sábado, 29 de janeiro de 2011

IMORTALIDADE TEM LIMITE

COMUNICAÇÕES NOS EUA

Obama recua, concentração aumenta.

Fusão da Comcast – a maior operadora de TV a cabo e maior provedora de internet dos EUA – com a NBC-Universal reforça a percepção de que, uma a uma, as promessas de Obama estão sendo descumpridas com prejuízos óbvios para a pluralidade e a diversidade na mídia dos EUA.

PACIÊNCIA

RESTRIÇÃO À PROPRIEDADE CRUZADA É MEDIDA URGENTE

É uma falácia afirmar que a convergência de mídias tornou obsoleta a discussão sobre propriedade cruzada. Formas de produção e circulação de dados e noticiários em diferentes plataformas não têm nada a ver com a propriedade cruzada. Esta diz respeito a organização societária dos conglomerados e, o mais importante, a sua abrangência sobre a sociedade.
A mídia derrotada nas eleições presidenciais prossegue em campanha para pautar o novo governo segundo seus interesses. A última é do Estadão de quinta-feira (27), informando em manchete de primeira página que o governo desistiu de incluir a propriedade cruzada no projeto de regulação da mídia.
O blogueiro Eduardo Guimarães perguntou logo cedo ao ministro Paulo Bernardo, via twitter, se isso era verdade. Resposta: “Bom dia, meu caro! Basta ler a matéria para concluir que não decidimos nada. Quando houver decisão enviaremos ao Congresso”.
É verdade, não há nenhum dado concreto que confirme a manchete da capa: “Convergência de mídias leva governo a desistir de veto à propriedade cruzada”.
O texto, além disso estabelece uma confusão entre meios impressos e eletrônicos. Chega a dizer que “
propriedade cruzada é o domínio, pelo mesmo grupo de comunicação, de concessões para operar diferentes plataformas (TV, jornal e portais)”.
Mistura na mesma frase meios que legalmente são concedidos pelo Estado em nome da sociedade (TV, e também o rádio) com aqueles que operam em circuitos privados, sem interferência direta do poder público, como jornais, revistas e portais na internet.
No Brasil uma nova lei de meios tem que dar conta, entre outras coisas, de dois tipos de regulação. Uma específica para o rádio e a TV cujos concessionários ocupam o espectro eletromagnético, escasso e finito. Outra dando conta da mídia em geral.
No primeiro caso, trata-se de um bem público (o espectro eletromagnético) utilizado por particulares que, por isso, devem se submeter a regras precisas de controle social.
Nada ilegal ou arbitrário. Ao se candidatarem a uma concessão os interessados deveriam deixar claro que tipo de serviço será prestado à sociedade e de que forma.
Assinariam um compromisso com o Estado, conhecido em alguns países como “caderno de encargos”, onde estariam detalhados seus direitos e deveres. Ao final, o contrato deveria ser avaliado pelo órgão regulador (hoje inexistente) podendo vir a ser renovado ou não.
A lei atual, benevolente, estabelece um período de dez anos para as concessões de rádio e de quinze para a televisão. E as renovações são praticamente automáticas passando por trâmites burocráticos, ainda que submetidas ao Congresso nacional.
O segundo caso, referente aos jornais e revistas não tem nada a ver com isso. São empreendimentos particulares que trafegam por canais privados. Não se submetem a concessões como sugere o Estadão.
Mas nem por isso podem deixar de se submeter à leis específicas, como a de imprensa que garantia o direito de resposta e foi suprimida.
E também aos limites da propriedade cruzada. O Estadão afirma que “o desenvolvimento tecnológico tornou a discussão (sobre propriedade cruzada) obsoleta” e que “o conceito de convergência de mídias, que consolidou o tráfego simultâneo de dados e noticiários em todas as plataformas - da impressa à digital -, pôs na mesa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, um projeto de concessão única”.
Nada mais falacioso. Primeiro porque formas de produção e circulação de dados e noticiários em diferentes plataformas não tem nada a ver com a propriedade cruzada. Esta diz respeito a organização societária dos conglomerados e, o mais importante, a sua abrangência sobre a sociedade.
A lei atual, ainda que burlada, determina um máximo de cinco concessões de TV para o mesmo grupo, em cidades diferentes, sendo cinco em VHF e cinco em UHF. Mas não impede que esses concessionários sejam proprietários de jornais ou revistas, por exemplo.
Pela lei implacável do mercado, a tendência é que alguns grupos se tornem gradativamente hegemônicos em suas regiões e mesmo no país.
Com isso passam a monopolizar todas as formas de comunicação existentes, impedindo o confronto de idéias e restringindo a diversidade cultural.
Os limites à propriedade cruzada, portanto, devem ter como referência o tamanho do público atingido pelas empresas de comunicações, sejam ouvintes, leitores, telespectadores e até mesmo internautas. Junto com restrições mais rigorosas à propriedade de diferentes meios nas mesmas áreas geográficas.
É o que ocorre em países democráticos como forma de evitar que o pensamento único se consolide. Trata-se de garantir a liberdade através da multiplicação de vozes e não de restringi-la como alardeiam os interessados em manter tudo como está. Apelando algumas vezes, como se viu, para a confusão.

30 ANOS NO PODER

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais deste sábado
* Jornais nacionais
Folha de S.Paulo
Rebelião abala ditadura no Egito
Agora S.Paulo
Veja o valor da revisão pelo teto para aposentadorias de 88 a 91
O Estado de S.Paulo
Protestos crescem e ditador do Egito mobiliza Exército
Jornal do Brasil
De cara para o perigo
O Globo
A revolta do mundo árabe - Egípcios desafiam tanques e ditadura de 30 anos balança
Valor Econômico
Rombo no PanAmericano vai a R$ 4 bi e BTG faz oferta
Correio Braziliense
Justiça liberta Adriana outra vez
Estado de Minas
Negligência provoca nova tragédia no anel
Diário do Nordeste
Crato: temporal e destruição
Zero Hora
Rebelião no Egito
Brasil Econômico
Substituição de bens de capital importados ganhará prioridade
* Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Mubarak ordena repressão, com revolta varrendo o Egito
The Washington Post (EUA)
Cairo cai numa quase anarquia
The Times (Reino Unido)
Revolta no Nilo: Egito desafia toque de recolher
The Guardian (Reino Unido)
Egito no limite enquanto os tanques deslizam pelo Cairo
Le Figaro (França)
O Egito flamejante
Le Monde (França)
Egito: Moubarak sob pressão
El País (Espanha)
Mubarak sacrifica seu governo encurralado pela revolta
Clarín (Argentina)
Governo critica EUA após saber que Obama não vem

O MOSQUITO ARGENTINO

Por Marcelo Migliaccio, do Rio Acima - JORNAL DO BRASIL.
Enquanto não arranjarem uma guerra entre Brasil e Argentina esses idiotas não vão sossegar.
Agora, foi a prefeitura de Barretos (SP), aquela progressista cidade onde se torturam animais numa grande festa brega anual. Fizeram lá uma campanha contra a dengue em que um mosquito aedes aegypit estilizado aparece vestindo a camisa da seleção argentina.
O ministro da Saúde do país vizinho, Juan Manzur, claro, reclamou da infelicidade da campanha. Aí, o diretor do Departamento de Comunicação da prefeitura de Barretos (SP), Marcelo Murta, disse que a intenção não foi ofender o povo argentino.
Então, qual foi a intenção?
Lhes digo: a intenção foi usar um preconceito que está cada vez mais enraizado entre nós para tentar estabelecer uma comunicação rápida com o público-alvo da campanha. Associar os argentinos a vilões, assim como o mosquito que transmite a doença, foi a saída mais inteligente que os cérebros da propaganda de Barretos conseguiram achar para a campanha de saúde local.
Todas as vezes em que o Brasil joga contra a Argentina, seja em que esporte for, mas especialmente no futebol, sempre um desses locutores esportivos descerebrados, arrogantes e recalcados que abundam nos microfones do rádio e da TV vem com aquela pérola:
-- Ganhar da Argentina tem um sabor especial! Vencer os argentinos é muito mais gostoso!
Por quê?
Porque os argentinos são os melhores jogadores de futebol do planeta ao lado dos brasileiros. Porque Diego Maradona foi o único jogador que pôde ser comparado a Pelé. Porque éramos fregueses da Argentina até bem pouco tempo atrás (se é que ainda não somos).
São violentos? Também somos.
São desleais? Também somos.
São craques? Também somos.
Fazem bons filmes? Nós idem.
E pode ser também porque a Argentina é um país menor, mais pobre e mais organizado que o Brasil. Porque seu povo é mais civilizado que o nosso. Porque as ruas lá são mais limpas...
Claro que lá também existem espíritos de porco que alimentam uma rusga com os brasileiros, mas nós deveríamos dar-lhes uma lição, parando com essa rivalidade artificial oportunista, que só serve para vender jornal e promover eventos esportivos na TV.
Toda vez que uma ofensa gratuita é jogada ao vento, alguém paga por ela. Pode ser um argentino roubado no Brasil, ou um brasileiro agredido em Buenos Aires. E, pode ser também, que um dia um lunático do governo daqui ou de lá (lembra-se da Guerra das Malvinas?) ache que provocando um conflito entre os dois países.
Aí, milhares de pessoas vão sofrer por causa dessas leviandades ditas em tom de brincadeira e eivadas de uma raiva latente e sem sentido.

QUANDO A CHUVA PASSAR . . .

Em Barretos tem muito cavalo, boi  e touro... É falta de geografia e história na bagagem cultural. Hoje em dia as notícias de enchentes falam do "rio que corta a cidade", mesmo que ele seja o Amazonas ou o Tietê. Quanto mais saber até onde brincar com a rivalidade entre brasileiros e argentinos pode atingir símbolos e referências nacionais, sem avançar para conotações mais sérias e capazes de arranhar limites diplomáticos. Ou simplesmente do bom senso. É a cultura do quanto mais massificado melhor, mesmo.
Vejo como mais um exemplo de violência e agressividade gratuitas, querendo transmitir aos desavisados que os culpados pela dengue são os argentinos. No entanto, pessoas mais esclarecidas pensarão: ué, mas o nome do mosquito não é aedes aegypit, tendo sido primeiramente detectado no Egito e inclusive, podendo ter sido o responsável pela morte de Alexandre o Grande, que contraíu a chamada "Febre do Nilo", forma pela qual a dengue e febre amarela, doenças transmitidas por tal mosquito eram conhecidas naquela época? Pois bem, no entanto, políticos lenientes e incompetentes, juntamente com seus seguidores que ocupam cargos de nomeação e confiança, usam do artifício de publicidades e propagandas agressivas, preconceituosas e mentirosas para encobrirem sua leniência, incompetência e esconderem da população que na verdade são eleitos e ocupam cargos públicos públicos unicamente para tirarem proveito pessoal de tais posições.
Vamos reconhecer: a ridícula campanha para despertar o sentimento anti-argentino disfarçada de "combate à dengue" é a cara de Barretos, da súcia de teleguiados paulistas que repetidamente elegem tucanos e, acima de tudo, da publicidade de SP, daquelas agências milionárias que emporcalham telas e páginas do resto do Brasil com suas mensagens fascistas e mal-feitas.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CONVITE

Nem mulher salva esse Fórum da Suiça. Não será o "convite" sobre a "participação da mulher", ao menos de algum similucro, o próprio gesto obsceno da Davos, como lugar de uma lógica capitalista desde sempre homofóbica? Sempre lembrando professora que a questão de gênero em Davos é um mero confete da partilha imperial em vigor.
Ninguém mais dá importância a essa confraria de Davos. Acho que a partir desse ano nem teremos tantos manifestos na rua como nos anos anteriores. O que sempre bombou e sempre bombará é o FSM.
Agora esse de 2011 vai ficar na história.

LEVEM AO MENOS UMA MULHER, PEDE DAVOS

A fim de "incentivar a diversidade de gênero", o Fórum Econômico Mundial está solicitando aos seus "parceiros estratégicos" que, dentre os cinco convidados a que têm direito, convidem ao menos uma mulher. Pedir aos parceiros "ao menos uma mulher" é uma confissão do embrete civilizatório em que esses patifes estão.
Que o Fórum Econômico de Davos está mal das pernas ninguém questiona. A novidade do Fórum que não é mais só do Norte, embora siga frio e dos muito ricos e riquíssimos, está num pequeno detalhe: os organizadores estão consternados com a falta de diversidade de gênero dentre os participantes do encontro na cidade suíça.
É claro, a consternação fundamental segue sendo outra, embora não transparente enquanto agenda. Trata-se do enigma de como continuar mandando no mundo, nesta conjuntura e com as mudanças em direção da multipolaridade em curso. Vale dizer que essas decisões importantes não ocupam conferências, por mais fechadas que estas venham a ser. Para cada conferência há algum acadêmico “prêt-à-penser”, como disse o professor da Universidade de Barcelona, Toni Domènech e outros macacos de auditório do gênero, como ex-governantes, periféricos ou não, dos anos 90 e grande elenco de sumidades, do porte de um Paulo Coelho, Bono Vox e coisas assim. Eles são auditório, isso mesmo. Porque as conferências e os acordos, as decisões e os debates, em Davos, não são públicos.
Nem a bagatela do preço dos ingressos dá acesso ao que o Fórum Econômico Mundial estabelece como agenda. Para esta não há bilhete premiado. Poder global não cai do céu nem se compra em paraíso fiscal, unicamente.
O colunista Andrew Ross Sorkin do New York Times fez uma bem humorada crônica (24/01/2001) sobre o custo Davos para os seus participantes. Na crônica, traduzida abaixo, constam não somente os dados relativos à organização do FEM e os relatos de alguns participantes com grande expressão no encontro anual e demais atividades da área.
Ross Sorkin refere um detalhe interessante. A fim de incentivar a diversidade de gênero, o Fórum Econômico Mundial está solicitando aos participantes de nível mais alto (ver no texto do NYT os vários níveis de associação ao WEF, conforme os títulos de sócio oferecidos) que, dentre os cinco convidados a que têm direito, convidem ao menos uma mulher. Em números, os associados com carteirinha de “Parceiro Estratégico” pagam 522 mil dólares (um milhão de reais, em média) para poderem participar do evento de uma semana na cidadela, fora os ingressos individuais, no valor de 19 mil dólares cada um e os demais custos de viagem.
Do outro lado do mundo, em termos quase verticais, ocorrerá o Fórum Social Mundial, em Dakar, no Senegal, pouco depois do encontro dos ricos e muito ricos. Os seus organizadores costumam dizer que o caráter de contraponto a Davos foi superado e que o Fórum Social Mundial é muito maior do que um embate contra os donos do mundo poderia ser. É claro, essa não é uma posição imune a críticas e bem se sabe que o FSM tem um aspecto babilônico gratuito.
Dada a gravidade da crise econômica e financeira no mundo, há quem fale, e não são poucos, em crise civilizatória. O Fórum de Davos não tem, como é sabido e ressabido, autoridade para apresentar uma agenda para o mundo pós-crise ou mesmo de transição que conte com políticas globais para o seu enfrentamento. O Fórum Social Mundial, por outro lado, tem mais do que autoridade para debater uma agenda, aliás em gestação há mais de dez anos, entre os sujeitos objetificados pelos donos do mundo de Davos, e entre os movimentos sociais que ajudaram e estão ajudando a mudar ao menos a América Latina.
Quando a escumalha a ser reunida em Davos apresenta uma regra para quantificar a participação feminina não está adotando mais um expediente de absorção da agenda civilizatória. Pedir “ao menos uma mulher” aos mais ricos dentre o maior encontro dos mais ricos do mundo é um pouco mais que uma confissão de culpa, porque não é errado apenas moralmente, coisa que de resto em nada incomodaria a um Fórum com aquele perfil moral.
Pedir aos bilionários ao menos uma mulher é uma confissão do embrete civilizatório em que esses patifes estão. Ao menos no Senegal há gente, e haverá muitas mulheres. Não será um Fórum somente do Sul, mas também dos do Norte empobrecido e embrutecido pelas políticas brindadas em Davos e impostas ao resto do mundo. E será na África, o continente credor da orgia de Davos, lá onde os “perdedores” e os “mal sucedidos” estarão. Parte deles, inclusive, descerá das ruas geladas para o continente africano, porque outro mundo é possível, ao menos por isso.
A seguir, a crônica de Andrew Ross Sorkin:
Um preço alto para entrar em Davos.
Qual o preço do ingresso para ser um Davos Man?
Executivos, governantes, lideranças e acadêmicos ao redor do mundo estão a caminho de Davos, Suíça, para o encontro anual do Fórum Econômico Mundial nesta semana – uma reunião de poderosos que mistura negócios, políticas e Champanhe nos Alpes Suíços.
Trata-se de um evento que pauta uma vasta agenda dos tomadores de decisão, de Jamie Dimon, o executivo-chefe do JPMorgan Chase, ao Primeiro Ministro George A. Papandreou da Grécia ao vocalista da U2, Bono, voltados ostensivamente para contemplar como resolver os problemas do mundo.
É claro, muito do que ocorrerá na semana girará na verdade em torno de uma coisa: networking. Como o autor de “Cisne Negro”, Nassim N. Taleb o descreveu a Tom Keene, da Bloomberg Televisão, o evento está “buscando gente de sucesso que queira ser vista com outras pessoas de sucesso. Este é o jogo”.
Todo convite para o evento é para ser considerado uma honra exclusiva. Mas para os executivos das

LULA MERECE

Não vejo nada demais, nada de anormal, nenhum exagero, o fato de Lula passar a receber salário do PT.
O PT é Lula.
O PT não existiria sem a força e o carisma de Lula.
Foi e é Lula quem leva o PT a retumbantes vitórias.
Houve época que o PT fecharia para balanço se não fosse Lula.
Sou completamente apartidário, mas acho o assunto apenas relevante para quem não tem o que fazer ou pertence ao time dos derrotados nas urnas pelo PT, a frente Lula, o maestro das grandes conquistas petistas.  

A VERSÃO BRASILEIRA

FALTA DE RESPEITO AO POVO

Tem um Fundo de catástrofe que o político do PMDB Geddel Vieira, distribuiu entre dois estados da seguinte forma, mandou para sua terra natal sem previsão de castrátofes, a nossa querida Bahia 54% dos recursos disponíveis. Já para o nosso sofredor e querido Rio de Janeiro de recordações catastróficas, com centenas de mortos, devido sua topografia de alto relevo, mandou apenas 1% e na última entre vítimas, cerca de mais de 850 mortos e mais de 500 desaparecidos.
Agora chega o vice Michel Temer e exige da presidente Dilma Rousseff um cargo no 2º escalão do governo federal para o Geddel.
De comprovada incompetência administrativa, o Temer falta com respeito ao povo brasileiro, será que o PMDB busca ética política.

OS ESPERTALHÕES QUE RECEBEM PENSÕES ESPECIAIS

São asquerosos, esses políticos, com ou sem mandato, todos corruptos, até a 'chamada oposição'. É tudo igual, jôio e rigo, tudo misturado dentro do mesmo saco. Enquanto nós, aposentados pelo RGPS estamos à míngua, esses crápulas reivindicam, (e conseguem) pensões nababescas, por terem ficado no máximo 4 anos. Alguns, um mês, outros, poucos meses. É de se perguntar: E a Justiça deste País, onde está. Ela é feita só para esses privilegiados, que entraram muitos na política, enganando, mistificando, roubando, puxando o saco. Muitos viera, a lá Tiririca, outros como os Maluf's da vida, nomeados pelo governo militar, que era chamado de ditadura. Aquilo, comparado com a real ditadura que nos aprisiona hoje, era uma ditabranda, soft, light...

A FALÁCIA DOS BARÕES

"O Estadão afirma que  'o desenvolvimento tecnológico tornou a discussão (sobre propriedade cruzada) obsoleta'. Nada mais falacioso; formas de produção e circulação de dados e noticiários em diferentes plataformas não tem nada a ver com a propriedade cruzada. Esta diz respeito a organização societária dos conglomerados e, o mais importante, a sua abrangência sobre a sociedade (...) Os limites à propriedade cruzada, portanto, devem ter como referência o tamanho do público atingido pelas empresas de comunicações, sejam ouvintes, leitores, telespectadores e até mesmo internautas. Junto com restrições mais rigorosas à propriedade de diferentes meios nas mesmas áreas geográficas. É o que ocorre em países democráticos como forma de evitar que o pensamento único se consolide" (Laurindo Lalo Leal Filho, leia artigo nesta pág.) (Carta Maior, 6ª feira, 28/01/2011)

FERRARI F 150

Felipe Massa posa sentado no novo carro. Reuters.
Ferrari F 150.

FERRARI APRESENTA F150 EM MARANELLO

Por Marcio Arruda, do Cockipt - JORNAL DO BRASIL. 
Bons tempos aqueles de lançamentos pirotécnicos das equipes de Fórmula 1. Verdadeiros shows de luzes e estrelas (pilotos e carros), a festa aconteceu até meados de 2000. Nos últimos anos, os times optam por apresentarem seus modelos no início da pré-temporada.
Sem show e sem pista, a Ferrari lançou o F150, que disputará o mundial de 2011, em Maranello. Visualmente, o carro teve mudanças em relação ao bólido que disputou o título de 2010. A frente mais fina e alta, o cofre do motor não tem mais a asa-bigorna, as entradas de ar estão mais encorpadas e o aerofólio traseiro com flaps – para ajuste na geometria variável – chamaram mais atenção.
(Scuderia Ferrari Website)
Agora é Felipe Massa e Fernando Alonso, que apresentaram o F150 ao mundo, sentarem no cockpit a acelerarem. Mas isso só poderá ser feito no dia 1º de fevereiro, data que marca o início dos testes coletivos da F1, que acontecerá no circuito Ricardo Tormo, em Valência.
Abro parêntese aqui para destacar a nova logomarca da Ferrari estampada no cofre do motor. Depois de tanta polêmica em relação à Marlboro, patrocinador do time vermelho que não pode aparecer por causa da proibição de propaganda de cigarros em diversos países, a Ferrari criou algo que se assemelha à logo da marca de cigarros. Gosto destes dribles nas polêmicas; alguns são sensacionais, como este. Fecho parêntese.
O mundial será bem interessante. Como já escrevi por aqui, a temporada de F1 deste ano proibe o difusor duplo traseiro e o duto frontal, mas permite a volta do Kers e obriga a utilização dos pneus Pirelli. Mas, por favor, não interpretem ‘interessante’ como diferente. Não acredito que nenhuma escuderia consiga o pulo do gato; Red Bull, Ferrari e McLaren ainda vão ditar os rumos de 2011, mas poderemos ter surpresas no pódio com Mercedes, Force India, Lotus-Renault e Williams.
O modelo, precursor do F10, foi batizado desta forma para homenagear os 150 anos de unificação da Itália.
 

A REVISÃO 2.011

EGITO 2.011 DC

BONITO

Responsabilidade westfaliana.
Os estrangeiros quando falam em potências emergentes falam nos BRICs. O articulista que se diz brasileiro quando fala em potências emergentes que ditarão as regras do jogo fala em Russia, India e China. Cadê o BRASIL?
Mas se tivessem responsabilidade mesmo, seria fácil.
Como? Simples, todos SEM EXCESSÃO:
a) que possuirem armas: seria dado um prazo para que se desfizessem delas, sob a supervisão da ONU, ou outra instituição multilateral;
b) que não possuirem: seria proibido seu desenvolvimento e posse.
Com que moral qualquer país quer impedir que outro tenha tais e quais armas, se ele mesmo não tem limites e nem responde a ninguém.
Nem só de pão vive o Homem, de hipocrisia também.

A POLÍTICA DE BERLUSCONI

2011: OS EUA E O ESTADO DO MUNDO

A Administração Obama reafirmou a nova natureza dos conflitos internacionais: nebulosos, desiguais, dispersos e com uso amplo de recursos táticos altamente sofisticados, em especial o recurso a uma ampla panóplia antimecanização (visando anular o poder tecnológico do adversário).
Depois de metade do seu mandato, alguma paralisia, uma retumbante derrota eleitoral (nas eleições de meio de mandato em 2010) e algumas vitórias – como a nova legislação de seguro de assistência médica – já podemos fazer uma mais detalhada análise do chamado “fenômeno Obama”. As crises internacionais mantiveram-se praticamente as mesmas – Irã, Coréia e o drama da Palestina.
A “novidade” Obama.
A tão esperada “nova abordagem” das relações internacionais, anunciada durante a campanha eleitoral, na verdade não aconteceu. Deu-se, isso sim, a instauração de um clima mais aberto, mais voltado para o entendimento em alguns campos, em particular entre os grandes centros de poder, como o grande acordo com a Federação Russa em 2010. O clima de enfrentamento e de desconfiança, típico da Era Bush, foi suplantado pelo discurso mais aberto e disponível à negociação de Obama, em especial o brilhante discurso na Universidade do Cairo em 4 de junho de 2009. A visita de Dimitri Medvedev, presidente da Rússia – com a inusitada ida com Obama a uma típica loja de hot-dogs – foi também um bom sinal, apesar da extrema direita americana – Tea Party & Sara Palin et alii – terem ficados possessos e ainda mais raivosos.
Hoje, desde o fim da velha ordem mundial (a Guerra Fria, de 1945-1991), a possibilidade de um choque cataclísmico entre grandes potências é a mais baixa de toda história. Um razoável espírito de interdependência norteia as relações EUA/Rússia e EUA/ China. Tal distensão culminou com a recente recepção de Hu Jintao, presidente da China Popular, em janeiro de 2011, a Washington. Neste visita Obama, com realismo e resignação, aceitou o “mantra” de Beijing: a China hoje representa a inédita ascensão pacífica de uma grande potência.
Nova Guerra fria?
Historicamente a ascensão e queda das grandes potências – para citar o ótimo título de Paul Kennedy – foi acompanhada de guerras e conflitos. Foi assim com a Alemanha e Japão no século XX. A China, desde as grandes reformas de Deng Shiao-ping, insiste que a trajetória chinesa em direção ao primado mundial será inédita, marcada pela manutenção da ordem e da paz mundial.
Tal afirmação, aceita e repatida por Obama em janeiro de 2011 no encontro dos dois presidentes, desmente inúmeros analistas – no mais “viúvas” da época da Guerra Fria - que vaticinam uma nova Guerra Fria, desta feita entre os EUA e a China Popular. A Guerra Fria, do ponto de vista histórico, foi um complexo sistema de rivalidades militares, políticas, econômicas e intelectuais entre duas potências em torno de uma utopia de futuro.
Entendida assim, a Guerra Fria é um fato do passado e com tal complexidade jamais se repetirá. Teremos, em verdade, a repetição de “rivalidades internacionais”, como já tivemos, por exemplo, a rivalidade anglo-francesa entre 1680-1815 ou Nipo-americana, entre 1922-1945. Mas, rivalidades não formam Guerra Fria, onde a disputa de supremacia de sistemas sociais e ideológicos era a tôncia maior. Hoje, até a China emula o capitalismo. É infelizmente buscamos uma utopia – Cazuza diria, uma ideologia – para podermos viver e lutar em torno dela.
Na Europa e nos Estados Unidos os movimentos conservadores – do ponto de vista social e político

GRANDE RISCO

ORIENTE EM CHAMAS

MANIFESTANTES ENFRENTAM  TROPAS E TANQUES DO EXÉCITO  EM CAIRO E SUEZ - Colar de ditaduras e semi-ditaduras obscenas sustentadas pelos EUA e por Israel  no Oriente Médio desmorona sob protestos de massa contra a opressão e o desemprego. No Egito, onde o  desemprego entre os jovens chega a 20%, forças policiais foram incapazes de deter as grandes manifestções.  Apesar da dura represssão,  combinada com censura à internet e  bloqueio da  telefonia celular, o policiamento convencional perdeu o controle da situação. O Exército foi chamado e o país encontra-se sob toque de recolher, mas os enfrentamentos não cessam.  As próximas horas serão decisivas. Já há notícias de mortos e mais de 800 feridos. Pode ocorrer um banho de sangue se o governo falido de Hosni Mubarak, apoiado  e armado pelos EUA, insistir em ignorar a nova realidade das ruas.  Defensores seletivos dos direitos humanos, sempre alertas contra o Irã, Cuba e a Venezuela, tem a palavra. A ver. (Carta Maior, 6ª feira, 29/01/2011)

PROTESTO NO EGITO II

Policiais egípcios tentam controlar manifestantes que pedem saída de ditador. Tara Todras-Whitehill/AP
Manifestantes não se intimidam e enfrentam efetivo policial no Cairo.
Victoria Hazou/AP

PROTESTO NO EGITO

Manifestantes egípcios sobem em cima de carro blindado durante protesto.
Policiais egípcios observam manifestantes que interromperam protestos para rezar.
Lefteris Pitarakis/AP - Marco Longari/AFP
Brasil diz acompanhar com atenção os protestos no Egito.
O governo brasileiro acompanha "com atenção" os protestos populares pela queda do governo no Egito, na Tunísia e no Iêmen.
Milhares de manifestantes foram às ruas do Cairo, Alexandria e outras cidades do Egito para pedir a queda do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos. A polícia reprime os protestos com violência e há relatos de ao menos três mortos.
"O governo brasileiro expressa sua expectativa de que as nações amigas encontrarão o caminho de uma evolução política capaz de atender às aspirações da população em ambiente pacífico e sem interferências externas, de modo a dar suporte ao desenvolvimento econômico e social em curso", diz nota do Ministério de Relações Exteriores.
O comunicado destaca ainda que o Brasil tem "cooperação crescente" com os países árabes e lembra que, no próximo dia 16, haverá a 3ª Cúpula América do Sul - Países Árabes (ASPA). "Será uma oportunidade de renovação do diálogo com lideranças da região".
O Egito é parceiro do Mercosul desde 2010, quando foi assinado acordo de livre comércio. "O bloco tem ampliado seu relacionamento com os países árabes, como se verifica nas negociações em curso com Jordânia, Síria e Palestina", disse

A CRISE NO EGYPT II

Egyptian police and the Domino Effect. FREEDOM!
FREEDOM!

A CRISE NO EGYPT

A crise no Egito pelos olhos de Carlos Latuff.
O cartunista brasileiro Carlos Latuff (@carloslatuff, no twitter) é um grande conhecedor do mundo árabe/muçulmano. É autor das melhores séries sobre o tema: como a invasão do Iraque, a questão Israel Palestina, dentre outros.
Desde o dia 25 de janeiro vem produzindo uma série de cartuns sobre a crise no Egito. Siga Latuff no twitter e acompanhe pelas tags: #Jan25 #25Jan #Egypt #FreeEgypt. Abaixo um pouco da sua produção nos últimos dias. Para ver toda a série vá ao twitpic do Latuff.
Mubarak shuts down Internet! #Egypt will shut down Mubarak!
Happy Birthday Khaled Said!

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira.
* Jornais nacionais.
O Estado de S.Paulo
Desemprego é o mais baixo em 8 anos, mas inflação corrói renda
Jornal do Brasil
Meio ambiente vira caso de polícia
O Globo
Deputado ligado a Furnas ameaça PT com denúncias
Valor Econômico
Rombo no PanAmericano vai a R$ 4 bi e BTG faz oferta
Correio Braziliense
Presa, de novo
Estado de Minas
Pedestres e motos causam maioria das mortes no anel
Diário do Nordeste
Casal preso por golpes milonários na capital
Zero Hora
Falta de mão de obra freia construção civil
Brasil Econômico
Substituição de bens de capital importados ganhará prioridade
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Ondas de agitação se espalham para o Iêmem, sacudindo uma região
The Washington Post (EUA)
Movimentos de protesto aumentam no Oriente Médio
The Times (Reino Unido)
Exclusivo: chefes de ferrovias sondados sobre acusações de mau uso de verbas
The Guardian (Reino Unido)
Linha de grampo cresce enquanto Jowell fala a respeito
Le Figaro (França)
A onda de choque da revolução tunisiana
Le Monde (França)
A cólera dos egípcios suscita o constrangimento das diplomacias ocidentais
El País (Espanha)
As pensões dão origem ao grande pacto social
Clarín (Argentina)
Mistério pelo sequestro e crime de um chefe de uma obra social sindical.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DISPUTA ACIRRADA

Por Carlos Chagas.
Continua a confusão no ninho dos tucanos.  Quem manda, afinal? Os paulistas clássicos, de Fernando Henrique a José Serra, ou os “novos paulistas”, com Geraldo Alckmin à frente? Ou serão os mineiros, aliados aos pernambucanos, liderados por Aécio Neves? Uma ponta do tapete poderá ser levantada  no começo de fevereiro, quando da apresentação do programa de propaganda partidária gratuita  do PSDB. Vamos ver quem ocupará os maiores espaços, havendo até  quem sustente a volta ao passado, com elogios e imagens dos oito anos de Fernando Henrique. Ou chegarão a Prudente de Moraes, Campos Salles e Rodrigues Alves? 

FUNCIONALISMO . . .

CADA UM POR SÍ

Por Carlos Chagas.
Não há um só dos governadores, da situação ou da oposição, que não se encontre apreensivo com as contas a pagar. Alguns, até, encontram-se em dificuldade para honrar as folhas de vencimento do respectivo funcionalismo, daqui a uma semana. No Nordeste  e no Norte parece pior, mas mesmo no Sudeste e no Sul, faltam recursos. O remédio é apelar para o governo federal, como  muitos vem fazendo, ainda mais pressionados alguns pelos efeitos das catástrofes naturais.  Como resultado, ficou adiada a tal frente de governadores de que se falava no final do ano passado, sob a impressão de poderem, à margem de diferenças partidárias, dialogar   em uníssono com o palácio do Planalto. Agora é cada um por si...

RECIFE

QUEM AINDA É O CHEFE

Por Carlos Chagas.
Nos estertores da II Guerra Mundial, vencedor de El Alamein e comandante dos exércitos ingleses que invadiram a Alemanha, o marechal Bernard Montgomery respondeu aos jornalistas sobre a razão de seu sucesso: “É porque não bebo, não fumo e não jogo.”
Winston Churchill, ainda primeiro-ministro, ficou com ciúme, chamou os repórteres e disse: “podem escrever que eu bebo, fumo, jogo e sou o chefe dele...”
A historinha se conta a propósito das críticas que começam a germinar no PMDB contra  Michel Temer, acusado de não estar pressionando Dilma Rousseff como deveria, para assegurar os cargos que o partido tem no segundo escalão do governo. O vice-presidente pode estar trocando espaço por tempo, até engolindo sapos, mas, acima de tudo, continua sendo o chefe. Ruim com ele, em termos de nomeações, pior sem ele, caso lavasse as mãos e se omitisse na defesa do que o PMDB entende como suas prerrogativas. Adianta muito pouco certos dirigentes alegarem o direito de co-participação e condomínio no governo, por conta do apoio dado a Dilma na campanha eleitoral. Ocupar cargos na administração federal depende da caneta da presidente da República, e ninguém melhor do que Temer para reduzir o prejuízo e aproveitar as brechas para ir indicando seus correligionários, mesmo em número inferior ao governo Lula. Podem as bancadas, alguns governadores e até senadores peemedebistas alegar estarem sendo alijados das decisões de governo,  até com  certa razão, mas o chefe que hoje recua continua sendo o chefe.

CIDADE ARRASADA

Por Carlos Chagas.
De todos os governadores   eleitos ou reeleitos em outubro passado, quem maiores  agruras enfrenta é o do Distrito Federal, Aguinelo Queirós. Encontrou uma cidade arrasada, onde tudo são problemas. Além do tesouro vazio, os serviços públicos postos em frangalhos. Hospitais desmoronando, postos de saúde sem médicos e enfermeiros, filas intermináveis às suas portas. Um sistema de ensino público obsoleto e insuficiente para a demanda. O trânsito caótico, até a mais moderna ponte da cidade interditada e limitada por rachaduras em seus pilares. A segurança pública à mercê do crime desorganizado, o tóxico grassando em progressão geométrica e um Judiciário lento e incapaz de atender as mínimas necessidades da população. São cobranças de todo lado, sem falar no êxodo  que continua  fazendo fluir para cá, à procura de  empregos inexistentes, multidões oriundas do Centro-Oeste, do Norte e do Nordeste.

DESABRIGADO

O NOVO CONGRESSO

Por Carlos Chagas.
Os trabalhos do Congresso serão reabertos na próxima terça-feira. Em se tratando de uma nova Legislatura, com direito a  tiros de canhão e revista às tropas pelo senador José Sarney. Tanto na Câmara quanto no Senado, caras novas em meio à maioria de velhas figuras. Indaga-se sobre a possibilidade de tudo ser diferente, a partir de agora. A resposta é negativa, ainda que não se torne necessário concordar com o amargo diagnóstico de Ulysses Guimarães, para quem “pior do que o atual Congresso, só o próximo”.  Velhos jornalistas adquirem o costume saudosista de dizer que “no tempo deles é que era bom, havia parlamentares como Afonso Arinos, Milton Campos, Gustavo Capanema, Aliomar Baleeiro e tantos outros luminares”. É bom sacudir a poeira da intolerância e imaginar que daqui a cinquenta anos os jovens repórteres de hoje estarão lembrando que Congresso bom era nos tempos em que eles começaram, com Geddel Vieira Lima, Mão Santa, Eduardo Suplicy e muitos mais...
O novo Congresso será como todos os anteriores: o retrato da nação. Nem melhor nem pior do que ela.

AJUSTE DO MÍNIMO

A FARSA DO SALÁRIO MÍNIMO

Por Carlos Chagas
Marcado para hoje o encontro do secretário-geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, com os representantes das centrais sindicais, a impressão é de que encenarão uma farsa. Enxugarão gelo ou irão ensacar fumaça. Porque qualquer que seja o resultado, pela aceitação ou não  do salário-mínimo em 545, 550 ou até 560 reais, sindicalistas e governo estarão penalizando o trabalhador. Fazendo o jogo das elites sob o rótulo  da proposta de reduzir os desníveis sociais.
Não dá para aceitar  a campanha desenvolvida pelo andar de cima, de que cada real de aumento do salário-mínimo determinará um rombo de 286,4 milhões nas contas públicas.  Ou de que mesmo fixado em 545 reais, o impacto será de 1 bilhão e 400 milhões.
Começa que não é rombo nem impacto. Trata-se de investimento naquilo que o governo do  país deveria ter como mais sagrado, no caso, fazer justiça ao trabalhador.  Aliás, que não será feita através de nenhum dos números anunciados. Porque, pela Constituição, o salário-mínimo deveria bastar para o trabalhador e sua família enfrentarem despesas com habitação, alimentação, vestuário, transportes, educação, saúde e até lazer. Não será com 545, 550, 580 reais e nem com mil. Nenhum líder sindical, muito menos nenhum ministro, alto funcionário ou dirigente de empresas estatal sobreviveria com essa merreca.
A meta anunciada pelo popularíssimo Lula era de elevar o salário-mínimo a 100 dólares. Uma piada, acrescida do fato de que o dólar despencou de valor. Pior ficou a tramóia de atrelar-se o reajuste do salário mínimo ao crescimento do Produto Interno Bruto no ano anterior. Quer dizer, se diminuem os lucros do empresariado e dos banqueiros, quem paga é o trabalhador.
Está o país há mais de oito anos governado pelo Partido dos Trabalhadores. Que partido é esse que não cuida de seus supostos integrantes? Nem se fala de CUT, Força Sindical e penduricalhos. Retoricamente, podem rotular de nefasta a oferta  do governo, de compensar o baixo nível do salário mínimo com mínimo refrigério nas declarações do imposto de renda, cujos beneficiários serão os melhor favorecidos. Nefastos são os que estarão sentados à mesa das negociações, hoje.

ESFORÇO RECOMPENSADO ?

A mídia publicou claramente, repetidas vezes, nos últimos dias, os critérios para participar do Prouni, sistema que possibilita aos alunos oriundos de escolas públicas, que fizeram o ENEM, tirando nota diferente de zero na prova de redação, ganhar bolsas para cursar universidade.
Inadmissível ! Não ! Neste caso, não !
O fato de exigir-se muito pouco para o estudante ''pobre'' receber esse ''prêmio'', desconsidera a habilidade necessária de expressar-se bem por escrito; aspecto decisivo em todos os processos seletivos, bem como depõe contra o referido sistema de bolsas.  
Afinal, qual é o critério que prevalece ?
Ser pobre e saber votar ?
Ou então, nas escolas públicas de hoje não se aprende Redação.
Esse fato precisa ser bem explicado.
Sem esforço, não há mérito.
Além disso, tudo que se recebe fácil demais, perde o valor.

SIMOM ADERIU AOS SAQUEADORES DO ERÁRIO

A safadeza de nossos políticos brasileiros não tem fim, e a desfaçatez destes pulhas chega ao ápice da pouca vergonha. Os governadores choram pela falta de dinheiro, mas na hora de se juntarem em seus mesquinhos e sórdidos grupelhos para dilapidarem o erário dos estados, ai são rápidos, muito rápidos.
Eles nos fazem de idiotas, diuturnamente, e agora vão desviar dezenas, talvez centenas de milhões para receberem o que nunca tiveram direito, a famigerada, imoral, ilegal e nojenta aposentadoria vitalícia.
Político não é profissão, pois o safado, durantes seus mandatos estão políticos, não são servidores públicos, não tem direito a aposentadorias. Mas como eles só votam matéria de interesse próprio, e o povão fica calado, a Justiça, que é cega apenas para os pobres, nada faz, talvez, quem sabe, estejam esperando uma chêpa.
É o fim da picada.
Esta gentalha continua matando, todos os anos, milhares de brasileiros em filas de hospitais e repartições públicas, porque o mais importante é a rapinagem.
Sabe quem a justiça vai processar, como sempre, ninguém.
Caminho livre.

SIMON, O FRANCISCANO ?

E olha que, esse, era considerado um dos três mais, digamos, sérios, éticos, ou o que quer que aquela tropa entenda por isso! Imagina o que faz a bandidagem!!! Tá certo que um Simon, digamos, "meio acovardado", principalmente diante do "fogo das ventas" de um Collor, mas, vá lá, quem não tem o direito de borrar as calças uma vez na vida, não é mesmo? Simon, pelo menos, pode dividir com Arthur Virgílio a taça de "melhor ator". Os dois sapateavam, cacoetavam, berravam, Virgílio até ameaçava dar porrada... isso em público! Mas, no(a) privado(a), pelo jeito, cagavam-se todos, se não, como explicar as "gentilezas" com os "corruptos", como eles mesmos chamavam? Simon, mesmo, depois daquele olhar, digamos, "irresistível" de Collor, apagou. Ninguém mais viu, ou ouviu! Triste, esse tipo de gente ser chamada de senador, de vossa excelência, de autoridade... triste!