queremos justiça social”.
Roberto Dinamite planeja criar a Calçada da Fama em São Januário, com pés e mãos de ex e atuais jogadores.
Joel Santana é o mais cotado para ser o novo técnico do Bahia, que o interino Eduardo Barreto vai dirigir amanhã.
Emerson Ávila, técnico da seleção brasileira sub-17, dirige o Cruzeiro no jogo de amanhã, no Pacaembu, com o Palmeiras.
Lazaroni, técnico do Qatar, estreou ontem nas eliminatórias da Ásia da Copa 2014 empatando (0 a 0) com o Bahrein.
Zico, estreou ontem na seleção do Iraque perdendo (2 a 0) para a Jordânia, nas eliminatórias asiáticas da Copa 2014.
Otamendi fez o gol da vitória (1 a 0) da Argentina sobre a Venezuela no amistoso de ontem na Índia.
Cristiano Ronaldo marcou dois na goleada (4 a 0) de ontem de Portugal sobre Chipre, nas eliminatórias da Eurocopa 2012.
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, sob ameaça de denúncia dos Procuradores da República de todos os Estados.
Sílvio Berlusconi, primeiro-ministro, multimilionário, diz que “sinto vergonha de viver num país de merda como a Itália”. Ele é dono das principais empresas de comunicação e do Milan, um dos clubes mais ricos do mundo. Mas, foi infeliz ao dizer o que afirmou.Adalberto Galvão, presidente do Sindicato da Construção Pesada da Bahia, diz que os operários da Arena Fonte Nova, só voltam ao trabalho quando tiverem os direitos atendidos.
Alexandre Pato comemorou 22 anos ontem jantando à luz de velas com a namorada Barbara Berlusconi, filha do dono do Milan.
Nei Franco, técnico da seleção que disputará os Jogos Pan-Americanos – 14 a 30 de outubro, em Guadalajara – diz que os clubes não tem mostrado interesse em ceder os jogadores.
Júlio César, goleiro da seleção, comemora 32 anos, hoje, em Londres, com direito ao parabéns cantado pelos companheiros.
DE OLHO NO INIMIGO
O Botafogo soube ontem que o jogo marcado para amanhã com o Santos foi remarcado para a quarta-feira 19 de outubro, na Vila Belmiro, embora possa ter que ser disputado em outra data, em virtude dos compromissos do time na Copa Sul-Americana. O técnico Caio Júnior, sempre atento, aproveita a folga e vai a Fortaleza, amanhã, assistir Ceará x Internacional.O Ceará é o próximo adversário do Botafogo, quarta-feira, às 16 horas, no Engenhão. Como o time chegou à vice-liderança, a dois pontos do líder, o clube conta com a lotação completa do estádio no feriado do Dia da Independência e decidiu antecipar para hoje a venda de ingressos, que variam de R$ 20 a R$ 40.
Caio Júnior considera importante estar presente amanhã no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza: “Futebol no estádio é muito diferente do que se vê na televisão porque se tem a dimensão completa do campo e é possível observar bem todos os detalhes” – disse o técnico, que hoje encerra a semana de treinos. Amanhã, os jogadores do Botafogo estarão de folga.O único desfalque para o jogo com o Ceará é o lateral-esquerdo Cortês, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Caio Júnior já antecipou que Marcio Azevedo voltará ao time. O zagueiro Antonio Carlos continua em recuperação do estiramento muscular na coxa, mas é possível que tenha o retorno antecipado. Gustavo e Fabio Ferreira continuarão formando a zaga.
O goleiro Jeferson, em Londres com a seleção para o amistoso de segunda-feira com a seleção de Gana, voltará a tempo de jogar quarta-feira. Os jogadores consideram que a folga de uma semana fará bem ao time, com tempo para treinar e descansar bem, até porque não terá que viajar. O estado de ânimo do grupo é muito bom.
A primeira rodada do returno derrubou três técnicos, não só por terem perdido e empatado em casa, mas pela sequência da má campanha dos times: Joel Santana foi demitido pelo Cruzeiro, depois da derrota, em Minas, para o Figueirense; Renato foi demitido do Atletico Paranaense, após perder, em Curitiba, para o Atletico Mineiro, que não ganhava há seis jogos, e Renê Simões foi demitido pelo Bahia, que considerou inaceitável o 0 a 0, em Salvador, com o lanterna America Mineiro.
Os técnicos e os clubes: Silas saiu do Avaí para um time da Arábia Saudita. Alexandre Gallo, que o substituiu, foi demitido. Agora, o técnico é Toninho Cecílio, que levou o time à vitória, quarta-feira, sobre o Flamengo, em Florianópolis, por 3 a 2. Cuca, depois de algum tempo sem clube, foi demitido do Cruzeiro, que contratou Joel Santana, que perdeu o cargo após a derrota de quarta-feira para o Figueirense.Adilson Batista, hoje no São Paulo, havia sido demitido do Atletico Paranaense, que contratou Renato Portalupi, demitido quarta-feira. Paulo Cesar Carpegiani foi demitido do Atletico Paranaense, que contratou Adilson Batista. Mauro Fernandes perdeu o cargo no America Mineiro, que contratou Antonio Lopes, que depois de poucas rodadas fez acordo e hoje está sem clube.
Os técnicos e os clubes: Silas saiu do Avaí para um time da Arábia Saudita. Alexandre Gallo, que o substituiu, foi demitido. Agora, o técnico é Toninho Cecílio, que levou o time à vitória, quarta-feira, sobre o Flamengo, em Florianópolis, por 3 a 2. Cuca, depois de algum tempo sem clube, foi demitido do Cruzeiro, que contratou Joel Santana, que perdeu o cargo após a derrota de quarta-feira para o Figueirense.Adilson Batista, hoje no São Paulo, havia sido demitido do Atletico Paranaense, que contratou Renato Portalupi, demitido quarta-feira. Paulo Cesar Carpegiani foi demitido do Atletico Paranaense, que contratou Adilson Batista. Mauro Fernandes perdeu o cargo no America Mineiro, que contratou Antonio Lopes, que depois de poucas rodadas fez acordo e hoje está sem clube.
O America Mineiro, lanterna e com poucas chances de permanecer na Série A em 2012, teve o ex-goleiro Milagres como técnico por um jogo e contratou Givanildo, que permanece no cargo. Falcão não deu certo no Internacional no Campeonato Brasileiro, embora tenha sido campeão gaúcho. O substituto Osmar Loss demorou pouco e Dorival Júnior, que estava no Atletico Mineiro, foi contratado.
Helio dos Anjos é o mais bem-sucedido dos que assumiram no decorrer do campeonato. Com ele, o Atletico Goianiense saiu do rebaixamento e subiu para o nono lugar, com cinco vitórias consecutivas. Paulo Cesar Gusmão iniciou o campeonato e pediu para sair, em virtude da doença do pai, e o substituto dele foi Jairo Araújo, que ficou pouco tempo no cargo.
O 'Brazilian Day' pernambucano
A tradicional comemoração anual intitulada The Brazilian Day em New York terá a participação massiva de atrações pernambucanas como os bonecos gigantes de Olinda, O Maestro do Forró, Orquestra Popular da Bomba do Hemetério e muito frevo no pé.
Além dessas atrações, a EMPETUR, Empresa Pernambucana de Turismo, levará a gastronomia pernambucana sob o comando do chef Thiago Freitas, para que os americanos conheçam as iguarias deliciosas e tradicionais do Nordeste.
O Dia Brasileiro, em New York, desse ano terá uma coloração e um sabor diferente.
Terá a marca registra da "Terra dos altos coqueiros".
A Independência dos Poderes
É interessante a desenvoltura do Presidente do STF quanto ao reajuste salarial dos nababescos do Judicirário brasileiro.Será que o sr.Presidente sabe que 70% dos assalariados brasileiros ganham em média R$ 700,00? Será que ele sabe quanto ganha um motorista do STF? Ganha mais do que um médico que trabalha 40 horas semanais e que estudou mais de 10 anos só na faculdade.
Que país é este?
Estamos pior do que na época do Brasil colonia.
A presidenta Dilma Rousseff fez muito bem de mandar o Congresso descascar este pepino.
Imagine se os nababescos do judiciário ganhassem por produtividade, no final do mês 80% não faria jus nem 20% do ordenado.
Exemplos a serem seguidos
Em toda parte, faz parte de nosso dia-a-dia, a contravenção, o "gato", está no sangue. O brasileiro não respeita, não sabe respeitar e não quer ser respeitado. Mostra isto todo dia. Nossas autoridades constituídas nos lembram sempre de que leis, valores, regras não devem ser cumpridas. A câmara federal que que nos diga! Lamento que somente uma pequena parcela seja beneficiada. Quem sabe um dia o povo acorda e se dá conta que paga muito para receber tão pouco.
A MÃO DO PT NA CAIXA DE MARIMBONDOS
Por Carlos Chagas
Se não tiver havido recuo, o Quarto Congresso do PT, inaugurado ontem em Brasília, estará discutindo hoje o controle social da imprensa, proposta levantada no final do governo Lula e engavetada nesses oito meses do governo Dilma. Polêmica, a tese arranha a possibilidade de ser colocado em xeque o conteúdo das informações jornalísticas, coisa que contraria não apenas um, mas diversos artigos da Constituição de 1988.
Os companheiros pretendem debater três aspectos principais das relações da imprensa com a sociedade: a chamada propriedade cruzada; a quebra de monopólios e oligopólios; e a democratização da mídia.
A crítica à propriedade cruzada envolve postulados que os Estados Unidos cumpriam até o governo do Bush filho, do impedimento de um mesmo empresário ou grupo econômico possuir a um só tempo jornais, revistas, rádios e televisões. No Brasil, a proibição nunca existiu, muito menos agora, quando conglomerados, organizações e pessoas dispõem do controle de variados meios de comunicação. O argumento contrário é de que, dispondo dessa variedade de mídias, um mesmo grupo controlará as informações divulgadas na sua cidade, região, estado ou até nacionalmente. Pode haver distorção da opinião pública. O problema é que mesmo se vetada a propriedade cruzada, hipótese inviável nesses tempos de neoliberalismo, será sempre possível que testas de ferro subordinem-se à diretriz maior do verdadeiro dono de tudo.
A quebra de monopólios ou oligopólios torna-se da mesma forma impossível, dada a existência de laranjas em toda sorte de atividades humanas, não ficando os meios de comunicação isentos da malandragem.
A mais discutida e discutível das propostas do PT envolve a democratização da mídia, atingindo em cheio o conteúdo divulgado pelos diversos órgãos. O que significa democratizar? Obrigar um jornal que defende o bombardeio da Líbia, por exemplo, a abrir espaço para o coronel Kaddaffi? Exigir de uma televisão que apresenta imagens e propaganda de bem alimentados pimpolhos americanos, para que mostrem, também, a fome atingindo as criancinhas do Harlem? Quem assumiria o exercício dessa democratização? Não pode ser o governo, que se exercesse essa função precisaria assumir-se como ditadura. Nem um partido eventual ou permanentemente no poder pode ter essa prerrogativa. Um Conselho de Comunicação constituído por jornalistas e donos de jornal? Não se entenderiam nunca, ficando ainda a indagação: quem selecionaria os integrantes do colegiado?
Em suma, se a direção nacional do PT levar esse tema à discussão e à decisão do Quarto Congresso, a confusão será geral. Ainda mais porque, desconfia-se, as propostas estão sendo impulsionadas por conta de recente tertúlia entre a revista Veja e a postura do ex-deputado José Dirceu. Fala-se, entre certos companheiros, da necessidade de desagravar o ex-chefe da Casa Civil, que além de ser chamado de tutor do partido e do governo, teve seu apartamento de hotel invadido por um repórter do referido semanário. Teses da importância do controle da mídia não podem ser examinadas à luz de episódios pessoais. Se for essa a motivação, nada feito.
SUGISMUNDOS CONTRA A FAXINA
Outro fator de desentendimento entre os integrantes do Quarto Congresso refere-se à tendência do grupo majoritário de minimizar e até opor-se aos que defendem a faxina que a presidente Dilma Rousseff iniciou no governo. Apenas os companheiros mais jovens sustentam que o partido deve apoiar e estimular a luta contra a corrupção, mesmo podendo atingir líderes e dirigentes do PT. Tem gente graúda temerosa de que uma ação continuada da presidente para investigar e punir malandros poderá prejudicar o partido. Afinal, a maioria dos ministérios e penduricalhos está sob direção petista, tendo recentes denúncias respingado em muitos deles. Reabrir feridas que não fecharam poderia prejudicá-los nas eleições do ano que vem e em 2014.
COMO DILMA NÃO TEVE NADA A VER?
Chega a ser hilariante o comentário de ministros do setor econômico a respeito de não ter a presidente Dilma influenciado a decisão do Copom de reduzir juros. Teria sido por acaso que logo depois de incisivas críticas da chefe do governo à taxa de juros, o Banco Central voltou atrás e baixou meio ponto percentual nos números até então vigentes? Como deixariam de atender, mais do que a uma opinião, uma verdadeira crítica, ou melhor, uma ordem?
É preciso que certos assessores da presidente parem com essa tentativa de livrá-la de responsabilidades, imaginando poupá-la. Se ela entendeu chegada a hora de começar a baixar os juros, assim se pronunciou em pleno exercício de seus poderes e de seu mandato. É ela quem manda e quem quiser continuar, que obedeça...
PONTO PARA O JUDICIÁRIO
Sensibilizou-se o governo diante da reação unânime dos ministros do Supremo Tribunal Federal, protestando contra o corte de 14% nas dotações orçamentárias, previstos para enfrentar o reajuste do Poder Judiciário no ano que vem. A tesoura da ministra do Planejamento não poderia ter cortado tanto, no afã de mostrar economia. Resultado é que a presidente Dilma mandou restabelecer a proposta feita antes pelos tribunais superiores. Se for para encontrar recursos em outros setores da economia, que tal taxarem um pouco mais o lucro dos bancos? Em especial se for esse o preço da continuidade do funcionamento da Justiça.
Se não tiver havido recuo, o Quarto Congresso do PT, inaugurado ontem em Brasília, estará discutindo hoje o controle social da imprensa, proposta levantada no final do governo Lula e engavetada nesses oito meses do governo Dilma. Polêmica, a tese arranha a possibilidade de ser colocado em xeque o conteúdo das informações jornalísticas, coisa que contraria não apenas um, mas diversos artigos da Constituição de 1988.
Os companheiros pretendem debater três aspectos principais das relações da imprensa com a sociedade: a chamada propriedade cruzada; a quebra de monopólios e oligopólios; e a democratização da mídia.
A crítica à propriedade cruzada envolve postulados que os Estados Unidos cumpriam até o governo do Bush filho, do impedimento de um mesmo empresário ou grupo econômico possuir a um só tempo jornais, revistas, rádios e televisões. No Brasil, a proibição nunca existiu, muito menos agora, quando conglomerados, organizações e pessoas dispõem do controle de variados meios de comunicação. O argumento contrário é de que, dispondo dessa variedade de mídias, um mesmo grupo controlará as informações divulgadas na sua cidade, região, estado ou até nacionalmente. Pode haver distorção da opinião pública. O problema é que mesmo se vetada a propriedade cruzada, hipótese inviável nesses tempos de neoliberalismo, será sempre possível que testas de ferro subordinem-se à diretriz maior do verdadeiro dono de tudo.
A quebra de monopólios ou oligopólios torna-se da mesma forma impossível, dada a existência de laranjas em toda sorte de atividades humanas, não ficando os meios de comunicação isentos da malandragem.
A mais discutida e discutível das propostas do PT envolve a democratização da mídia, atingindo em cheio o conteúdo divulgado pelos diversos órgãos. O que significa democratizar? Obrigar um jornal que defende o bombardeio da Líbia, por exemplo, a abrir espaço para o coronel Kaddaffi? Exigir de uma televisão que apresenta imagens e propaganda de bem alimentados pimpolhos americanos, para que mostrem, também, a fome atingindo as criancinhas do Harlem? Quem assumiria o exercício dessa democratização? Não pode ser o governo, que se exercesse essa função precisaria assumir-se como ditadura. Nem um partido eventual ou permanentemente no poder pode ter essa prerrogativa. Um Conselho de Comunicação constituído por jornalistas e donos de jornal? Não se entenderiam nunca, ficando ainda a indagação: quem selecionaria os integrantes do colegiado?
Em suma, se a direção nacional do PT levar esse tema à discussão e à decisão do Quarto Congresso, a confusão será geral. Ainda mais porque, desconfia-se, as propostas estão sendo impulsionadas por conta de recente tertúlia entre a revista Veja e a postura do ex-deputado José Dirceu. Fala-se, entre certos companheiros, da necessidade de desagravar o ex-chefe da Casa Civil, que além de ser chamado de tutor do partido e do governo, teve seu apartamento de hotel invadido por um repórter do referido semanário. Teses da importância do controle da mídia não podem ser examinadas à luz de episódios pessoais. Se for essa a motivação, nada feito.
SUGISMUNDOS CONTRA A FAXINA
Outro fator de desentendimento entre os integrantes do Quarto Congresso refere-se à tendência do grupo majoritário de minimizar e até opor-se aos que defendem a faxina que a presidente Dilma Rousseff iniciou no governo. Apenas os companheiros mais jovens sustentam que o partido deve apoiar e estimular a luta contra a corrupção, mesmo podendo atingir líderes e dirigentes do PT. Tem gente graúda temerosa de que uma ação continuada da presidente para investigar e punir malandros poderá prejudicar o partido. Afinal, a maioria dos ministérios e penduricalhos está sob direção petista, tendo recentes denúncias respingado em muitos deles. Reabrir feridas que não fecharam poderia prejudicá-los nas eleições do ano que vem e em 2014.
COMO DILMA NÃO TEVE NADA A VER?
Chega a ser hilariante o comentário de ministros do setor econômico a respeito de não ter a presidente Dilma influenciado a decisão do Copom de reduzir juros. Teria sido por acaso que logo depois de incisivas críticas da chefe do governo à taxa de juros, o Banco Central voltou atrás e baixou meio ponto percentual nos números até então vigentes? Como deixariam de atender, mais do que a uma opinião, uma verdadeira crítica, ou melhor, uma ordem?
É preciso que certos assessores da presidente parem com essa tentativa de livrá-la de responsabilidades, imaginando poupá-la. Se ela entendeu chegada a hora de começar a baixar os juros, assim se pronunciou em pleno exercício de seus poderes e de seu mandato. É ela quem manda e quem quiser continuar, que obedeça...
PONTO PARA O JUDICIÁRIO
Sensibilizou-se o governo diante da reação unânime dos ministros do Supremo Tribunal Federal, protestando contra o corte de 14% nas dotações orçamentárias, previstos para enfrentar o reajuste do Poder Judiciário no ano que vem. A tesoura da ministra do Planejamento não poderia ter cortado tanto, no afã de mostrar economia. Resultado é que a presidente Dilma mandou restabelecer a proposta feita antes pelos tribunais superiores. Se for para encontrar recursos em outros setores da economia, que tal taxarem um pouco mais o lucro dos bancos? Em especial se for esse o preço da continuidade do funcionamento da Justiça.
Senadores querem que Brasília sedie abertura da Copa do Mundo de 2014
Um grupo de senadores entregou na sexta um manifesto no qual pede que Brasília seja eleita sede da abertura da Copa do Mundo de 2014. No documento, que foi apresentado no Plenário da Casa, o senador Vital Rêgo (PMDB-PB), autor da iniciativa, afirma que a capital federal é a cidade que reúne as melhores condições para sediar o evento. “Brasília nos une. Une Norte, Sul, Leste e Oeste. Une o Amapá ao Rio Grande do Sul, a Paraíba ao Rio de Janeiro e, por isso, essa manifestação que iniciei ganhou rapidamente esse ensaio, uma manifestação de carinho de vários senadores”, disse ele. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, esteve presente na sessão de hoje do Senado e apreciou o discurso de Rêgo.
“Frigorífico do Teixeira” fica abaixo de zero
Passa apuros o Marfrig, um dos maiores frigoríficos do país e patrocinador da Seleção Brasileira. A empresa pegou R$ 4,5 bilhões no BNDES, mas a queda de suas ações este mês na Bolsa deixou seu saldo no congelador. O Marfrig vale hoje R$ 2,5 bilhões e sua dívida é de R$ 7,5 bilhões. O dono, Marcos Molina, deu R$ 435 milhões de patrocínio para a CBF de Ricardo Teixeira, e um helicóptero de presente.
Seu bolso no ar
A Marfrig anunciou o helicóptero de presente para Teixeira tão logo o BNDES confirmou o empréstimo ao grupo frigorífico. Assim é mole.
Tribuna de honra
Teixeira adora ver a vida de cima. Sua filha mora numa cobertura na Barra da Tijuca, no Rio, cuja compra foi muito suspeita. Só R$ 720 mil.
Turma do apito
A Polícia Civil do Distrito Federal fecha o cerco ao chefe da CBF por causa do patrocínio milionário para Brasil x Portugal, em 2007.
No freezer
Com a dívida três vezes maior que a empresa, o Marfrig não quis se manifestar. Já a CBF não comenta o presentão que voa por aí
AGOSTO NEGRO
** AGOSTO NEGRO PARA O EMPREGO NOS EUA: a maior economia do planeta não abriu nenhuma vaga de trabalho no mês passado.
** BC acerta em cortar juro.
** recessão mundial se agrava e PIB brasileiro perde força: avanço no segundo trimestre foi de apenas 0,8%.
** bolsas fecham a semana em queda nos principais mercados do mundo.A CAMAREIRA, O EX-MINISTRO E O ASSÉDIO DE 'VEJA' - "... Segundo boletim de ocorrência feito pelo chefe de segurança do Hotel Naoum, Gilmar Lima de Souza, a camareira Jôse Maia Medeiros foi abordada pelo repórter Gustavo Ribeiro (da revista Veja), que dizia ser hóspede de um dos dois quartos usados pelo ex-ministro (José Dirceu), por cessão do escritório de advocacia Tessele Madalena Advogados Associados. O repórter tentou convencer a camareira de que esquecera a chave dentro do quarto e pediu a ela para abri-lo. Jôse desconfiou e foi conferir o nome na relação de hóspedes. Não constava. Mais tarde, o repórter voltou ao hotel e hospedou-se na suite 1607, vizinha à de Dirceu. Era o dia 24 de agosto (...) Segundo a revista, o repórter estava lá para investigar "as atividades de um personagem que age sempre na sombra." (Leia entrevista exclusiva de José Dirceu a Maria Ines Nassif, André Barrocal e Lourdes Nassif; leia também o comentário de Venício Lima sobre 'o método Murdoch' de jornalismo; nesta pág).
O PIB (Produto Interno Bruto), soma dos bens e serviços gerados pela economia, cresceu 0,8% no segundo trimestre, revelando desaceleração diante do 1,2% do trimestre anterior. Já o consumo das famílias, impulsionado por mais emprego e renda, cresceu 1%. Segundo os números divulgados pelo IBGE, a perda de ritmo foi mais concentrada na indústria, que, sob os efeitos do real forte e das importações, registrou expansão de apenas 0,2%.
AS MANCHETES DO DIA . . .
Veja as manchetes dos principais jornais deste sábado
* Jornais nacionais
Folha de S.Paulo
PIB desacelera, mas consumo continua em alta
PIB desacelera, mas consumo continua em alta
Agora S.Paulo
50.117 receberão atrasados do INSS no próximo dia 12
50.117 receberão atrasados do INSS no próximo dia 12
O Estado de S.Paulo
PIB desacelera e Mantega diz que juro e imposto podem cair
PIB desacelera e Mantega diz que juro e imposto podem cair
O Globo
Dilma: para dar aumento ao Judiciário, só tirando do social
Dilma: para dar aumento ao Judiciário, só tirando do social
Correio Braziliense
Teto salarial no serviço público vai a R$ 32,1 mil
Teto salarial no serviço público vai a R$ 32,1 mil
Zero Hora
Ministro propõe mais imposto a bebida e cigarro pela saúde
Ministro propõe mais imposto a bebida e cigarro pela saúde
* Jornais internacionais
The Washington Post (EUA)
EUA processam bancos em quase US$ 200 bilhões
EUA processam bancos em quase US$ 200 bilhões
Le Monde (França)
Líbia enfrenta o desafio da reconciliação
Líbia enfrenta o desafio da reconciliação
El País (Espanha)
Reforma constitucional pela crise quebra o histórico consenso de 1978
Reforma constitucional pela crise quebra o histórico consenso de 1978
Clarín (Argentina)
Caso Candela: investigada participação policial no crime
Caso Candela: investigada participação policial no crime
RECORDE DE GOLS NA RODADA
Mesmo com o 0 a 0 de ontem à noite no estádio municipal de Pituaçu, em Salvador, entre Bahia e America Mineiro, a rodada de abertura do segundo turno – 20ª rodada do Campeonato Brasileiro – foi a que mais teve gols: 38 em 10 jogos. O campeonato totaliza 538 gols em 199 jogos, média de 2.70 gols por jogo.
O empate Bahia 0 x 0 America Mineiro recolocou o Avaí, que na véspera havia ganho (3 a 2) do Flamengo, como primeiro da zona de rebaixamento (17º com 20 pontos). O Bahia, embora com menos uma vitória que o Avaí, voltou a ser 16º com 21 pontos. O America Mineiro, com 14 pontos, permanece em último lugar, quatro pontos atrás do Atletico Paranaense (19º com 18). O Atletico Mineiro, também com 18 pontos, é 18º porque tem mais vitórias (5 a 4) que o Atletico Paranaense.
O Bahia passou a ser, junto com o Flamengo, o time que mais empatou: 9 vezes. Foi o segundo 0 a 0 do Bahia, que na 11ª rodada havia empatado sem gol, também em Salvador, com o Coritiba. Foi também o segundo 0 a 0 do America Mineiro, que, por coincidência, empatou sem gol com o Figueirense também na 11ª rodada.
O Flamengo é o que mais empatou em 0 a 0, com o Botafogo na 5ª rodada; com o Palmeiras, na 10ª rodada, e com o Vasco, domingo passado, na 19ª rodada.
Melhores ataques: Flamengo 35, Corinthians e Coritiba 33, Botafogo 32, São Paulo e Internacional 31 e Vasco 29 gols.
Melhores defesas: Palmeiras 17, Botafogo e Corinthians 20, Vasco e Atletico Goianiense 22, Fluminense 23, Flamengo e Cruzeiro 24.
Piores ataques: Atletico Paranaense 20, Bahia e Grêmio 21, America Mineiro 22 e Avaí 24.
Piores defesas: Avaí 42, Atletico Mineiro 38, America Mineiro 37, Santos e Ceará 31 e Atletico Paranaense 29.
Artilheiros: Borges, camisa 9 do Santos, 14 gols. Ronaldinho, camisa 10 do Flamengo, 12 gols.
TORCER DE CAMAROTE NA FOLGA
O Botafogo vai torcer de camarote na folga de domingo, esperando pelo tropeço do Corinthians no jogo fora de casa com o Coritiba, para se igualar ao líder em pontos (40) e vitórias (12), ganhando do Ceará, quarta-feira, quando quer ver o Engenhão lotado no feriado de 7 de setembro.
Caio Júnior diz que o time agora tem o direito de pedir que a torcida lote o estádio por completo: “Se chegamos à vice-liderança e estamos a dois pontos do líder, podemos exigir, entre aspas, que o nosso torcedor jogue com o time lotando o Engenhão” – disse o técnico, que decidiu dar o domingo de folga, após os treinos de hoje e amanhã.
“O domingo será tranquilo, alegre e poderemos entrar no jogo de quarta-feira ainda mais motivados se o líder tropeçar domingo em Curitiba, o que é perfeitamente normal” - destacou Caio Júnior. O jogo de domingo, adiado a pedido do Santos, por ter três jogadores na seleção que faz amistoso segunda-feira, em Londres, com a seleção de Gana, ainda não tem data marcada.
O Botafogo recebeu ontem duas propostas para liberar Somália, que joga na lateral e no meio-campo. A primeira, do Cruzeiro, por indicação de Joel Santana, que já dirigiu o jogador e sabe de sua utilidade nas duas funções, e a segunda, do Vitória, que Somália não aceita: “O Vitória é da Série B e eu não posso entrar em retrocesso”.
O goleiro Jeferson viajou ontem para Londres, onde será reserva de Julio Cesar, da Internazionale de Milão, no amistoso de segunda-feira. A seguir, ele espera ser anunciado como titular pelo técnico Mano Menezes, que só convocará jogadores que atuam no Brasil para os amistosos com a Argentina. O primeiro jogo será na Argentina e o segundo em Belém do Pará, ambos este mês.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Dezoito jogos. Cinquenta e quatro pontos. Não é difícil prever que os protestos contra as arbitragens aumentarão à medida que o Campeonato Brasileiro for se aproximando do final. Tensão, nervosismo e a guerra pelo título serão maiores a cada rodada. É preciso que haja um pouco mais de reflexão.
Se alguém se der ao trabalho de conferir, as reclamações são maiores e mais frequentes do Corinthians e do Flamengo. Entre eles, Vasco – vice-líder – e Botafogo – 3º – mostram tranquilidade. Dos quatro primeiros, o Flamengo é o único em declínio e quem diz isso não sou eu, mas o retrospecto dos últimos cinco jogos que não ganhou.
Se alguém se der ao trabalho de conferir, as reclamações são maiores e mais frequentes do Corinthians e do Flamengo. Entre eles, Vasco – vice-líder – e Botafogo – 3º – mostram tranquilidade. Dos quatro primeiros, o Flamengo é o único em declínio e quem diz isso não sou eu, mas o retrospecto dos últimos cinco jogos que não ganhou.
Gostaria apenas de fazer uma pergunta aos que reclamam dos erros dos árbitros, principalmente os técnicos e, sobretudo, Vanderlei Luxemburgo: será que ele usa a mesma veemência para cobrar dos jogadores que abusam de errar passes e dos maus finalizadores que tem no time?
Renato, técnico do Atletico Paranaense, foi demitido ontem, após dois meses em que o time não melhorou. Depois de não ter sido bem-sucedido no Grêmio, Renato Portalupi deixou o Atletico Paranaense em penúltimo lugar com 18 pontos, a quatro do último colocado.
Carpegiani, demitido pelo São Paulo na 10ª rodada, é o mais cotado para assumir no Atletico Paranaense. Revoltados com a péssima campanha do time, os torcedores ofenderam o presidente Marcos Malucelli e pediram a saída dele após a derrota (1 a 0) de quarta-feira, na Arena da Baixada, em Curitiba, para o Atletico Mineiro, que não ganhava há seis jogos, desde que o técnico Cuca assumiu.
PT realiza IV Congresso unido e sem disposição para brigas
Amplamente dominado por uma aliança construída pelas duas maiores correntes internas do partido (Construindo um Novo Brasil e Mensagem ao Partido), PT realiza seu IV Congresso Nacional, em 31 anos, em clima festivo e sem espaço para grandes disputas internas. Decisões recentes do governo federal, de cortar juros e propor aumento robusto do salário mínimo, aproximam PT da presidenta Dilma Rousseff e ajudam a evitar conflitos que poderiam ser explorados por adversários políticos.
A reportagem é de Maria Inês Nassif.
Paulo Kliass
Entre a cordialidade e o servilismo!
Felizmente parece que o governo se deu conta da necessidade de que a taxa SELIC seja reduzida. Mas causa estranheza o anúncio público que tenta condicionar a possibilidade de baixar os juros ao aumento do superávit primário. É só mesmo prá confundir!
Entre a cordialidade e o servilismo!
Felizmente parece que o governo se deu conta da necessidade de que a taxa SELIC seja reduzida. Mas causa estranheza o anúncio público que tenta condicionar a possibilidade de baixar os juros ao aumento do superávit primário. É só mesmo prá confundir!
CONSEGUIRÁ O PT VOLTAR AO PASSADO?
Por Carlos Chagas
Com direito à presença de Lula e Dilma, começa amanhã o Quarto Congresso do PT. Há quem suponha mais do que serpentinas, confetes e lantejoulas. Cresce entre os companheiros, ou parte deles, a necessidade de uma volta ao passado, com o renascer de propostas de reformas sociais profundas. Uma espécie de mea-culpa pelo fato de o partido se ter transformado em abrigo para novos burguêses e funcionários públicos, preocupados com nomeações, benesses oficiais e até contratos de ONGs fajutas.
Petistas mais jovens, em especial os de primeiro mandato, defendem que depois de oito anos do Lula, e agora pelo menos quatro de Dilma, a oportunidade é para mudanças de rumo. Estreitar o espaço neoliberal mantido pelo antecessor e reconhecido pela sucessora. Combater a miséria é louvável, mas precisa ser com direitos sociais ampliados, acima e além do assistencialismo. Desde que assumiu o poder, o PT acomodou-se ao figurino que combateu quando de sua fundação.
Lembram os inconformados com o atual perfil do partido que no Primeiro Congresso, um ano após a fundação do PT, o Lula pregou a posse dos meios de produção para os trabalhadores, bem como o aproveitamento, por eles, dos frutos de seu trabalho. Hoje, prevalece a acomodação diante do modelo perverso imposto pelas elites, sem que se ouça o governo pregar a participação dos empregados no lucro das empresas, a cogestão, o imposto sobre grandes fortunas e a taxação do capital especulativo. Dos sindicatos até os bancos, a trajetória petista nega suas origens. Resta saber se esse esforço levará a algum lugar.
TIRO PELA CULATRANoticia-se que o encontro de caciques e índios do PT servirá para desagravar José Dirceu, objeto de dura reportagem publicada pela Veja, que o aponta como eminência parda do partido e até do governo. A sorte do ex-chefe da Casa Civil é que as acusações perderam densidade diante da denúncia de que um repórter da revista teria tentato invadir seu apartamento num hotel de Brasília. Logo as atenções voltaram-se para esse episódio ainda a ser esclarecido. No que os companheiros precisam atentar é para a necessidade de não iluminarem demais o ex-deputado, respondendo a processo do Supremo Tribunal Federal. Quanto mais ele permaneça no centro do palco, mesmo ovacionado, mais seus adversários de dentro e de fora do partido acumularão munição para alvejá-lo pelas costas.
QUEM MANDA É ELABastou a presidente Dilma Rousseff comentar que os juros precisavam baixar, mesmo gradativamente, para o Banco Central perceber que quem manda é ela. Quarta-feira o Copom reduziu a taxa em meio ponto percentual e nenhuma hecatombe aconteceu. Contrariados, mesmo, ficaram os especuladores.
Ainda que lenta, a redução dos juros poderá constituir-se em fator de equilíbrio econômico e social. Felizmente o Banco Central não é mais presidido por um banqueiro internacional, mas por um técnico sensível aos ventos que podem estar começando a soprar.
NÃO CONTEM COM ELENo ministério, a poeira começou a assentar, depois de semanas de denúncias de corrupção em muitos setores. Só por milagre será constituída a CPI mista, no Congresso, para apurar as acusações. Na Justiça, porém, os processos seguem seu curso, bastantes para assustar alguns ministros hoje um pouco mais equilibrados do que antes. Permanece, apesar disso, a impressão de que pelo menos oito serão substituídos no fim do ano. E não vai adiantar procurarem refúgio no guarda-chuva do Lula. Em nenhuma hipótese o ex-presidente assumirá a função de patrono para evitar a queda até daqueles que indicou. Essa postura ficou clara quando a presidente Dilma aceitou e até estimulou a demissão de Antònio Palocci, Alfredo Nascimento, Nelson Jobim e Wagner Rossi.
Com direito à presença de Lula e Dilma, começa amanhã o Quarto Congresso do PT. Há quem suponha mais do que serpentinas, confetes e lantejoulas. Cresce entre os companheiros, ou parte deles, a necessidade de uma volta ao passado, com o renascer de propostas de reformas sociais profundas. Uma espécie de mea-culpa pelo fato de o partido se ter transformado em abrigo para novos burguêses e funcionários públicos, preocupados com nomeações, benesses oficiais e até contratos de ONGs fajutas.
Petistas mais jovens, em especial os de primeiro mandato, defendem que depois de oito anos do Lula, e agora pelo menos quatro de Dilma, a oportunidade é para mudanças de rumo. Estreitar o espaço neoliberal mantido pelo antecessor e reconhecido pela sucessora. Combater a miséria é louvável, mas precisa ser com direitos sociais ampliados, acima e além do assistencialismo. Desde que assumiu o poder, o PT acomodou-se ao figurino que combateu quando de sua fundação.
Lembram os inconformados com o atual perfil do partido que no Primeiro Congresso, um ano após a fundação do PT, o Lula pregou a posse dos meios de produção para os trabalhadores, bem como o aproveitamento, por eles, dos frutos de seu trabalho. Hoje, prevalece a acomodação diante do modelo perverso imposto pelas elites, sem que se ouça o governo pregar a participação dos empregados no lucro das empresas, a cogestão, o imposto sobre grandes fortunas e a taxação do capital especulativo. Dos sindicatos até os bancos, a trajetória petista nega suas origens. Resta saber se esse esforço levará a algum lugar.
TIRO PELA CULATRANoticia-se que o encontro de caciques e índios do PT servirá para desagravar José Dirceu, objeto de dura reportagem publicada pela Veja, que o aponta como eminência parda do partido e até do governo. A sorte do ex-chefe da Casa Civil é que as acusações perderam densidade diante da denúncia de que um repórter da revista teria tentato invadir seu apartamento num hotel de Brasília. Logo as atenções voltaram-se para esse episódio ainda a ser esclarecido. No que os companheiros precisam atentar é para a necessidade de não iluminarem demais o ex-deputado, respondendo a processo do Supremo Tribunal Federal. Quanto mais ele permaneça no centro do palco, mesmo ovacionado, mais seus adversários de dentro e de fora do partido acumularão munição para alvejá-lo pelas costas.
QUEM MANDA É ELABastou a presidente Dilma Rousseff comentar que os juros precisavam baixar, mesmo gradativamente, para o Banco Central perceber que quem manda é ela. Quarta-feira o Copom reduziu a taxa em meio ponto percentual e nenhuma hecatombe aconteceu. Contrariados, mesmo, ficaram os especuladores.
Ainda que lenta, a redução dos juros poderá constituir-se em fator de equilíbrio econômico e social. Felizmente o Banco Central não é mais presidido por um banqueiro internacional, mas por um técnico sensível aos ventos que podem estar começando a soprar.
NÃO CONTEM COM ELENo ministério, a poeira começou a assentar, depois de semanas de denúncias de corrupção em muitos setores. Só por milagre será constituída a CPI mista, no Congresso, para apurar as acusações. Na Justiça, porém, os processos seguem seu curso, bastantes para assustar alguns ministros hoje um pouco mais equilibrados do que antes. Permanece, apesar disso, a impressão de que pelo menos oito serão substituídos no fim do ano. E não vai adiantar procurarem refúgio no guarda-chuva do Lula. Em nenhuma hipótese o ex-presidente assumirá a função de patrono para evitar a queda até daqueles que indicou. Essa postura ficou clara quando a presidente Dilma aceitou e até estimulou a demissão de Antònio Palocci, Alfredo Nascimento, Nelson Jobim e Wagner Rossi.
** BC acerta em cortar juro: economia brasileira perde força
** PIB só cresce 0,8% no 2º tri
** atividade industrial desacelera na Europa e EUAFILAS DA MORTE NO SUS, OU TAXAÇÃO SOBRE BANCOS E REMESSAS AO EXTERIOR? - Em 2007, uma coalizão de partidos e forças conservadoras extinguiu a CPMF no Brasil: R$ 40 bilhões por ano foram subtraídos do dia para a noite do orçamento federal sem que se medissem as consequências para a saúde pública. O SUS interna 11 milhões de pessoas por ano, faz 3 milhões de partos, 400 milhões de consultas. O gasto per capita com saúde no Brasil é sete vezes inferior ao da França ou o do Canadá. Pouco importa: jogral midiático conservador alegava que a contrapartida vantajosa viria da redução do ‘custo Brasil'. Não há registro de abatimento de preço vinculado a essa decisão. Na verdade, a taxa irrisória de 0,37% sobre o cheque penalizava apenas grandes transações, ademais de dificultar a circulação do dinheiro ilegal e a sonegação embutida na prática do caixa 2 . Cruzamentos de dados da Receita Federal demonstraram que dos 100 maiores contribuintes da CPMF, 62 nunca tinham recolhido imposto de renda no Brasil. Nunca. O financiamento da saúde pública voltou agora à discussão no Congresso com o debate em torno da emenda 29, que disciplina a destinação de verbas federais ao setor. Corajosamente, o PT advoga a criação de uma taxa específica sobre o lucro bancário e sobre remessas do capital estrangeiro para suprir a extinção da CPMF. A cantilena do ‘custo Brasil' afia as garras midiáticas em direção contrária: mais uma vez tentará convencer a classe média a rechaçar a taxação obre os ricos, independente da fila da morte enfrentada pelos pobres no funil do SUS. Se quiser vencer a disputa o PT precisará afrontar o mito neoliberal, radicalizado pelo Tea Party nos EUA, que demoniza os fundos públicos e engessa a ação do Estado. Alguns dogmas que devem ser desmascarados no caso brasileiro: a) a carga fiscal do país, da ordem de 35% do PIB, cai substancialmente quando descontados subsídios e incentivos ao setor privado; b) debitados, por exemplo, os 6% do PIB entregues aos rentistas no pagamento do juro da dívida pública, a carga líquida já cai a 29%; c) cerca de 44% da carga fiscal brasileira advém de imposto indireto embutido nos produtos de consumo, pesando assim proporcionalmente mais no orçamento dos pobres do que no dos ricos; d) levantamento feito pela instituição inglesa UHY demonstra que a alíquota fiscal máxima brasileira é uma das mais amigáveis do mundo com os ricos, situando-se em 54º lugar no ranking de intensidade; e) pesquisa do Inesc de 2007 mostra que o lucro dos bancos brasileiros aumentou 446% entre 2000 e 2006, enquanto o IR do setor só cresceu 211%: em termos absolutos os assalariados pagam quatro vezes mais imposto que os bancos; f) por fim, cabe lembrar que as remessas de lucros e dividendos do capital estrangeiro crescem explosivamente nas contas nacionais: somaram US$ 30,4 bi em 2010, salto de 20,4% sobre 2009.
O NAMORO DE DILMA COM A UNE
Da colunista Monica Bergamo, da ‘Folha’.
“A presidente Dilma Rousseff recebeu 17 dirigentes estudantis no Palácio do Planalto anteontem. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, à direita da chefe, estimava que havia 2.000 manifestantes na passeata que a UNE organizou naquela manhã, por recursos para a educação. “Tinham 20 mil!”, protestam os estudantes. E Dilma: “Sempre tem discrepância. Se duvidarem, mandem contar de novo”.
O presidente da UNE, Daniel Iliescu, pede aprovação de lei que destina 50% dos recursos do pré-sal à educação. A presidente pede os óculos a um assessor; toma nota. “Não vamos engessar o fundo. Eu não sei qual é o gasto no cenário futuro. Não quero me antecipar. A função de vocês é estar à frente. Podem vir
aqui e falar mal. Eu já falei muito mal também.”
Os encontros dos líderes estudantis com a presidente, no entanto, são festivos. Há 15 dias, no Planalto, Iliescu deu um abraço em Dilma e cochichou: “O coração do movimento estudantil bate mais forte neste momento”. E Dilma: “O meu coração também”. Ele lembra que “a senhora já manifestou o desejo de entrar conosco no espelho d’ água do Congresso”. “Seria um momento áureo!”, interrompe Dilma, rindo.
“Se, em 2003, o presidente Lula não tivesse mudado o rumo, as universidades estariam sucateadas, o ensino técnico estaria acabado e vocês não teriam o ProUni. Seríamos muito mais do que um Chile”, diz Dilma.
Ausente da reunião com a presidente, Camila Vallejo, 23, musa estudantil chilena, participara um pouco antes da passeata da UNE. Protegendo-a com os braços o tempo todo, oferecendo água e protetor solar, os dirigentes da UNE não disfarçavam o encantamento. “Ela tá com o nosso adesivo, rapaz!”, gritava
Rodolfo Mohr, 24. Camila só andava de van e se hospedou num hotel. Os brasileiros andavam de ônibus e ficaram no Albergue da Juventude. “Camila tem agenda de deputado no Chile. Audiência a cada meia hora, gente para atender o celular dela, responder e-mail”, conta Renan Alencar, diretor da UNE. E atrai mídia: a entidade calcula que a chilena deu dez horas de entrevistas no Brasil. “Amo ela!! Antigamente, idolatravam o Che Guevara. Hoje temos uma líder que luta mesmo sofrendo repressão. Ela é muito linda. Perfeita!”, se empolga Ana Carolina Andes, 16.
Camila fuma. De boné (primeiro da UNE, depois do MST), quase não sorri diante do assédio. No final do dia, troca de blusa, passa batom e lápis nos olhos. Discursa para estudantes num auditório da Câmara. E até responde aos assobios:”Guardem para después [depois, em espanhol]“.
“A presidente Dilma Rousseff recebeu 17 dirigentes estudantis no Palácio do Planalto anteontem. Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, à direita da chefe, estimava que havia 2.000 manifestantes na passeata que a UNE organizou naquela manhã, por recursos para a educação. “Tinham 20 mil!”, protestam os estudantes. E Dilma: “Sempre tem discrepância. Se duvidarem, mandem contar de novo”.
O presidente da UNE, Daniel Iliescu, pede aprovação de lei que destina 50% dos recursos do pré-sal à educação. A presidente pede os óculos a um assessor; toma nota. “Não vamos engessar o fundo. Eu não sei qual é o gasto no cenário futuro. Não quero me antecipar. A função de vocês é estar à frente. Podem vir
aqui e falar mal. Eu já falei muito mal também.”
Os encontros dos líderes estudantis com a presidente, no entanto, são festivos. Há 15 dias, no Planalto, Iliescu deu um abraço em Dilma e cochichou: “O coração do movimento estudantil bate mais forte neste momento”. E Dilma: “O meu coração também”. Ele lembra que “a senhora já manifestou o desejo de entrar conosco no espelho d’ água do Congresso”. “Seria um momento áureo!”, interrompe Dilma, rindo.
“Se, em 2003, o presidente Lula não tivesse mudado o rumo, as universidades estariam sucateadas, o ensino técnico estaria acabado e vocês não teriam o ProUni. Seríamos muito mais do que um Chile”, diz Dilma.
Ausente da reunião com a presidente, Camila Vallejo, 23, musa estudantil chilena, participara um pouco antes da passeata da UNE. Protegendo-a com os braços o tempo todo, oferecendo água e protetor solar, os dirigentes da UNE não disfarçavam o encantamento. “Ela tá com o nosso adesivo, rapaz!”, gritava
Rodolfo Mohr, 24. Camila só andava de van e se hospedou num hotel. Os brasileiros andavam de ônibus e ficaram no Albergue da Juventude. “Camila tem agenda de deputado no Chile. Audiência a cada meia hora, gente para atender o celular dela, responder e-mail”, conta Renan Alencar, diretor da UNE. E atrai mídia: a entidade calcula que a chilena deu dez horas de entrevistas no Brasil. “Amo ela!! Antigamente, idolatravam o Che Guevara. Hoje temos uma líder que luta mesmo sofrendo repressão. Ela é muito linda. Perfeita!”, se empolga Ana Carolina Andes, 16.
Camila fuma. De boné (primeiro da UNE, depois do MST), quase não sorri diante do assédio. No final do dia, troca de blusa, passa batom e lápis nos olhos. Discursa para estudantes num auditório da Câmara. E até responde aos assobios:”Guardem para después [depois, em espanhol]“.
FILAS DA MORTE NA SAÚDE PÚBLICA, OU TAXAÇÃO SOBRE BANCOS E REMESSAS AO EXTERIOR? - Em 2007, uma coalizão de partidos e forças conservadoras extinguiu a CPMF no Brasil: R$ 40 bilhões por ano foram subtraídos do dia para a noite do orçamento federal sem que se medissem as consequências para a saúde pública. O SUS interna 11 milhões de pessoas por ano, faz 3 milhões de partos, 400 milhões de consultas. Faz cirurgia de hérnia a transplante de fígado.O gasto per capita com saúde no Brasil é sete vezes inferior ao da França ou o do Canadá. Pouco importa: jogral midiático conservador alegava que a contrapartida vantajosa do fim da CPMF viria da redução do ‘custo Brasil'. Não há registro de abatimento de preço de qualquer empresa a partir dessa decisão. Na verdade, a taxa irrisória de 0,37% sobre o cheque penalizava apenas grandes transações, ademais de dificultar a circulação do dinheiro ilegal e a sonegação embutida na prática do caixa 2 . Cruzamentos de dados da Receita Federal demonstraram que dos 100 maiores contribuintes da CPMF, 62 nunca tinham recolhido imposto de renda no Brasil. Nunca. O financiamento da saúde pública voltou agora à discussão no Congresso com o debate em torno da emenda 29, que disciplina a destinação de verbas federais ao setor. Corajosamente, o PT advoga a criação de uma taxa específica sobre o lucro bancário e sobre as remessas de lucros do capital estrangeiro para suprir a extinção da CPMF. A cantilena do ‘custo Brasil' afia as garras midiáticas em direção contrária: mais uma vez tentará convencer a classe média a rechaçar a taxação obre os ricos, independente da fila da morte enfrentada pelos pobres no funil do SUS. Se quiser vencer a disputa o PT precisará afrontar o mito neoliberal, radicalizado pelo Tea Party nos EUA, que demoniza os fundos públicos e engessa a ação do Estado na economia. Alguns dogmas que devem ser desmascarados no caso brasileiro: a) a carga fiscal do país, da ordem de 35% do PIB, cai substancialmente quando descontados subsídios e incentivos ao setor privado; b) debitados, por exemplo, os 6% do PIB entregues aos rentistas no pagamento do juro da dívida pública, a carga líquida já cai a 29%; c) cerca de 44% da carga fiscal brasileira advém de imposto indireto embutido nos produtos de consumo, pesando assim proporcionalmente mais no orçamento dos pobres do que no dos ricos; d) levantamento feito pela instituição inglesa UHY demonstra que a alíquota fiscal máxima brasileira é uma das mais amigáveis do mundo com os ricos, situando-se em 54º lugar no ranking de intensidade; e) pesquisa do Inesc de 2007 mostra que o lucro dos bancos brasileiros aumentou 446% entre 2000 e 2006, enquanto o IR do setor só cresceu 211%: em termos absolutos os assalariados pagam quatro vezes mais imposto que os bancos; f) por fim, cabe lembrar que as remessas de lucros e dividendos do capital estrangeiro crescem explosivamente nas contas nacionais: somaram US$ 30,4 bi em 2010, salto de 20,4% sobre 2009.
RATOS E RATAZANAS EM BRASÍLIA
Por Carlos Chagas
Anos atrás, quando alguns ingênuos e muitos malandros sem assunto escreviam e discursavam contra Brasília, chamando-nos de paraíso dos corruptos e ninho de ratos, ficava fácil devolver a grosseria, repondendo que os ratos e os corruptos vinham de fora. Chegavam às terças e iam embora às quintas-feiras. Até que essa réplica deu certo, porque pararam de denegrir a capital federal.
Recrudesceram. Voltaram a jogar lama em Brasília, e o diabo é que perdemos nossos argumentos. Desde o escândalo que resultou na cassação do senador Luís Estevão até a renúncia do senador Joaquim Roriz, para não ser cassado, e entrando pela lambança do governo José Roberto Arruda, a conclusão é outra. Corruptos e ratos vicejam por aqui. Ratazanas, também. Não se afastam da cidade nos fins de semana, porque foram eleitos pelo povo de Brasília.
Uma lástima. A cidade viu-se nivelada por baixo. Apesar de figuras exemplares ainda sejam encontradas na representação eleita pelos brasilienses, aumenta a olhos vistos o número de lambões. Integraram-se na quadrilha que vem de fora, a ponto de não haver diferença entre os diversos tipos de roedores.
Evidência disso foi a absolvição de Jacqueline Roriz, que saiu aos seus. Flagrada recebendo dinheiro podre de um podre assessor do pai, acaba de ter seu mandato de deputada federal confirmado por 265 colegas. Apenas 166 votaram pela sua cassação, sendo que 20 se abtiveram. Não houve distinção partidária. Ela recebeu a solidariedade da maioria das bancadas do PMDB, do PT, do PTB e outras legendas que apoiam o governo federal e o governo local, mas, também, do PSDB, do DEM e do PPS, da oposição. Espera-se que ratoeiras venham a ser artigo muito bem vendido nas próximas eleições.
MANDA OU NÃO MANDAEsta semana a presidente Dilma Rousseff falou diversas vezes na necessidade de redução da taxa de juros, a maior do planeta. Fica no ar a pergunta: não é ela que manda? Que nomeia e que demite o presidente e os diretores do Banco Central?
A indagação acopla-se às dúvidas que Voltaire derramava sobre a França, a propósito da existência de Deus e das desgraças que assolavam a Humanidade: ou Ele pode e não quer, ou quer e não pode evitá-las.
Há quase unanimidade no país a respeito dos juros: empresários e trabalhadores insurgem-se contra a decisão imposta por tecnocratas e aplaudida por banqueiros. A dívida pública transformou-se na caverna do Ali Babá, para os especuladores, corroendo esforços nacionais pelo desenvolvimento econômico. Por que, então, a presidente simplesmente não ordena que o BC reduza as taxas? Não faltarão economistas para respaldar a iniciativa.
CARTAS MARCADASNo Congresso, pouquíssimos parlamentares gostariam de ver a reforma política aprovada antes de outubro, para que pudesse valer para as eleições de 2012. A maioria discute, debate e apresenta sugestões, mas é tudo de mentirinha. Deputados e senadores empurram com a barriga mudanças capazes de aprimorar o processo eleitoral e institucional. Dão a impressão de estar a favor, mas, na realidade, pretendem deixar tudo como está. Sonho de noite de verão será esperar que votem alguma coisa para valer nas eleições de 2014. Nelas, mais estarão em jogo o futuro e as carreiras de Suas Excelências. Melhor deixar tudo como está.
O FUTURO CONTINUA NAS PROFUNDEZASNão se tem informações claras a respeito da exploração do petróleo descoberto no pré-sal, a não ser que parcela ínfima daquela riqueza está sendo explorada. As despesas são imensuráveis e apesar da contribuição de algumas empresas privadas, a Petrobrás defronta-se com missão quase impossível. Talvez por isso o governo venha adiando a renovação do equipamento da Marinha e da Aeronáutica. Se é para defender e garantir riqueza ainda imobilizada, para quê novos submarinos e aviões de caça? Até os americanos, os maiores interessados em nossas reservas de petróleo, vem dedicando pouco interesse à recém-criada IV Frota de sua Marinha de Guerra, composta mais no papel do que na realidade.
Recrudesceram. Voltaram a jogar lama em Brasília, e o diabo é que perdemos nossos argumentos. Desde o escândalo que resultou na cassação do senador Luís Estevão até a renúncia do senador Joaquim Roriz, para não ser cassado, e entrando pela lambança do governo José Roberto Arruda, a conclusão é outra. Corruptos e ratos vicejam por aqui. Ratazanas, também. Não se afastam da cidade nos fins de semana, porque foram eleitos pelo povo de Brasília.
Uma lástima. A cidade viu-se nivelada por baixo. Apesar de figuras exemplares ainda sejam encontradas na representação eleita pelos brasilienses, aumenta a olhos vistos o número de lambões. Integraram-se na quadrilha que vem de fora, a ponto de não haver diferença entre os diversos tipos de roedores.
Evidência disso foi a absolvição de Jacqueline Roriz, que saiu aos seus. Flagrada recebendo dinheiro podre de um podre assessor do pai, acaba de ter seu mandato de deputada federal confirmado por 265 colegas. Apenas 166 votaram pela sua cassação, sendo que 20 se abtiveram. Não houve distinção partidária. Ela recebeu a solidariedade da maioria das bancadas do PMDB, do PT, do PTB e outras legendas que apoiam o governo federal e o governo local, mas, também, do PSDB, do DEM e do PPS, da oposição. Espera-se que ratoeiras venham a ser artigo muito bem vendido nas próximas eleições.
MANDA OU NÃO MANDAEsta semana a presidente Dilma Rousseff falou diversas vezes na necessidade de redução da taxa de juros, a maior do planeta. Fica no ar a pergunta: não é ela que manda? Que nomeia e que demite o presidente e os diretores do Banco Central?
A indagação acopla-se às dúvidas que Voltaire derramava sobre a França, a propósito da existência de Deus e das desgraças que assolavam a Humanidade: ou Ele pode e não quer, ou quer e não pode evitá-las.
Há quase unanimidade no país a respeito dos juros: empresários e trabalhadores insurgem-se contra a decisão imposta por tecnocratas e aplaudida por banqueiros. A dívida pública transformou-se na caverna do Ali Babá, para os especuladores, corroendo esforços nacionais pelo desenvolvimento econômico. Por que, então, a presidente simplesmente não ordena que o BC reduza as taxas? Não faltarão economistas para respaldar a iniciativa.
CARTAS MARCADASNo Congresso, pouquíssimos parlamentares gostariam de ver a reforma política aprovada antes de outubro, para que pudesse valer para as eleições de 2012. A maioria discute, debate e apresenta sugestões, mas é tudo de mentirinha. Deputados e senadores empurram com a barriga mudanças capazes de aprimorar o processo eleitoral e institucional. Dão a impressão de estar a favor, mas, na realidade, pretendem deixar tudo como está. Sonho de noite de verão será esperar que votem alguma coisa para valer nas eleições de 2014. Nelas, mais estarão em jogo o futuro e as carreiras de Suas Excelências. Melhor deixar tudo como está.
O FUTURO CONTINUA NAS PROFUNDEZASNão se tem informações claras a respeito da exploração do petróleo descoberto no pré-sal, a não ser que parcela ínfima daquela riqueza está sendo explorada. As despesas são imensuráveis e apesar da contribuição de algumas empresas privadas, a Petrobrás defronta-se com missão quase impossível. Talvez por isso o governo venha adiando a renovação do equipamento da Marinha e da Aeronáutica. Se é para defender e garantir riqueza ainda imobilizada, para quê novos submarinos e aviões de caça? Até os americanos, os maiores interessados em nossas reservas de petróleo, vem dedicando pouco interesse à recém-criada IV Frota de sua Marinha de Guerra, composta mais no papel do que na realidade.
Cesta básica aumenta nas capitais.
A cesta básica passou a custar mais caro na maioria das capitais brasileiras no mês de agosto. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de 17 locais pesquisados, dez subiram o preço dos alimentos. Só no Rio de Janeiro, esse aumento foi de 4,82%. Algumas cidades, ao contrário, tiveram queda de preço. Em Fortaleza, por exemplo, a baixa foi de -4,13. As capitais pesquisadas foram Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Recife, Natal, Porto Alegre, Manaus, Belém, Salvador, Curitiba, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Vitória, Aracaju e Goiânia. A cesta básica que teve o maior aumento foi a de Porto Alegre, chegando a custar R$ 271,25.
Wikileaks divulga mais 250 mil mensagens diplomáticas.
O portal WikiLeaks noticiou nesta sexta (2) que há mais 250 mil mensagens diplomáticas norte-americanas confidenciais divulgadas no site. O acesso ao conteúdo é livre e não exige que se tenha uma senha. “No total, 251.287 telegramas das embaixadas americanas foram postados num formato que permite fazer buscas”, afirmou o criador do portal, Julian Assange. No pronunciamento, ele não deixou claro se os documentos estão disponibilizados na íntegra, como havia prometido o site depois de consultar seus leitores. O Departamento de Estado americano declarou que a difusão dos documentos é “irresponsável, imprudente e francamente perigosa”.
O cálculo do PIB é muito mais complexo que esta explicação dada na reportagem, dá para melhorar e esclarecer o leitor de forma lúdica, que fica mais fácil de compreender.
A reportagem é útil para alertar que existe diferença entre PIB e "taxa de crescimento do PIB", pois, cada vez que é anunciado uma "previsão" de redução no crescimento do PIB (exemplos de 4% para 3,5%), parece que o mundo vai acabar "antes de 2012".
Daí vem os "economistas" pregar a recessão, calcular quanto se deixará (?) de fazer, mesmo com o país crescendo. Mas, o gráfico, ao meu ver, é inadequado para mostrar a evolução do PIB, seria mais didático se fosse o PIB e não a taxa de crescimento dele.
ENTENDENDO O PIB
Entenda o que é PIB e como é feito seu cálculo
O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país.
Economia cresce 0,8% no 2º tri ante os três meses anteriores, diz IBGE
Banco Central vai baixar estimativa de alta do PIB para 3,5%
Brasil tem PIB forte e cresce acima dos países ricos em 2010
Banco Central vai baixar estimativa de alta do PIB para 3,5%
Brasil tem PIB forte e cresce acima dos países ricos em 2010
O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão. Ele cobra, por uma escultura, de madeira, R$ 30. No entanto, não é esta a contribuição dele para o PIB.
Para fazer a escultura, ele usou madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos --ele teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.
Assim, se a madeira e a tinta custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$ 10 foram a riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um pouco de tinta em uma escultura.
O IBGE precisa fazer esses cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores.
Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.
Se por acaso a riqueza gerada é menor que a registrada anteriormente, fala-se em contração da economia. Dois trimestres seguidos de retração indicam a chamada recessão técnica.
Uma revolta dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) levou o governo a reavaliar o Orçamento de 2012. O Judiciário reivindica reajuste de 14,7%, e Dilma havia concordado em apoiar 5%. A proposta enviada, porém, nada previa. O governo também ignorou a previsão de 56% de reajuste dos demais servidores do Judiciário.
A
Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira.
* Jornais nacionais.
Folha de S.Paulo
Orçamento ignora aumento de juízes e STF se revolta
Orçamento ignora aumento de juízes e STF se revolta
Agora S.Paulo
Justiça aumenta a revisão da URV dos aposentados
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O Estado de S.Paulo
Texto do PT critica "faxina" de Dilma e pede reforma política
Texto do PT critica "faxina" de Dilma e pede reforma política
O Globo
Dilma defende "CPMF sem desvios" para financiar Saúde
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Valor Econômico
Queda de juros muda todo o cenário para investimentos
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Correio Braziliense
Governo recua e dá aumento a Judiciário
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Estado de Minas
Enfim!
Enfim!
Zero Hora
Dilma admite rever dívidas dos Estados
Dilma admite rever dívidas dos Estados
Brasil Econômico
As razões que levaram o governo a baixar os juros
As razões que levaram o governo a baixar os juros
* Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
EUA processarão dezenas de bancos por hipotecas
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Le Monde (França)
Como o serviço secreto espionou o "Le Monde"
Como o serviço secreto espionou o "Le Monde"
El País (Espanha)
Europa e o resto das potências dão legitimidade à nova Líbia
Europa e o resto das potências dão legitimidade à nova Líbia
Clarín (Argentina)
Polícia investiga se morte de Candela foi vingança do narcotráfico.
Polícia investiga se morte de Candela foi vingança do narcotráfico.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Tottenham é aqui
Em Tottenham, bairro ao norte da capital britânica, o orçamento social foi cortado pela sub-prefeitura em 75% provocando o fechamento de 8 dos 13 centros de lazer e atendimento à juventude. Em São Paulo foram fechados 15 centros de referência especializados em receber jovens vindos das ruas.
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O Atletico Goianiense mostrou, mais uma vez, ser um time em ascensão desde que o técnico Hélio dos Anjos assumiu. Depois de ganhar do Santos, Flamengo, de quem tirou a invencibilidade, Grêmio e America Mineiro, venceu (3 a 1) ontem à noite o Coritiba, em Goiânia.
O goleiro Marcio, cobrando pênalti, fez o gol do primeiro tempo aos 33 minutos. No segundo tempo, Agenor aos 18 e Anselmo aos 46 fizeram os outros gols do rubro-negro goiano. Anderson Aquino, aos 40, marcou o gol do Coritiba, que sofreu a oitava derrota.
1ª VITÓRIA - Depois de cinco derrotas consecutivas, o técnico Cuca conseguiu a primeira vitória (1 a 0) no Atletico Mineiro, o time que mais perdeu no campeonato (12 derrotas). O jogo foi na Arena da Baixada, em Curitiba, onde o lateral Mancini converteu o pênalti de Vagner Diniz em Magno Alves, aos 23 do segundo tempo. Um gol chorado: depois da defesa parcial do goleiro Renan, a bola bateu na trave esquerda e, na volta, bateu no goleiro e entrou. No final do jogo, em coro, a torcida pediu a saída do presidente Marcos Malucelli, do Atletico Paranaense. A última vitória do Atletico Mineiro havia sido sobre o Fluminense (1 a 0) na 12ª rodada (27 de julho).
9ª DERROTA - O Cruzeiro sofreu ontem à noite, em Ipatinga, no interior mineiro, a nona derrota desde que o técnico Joel Santana assumiu. O Figueirense chegou a fazer 4 a 1, depois de já estar vencendo (2 a 1) no primeiro tempo. Julio Cesar, Elias e Wellington Ném (2) marcaram na segunda vitória seguida do time catarinense. Charles fez os dois gols do Cruzeiro, que jogou sem vários titulares, entre eles o goleiro Fabio e o argentino Montillo, ambos suspensos.
GRANDE REAÇÃO - O Internacional chegou a fazer 3 a 0, mas o Santos, em grande reação, empatou o jogo com três gols nos dez minutos finais, ontem à noite, no estádio Beira Rio, em Porto Alegre. O Inter fez 2 a 0 no primeiro tempo, gols de cabeça de Bolívar aos 7 e Leandro Damião aos 19. No segundo tempo, Oscar, de pênalti, marcou o terceiro do Inter aos 26. O Santos reagiu: Borges, de cabeça, aos 31; Alan Kardec, ex-Vasco, aos 35 e Borges, aos 41, no quinto empate do Santos.
Borges é o artilheiro do Campeonato Brasileiro com 14 gols. Ronaldinho, que fez os dois do Flamengo, tem 12 gols.
A MELHOR EXIBIÇÃO DO BOTAFOGO
O Botafogo realizou ontem à noite, no Engenhão, sua melhor exibição no atual campeonato. Aplicado e sério, como tem sido desde o início, o time mostrou grande evolução tática, com todos os jogadores cumprindo o papel de forma irrepreensível. A 11ª vitória, que levou o time a subir duas posições e chegar ao terceiro lugar com 37 pontos, a três do líder, já estava desenhada no primeiro tempo.
Desde cedo o Botafogo se impôs com o gol de Herrera logo aos três minutos, desviando de cabeça na pequena área o escanteio batido da esquerda. A entrada de Herrera foi tão rápida que os zagueiros do Palmeiras não tiveram tempo para marcá-lo. O zagueiro Gustavo marcou o segundo gol aos 22 minutos completando a falta bem cobrada pelo lateral Lucas.
Um dos méritos da vitória foi a volta do time ainda mais ligado no segundo tempo como se ainda buscasse a vantagem. O terceiro gol, que Maicosuel marcou aos 17 minutos, em grande arrancada, deu a tranquilidade que o Botafogo precisava e tirou do Palmeiras qualquer esboço de reação. Tanto que o Palmeiras só descontou aos 46 minutos quando Marcos Assunção, com a precisão habitual, fez o gol de falta.
Caio Júnior destacou no final: “Uma das razões da subida do Botafogo está na atitude dos jogadores. Eles cansaram de ser pressionados, a maioria de forma injusta, e resolveram mostrar que o grupo tem valores e muita qualidade. Eles souberam mudar a cabeça dos torcedores, principalmente daqueles que têm pouca paciência”.
O técnico fez questão de dizer que “o Botafogo é o único time que vai fazer mais dez jogos em casa na sequência do campeonato e pode muito bem tirar bastante proveito desta vantagem de jogar em seus domínios. Cabe ao torcedor entender e apoiar o time para que possamos alcançar o objetivo maior. É muito cedo para falarmos em título, mas esta é a nossa meta” – frisou bem Caio Júnior.
O Botafogo deverá dar ao grupo o descanso merecido de um final de semana de folga, devido ao adiamento do jogo com o Santos, que seria domingo na Vila Belmiro. A vitória de ontem à noite foi a oitava das onze que o time obteve no Engenhão, onde só perdeu (2 a 0) para o Corinthians e empatou (1 a 1) com o Atletico Goianiense. Antes do jogo, o Botafogo exibiu no telão do estádio gols do ex-atacante Ferreti, que morreu terça-feira.
O segundo turno começou com a rodada em que houve mais gols – 38 em 9 jogos, média de 4.22 gols por jogo -, e ainda falta Bahia x America Mineiro, que completará a rodada hoje à noite, no estádio de Pituaçu, em Salvador. Com os 38 gols de ontem a noite o Campeonato Brasileiro totaliza 538 gols em 198 jogos, média de 2.71 gols por jogo.
O Corinthians manteve a liderança pela 14ª rodada consecutiva, com 40 pontos, após a 12ª vitória, ontem à noite sobre o Grêmio (3 a 2), no estádio do Pacaembu, onde após o jogo os presidentes dos dois clubes anunciaram um protesto que encaminharão, por escrito, à CBF contra a atuação do árbitro André Luis Castro, da Federação Goiana, que consideraram desastrosa.
Depois de derrotas para o Figueirense (2 a 0) e o Palmeiras (2 a 1), o Corinthians conseguiu se reabilitar. Após 1 a 1 no primeiro tempo, gols do zagueiro Chicão, de pênalti mal marcado – Adilson em Emerson -, aos 17 e Douglas, de falta, aos 40, para o Grêmio, o Corinthians chegou a fazer 3 a 1, gols do meio-campo Paulinho aos 19 e do lateral Ramon, ex-Vasco, aos 22, André Lima, de cabeça, fez o segundo do Grêmio aos 28.
O técnico Tite, que estava pressionado, elogiou o empenho dos jogadores do Corinthians: “Todos eles sujaram o calção e arrastaram a bunda no chão. Jogando com nove, a vitória veio da alma corintiana”. O Corinthians não terá Liedson e Edenilson, expulsos ontem à noite, no jogo de domingo com o Coritiba, no estádio Couto Pereira, em Curitiba.
AE - Agência Estado
A quinta-feira foi de fortes emoções para a saltadora Fabiana Murer em Daegu, na Coreia do Sul. A brasileira voltou ao estádio onde está sendo realizado o Mundial de Atletismo para participar da cerimônia de premiação da prova feminina do salto com vara, vencida por ela na última terça-feira. Assim, Murer recebeu a medalha de ouro e ouviu o Hino Nacional do Brasil. A saltadora explicou que a euforia pelo título já está contida, mas ressaltou que se emocionou durante a cerimônia.
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Martin Meissner - AP
Fabiana diz que euforia pelo título mundial já está contida
"É uma emoção muito grande voltar ao estádio para receber a medalha de ouro. Fiquei emocionada. É um momento único, na hora pensei que realmente sou campeã mundial e ouvir o Hino Nacional pela primeira vez foi emocionante. Deixei acontecer. Tive um dia para me tranquilizar. Ontem estava mais eufórica. Cheguei no estádio só para curtir o momento, que foi fruto do meu trabalho", disse em entrevista ao SporTV.
A conquista do título mundial confirmou a excelente fase de Fabiana Murer, que em 2010 já havia se destacado. No ano passado, ela faturou a medalha de ouro no Mundial Indoor, realizado em Doha. Por isso, a saltadora chegará aos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, como uma das esperanças de medalhas do Brasil. Porém, ela ressalta que será preciso muita preparação para subir ao pódio no próximo ano.
"Tenho que começar a descansar a cabeça e pensar que vai começar tudo de novo. Vou iniciar uma nova preparação. Tenho competições pela frente para chegar melhor preparada. Agora é uma nova etapa, pensar passo a passo na técnica e na questão física para chegar ainda melhor", disse.
Na disputa da final do salto com vara, Murer alcançou 4,85 metros e superou a russa Yelena Isinbayeva, que era a principal favorita para vencer a prova. A alemã Martina Strutz, que faturou a medalha de prata, e a russa Svetlana Feofanova, que conquistou o bronze, também participaram da cerimônia de premiação nesta quinta-feira em Daegu.
O técnico Elson Miranda, que também é marido de Murer, se emocionou até mais com a premiação da saltadora. "É uma emoção muito grande. Você só sente quando consegue realizar. A gente sonha em chegar numa competição dessas e nem todo mundo consegue ser campeão do mundo. A Fabiana teve essa oportunidade de sentir isso e ser coroada com essa medalha. É algo grandioso, não dá para dizer o que significa isso", afirmou.
**índice de suicídios na Grécia cresceu 40% desde o início do 'ajuste' econômico determinado pelos bancos e pela comissão da UE
** governo de direita em Portugal persegue déficit zero e promete aos mercados dois anos de queda média de 2% do PIB, com desemprego, privatizações e desmonte da legislação trabalhista
** país foi 'salvo' pelos credores com pacote de 75 bilhões de euros
**greve do professorado espanhol se alastra por todas as províncias do país
**arrocho fiscal demite 3 mil professores precários da rede pública de Madrid
** professores da rede estadual de MG completam três meses em greve por um piso salarial que não canibalize as gratificações já conquistadas
** estudantes marcham em Brasília por 10% do PIB para a educação
** extinção da CPMF em 2007 deixou a saúde pública com um rombo de R$ 30 bilhões
** PT defende nova taxa para garantir recursos ao SUS*
* Camilla Vallejo, líder estudantil chilena,explica à Carta Maior, a privatização do sistema educacional em seu país; leia nesta pág RENTISMO CRITICA CORTE NO JURO QUE DEVORA $ 114,5 BI DO ORÇAMENTO DE 2012 Orçamento federal para 2012 prevê um total de investimentos públicos de R$165,3 bilhões. Os gastos com o juro da dívida pública vão consumir R$ 114,5 bilhões ( isso apenas para o superávit primário, sem considerar amortizações e rolagem). O demonizado salário mínimo de R$ 619,00 previsto para 2012, um reajuste de 13%, em nome do qual se acena com o fantasma do descontrole das contas públicas, custará à União menos que 12% ( R$ 13,3 bi) do total de recursos devorados pelos rentistas. Com uma diferença importante: beneficiará 19 milhões de aposentados e pensionistas que robustecem o mercado interno de massa num horizonte de recidiva da recessão mundial. Apesar da equação favorável a banda rentista e seu tambor midiático criticaram a decisão acertada do Banco Central, que ontem cortou em meio ponto a taxa básica de juro do país, trazendo-a para a 12%.O BC ao contrário da ortodoxia cega deve ter lido o artigo de Martin Wolf, economista neoliberal e respeitado analista do Financial Times, que avaliou assim o quadro da crise mundial em sua coluna de 30-09: " ...a tomada de consciência de que nem os EUA nem a região do euro podem criar condições para uma rápida recuperação do crescimento - ou pior, da paralisante divergência sobre quais seriam essas condições - é assustadora (...). Os riscos de um círculo vicioso, saindo dos fundamentos econômicos ruins aos erros de política, passando pelo pânico e depois voltando aos maus fundamentos, são grandes, no caso de mais retração econômica no futuro (...) Outra reversão da economia agora certamente seria um desastre. A chave, certamente, é não lidar com uma situação tão perigosa como esta dentro dos limites do pensamento convencional".
**Atividade manufatureia na zona do euro cai em agosto e registra a primeira contração desde 2009** gastos com construção nos EUA caem 1,3% em julho** PT defende taxação dos lucros bancários e das remessas ao exterior para devolver R$ 30 bilhões à saúde pública** recursos foram subtraídos do SUS após extinção da CPMF em 2007 **índice de suicídios na Grécia cresceu 40% desde o início do 'ajuste' econômico** governo de direita em Portugal persegue déficit zero para honrar pagamentos aos credores** plano de ajuste lusitano inclui dois anos de queda média de 2% do PIB, privatizações e desmonte da legislação trabalhista **greve do professorado espanhol contra arrocho fiscal se alastra por todas as províncias do país** professores da rede estadual de MG completam três meses em greve por um piso salarial ** estudantes marcham em Brasília por 10% do PIB para a educação** Carta Maior conversa com Camilla Villejo, líder estudantil chilena, leia nesta página. RENTISMO CRITICA CORTE NO JURO QUE DEVORA $ 114,5 BI DO ORÇAMENTO DE 2012 Orçamento federal para 2012 prevê um total de investimentos públicos de R$165,3 bilhões. Os gastos com o juro da dívida pública vão consumir R$ 114,5 bilhões ( isso apenas para o superávit primário, sem considerar amortizações e rolagem). O demonizado salário mínimo de R$ 619,00 previsto para 2012, um reajuste de 13%, em nome do qual se acena com o fantasma do descontrole das contas públicas, custará à União menos que 12% ( R$ 13,3 bi) do total de recursos devorados pelos rentistas. Com uma diferença importante: beneficiará 19 milhões de aposentados e pensionistas que robustecem o mercado interno de massa num horizonte de recidiva da recessão mundial. Apesar da equação favorável a banda rentista e seu tambor midiático criticaram a decisão acertada do Banco Central, que ontem cortou em meio ponto a taxa básica de juro do país, trazendo-a para a 12%.O BC ao contrário da ortodoxia cega deve ter lido o artigo de Martin Wolf, economista neoliberal e respeitado analista do Financial Times, que avaliou assim o quadro da crise mundial em sua coluna de 30-09: " ...a tomada de consciência de que nem os EUA nem a região do euro podem criar condições para uma rápida recuperação do crescimento - ou pior, da paralisante divergência sobre quais seriam essas condições - é assustadora (...). Os riscos de um círculo vicioso, saindo dos fundamentos econômicos ruins aos erros de política, passando pelo pânico e depois voltando aos maus fundamentos, são grandes, no caso de mais retração econômica no futuro (...) Outra reversão da economia agora certamente seria um desastre. A chave, certamente, é não lidar com uma situação tão perigosa como esta dentro dos limites do pensamento convencional".
**Atividade manufatureia na zona do euro cai em agosto e registra a primeira contração desde 2009** gastos com construção nos EUA caem 1,3% em julho** PT defende taxação dos lucros bancários e das remessas ao exterior para devolver R$ 30 bilhões à saúde pública** recursos foram subtraídos do SUS após extinção da CPMF em 2007 **índice de suicídios na Grécia cresceu 40% desde o início do 'ajuste' econômico** governo de direita em Portugal persegue déficit zero para honrar pagamentos aos credores** plano de ajuste lusitano inclui dois anos de queda média de 2% do PIB, privatizações e desmonte da legislação trabalhista **greve do professorado espanhol contra arrocho fiscal se alastra por todas as províncias do país** professores da rede estadual de MG completam três meses em greve por um piso salarial ** estudantes marcham em Brasília por 10% do PIB para a educação** Carta Maior conversa com Camilla Villejo, líder estudantil chilena, leia nesta página. RENTISMO CRITICA CORTE NO JURO QUE DEVORA $ 114,5 BI DO ORÇAMENTO DE 2012 Orçamento federal para 2012 prevê um total de investimentos públicos de R$165,3 bilhões. Os gastos com o juro da dívida pública vão consumir R$ 114,5 bilhões ( isso apenas para o superávit primário, sem considerar amortizações e rolagem). O demonizado salário mínimo de R$ 619,00 previsto para 2012, um reajuste de 13%, em nome do qual se acena com o fantasma do descontrole das contas públicas, custará à União menos que 12% ( R$ 13,3 bi) do total de recursos devorados pelos rentistas. Com uma diferença importante: beneficiará 19 milhões de aposentados e pensionistas que robustecem o mercado interno de massa num horizonte de recidiva da recessão mundial. Apesar da equação favorável a banda rentista e seu tambor midiático criticaram a decisão acertada do Banco Central, que ontem cortou em meio ponto a taxa básica de juro do país, trazendo-a para a 12%.O BC ao contrário da ortodoxia cega deve ter lido o artigo de Martin Wolf, economista neoliberal e respeitado analista do Financial Times, que avaliou assim o quadro da crise mundial em sua coluna de 30-09: " ...a tomada de consciência de que nem os EUA nem a região do euro podem criar condições para uma rápida recuperação do crescimento - ou pior, da paralisante divergência sobre quais seriam essas condições - é assustadora (...). Os riscos de um círculo vicioso, saindo dos fundamentos econômicos ruins aos erros de política, passando pelo pânico e depois voltando aos maus fundamentos, são grandes, no caso de mais retração econômica no futuro (...) Outra reversão da economia agora certamente seria um desastre. A chave, certamente, é não lidar com uma situação tão perigosa como esta dentro dos limites do pensamento convencional".
A Revista Veja, há muito deixou de exercer seu sagrado papel jornalístico para ocupar a vaga aberta pelos partidos da oposição nacional, que, por pura incompetência, sem projetos e sem perspectivas, ficam patinando nas denúncias vazias, à procura de algo que lhes dê "mídia". Devido à incompetência deles (partidos da oposição - Demo/Tucanos), a veja assume muito bem esse papel (o chamado PIG tem nela seu mais ardente integrante). É vergonhosa a forma como a dita imprensa livre se porta toda vez que se fala na criação de um CNJ- Conselho Nacional de Jornalismo, ou seja, todas as demais profissões podem (e devem) ter um órgão regulador e fiscalizador, tal qual a OAB (advogados), o CFM (medicina), Os Tribunais de Conta da União, dos Estados etc. Não admitir a criação de um Conselho Nacional de Jornalismo é o mesmo que dizer: Não queremos ser investigados, fiscalizados ou observados. É balela o argumento de que isso tiraria a liberdade da imprensa. Nada a ver. E tenho dito.
DIRETO DA REDAÇÃO
Veja colocou a pá de cal em sua decadente trajetória com a matéria publicada na última edição, na qual se valeu de todos os métodos, inclusive criminosos, para corroborar uma de suas teses, desta vez a de que o ex-ministro José Dirceu conspira contra o governo de Dilma Rousseff.
A matéria não se sustenta jornalisticamente, com uma série de ilações e conclusões frágeis, porém o mais grave foi o seu método de apuração, com recurso à espionagem, invasão de privacidade e outros delitos, o que levou seu repórter a ser denunciado pelo hotel em que José Dirceu estava hospedado por tentativa de violação de domicílio. Para quem não leu a matéria ou o que já foi escrito sobre ela, o repórter da Veja hospedou-se no mesmo hotel de Dirceu, em Brasília, e tentou por duas vezes entrar no quarto do ex-ministro, primeiro passando-se por hóspede do apartamento que tinha esquecido as chaves, e, depois, por assessor da prefeitura de Varginha que fazia questão de deixar no quarto "documentos relevantes".
O que pretendia o repórter caso fosse bem sucedido em sua empreitada? Fuçar papéis e documentos do investigado? Roubá-los caso encontrasse algo que fosse ao encontro da tese da reportagem? Quem o orientou a agir dessa maneira? Seu chefe imediato, os editores da revista, o dono da editora que a publica? As perguntas são muitas e todas complicam ainda mais a situação de Veja e sua forma de fazer jornalismo.
A revista foi além e publicou imagens gravadas no corredor do andar do hotel em que Dirceu se encontrava, que mostram o ex-ministro com outras figuras da política brasileira. Veja não esclarece como obteve as imagens, mas parece pouco provável que as tenha conseguido com o próprio hotel, o que reforça as suspeitas de que tenha instalado algum equipamento por conta própria, o que aumenta a gravidade do delito. Trata-se, primeiro, de um caso de polícia. Depois, de grave atentado à ética jornalística.
A desfaçatez de Veja impressiona ainda mais, pois ocorre pouco após o escândalo do comportamento criminoso e, consequentemente, desprovido de ética do tablóide News of the World, do império midiático de Rupert Murdoch, que espionava personagens da vida pública inglesa como procedimento editorial assumido. O caso do jornal londrino não só está fresco em nossa memória, como ainda ocupa os tribunais ingleses, com jornalistas presos e respondendo a processos.
Há um bom tempo, Veja perdeu credibilidade perante boa parte dos leitores com capacidade crítica e de observadores do comportamento midiático. A recente reportagem pode ter sido o passo final para sua sentença de morte. A revista semanal não deve ser extinta, como o News of the World, mas tende a se tornar cada vez mais leitura ligeira de sala de espera de consultórios médicos, sem o prestígio outrora desfrutado.
A matéria de Veja colocou jornalistas e toda a imprensa perante a necessidade de responder à sociedade sobre que tipo de ofício praticamos. Somos todos imprensa marrom? Não temos limites nas nossas apurações? Vale tudo na busca de uma informação? Compactuamos com este tipo de jornalismo? Creio que jornalistas, empresas jornalísticas, sindicatos e associações precisam se manifestar claramente, repudiando o procedimento da revista. Do contrário, nos locupletamos.
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