domingo, 14 de novembro de 2010

NEM UM TIRO

O Silvio Santos não é nenhum bom caráter, devíamos desconfiar de tudo que envolve seu nome. Ele que costuma fazer de tolo publicamente àqueles que o assistem, como no caso de sua doença terminal, não perderia a chance de se promover com mais um fato bizarro. É preciso ter cautela ao tratar de assuntos que envolvam este senhor espertalhão. Quem faz fortuna vendendo papel, como no caso de seus “carnês da felicidade” não pode ser chamado de empresário, para este tipo de empresa dá-se outro nome, estelionato; e dos piores, já que seu olho de urubu e sua mente usurária se aperceberam de que não é de quem tem muito que se pode tirar proveito (estes, muitas vezes, já estão acostumados a também tirar proveito das ingenuidade dos outros) e sim, ao contrário, é de quem já não tem nada, só mesmo uma nesga de esperança. Aí, então, tem-se a grande empresa, vender sonhos para quem já quase não os tem. Trocar papel, por algo chamado esperança. O que de fato até não seria de todo ruím se, se essa troca muitas vezes não acabasse na escassez, não só do pouco dinheiro que sobrava ao infeliz investidor, mas também naquela que para este era seu bem mais caro, a esperança.

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