Adorava assistir às participações do Armando nos programas esportivos, genialidade para transformar em palavras certeiras o que se passava diante de nossos olhos não se restringia ao futebol.
Enxergava o futebol de uma forma lírica e poética que não se vê mais. Foi um gênio, tanto no jornalismo esportivo, quanto no jornalismo “nobre” de um modo geral, sinônimo de dignidade, honestidade, simplicidade e outros “dades” a mais que signifique coisa boa. Perdemos um mestre, um poeta, mas ganhamos com essa perda a oportunidade de refletir, se ele podia fazer jornalismo como fazia, porque nós também não podemos ser cidadoes éticos????
Lembro-me, por exemplo, da leveza e precisão com que descrevia as peripécias em quadra da dupla Paula-Hortência, exaltando as musas do vôlei do Brasil. Quanta poesia!!!!
Mas, sem esquecer atuação dele no famoso episódio da edição do debate Collor x Lula em 1989, A VENUS PLATINADA editou, os melhores momentos do debate a favor de Collor, e exibiu no JN. Por causa disso, acabou aposentado pela alta cúpula e desligou-se da emissora definitivamente no ano seguinte.
Algumas frases de Armando Nogueira.
“Para Mané Garrincha, o espaço de um pequeno guardanapo era um enorme latifúndio.”
“Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão”
“Tu, em campo, parecias tantos, e no entanto, que encanto! Eras um só, Nílton Santos”.
“Gol de letra é injúria; gol contra é incesto; gol de bico é estupro."
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