Infraero banca metade da conta da privatização.
O modelo de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília vem sendo chamado ironicamente de “jabuticaba”, porque só existe no Brasil. O governo comemora os altos valores dos ágios vencedores do leilão, mas, passada a euforia inicial, verifica-se que, na prática, a Infraero vai bancar 49% dos R$ 24,5 bilhões a serem pagos pela venda dos seus próprios aeroportos aos consórcios vencedores. A Infraero vendeu apenas 51% dos aeroportos e mantém os demais 49%. É a nova empresa, da qual a Infraero fará parte, que vai pagar o ágio ao longo do contrato.
Mão boba.
No negócio de pai para filho com dinheiro alheio, do contribuinte, o BNDES financiará 80% dos investimentos prometidos nos aeroportos.
Oremos.
Se o grupo Invepar (OAS, Previ e Petros) administrar o aeroporto de Guarulhos como o faz no Metrô do Rio, teremos saudades da Infraero.
Golpe de mestre
Fica no Gabão o principal aeroporto do grupo francês Egis Avia, que, para o jornal Les Echos, arrematou Viracopos num “golpe de mestre”.
Mais orações
A Corporación America administra 33 aeroportos na Argentina, cuja soma de fluxo de passageiros é inferior ao de Brasília, que comprou.
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