SWU: a farsa ambiental e seus interesses privados
Foto: DIVULGAÇÃONUM FESTIVAL QUE TEVE LANCES PATÉTICOS, COMO O CANTOR NEIL YOUNG CANTANDO "HAPPY BIRTHDAY TO YOU" PARA O PLANETA TERRA, O QUE REALMENTE ESTÁ EM JOGO É A COLONIZAÇÃO MENTAL DA JUVENTUDE BRASILEIRA; LEIA O ARTIGO DE CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
O festival SWU ("Starts with you" ou "Começa com você"), que movimentou milhões com inserções pagas, mas disfarçadas na mídia, é um subproduto desse tipo de golpe. Não é para menos que Neil Young abriu o cascatol cantando “parabéns” para a Terra. Querem tornar o rock algo passivo, com babacas defendendo a todo o custo a preservação da terra, e o conseqüente congelamento do desenvolvimento do parque industrial brazuca. Querem-nos eternos exportadores de grãos. Querem-nos enxergando que o superaquecimento global só se dá por fatores da terra e do homem. Isolam a Terra do resto do universo. Veja você: até James Lovelock, criador da famosa Hipótese Gaia (segundo a qual o ser humano é um dos “órgãos” do corpo que é a Mãe Terra), agora defende a energia nuclear. E expõe ao osso os babacas do Partido Verde (que usam em suas propagandas políticas os moinhos de vento eólicos). Saiba você: um moinho de vento eólico consome dez mil toneladas de concreto para ser construído. Em toda a sua existência, o moinho de vento eólico jamais produzirá energia limpa que compense a poluição gerada para poder produzir as milhares de toneladas de concreto que o erigiram...
Toda essa babaquice da preservação da terra a todo o custo foi lentamente engendrada por um bando de intelectuais “New Age”. O trabalho não é novo, mas com subprodutos novíssimos. A pré-coerência ideológica que se consome no SWU tem epígonos famosos e antigos. Datam da Escola de Copenhaque: composta de físicos que defendiam que a base do universo é o “caos”. E já que o caos é imutável, referem, não nos resta modificar nada: apenas surfar o caos. Físicos como Wolfgang Pauli, Niels Bohr, o filósofo Bertand Russell, deram as mãos com o misticismo de Jung: vindicavam que deveríamos adotar o Taoísmo como preceito fundamental. Justamente o Taoísmo que, ao contrário do confucionismo (uma teoria da ação) prevê o que os chineses chamam de “wu wei”, ou não ação. Defendiam a meditação. Postulavam que a natureza resolve as coisas “sozinha” –justamente o que os neoliberais pregam, a existência da “mão invisível” do mercado, tão defendida por Adam Smith. Todos esses calcetas, da preservação da Terra, supõem-se místicos do caos. Grandes intelectuais do Primeiro Mundo há anos estão envolvidos na ideologia que tenta engessar, com esse tipo de droga, o desenvolvimento do parque industrial de nações emergentes, como o Brasil. Apesar de serem roqueiros, amam no fundo que o Brasil idololatre o “agrobrega” e o “sertanojo”, porque é ao “campo” que o Brasil pertence. Trata-se de um cadinho cultural de místicos que amam Paulo Coelho, e vêem na Terra uma entidade capaz de gerar babalô místico-mágico. É necessário aqui fazer uma pausa sobre o guru dessa moçada, Wolfgang Pauli, de resto o pensador predileto de Fritjof Capra, autor do incensado “O Tao da Física”.
Veja a barbaridade que chegou a resgatar. Para os neoplatônicos, a causa de todas as mudanças era a anima mundi , a alma do mundo. As ciências experimentais do renacimento e a ideia da causalidade substituíram a anima mundi. A divisão entre alma e matéria é posta em caixa alta por Descartes, que passa a distinguir nitidamente a “substância pensante” (res cogitans) e substância caracterizada pela sua extensão no espaço, ou matéria (res extensa). Wolfgang Pauli passa a tentar destruir o cartesianismo. Diz que a teoria dos quanta substituiu isso, referindo que cada sistema individual é substancialmente livre e não sujeito a leis. É o que ele chama de “irracionalidade do real”. Pauli volta ao medieval pré-cartesiano. Refere que é necessário voltarmos ao irracional para que se fuja dos a priori. Nesse sentido, disse: “Temos de tentar despir a túnica de Nesso que a revolução do século XVII teceu. É tempo de reconhecer o elemento irracional da realidade –e o lado obscuro de Deus” . Karl Jung, de resto co-autor de Pauli, torrou sua existência em tentar fazer crer a todos que a psicanálise e o oculto poderiam ser duas faces da mesma moeda, cujos destinos seriam loucamente prefixados por um universo essencialmente caótico e não-linear. As tentativas de Pauli, junto a Jung, de tentar nivelar, lado a lado, a pulsões do Id com certo “livre-arbítrio” dos elétrons, consistiram numa potente tentativa de retorno ao mundo pré-cartesiano da anima mundi. E Einstein, ao ver tudo isso, escreveu: “Não posso suportar a ideia de que um elétron exposto a um raio de luz possa, por sua própria e livre iniciativa, escolher o momento e direção segundo a qual deve saltar. Se isso fosse verdade, preferia ser sapateiro ou até empregado de uma casa de jogos em vez de ser físico”.
Em 1968 o industrial italiano Aurelio Peccei fundou o Clube de Roma, quando se falou a primeira vez em desenvolvimento sustentável. (veja aqui http://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_de_Roma ) Por que você acha que o Príncipe Charles, e outros milionários de países de primeiro mundo, são patrocinadores e padroeiros do WWF? Porque a nova ideologia faz uso de ongueiros preservadores da natureza para drogar jovens com a febre anti-desenvolvimentista. Neil Young, que há duas semanas saiu nas Páginas Amarelas de Veja, veio aqui no SWU com um único papel: ele é agente do capetalismo internacional, contra o desenvolvimento do parque industrial brasileiro.
Assista, abaixo, ao patético vídeo em que Neil Young canta "Happy Birthday to you" para a Terra.
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