Duas vitórias, seis pontos e a liderança do Grupo B da Taça Guanabara, mas qual a razão de tantos aborrecimentos em General Severiano? Loco Abreu instaurou a crise ou ela já estava anunciada desde o fim do ano passado? Aliás, existe crise? Abreu publicou uma carta explicando o assunto em seu site oficial, nela reclamou de ter sido mal interpretado pela imprensa brasileira, ou melhor carioca, e justifica dizendo que se inclui na análise feita após o jogo contra o Duque de Caxias. E qual é a chamada da reportagem no Globoesporte.com? “Loco confirma falta de ‘conversa fluente’ com Joel, mas nega críticas ao técnico”. Na página do diário Lance! a polêmica também ganha espaço: “Através de seu site oficial, atacante uruguaio afirma que sua relação com treinador não é das melhores”.
Como assim? O Loco falou, explicou, confessou, argumentou e o recorte feito pela imprensa só faz aumentar o burburinho e a crise? Que imprensa é essa? Que jornalismo é esse? Onde está a seriedade jornalística? Existe isenção da imprensa ou vontade de vender jornal? Claro que sempre foi assim, óbvio, mas agora a imprensa esportiva carioca – normalmente formada por estagiários e jovens recém-formados – tem pela frente um atleta esclarecido e que um dia foi jornalista como eles! Quem sabe não é a hora de mudar o rumo da “imprensa-esportiva-marrom” do Rio de Janeiro?
Novamente o jogo e a goleada – sem nenhuma emoção – ficaram como pano de fundo! O Botafogo ganhou dois gols de presente, fruto de falhas do Cabofriense, mas não fez um bom primeiro tempo. Será que a culpa é do sol forte e do calor? Depois de 15 minutos marcando a saída de bola adversária, o time cansou e recuou, aí veio a parada técnica, a conversa, uma água gelada e a pressão resultou nos gols. Pronto! O time ficou satisfeito com o 2 a 0 e a vitória parcial. Foi preciso que a torcida pedisse a entrada de Caio para que o panorama da partida mudasse na etapa final. Isso sim é o papel da torcida! Pedir, aplaudir, ajudar, cantar, empurrar o time do coração para a vitória.
Caio entrou bem, fez um gol, mas voltou a ser fominha em alguns lances e parece que Alex, o novo Caio, sofre do mesmo pânico: perdeu gol feito tendo Loco Abreu livre na pequena área. É verdade que o garoto jogou bem outra vez e tem personalidade, mas rola a bola para o Abreu e ‘vai pro abraço’! Outra questão que já está incomodando: não entendo porque o Joel desfaz o esquema com três zagueiros sempre sacando o jovem João Filipe e deixando o terrível Márcio Rosário em campo! Ontem, mesmo diante do fraco Cabofriense foi possível sentir aquele frio na espinha com o domínio e as recuadas de bola do Márcio Theodoro, ops!, Márcio Rosário!
Espero para ver o verdadeiro Botafogo em campo na Taça Guanabara: Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, João Filipe e Márcio Azevedo; Arévalo Ríos, Marcelo Mattos, Renato Cajá e Éverton; Herrera e Loco Abreu! Esse é o time para a disputa do Tricampeonato da Taça Guanabara! E com ele podemos vencer Flamengo, Vasco ou Fluminense! Mas com o time que entrou em campo ontem…
Ficha Técnica:
2ª Rodada: Cabofriense 0 x 5 Botafogo (23/01/2011)
Cabofriense: Fábio, Schneider, Alyson, Matheus Hansen e Everton; André Oliveira, Goeber (Diego Sales), Zotti e Rafael Ueta; Grafite (Felipe) e Allan Barreto (Capixaba)
Técnico: Luís Antônio Zaluar
Botafogo: Jefferson, João Filipe (Alex), Antônio Carlos e Márcio Rosário; Lucas, Marcelo Mattos, Renato Cajá, Bruno Tiago (Fahel) e Somália; Herrera (Caio) e Loco Abreu
Técnico: Joel Santana
Gols do Botafogo: Goeber, contra, aos 24 e aos 30 minutos da etapa inicial. Renato Cajá, aos 30, Caio, aos 35, e Antônio Carlos aos 42 do segundo tempo
Local: Cláudio Moacir Azevedo, Macaé (RJ) /
Árbitro: Luís Antônio Silva Santos
Cartão Amarelo: Alan Barreto, Felipe, Alyson (Cabofriense); Somália, Márcio Rosário e Bruno Tiago (Botafogo)
Cartão Vermelho: Alyson (Cabofriense)
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