domingo, 30 de janeiro de 2011

A EDUCAÇÃO DO BRASIL

Muitas pessoas fazem criticas ao ProUni pois não percebem a bananosa em que o Lula se encontrava em 2003. Não sou especialista nessa questão, então se disser besteira, me corrigiam. A questão é a seguinte, durante o governo Sarney e Collor a educação em todos os níveis ia de mal a pior, no ensino superior a procura aumentava e não havia aumento de novas vagas. A situação que já era ruim, durante o governo FHC foi ladeira abaixo com aquela historia de mudança em aposentadoria. Muitos professores federais atemorizados saíram em debandada e muitos cursos aos poucos foram fechando, muitos desses professores já aposentados e muitos em aposentadoria proporcional foram para iniciativa privada, que já estava em franca expansão.
O que o Lula fez foi uma recauchutagem. Enquanto os quadros de professores federais eram novamente repostos e isso demanda tempo, os que não conseguiam vagas nas federais tinham que ser menos penalizados, foi aí que o ProUni nasceu, isso aconteceu em 2005. Sempre houve financiamento do ensino superior pela CAIXA ECONOMICA FEDERAL, só que a necessidade de profissionais em nível superior nas diversas áreas era urgente e as universidades particulares estavam em sua maioria descumprindo a lei de isenções tributária, onde a contrapartida era oferecer bolsas de estudo integral ou parcial. O que o governo Lula fez foi só enquadrar as espertalhonas à lei, só que a metodologia utilizada pelo governo foi brilhante. ¨Quer isenção? Então ofereça bolsas, contudo vou facilitar sua vida, vou criar o ENEM e o FIES¨ .
Esse casamento entre o ENEM e o FIES foi a sacada.
Hoje em dia grande parte das universidades particulares oferecem mais vagas para o ENEM do que a demanda, muitos bolsas são integrais e a União não paga nada por isso, agora existem determinados cursos oferecidos que são caríssimos aí coube o jeitinho Lula, é aí que entra o FIES (Fundo de Investimento no Ensino Superior)  Esse fundo é para as bolsas parciais (não sei se esse fundo é do tesouro ou da Caixa), agora o melhor de tudo é o incentivo ao candidato.
Caso o candidato do PROUNI faça opção por medicina ou magistério e vá para a carreira publica seu empréstimo será quitado.
O ENEM é outra sacada.
Tão importante quanto o ProUni é o ENEM.
Pasmem mas quem mais brigou pelo ENEM, quem mais reivindicou foram as universidade federais. 
Em 1994, houve uma tentativa de reestruturação de conteúdos para as provas da UnB(Universidade de Brasilia), o chamado PAS (Programa de Avaliação Seriada) onde o objetivo era minimizar a memorização, o candidato faria provas por serie, eram 3 até terminar o final do ensino médio.
Os professores das federais já estavam esgotados, viviam reclamando que os universitários recém ingressos eram tapados, não tinham inteligência colateral e sofriam de memorização inútil. Eles diziam que tinham que perder um semestre para desadestrar as criaturas. Não preciso dizer que não funcionou, o adestramento continua, pois apesar da tentativa ter sido boa não houve a mudança no estilo de prova, logo posso afirmar que daqui há uns 4 anos não terá mais nenhuma federal, estadual, municipal ou particular que não queira o ENEM.
Acredito que o ENEM caminha para sua terceira e melhor fase, a convergência por áreas (códigos, humanas e exatas), pelo menos é o meu desejo.

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