quarta-feira, 6 de junho de 2012

RIO + 20


UMA NOVA OPORTUNIDADE.
Por Giovani Toledo, do Jarnal do Brasil.
Os temas que englobam a sustentabilidade voltam ao centro das discussões. O momento é de reflexão e a expectativa é que os debates gerem ações concretas no sentido de melhorar a qualidade de vida das pessoas e a preservação ambiental. 
Às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - Rio+20, que reunirá especialistas e representantes de diversos países para debater o futuro do planeta em termos de sustentabilidade, é possível avaliar os progressos conquistados pelo Brasil nos últimos 20 anos.O evento que ocorrerá entre os dias 13 e 22 de junho no Rio de Janeiro, duas décadas depois da Rio 92, nos leva a observar o que de fato mudou a partir dos encontros realizados naquele ano e, principalmente, reconhecer o quanto ainda precisa ser feito. 
Talvez um dos grandes méritos da Rio 92 tenha sido colocar o desenvolvimento sustentável na pauta de discussões e ações dos governos e da sociedade civil. Nunca se falou tanto em preservação do meio ambiente em paralelo ao crescimento econômico e desenvolvimento social. Infelizmente, nem todos os países, em especial os maiores poluidores do planeta, se comprometeram em agir em favor da sustentabilidade. 
O principal resultado da conferência foi a Agenda 21, documento que estabelece ações em âmbito internacional e local, que visam o desenvolvimento sob um novo padrão de consumo e de produção de forma a atender às necessidades humanas sem que, com isso, se acentue a degradação ambiental. O programa engloba temas como biodiversidades, recursos hídricos, infraestrutura, educação, habitação, entre outros.
De fato, registraram-se melhorias em diversos aspectos no Brasil. Há maior preocupação com o controle da poluição, os níveis de desmatamento têm-se reduzido, a iniciativa privada tem buscado matérias-primas, tecnologias e produtos menos agressivos ao meio ambiente, diversas medidas foram tomadas no campo social, mas para um país de 190 milhões de habitantes, extensa área territorial e diversidade em todos os campos, ainda há muito a ser feito. 
As carências e problemas estão interligados: educação, emprego, distribuição de renda, moradia, infraestrutura, saúde, num círculo vicioso que custa a se quebrar. Não podemos deixar de citar a falta de saneamento básico a que uma significativa parcela da população está sujeita, um problema que não se limita a pequenas cidades. 
Diversos municípios, entretanto, já possuem iniciativas para oferecer melhores condições sanitárias aos seus habitantes, com a instalação de estações de tratamento de esgoto em planos de habitação ou estabelecendo legislação que obrigue o tratamento de resíduos. 
A solução, sabe-se, não é rápida nem simples. Pressupõe investimentos, projetos consistentes, iniciativas que, muitas vezes, esbarram na burocracia ou na falta de preparo de técnicos e executores. Evolução existe, mas é lenta. Nos últimos anos, já é possível notar o aumento dos índices de acesso a saneamento básico das famílias brasileiras, que incluem os serviços que vão da distribuição de água potável aos de coleta e de tratamento de esgoto.
A Rio+20 pode abrir novas perspectivas para o país e o mundo, que novamente se volta para o abrangente tema da sustentabilidade. A expectativa é que deste encontro surjam iniciativas ainda mais consistentes para a preservação do meio ambiente e da população mundial. 

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