segunda-feira, 18 de junho de 2012


Maluf, neoaliado do PT, deve R$ 732 milhões a SP

Parceiro do ex-presidente Lula e do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, deputado do PP que fechou acordo com os petistas nesta segunda tem notórios problemas com a Justiça e é procurado pela Interpol; se eleito, o prefeito Haddad vai cobrar o que Maluf deve à capital paulista?
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Causou barulho a parceria entre PP e PT em São Paulo para as eleições municipais deste ano, principalmente por causa do envolvimento do deputado federal e ex-prefeito Paulo Maluf nas tratativas.
O pepista fez questão de selar o acordo com um aperto de mãos com o ex-presidente Lula – tudo devidamente registrado e com o pré-candidato Fernando Haddad como coadjuvante.
Para além das muitas controvérsias levantadas pela coligação, fica uma pergunta para o discreto Haddad: se eleito prefeito, vai cobrar na Justiça o que seu parceiro de campanha deve ao Estado de São Paulo?
Em valores não atualizados, o ex-prefeito e ex-governador biônico Paulo Maluf tem uma dívida judicial de R$ 732,5 milhões com os cofres públicos. Fora dessa conta estão os milhões de dólares bloqueados pela Justiça da Europa.
Ao longo de 43 anos de trajetória política, o deputado federal Paulo Salim Maluf habituou-se a conviver com uma sucessão de denúncias de corrupção das quais escapou da maioria incólume.
Maluf é daqueles políticos que conseguiu, mesmo quando flagrado com a boca na botija, reduzir a quase zero a possibilidade de ir para a cadeia ou mesmo de devolver o dinheiro que supostamente teria surrupiado do erário público.
Até agora, Maluf tem quatro condenações judiciais decididas por órgãos colegiados e apenas uma transitada em julgado (definitiva). No caso da Paulipetro – da qual não cabe mais recurso – a condenação que cabe a Maluf é de R$ 716 milhões.
O somatório de outras dívidas com a Justiça dá um total de 16,5 milhões. Além disso, tem bloqueado na Europa US$ 35 milhões, que de acordo com o Ministério Público seria resultado de transferências irregulares de recursos de obras superfaturadas quando ele era prefeito da capital.
No momento, uma única sentença condenatória transitada em julgado, de natureza civil pesa sobre Maluf: ele e mais cinco réus foram condenados a restituir ao Estado de São Paulo o montante perdido pelo episódio Paulipetro, quando Maluf tentava encontrar petróleo na Bacia do rio Paraná. Em valores de 2008, a parte que cabia a Maluf era de R$ 716 milhões.

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