terça-feira, 25 de janeiro de 2011

BOA PERGUNTA

"Como você pode explicar que nós regulamos o capital (financeiro) e não as commodities?"
(Nicolas Sarkozy, presidente da França,  que, mergulhado em baixa popularidade, tenta capitalizar a tensão nos mercados de alimentos, recorrendo a perguntas e propostas pertinentes, ainda que oportunistas. Se a França está mesmo prepocupada com a fome no planeta, por que não reduz os subsídios agrícolas e permite a importação de safras geradas por pequenos produtores dos países pobres? A FAO informa que 75% da fome mundial localiza-se junto às populações rurais, desprovidas de espaço para produzir e vender --em certa medida, em decorrencia do protecionsimo europeu e norte-americano.) A QUEM SERVE? - "é preciso caracterizar claramente a causalidade da inflação atual, que decorre muito mais de choques de oferta do que de pressões de demanda. Grande parte da elevação de inflação decorre de fatores cuja influência da taxa de juros é muito limitada, para não dizer nula, e os quais não controlamos diretamente. É o caso do aumento observado no mercado internacional de commodities (...) que decorre não apenas do crescimento da demanda, mas também de especulação nos mercados financeiros internacionais. As commodities se tornaram ativos disputados como alternativa de investimentos de grandes fundos, especialmente diante do quadro atual de baixíssimas taxas de juros na maioria dos países... Seria um erro de diagnóstico, a partir dessas pressões, concluir equivocadamente que seria necessário aumentar a taxa de juros para combatê-las. Depois de um crescimento próximo de 8% em 2010, a economia brasileira deverá se acomodar nos próximos anos, com um crescimento mais perto dos 5%. Naturalmente já está havendo uma desaceleração ( ...) Há um verdadeiro lobby pró elevação de juros, orquestrado por parte daqueles que se beneficiam com a medida, como os credores da dívida pública..." (Antonio Correa de Lacerda; Estadão) (Carta Maior, 3º feira, 25/01/2011
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