segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O que está em crise é o modelo neoliberal. O problema é que sua hegemonia foi; é tamanha que os atores no comando do capital não conseguem ver as coisas diferentemente. O que nós estamos assistindo é mais uma crise do modelo de (des)regulação que do capitalismo.
A história mostrou a capacidade do capitalismo de adaptar-se e renascer das cinzas. E nós todos sabemos que não há superação que não seja política e as condições infelizmente não estão dadas, embora tudo isso possa mudar rapidamente. O problema não está muitas vezes em tomar o poder, porém de ter uma nova proposta de sociedade e conquistar a hegemonia das forças de mudança.
No Cairo havia um milhão de pessoas nas ruas quando Mubarak disse que não sairia, mas não havia força política organizada e o exército, como partido do capital, acabou tomando conta da situação.
Não é verdade que não haja saída para a Europa e o euro, isso depende das forças progressistas. A Europa pode se superar na crise e ir além do marco estreito em que se move, evoluindo para mais supranacionalidade, com Banco Central único, políticas econômicas comuns e mais poder de decisão às instâncias comunitárias. Apesar da crise, o euro continua sobrevalorizado. Portanto, é possível emitir moeda, como fizeram os EUA, com o "quantitative easing".
O que está em crise é um modelo de moeda comum conservando as soberanias dos Estados membros intactas.
Há sim uma saída que aprofunde a integração e a democracia no seio do bloco!

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