sábado, 23 de julho de 2011

"...Os juros dos títulos do tesouro, as aposentadorias, os salarios dos militares..." fico me perguntando: porque os colunistas, principalmente aqueles oriundos da Globo, sempre mencionam os aposentados, militares, funcionários como os primeiros a não serem pagos !!! Mudem para empreiteiros, fornecedores, obras que têm reservas e folego !!! Poxa que hábito, pressuposto para trabalhar nos jornais oligopólicos familiares de direita ?
Obama está embretado. Penso que Obama esta colocando o Congresso americano numa encruzilhada: ou dá ou desce. Cedeu em tudo (indo atá mais alem...) e a resposta foi um sonoro NÃO! Ainda há tempo pra isso. O caos se aproxima e o Congresso terá que ceder, ou os americanos sofrerão, assim como aconteceu na California de um astro de cinema. Obama tem que se voltar ao cidadão americano. Tem que se expor e colocar a canga na cabeça dos direitistas americanos. Devia se aconselhar com o Lula, que conseguiu escapar da tal crise do "mensalão", deu a volta por cima e foi considerado "o cara". Mas se expos e ganhou, assim como Dilma no segundo turno da campanha eleitoral. Ou então será dispensado, e sem direito ao FGTS... 
O governo militar americano (Bush) deixou uma situação econômica catastrófica e uma situação política desesperadora.
O que pode salvar os estadunidenses é regular a economia, o que ele não consegue sem o congresso. Os bancos se salvam dos efeitos de sua própria ganância e irresponsbilidade com dinheiro público e depois distribuem bônus aos dirigentes.
Obama nada pode fazer. Sem congresso que o apoie em medidas duras contra as grandes corporações que já dominaramm o país faz é tempo. É o caso do ganhou mas não levou, quase uma rainha da Inglaterra. Enquanto isso, o Tea Party nem liga, não se dá ao tabalho de propor nada, pois o que eles querem é o que está acontecendo. Arrebente-se a Grécia, a Europa toda, a economia americana, está tudo ótimo, gente.
Quando tudo quebrar, eles estarão no mesmo lugar.
E com a Blackwater USA dando cobertura.

É O FUNDO DO POÇO . . .

Por Heloisa Villela, para o Viomundo, de Nova York.
Afinal, qual é o jogo politico que o presidente Obama esta tentando jogar?
Impossível entender qual é o jogo político que o Presidente Barack Obama está tentando jogar. Ele, que nas horas vagas, faz questão de jogar basquete, será que tem uma estratégia na discussão com os republicanos? Se tem, ainda não deu para entender qual é.
Pois na última sexta-feira terminou o prazo que o presidente deu à oposição para um acordo em torno do nível de endividamento do país. O teto de endividamento tem que subir, caso contrário algo não será pago. Os juros dos títulos do tesouro, as aposentadorias, os salaries dos militares mobilizados para a chamada  Guerra contra o terrorismo. Enfim, calote em algum lugar.
Aos 45 do segundo tempo os republicanos desistiram da proposta de acordo apresentada por Obama. O Presidente da Câmara, John Boehner, em uma demonstração clara de desprezo e desrepeito ao Presidente da República, não respondeu ao telefonema de Obama na quinta-feira e somente falou com o Presidente na sexta, depois de dar uma entrevista à imprensa pra dizer que a proposta do governo não era séria.
E Obama? Foi, também, dar explicações à opinião pública. Difícil é explicar como ele ofereceu tudo que ofereceu e ainda teve a proposta recusada. Uma verdadeira bofetada. Então vejamos: cortes dramáticos na rede de serviços sociais (tudo que os democratas odeiam e os republicanos amam). US$ 3,5 trilhões  em cortes de gastos nos próximos dez anos. Um aumento de impostos muito mais modesto do que no plano conjunto de senadores republicanos e democratas. E nada do fim das benesses em isenções fiscais para as empresas de petróleo e gás, que Obama tanto insistiu em incluir nas negociações.
Ou seja: tudo que os republicanos queriam. Nada do que os democratas almejavam. Risco político sério de comprometer o apoio de boa parte do eleitorado.  Obama conseguiu fazer o plano mais à direita que os republicanos poderiam sonhar em ver um democrata propor. Mas se Obama decidiu ocupar o espaço da direita e não o centro-direita como fez Bill Clinton, qual é o movimento óbvio dos republicanos?
Ficar ainda mais à direita, para se diferenciar do Presidente. E por isso mesmo, foi graças à intransigência dos radicais do Tea Party (a turma da Sara Palin), que os programas de assistência social se livraram dos cortes que Obama ofereceu, gentilmente, à oposição.
É  o velho ditado, quando mais você se abaixa… E Obama só tem feito reverência. Não chama para o confronto. Não impõe limites. A impressão que ele passa é de que quer estar acima do bem e do mal, ser o fiel da balança. O sujeito cool, que nunca levanta a voz. Mas cada vez menos a classe média, os pobres e as minorias têm dificuldade de ver, nele, um líder.

AMY

NO MUNDO

91 MORTOS EM OSLO

AS DIMENSÕES CATASTRÓFICAS DO MASSACRE E O IMPÉRIO DO PRECONCEITO - A primeira reação da chamada grande imprensa diante dos atentados de dimensões catastróficas ocorridos em Oslo, em que morreram cerca de 90  pessoas, foi relacionar sua autoria a grupos terroristas islâmicos. O 'New Yok Times' chegou a divulgar um texto atribuído a um desses grupos,  que confirmava a autoria dos massacres. A informação foi rapidamente replicada em todo o mundo, sem qualquer investigação empírica, como algo dotado de uma lógica  autoexplicativa. Era falso. Tudo isso aconteceu antes que o próprio governo noruegues fornecesse uma pista para elucidar as motivações dos atentados. Quando se pronunciou, foi para advertir  que as maiores suspeitas recaíam sobre um noruegues branco, alto, louro, de olhos claros,  islamofóbico associado a grupos  de extrema direita  em Oslo, onde acontece a festa anual de entrega do Prêmio Nobel da Paz. O enredo não fazia sentido. Na pauta esfericamente blindada da narrativa dominante  quase não há espaço para interações entre extrema direita política e violência terrorista. É bom ir se acostumando. O estreitamento do horizonte social produzido por interesses financeiros que levaram o mundo a uma espiral ascendente de incerteza, desemprego e volatilidade gera impulsos mórbidos que a extrema direita historicamente instrumentalizou. Vide as duas guerras mundiais do século 20. Uma precipitação da mídia em circunstancias como essa envolve o risco, nada desprezível, de desencadear represálias violentas contra comunidades etnicas e religiosas em diferentes pontos do planeta. É inevitável lembrar que a manipulação do medo e do ódio nos EUA, através de mídias como a Fox News, de Rupert  Murdoch, após o repulsivo atentado de 11 de Setembro, pavimentou o caminho de uma guerra desordenada em busca de 'armas de destruição em massa', de resto nunca encontradas. Sobretudo em situações extremas, a pluralidade da informação de alcance isonômico mostra-se uma salvaguarda indispensável da democracia contra a manipulação do medo e da dor pelo império do preconceito e da intolerancia.
(Carta Maior; Sábado, 23/07/ 2011)

ENTREVISTA - DILMA ROUSSEFF

O jornalista Jorge Bastos Moreno fez uma longa entrevista com a presidenta Dilma Rousseff e publica hoje no seu Nhenhenhém, de ‘O Globo’:
Depois de seis meses e 29 dias contados em pauzinhos, feito calendário de cadeia, o ministro do Turismo, Pedro Novais, e eu fomos chamados ao Palácio para darmos explicações sobre nossas saliências. Como primeiro “blogueiro limpo” do governo, fui recebido, com pompas e circunstâncias, no palácio residencial do Alvorada, para um jantar. Não tinha visto ainda o Alvorada depois da reforma. Fiquei embasbacado, ao ponto de a anfitriã, a presidente Dilma, comentar:
Você está parecendo a filha pequena do Obama, que disse uma coisa bonita ao entrar aqui. Ela não disse Palácio, disse casa: “Esta é a casa mais bonita que já vi na minha vida. Achei lindo!”
Fui fantasiado de repórter: gravador, bloco de papel, iPhone 4 e até caneta. Pensei: vai que num dia cheio como hoje, em que recebeu e negou-se a receber tanta gente, a presidente resolve falar. Suei frio só de pensar que ela quisesse me falar dessa maldita política industrial e, aí, eu tivesse de trabalhar.
Mas a Dilma estava furiosa era com a Norma Pimentel Amaral.
Estou detestando a Norma! Não gosto do que ela faz, do seu jeito de agir.
Passei a ter certeza de que, se a Norma Pimentel fosse do Dnit, já tinha sido afastada.
Aliás, quando eu estava chegando ao Alvorada, recebi um torpedo do diretor de Redação do GLOBO, Rodolfo Fernandes, assim: “Pergunta até onde vai a faxina?
Ora, fui chamado para jantar na intimidade do poder só porque não sou desses repórteres chatos que querem saber de tudo. Eu só quero comer de tudo. A Dilma tinha preparado um banquete para mim, e não ficava bem eu incomodá-la. Mas chefe é chefe, e tive que cumprir a missão
— Presidente, por mim, não tocava nesse assunto chato, mas o Rodolfo Fernandes me mandou perguntar até onde vai a faxina —- perguntei, tremendo de medo.
E ela se derreteu:
Pois diga que o que ele chama de “faxina” não tem essa coisa de limite. O limite é mudar o Ministério dos Transportes. É transformar o Ministério dos Transportes naquilo que é o seu próprio papel: a base da infraestrutura do país. Mas também é bom que todos saibam que não estamos agindo politicamente contra um partido. A ação é sobre pessoas que agiram de forma errada, e nem todas essas pessoas são de um mesmo partido. Isso precisa ser esclarecido.
Quando eu ia aprofundar o assunto, a presidente foi salva pelo gongo, com a chegada de uma convidada especial do jantar:
Eu pedi para a ministra Helena Chagas não te avisar que teríamos a presença da sua nova musa: a ministra Gleisi Hoffmann.
E eu, já gaguejando de emoção:
— Eu fui o primeiro a dizer que ela seria ministra, e meus seguidores do Twitter brincaram que a senhora aceitou minha sugestão.
E a presidente:
Pode espalhar que você que indicou. Eu deixo. E terás tomado uma das melhores decisões da tua vida.
Depois disso, nem foi mais preciso eu perguntar se ela chamava a ministra de “a Dilma da Dilma”.
Eis os principais trechos da nossa conversa:
Solidão do poder.
Com um governo tão agitado, Dilma diz ainda não ter experimentado a chamada solidão do poder:
Passei a conviver, isto sim, com a decisão solitária. Presidente da República tem que decidir e ser responsável pela decisão. É o momento grave, importante, que eu tenho comigo mesma. Posso ouvir e ouço, mas a decisão é minha. Essa é a maior responsabilidade do presidente da República: saber decidir.
— E, nessa hora sagrada, a senhora não pensa, por exemplo, o que fariam seus antecessores diante de situação semelhante? Sendo mais direto, a senhora não pensa se a sua decisão vai agradar ao Lula ou não?
Olha, a responsabilidade é tão grande que a gente não pensa em agradar ou desagradar. A gente só pensa em tomar a decisão mais justa, mais correta. A responsabilidade é do presidente da República perante a nação. A responsabilidade do presidente da República é intransferível. Não dá para pensar em ninguém.
Amizade com FH.
Eu não ia entrar neste tema, mas foi a própria presidente que invadiu primeiro a minha intimidade.
Você tem que se definir entre a Mariana Ximenes e a Manuela D’Ávila — cobrou ela, sobre um assunto que falo mais adiante.
Foi a deixa para eu entrar no tema preferido do colunista Nelson Motta:
— A senhora vive o mesmo dilema. Eu soube que o Lula cobra muito da senhora esta sua amizade com FH.
Dilma reage no lance, quase pulando da cadeira:
Não é verdade! Isso não é verdade! O presidente Lula nunca tratou desse tema comigo, nem em brincadeira!
— Diretamente, não. Mas ele já se queixou para terceiros na sua frente.
Diante do fato, a confissão inevitável, e às gargalhadas:
Meu Deus! Como esse Sérgio Cabral é fofoqueiro! Ah, ele me paga! Pode escrever, ele me paga!
E já como ré confessa:
Realmente, o presidente Fernando Henrique é uma pessoa muito civilizada, muito gentil. É uma conversa muito agradável. Tem gente que fica estarrecida com essa convivência, já que temos pensamentos políticos diferentes. Exatamente por isso é que as pessoas devem conversar. O governante, o político, não pode ficar limitado ao pensamento do seu grupo. Eu defendo a convivência dos contrários. Há pessoas muito agradáveis e inteligentes no governo e na oposição. Acho que, não só pelo prazer da boa prosa, mas, como presidente da República, tenho o dever de conversar com os diversos pensamentos da sociedade. Eu não sou presidente de um partido ou de uma coligação partidária, eu sou presidente da República.
E eu insistindo:
— Mas o PT não fica com ciúmes do FH?
O PT já tá bem grandinho para não ter ciúmes de ninguém. Ciúme é um sentimento juvenil, eu acho.
Tento mais uma investida, já na saída do encontro:
— FH diz ter muitas saudades da piscina daqui. Quando ele era presidente, trouxe Lula aqui. Deixa ele tomar banho na piscina daqui, presidente!
E a presidente, toda faceira, fazendo-se de desentendida:
Mas neste frio?
Pronto, FH, bem que tentei te ajudar, mas não consegui.
Moda & musa.
Dilma quis saber tudo sobre Mariana Ximenes. O gancho foi fácil, mas quase provoca uma briga entre as mulheres: os meus sapatos. Em resposta aos elogios, informei:
— Presente da Mariana Ximenes. Ela pediu para eu usá-los neste jantar.
— Lindos — comentou a ministra Helena Chagas.
— Ferragamo — identificou Gleisi.
Respondi:
— Caríssimos!
Helena balança a cabeça de vergonha com a minha indiscrição.
Aí, começou a confusão. A Helena Chagas estranhou um sapato com furos, mas sem cadarço. A presidente zombou:
Helena, está na moda esse tipo de sapatos. Eu já vi vários assim, não tão lindos como estes. É chique: sapatos de cadarços sem cadarços.
Política e apoio.
A presidente quis saber a diferença de idade entre a Mariana e a Manuela.
Chocou-se ao saber que tinham a mesma idade: 30 anos.
— Gente, eu conheci a Manuela menina. As duas não parecem ter essa idade.
Fiz o comercial da Manu:
— E agora a senhora vai vê-la prefeita de Porto Alegre, se o PT deixar.
Mas o Tarso Genro me garantiu que vai apoiá-la! (Ah, se o jornal cortar esta parte!)
Fidelidade a Lula.
A presidente sabe a data exata em que ela e Lula passaram a conviver com mais intimidade.
O curioso é que ele falava com todo mundo, menos comigo. Não me dava a menor pista de que eu era a escolhida. Hoje nós nos entendemos só com olhar. Não há como tentar nos separar.
Mesmo assim, eu tento:
— O Lula tá agora em campanha pelo Nordeste. Campanha para quem?
A presidente rebate:
Lula nasceu no meio do povo. Não imagino o Lula trancado num escritório. Ele é da rua, das praças. Adoro vê-lo beijando as pessoas nas ruas, fazendo um afago na dona Canô e fazendo a festa no Nordeste.
Os mais queridos.
Dilma sobre governadores:
Tenho uma boa convivência com todos eles, inclusive com os da oposição. Gosto muito, mas gosto muito do Anastasia, por exemplo. E o Téo Vilela, o que é aquilo? Que simpatia, todo manhoso. É difícil não o atender! Eu adoro o Eduardo Campos, adoro a mulher dele, dona Renata. Eu só chamo assim porque o Eduardo Campos só chama ela de “dona Renata”. Ah, deixa eu falar do Jaques Wagner. Meu Deus! Se eu me esquecer do Jaques Wagner, não volto à Bahia.
Mas o destaque vem mesmo para os meninos do Rio:
Confesso que, no governo Lula, eu tinha um pouco de ciúmes com o Cabral. Agora deveria ocorrer o inverso: o Lula ter ciúmes do Cabral. Só que Lula também adora o Cabral. Pezão, nem se fala. Pezão é companheiro que todo governante gostaria de ter por perto… — e desanda a falar do vice-governador, chamando-o de “o leão da montanha”, por tê-lo visto trabalhando como louco na tragédia da Serra. Brinco que, em vez de ciúmes, Maria Lúcia, a mulher de Pezão, fica toda orgulhosa dessa relação.
E ela:
A Maria Lúcia é um doce de pessoa. Ela sabe, e eu já disse isso pro Pezão, que o marido dela não tem olhos para mim, só para o dinheiro do governo. O Pezão não sabe a cor dos meus olhos. Ele parece a história do Tio Patinhas, que no lugar dos olhos da pessoa só via duas moedas. Ele só sabe pedir e pedir dinheiro.
Injustiça a um brasileiro.
Dilma fala com o coração:
Uma das coisas mais tristes da política é a ingratidão. O exemplo maior é Ulysses Guimarães. Devemos ao esforço dele, à luta dele, o fato de estarmos hoje numa democracia. É muito triste o que fizeram com ele.
Foi aí que fiz a minha primeira provocação contra o principal aliado, o PMDB:
— Fizeram isso com ele e farão com a senhora. Aliás, já fizeram: tiraram a senhora e ele do programa de TV. Eu disse ao seu vice que o doutor Ulysses, nesse veto, estava em boa companhia.
E a presidente, tampando a boca como se estivesse surpresa e docemente constrangida:
Você falou isso para o vice-presidente?
A presidente disse que os ensinamentos políticos de Ulysses Guimarães nunca perderão a atualidade. E lembrou uma de suas famosas frases:
O corrupto suja a denúncia que faz. Quando aponta o erro, não quer justiça, quer cúmplice.
Fã de Chico e Mônica Salmaso, Dilma não tolera ‘gângster’ Cortez
A Dilma é feito o padre Jorjão e o Artur Xexéo. Finge que não vê novelas.
Informa que só consegue ver “Insensato coração” no sábado. Mas apareceu para o jantar reclamando:
O problema de “Insensato coração” é que morre gente demais. E eu não gosto da personagem da Glória Pires, o que mostra o seu grande talento de atriz. Não gosto desse comportamento da Norma. Eu gosto da Natalie.
E a ministra Helena, toda alegre:
— Dela com o Cortez? Eu adoro ela com o Cortez.
Dilma responde:
Que Cortez! Eu não tolero esse gângster. O Cortez é um gângster. Tem que ficar na cadeia! Eu falo é da Natalie e do irmão, o Douglas. Agora ricos, não perderam os laços com a inocência e a pureza. Douglas faz o papel de burro, mas consegue passar a imagem de uma pessoa inteligente, pela ternura do personagem. O verdadeiro burro é aquele que se acha inteligente sem ser e acha que consegue enganar os outros. Desses burros, quero distância.
E prossegue:
Eu sou noveleira, sim, mas saudosista. Tenho saudades do Sinhozinho Malta e do “Casarão”. Graças a Deus que surgiu o canal Viva. Fico ligada nele. Mas, com a autoridade de uma grande noveleira, eu digo: não tem para ninguém. A melhor autora de novela é a Glória Perez. Novela é folhetim. A Glória é a autora que mais entende e conhece o gosto do brasileiro. Eu sou presidente do fã-clube da Glória Perez.
Programa preferido
A presidente revela o que mais gosta de ver na televisão atualmente:
Graças ao canal Viva, posso rever o “Sai de baixo”. Por que um programa bom desses acaba? Não consigo entender. A Marisa Orth é uma das melhores atrizes que conheço. Consegue fazer humor de primeira, sem rir. Isso é fantástico. O Falabella, sim, não consegue esconder o riso dos textos que escreve. O Falabella é um ator e autor genial.
Mas não deixa de falar de seus ídolos:
Como brasileira, sinto o maior orgulho de termos a Fernanda Montenegro. Na primeira vez em que a vi, fiquei muito nervosa, disfarcei ao máximo. Eu acho que sempre me sentirei nervosa diante da Fernanda Montenegro.
Ídolos
Em plena crise do Palocci, Dilma recebeu um vídeo dos festivais da TV Record e se lembrou dos seus ídolos:
Gente, eu vi Marília Medalha, novinha, o Sérgio Ricardo jogando o violão. Revi esse lance e percebi que o próprio Sérgio Ricardo, depois, fica arrependido do gesto. O Chico, menino, já era essa gracinha. O Chico realmente povoa até hoje a fantasia de toda a nossa geração e da atual, você não acha?
— Presidente, eu gosto só da obra do citado — respondo.
E a ministra Helena:
— Toda mulher tem o direito sagrado de ter fantasias com o Chico.
Aí quem balança a cabeça sou eu, mas sou logo derrotado pela Gleisi e pela presidente.
Dilma confirma:
Nossa, o Chico é o máximo. A família Buarque de Hollanda tem uma marca curiosa no frontal do rosto. Não toda, mas a maioria. Um detalhe que vem da testa, dos olhos e do nariz. A nossa ministra Ana de Hollanda tem bem esse traço do Chico.
E, voltando ao festival, falou com admiração de Caetano, Gil e de outros que fizeram nome na música brasileira.
Bom, Gil é de casa. Somos amigos. Mas eu tenho uma curiosidade muito grande de conversar com o Caetano. Ele é muito culto, inteligente. Deve ser um papo encantador, doce, envolvente.
Mas, na música, neste momento, não há lugar para ninguém nos ouvidos da presidente. Errei, quase ninguém: a Dilma continua fiel à Cássia Eller e à Fernanda Takai. Mas a paixão da hora é uma só: Mônica Salmaso.
— No Twitter, onde falo toda hora com a senhora, botei uma música dela para conheceres, e aquele ministro Orlando Silva, um estraga-prazeres, retwittou dizendo que a senhora já tinha ouvido a Mônica no Congresso do PCdoB.
A resposta bem-humorada de Dilma:
Que “aquele” ministro Orlando Silva não saiba, mas não foi no congresso do PCdoB que eu conheci a Mônica Salmaso. Ouço a Mônica desde o primeiro CD dela. Ela é perfeita. É incrível. Curioso é que a gente gosta dela de primeira. Tenho o maior respeito e admiração por todas as nossas grandes intérpretes, mas a Mônica é demais.
Presidente fala sobre Blairo e também de Aécio.
A presidente Dilma citou poucos políticos no jantar. Deu um destaque especial ao senador Blairo Maggi, com este exemplo:
Dizem que o Blairo conseguiu reverter lá fora a fama de bicho-papão do meio-ambiente. Eu acrescento: aqui dentro também. Isso não foi fácil. Você sabe que o Minc é a pessoa mais difícil do mundo. Pois o Minc conseguiu conviver em perfeita harmonia com o Blairo, sem abrir mão das suas convicções. A história da chegada da família dele a Mato Grosso é muito interessante…
— Quando o Lula, depois de ver as fazendas do primo, da irmã e do tio comentou que era o mais bem-sucedido programa de agricultura familiar?
Não foi nessa. Isso é bem Lula. O Lula tem cada tirada.
A presidente, finalmente, acabou citando o nome do mais provável adversário do PT em 2014, Aécio Neves:
No velório de Itamar, fiquei preocupada com o Aécio. Estava pálido. Ele não deveria ter ido. Ele quase morreu naquela queda (de cavalo), sabia? Escapou por milagre. Coitadinho, teve de tomar morfina. Esse acidente do Aécio me deixou triste. Graças a Deus, ele já está recuperado. Já voltou até a fazer discurso contra meu governo.
Perguntei se o núcleo doce do governo se reúne à noite para fofocar, jogar cartas ou falar mal dos homens. E Dilma:
Se a gente se reunir para se divertir, a gente acaba só falando de trabalho. Não dá para, por exemplo, botar nós três aqui com a Ideli e a Miriam. Acaba em trabalho. A gente mal tem tempo de se arrumar.
- Mas a ministra Helena, toda a vez que a senhora demite alguém, vai pro salão arrumar os cachos. Ela adora confirmar demissão bem arrumada.
Ontem, numa roda de ministros, Dilma avisou:
Prestem atenção nos cabelos da Helena. Se estiverem cacheados, algum ministro caiu.

AFF !!!

O PODER INCONTRASTÁVEL O Departamento de Justiça dos EUA prepara intimações para investigar possíveis atos ilegais cometidos pelos jornais da News Corp, de Rupert Murdoch, em solo norte-americano. A notícia desta sexta-feira é do Wall Street Journal, que também  pertence a Murdoch ...
(Carta Maior; Sábado, 23/07/ 2011)

SANGUESSUGAS DA POPULAÇÃO BRASILEIRA !

Gostaria de saber por que os políticos não vão trabalhar com os seus carros particulares ou então, por que não utilizam o transporte público como todo trabalhador brasileiro? Se compararmos os salários então? Acredito que o governo deveria vender os carros dos senadores e deputados.
Eles são representantes do "POVO" e como o "POVO", deveriam usar ónibus.
Assim as despesas seriam bem menores e talvez, eles usando ónibus vejam que é necessário melhorar esse meio de transporte. A maioria só vai à Brasília de terça a quinta, depois voltam para seus estados de origens. É só pegar táxi. Chega de farra do boi com o nosso dinheiro. . .
Absurdo bancarmos isso com os nossos impostos, é preciso dar fim nessas mordomias, nenhum trabalhador tem direito a carro ou ajuda de tal natureza, portanto, nem ministros, nem senadores, nem deputados, ou até mesmo os ministros do Supremo, STJ, TRIBUNAIS FEDERAIS e ESTADUAIS deveriam receber tais vantagens sobre qualquer cidadão. CARRO é para hospitais, emergências, bombeiros, policia e outros serviços cujos impostos pagam por sua natureza e necessidade, não vejo necessidade alguma em tal uso abusivo do dinheiro da nação.
Isso representa o velho ditado, se podem gastar, porque economizar?
A frota do senado será leiloada por estarem com conservação ruim, ruim por qual motivo, as necessárias revisões não foram realizadas e o que fizeram foi só andar, sem o cuidado de manutenção desses automóveis?
Um outro detalhe, de que ano serão os carros da frota do Senado?
Como eles não sabem o custo do dinheiro, é fácil vender, alugar ou até mesmo comprar veículos novos ou outros quando querem e bem entendem.
Agora se o humilde trabalhador tem que chegar ao seu destino (trabalho), por condições próprias, porque os senhores parlamentares também não utilizam seus carrões que ficam enclausurados nas mansões ao invés de optar pelos recursos que deveriam serem aplicados ao bem estar do povão???
Senado alugará carros por R$ 1,7 milhão ao ano.
MARIA CLARA CABRAL, da Folha de São Paulo.
O Senado vai substituir os carros dos 81 parlamentares por uma frota alugada, ao valor de R$ 1,7 milhão pelo período de um ano. O pregão foi realizado nesta sexta-feira e a empresa vencedora ofereceu o preço de R$ 1.770 por veículo ao mês.
No início do processo, a Casa estava disposta a pagar R$ 6,1 mil por carro mensalmente. O veículo oferecido aos 81 senadores será um Toyota Corolla 2.0 com quatro portas, ar-condicionado e airbag, entre outros. Hoje, os parlamentares usam carros do Senado, que serão leiloados por estarem, segundo a assessoria da Casa, em estado ruim de conservação.
Além de ficar responsável pela frota, a empresa vencedora também terá que cuidar da manutenção dos veículos. Motoristas e gasolina continuam sendo bancados pelo Senado.
A justificativa da assessoria da Casa é que o aluguel de carros para os senadores proporcionará uma economia com manutenção e conservação. O primeiro-secretário, senador Cícero Lucena (PSDB-PB), argumentou ainda que a garagem e oficina instaladas no Senado serão desativadas. A frota atual, segundo a Casa, tinha quase dez anos de uso.
No pregão dessa sexta-feira, a Giro Locadora de Veículos foi a empresa que apresentou o menor preço, mas ela foi reprovada pela equipe técnica do Senado no quesito capacidade financeira. A vencedora então passou a ser a Rosário Locadora de Veículos Ltda, que tem o nome fantasia de Connecta e cobriu a proposta da concorrente e foi considerada apta. No total, 38 empresas apresentaram propostas, informou a assessoria do Senado.
A Giro já disse que vai recorrer da decisão e tem o prazo de uma semana para isso.

DNIT . . .

AS MANCHETES DO DIA . . .

Veja as manchetes dos principais jornais neste sábado.
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Negociação com republicano fracassa e crise nos EUA piora
Jornal do Brasil
Namorada diz a Bruno: "Brigar com a Globo não é coisa boa"
O Globo
A crise no Ministério dos Transportes - Petista cai e Dilma afirma que a faxina é para valer
Correio Braziliense
"Vou trocar todo mundo"
Estado de Minas
Dilma amplia faxina
Jornal do Commercio
Terror na Noruega
Diário do Nordeste
Acusado de crimes de extermínio em Alagoas é preso no Ceará
Extra
Saiba como economizar até 63% no telefone celular sem internet
Zero Hora
Drama das chuvas
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Ao menos 80 mortos após tiroteio na Noruega
The Times (Reino Unido)
Atirador norueguês "checou se vítimas haviam morrido"
The Guardian (Reino Unido)
Explosão em Oslo: "Foi um caos completo. Eu ouvia gritos e via cadáveres"
Le Monde (França)
Mais de 90 mortos após dois ataques na Noruega
China Daily (China)
Horror na Noruega: 80 morrem em tiroteio em acampamento; 7 em explosão
El País (Espanha)
Duplo ataque terrorista deixa trilha de mortos na Noruega
Clarín (Argentina)
Aumenta o terror na Noruega: já são 87 mortos em duplo atentado.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Noruega - 80 jovens mortos a tiros
A redes de televisão BBC (Inglaterra) e CNN (Estados Unidos) acabam de informar que morreram 80 pessoas na ilha de Utoey, na Noruega, atingidas por disparos de um franco atirador.
Havia ali um encontro de jovens.
Foi esse mesmo franco atirador, um cidadão norueguês, que pouco antes detonou uma bomba no centro de Oslo, tentando matar o 1º ministro.
Sete pessoas morreram por causa da explosão.

GRECIA

CALOTE ADMINISTRADO PARA EVITAR A PERCEPÇÃO DA PESTE.
Fracassada a via do arrocho ortodoxo, lideranças do euro tentam circunscrever a crise à Grécia, com um oxigênio extra ao país. O superpacote de ajuda ao governo Papandreu, decidido nesta 5º-feira, em Bruxelas, embrulha um calote administrado pelos credores; dobra os prazos de pagamento da dívida de 300 bi de euros; reduz os  juros e convoca a banca privada a contribuir -- 'voluntariamente'-- com pelo menos 50 bilhões de euros, entre recompra e rolagem de títulos. Por trás da aparente generosidade de quem há poucas semanas forçou Atenas a aceitar um escalpo épico de gastos e privatizações da ordem de 80 bi de euros, está uma urgência política. Trata-se de dar ao naufrágio grego uma dimensão pontual,  singular e datada, que afaste a percepção crescente de um símbolo da aterrisagem contagiosa da crise mundial nos domínios do euro. 'Não faremos algo semelhante --o calote sobre a dívida privada--  para a Irlanda ou Portugal. Não o faremos. A Grécia é um caso único e isolado', disse mais de uma vez  o francês Nicolas Sarkozy, ao final do encontro em Bruxelas. O esforço dirigido a acalmar os mercados, que inclui juros menores a Portugal e Irlanda, pretende refrear um sentimento de incerteza que se propaga como peste, provocando calafrios recorrentes na espinha dorsal do euro. A banca européia está engasgada. Seu metabolismo digere quase 50% do valor das subprimes que implodiram o sistema financeiro norte-americano. Uma sucessão de calotes,ainda que parciais, exigiria  uma estatização. Ao final dos proclamas de ontem, o dinheiro fugidio voltou ao cocho. As bolsas européias subiram forte. O juro para o financiamento da dívida espanhola caiu um pouco. A ver. (Carta Maior; 6º feira 22/07/ 2011)
SUStos.
Os planos de saúde estão temerosos com a implantação do cartão do SUS. Quando os pacientes dos planos usarem a rede pública, o governo pode cobrar as despesas médicas das operadoras a título de reembolso.
Outros aSUStados com as melhorias de controle do SUS são os profissionais de saúde que acumulam vários cargos públicos e privados ao mesmo tempo com o cruzamento de horários, inclusive muitos exercem o cargo de chefia que exige dedicação integral durante o horário de expediente.
O cadastro com o nº do cartão já fazia parte dos formulários do programa saúde da família e agentes comunitários.
Mas, infelizmente não foi levado adiante.
Acredito que gestores e outros com interesses escusos, atrasaram a implantação das melhorias. Nem um profissional gostaria de ser advertido por uma ouvidoria externa, já que os auditores internos: chefia mediata e imediata são complacentes com os maus profissionais que ficam asSUStados com o controle externo.
Cabral e seus carrinhos.
Os Logans que do Cabralsinho terão um custo “nunca antes jamais vistos neste paiz”.
É um escândalo e inversamente proporcional ao minúsculo tamanho político. Fazendo simples cálculos podemos verificar que cada carrinho terá um custo criminoso somandos os valores de cada veículo mais o valor, mais escandaloso ainda, da manutenção.
Ou seja, 1508 Logans x R$ 154.476,00 (preço de um Porsche) = R$ 232.949.808, + R$ 257.000.000,00 para os amigos fazerem a manutenção = R$ 489.949.808,00. Se dividirmos por 1.508 veículos, teremos R$ 324.900,40, carro + manutenção.
Dividindo este valor por 30 meses, teremos o custo mensal de cada veículo, ou seja, R$ 10.830,01, ou ainda R$ 361,00 por dia.
Com este valor o estado poderia alugar uma senhora frota com carros que atenderiam as necessidades da polícia Fluminense, tendo como vantagem de que a manutenção seria por conta da locadora.
Mas se ele fizer isso seus amigos ficarão à míngua.
Ele é mesmo um politicozinho de 5ª, mas um larápio de 1ª.
Será que alguém pode chamar a polícia e mandar prender este palhaço?
No Rio está mesmo tudo dominado.
O que não é comandado por traficantes o é pela quadrilha PMDB. Assim fica difícil. E daí Cabralsinho, quando você vai cumprir as promessas - suas e do larápio mor desta republiqueta - para os atingidos nas catástrofes do início do ano? Esta fortuna, que será criminosamente gasta com os carrinhos já ajudaria, e muito.
Enfim, quem pariu Mateus que o embale.

BUEIROS NO RIO ! !

FALÊNCIA INSTITUCIONAL

Isto é o que podemos chamar de banalização Institucional, falência... Onde já se viu o Ministério da Justiça, representado pela Polícia Federal, investigando atos de um Desembargador? No que podemos acreditar mesmo, se dentro do próprio Tribunal de Justiça do MA, impera a desordem?
Espero que não venha a falência múltipla.
Isso é a tão propalada Democracia? É urgente e necessária uma mudança nas Leis. Da forma como as coisas vão, as Instituições protetoras do cidadão perderão sua função e o povo poderá seguirá seus exemplos.
Cadeia nesses bandidos.
Que sejam retirados seus salários e Togas para que o bom exemplo seja dado. No que estarão pensando os mortais diante de tanta sacangem?

Ó PAI Ó

Talvez por acreditar que a “alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo”, é que o líder na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto, aposte e espere mais escândalos! Lamentavelmente esta é a nossa política do quanto pior melhor onde a única preocupação é destituir os ditos dirigentes de plantão; em sua terra, por exemplo, deputado o jornal A Tarde estampa em primeira página que o Tribunal de Justiça da Bahia, à unanimidade punirá com aposentadoria compulsória e proporcional duas juízas acusadas de diversas irregularidades... Segundo declarado: "Não há distinção entre Lula e Dilma. Tanto o ex quanto a atual presidente devem ser responsabilizados”. Pergunto eu onde há distinção, no Judiciário que pune os seus com aposentadorias; ou no congresso com o exemplo maior de vitaliciedade do presidente dos presidentes José Sarney?

PÂNICO NA ESPLANADA

Por Carlos Chagas.
A presidente Dilma continua passando o rodo no ministério dos Transportes. Tomara que não pare. Por conta dessa atitude, sopra na Esplanada dos Ministérios um certo ventinho frio, daqueles capazes de chegar à barriga de muitos ministros e altos funcionários. E se a moda pega e eventuais irregularidades começarem a levar as atenções para outros ministérios, impulsionadas por investigações promovidas pelos meios de comunicação?
Tem gente tomando todo o cuidado, mandando assessores vasculharem as estruturas ministeriais, os contratos celebrados, as contas e até os meandros por onde ratos poderão estar escondidos. Principalmente nos ministérios recheados de verbas orçamentarias e envolvidos com obras públicas. Ninguém quer tornar-se a bola da vez.
Se há um serviço palpável prestado pela presidente da República ao país é essa postura de cobrança diante da roubalheira. Coisa igual viu-se apenas nos sete meses do governo Jânio Quadros, com a constituição de inúmeras comissões de inquérito que ele mandava formar. Naqueles idos, era mais jogo de cena, performance para a imprensa, sem que maiores resultados fossem conhecidos. Agora é diferente, porque, pelo jeito, as investigações se fazem sem alarde, em sigilo, conhecendo-se apenas o produto final, no caso o afastamento dos implicados.
Contribuição essencial tem sido prestada pela CGU, do ministro Jorge Haje, pasta que nenhum partido cobiçou quando da formação da equipe atual, certamente hoje a mais temida de todas.
MELHOR PAGAR SÓ AS COMISSÕES.
Com seu humor ferino, Mario Henrique Simonsen, então ministro da Fazenda, desabafou diante de seguidas denúncias de corrupção em obras públicas. Disse que certos empreendimentos mirabolantes envolvidos por imensa corrupção deveriam ser revistos. Que o orçamento dedicasse recursos para pagar as comissões e propinas, apenas, economizando-se o montante relativo às obras. Sairia mais barato...
ABUSO.
Se Brasília pudesse ser comparada a alguma outra capital do mundo, não seria com Paris, Londres ou Pekin. Washington talvez estivesse mais próxima, mas já pensaram se acontecesse na capital dos Estados Unidos o que acontece por aqui? Não se passa um dia sem a energia ser cortada nos diversos bairros, na periferia e no centro da cidade, às vezes atingindo mais da metade do conjunto, seja por alguns minutos, seja por horas a fio. Quem trabalha com computadores que o diga. Não raro perdem-se trabalhos de importância, as comunicações paralisadas causam prejuizos sem conta. Fica tudo sem explicação, ou com as esfarrapadas desculpas de problemas na rede ou de conexões ultrapassadas. Quem não dispõe de velas em casa arrisca-se a ficar no escuro. Para a capital de um país candidato a ingressar no primeiro mundo, é lamentável.
ESTÁ DEMAIS.
Os repórteres fechavam a cara quando Adolpho Bloch reclamava de matérias tristes ou de reportagens sobre desgraças, acidentes ou sucedâneos. Tanto na revista quanto na Rede-Manchete de televisão, ele queria imagens, fotografias e textos eivados de otimismo, com coisas bonitas.
Exagerava, o saudoso cacique, pois a função da imprensa é de transmitir à sociedade tudo o que se passa nela. Convenhamos, porém, que caímos no excesso oposto. Nas telinhas, microfones e páginas de jornal, só o que vemos são estupros, assassinatos, sequestros, tiroteios e acidentes da natureza. Claro que se aconteceram, precisam ser divulgados, mas utilizar quatro quintos do tempo de um telejornal para esse tipo de informação é um pouco demais. Outros fatos merecem ser reportados, não necessariamente otimistas, mas relativos ao que se passa no país. Notícia é o que foge à rotina, mas nem tudo se resume a violência.
Petrobras define Plano de Negócios.
A ministra Miriam Belchior (Planejamento) se reuniu na tarde hoje com o Conselho de Administração da Petrobras para discutir o Plano de Negócios que vai vigorar de 2011 a 2015. Caso o novo plano seja aprovado, a estatal terá de repassar o valor, que anteriormente era de R$ 224 bilhões, para a Comissão de Valores Mobiliários e depois divulgá-lo após o fechamento do mercado. 
Só assim a estatal poderá participar dos leilões de blocos da ANP, travados. Belchior é cotada para integrar o Conselho no lugar do ex-ministro Antônio Palocci.
A Petrobras admiti, que vai construir sem a PdVSA a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. O aporte de R$ 3,6 bilhões do porralouca Chávez sumiu no ralo.

PEGA UM, OS OUTROS . . .

ENXUGANDO . . .


Pelo que tenho visto, o ’senso comum’ majoritário, alimentado pelas manchetes na imprensa e chamadas na TV, queixa-se de que nunca houve tanta corrupção no país e não seu enfrentamento.
Nunca houve tanta corrupção no país porque nunca foi tão investigado como agora… os mais ceticos dirão que convocar o povo às ruas, no entanto, requer muita militância e politização.
Afirmar que a Presidenta Dilma “deve estar sentindo a forte aprovação popular aos seus esforços pela moralização da administração do Estado” é, no mínimo, temerário.
Vai daí que . . .

VAI DILMA, VAI . . .

É muito bom ler artigos construídos com bom-senso, sem tomar partido, fanaticamente, como muitos por aí. para convocar o povo às ruas basta a Dilma dizer, por exemplo: “se o povo do meu país quer uma faxina geral, sem olhar partidos, vistam-se de branco amanhã”; as ruas das cidades brasileiras ficarão parecidas com as ruas de Salvador quando os Filhos de Gandhi estão desfilando; eles se borrariam nas calças; vai Dilma, vai …
Pra moralizar o Estado é um processo contínuo e com bons exemplos, como a presidenta começou a fazer. Dispensar corruptos de seus cargos é uma das tarefas. Este é o alicerce da construção.
O resto é trabalho e correr atrás dos desafios de metas traçadas.
O que não podemos permitir são as ratazanas estraçalharem o nosso queijo suiço.

MULHER NA PISTA

DILMA, MORALIZE O ESTADO

O povo quer !
Por Mauro Santayana, do Jornal do Brasil.
Exercer o poder é seduzir na democracia e atemorizar no despotismo. Os tiranos governam com o terror, mas os verdadeiros líderes conquistam o coração das pessoas. O maior político brasileiro do século 20 (e, provavelmente, de toda a história nacional) foi Getúlio Vargas. Ele tinha o prazer quase glandular de conversar com seus adversários e de conquistá-los. Não deixou de fazê-lo nem mesmo durante o Estado Novo, embora com mais cuidado e discrição.
Vargas recebia regularmente os parlamentares que o quisessem ver, em dias certos, e pela ordem de chegada ao gabinete. Dava a mesma atenção a todos, anotando suas reivindicações. Em suma, negociava, com seu sorriso conhecido, suas frases amáveis, sua insuperável simpatia pessoal.
Assim como os líderes têm o prazer de seduzir, os liderados gostam de ser seduzidos. O poder confere aura quase divina aos que o exercem. O contato pessoal e a conversa são indispensáveis aos governantes, em todas as esferas do Estado. Os monarcas tinham um dia especial, em que recebiam o preito dos súditos. Havia, naturalmente, seleção rigorosa para o acesso ao paço, mas era rito de renovação do contrato entre o soberano e a sociedade.
Ainda que os líderes partidários tivessem influência na administração republicana, os presidentes não os ouviam, necessariamente, na formação dos ministérios. A escolha, em rigorosa obediência à Constituição, era do arbítrio pessoal do Chefe de Governo. Muito antes de Getúlio, Afonso Pena (presidente entre 1906 e 1909), exporia, em conhecida carta a Rui Barbosa, a sua fórmula, para explicar a juventude de seus auxiliares:
“Na distribuição das pastas não me preocupei com a política, pois essa direção me cabe, segundo as boas normas do regime. Os ministros executarão meu pensamento. Quem faz a política sou eu”.
Um dos efeitos danosos do regime militar que sofremos foi o da nítida separação entre o povo e o poder. O mais autoritário dos presidentes militares, Garrastazu Médici, valeu-se de sua condição de torcedor de futebol para criar falso vínculo com o povo, mas se tratou de artifício demagógico que não teve conseqüências de ordem política.
Há, no Brasil – e para o benefício dos dirigentes – superestimação do poder dos partidos e da obediência a que devem sujeitar-se os que se elegem sob suas legendas. O nosso sistema constitucional não estabelece o mandato imperativo, ainda que os novos legisladores nacionais, ou, seja, os juízes do STF, tenham aprovado a esdrúxula norma de que os mandatos não pertencem aos seus titulares (que receberam os votos nominais populares), mas, sim, a seus partidos, que, em sua maioria, nada significam em matéria de programas e de doutrinas. Não havendo mandato imperativo, os dirigentes partidários não podem impor a seus parlamentares o apoio ou o não apoio a medidas propostas pelo Poder Executivo. Conforme a máxima magistral de Burke, o grande homem de estado britânico, ao eleger-se, o parlamentar só deve fidelidade à Nação e à sua consciência.
Sendo assim, a Presidente Dilma Roussef pode, se quiser, conversar pessoalmente com os parlamentares mais respeitados e ouvidos – das duas Casas do Congresso – e construir, diretamente, o apoio político necessário a seu governo.
Ela deve estar sentindo a forte aprovação popular aos seus esforços pela moralização da administração do Estado. É uma tarefa difícil e penosa, mas necessária. Em 1930, diante da visível erosão da República, com o abuso da Comissão de Verificação de Poderes que cassava, in limine, os mandatos de parlamentares independentes, e não lhes permitia a posse nos cargos para os quais haviam sido eleitos, as atas eleitorais fraudadas nas eleições majoritárias, e o autoritarismo de Washington Luís, ao impor o nome de Júlio Prestes como seu sucessor, o governador de Minas, Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, cunhou a frase forte:
Façamos a revolução, antes que o povo a faça”. E a Revolução se fez, em outubro daquele ano, com o entusiasmo do povo.
Dilma poderá promover a moralização do Estado. O povo que foi às ruas – nas memoráveis campanhas de 1984, pelas eleições diretas e em 1992, contra a corrupção – pode bem a elas voltar, a fim de garantir à Presidente o seu apoio na tarefa de devolver o Estado à Nação
Milhões de somalis e quenianos perto de morrer de fome.
Estima-se que em todo o Quênia há cinco milhões de pessoas que sofrem fome severa devido à seca, segundo Abbas Gullet, secretário-geral da Cruz Vermelha queniana. “Esta é uma situação muito séria. Em toda a região (o Corno de África) há mais de dez milhões de pessoas afetadas. Deste total, dois milhões de crianças estão severamente afetadas, metade delas sofre desnutrição aguda e muitos estão à beira da morte”, disse o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake.

AS MANCHETES DO DIA . . .

Veja as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira.
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
Dnit libera verba de estradas para fazer casas
O Globo
Portos inaugurados há dois anos afundam na Amazônia
Valor Econômico
Aditivos param trechos de obras no São Francisco
Correio Braziliense
Três vidas soterradas pelo descaso
Estado de Minas
Impasse na mesa de bar
Zero Hora
Inundação
Brasil Econômico
Governo vai usar Plano Nacional de Banda Larga em projetos sociais
* Jornais internacionais.
Le Figaro (França)
Europa salva Grécia e reforça o euro
El País (Espanha)
UE salva a Grécia e o euro
Clarín (Argentina)
Europa aprova novo resgate para Grécia e faz bolsas subirem.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Era só o que faltava….
Flavio Ferreira, da Folha
“A Polícia Federal abriu ontem três inquéritos para investigar suspeitas de desvios na construção do novo aeroporto internacional da Grande Natal, um dos principais projetos de transportes para a Copa do Mundo de 2014.
O terminal está sendo erguido em São Gonçalo do Amarante (RN) e tem suas obras de infraestrutura básica executadas pelo Exército.
O aeroporto será operado pela iniciativa privada e foi vendido pelo governo como modelo para o Mundial.
O Ministério Público Federal suspeita que a Força pagou a uma empresa por serviços que teriam sido prestados pelos próprios militares.
O caso também é investigado pelo Ministério Público Militar, que apura a suspeita de participação de oficiais em possíveis desvios.
Em ofício enviado à PF, a procuradora Cibele da Fonseca, da Procuradoria da República no Rio Grande do Norte, pediu investigação da suposta prática do crime de peculato (desvio praticado por servidor público).
Ela investigou quatro licitações do Exército vencidas pela empresa Pedreira Potiguar entre 2008 e 2010.
As principais suspeitas estão ligadas a uma concorrência de R$ 13,2 milhões, feita pelo 1º BEC (Batalhão de Engenharia de Construção) do Exército em 2008, para o fornecimento de asfalto usado nas pistas de pouso e nos pátios do aeroporto. Já foram pagos R$ 12,6 milhões.
A empresa negou qualquer irregularidade, e o Exército disse que não se manifestaria durante a investigação.
Segundo a Folha apurou, a Procuradoria de Justiça Militar no Recife já tem indícios de que o 1º BEC teria feito pagamentos à empresa em troca de material produzido na usina de asfalto do batalhão.
A Procuradoria Militar encontrou evidências de que parte dos serviços de construção de canaletas foi feita por soldados do batalhão e não por funcionários da empresa, como previa o edital de uma das licitações.
O dono da Pedreira Potiguar, José Luís Arantes Horto, foi investigado na Operação Via Apia da PF, que apurou desvios em obras da rodovia BR-101. O caso levou à prisão de Gledson Maia, ex-dirigente do Dnit local, sob suspeita de corrupção.
A Potiguar e outra empresa de Horto, a Transpedras, doaram cada uma R$ 75 mil para o PR, que comanda o Ministério dos Transportes, nas eleições de 2010.
A PF abriu outro inquérito para investigar a contratação da empresa em obras de drenagem na BR-101 em Natal e Parnamirim (RN). O Exército teria feito pagamentos antes do início da obra”.