sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O IMPÉRIO TRAVADO

O endividamento das famílias norte-americanas equivale a  118% de sua renda total: US$ 13,4 trilhões. É menos do que o pico do terceiro trimestre de 2007, quando chegou a 130%, mas bem mais do que a média da década de 2000, que foi de 92%. Sem perspectiva de expansão da demanda  doméstica, as empresas americanas estão sentadas numa pilha de dinheiro maior do que nunca, mas estão evitando contratar e gastar. O Federal Reserve (o banco central americano) informou que as empresas não financeiras dos EUA tinham, ao fim de setembro, US$ 1,93 trilhão em caixa, maior parcela desde 1959. O dinheiro que se acumula nos cofres  poderia ajudar a economia a crescer com mais vigor e derrubar o desemprego, se as empresas começassem a gastá-lo em novas fábricas. Mas, na esteira da pior crise econômica desde a década de 1930, muitas hesitam em dar esse salto (WSJ/Valor; 10-12)
O CONTRAPONTO QUE ASSUSTA A ORTODOXIA - No Brasil consumo das famílias se expande há 28 trimestres seguidos. Massa salarial cresceu 10,7% entre julho e setembro. Mas o investimento em capacidade produtiva cresce mais forte: alta 21,2% no 2º trimestre em relação a igual período de 2009, contra 5,9% de aumento do consumo pela mema base de comparação. "A oferta cresce à frente da demanda", resume o ministro Guido Mantega  (Carta Maior; IBGE; agencias; 10-12)  (Carta Maior; Sexta-feira; 10/12/2010)

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