sábado, 21 de julho de 2012


Agora, os olhos do mundo se voltam para Londres, cujos Jogos Olímpicos terão início na próxima sexta-feira, dia 27.
A cerimônia de abertura está marcada para começar britanicamente às 21h (17h no horário de Brasília) e está anunciado que o sol vai se por dez minutos antes.
Para não perder a viagem, o Brasil já inaugurou na capital britânica um espaço luxuoso espaço _a Casa Brasil_ para promover os Jogos do Rio e a Olimpíada de 2016.
Em ritmo de Brasil grande, a despeito da conjuntura econômica mundial que derruba as economias da Espanha e da Grécia, para ficar em apenas dois exemplos, e que projeta um PIB inferior a 2% por aqui neste ano, a Casa Brasil ocupará 2.000 metros quadrados num edifício chique à beira do rio Tâmisa _e vai consumir R$ 23 milhões em recursos públicos.
A previsão é que 1.500 visitantes passem pelo local que, entre outras atribuições, tem o escopo de promover o Brasil como destino turístico.
Tomara que funcione, porque o investimento é prá lá de significativo.
Do total a ser gasto na tal Casa Brasil, o município e o Estado do Rio respondem por R$ 4 milhões.
Além disso, o Comitê Rio 2016 terá em Londres 140 observadores brasileiros.
Tomara que observem bem!
Na lista de suas atribuições, está, por exemplo, verificar a infra-estrutura de turismo e hoteleira na capital britânica, verificar a ação dos hospitais e, também, dar palpites sobre a eficiência das instalações esportivas.
Idem, os observadores devem analisar a relação do governo britânico com os dirigentes do COI, o Comitê Olímpico Internacional.
Mas, por mais que o trabalho seja ambicioso, será que 140 observadores não é um número excessivo?
Quem defende esse ”comitê da alegria”, codinome maldoso do Comitê Rio 2016, diz que ele vai inclusive fiscalizar a pontualidade inglesa durante as Olimpíadas de Londres.
É improvável, mas pode até ser que a abertura dos Jogos não se dê exatamente às 21h da próxima sexta e que o sol não se ponha pontualmente às 20h50 nesse dia…
Mas, convenhamos: mandar 140 brasileiros para observar Londres durante os Jogos Olímpicos às expensas do dinheiro público não parece ser um tremendo atraso?

Nenhum comentário: