quinta-feira, 1 de setembro de 2011
**Atividade manufatureia na zona do euro cai em agosto e registra a primeira contração desde 2009** gastos com construção nos EUA caem 1,3% em julho** PT defende taxação dos lucros bancários e das remessas ao exterior para devolver R$ 30 bilhões à saúde pública** recursos foram subtraídos do SUS após extinção da CPMF em 2007 **índice de suicídios na Grécia cresceu 40% desde o início do 'ajuste' econômico** governo de direita em Portugal persegue déficit zero para honrar pagamentos aos credores** plano de ajuste lusitano inclui dois anos de queda média de 2% do PIB, privatizações e desmonte da legislação trabalhista **greve do professorado espanhol contra arrocho fiscal se alastra por todas as províncias do país** professores da rede estadual de MG completam três meses em greve por um piso salarial ** estudantes marcham em Brasília por 10% do PIB para a educação** Carta Maior conversa com Camilla Villejo, líder estudantil chilena, leia nesta página. RENTISMO CRITICA CORTE NO JURO QUE DEVORA $ 114,5 BI DO ORÇAMENTO DE 2012 Orçamento federal para 2012 prevê um total de investimentos públicos de R$165,3 bilhões. Os gastos com o juro da dívida pública vão consumir R$ 114,5 bilhões ( isso apenas para o superávit primário, sem considerar amortizações e rolagem). O demonizado salário mínimo de R$ 619,00 previsto para 2012, um reajuste de 13%, em nome do qual se acena com o fantasma do descontrole das contas públicas, custará à União menos que 12% ( R$ 13,3 bi) do total de recursos devorados pelos rentistas. Com uma diferença importante: beneficiará 19 milhões de aposentados e pensionistas que robustecem o mercado interno de massa num horizonte de recidiva da recessão mundial. Apesar da equação favorável a banda rentista e seu tambor midiático criticaram a decisão acertada do Banco Central, que ontem cortou em meio ponto a taxa básica de juro do país, trazendo-a para a 12%.O BC ao contrário da ortodoxia cega deve ter lido o artigo de Martin Wolf, economista neoliberal e respeitado analista do Financial Times, que avaliou assim o quadro da crise mundial em sua coluna de 30-09: " ...a tomada de consciência de que nem os EUA nem a região do euro podem criar condições para uma rápida recuperação do crescimento - ou pior, da paralisante divergência sobre quais seriam essas condições - é assustadora (...). Os riscos de um círculo vicioso, saindo dos fundamentos econômicos ruins aos erros de política, passando pelo pânico e depois voltando aos maus fundamentos, são grandes, no caso de mais retração econômica no futuro (...) Outra reversão da economia agora certamente seria um desastre. A chave, certamente, é não lidar com uma situação tão perigosa como esta dentro dos limites do pensamento convencional".
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