sábado, 11 de dezembro de 2010

DE: PARA

Exma. Sra. Dilma Rousseff, presidente eleita do Brasil,
Senhora, diante do êxito da recente intervenção pontual ocorrida no Rio, peço-lhe que retire as Forças Armadas dos morros.
Talvez vosmecê não se lembre de mim. Em 1968, como general de Exército, eu era ministro do Superior Tribunal e relatei o habeas corpus de um jovem mineiro, militante de sua organização subversiva.
Na ocasião, condenei o “desvirtuamento das funções de elementos integrantes das gloriosas Forças Armadas que se atribuem exercício de missões policiais que não lhes pertencem”.
O tempo mostrou que eu estava enganado. O policialismo, a tortura, os assassinatos e a política de extermínio vinham de cima, de generais, ministros e presidentes.
Depois de ter sido libertado, o rapaz cujo habeas corpus relatei participou de diversas reuniões com a senhora, ainda uma menina de 21 anos. Um dos jovens desse grupo foi preso e assassinado em 1971. Outro matou-se quando viu que seria capturado. Tinham 32 anos.
Um outro jovem saiu aspirante da Academia Militar das Agulhas Negras em 1961, aos 26 anos. Em 1968, foi promovido a capitão. Designado para o DOI-Codi de São Paulo, tornou-se um torturador. A senhora o conheceu. Seus assentamentos não registram má conduta. Em tudo o que fez teve o estímulo de seus comandantes. A maioria dos oficiais que serviram nos DOIs recebeu a Medalha do Pacificador. Nenhuma delas foi cassada.
Quando se tratou de botar a tropa na rua, os civis estimularam os militares, e os generais ficaram envaidecidos pelo aplauso. Com a agonia da ditadura, os empresários que financiavam a repressão militar e os generais que a comandavam atiraram a responsabilidade sobre capitães e majores.
No episódio de militarização das operações policiais do Rio, em 2008, verificou-se a vulnerabilidade do comando da nossa tropa. Um tenente de 25 anos que servia no quartel-general entregou três jovens detidos a traficantes do morro da Mineira, que os mataram.
Onze militares participaram da ação e foram classificados pelo governador Sérgio Cabral como “marginais”. O moço está preso. Havia mais a apurar. Por que, dois dias depois do ocorrido, o comando endossou uma versão mentirosa do episódio? Quem foi punido pela patranha?
Lembremos que moradores do morro jogaram pedras contra o QG, como forma de protesto.
Há autoridades civis e militares que comparam a ação desencadeada no Rio com a participação da tropa brasileira nas forças da ONU que estão no Haiti. O paralelo é enganoso.
A tropa brasileira no Haiti está aquartelada em Porto Príncipe. Seus soldados não podem ser ameaçados por bandidos ou policiais corrompidos. Lá, eles não têm endereço, irmã, nem pais. A senhora acha que um soldado que vive em Vigário Geral nada tem a temer?
O soldado de primeira classe que está numa das entradas do morro do Alemão recebe um soldo de R$ 963 mensais. (O rendimento médio do trabalho no Rio é de R$ 1.359.)
O mesmo soldado, integrando a força de paz do Haiti, conserva os R$ 963 e recebe mais US$ 972 mensais das Nações Unidas.
Ações dessa envergadura não devem ser apresentadas à sociedade manipulando-se a boa-fé alheia.
Cumprimento-a em meu nome e no de minha amada mulher, Naída,
General Pery Constant Bevilaqua.

SAIR DO BAR

Na política, o marketing é um mal necessário. Cria empatia maqueando a verdade. Se a interação dos partidos políticos com os cidadãos melhorar, o marketing poderá ser dispensado.  Não é a toa que o presidente Lula quer se dedicar daqui pra frente a fortalecer os partidos no Brasil e na América latina.
De fato, os benefícios do marketing eventualmente podem ser menores que os estragos que faz. Precisamos erguer junto com o Presidente Lula essa bandeira do fortalecimento dos partidos como instâncias adequadas para se fazer política.

NOBEL DA PAZ 2010

OS NÚMEROS

Eu não queria esta na pele morena de Obama. O que a direita é capaz de fazer no Brasil é pinto diante do que a direita dos USA faz. Obama pecou ao ficar em cima do muro. Ele não podia se dar a esse luxo. No final não agradou ninguém e desagradou a todos.
Uma pena para os estadunidenses, mas não para o resto do mundo.
Disperdicio de uma conquista ímpar que foi eleger um negro a presidência dos USA.
Com os erros, a direita voltará mais forte. Há males que vem para o bem.
O retorno da direita acelerará o fim do império USA.
O velho tem que morrer para o novo nascer.
É o ciclo da vida...os impérios passam...

OBAMA E LULA

A perda rápida de prestigio de Obama revela duas coisas: a primeira é que se pode ganhar eleição centrado no marketing, mas não se pode governar centrado no marketing. A segunda é que não se muda a mentalidade conservadora, forjada durante décadas, em uma campanha eleitoral, embora se possa avançar nessa direção, contanto que esses avanços sejam consolidados por politicas governamentais.
Apesar do enorme apoio popular e mesmo dos meios de comunicação e do apoio irrisório com que contava Bush no momento das eleições, Obama venceu por uma margem pequena de votos – 4%. O que refletia a enorme virada conservadora que os EUA tinham sofrido várias décadas antes – desde a vitória de Nixon, em 1968, apelando para a chamada “maioria silenciosa”. Não apenas a opinião publica deu uma virada conservadora, como as estruturas de poder – da Justiça à educação – que passaram, por sua vez, a consolidar um pensamento de direita no conjunto da sociedade.
Na presidência, Obama não se mostrou à altura das suas promessas. Salvou o sistema bancário, com a ilusão de que este salvaria o país e deixou abandonadas as vítimas principais da crise: os desempregados e os devedores das hipotecas bancárias. Na politica externa, mudou a linguagem, mas não os pontos essenciais da estratégia imperial: Cuba, Guantanamo, Iraque, Afeganistão.
Foi penalizado, à esquerda – com a abstenção e a desilusão – e à direita – com forte mobilização conservadora – e perdeu a maioria eleitoral, ficou em minoria na Câmara, terminando penosamente sua lua-de-mel com o eleitorado.
O marketing tinha possibilitado sua vitória, mas ela não se consolidou com política que se enfrentasse à hegemonia conservadora na sociedade, mesmo dispondo da crise social para demonstrar politicas distintas de enfrentamento da crise.
No Brasil, ao contrário, o marketing eleitoral foi positivo, porque se assentava em um governo enraizado fortemente nas camadas majoritárias da população, beneficiárias das politicas sociais. A comparação entre os governos FHC e Lula era inquestionavelmente favorável a este, em todos os níveis. Daí que a oposição buscou um atalho para chegar a setores da população através da exploração de preconceitos de caráter religioso. A retomada da esfera politica como essencial, determinou finalmente a vitória de Dilma.
A diferença entre Lula e Obama é que, com o primeiro, o marketing está apoiado em medidas concretas de um governo de caráter popular, cujas políticas defenderam os direitos da população durante a crise e estendem esses direitos com seu modelo econômico e social. Por isso Lula saiu vitorioso e Obama foi derrotado. Lula fortaleceu os bancos públicos para combater a crise, enquanto Obama confiou em que a recuperação dos bancos privados em crise alavancaria a recuperação da economia, se equivocou e foi derrotado.
Uma imagem eleitoral pode ser construída tecnicamente, porém só se sustenta se estiver apoiada em um governo e em uma liderança sólida e coerente politicamente.

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA

QUANTO O MINIMO ?!?

JUSTIÇA, MAS COM CUIDADO.
Nada mais justo do que o Congresso reajustar os vencimentos do presidente da República, de 11 mil para 26 mil reais. Mesmo com as despesas de moradia, transporte, alimentação e vestuário correndo por conta do poder público, o chefe do governo tem direito a receber a nova quantia, igual à que fazem jus os ministros do Supremo Tribunal Federal.
Deputados e senadores também estão aumentando seus vencimentos. Passarão a receber os mesmos 26 mil reais. O problema são os penduricalhos, ou pedregulhos. Chegam, somados os privilégios e benefícios, a quase 100 mil reais. É preciso cuidado, pois não haverá quem deixe de somar tudo, até o décimo-quinto salário, as ajudas de custo, as verbas para contratar assessores e abastecer veículos.

O BODE DA SALA


A mídia sempre esteve a serviço do Poder, mesmo nos anos de chumbo.
A Globo, aliás, se prevaleceu da afinidade com os generais e teve tratamento especial dos censores da ditadura.
Hoje, vivemos uma ditadura civil, com a concentração das decisões nas mãos de uma elite branca minoritária, como gostava de dizer o ex-governador de São Paulo, o democrata Cláudio Lembo.
A TV foi, por muito tempo, um instrumento de dominação social poderoso, mas a democracia da internet está pondo em xeque esse império jornalístico que sempre norteou os rumos do nosso país.

POLÍTICA DE COMUNICAÇÕES O BALANÇO DOS GOVERNOS LULA

Considerando a radicalização e a intolerância que têm marcado a relação entre os principais atores do campo nos últimos anos, o futuro próximo certamente reserva imensos desafios para a democratização das comunicações no Brasil.

REBELIÃO DIGITAL

"O gênio saiu da garrafa e pode ser muito difícil colocá-lo de volta novamente"
Jonathan Wood, analista da Global Risks sobre a rebelião digital desencadeada por centenas de milhares de ativistas especializados no campo tecnológico, que desfecharam ataques coordenados contra websites de entidades que estariam tentando silenciar o WikiLeaks. Foram alvos dessas ações o Mastercard, Visa e um banco suíço todos haviam bloqueado pagamentos ao WikiLeaks, aparentemente sob pressão dos EUA. As páginas do governo e da promotoria da Suécia, que pediram a extradição de Assange por crimes sexuais, também foram atacados. Defensores do WikiLeaks dizem que a repressão contra o site e seu dirigente tem motivação política, após o vazamento dos 250 mil telegramas da diplomacia americana, um robusto mapeamento da rede de espionagem mundial arquitetada pela Casa Branca e o Departamento de Estado. (com informações Reuters/Estadão; 11/12). Apoio ao WikiLeaks já reúne mais de 525 mil adesões:

NOEL ROSA

PAREM A PERSEGUIÇÃO

Caros companheiros e guereiros que são vão ate esta pagina e assinem um manifesto para pararem a censura do wikileaks.
Este site já conseguiu parar muitas injustiça ao redor do mundo.
https://secure.avaaz.org/po/wikileaks_petition/?fp

NOTÍCIAS DO DIA

Veja as manchetes dos principais jornais e revistas neste sábado.
* Jornais nacionais.
Folha de S.Paulo
Petrobras faz oferta para ser líder em etanol
Agora S.Paulo
INSS deverá pagar revisão pelo teto só no ano que vem
O Estado de S.Paulo
Farra das emendas a fantasmas faz governo suspender convênios
Jornal do Brasil
Indústria não entra na euforia econômica
O Globo
Deputados aumentarão em 62% seus salários
Correio Braziliense
Comprar à vista é a pedida para o Natal
Estado de Minas
Três vezes mais alunos vão fazer prova do Enem
Diário do Nordeste
Ceará assiste a Pernambuco receber mais investimentos
Extra
Décimo terceiro dos aposentados não será parcelado em 2011
Zero Hora
Polo Naval muda mapa do crescimento no RS
* Jornais internacionais.
The New York Times (EUA)
Cadeira do vencedor fica vazia em evento do Prêmio Nobel da Paz
The Times (Reino Unido)
Polícia planeja conter protestos com táticas mais severas
Le Monde (França)
WikiLeaks: o peso diplomático do Vaticano
China Daily (China)
Índice da inflação chinesa de novembro sobre para 5,1%, o mais alto em 28 meses
El País (Espanha)
EUA alertam para a expansão de foco jihadista na Espanha
Clarín (Argentina)
Macri vai à Casa Rosada, mas não há acordo para destravar a crise em Soldati.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

GALO QUE NÃO CANTA

Talheres serviram de matéria prima para o artista criar um galo metálico. Acho que este não canta de manhã cedinho.

QUASE

TRENÓ DO PAPAI NOEL

O Botafogo, que perdeu a vaga da Copa Libertadores para o Grêmio na última rodada, em que ficou em sexto lugar, e o Vasco, que acabou em décimo primeiro lugar, estavam já assegurados. O Flamengo acabou ganhando o bônus da última vaga com a derrota do Goiás na final da Copa Sul-Americana em que o Grêmio também foi beneficiado. Com isso, o futebol carioca terá três times na Copa Sul-Americana 2011.
Falta agora a Confederação Sul-Americana decidir quanto às datas e aos locais. O Botafogo jogará com o Atlético Mineiro, décimo terceiro colocado no Campeonato Brasileiro, no confronto dos alvinegros. O Flamengo, décimo quarto, jogará com o Atlético Paranaense, quinto colocado, na disputa dos rubro-negros. E o Vasco, décimo primeiro, vai encarar o Palmeiras, que terminou bem no meio da tabela (décimo).
O que tanto alguns times se esforçam para conseguir – a vaga na Libertadores pelo caminho mais curto que é a Sul-Americana – está agora disponível para mais dois times que não foram bem no Campeonato Brasileiro: o São Paulo, nono colocado, e o Ceará, décimo segundo, que farão o outro confronto. Sem dúvida, oitavas de final que prometem, com os times tendo uma boa oportunidade de reabilitação.
Só quem saiu perdendo mesmo foi o Goiás. Rebaixado duas rodadas antes de o Campeonato Brasileiro terminar, fez uma boa campanha na Sul-Americana, eliminando os adversários sempre no jogo de volta, e acabou cedendo no último jogo. A derrota de 3 a 1 para o Independiente nos 90 minutos foi normal. O time se houve bem também na prorrogação, mas não teve a mesma competência na decisão por pênaltis.

JUROS Vs INFLAÇÃO

SÁBADO DE FESTA NO BOTAFOGO

Amanhã o dia será de muita alegria em General Severiano. O Botafogo fará a festa, a partir das 9 horas, do lançamento da camisa retrô para comemorar os 15 anos da conquista do Campeonato Brasileiro, que ganhou (2 a 1) na decisão com o Santos, no estádio do Pacaembu, em São Paulo. A camisa 7 de Túlio será autografada pelo atacante, três vezes artilheiro do campeonato: em 89 pelo Goiás e em 94 e 95 pelo Botafogo. Túlio, Dario e Romário são os únicos três vezes artilheiros do Campeonato Brasileiro.
Entre os dez, Túlio é o quinto maior goleador do Campeonato Brasileiro, com 125 gols marcados entre 1988 e 2001. Ele garante que amanhã será mais um dia especial em sua vida: “Tudo o que faço ligado ao Botafogo é sempre muito importante e especial. Vivi intensamente boa parte da minha vida nesse clube que realmente é uma paixão”.
O diretor Sergio Landau voltou do balneário de Punta del Este, no Uruguai, e disse que os entendimentos para a pré-temporada do Botafogo estão bem adiantados: “Fui muito bem recebido pelos diretores do hotel, que fica entre Montevidéu e Punta, com 50 quartos confortáveis. Só não há academia, mas o Botafogo vai instalar, sem problema. Há um bom campo de treinamento e só os amistosos que pretendemos com o Peñarol e o Nacional é que não ficaram acertados ainda”.
O Botafogo está na expectativa da marcação das datas dos jogos com o Atlético Mineiro pela Copa Sul-Americana para tratar da programação. A Confederação Sul-Americana também ainda fez o sorteio dos locais. A expectativa é de que o primeiro jogo seja no Rio.
Nenhum avanço sobre contratações. Os dirigentes e o técnico estão em contato permanente para tratar do assunto. Há interesse na permanência do zagueiro Antonio Carlos, mas o Botafogo depende da decisão do Atlético Paranaense, que tem propostas de outros clubes e demonstra interesse em ceder o jogador em definitivo. O Botafogo quer renovar o empréstimo.
O jogador Edno, que este ano foi emprestado pelo Corinthians, não consta dos planos. Entre os nomes cogitados, há os de dois uruguaios: o zagueiro Coates e o meio-campo Arévalos. O Botafogo anuncia que só pode contratar um, de vez que já tem dois estrangeiros – Herrera e Loco Abreu - e a lei permite que joguem três.

KATIA ABREU

Os grileiros mor desse país estão todos no Demos, esse povo grilou as melhores terras desde a época da ditadura, e agora se fazem de mocinhos; essa Katia Abreu é uma das Sinhás da época da escravidão, Meu Deus será que ninguém enxerga isso, visto aquela família que ela tomou as terras e registrou em seu próprio nome, e está lá abandonada sem produzir, tudo pelo desejo de ter mais e sempre mais; tai uma coisa que não devemos deixar acontecer!
Pobre Brasil…
Com uma direita dessas, qualquer republicano ficaria envergonhados, se conhecesse tais figuras…

CORTES NO ORÇAMENTO

MUDANÇA NA SÉRIE C

O Joinvile ganhou a quarta vaga do Campeonato Brasileiro da Série C de 2011. O America de Manaus, que perdeu a decisão do título com o Guarany de Sobral, foi enquadrado no artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por ter incluído o jogador Amaral Capixaba em situação irregular no jogo com o Joinvile, que entrou com recurso e ganhou os pontos e a vaga.
Mesmo tendo sido vice-campeão, o America de Manaus perdeu a vaga e ainda pagará multa de R$ 300. Assim, o Campeonato Brasileiro da Série C de 2011 terá como novos participantes o Madureira (Rio de Janeiro), o Araguaína (Tocantins), o Guarany de Sobral (Ceará), que foi o campeão, e o Joinvile (Santa Catarina), que ganhou a vaga do America (Amazonas).

GOSTOSA

GEISY ARRUDA

Conta no Twitter que tem 106 cm de bumbum.

Geisy Arruda usou seu perfil do Twitter,nesta sexta-feira, para revelar o tamanho do seu bumbum. "Eu postei que tinha 105 cm, logo tive que provar e hoje descobri na matéria do 'Domingo Espetacular' que tenho 106! Como assim doutora?", brincou a loira.
Foto: Divulgação
Loura mostra que o corpo estava em forma durante o ensaio.
A ex-participante de 'A Fazenda 3' contou mais detalhes sobre a matéria do programa da Record. "Nossa... Nunca falei tanto do meu bumbum, hoje ele recebeu até massagem! Fiquei com vergonha de fazer essa matéria, mas cobrimos com a toalhinha e ficou ótimo!" Será que Geisy é mesmo uma moça tímida?

NOVAS NOTAS

O Banco Central (BC) lança na próxima segunda-feira a segunda geração da família de cédulas do real. Primeiro, entrarão em circulação as novas notas de R$ 50 e de R$ 100. Em 2011, será a vez das notas de R$ 10 e de R$ 20 e, por último, a partir de 2012, começará a substituição das notas de R$ 2 e de R$ 5. De acordo com o BC, as duas notas de maior valor são as que demandam maior proteção contra tentativas de falsificação e, por isso, estão sendo lançadas antes das demais. Mais de 70% das cédulas falsas apreendidas no país são de R$ 50 e de R$ 100.
Foto: Divulgação
Banco Central apresenta as novas cédulas: necessidade de dar mais segurança às notas foi a justificativa para a criação da nova família de dinheiro de papel.
As novas notas entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais, sendo que as cédulas atuais continuarão valendo e somente serão retiradas de circulação em decorrência do desgaste natural”, informou o BC, em nota. Na página do banco na internet (http://www.bc.gov.br/), a autoridade monetária avisa que “não há necessidade de trocar as notas antigas por novas na rede bancária, pois as duas famílias conviverão em circulação por prazo indeterminado”.
A necessidade de dar mais segurança às notas foi a justificativa do BC para a criação da nova família de dinheiro de papel. “Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, é necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e elementos antifalsificação mais modernos, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro nos próximos anos”.
Para lançar as novas cédulas, a Casa da Moeda teve que investir
em equipamentos de impressão, já que as atuais cédulas são impressas em máquinas com mais de 30 anos de uso. Segundo o BC, “os novos equipamentos e insumos permitem a impressão de desenhos mais complexos e com maior precisão, aumentando a percepção de uma impressão de qualidade superior. Alguns elementos já presentes na primeira família – como a marca d’água e o número escondido – foram redesenhados de modo a facilitar a sua verificação pela população”.
Outra mudança está na diferença de tamanho das notas, para garantir o uso seguro pelos deficientes visuais. Além disso, a adoção de tamanhos diferenciados inibe a tentativa de falsificação por lavagem química, uma técnica que consiste em apagar a impressão de uma nota de menor valor e imprimir no papel moeda lavado a estampa de uma nota de maior valor.
Os deficientes visuais também poderão contar com as marca táteis, que são barras em alto-relevo localizadas no canto direito inferior das notas.
Segundo o BC, nas notas de R$ 50 e de R$ 100, “a maior novidade é a faixa holográfica, composta por desenhos descontínuos que, ao serem movimentados, apresentam efeitos de alternância de cores e formas”. Os demais elementos de segurança também são de fácil visualização: marca d’água, que apresenta o valor da nota e a imagem do animal, e o número escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição horizontal, na altura dos olhos.

O POSTE, SEM LUZ


TÁ CERCADA! !

Entretanto, suspeito que o arco contra Dilma esteja bem mais próximo dela do que imaginei. Baseado em seu ministério já confirmado, acredito que seu trabalho será maior e mais dificil. Infelizmente. A sensação que tenho é que seu desejo ao compor o ministério era um, mas a realidade apresentada por sua larga base de apoio era outra.

TEM QUE CALÇAR A SANDÁLIAS DA HUMLIDADE

Penso também que outros partidos de esquerda/centro-esquerda (PC do B, PSB, PDT) estão se mobilizando para competir com o PT pela hegemonia do processo político em marcha.
Outro ponto: as igrejas, principalmente as caça-níqueis - materialistas (no sentido vulgar) que são, estão capitalizando todo o progresso social das classes E, D e C, como se fosse bênçãos dos céus ou do Divino Espírito Santo.
Ou as esquerdas entra em cena para reverter esse quadro ou em 2014 a vaca vai pro brejo.
Se chegar até lá.
Confiando apenas nos "irregulares de Baker Street" essa luta será bem mais difícil. É fundamental que Dilma aprenda as lições dessa campanha eleitoral e estabeleça bons canais de comunicação de seu governo com a sociedade.

2011- O QUE NOS ESPERA, OU DESESPERA

A esquerda brasileira deve se preparar para uma luta titânica nos próximos meses e anos vindouros. A calmaria atual, só perturbada pelas conjecturas em torno do novo governo, é só a bonança que antecede a tempestade.
Flávio Aguiar, Carta Maior
Quando José Serra decidiu não enfrentar Lula diretamente na eleição de 2010, ele traçou o destino de sua campanha. Esta só poderia se dar pela desqualificação da candidata da situação, Dilma Roussef. De si mesmo, Serra não podia mostrar muita coisa, pois não queria exibir o anti-Lula que, na verdade, era. Das duas, ambas só poderia, portanto, ou se afirmar esvaziando Dilma, ou preenchendo o perfil desta de coisas negativas.
Esvaziar Dilma, embora tentado, mostrou-se difícil. As insinuações de que ela seria um “poste”, de que seria apenas uma “sombra” do presidente Lula, etc., esbarraram no crescimento pessoal da candidata que foi ganhando, ainda que de forma lenta, gradual, e não muito segura, cada vez mais personalidade e luz própria na disputa.
Restou, portanto, como mais tentador e promissor, o caminho do ataque cada vez mais indiscriminado contra tudo e contra todos que pudessem ajudar Dilma, inclusive, ela própria. Desse caminho pedregoso escolhido por Serra e seu marketing, saíram “achados” como os de acusar Evo Morales de subserviência, senão cumplicidade, com o narcotráfico, e as pesadas pedradas (essas sim não eram bolinhas de papel) do aborto, da corrupção em seu gabinete, etc.
Serra teve ajuda nisso: a mídia sempre-alerta se encarregou de começar a caça a algo no passado de Dilma que lhe sujasse as mãos, de sangue, ou de dinheiro subtraído a bancos, ou de outras fontes, durante a ditadura militar. Isso também não deu em nada. Nem mesmo os papéis revelados pelo Wikileaks, onde antigo embaixador dos EUA levanta suspeitas sobre a participação de Dilma no “planejamento de assaltos a banco” e ao famoso “cofre do Ademar” chegam a levantar qualquer acusação digna de ser levada a sério.
Por outro lado, a “candidata terceira-via”, Marina da Silva, e a CNBB, adotaram a política de maior inspiração em Pôncio Pilatos do que no Cristo, lavando vergonhosamente as mãos diante da enxurrada de acusações e assacações que começaram a se avolumar, uma, na esperança de captar votos que de Dilma emigrassem por questões religiosas, outra no propósito de manter cativo seu rebanho em sua histórica disputa com o Estado secular, coisa que no Brasil remonta ao século XIX.
Foi este conjunto de fatores, com raiz na escolha do candidato Serra quanto ao estilo de sua campanha, que escancarou a porta para a participação cada vez mais intensa da extrema direita na campanha eleitoral, com um espaço que antes era mais restrito. Essa participação se deu em três frentes: a dos viúvos da ditadura, a da Opus Dei concentrada entre bispos da CNBB/São Paulo, e a daqueles que se sentem ameaçados em seus privilégios por verem pobres ou ex-pobres comprando/passeando em shopping-centers ou viajando de avião.
Isso deu à campanha de 2010 o tom odioso, vulgar baixo que ela teve, da direita para a esquerda, não o contrário. Além das filipetas derramadas a partir dos púlpitos religiosos que estavam em conluio com esse verdadeiro pacto demoníaco de extrema-direita, esta descobriu de imediato a internet como veículo de difamação. Enquanto isso, boa parte da nossa esquerda titubeava no partidor, como costuma fazer quanto às comunicações. O que salvou um pouco do espaço foi a comunidade dos que chamo blogueiramente de “os irregulares de Baker Street”, lembrando os jovens de rua que ajudavam o famoso detetive de Conan Doyle em suas investigações.
A questão é que essa direita, desperta de sua letargia, veio para ficar, e vai entrar no espaço político sempre que estiver disposta a desqualificá’-lo, como tentou fazer em 2010. Bom, deve-se reconhecer que, como os adeptos do Tea Party em relação ao Partido Republicano tradicional, eles podem tanto ajudar como atrapalhar seus aliados, por não terem, no fundo, compromisso com eles nem com o seu espaço político. Mas certamente estarão, sempre que puderem, envenenando o espaço político geral com a sanha de seus preconceitos. Com relação a Dilma, estarão naquela palavra de ordem antigamente lançada contra Juscelino: não deve se candidatar; se candidata, etc. até o se empossada, não deve governar.
Assim sendo, a esquerda deve se preparar para uma luta titânica nos próximos meses e anos vindouros. A calmaria atual, só perturbada pelas conjeturas em torno do novo governo, é só a bonança que antecede a tempestade. O arco contra Dilma reuniu uma frente que vai dos liberais do The Economist e do Financial Times, passando pelo Papa e pelos reacionários de Wall Street, até os porões ainda vivos da ditadura.
Souberam mobilizar as frentes comunicativas ao seu dispor, coisa em que a esquerda claudica tradicionalmente. Estão vivos: esse é o perigo que nos aguarda. Mas sabemos que a vida é um combate, etc. Vamos a ele, assim como viemos até aqui.
Às leitoras e aos leitores que nos acompanharam até aqui em 2010, desejamos um Feliz Natal e um Ano Novo recheado do bom combate. Até o ano

CARLINHOS BALA

O IMPÉRIO TRAVADO

O endividamento das famílias norte-americanas equivale a  118% de sua renda total: US$ 13,4 trilhões. É menos do que o pico do terceiro trimestre de 2007, quando chegou a 130%, mas bem mais do que a média da década de 2000, que foi de 92%. Sem perspectiva de expansão da demanda  doméstica, as empresas americanas estão sentadas numa pilha de dinheiro maior do que nunca, mas estão evitando contratar e gastar. O Federal Reserve (o banco central americano) informou que as empresas não financeiras dos EUA tinham, ao fim de setembro, US$ 1,93 trilhão em caixa, maior parcela desde 1959. O dinheiro que se acumula nos cofres  poderia ajudar a economia a crescer com mais vigor e derrubar o desemprego, se as empresas começassem a gastá-lo em novas fábricas. Mas, na esteira da pior crise econômica desde a década de 1930, muitas hesitam em dar esse salto (WSJ/Valor; 10-12)
O CONTRAPONTO QUE ASSUSTA A ORTODOXIA - No Brasil consumo das famílias se expande há 28 trimestres seguidos. Massa salarial cresceu 10,7% entre julho e setembro. Mas o investimento em capacidade produtiva cresce mais forte: alta 21,2% no 2º trimestre em relação a igual período de 2009, contra 5,9% de aumento do consumo pela mema base de comparação. "A oferta cresce à frente da demanda", resume o ministro Guido Mantega  (Carta Maior; IBGE; agencias; 10-12)  (Carta Maior; Sexta-feira; 10/12/2010)

PEDIDOS DE NATAL

ROLLS ROYCE PRESIDENCIAL

O PiG está ficando bobo demais! Um tédio! Quando a Dilma faz algo parecido com o Lula, criticam que ela não tem personalidade própria, é um fantoche do Lula. Quando o que ela diz difere um pouco, alardeiam uma suposta ruptura. O legal da democracia é que ainda há quem acredite nesses caras e ninguém vai preso por burrice!

MANIFESTO CLÔNICO


Para Julian Assange: pirata-mor.
Quebrar todas as chaves nenhum direito de cópia viva todos os hackers sem conteúdos pagos pela clonagem sem fim um byte copiado é igual ao original tudo que se lê se vê se ouve na rede pode ser capturado e copiado e reproduzido, reproduzido, reproduzido e lancem as redes hackers capturem os peixes pop da indústria cultural e façam torrents grátis deles o milagre da multiplicação do pão das mentes Torrentes de bytes piratas invadindo as fortalezas das Apples dos Googles dos Gates das Amazons do mundo de tudo que é .com não sobre som sobre som ver (bo) sobre ver (bo) não reste filme música livro que não seja livre das peias dos pagamentos o direito autoral é o mocinho da lei mas não tem moral o povo quer é o cowboy fora da lei e saque rápido e tiro certeiro.
Bem no meio das fuças da criptografia dos conteúdos, roubem segredos de estado, e derramem na ávida boca do povo, dancem hackers espiões piratas digitais sublime escória da net, dancem a dança dos canibais em torno do fogo em torno dos corpos. De nossos inimigos. Em torno da taça da última ceia, aprendam com Cristo a derrubar um império com doze apóstolos e uma multidão bola-de-neve.
O Deus agora é o caos bilhões de chips e cérebros ligados ponto a ponto .net Prontos para a próximo torrent para o próximo byte a ser clonado baixado e repassado ao próximo com fervor.  Amai o próximo-clone como a ti mesmo. Amai o caos plural acima de todas as coisas, pois sois (um) feito/feixe de caos; e de muitos vós sois a imagem do único Deus.
Caos&Acaso&Miríades.
Vejas as manchetes dos principais jornais desta sexta-feira
* Jornais nacionais
O Estado de S.Paulo
PIB esfria no trimestre, mas garante alta anual de até 8%
Jornal do Brasil
Sem museu, terreno da Help virou foco de dengue
O Globo
Brasil cresceu na era Lula menos que emergentes e AL
Valor Econômico
Vivendi paga R$ 150 milhões e encerra processo
Correio Braziliense
A desordem mora aqui
Estado de Minas
Suposta doença não deve aliviar pena de estudante
Diário do Nordeste
Presa quadrilha que assaltava bancos no Ceará
Zero Hora
PF prende quadrilha que percorria o país para clonar cartões
* Jornais internacionais
The New York Times (EUA)
Hackers focam na causa WikiLeaks
The Guardian (Reino Unido)
Charles e Camila pegos pela onda de violência estudantil
Le Monde (França)
A resposta imperial da China
El País (Espanha)
China fecha o cerco à dissidência ante a concessão do Nobel a Liu
Clarín (Argentina)
Polícia investiga se houve outra morte em Villa Soldati

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010


Subitamente a   democracia   se tornou relativa. Desde a pátria da  "liberdade" guardiã  da  estátua símbolo do que deveria ser o bem maior até   seus cúmplices,nações seviçais sempre   disponíveis  a executar   trabalhos subalternos. Suécia  surpreende: ter relações sexuais  com mais de um parceiro na mesma semana é crime! Estupro é  não usar  camisinha  na relação. Daí, a ordem internacional de captura. Imagino, que a Interpol não faça outra coisa, pelo mundo afora.
Tudo por conta   de um site com nome  de  urso panda. Até o momento, não se  conheceu   nehum outro  responsável punido, perseguido ou pedido  pela policia internacional.
E  os  zelosos órgãos, sem duplo sentido, da mídia? Mudos, fazendo cara de paisagem, lamentando  a  cruel censura  no Estadão! Lula não deixou  por menos, e saiu em defesa da liberdade  de informar. Criticando o silêncio inocente  das SIP, ANJ, ABERT, OAB e do PiG, claro. 
A lógica é a seguinte: se não  surgir  documentos  contendo informações desabonadoras ou comprometedoras  contra o governo Lula, Wiki-Lik mergulhará  no  esquecimento  oportuno.
Lembre que  a razões   do  Itamaraty  e de Lula  com o episódio  hondurenho, confirmadas pelo  Departamento de Estado  americano, foram  providencialmente reduzidas  em espaço,fonte e retranca.

O WIKILEAKS FORA DO TRENDING TOPICS


Por Stanley Burburinho
Twitter explica porque #WikiLeaks não entra para os Trending Topics. Twitter pego na mentira? Não entendi a explicação do Twitter
Do Metagov.
Twitter explica porque #WikiLeaks não entra para os Trending Topics
Após inúmeras denúncias e rumores de que o Twitter estaria censurando a hashtag #WikiLeaks e deixando-a de fora da lista dos assuntos mais comentados, a porta voz da rede de microblogs, Carolyn Penner, publicou um post que basicamente explica como funciona a escolha dos assuntos que vão para os Trending Topics, os chamados TT´s.
i“O Twitter favorece a novidade em vez da popularidade. Os Trending Topics são destinados a ajudar as pessoas a descobrirem as últimas notícias de maior impacto no mundo inteiro, capturando os temas mais quentes e emergentes, não apenas o que é mais popular”, escreveu Penner.
A porta voz ainda explica que os assuntos chegam aos Trending Topics quando o volume de Tweets sobre determinado tema, em um determinado momento, aumenta drasticamente. Portanto a explicação do Twitter é que o WikiLeaks não chegou à lista porque não houve um aumento dramático no nível de discussão sobre o assunto em relação a anteriormente.
De acordo com dados coletados do Trendistic, que analisa e compara quantas vezes diferentes palavras foram citadas no Twitter, a discussão sobre o WikiLeaks teve um disparo significativo nos últimos tempos, e mesmo assim a hashtag não entrou para os Trending Topics desde de 26 de agosto.
A explicação do Twitter em comparação ao gráfico chega a ser destoante ao analisar os picos do WikiLeaks que estão em vermelho.
Com informações do Mashable.”

LULA, O PT E AS CLASSES SOCIAIS

As classes médias tornarão a apoiar o PT ao convencerem-se de que a qualificação dos serviços públicos acarreta resultados positivos para todos e de que a luta pela igualdade não pretende suprimir a liberdade.
Em uma importante análise recém publicada, cujos dados foram incorporados à presente reflexão, o cientista político André Singer (Raízes sociais e ideológicas do lulismo, Revista Novos Estudos, nov/2010) debruça-se sobre a evolução do fenômeno que denominou de “lulismo”. O lulismo consistiria no amparo proveniente dos setores empobrecidos da população ao projeto político representado por Luís Inácio Lula da Silva. Segundo Singer, o próprio PT pende fortemente nessa direção depois de perder o respaldo das classes médias. Ações distributivas do Estado, aliadas à manutenção da estabilidade do país, teriam levado o eleitorado com proventos limitados a dois salários mínimos a migrar para o campo de apoio do ex-retirante nordestino.
A prova dos nove seria a vitória sobre Alckmin, em 2006, com a votação massiva das faixas de baixíssima renda familiar, o “subproletariado”: por definição, os que se inserem no mercado de trabalho sem uma remuneração que assegure a reprodução de suas energias. Se dependesse dos eleitores com rendimento acima de dez salários o petista haveria soçobrado. Note-se que em 1989 a hegemonia exercida pelo PT deu-se “às avessas”, isto é, entre os favorecidos em lugar dos desfavorecidos. A “gente humilde”, reverenciada nos versos poéticos de Vinícius de Moraes e Chico Buarque, tendeu para o histriônico “caçador de marajás”. Coisa que suscitou em Lula uma avaliação normativa que acenava a vontade de ser feliz: “Temos de ir para a periferia, onde estão milhões de pessoas que se deixam conduzir pela promessa fácil de casa e comida”.
Na verdade, adverte Singer, a dita “promessa fácil” era o desaguadouro dos preconceitos instalados na base da pirâmide social. Esta, nos anos 80, opunha-se aos movimentos sociais que ameaçassem desestabilizar a ordem estabelecida e aceitava a intervenção das tropas militares para dissolver as greves (41,6% contra 8,6% dos que recebiam acima de vinte salários mínimos). Os subproletários não se portavam como sujeitos políticos autônomos, inclinando-se a forjar uma identidade pela ótica dos de cima. Em 1994 e em 1998 a tendência repetiu-se, com Fernando Henrique Cardoso mobilizando os trabalhadores sem registro formal ou experiência sindical. Os eleitores lulistas tinham então níveis superiores de escolarização e concentravam-se em bolsões urbanizados e industrializados, no Sul e no Sudeste. Em 2002, quando o prócer da esperança chegou à presidência, a votação também não exprimiu uma polarização do tipo pobres versus ricos.
Mudança de paradigma
O ano da virada é 2006. Frustrada com as denúncias de corrupção do “mensalão”, iniciadas em maio e arrastadas até fins de 2005, as classes médias debandaram para a ponta oposta do espectro ideológico enquanto a sustentação do presidente deslocava-se para as camadas antes refratárias à esquerda. O deslocamento começou com o Bolsa Família em 2003, e avançou com a superação da conjuntura recessiva e o sentimento de que o poder de consumo de produtos tradicionais (alimentos, materiais de construção civil) e novos (celulares, DVDs, passagens aéreas) descortinava melhores condições de vida aos de baixo. Isso evitou o naufrágio político de Lula, apesar da deserção das classes médias e das manchetes sensacionalistas.
Explica-se. Próximo ao pleito, o BF atendia 11,4 milhões de famílias e seu orçamento saltara de R$ 570 milhões para R$ 7,5 bilhões. Com o que Lula obteve 60% dos votos no Nordeste no primeiro turno e 33% no Sul. A diferença correspondeu ao investimento no BF, três vezes maior no Nordeste, aniquilando o conservadorismo dos grotões. Entre os votantes pela primeira vez em Lula ponteavam as mulheres de baixa renda, justo o alvo do programa. Outras variáveis incidiram no processo evidentemente.
A cesta básica que subiu 8,5% e 10,4% em Porto Alegre e São Paulo, locais em que perdeu, e em Recife e Fortaleza minguou para 4% e -3%, capitais de estados em que venceu com 82% e 75% da apuração. A valorização do salário mínimo que dinamizou a economia das cidades de menor IDH e estimulou as vendas do varejo. A expansão do financiamento popular, o crédito consignado, os empréstimos à agricultura familiar, o microcrédito, a eletrificação rural, as cisternas no semi-árido, a bancarização de quem jamais usou cartão nos caixas, etc.
Singer lembra ainda o Benefício de Prestação Continuada que repassa um salário aos idosos ou portadores de necessidades especiais com renda per capita na família até ¼ do salário mínimo. Com o Estatuto do Idoso, aliás, a idade para o recebimento baixou de 67 para 65 anos. O BPC contemplava 2,4 milhões de cidadãos no ano emblemático, com indicativo de que 62% dos que integravam algum plano governamental votariam em Lula.
Em suma, as políticas sociais implementadas no primeiro mandato contribuíram no combate à pobreza, reduziram as taxas de desemprego de 10,2% em 2002 para 8,3% em 2005, baixaram a inflação de 12,5% para 5,6% e cimentaram a posição carismática do operário que reelegeu-se para o ápice da representação política, com uma mudança de paradigma no suporte sócio-regional. O PT prosseguiu influente nos centros urbanos e industriais, com uma bancada de deputados federais concentrada em municípios desenvolvidos. Lula (e Dilma Rousseff, em 2010) tem hoje enorme audiência no Norte e Nordeste, mas o PT arregimenta parlamentares para o Congresso Nacional no Sul e Sudeste majoritariamente.
A liderança de Lula
Alguns analistas interpretam de modo negativo o significado da liderança de Lula. Acusam-no de despolitizar o tema da pobreza e da desigualdade, por não desconstruir o modelo explorador vigente nas relações entre o capital e o trabalho. A marca do lulismo seria a desideologização do antagonismo subjacente ao sistema de dominação capitalista. A permanência de pilares da política macroeconômica oriundas do governo antecessor (metas de inflação, câmbio flutuante, superávit primário nas contas públicas e independência do Banco Central) revigora a tese da direitização condensada no lulismo. O que as ácidas condenações não captam é que a adesão dos setores de baixíssima renda decorreu em boa proporção do clima de harmonia e estabilidade. No imaginário do subproletariado viradas bruscas arriscariam os direitos conquistados a duras penas.
A prudência de Lula, anunciada na Carta aos Brasileiros (em que comprometia-se a manter os contratos) e ilustrada na adoção da Lei de Responsabilidade Fiscal (que inibe investimentos dos entes federados), pavimentou a transição de 35 milhões de corações e mentes para a “classe C” fazendo da necessidade conjuntural uma virtude histórica. Para tanto, foram minadas as principais concessões de FHC ao Consenso de Washington: os juros altos, a liberdade de movimento dos capitais e a contenção dos gastos públicos. Se o percurso de Lula para esconjurar as reminiscências do neoliberalismo foi sinuoso e estampou contradições caricatas ao cotejar-se a gestão de Meireles no BC e Mantega no Ministério da Fazenda, em compensação, abriu uma promissora agenda de inclusão social. Mérito fabuloso, considerando que 50% da força de trabalho está na informalidade e sobrevive com aportes precários. Sem mencionar que, nesse período, o Estado tornou-se um ícone contra toda manifestação de desigualdade social, étnica ou de gênero encarnando os ideais de uma autêntica República.
O que realimenta as críticas é o fato de que a linguagem classista das origens do PT, aos moldes do slogan “trabalhador não vota em patrão”, anteriormente dirigida às camadas intermediárias a exemplo dos operários industriais, dos servidores públicos e dos estudantes universitários perdeu a capacidade de interpelação na sociedade. Os partidos situados à extrema esquerda que insistem em bater na tecla do classismo não conseguem crescer na preferência das maiorias e têm dificuldades de se colocar no cenário político. A absorção e a vocalização de um discurso com ênfase republicana e igualitária, somado ao apelo à democracia participativa, é o que garante ao PT uma interlocução renovada com a cidadania e uma presença forte em distintas órbitas representativas da federação. Para muitos, tal configura um abandono estratégico do socialismo e um insulto à utopia, quando significa tão somente um ajuste tático em face das mutações da realidade política social e econômica em um contexto de afirmação dos procedimentos institucionais.
Um passo atrás, dois à frente
A idéia de modernização do capitalismo, que encantou o senso comum e a grande mídia ao tempo que os carros nacionais eram comparados às carroças de tração animal, não acha mais eco nas multidões que estão vivenciando uma inédita mobilidade social. O antidesenvolvimentismo que teve como expoente FHC fracassou. Nada havia de moderno em crescer como rabo de cavalo, privatizar o patrimônio público com dinheiro do BNDES e inserir-se de maneira subalterna e entreguista na globalização a um custo socialmente perverso. A inépcia da direita em adotar um discurso em consonância com o estágio porque passa a nação ficou clara nessa disputa eleitoral na performance errática e obscurantista de José Serra que, atônito, procurou alçar temáticas de foro íntimo ao centro do debate político. Terminou na vergonhosa pantomima da bolinha de papel.
O que ora baliza a atuação dos atores políticos, contornando a radicalidade do enfrentamento classe contra classe, são as propostas de universalização de direitos, as quais serão robustecidas já em 2011 graças aos substanciais recursos advindos da aprovação do novo marco regulatório do Pré-Sal. Com a transferência dos fundos públicos excedentes “para os lázaros” e “as filhas dos lázaros”, para evocar a metáfora de uma crônica de Paulo Mendes Campos, e a socialização do poder político através de mecanismos decisórios abertos à participação da sociedade civil, a democracia brasileira adquire enfim uma dimensão social e ativa. Trata-se de um movimento capaz de transformar as políticas de governo em curso em políticas de Estado enraizadas na consciência do povo. Aquilo que aparentava ser um recuo conceitual são passos firmes e seguros adiante, iluminados pela lanterna acesa da justiça distributiva.
Aprofundar esse empenho civilizatório implica na reinvenção do Brasil e da própria América Latina, com a criação e a generalização de valores não-mercantis para o exercício da cidadania e a democratização dos canais de relacionamento entre os governados e os governantes. Pesquisas divulgadas após a emancipadora vitória de Dilma informam que 81% da população acha que o país está no rumo certo, no Nordeste a sensação beira os 90% (Vox Populi, dez/2010). Nesse ambiente otimista, é de prever-se a consolidação da lealdade política dos contingentes de baixíssima renda que carregam sobre os ombros o projeto sintetizado por Lula e, com a cabeça, sufragaram a primeira mulher à presidência. As classes médias tornarão a apoiar o PT ao convencerem-se de que a qualificação dos serviços públicos acarreta resultados positivos para todos e de que a luta pela igualdade não pretende suprimir a liberdade. Encerro remetendo ao princípio: a leitura do estudo feito por Singer.

SEM DEFESA

Depois do magnífico ataque de ontem ao site da Mastercard e da declaração do Pres. Lula hoje, não consigo deixar de ouvir o ensurdecedor silêncio sobre Wikileaks e Assante em todos os blogs de esquerda que conheço será que é um certo cheiro de medo que sinto no ar? Cadê os defensores da liberdade de expressão e não me refiro à velha mídia vendida desde sempre a interesses maiore$ - me refiro à internet mesmo - será que é medo de todos de serem tirados do ar e defenestrados pelos grandes hospedeiros de blogs (americanos)??? E agora, José??

O BRASIL DE LULA NO WIKILIAKS

Lula nunca foi mal visto pelos embaixadores – foram quatro durante seu governo –, embora a política externa fosse olhada com desconfiança. Mas, pessoalmente, ele foi descrito muitas vezes com surpresa, suas quebras de protocolo devidamente registradas e a sua equipe devidamente estudada.
Logo no primeiro contato, o senador Aloizio Mercadante foi descrito como “radical”, enquanto José Dirceu, que viria a ser ministro da Casa Civil, seria mais “discreto”. Já o ex-ministro da Economia, Antonio Palocci seria “uma voz para acalmar os mercados”.
Os telegramas também mostram que, se os embaixadores viam o Itamaraty como adversário, Lula reclamava do Departamento de Estado como um obstáculo para uma boa relação com o presidente Bush.
Primeiro contatoNa primeira reunião com oficiais americanos, no dia 21 e novembro de 2002, Lula, “animado, elegante e descansado”, teria dito logo de cara que queria ter uma boa relação com Bush: “Acho que dois políticos como nós vamos nos entender quando nos encontrarmos frente a frente”. Dois anos depois, ele voltaria a elogiar o presidente Bush, agradecendo “calorosamente” por sempre ter sido tratado com respeito e gentileza pelo americano.
Mas o telegrama sobre a primeira impressão americana, de novembro de 2002 relata tambem uma gafe presidencial, talvez a primeira. O presidente teria afirmado querer mudar a percepção que os oficiais brasileiros são “um bando de ladrões irresponsáveis” e de que “o Brasil é outra Colômbia”.
A frase teria sido proferida na reunião entre o que viria a ser o núcleo duro do governo com o subsecretário de estado americano Otto Reich – um encontro descrito como “caloroso e produtivo”.
Nele, Dirceu, Palocci e Mercadante defenderam a prioridade aos parceiros do Mercosur. Segundo o telegrama, Dirceu chegou a interromper Mercadante para dizer que as negociações bilaterias são importantes “mas teriam que ser feitas dentro dos compromissos regionais do Brasil”.
Reich ainda tentou tirar satisfação sobre a participação de Mercadante no Foro de São Paulo – uma coalizão de partidos de equerda latinoamericanos – irritado com o fato de que havia ali líderes das Farc e do governo cubano.
Mercadante respondeu que muitos dos participantes do Fórum são “esquerdistas antiquados” e que poderiam aprender muito com o PT, cujo foco seria “defender a democracia”. Foi a deixa para Reich falar de violações de direitos humanos em Cuba, ao que Dirceu rebateu. “Nós vamos simplesmente ter que concordar em discordar”.
No final, Reich é taxativo: “Nós não temos medo do PT e da sua agenda social”.
No telegrama enviado ao Departamento de Estado, ele descreveu os três políticos como tendo “personalidades complementares e contrastantes”.
“O radicalismo antigo de Mercadante não está muito longe da superfície. Ele fala para convencer mais do que para explicar, frequentemente apontando o dedo para seu interlocutor. Mesmo assim é cortês e claramente focado em projetos bilaterias específicos”.
“Dirceu é muito mais discreto. Nunca corrigiu Mercadante mas algumas vezes o interrompia para qualificar suas observações. Ele parece ser o ‘primeiro entre iguais’”.
“Palocci, cuja estrela ascendeu rapidamente nos últimos meses, é talvez o mais pragmático do grupo. Ele fala

LULA APÓIA 'WIKILEAKS'

... O que acho estranho é que o rapaz que estava embaraçando a diplomacia americana... como é que chama? O WikiLeaks ... O rapaz foi preso e não estou vendo nenhum protesto (pela) a liberdade de expressão" (Presidente Lula cobra coerencia dos jornalões; 09-12)

BRASIL TEM O 2º MAIOR CRESCIMENTO MUNDIAL

INVESTIMENTOS LIDERAM A EXPANSÃO PIB brasileiro cresceu 6,7% no 3º trimestre de 2010; em nove meses,  o crescimento foi de 8,4% frente ao mesmo período do ano passado. A consistencia do atual ciclo se reflete no salto registrado nos investimentos, que lideram a dinâmica da economia com expansão de 25,6% no acumulado em nove meses até setembro. (IBGE; 09-12) A LIQUIDEZ AMERICANA ESTÁ CHEGANDO: ESPECULAÇÃO FINANCEIRA PRESSIONA INFLAÇÃO: "Nós estamos importando inflação de alimentos...O mercado futuro de commodities virou um espaço para rentabilizar o dinheiro de investidores e bancos, que não aplicam em títulos de países ricos porque os juros estão muito baixos", avalia Fabio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores.O índice CRB, que aglutina os preços das principais commodities agrícolas, como soja, milho, trigo e algodão é negociado diariamente na Bolsa de Chicago (EUA). Dos 248 pontos registrados em junho, o CRB oscila hoje acima de 315 pontos - o patamar mais alto desde o pré-crise, quando o CRB chegou a atingir 400 pontos, sua máxima histórica. "Trata-se de especulação, embora muitos não gostem de denominar assim", reitera Silveira, que explica: "os investidores partem de questões estruturais, como os problemas de safra de trigo e algodão, que por sua vez causam impacto no milho e soja, e apostam na alta de preços, ganhando se essa alta se realizar." (Valor; 09-12)
FINANCEIRIZAÇÃO DA COMIDA - "a emissão de US$ 600 bilhões  não será suficiente para aquecer a economia americana. O Fed deve levar os estímulos a US$ 1 trilhão e estender as emissões até dezembro do ano que vem. Esse processo de 'financeirização' dos preços das commodities continuará diante da tsunami de liquidez que está no radar" ( Marcelo Carvalho, do BNP Paribas;Valor, 09-12) (Carta Maior; Quinta-feira; 09/12/2010)

SECADOR LASER

TEMOS

Agora você me fez dar umas boas gargalhadas, a imprensa PiG brasileira trata sim das diplomacias dos outros ela só fecha os olhos para os EUA. Ou o que dizer quando ela levanta a voz raivosamente contra a Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, Honduras, Cuba, Paraguay, Irã, Palestina... quantas e quantas vezes o Presidente Lula já foi achincalhado pelo PiG do Brasil por conta de sua política externa a esses paises que eu citei. Se esse episódio fosse aqui no Brasil seria um Deus nos acuda já estariam pedindo até o impeachment da Presidenta eleita Dilma e o pescoço do Amorim já teria rolado, porque no Brasil não existe imprensa, mas sim o PiG partido da imprensa golpista, essa é que é a verdade nua e crua.