Quem está na contramão ?
Ricardo Araujo
A iniciativa do Barcelona de abrir espaço em sua camisa para o primeiro patrocínio de sua história, sem contudo abrir mão da divulgação da marca Unicef, detonou um processo que parecia improvável.Vários clubes da Premier League inglesa entraram nos últimos dias com um pedido de revisão, junto à direção da entidade, da proibição de exibirem mais de uma marca em suas camisas. Para que isso aconteça, é necessária a aprovação da maioria dos 20 participantes da liga. O Tottenham já obteve autorização para exibir a marca de dois patrocinadores, sendo que um apenas para os jogos da Premier, e o outro para os jogos das demais competições (20 milhões e 2,5 milhões de euros respectivamente).
Apesar de examinar o assunto, a direção da Liga já fez saber que não apoiaria o “estilo F1″ de multipatrocínios nas camisas dos participantes da Premier.
Esse “estilo F1″ tem no Corínthians seu discípulo mais aplicado aqui no Brasil (quiça no mundo). Já participei de vários debates nos últimos meses sobre essa questão. É uma estratégia inteligente poluir a camisa do clube com 5, 6 marcas diferentes ? Do ponto de vista do clube, o que ele visa é o aumento da receita no curto prazo. Os custos aumentam, o orçamento ameaça estourar, a alternativa de curto prazo mais óbvia é a de aumentar a receita. Entre essas, a mais, digamos, fácil, é vender mais um espaço no uniforme. No calção, na gola, nas axilas, em qualquer lugar que caiba mais uma marca. E do ponto de vista de quem expõe a marca ? Alguns patrocinadores, hoje em dia poucos, exigem exclusividade. Parece óbvio. Não fazê-lo implica em diluir a exposição da sua marca em meio a várias outras. Alguem já viu um outdoor misto ? A menos que a peça envolva a divulgação de um evento com a exposição das marcas dos patrocinadores, ninguem verá. As empresas por outro lado, em grande parte são preguiçosas, pois apostam muito pouco nas ações de relacionamento com os torcedores do clube patrocinado, e se resumem a pulverizar a exposição, patrocinando, em vários casos, uma penca de clubes distintos por períodos curtos, acabando por não criar uma identidade forte com nenhum deles.
Talvez a alternativa inglesa seja um caminho. Um meio-termo. O clube pode expor a marca de mais de um patrocinador, mas apenas uma por competição. Aqui no Brasil, alguns grandes clubes disputam até 4 competições distintas. Poderiam ser 4 receitas distintas, com os valores variando de acordo com a importância e com a quantidade garantida de jogos a serem disputados. Pode ser uma boa alternativa ao “estilo F1″ que ameaça imperar entre nossos clubes.
Apesar de examinar o assunto, a direção da Liga já fez saber que não apoiaria o “estilo F1″ de multipatrocínios nas camisas dos participantes da Premier.
Esse “estilo F1″ tem no Corínthians seu discípulo mais aplicado aqui no Brasil (quiça no mundo). Já participei de vários debates nos últimos meses sobre essa questão. É uma estratégia inteligente poluir a camisa do clube com 5, 6 marcas diferentes ? Do ponto de vista do clube, o que ele visa é o aumento da receita no curto prazo. Os custos aumentam, o orçamento ameaça estourar, a alternativa de curto prazo mais óbvia é a de aumentar a receita. Entre essas, a mais, digamos, fácil, é vender mais um espaço no uniforme. No calção, na gola, nas axilas, em qualquer lugar que caiba mais uma marca. E do ponto de vista de quem expõe a marca ? Alguns patrocinadores, hoje em dia poucos, exigem exclusividade. Parece óbvio. Não fazê-lo implica em diluir a exposição da sua marca em meio a várias outras. Alguem já viu um outdoor misto ? A menos que a peça envolva a divulgação de um evento com a exposição das marcas dos patrocinadores, ninguem verá. As empresas por outro lado, em grande parte são preguiçosas, pois apostam muito pouco nas ações de relacionamento com os torcedores do clube patrocinado, e se resumem a pulverizar a exposição, patrocinando, em vários casos, uma penca de clubes distintos por períodos curtos, acabando por não criar uma identidade forte com nenhum deles.
Talvez a alternativa inglesa seja um caminho. Um meio-termo. O clube pode expor a marca de mais de um patrocinador, mas apenas uma por competição. Aqui no Brasil, alguns grandes clubes disputam até 4 competições distintas. Poderiam ser 4 receitas distintas, com os valores variando de acordo com a importância e com a quantidade garantida de jogos a serem disputados. Pode ser uma boa alternativa ao “estilo F1″ que ameaça imperar entre nossos clubes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário