Há tempos no passado participei de uma tal “Turma do Camarão” que sai, em comboio, distribuindo alimentos em determinadas Comunidades. Ficava triste quando o caminhão passava e algumas pessoas estiravam a mão mas não conseguiam, ou porque o caminhão passava rápido demais, ou porque havia muitas pessoas e algumas acabavam ficando sem.
Depois fiquei pensando: essa gente pena o ano inteiro, daí em um dia, véspera de natal, alguém vem aqui e distribui um pouco de alimento, vai embora e essa gente continua vivendo suas dificuldades diárias.
Cheguei à conclusão de que aquilo satisfaz mais o ego de quem dá do que a necessidade de quem recebe.
Mas também ficar eu aqui filosofando e escrevendo frases de efeito nos blogs não vai diminuir em nada as dificuldades daquela gente.
Sei lá… há pouco estava pensando: se eu fosse alienado e feliz seria melhor do que ter esse pouco de politização?
Uma coisa é ser politizado e concretizar algo; outra coisa é apenas se indignar nos blogs alheios.
Também penso que forma, ajudar faz um bem danado, mais para quem dá do que para quem recebe?! Por outro lado, cruzamos os braços e nada fazemos?
É phoda, é difícil tudo isso, dá um nó na cabeça e um mal estar absurdo, mas nunca resisto, sempre acabo fazendo algo ligado ao que classificamos como “assistencialismo”, mas sempre com um pouco de vergonha e perguntando mil vezes para a pessoa se tudo bem, pois já fui ajudado no meu passado e sei que as vezes é dificil o que sentimos no momento.
É phoda, é difícil tudo isso, dá um nó na cabeça e um mal estar absurdo, mas nunca resisto, sempre acabo fazendo algo ligado ao que classificamos como “assistencialismo”, mas sempre com um pouco de vergonha e perguntando mil vezes para a pessoa se tudo bem, pois já fui ajudado no meu passado e sei que as vezes é dificil o que sentimos no momento.
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