A seleção feminina estreou com vitória no Grand Prix. Como era esperado, o Brasil fez 3 sets a 0 para cima de Taiwan, com parciais de 25/15, 25/19 e 25/12. Além da superioridade da equipe nacional, um aspecto chamou a minha atenção: a diferença de altura.
Bloqueio das gigantes do Brasil
É comum escutar frases como: “O Brasil vai encara as gigantes russas”. Hoje foi diferente. As gigantes eram as brasileiras, com uma média de altura 10 com maior que as rivais. E isso foi importante para o melhor fundamento na partida: o bloqueio. A seleção cresceu na rede com muita facilidade, colocando pressão o tempo todo e marcando 17 pontos no bloqueio, contra seis de Taiwan.
Thaísa, uma das nossas gigantes de 1,96m, deu uma entrevista inusitada depois da partida. Ela comentou que não estava acertando o tempo do ataque de Taiwan nas primeiras jogadas porque as bolas eram baixas e rápidas. Então, Zé Roberto Guimarães pediu que ela saltasse menos. Você já imaginou isso? Pedir para que a atleta mais alta do seu time pule mais baixo? Pois é, deu certo. Thaísa acabou o jogo com oito pontos no bloqueio.
No mais, a partida teve cara de estreia. A seleção começou bem e se impôs, mas aos poucos perdeu o ritmo. Depois, no segundo set, ficou atrás do marcador e só igualou no 9 a 9. O passe não estava saindo e o saque de Taiwan achou caminho na quadra brasileira (foram cinco aces, contra quatro brasileiros). Para resolver, três bloqueios seguidos e a volta à liderança. Na última parcial, o Brasil arrasou e abriu 9 a 0! Não me lembrava de um placar assim. Jaqueline começou no saque, executou bem os serviços e ainda não deixou nenhuma bola cair no contra-ataque. Taiwan só desempacou quando a mesma Jack bateu do fundo para fora. Mas com tanta diferença, foi só administrar.
O jogo ajudou a passar a ansiedade da estreia e colocar todo mundo para jogar. A partir de amanhã teremos uma ideia melhor de como está essa seleção. Brasil enfrenta o Japão, no sábado, e a Itália, no domingo, e vale dar uma lapidada no passe. São duas seleção muito melhores que Taiwan, e Dani Lins vai precisar trabalhar com bola na mão para explorar os ataques. Além disso, que o bloqueio, grande trunfo dessa equipe, continue funcionando. Não espero os 17 pontos em 3 sets como nesta manhã, mas quero ver pressão na rede.
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