Após reunião ontem (28) entre governadores de 10 estados com os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB) e da Câmara, Marco Maia (PT), para pedir que seja acelerada na Câmara a votação do projeto de distribuição dos royalties do petróleo, as bancadas do Rio de Janeiro e Capixaba decidiram se rebelar, ameaçando obstruir as votações até que seja instalada uma comissão especial para discutir o assunto, o que retardaria a votação em plenário. Com as novas regras, a participação dos estados produtores, como é o caso do Rio de Janeiro e Espírito Santo, cai de 26,5% para 20%, o que representa, inicialmente, uma perda de meio bilhão de reais aos cofres de cada estado.
A primeira vice-presidente da Câmara e coordenadora da bancada Capixaba, deputada Rose de Freitas (PMDB), reiterou em reunião de líderes, nesta quarta (29), que as bancadas iriam obstruir as votações por causa dos royalties do petróleo. O presidente da Casa, Marco Maia, prometeu então criar uma comissão paritária, composta por 10 membros, cinco de estados produtores e cinco de estados não produtores, para conter a rebelião prometida e tentar chegar a um consenso. Durante sua fala, a deputada afirmou que “será possível fazer uma nova discussão e os estados Rio de Janeiro e Espírito Santo serão tratados de forma igual”. Com essa decisão, o projeto dos royalties do petróleo não será mais votado na segunda quinzena de março, conforme combinado em reunião ontem, entre governadores de 10 estados com o senador José Sarney (PMDB) e o deputado Maco Maia (PT). Do jeito que está, o projeto retira R$ 500 milhões do Espírito Santo e R$ 3 bilhões do Rio de Janeiro.
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