Por Carlos Chagas.
No, último dia dos trabalhos do Congresso, as atenções dividiram-se entre a aprovação do Orçamento da União para 2012 e uma complicada lista de mudanças ministeriais. Apesar de na semana passada a presidente Dilma haver afastado a hipótese de uma reforma em sua equipe de auxiliares, deputados e senadores do PT,PMDB, PP, PR e PDT dedicavam-se a singulares especulações. A maioria correndo por conta e risco de quem se entregava a esse delicado esporte, por malícia ou ingenuidade.
Com a saída já anunciada de Fernando Haddad da Educação, para concorrer à prefeitura de São Paulo, admite-se que venha a ser substituído por Aloísio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, também do PT. Só que os companheiros também querem o ministério das Cidades, de onde Negromonte, do PP, encontra-se em vias de ser catapultado. O ministério da Pesca seria absorvido pelo ministério da Agricultura, já em mãos do PMDB. Faltará preencher o ministério do Trabalho, do PDT, ocupado por um interino. Embora ninguém confirme, no palácio do Planalto, há quem suponha a fusão do Trabalho com a Previdência Social, que permaneceria com o PMDB. Ao PDT poderia ser oferecido um ministério menor. Ou nenhum.
Tudo o mais é especulação, apesar de a lista parlamentar estender-se a muitas outras hipotéticas mudanças. Só depois da volta das férias da presidente, a 10 de janeiro, ficaremos sabendo da extensão da reforma, por enquanto negada por ela.
A impressão que se tem é de as lideranças dos principais partidos estarem se esmerando se em levantar balões de ensaio para ver se sobem, mas o risco é de chegarem à estratosfera sem passageiros. Esquecem que o ano ainda em curso trouxe sérias decepções a Dilma Rousseff precisamente pelo fracasso do loteamento do ministério entre os partidos da base. Alguma coisa diferente poderá sobrevir, parecendo impossível que a chefe do governo venha a repetir a experiência que foi obrigada a engolir logo depois de eleita, aceitando imposições partidárias. Sem esquecer as sugestões do Lula. Afinal, ela mesmo afirmou que ministros indicados pelos partidos, uma vez nomeados, deverão prestar contas exclusivamente ao governo.
LEXOTAM PARA OS MENSALEIROS.
Pudessem os mensaleiros ser ouvidos por Papai Noel, coisa impossível porque o velhinho não quer conversa com a quadrilha, mas apenas admitindo-se chegarem ao Pólo Norte pedidos por parte deles, seriam todos iguais. Os mensaleiros gostariam de receber montes de caixas de Lexotam, para poderem enfrentar os próximos meses. Caso se confirmem as previsões do ministro Joaquim Barbosa, o processo estará sendo julgado ainda no primeiro semestre de 2012. Dos 38, quantos serão condenados? Quem quiser que arrisque palpites. Conforme a Procuradoria Geral da República, não escaparia nenhum.
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